_
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA
cENrRo
socio
EcoNôMlco
DEPARTAMENTO DE
SERVIÇO
SOCIAL
SUBSÍDIOS
PARA ESTUDO
DA
REALIDADE
DE
TRABALHO
DO
SERVIDOR
DA
PREFEITURA
UNIVERSITÁRIA
-UMA
CONTRIBUIÇÃO
y£ëVüu0~J~
\ S STA . do Serviço Soclai
1
S0
PARA
O
SERVIÇO
SOCIAL
\
Trabalho
de Conclusão
de
Curso
apresentado
ao Departamento
de. Serviço Socialda
Universidade Federalde Santa
Catarina para
obtenção
do
títulode
Assistente Social, pela
Acadêmica:
LARISSA
DE
ESPÍNDOLA PEREIRA
)
Se quisermos
romper
as gradesde
ferroda
gaiolade
uma
sociedade totalmente conduzida,
nossa imaginação deve
ser livreo
bastante para
cometer
enganos.Se
quisermos
jogar,teremos
que
perder alguns jogos.As
apostas,porém,
sãonada
menos
do que
a
vida oscilantedo
espíritohummo;
assim, algunsde
nós preferem
arriscar-sea
perderem
vez
de
não
jogar.i
O
AGRADECIMENTOS
Aos meus
pais -Osni
e Izabel -que
me
propiciaram chegar até aqui.Aos
meus
irmãos
-Daniela
eGabriel
- pelo incentivo.Ao
Fábio,
pelo carinho, dedicação ecompreensão nos
momentos
mais
dificeis.À
supervisora eamiga
Deborah,
pela sua dedicação e estímulo, etambém, forma
de
entender osmomentos
de
angústia e incerteza.À
equipede
estágio - Rita, Valéria, Cristina eAlexandra
- pelo crescimento decorrenteda
nossa
vivência
em
conjunto.À
orientadora -Heloisa
-que soube
transmitir seusconhecimentos
e experiência.Aos
servidoresda
Prefeitura Universitária -que
pelo carinho eamizade
me
fomeceram
condições paraa
realização deste trabalho.À
Bemadete,
pela atenção eenvolvimento
com
a
estrutura redacional deste.Às
minhas
colegasde
salade
aula,em
especiala
Elaine e Daniela, pelo apoiodado
em
todos osproposta
de
trabalho. -A
todas as pessoasque
contribuíram, diretaou
indiretamente,para
a
realização desteTrabalho de
Conclusão de
Curso.A
todos vocês
meu
sinceromuito
obrigado!
"A
separação éuma
conseqüência
naturalda
convivência.No
entanto,o
adeus
não
quer
dizerINTRODUÇÃO
... ..CAPÍTULO
I -CONTEXTUALIZAÇÃO
ACERCA
DO
TRABALHO
... ._1.1
O TRABALHO
HISTORICAMENTE SITUADO
... _.1.2
A
REGULAMENTAÇÃO
DO
TRABALHO
NO
BRASIL
... ..1.3
A
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA
CATARINA
ENQUANTO
EMPREGADORA
... ._CAPÍTULO
II-A
PRÁTICA
DO
SERVIÇO
SOCIAL
E
A
PERCEPÇÃO
DA
REALI-
DADE DE TRABALHO
DO
SERVIDOR
DA
PREFEITURA
UNI-
VERSITÁRIA
... _.2.1
A
PRÁTICA
DE
ESTÁGIO
No
SERVIÇO
SOCIAL
DA
PREFEITU-
RAUNIVERSITARIA
... _.2.2
SUBSÍDIOS
PARA
ANÁLISE
DA
REALIDADE
DE TRABALHO
DO
SERVIDOR
DA
PREFEITURA
UNIVERSITARIA
... ._INTRODUÇÃO
Este trabalho é
o
resultadode nossa
experiênciade
estágio, realizadana
Prefeitura Universitária(PU) da
Universidade Federalde
Santa Catarina(UFSC),
no
período de
julhode
1992
amaio
de
1994.A
PU
constitui-senum
setorda
UFSC
que
possui175
servidores trabalhandoem
prol
da conservação
emanutenção
das instalaçõesda
instituição.A
PU
possui,além da
administração,4
divisões e17
seçõesconforme
owogramas
em
anexo._
Sendo
a
PU
nosso
campo
de
estágio, aplicamosuma
pesquisadenominada
"Caracterização
do
Servidorda
Prefeitura Universitária"com
o
intuitode
fomecer
ao
Serviço Socialuma
gama
de dados
necessários para sua atuaçãona PU.
Porém,
paraa
sistematização deste trabalho teórico,abordaremos somente
asquestões referentes
à
realidadede
trabalhodo
servidorda
PU,
devidoao
pouco
tempo
paraa
Desta
forma,elaboramos
o
trabalhoem
dois capítulos,sendo que
o
primeiro se referea
considerações teóricas sobreo
trabalho, eo
segundo
evidenciaa
análise teórico-práticado
Serviço Social, acercada
realidadede
trabalhodo
servidorda
PU.
No
primeiro capítulo, situaremoso
trabalho,enquanto
categoria históricamostrando a evolução
do
mesmo
nas diferentes épocas.Abordaremos
a regulamentação
do
trabalho,
no
Brasil, através das Constituições historicamente situadas.Mostraremos
a
UFSC
como
empregadora,
evidenciando os serviçosque
prestaao
servidor;nos cabe
ressaltarque
a
UFSC
não
é
autônoma,
poisdepende
de
verbasdo
Governo
Federalpara
funcionar.No
segundo
capítulo,faremos
exposições sobreo
campo
de
estágio, cujoespaço
foi conquistado,
a
atuaçãodo
Serviço Socialna
PU
ea metodologia usada para a
realizaçãoda
pesquisa,demonstrando
o
cotidianoda
ação
do
Serviço Social.Êaremos
a
exposiçãodos dados da
pesquisa referentes
à
realidadede
trabalhodo
servidorda
PU,
procurando
evidenciaralgumas
questões
que
refletem
seu cotidiano paraque possa
subsidiara
atuaçãodo
Serviço Socialno
setor.O
itemConsiderações
Finais encerra este trabalho, sintetizando as principais idéiasacerca
do tema
estudado. Apresentaremos, ainda,algumas
sugestões indicando altemativas para1.1
O
TRABALHO
HISTORICAMENT E SITUADO
O
trabalho édeterminado
pelo contextode cada
sociedade e constitui-sena
capacidade
que
o
homem
possuide
intervirna
natureza,transformando-a
ede
estabelecer relaçõescom
outroshomens.
A
sociedade rra qual oshomens mantêm
relaçõesuns
com
os outros, é frutodo
próprio trabalho.Antes de
serem formadas
as primeiras sociedades, oshomens
eram
nômades,
ou
seja,
não
sefixavam
na
terra,apenas colhiam
o
que a
natureza oferecia -o
suficiente para suasobrevivência: construindo
uma
organização social precária.Com
o
passardos
tempos,o
homem
sentiu a necessidadede de
diversificar sua alimentação,passando a
se dedicarà caça
e, posteriormente,à
agricultura.Inicia-se, dessa
forma,
seuapego
à terra,passando de
uma
vidanômade
auma
vidamais
voltadapara a
mesma,
criandouma
forma
de
organização socialum
pouco
mais
evoluída. E,Nestas
formas de
organização, iniciam-sea confecção de
objetos para auxiliara
caça
e a agricultura.Juntamente
com
a evolução
destas atividades,vão
sedesenvolvendo
a
organização e
a cooperação
social."O
trabalho deve, então, ser entendidocomo
a
atividadefundamental
parao
estabelecimentode
relações sociais entre oshomens."
(TOMAZI,
l986:l3)
O
sustentoda
comunidade
sedá
atravésda
agricultura, criaçãode
animais, caça e pesca.Os
trabalhos são distribuídosde
acordo
com
a
idade,sexo
e parentesco.A
fomiação
da
comunidade
sedá
pela relação recíproca entre diversos trabalhadores protegendo-se contra invasões extemas.As
comunidades
foram
evoluindo, colonizando e seexpandindo
territorialmente.Com
isso,foram
ocorrendo
mudanças
sigrificativas nas culturas,modificando
e aprimorando
asformas de
trabalho."(...)
por
meio
da expansão
eda
colonizaçãodo
tenitórioda
cidade,que,
por
sua vez, implicoua
alteração cidadania-trabalho (...)"(ANGIONI,
1992).Neste
contextode expansão
e colonizaçãopara
ampliar os territórios,ocorreram
guerras. t
Os
derrotados nas guerras são transformadosem
escravos.O
escravo é vistocomo
propriedade jurídicaque
realiu trabalho eque pode
ser comercializada.'
Com
a
queda do
escravismo, ocorreum
declíniodemográfico
euma
retração comercial,fazendo
com
que a população
se desloque das grandes cidades parao campo,
como
alternativa
de
sobrevivência,fazendo
com
que
as cidadespercam
amaior
parte das suasfunções
Desta
fonna, surge,no
séc. IX,o
FEUDALISMO
que
éum
modo
de
produção
no
qual as relações sociais
de produção
setraduzem
pelo trabalho compulsório,sob
relaçõesde
domírrio e servidão.
As
relaçõesde
produção,no
sistema feudal,baseavam-se
na
propriedadedo
senhor
sobre a terra e
num
grande
poder
sobreo
servo.O
servo erao
indivíduoque
cultivavaum
pedaço
de
terra cedido pelodono
das grandes propriedades,sendo
obrigadoa pagar ao senhor
impostos,rendas, e ainda, trabalhar nas terras
que
o
proprietário conservava para si. Estaforma
de
exploração
dos
carnponeses éo
aspecto principaldo
FEUDALISMO.
O
feudalismo foimarcado
por duas
fases:a
primeira se caracterizoupor
um
grande
vaziodemográfico,
ocasionado, pelafome,
epidemias e guerras;a segunda
registrouuma
elevação
da
curva
demográfica, ampliação
das áreasde
cultivo devido aosdesmatamentos,
aproveitamento
do
solo,secagem
de pântanos
eda
colonizaçãode
gandes
áreas.Com
a
expansão
agricola ecom
o
crescimentodemográfico, ocorreram
inovaçõesde
nível técnico nas forças produtivas.A
dissoluçãodo
feudalismo lançoumassas de
homens
de mão-de-obra
servildisponíveis
no
mercado
de
trabalho."A
separaçãodos
produtosde
seusmeios de
produção,convertendo-os
em
trabalhadores livres, implicaa
transiçãodo
feudalismo parao
modo
de produção
capitalista, sistema produtivofundado
no
trabalho assalariado."(ANGIONI,
1992)
A
Revolução
Industrial trouxe sérias alteraçõesna
relação capital-trabalho,desvalorizando
o
homem
e super valorizandoa
Na
sociedademoderna,
estruturalmente materializada e cruelnrente competitiva,o
homem
trabalha geralmente para satisfazer, apenas, suas necessidadesmais
prementes, abdicando,com
freqüência, os seus valores pessoais ehumanos.
O
capitalismo aceleroumais
o
desenvolvimento
das forças produtivasmais
do
que
as outras
formas de produção
anteriores, poistem
como
um
dos
principais aspectosa grande
É
na
produção mecânica que
0
trabalhadorvende
a sua forçade
trabalhoao
capitalista
sob
forma
de
mercadoria.Na
relação capitalx
trabalhosurgem
as contradições sociais e éno
trabalho atividadefundamental para
o
estabelecimento das relações sociais entre oshomens, que
encontramos
as bases para as desigualdades sociais.Sendo
assim, existem, basicamente,duas
classes distintasno
capitalismo:a
burguesia, detentora
dos
meios de
produção, eo
proletariado -que vende a
sua forçade
trabalho.O
capitalismo émarcado
pela luta entre essas classes.A
sociedade ésempre
um
conjuntode
relaçõesdos
homens
entre si ecom
anatureza
por
intermédiodo
processode
trabalho para aprodução
da
vida.Segundo
Tomazi:
"Produção da
vida, aqui, significaa
vidacomo
um
todo,em
seusaspectos materiais e ideológicos os quais constituem
a
culturade
cada
sociedade" (1986:13)'
Primeiramente, para sobreviver,
o
trabalhador necessitade
alimentação, pois estaconstitui-se
em
uma
necessidade básica pararecompor
as suas forças parapoder
trabalhar.Seguindo
estas existem: vestuário, habitação, transporte,educação
e lazer.O
trabalho éuma
condição
irnanenteà
existênciada
espéciehumana
edesde
suasformas mais
rudimentares, associa-se à técnica eã
divisão socialdo
trabalho.A
atividadefimdamental do
trabalho é estabelecer relações sociais entre oshomens
e dar condições para ter
uma
vida digna.O
modo
de produção
capitalista baseia-sena compra
evenda
da
forçade
trabalho,fazendo
do
homem uma
mera
mercadoria.Para
sobreviver, ele sesubmete
vendendo
sua forçade
trabalho,a
qual recebeum
valorque
écolocado sob a
forma
de
salário. V
O
saláriopago
ao
trabalhador cobre, apenas,uma
pequena
partede
suasnecessidades,
o
suficientepara
mantê-lo vivopara
produzirpara
o
sistema.As
crianças, os velhos,os
enfermos
e osdesempregados
não
estão previstosno
orçamento
do
capitalista, poisnão
A
jomada
de
trabalhopode
ser divididaem
duas
partes:o
"trabalho necessário",em
que
o
trabalhador criaum
valor equivalenteao
do
gastode
sua forçade
trabalho durante ajomada
total-valorque
lhe é devolvidosob
aforma
de
salário; eo
"trabalho suplementar"em
que
o
trabalhador criaum
valor excedenteao
da
sua forçade
trabalho, valorque
é apropriado pelocapitalista
sem
retribuição, constituindoum
sobre-valorque
édenominado
mais-valia.Desta
forma,
a
mais-valia gera lucro parao
dono
dos
meios de
produção."Neste sistema
o
trabalhador só possuiuma
liberdade, ade
trabalharou
de
morrer de
fome"
(TOMAZI,
1986:25).Para
não
morrer
elevende
a sua forçade
trabalhoao preço que
o
capitalista lheimpõe,
pois existeum
exércitode
reservaque
esperavender a sua
forçade
trabalhotambém.
Com
receiode
perdero
emprego, o
trabalhador trabalhacada vez
mais, muitas vezesem
locais insalubres e perigosos,mal
alimentado esem
condiçõesadequadas de
trabalho,provocando,
desta forma, a velhiceprecoce
e amorte
prematura.O
excessode
trabalhodegrada
as capacidades psíquicas e físicasdo
corpo
do
trabalhador.
"No
ambiente
de
trabalho, ele está produzindo, diretaou
indiretamente,
a
mais-valia, requerida paraa acumulação cada vez
maior
do
capital. Fora,o
trabalhador se encontra,enquanto
consumidor, inserido
no
processode
consumo
das mercadorias, muitas vezes produzidaspor
elemesmo, mas
as quais, somente,têm
acesso através
do
salário,o
qual limita sua possibilidadesde
adquirirbens
e serviços necessários à sua sobrevivência".(TOMAZI,
l986:33)
O
trabalhadornão
éo dono do
que
produz.Para
ter acessoa
produtosque
atendem
suas necessidades, precisapagar por
eles.Como
o
salário cobreapenas
uma
parte das suas necessidades,o
trabalhador muitas vezes sevê
obrigado a procurar auxíliosou
convivercom
No
itema
seguir,abordaremos a regulamentação
do
trabalho,tomando
como
parâmetro
as constituições brasileiras, evidenciando seusavanços
e recuosno
que
se refereà
legislação
de
proteçãoao
trabalhador.1.2
A REGULAMENTAÇÃO
DO
TRABALHO
NO
BRASIL
No
item anterior,descrevemos
sobre a históriado
trabalho.Comentamos
sobreo
seu surgimento, as transformações
que
foi sofrendo até chegarao
modo
de produção
capitalista.A
partir deste sistemade
exploraçãodo
trabalhoque
a grande
massa
de
trabalhadores resolveu lutar
para
organizarde
uma
forma
mais
justa as relaçõesde
trabalho. Estaslutas é
que
deram
origem
àregulamentação
do
trabalhoenquanto
direitos e deveres.Neste
item,procuramos
descrevera
da
regulamentação
do
trabalhono
Brasil. .
Desde o
Brasil colonial, procurou-se organizar a sociedade atravésde
leis.A
primeira manifestação desta idéia ocorreu
com
a
Constituição outorgada,em
25
de
março
de
1824,
que procurou
afastara
camada
popularda
vida política,condicionando a
capacidadeeleitoral à
venda
em
dinheiro.A
escravidão eramantida
e protegida.A
alfoniade
um
escravoA
organizaçãodo
poder
central e provincial possibilitavaao imperador
o
controle absolutode
todas as decisões, pois era elequem
fazia asnomeações
para os cargosmais
importantes e
quem
exerciao
poder de
juizquando
haviaalgum
conflito entre os vários poderes.Na
verdade,como
Poder
Executivo,o
imperador
era parte interessadaem
qualquer conflito e,como
Poder
Moderador,
eratambém
o
juiz. Esta situação singular faziacom
que
os conflitosfossem, sempre, julgados
a
favordo Poder
Executivo.A
administração pública era estruturadaem
4
poderes:Poder
Legislativo;Poder
Judiciário;Poder
Executivo;Poder
Moderador.
Abolida a
escravidão eproclamada a
República, iniciou-seo
período liberaldo
direito
do
trabalho, caracterizadopor algumas
iniciativasque
contribuíram parao
desenvolvimento
de nossa
legislação.A
Constituição Republicana,de
24
de
fevereirode1891,
inspirou-seno
modelo
norte americano,ao
contrárioda
Constituição Imperial,que
seguiuo exemplo
europeu,notadamente,
o
francês. Estanova
Constituiçãonão
estava voltadapara
a questão social e as suasfundamentais
omitiram-sedo
problema
trabalhista que, ainda,não
conseguia sensibilizar,na
dimensão
necessária,determinado
núcleodo
pensamento
políticoda
época.Estabeleceu
como
forma
de governo o regime
representativoem
que
o povo
exerceo
poder
indiretamente, atravésde
seus representantes eleitos,em
pleito direto,por
todos oscidadãos
do
sexo masculino
emaiores de 21
anos.O
presidenteda
República,também,
seriaeleito pelo
voto
diretopara
um
mandato
de
4
anos.A
Constituição confirrnou, ainda,a
medida
do Governo
Provisórioque transformou
províncias
em
Estados e previu,em
seu artigo 3°,a
transferênciada
capital federal para0
planaltocentral.
A
nova
Constituição estabeleceu, claramente,o
princípioda
Federação, poisa
União
sópodia
intervirnos Estados
paramanter a ordem, a
forma
republicanade
govemo
eo cumprimento
das leis
ou
para
reprimir invasão estrangeira.Além
dos
brasileiros natosou
filhosde
brasileiros,poderiam
ser consideradoscidadãos brasileiros os estrangeiros residentes
no
país,que
dentrode
6
meses,a
partirda
origem, e os estrangeiros
que
atendessem
auma
das seguintes condições:possuíssem
bens
imóveisno
Brasil,fossem
casadoscom
brasileiros, tivessem filhos brasileiros.Os
Estados seriam, praticamente,autônomos,
pois cabia-lhes elaborar suas própriasleis,
desde
que não
conflitassem
com
a
Constituição e decretarimpostos
sobre suas exportações,imóveis,
profissões
e transmissãode
propriedade.Caberiam
à
União
osimpostos
sobre as importações e as taxasde
correios e telégrafos.A
administração pública tinha a seguinte estrutura:Poder
Executivo;Poder
Legislativo;Poder
Judiciário. 'De
1889
a
1930, durantea
chamada
República
Velha,o
Brasilexperimentou
grande
progresso material, graças, especialmente,a borracha
da
Amazônia
ea
riquezagerada
pelocafé
no
centro-sul criando bases sólidas,fomentando
o
avanço
da
indústria eda
urbanização.O
ano de
1930
marcou
o
inícioda
"Erade
Vargas", períodoem
que
a
sociedadebrasileira
passou por
mudanças
substanciais. Taismudanças,
na
esfera política, caracterizam-sepela superação
do
caráter descentralizadoda
República
Velha.Na
legislação brasileira,o
direitoao
trabalho foimencionado
pela primeiravez
na
Constituição
de
03
de
maio
de
1934,nos moldes
do
liberalismo. Esta carta preservavao
federalismo,o
presidencialismocom
mandato
de
quatro anos, e aindependência dos
poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.A
grande novidade
foia
legislação referenteao
trabalho.A
classedominante
começou
a
se dar contada
presençados
trabalhadores.Desde
os primórdiosda
revohiçãode
1930, era nítidaa preocupação
com
o
trabalhador, antes, simplesmente,
ignorado
e destituídode
qualquerCriou-se
o
Ministériodo
Trabalho
Indústria eComércio
em
26
de
novembro
de
1930.
Em
1932,regulamentaram-se
os grandes sindicatos,a jornada de
trabalho,a
carteirade
trabalho,
o
trabalhodos
menores
e das mulheres.No
texto constitucional,no
artigo 121, proibiram-se as diferenças salariaiscom
baseem
diferençasde
sexo, idade, nacionalidadeou
estado. civil.Foram
estabelecidos saláriosmínimos
regionais,
jomada
de
trabalhode
oito horas,descanso
semanal, férias anuais remuneradas,profissões, proibição
de
trabalhode
menores
de
quatorze anos,de
trabalhonotumo
para
menores
de
dezoitoanos
e às mulheres.A
ra7ão principalque
levoua
nova
classedominante a
se importarcom
o
mundo
do
trabalho, foia preocupação
em
controlar e frear aformação de
um
operariado organizado,com
ideologia própria.Tratava-se
de
um
documento
liberal-democráticoque
assegurava as liberdadesde
pensamento, de
crenças religiosas ede
organização partidária.As
leisque
se seguiram,procuraram
protegero
trabalho,mas
em
nenhum
momento
a
legislação brasileira declarouo
trabalhocomo
um
direito.Com
receiode
perdero
poder,o
governo
da
época
caminhou
para
o
fortalecimentodo
Poder
Executivo,baseado nas Forças
Armadas
e
numa
burocracia civilcada
vez mais
nurnerosa. Estas tendências autoritárias
ganharam
força,a
partirde
1935, consolidando-se,em
1937,com
a
Constituiçãoda
ditadurado
Estado
Novo.
Baseada
na
Constituição polonesa, estabeleceua
ditadurana
teoria ena
prática.A
carta outorgada,
de 10
de
novembro
de
1937, caracterizou-se pelopredomínio
do Poder
Executivo.
O
presidentepassou
a tercompleto
controle sobre os estados,podendo, a
qualquermomento,
nomear
interventores. Instituiu-se, ainda,o
estadode
emergência,que
permitiaao
presidente
suspender
as irnunidades parlamentares, prender, exilar e invadir domicílios; instaurou- sea
censurapara
osmeios de comunicação,
jornais, rádio e cinema.As
principaismodificações
introduzidas pelanova
Constituiçãoforam
as seguintes:-
o
presidentepodia
dissolvero
Congresso
e expedir decretos-leis;- os partidos políticos
foram
extintos;- aboliu-se
a
liberdadede imprensa
com
a
instituiçãoda
censura prévia;- os estados
passaram a
sergovernados por
interventores.Após
o
governo de
Getúlio Vargas, surgiuem
18de setembro de
1946,a
quartaConstituição Republicana,
a
quintado
Brasil.Embora
tenhamantido a
federação eo
presidencialismo,
a
nova
Constituição,como
a de 1934
fugiu bastante às linhas doutrináriasde
1891.
Os
direitos trabalhistasdo
período getulhistaforam
'incorporadosao
textoSeguindo
as tendências liberaisque venceram o
nazismo e
o
fascismo,a
Constituição
de
1946
deu
grande autonomia
aos estados e reestabeleceucomo
forma
de
governo,a Republica
Federativa e Democrática,formada
por
cinco e vinte estados,cada
um
destes
com
sua
Constituição eum
governo
eleito pelopovo.
As
eleições seriam diretasem
todos os níveis. Assim, Presidenteda
República, governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadoresdeveriam
ser escolhidos pelopovo
com
eleições diretas e secretas.Os
princípiosmais
importantesda nova
Constituiçãoeram
os seguintes: - igualdadede
todos peranteà
lei;- liberdade
de
manifestaçãode pensamento,
sem
censura,a
não
serem
espetáculos e diversões públicas;- inviolabilidade
do
sigilode
correspondências;- liberdade
de
consciência,de
crençae de
exercíciodos
cultos religiosos;- liberdade
de
associaçõespara
fins
lícitos;- proibição
de
organização registroe
funcionamento de
qualquer partido políticoou
associaçãocujo
programa
contrariasseo
regime
democrático;- inviolabilidade
da
casacomo
asilodo
indivíduo;- direito
de
propriedade;- prisão só
em
flagrante delitoou
por
ordem
escritada
autoridade competente; - garantiaampla
de
defesado
acusado.O
período,desde a
queda
do
Estado
Novo
(1945) ao
movimento
militarde
1964,ficou
conhecido
como
Populismo.Foi
fenômeno
latino-americanodo
pós-guerra resultadoda
crise política
e
do
desenvolvimento
econômico.
Durante
este período populista,ocorreram grandes
mudanças
de
ordem
política eeconômica.
Em
1953, inicia-sea
políticaeconômica
nacionalista,opondo-se
aos interesses norte-americanos criandoa
Petrobrás.Em
1956, inicia-sea
política desenvolvimentistacom
aberturapara
o
capitalestrangeiro,
o
Brasil passa a seenquadrar
às exigênciasdo
capitalismo internacional, fortalecendo aEm
1964, acontecea
superaçãoda
República
Populista atravésdo movimento
militar
de
1964.Inicia-se
uma
refonnulação da
políticaeconômica
paracombater a inflação
crescente
que
teve suas origensno
período desenvolvimentista.No
períodode
1964
a
1966,o
regime
militar foimuito
além da
liberaçãoda
remessa
de
lucro para as multinacionais. Ele criou as -condiçõespara
que
esses lucrosaumentassem
cada
vez
mais.As
multinacionaislevaram mais
dólaresdo
que trouxeram
edesenvolveram
seus projetoscom
incentivos fiscais,ou
seja,com
dinheirodo povo
brasileiro.O
objetivodo
governo
militar seresumia
aduas
palavras:desenvolvimento
e segurança.O
desenvolvimento
beneficiou, apenas,uns
poucos, realizadoà
custada
misériada
fome
eda
morte de muitos
brasileiros.A
segurançado
Estado
e seus representantes foipromovida
à custada
insegurançada
população.Apesar
da
repressão, os operários, aindamanifestavam
e protestavam contra a politicado govemo.
O
regime
militarnão
foi aceitopassivamente pela nação.
Durante
o
regime
militaramplos
setoresda
população
como:
politicos,trabalhadores, estudantes e organizações
da
sociedade civilopuseram-se
ao
govemo
e lutaram contra a repressão e pela defesados
ideais democráticos.Neste
processode
resistência muitas pessoasmorreram
ou
desapareceram
na
luta contrao
regime
Neste
contexto, inicia-se a elaboraçãode
uma
nova
Constituiçãoque
deveria serpromulgada
em
24
de
janeirode
1967,mas
devidoa
uma
crise entreo
Congresso
eo
Executivo ocorreuem
13de
dezembro
de
1968,com
a
edição
do Ato
Institucionaln°
5: "Autorizaçãodo
presidenteda República
para:- decretar recesso
do
Congresso
Nacional, das Assembléias Legislativas e dasCâmaras
de
Vereadores;
- decretar intervenção
nos
estados, municípios e territórios;- cassar
mandatos
eletivos federais, estaduaise
municipais, esuspender
direitos políticospor dez
anos;
- decretar
o
estadode
sítio e prorrogá-lo."A
Constituição incluiu,também,
a
Leide Imprensa
ea Lei
de Segurança
Nacional.Essas leis garantiram
ao
presidentepoderes
ilimitadosque levaram a
oposição a denunciar " institucionalizaçãoda
ditadura".O
poder
Executivo foiampliado
e centralizado.Com
isso,diminuiu
a
participação popular eo
poder dos
estados;foram
mantidas
eleições indiretaspara
a presidência egovemos
estaduais.Houve
uma
reformulação
na
Constituiçãode 1968
que deu
origem
à Constituiçãode 17 de outubro de
1969,revogando
o
AI-5.O
período,de
1964
a
1985, foimarcado,
fundamentalmente,
pela presençados
militaresna
vida política. Instaladosno
poder, os militares eseus aliados civis
suprimiram inúmeros
aspectosda
organização nacional,baseado
na
Constituiçãode
1946, estabelecendoum
regime
autoritário centralizadorem
relação aos estados, conservadorem
muitos
aspectos emodemizador
em
outros tantos. Talregime baseado
no modelo
econômico que
aumentou
a concentraçãode renda
e realizouampla
aberturaao
capitalestrangeiro, teve
seu
grande
momento
entre osanos
1967
e 1973.Após
1973 o
regime
militar entrouem
fasede
progressiva criseeconômica
ede
lenta abertura democrática
culminando
com
apromulgação de
uma
nova
Constituição.Em
decorrênciado
processode
abertura democrática, épromulgada,
em
05
de
outubro
de
1988,uma
nova
Constituiçãoque
consagraa
liberdadecom
o
fim
da
censura prévia econdena a
tortura.Modifica,
em
alguns aspectos,o
sistema jurídicode
relaçõesde
trabalho.Nos
capítulosdos
direitos trabalhistas,a
Constituição estabeleceua
jomada
de
trabalho
de
quarenta e quatro horas, liberdade sindical,amplo
direitode
greve e proibiçãoda
discriminação
de
cor, sexo, idade e estado civil.A fim
de
dificultara demissão
arbitrária,estabelece
o pagamento
de
40%
sobreo
último saláriono
casode
desligamentosem
"justa causa".Somente,
nesta Constituição,o
trabalho é admitidocomo
um
direito.Os
trabalhadores
conquistam a
partir desta,uma
legislaçãomais próxima
da
realidade,mas,
ainda, existem contradições entre patrão eempregado.
A
Constituição Federalde 1988
prevê os seguintes direitos sociaisque
são aplicadosa
todos os trabalhadores:- salário
mínimo;
- irredutibilidade
de
salário;- garantia
de
salárionunca
inferiorao
mínimo
para osque
percebem
remuneração
variável;- 13° salário, inclusive,
para
os aposentados;-
remuneração
do
trabalhonoturno
superiorao
do
trabalho diurno;- salário família
para
os dependentes;-
repouso semanal remunerado,
preferencialmente, aosdomingos;
-
remuneração
do
serviço extraordinário superior,no
mínimo,
em
50%
ao
do
normal;-
gozo
de
férias anuaisremuneradas,
com
pelomenos,
um
terço amais
do
salário normal;- licença
de
120
diasà
gestante; - licençapatemidade de
cinco dias;- adicional
de remuneração
para atividades penosas, insalubres e perigosas;- proibição
da
diferençade
saláriosde
exercíciosde
fimções
ede
critériode admissão por motivo
de
sexo, idade, corou
estado civil.Em
1989,o
Congresso Nacional aprovou
a Leide
Greve,a
Lei sobre PolíticaSalarial e
a
Lei sobre Salário Minirno.A
Lei sobreFundo
de
Garantiapor
Tempo
de
Serviço foiaprovada
em
1990.Embora
a Constituição tenha previsto todos os direitos jámencionados,
no
Brasil,
a
situaçãodos
trabalhadores assalariadosmostra
o quanto
eles são excluídos, socialmente, eos casos
mais
gritantes referem-se às pessoas submetidas às condiçõesde
subemprego
que
nem
chegam
a
ganhar
um
saláriomínimo
mensal que
é garantido pela Constituição Federalde
1988.Conforme
dados
do
Instituto Brasileirode
Geografia
e Estatística(IBGE),
em
1994,
podemos
descrevera
situaçãodo
trabalho,no
Brasil,da
seguinte forma:Existem
23
milhõesde
trabalhadorescom
carteira assinada e14
milhõesde
trabalhadores
sem
carteira assinada.A
população empregadora
éde
2,8 milhõesde
pessoas,a população de
funcionários públicos (civis e militares) é
de
2,5 milhões,a população
que
trabalhapor
conta própriachega a 14
milhões. Existem, ainda, 5 milhõesde
pessoasque
não
sãoremuneradas.
O
trabalho,também,
atinge as crianças.Cerca de 2
milhõesde
crianças,de 10 a 13
anos,trocam a
salade
aula pelo trabalho para garantir seu sustento ea
sobrevivênciada
família;embora
o
traballiode
menores
de 14 anos
seja proibido pela Constituição Federalde
1988.O
trabalhode menores,
na
área rural, está longede
serum
produto
da
crisebrasileira.
Os
meninos
emeninas mais humildes
sernpre trabalharam.No
campo,
eles sãosempre
parte efetiva
da
forçade
trabalho familiar, e esse éum
hábitoque
passade geração a
geração, independentedo
que a
Constituição Federal digaa
respeitodo
assunto.Muitas
pessoas se sujeitamao fenômeno do
subemprego,
dependendo
de
biscatespara sobreviver.
O
emprego
formal,no
Brasil, aqueleem
que
o
trabalhadortem
seus direitosDesta
forma,podemos
analisarque
existeuma
distribuição injustade renda
ede
oportunidades.
No
próximo
item,procuraremos
situar aUFSC,
enquanto empregadora,
eexpor
o
que
oferecequanto
aos direitos trabalhistasa
seus servidores,uma
vez que
estes são garantidos, legalmente, pela Constituição Federal e peloRegime
Jurídico Único.o
Regime
Juúaâzo
úzúzo
(mu)
foi inzúmíao,em
1990,zozzsúmmóo-se
num
regulamento
exclusivo para todos servidores públicos e estabelece direitos e deveresque regulam a
1.3
A
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA CATARINA
ENQUANTO
EMPREGADORA
Neste item abordaremos a
legislaçãoque
garante os direitos sociaisdos
servidores,desde
a criaçãoda
UFSC,
até os diasde
hoje.O
Estado
brasileiro crioua
Universidade Federalde
Santa Catarina(UFSC),
pelalei 3849,
de 18 de
dezembro
de
1960, eoncretizando0
projetode
reunir as faculdades isoladasque
existiamem
Florianópolis, colocando-asem uma
estrutura fisicamais
ampla
emelhor
organizada, permitindo, assim,a
expansão
e a criaçãode novos
cursos, contribuindopara a
formação
intelectual e profissional
dos
estudantes.Com
a
criaçãoda
UFSC,
houve
a
necessidadede
contratar trabalhadores para fazê-la funcionar, deste
modo,
começaram
a
ser admitidos servidores docentes e técnico- administrativos.Nesta
época, vigorava,no
Brasil,a Consolidação
das Leis Trabalhistas(CLT).
A
CLT,
no
Brasil, foiaprovada
pelo decreto-lei 5452,de
1°de
maio
de
1943,com
vigênciaa
partirdo
diado
trabalhador.Antes
de
1967, os funcionários públicos erarnnomeados,
efetivamenteou
provisoriamente, pelo presidente.
A
CLT
passou a
regero
Serviço Público Federala
partirde
1967.
Após
o
decreto-lei200/67
foi implantada areforma
administrativano
ServiçoPúblico Federal.
Sendo
que, entre1967
e 1970, os funcionários públicos federaispuderam
optar peloregime
celetistaou
peloregime
estatutário.O
Estatutodos
Funcionários Públicos Civisda
União
foi instituído pela lei 1711,de
28
de outubro
de
1952,com
vigênciaa
partirdo
diado
fimcionário
público.Até
o
ano de
1990,o
funcionalismo público era regido pela lei 1711.Em
1990
passou
a existir outro estatutoaprovado
pela lei n° 8112/90,o
RJU.
O
regimentoda
CLT
foi abolido,em
1990,no
Serviço Público Federal;permaneceram
no
regime
celetista, apenas, os estrangeirosque
não possuem
vistopermanente
no
país.
Com
estanova
legislação(RJU)
para ingressarna
UFSC
como
servidor, deve-se prestarconcurso
público e seraprovado mediante
asnormas
estabelecidas pelomesmo.
A
Constituição Federalde 1988
previuo
Regime
JurídicoÚnico que
foi instituídopela lei 8112,
de
11de
dezembro
de
1990,conforme
previstono
artigo39 da
Constituição Federalde
1988:"A
União,os
Estados,o
Distrito Federal e osMunicípios
no
âmbito de sua
competência,
o
Regime
JurídicoÚnico
e Planosde
Carreira para os Servidoresda
Administração
Pública Direta das Autarquias e das
Fundações
Públicas".O
Plano
de
Carreira previstono
artigo39 da
Constituição Federal,de
1988, ainda,não
foi instituído,porém
os servidores técnico-administrativos e docentesda
UFSC
são regidos,atualmente, pelo
Regime
JurídicoÚnico
de
Classificação e Retribuiçãode Cargos
eEmpregos,
previsto
na
lei7596
de 10 de
abrilde
1987,regulamentada
pelo decreto n° 94.664,de 23
de
julhode
1987.Anterior
a
estePlano
de
Carreira,o
servidor era regido peloNovo
Plano
de
Classificação
de
Cargos, criado pela lei5645/70
eimplantado
em
1°de
novembro
de
1974.De
todos os direitos sociais consignadosem
34
incisosdo
artigo 7°da
Constituição Federalde
1988;apenas
estes são destinados aos servidores públicos.Além
dos
direitos sociais, anteriormente, citados,o
Regime
JurídicoÚnico
acrescenta outros
como:
- licença
por motivo de doença
em
pessoa
da
família; - licençapor
afastamentodo
cônjuge;- licença-prêmio
por
assiduidade;- licença
para
o desempenho
de
mandato
classista;- afastamento
remunerado
para estudono
Brasilou
no
exterior.A
Universidade Federalde Santa
Catarina possuiem
sua estrutura organizacional: -Orgão
Executivo
Central:Reitoria, Vice-Reitoriae Pró-Reitoxias de:
Ensino
de Graduação;
Pesquisa ePós
Graduação;
Assuntos
da
Comunidade
Administração e
Culturae
Extensão. - Deliberativos Centrais:Conselho
Universitário,Conselho
de
Ensino, Pesquisa eExtensão
eConselho
de
Curadoxes.-
Órgãos
Dzfibefzúvos
szwúzisz
Conselho
Departamental,Departamentos
eCentros e respectivos
Departamentos
de
Ensino.-
Órgãos
Executivos Setoriais:Diretorias
de
Centro
e- Suplementares: Biblioteca Universitária, Restaurante Universitário,
Imprensa
Universitária,Museu
Universitário, Hospital Universitário,Núcleo
de Processamento de Dados,
Escritório
de
Assuntos
Intemacionais, Editora UniversitáriaeBiotério Central.
No
presente trabalho, enfatizamosa
Pró-Reitoriade Assuntos
da Comunidade
Universitária
(PRAC)
criada,em
1984,que
se constituiem
um
órgão de
administração superiorque
tem
como
objetivo tratar as questões referentes aos estudantese
aos servidores docentes etécnico-administrativos
de
fomra
conjunta,promovendo
a
integraçãoda
comunidade
universitária.A
estruturada
PRAC
se constituiem:
-
Coordenadoria de
Apoio
as Políticasda
PRAC
(CAP);
-
Coordenadoria
de
Apoio
a
Eventos
eInformações (CAEI);
-
Departamento
do
Pessoal (DP);-
Departamento de Desenvolvimento de Recursos
Humanos
(DDRI-I);-
Departamento de
Saúde, Higiene eSegurança
no
Trabalho
(DSHST);
-
Departamento de
Ação
Comunitária
(DeAC);
e- Restaurante Universitário
(RU).
No
presente trabalho,abordaremos
as açõesdos departamentos
e órgãosque
atuam
na
áreade beneficios
aos servidores, são eles: Hospital Universitário -HU,
Departamento de
Saúde, I-Iigiêne eSegurança
no
Trabalho
-DSHST,
Departarnentodo
Pessoal -DP
eDepartamento de
Ação
Comunitária
-DeAC.
O
Hospital Universitário(HU)
oferece aos servidoresda
UFSC
o
Serviçode
Atenção a
Saúde da
Comunidade
Universitária(SASC), que
éo
órgão
responsável pela assistênciaO
SASC
atende os servidores técrúco-administrativos, docentes e estudantes regularmente matriculadosnos
cursosde graduação
epós-graduação
da
UFSC.
Este serviço
conjuga
o
interesseda
UFSC
em
prestar atendimentode saúde à
comunidade
universitária eda
própriacomunidade
em
disporde
um
serviçoque possa
facilitar,de
maneira
sistematizada emais
rápida,a
resoluçãode
seusproblemas de
saúde.Em
relaçãoà
saúde,à
higiene eà
segurançano
trabalho,o
setor responsável éo
DSHST
. Estedepartamento
possuiduas
divisões:- Divisão
de Medicina
no
Trabalho
(DMT);
e- Divisão
de Engenharia
eSegurança
no
Trabalho
(DEST).
Na
DMT
atuam 2
médicos
e2
enfermeiros especializados ena
DEST
atuam
lengenheiro
do
trabalho e3
técnicosde
segurançano
trabalho.Com
relação às questõesde
insalubridade e periculosidade,seglmdo
a Portaria n°0934/GR/91:
"O
Reitorda
Universidade Federalde
Santa Catarina,no
uso de
suas atribuições,considerando as disposições contidas
no
Decreto
n°97458
de
15de
janeirode
1989, InstruçãoNomiativa n°
02/SAF/PR,
de 12 de
julhode
1989, resolve: artigo 1° -Compete
aos Diretoresde
Centro de Ensino e
Diretoresde Unidades
Administrativas emitir as Portariasde
que
tratao
Decreto n°
97458
de 15 de
janeirode
1989, artigos 4°, 5° e 6°mediante informação
explícitada
chefia
imediatado
servidorcom
baseno
laudo pericial vigente".Sendo
assim,após
um
estudo feitoem
localde
trabalho ea
partirde
um
laudo
pericial
pode
ser emitidauma
Portariamostrando
o
grau
de
insalubridade eou
periculosidadedo
ambiente
de
trabalho.O
servidor, regido peloregime
celetista,pode
receber insalubridadeem
3
níveis:mínimo
=
10%, médio
=
20%
emáximo =
30%.
Estes valores sobreo
salário mínirnosendo
que
a
periculosidade écomputada
40%
sobreo
salário base.O
servidor regido peloRJU
pode
receber insalubridadeem
3
níveis:mínimo
=
5%,
médio
=
10%
emáximo =
20%.
Estes valores são calculados sobreo
salário base ea
periculosidade é
computada
em 10%
sobreo
salário base. AO
RJU
aindanão tem
nommtizado
0
aspectode medicina
no
trabalho,por
isso os estudosdos
locais insalubrese
ou
perigosos são feitoscom
base
na
legislaçãoda
CLT.
O
DSHST
éo
responsável,após
fazero
laudo
pericial, pela distribuiçãodos
equipamentos de
proteção individual (EPI)que
são referentesao
traballioem
si; e pela instalaçãodos equipamentos de
proteção coletiva(EPC)
referentesao
meio
ambiente
de
trabalho.O
DSHST
é responsável pelo levantamento paraa
compra do EPI
edo
EPC.
O
objetivo destedepartamento
é dar condições salubres e seguras paraque
as pessoaspossam
trabalhar;modificando o meio
para evitaro
aparecimento
de
condições propícias paraa
incidênciade
acidentes edoenças
do
trabalho.O
DSHST,
além dos
trabalhos ligados diretamente às questõesde segurança
do
trabalho, ainda, oferece
ao
servidor trabalhos preventivosao uso de
drogas atravésde duas
comissões:
-
Comissão
de Prevenção ao
Uso
Indevidode Drogas;
e-
Comissão
de Prevenção a
AIDS
eAcompanhamento
dos
Portadoresdo
Vírus
HIV.
Ainda
ligadoà
PRAC
existeo
DeAC
que
centralizou os serviçosque
eram
prestados anteriormenteà
comunidade
universitária,dando
enfoque
aos princípiosda
assistência social.A
PRAC
foi criadaem
1984
face a necessidadede
dar tratamento conjunto às questõesque
diziam
respeitoa
servidores, alunos e professores.Desta
forma, evoluiu a idéiado
Serviço Social organizar-se
em
forrnade
coordenadoriana
estrutura organizacionalda
PRAC,
criando-se
em
12 de
agostode
1988
a
coordenadoriade
Serviço Social(COSS),
subordinadaa
PRAC
econseqüentemente o
Projetode
Serviço Socialna
PU
passou a
ser vinculadoa
esta coordenadoria.Sendo
que,ao
assumir,a
nova
administraçãoda
UFSC
em
maio
de
1992
reestruturou
o
organograma da
PRAC.
Desta
forma, foi criadoo
Departamento de
Ação
Comunitária
(DeAC),
cuja finalidade é administrar e desenvolverprogramas de
caráter sociais,recreativos e assistenciais destinados aos estudantes e servidores
da
UFSC.
O
DeAC
está estruturado para atender as questões apresentadas pelos servidores técnico-administrativos e docentes, pelocorpo
discente etambém
aquelas provenientesda
comunidade
externa. Está estruturadocom
duas
divisõesque
atuam
nas
suas áreas específicas,mas
que conjuntamente
levam
a alcançaro
objetivodo
mesmo,
são elas:- Divisão
de
Serviço Social; eA
Divisãode
Serviço Social(DISS)
ficou
divididaem:
-
Seção de Atendimento ao
Servidor; e-
Seção de Atendimento
aos Estudante.Os
servidoresrecebem
auxíliosque
lhes são conferidosna forma
de
salário indireto,subsidiando seu salário mensal.
Esses beneficios são repassados
de
forma
diferenciada,de acordo
com
sua
natureza.
Assim,
o
vale-transporte é responsabilidadedo
DP
que,mediante
um
descontode
6%
do
saláriobase
do
servidor oferece os "passes" necessáriosao
seu transporte.O
DP
é responsável, ainda, pelo auxílio crecheque
é repassadoao
servidorque
tiver
filhos
ou
criançassob
sua responsabilidade,desde
que
comprovado
judicialmente.As
crianças
beneficiadas
são aquelascom
idadecompreendida
entre0
e6
anos.O
DeAC
é
responsável pelofomecimento do
vale-alimentação. Estebeneficio
é repassadoa
todos os servidoresdevidamente
contratados pelaUFSC.
São
repassados22
tiquetes e descontados entre2%
e7%, dependendo
_da faixa salarial.Ainda,
sob
responsabilidadedo
DeAC,
estão os beneficios eventuaiscomo
auxílio paracompra
de medicamentos,
óculos,exames,
auxílio funeral. Estesbenefieios
são repassadosa
partir
de
um
estudo social realizado pelo Serviço Social -Seção de Atendimento ao
Servidor. Esteestudo se baseia
no
nívelde renda
familiar eformação
familiar, considerando-sea
situação imediataque
a
famíliavem
enfrentando.W
O
auxíliode
isençãode
taxas e ernolurnentos éum
direitodo
servidorque
recebeaté 4,5 salários
minimos, sendo que
há
a
necessidadede
comprovação
de
renda, atravésde
um
atestado
fomecido
pelo Serviço Social.Além
destes beneficios, existena
UFSC,
o Núcleo
de Desenvolvimento
Infantil(NDI)
que
aceita criançade
2
meses
até6
anos.Sempre
é feitauma
seleção e os critérios são:-
tempo
de
trabalhona
UFSC;
-número
de
filhos; e- faixa salarial.