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O CONHECIMENTO DOS MORADORES DA COMUNIDADE SANTO AGOSTINHO, CÓRREGO JACUTINGA – ALTO JEQUITIBÁ/ MINAS GERAIS SOBRE O USO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURA

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O CONHECIMENTO DOS MORADORES DA COMUNIDADE SANTO AGOSTINHO, BRE O USO DE

1, Juliana Santiago da Silva2 1

2 e Imunologia da Faculdade de

) RESUMO

dido cada vez mais. Com o aumento da eto desses produtos. Sendo assim, este estudo buscou analisar o conhecimento da popul

claras e objetivas que buscavam conhecer como a pop

suas culturas no dia a dia. A partir das respostas dadas pelos agricultores entrevistados, Os entrevistados sabem que os

os mesmos. Palavras-chaves:

acidentes de trabalho aumente significativamente. Entre estes acidentes,

(PASCHOARELLI, 2009, p. 169).

utilizado e, principalmente, aos aplicadores destes produtos (OIT, 2001; BRASIL, 1997).

O uso intensivo e excessivo dos

seus inimigos naturais. Esse uso indiscriminado causa o aumento de

(2)

passam a suportar doses antes suficientes para eliminar todas elas (PASCHOAL, 1979).

Mesmo nos dias de hoje, os produtores quanto ao uso e manuseio correto dos

respeito, para que os agricultores possam

ambiente.

(GARCIA, 1991; MOREIRA et al., 2002; PIGNATTI et al., 2007).

estabilidade causando problemas ambientais, como a toxicidade que permanece no solo, afetando as plantas e

maiores, trazendo mais danos ao meio ambiente (ANDRADE e SARNO, 1990).

Nesse sentido, este trabalho visa agricultores da comunidade de Santo

por esses produtos.

Segunda Guerra Mundial (TERRA, 2008).

nos produtos industrializados e as baixas aumento do consumo desses produtos (BULL e HATHAWAY, 1986). Outro fator que colaborou para esse aumento foi a melhoria na renda dos agricultores, que passaram a comprar mais defensivos,

incentivo para os agricultores, ficando o Brasil entre os maiores e mais importantes (MIDC/SDP, 2004).

Figura 1. (SOARES, 2010)

Produtos e agentes de processos destinados ao uso nos setores de beneficiamento de produtos

plantadas, e de outros ecossistemas industriais, cuja finalidade seja

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danosa de seres vivos considerados produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento (BRASIL, 2002).

incentivados a utilizar cada vez mais os

indiscriminado tem gerado muitos rurais e de seus familiares, assim como da al., 1992).

produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados devem ser

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

de periculosidade ambiental de todos os 1996).

de acordo com a praga que controlam, o

simplificada.

Herbicidas: combatem ervas indesejadas;

Inseticidas: combatem insetos; Fungicidas: combatem fungos; Desfolhantes: eliminam folhas indesejadas;

do solo;

Raticidas: combatem ratos e demais roedores;

Moluscocidas: combatem moluscos;

Nematicidas: combatem nematoides;

Quanto ao seu grau de toxicidade, os

distinta para cada uma delas (Tabela 1) (PASCHOARELLI e MENEZES, 2009).

Tabela 1.

(PASCHOARELLI e MENEZES, 2009)

periculosidade ambiental, que vai de

(PASCHOARELLI e MENEZES, 2009, p. 200).

(4)

Tabela 2.

Quando aplicados sem nenhum

para o meio ambiente. Os danos

esses produtos (BOWLES e WEBSTER, 1995).

de duas maneiras: acumulam-se na biota

acumulam ao longo da cadeia alimentar

predadores e competidores. Alguns com que, na maior parte das vezes, as resistentes (SOARES e PORTO, 2007).

se trata de impactos gerados pela

elementos minerais, principalmente em solos desnudos, concorrendo para a (SOARES e PORTO, 2007, p. 4).

quantidade absorvida, do tempo de pessoa exposta (OPAS/OMS, 1996). podem ser divididos em agudos e

causar um dano efetivo e aparente em um 1996).

(COCCO et al., 2005; PUKKALA et al., 2009).

De acordo com Alexander et al. (2007), estes efeitos podem ser transmitidos congenitamente, podendo ser confundidos

4. DESCARTE DAS EMBALAGENS Um dos grandes problemas causados das embalagens vazias. Esta

concentrados, sendo fonte de ambiente (VAZ, 2006).

Na maioria dos casos, as embalagens Classe

Classe I Altamente perigoso Classe II Muito perigoso Classe III Perigoso Classe IV Pouco Perigoso

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equivalente, conforme normas

acumulados nas embalagens, evitando aplicadores devido a estes manusearem os produtos diretamente. Outra vantagem embalagem para a reciclagem (VAZ, 2006).

5. METODOLOGIA

na Zona da Mata Mineira e destaca-se por O trabalho foi realizado na Jacutinga, localizada a 6 km da sede do

propriedades rurais, residindo em cada

5.2. Coleta de dados

A coleta de dados foi realizada entre outubro e novembro de 2013 e teve como

sobre o assunto.

Para a coleta de dados, empregou-se

agricultores quanto ao uso dos

Nas 20 propriedades rurais visitadas, apenas um agricultor foi entrevistado,

Os pesquisados foram questionados sobre o motivo pelo qual eles utilizam os

Figura 2.

Dos 20 agricultores que responderam

na propriedade, os agricultores disseram

(6)

Figura 3. Produtos utilizados citados pelos produtores.

Quando questionados sobre o uso de a maioria dos participantes alegaram usar sendo os mais utilizados luvas, botas,

ser muito quente.

Figura 4. Porcentagem de agricultores

Ao perguntar aos participantes sobre

souberam dizer ao certo quais os danos que estes podem causar. Foram citadas

meio ambiente, 17 agricultores disseram problemas ao meio ambiente e 3

Figura 5. agricultores.

Ao serem questionados quanto ao a maioria dos agricultores disse devolver as embalagens no local onde os produtos

propriedade.

Figura 6.

embalagens na propriedade pelos agricultores participantes.

disponibilizado para os agricultores um

(7)

Constatou-se que a maioria dos

confirmado por Macedo (2002): maioria ignora os efeitos nocivos dos

O principal produto utilizado pelos

argumentam que estudos mostraram que

gastrointestinal, mesmo que lentamente, e rapidamente eliminado se houver pausa

Nas propriedades rurais, a maioria dos de forma correta. Sabe-se que o descarte problemas ao meio ambiente, podendo INPEV (2005) deixa isso claro ao dizer

de 11 de Julho de 1989 cita que:

vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo

um ano, contado da data de compra, ou prazo superior, se autorizado

postos ou centros de recolhimento, desde que autorizados e fiscalizados

(BRASIL, 1989).

momento da compra dos produtos. De acordo com Paschoarelli (2009, p. 175) abusiva desses produtos. Grande parte

175).

Ao receberem o informativo, os agricultores ficaram muito satisfeitos, uma vez que a maioria deles nunca tinha

Considerando os dados obtidos e a

formas corretas de armazenamento dos produtos, descartes das embalagens e ao

ALEXANDER, D.D. et al. Os linfomas . 2007.

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ANDRADE, J.B. de; SARNO, P.

relacionados com o ambiente. Instituto Bahia, 1990. ANVISA. 2001-2006 <http://www.anvisa.gov.br/toxicologia/ residuos/rel_anual_2001-2006. pdf>. Acesso em: 09/10/2013. BOWLES, R.G.; WEBSTER, J.P.G. Alguns problemas associados com a pesticidas. Crop Protection, 14(7), 1995. BRASIL.

janeiro de 2002

http://www.sindag.com.br. Acesso em: out. 2013-10-14> Acesso em: 02/11/2013 BRASIL,

1989 em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l 7802.html> Acesso em: 10 dez. 2013 BULL D; HATHAWAY D. Pragas e Terceiro Mundo

Vozes/OXFAM/FASE, 1986. COCCO, P. et al.

entre os homens expostos ao diclorodifeniltricloroetano. 2005.

GARCIA, E.G., ALMEIDA, W.F. . Revista Bras

IBAMA.

de outubro de 1996

<http://servicos.ibama.gov.br/ctf/manual/ht ml/Portaria 84.pdf> Acesso em: 06/11/2013

INPEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. Acesso em: 15 nov. 2013.

MACEDO, J.A.B. de.

ambiente & sociedade. 1. Ed. Juiz de Fora, Jorge Macedo, 2002.

MOREIRA, J.C. et al.

integrada do impacto do uso de

Friburgo. Rio de Janeiro, 2002.

OIT. Agricultura e setores baseados em

<www.mtas.es/Publica/enciclo/default.htm >. Acesso em 18 out. 2013

OPAS/ OMS.

<www.opas.org.br/saudedotrabalhador/Ar quivos/Sala229.pdf>. Acesso em 18 set. 2013

PASCHOAL A. Pragas, Praguicidas e a Crise Ambiental

Rio de Janeiro, Ed. FGV. 1979.

PASCHOARELLI, L.C.; MENEZES, M.S. Design e Ergonomia: aspectos

PIGNATTI, W.A.; MACHADO, J.M.H.; CABRAL, J.F. Acidente rural ampliado: a cidade de Lucas do Rio Verde. Mato Grosso, 2007. PUKKALA, E. et al. - Oncol, 2009. SOARES, W.L. : Oswaldo Cruz, 2010.

SOARES, W.L.; PORTO, M.F. Atividade : uma

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quimica/agrotoxicos acesso 14/10/2013> Acesso em 15/10/2013

TERRA, F.H.B.

Mestrado. Universidade Federal do

VAZ, P.A.B. O direito ambiental e os responsabilidade civil, penal e administrativa. Porto Alegre, Livraria do Advogado, 2006.

Referências

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