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Determinantes da estrutura de capital das empresas hoteleiras portuguesas: uma análise de dados em painel

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DETERMINANTES DA ESTRUTURA DE

CAPITAL DAS EMPRESAS HOTELEIRAS

PORTUGUESAS: UMA ANÁLISE DE DADOS

EM PAINEL

Dissertação para a Obtenção do Grau de Mestre em Finanças Empresariais

ANA CATARINA RODRIGUES CORREIA

FARO

2015

(2)

DETERMINANTES DA ESTRUTURA DE

CAPITAL DAS EMPRESAS HOTELEIRAS

PORTUGUESAS: UMA ANÁLISE DE DADOS

EM PAINEL

Dissertação para a Obtenção do Grau de Mestre em Finanças Empresariais

ANA CATARINA RODRIGUES CORREIA

Orientadora: Professora Doutora Fernanda Matias

FARO

2015

(3)

ii

Determinantes da Estrutura de Capital das Empresas Hoteleiras

Portuguesas: uma Análise de Dados em Painel

Declaração de Autoria do Trabalho

Declaro ser a autora deste trabalho, que é original e inédito. Autores e trabalhos consultados estão devidamente citados no texto e constam da listagem de referências incluída.

(Nome Completo da autora)

………... (assinatura)

Direitos de cópia ou Copyright

Copyright: (Ana Catarina Rodrigues Correia).

A Universidade do Algarve tem o direito, perpétuo e sem limites geográficos, de arquivar e publicitar este trabalho através de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de forma digital, ou por qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado, de o divulgar através de repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribuição com objetivos educacionais ou de investigação, não comerciais, desde que seja dado crédito ao autor e editor.

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iii

AGRADECIMENTOS

A presente dissertação representa para mim a concretização de um objetivo importante na minha vida académica. A realização desta dissertação só se tornou possível devido à contribuição direta ou indireta de um conjunto de pessoas, às quais pretendo expressar o meu sentimento de gratidão.

Os meus sinceros e estimados agradecimentos à Professora Doutora Fernanda Matias, orientadora desta dissertação, pela simpatia e disponibilidade demonstrada, pelo seu apoio, pelas suas sugestões e conhecimentos que contribuíram para a elaboração deste trabalho.

Expresso um profundo agradecimento à minha família, em especial aos meus pais, pelo apoio incondicional, pela confiança que depositaram em mim, por me terem ajudado a alcançar os meus objetivos e por todos os ensinamentos de vida.

(5)

iv

RESUMO

O presente estudo tem como principal objetivo analisar os determinantes da estrutura de capital das PME hoteleiras portuguesas. Utilizou-se como metodologia o modelo de dados em painel, com base numa amostra de 900 PME portuguesas obtida através da base de dados Amadeus para o período compreendido entre 2009 e 2013. Considerou-se como variáveis dependentes, o endividamento total, o endividamento de curto prazo e o endividamento de longo prazo. Como variáveis independentes, foram investigadas o valor da garantia dos ativos, a rendibilidade, o crescimento, a dimensão, a poupança fiscal não associada à dívida e a reputação.

Os resultados obtidos sugerem que as variáveis valor da garantia dos ativos, rendibilidade, crescimento, poupança fiscal não associada à dívida e a reputação são determinantes da estrutura de capital das PME estudadas. A variável dimensão não se revela determinante da estrutura de capital das PME hoteleiras portuguesas.

Os resultados obtidos permitem concluir que a teoria do trade-off e a teoria da pecking

order são importantes para explicar a estrutura de capital das PME hoteleiras

portuguesas.

Palavras-chave: Estrutura de Capital; Dados em Painel; Determinantes da Estrutura de Capital; PME; Setor Hoteleiro.

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v

ABSTRACT

This study is meant to examine the determinants of capital structure of Portuguese hotel SMEs. It was used as the methodology panel data model, based on a sample of 900 Portuguese SMEs obtained from the Amadeus database for the period between 2009 and 2013. It is considered as dependent variables, the total debt, short-term debt and long-term debt. As independent variables were investigated asset structure, profitability, growth, size, non-debt tax shields and reputation.

The results suggest that the variables asset structure, profitability, growth, non-debt tax shields and reputation are determinants of SMEs studied capital structure. The variable size is not revealed determinant of capital structure of Portuguese hotel SMEs.

The results showed that the theory of trade-off and pecking order theory are important in explaining the capital structure of the Portuguese hotel SMEs.

Keywords: Capital Structure; Panel Data; Determinants of Capital Structure; SMEs;

(7)

vi

ÍNDICE GERAL

AGRADECIMENTOS ... iii

RESUMO ... iv

ABSTRACT ... v

ÍNDICE DE GRÁFICOS ... viii

ÍNDICE DE QUADROS ... ix

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ... 1

CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA SOBRE A ESTRUTURA DE CAPITAL ... 3

2.1 – Teorias da Estrutura de Capital ... 3

2.1.1 – Abordagem Tradicional ... 3

2.1.2 – Modelo de Modigliani e Miller (1958) ... 3

2.1.3 – Teoria do Trade-Off (TOT)... 5

2.1.3.1 – Efeito Fiscal ... 5

2.1.3.2 – Efeito dos Custos de Falência ... 8

2.1.3.3 – Efeito da Agência ... 9

2.1.4 – Teoria da Pecking Order (POT) ... 11

2.2 – Estudos Empíricos ... 13

CAPÍTULO 3 – INDÚSTRIA HOTELEIRA PORTUGUESA ... 41

3.1 – A Importância da Atividade Turística na Economia Portuguesa ... 41

3.2 – Caracterização da Indústria Hoteleira Portuguesa ... 44

3.2.1 – Número de Estabelecimentos Hoteleiros ... 44

3.2.2 – Capacidade de Alojamento nos Estabelecimentos Hoteleiros ... 47

3.2.3 – Hóspedes nos Estabelecimentos Hoteleiros ... 50

3.2.4 – Dormidas nos Estabelecimentos Hoteleiros ... 53

3.2.5 – Estada média nos Estabelecimentos Hoteleiros ... 56

3.2.6 – Emprego ... 58

3.2.7 – Proveitos Totais dos Estabelecimentos Hoteleiros ... 61

3.2.8 – Rendimento médio por quarto (RevPar) dos Estabelecimentos Hoteleiros .. 64

3.2.9 – Síntese da Caracterização da Indústria Hoteleira Portuguesa ... 66

CAPÍTULO 4 – METODOLOGIA DE ESTUDO ... 70

4.1 – Hipóteses de Estudo ... 70

4.2 – Base de Dados, Amostra e Variáveis ... 75

(8)

vii

CAPÍTULO 5 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E SUA DISCUSSÃO ... 79

5.1 – Estatísticas Descritivas ... 79

5.2 – Matriz de Correlações ... 80

5.3 – Determinantes da Estrutura de Capital ... 82

5.3.1 – Determinantes do Endividamento Total ... 82

5.3.2 – Determinantes do Endividamento de Curto Prazo ... 84

5.3.3 – Determinantes do Endividamento de Longo Prazo ... 85

5.4 – Síntese dos Resultados e sua Discussão ... 87

CAPÍTULO 6 – CONCLUSÕES ... 91

6.1 – Conclusões do Estudo ... 91

6.2 – Limitações do Estudo ... 94

(9)

viii

ÍNDICE DE GRÁFICOS

(10)

ix

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 - Determinantes Teóricos da Estrutura de Capital segundo a Teoria do Efeito Fiscal ... 8 Quadro 2 - Determinantes Teóricos da Estrutura de Capital segundo a Teoria dos Custos de Falência ... 9 Quadro 3 – Determinantes Teóricos da Estrutura de Capital segundo a Teoria da Agência ... 10 Quadro 4 – Determinantes Teóricos da Estrutura de Capital segundo a Teoria da Informação Assimétrica ... 12 Quadro 5 – Estudos Empíricos sobre a Estrutura de Capital das Empresas ... 20 Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo) ... 22 Quadro 7 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por determinante/indicador) ... 33 Quadro 8 – Número de Estabelecimentos Hoteleiros por Localização Geográfica ... 45 Quadro 9 – Número de Estabelecimentos Hoteleiros por Tipologia ... 46 Quadro 10 – Capacidade de Alojamento nos Estabelecimentos Hoteleiros por Localização Geográfica ... 48 Quadro 11 – Capacidade de Alojamento nos Estabelecimentos Hoteleiros por Tipologia ... 49 Quadro 12 – Hóspedes nos Estabelecimentos Hoteleiros por Localização Geográfica . 51 Quadro 13 – Hóspedes nos Estabelecimentos Hoteleiros por Tipologia ... 52 Quadro 14 – Dormidas nos Estabelecimentos Hoteleiros por Localização Geográfica . 54 Quadro 15 – Dormidas nos Estabelecimentos Hoteleiros por Tipologia ... 55 Quadro 16 – Estada média nos Estabelecimentos Hoteleiros por Localização Geográfica ... 57 Quadro 17 – Estada média nos Estabelecimentos Hoteleiros por Tipologia ... 57 Quadro 18 – Pessoal ao serviço nos Estabelecimentos Hoteleiros por Localização Geográfica ... 59 Quadro 19 – Pessoal ao serviço nos Estabelecimentos Hoteleiros por Tipologia ... 60 Quadro 20 – Proveitos Totais dos Estabelecimentos Hoteleiros por Localização Geográfica ... 62 Quadro 21 – Proveitos Totais dos Estabelecimentos Hoteleiros por Tipologia ... 63 Quadro 22 – Rendimento médio por quarto (RevPar) dos Estabelecimentos Hoteleiros por Localização Geográfica ... 65 Quadro 23 – Rendimento médio por quarto (RevPar) dos Estabelecimentos Hoteleiros por Tipologia ... 65 Quadro 24 – Síntese dos Indicadores da Caracterização da Indústria Hoteleira Portuguesa (variação 2009/2013), por Localização Geográfica ... 68 Quadro 25 – Síntese dos Indicadores da Caracterização da Indústria Hoteleira Portuguesa (variação 2009/2013), por Tipologia ... 69

(11)

x

Quadro 26 – Variáveis Dependentes e Independentes ... 76

Quadro 27 – Estatísticas Descritivas ... 79

Quadro 28 – Matriz de Correlações ... 81

Quadro 29 – Determinantes do Endividamento Total ... 82

Quadro 30 – Determinantes do Endividamento de Curto Prazo ... 84

Quadro 31 – Determinantes do Endividamento de Longo Prazo ... 86

(12)

1

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO

A estrutura de capital traduz a forma como uma empresa se financia, recorrendo a capitais próprios ou a capitais alheios. Segundo Vieito e Maquieira (2010), a estrutura de capital de uma empresa é o peso relativo que o valor de mercado do seu capital próprio e da sua dívida têm no capital total da empresa. Os referidos autores enfatizam o valor de mercado, mas frequentemente a estrutura de capital é calculada com base em valores contabilísticos. De acordo com Mota e Custódio (2008), a estrutura de capital de uma empresa tem dois níveis de decisão, a constituição do mix de capitais próprios/alheios e a seleção das fontes de financiamento.

A estrutura de capital ganhou especial relevância na investigação com a publicação do trabalho de Modigliani e Miller, em 1958 “The Cost of Capital, Corporation Finance

and the Theory of Investiment”. A publicação deste artigo originou o surgimento de

várias teorias explicativas da estrutura de capital, normalmente agregadas em teoria da

pecking order e teoria do trade-off. Esta última abrange os argumentos fiscais, de

falência e de agência.

Este estudo tem como objetivo principal investigar a estrutura de capital das empresas hoteleiras portuguesas.

Visa atingir os seguintes objetivos específicos:

 Caracterizar as empresas hoteleiras portuguesas;

 Identificar os determinantes específicos da estrutura de capital das empresas hoteleiras portuguesas;

 Verificar os efeitos que os determinantes da estrutura de capital exercem sobre a estrutura de capital;

(13)

2

Para atingir os objetivos do presente estudo, procedeu-se a uma revisão da literatura sobre a estrutura de capital das empresas e a uma análise da indústria hoteleira portuguesa.

As PME (Pequenas e Médias Empresas) desempenham um papel muito importante na economia portuguesa, devido ao volume de negócios que geram e ao número de empregos que criam. Em 2013, o número de PME era de 352.596, representando 99,7% das sociedades não financeiras, 56,3% do Valor Acrescentado Bruto e 71,5% do emprego (INE, 2014).

O presente estudo foi estruturado em 6 capítulos, conforme exposto seguidamente:

 No capítulo 1 apresenta-se uma introdução do estudo, especificando os objetivos a atingir.

 No capítulo 2 expõe-se uma revisão da investigação teórica e empírica da estrutura de capital.

 No capítulo 3 encontra-se a caracterização da indústria hoteleira portuguesa.  O capítulo 4 é dedicado à metodologia do estudo.

 No capítulo 5 apresentam-se os resultados obtidos neste estudo.  No capítulo 6 expõem-se as conclusões e as limitações do estudo.

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3

CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA SOBRE A

ESTRUTURA DE CAPITAL

2.1 – Teorias da Estrutura de Capital

2.1.1 – Abordagem Tradicional

A abordagem tradicional da estrutura de capital está associada ao trabalho de Durand (1952). Defende que existe uma estrutura de capital ótima, ou seja, uma combinação ótima de capitais alheios e capitais próprios que maximiza o valor da empresa e minimiza o custo médio ponderado do capital. A abordagem tradicional não corresponde a uma verdadeira teoria, pois não é suportada por nenhum modelo formal. Os seguidores da abordagem tradicional defenderam que o custo da dívida mantém-se estável até um determinado nível de endividamento, a partir do qual começa a aumentar de forma a compensar o acréscimo de risco financeiro. As empresas podem endividar-se até ao ponto em que o custo médio ponderado do capital atinja o seu mínimo, ou seja, o ponto ótimo em que as empresas atingem o seu valor máximo.

2.1.2 – Modelo de Modigliani e Miller (1958)

A estrutura de capital ganhou relevância na investigação com a publicação do trabalho de Modigliani e Miller, “The Cost of Capital, Corporation Finance and the Theory of

Investiment”, em 1958. O estudo de Modigliani e Miller marcou o início de uma

moderna teoria financeira. Estes investigadores defenderam que a estrutura de capital é irrelevante para o valor da empresa em situação de mercados de capitais perfeitos. A teoria de Modigliani e Miller contraria a teoria tradicional da estrutura de capital.

O modelo de Modigliani e Miller (1958) baseado nos pressupostos dos mercados de capitais perfeitos apresenta duas proposições diretamente relacionadas com a estrutura de capital.

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4 Proposição I

“ O valor de mercado de qualquer empresa é independente da sua estrutura de capital e é dado pela capitalização do resultado esperado à taxa de atualização apropriada para a classe.” (MM, 1958: 268)

Modigliani e Miller (1958) defenderam que o valor de mercado de uma empresa é determinado pelo investimento e pela classe de risco a que a empresa pertence. Deduziram da proposição I que “ o custo médio do capital para qualquer empresa é independente da sua estrutura de capital e é igual à taxa de atualização do capital próprio (𝑟𝐴𝑘) da sua classe.” (MM,1958: 268-269)

Modigliani e Miller (1958) descreveram o mecanismo de arbitragem através do equilíbrio parcial de mercado entre classes de rendimento/risco equivalentes. Se o valor de duas empresas pertencentes à mesma classe de rendimento/risco for diferente, os investidores compram as ações da empresa subavaliada e vendem as ações da empresa sobreavaliada, levando a uma subida dos preços das ações da empresa subavaliada e a uma descida dos preços das ações da empresa sobreavaliada.

Proposição II

“ A rendibilidade esperada para uma ação é igual à apropriada taxa de atualização 𝑟𝐴𝑘 para o capital próprio daquela classe, mais um prémio relacionado com o risco financeiro igual ao rácio passivo/capital próprio multiplicado pelo spread entre 𝑟𝐴𝑘 e 𝑟𝑑.” (MM,1958: 271)

Segundo a proposição II, a taxa de rendibilidade do capital próprio ou custo do capital próprio de uma empresa pertencente a uma dada classe de risco é uma função linear do seu endividamento, isto é, a taxa de rendibilidade do capital próprio ou custo do capital próprio é maior quando o nível de endividamento da empresa aumenta.

(16)

5

2.1.3 – Teoria do Trade-Off (TOT)

A teoria do Trade-Off defende a existência de uma estrutura ótima de capital através do equilíbrio entre benefícios e custos da dívida. Estes, por sua vez, baseiam-se fundamentalmente em argumentos fiscais, de falência e de agência. A teoria do

Trade-Off sintetiza as teorias do efeito fiscal, de falência e da agência.

2.1.3.1 – Efeito Fiscal

A teoria do efeito fiscal desenvolveu-se com o estudo de Modigliani e Miller (1963). Os investigadores concluíram que a introdução do efeito fiscal nas empresas conduzia a conclusões diferentes das que tinham obtido em 1958. Para Modigliani e Miller (1963) o valor de mercado de uma empresa depende da sua estrutura de capital, ou seja, quanto mais dívida se introduz na estrutura de capital de uma empresa maior é o seu valor. Modigliani e Miller (1963), assumindo que o juro do financiamento é um custo fiscal dedutível da base tributável do imposto, demonstraram que o resultado médio esperado depois de impostos (𝑋̅𝑇) de uma empresa endividada é a soma de duas componentes, conforme se observa na seguinte expressão analítica:

𝑋̅𝑇 = (𝑋̅ − 𝑟

𝑑𝐷)(1 − 𝑇) + 𝑟𝑑𝐷 = 𝑋̅(1 − 𝑇) + 𝑇𝑟𝑑𝐷

sendo:

𝑋̅𝑇 = resultado médio esperado depois de impostos;

𝑋̅ = resultado médio esperado antes de juros e impostos; 𝑇 = taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa;

𝑟𝐷 = taxa de juro que é exigida pelo mercado da dívida sem risco ilíquida de impostos;

𝐷 = valor de mercado da dívida.

Por conseguinte, o valor de mercado de uma empresa endividada, com um nível de endividamento permanente na sua estrutura financeira é dado pela seguinte expressão:

(17)

6 𝑉𝐸 = 𝑋̅(1 − 𝑇) 𝑟𝐴𝑘𝑇 + 𝑇𝐽 𝑟𝐷 = 𝑉𝑁𝐸+ 𝑇𝐷 sendo:

𝑉𝐸 = valor de mercado da empresa endividada;

𝑋̅ = resultado médio esperado antes de juros e impostos; 𝑇 = taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa;

𝑟𝐴𝑘𝑇 = taxa de atualização que o mercado aplica ao resultado médio esperado depois de

imposto, de uma empresa não endividada da classe k; 𝐽 = montante de juros a pagar;

𝑟𝐷 = taxa de juro que é exigida pelo mercado da dívida sem risco ilíquida de impostos;

𝑉𝑁𝐸 = valor de mercado da empresa não endividada;

𝐷 = valor de mercado da dívida.

A diferença entre os valores de mercado de uma empresa endividada e de uma não endividada é o valor atual dos benefícios fiscais que resultam do endividamento.

Miller (1977) com base na realidade norte americana introduziu o efeito conjunto da fiscalidade no rendimento das empresas e no rendimento das pessoas físicas. Segundo Miller (1977), o ganho fiscal dos acionistas resultante do endividamento é dado pela seguinte expressão: 𝐺𝐿 = [1 −(1 − 𝑇𝑐) (1 − 𝑇𝑝𝑠) (1 − 𝑇𝑝𝑏) ] 𝐷𝐸 sendo: 𝐺𝐿 = ganho fiscal;

𝑇𝑐 = taxa de imposto sobre o rendimento da empresa;

𝑇𝑝𝑠 = taxa de imposto sobre o rendimento das pessoas físicas gerado pelo capital próprio

da empresa;

𝑇𝑝𝑏 = taxa de imposto sobre o rendimento das pessoas físicas gerado pelos títulos da

empresa;

(18)

7

Por conseguinte, o valor de mercado da empresa endividada é dado pela seguinte expressão:

𝑉𝐸 = 𝑉𝑁𝐸+ 𝐺𝐿

sendo:

𝑉𝐸 = valor de mercado da empresa endividada;

𝑉𝑁𝐸 = valor de mercado da empresa não endividada;

𝐺𝐿 = ganho fiscal.

DeAngelo e Masulis (1980) introduziram outros beneficios fiscais não relacionados com o endividamento, nomeadamente, a depreciação do ativo, o crédito fiscal para o investimento e as contribuições para fundos de pensões. Segundo DeAngelo e Masulis (1980), o endividamento só é benéfico enquanto a empresa poder usufruir da vantagem de dedução dos juros.

Sintetizando, esta teoria defende que a dívida apresenta benefícios e custos que deverão ser ponderados tendo em conta outras variáveis aquando da decisão de financiamento da empresa.

Os determinantes teóricos relacionados com os modelos que suportam a teoria do efeito fiscal e a sua relação com o nível de endividamento são apresentados no quadro 1.

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Quadro 1 - Determinantes Teóricos da Estrutura de Capital segundo a Teoria do Efeito Fiscal

Determinante Modelo Relação com o nível de

endividamento Poupança fiscal não

associada à dívida

DeAngelo e Masulis (1980)

-

Rendibilidade DeAngelo e Masulis

(1980)

+ Taxa marginal de imposto

sobre o rendimento da empresa DeAngelo e Masulis (1980) + Modigliani e Miller (1963) + Valor da garantia dos

ativos

DeAngelo e Masulis (1980)

- Fonte: Adaptado de Matias (2000).

Legenda:

+ = relação positiva entre o determinante e o nível de endividamento - = relação negativa entre o determinante e o nível de endividamento

2.1.3.2 – Efeito dos Custos de Falência

A teoria dos custos de falência defende que existe uma estrutura de capital ótima que resulta de um trade-off entre os benefícios fiscais resultantes do recurso à dívida e o valor dos custos de falência (diretos e indiretos). Demonstra que o endividamento excessivo aumenta o custo de capital da empresa e o seu nível de risco e reduz o valor da empresa podendo conduzir a empresa à situação de falência. Defende que existe uma estrutura de capital ótima que é atingida quando o valor atual da poupança fiscal resultante do endividamento adicional é exatamente compensado pelo aumento do valor atual dos custos de falência provocado pelo endividamento adicional.

Scott (1976) defendeu que o nível de endividamento ótimo, medido através dos juros liquidados em cada período, é uma função crescente do valor de liquidação dos ativos, da taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa e da dimensão da empresa. Defendeu que o aumento do valor de liquidação de ativos leva a uma diminuição dos custos de falência, o aumento da taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa conduz a uma poupança fiscal e uma empresa com maior dimensão provavelmente tem ativos e resultados mais elevados do que uma empresa com menor dimensão.

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9

Myers (1993) defendeu que os custos de falência têm maior importância para as empresas com ativos intangíveis e com maiores oportunidades de crescimento. Quando uma empresa encontra-se em fase de maturidade tem mais ativos tangíveis e pode ter um maior nível de endividamento do que uma empresa em fase de crescimento ou que depende de investigação e desenvolvimento.

Os determinantes teóricos relacionados com os modelos que suportam a teoria dos custos de falência e a sua relação com o nível de endividamento são apresentados no quadro 2.

Quadro 2 - Determinantes Teóricos da Estrutura de Capital segundo a Teoria dos Custos de Falência

Determinante Modelo Relação com o nível de

endividamento

Dimensão Scott (1976) +

Taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa

Scott (1976) +

Valor da garantia dos ativos

Myers (1993) + Valor de liquidação dos

ativos

Scott (1976) +

Fonte: Adaptado de Matias (2000). Legenda:

+ = relação positiva entre o determinante e o nível de endividamento

2.1.3.3 – Efeito da Agência

A teoria da agência no âmbito da estrutura de capital foi introduzida por Jensen e Meckling (1976), através da publicação do artigo “Theory of the Firm: Managerial

Behavior, Agency Costs and Ownership Structure”. Jensen e Meckling (1976)

identificaram dois tipos de conflitos nas empresas: o conflito entre os gestores e os acionistas e o conflito entre os acionistas e os credores.

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10

Os custos de agência podem agregar-se em custos de agência do capital próprio e custos de agência da dívida. Os custos de agência do capital próprio são os custos decorrentes de conflitos de interesses entre os acionistas e os gestores. Os custos de agência da dívida são os custos decorrentes de conflitos de interesses entre os acionistas e os credores. Os custos de agência da dívida são de diversa natureza, nomeadamente, os custos de falência e os custos de cláusulas restritivas em contratos de dívida. A teoria da agência defende que as empresas atingem uma estrutura de capital ótima quando o montante total dos custos de agência do capital próprio e da dívida é mínimo.

Myers (1977) e Jensen (1986) encontram-se entre os investigadores que têm apresentado argumentos que justificam as relações entre o nível de dívida e os vários determinantes, nomeadamente, o crescimento, o free cash-flow, a participação dos gestores no capital, a rendibilidade, o valor da garantia dos ativos e o risco do negócio.

Os determinantes teóricos relacionados com os modelos que suportam a teoria da agência e a sua relação com o nível de endividamento são apresentados no quadro 3.

Quadro 3 – Determinantes Teóricos da Estrutura de Capital segundo a Teoria da Agência

Determinante Modelo Relação com o nível de

endividamento

Crescimento Jensen (1986) -

Myers (1977) -

Free cash-flow Jensen (1986) +

Participação dos gestores no capital

Jensen (1986) -

Jensen e Meckling (1976) -

Rendibilidade Jensen (1986) +

Valor da garantia dos ativos

Jensen e Meckling (1976) +

Myers (1977) +

Risco Myers (1977) +

Fonte: Adaptado de Matias (2000). Legenda:

+ = relação positiva entre o determinante e o nível de endividamento - = relação negativa entre o determinante e o nível de endividamento

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11

2.1.4 – Teoria da Pecking Order (POT)

A teoria da Pecking Order teve origem nos trabalhos de Myers (1984) e Myers e Majluf (1984). Segundo Myers (1984) não existe uma estrutura ótima de capital da empresa. Esta teoria defende que a empresa hierarquiza as suas fontes de financiamento. Em primeiro lugar, a empresa financia-se com fundos gerados internamente (autofinanciamento) e, posteriormente, com financiamento externo, recorrendo inicialmente à emissão de dívida e só depois à emissão de ações.

A teoria da Pecking Order defende que o rácio de endividamento de uma empresa varia em função dos fundos gerados e retidos internamente e das necessidades de fundos de uma empresa. Esta teoria defende que as empresas mais lucrativas tendem a ter um menor endividamento. Esta teoria assenta em argumentos de informação assimétrica. À medida que se avança na hierarquia de financiamento, a informação assimétrica tende a aumentar e, consequentemente, os custos de financiamento também.

A informação assimétrica no contexto de estrutura de capital foi inicialmente desenvolvida por Ross (1977) e Leland e Pyle (1977). A teoria da informação assimétrica defende que os agentes económicos não dispõem da mesma informação, ou seja, a informação é assimétrica e isso pode gerar custos. Os agentes internos (gestores) possuem melhor e mais informação sobre a empresa do que os agentes externos (acionistas, credores e investidores). Esta teoria associada à dos sinais defende que o endividamento é um sinal de qualidade para as empresas. As empresas para se darem a conhecer enviam sinais para o mercado, tais como, estrutura de capital, distribuição de dividendos, emissão de títulos de dívida e de novas ações e anúncio de novos investimentos.

Leland e Pyle (1977) defenderam que a rendibilidade e a participação dos gestores no capital estão positivamente relacionadas com o nível de endividamento. Ross (1977) defendeu que a rendibilidade está positivamente relacionada com o nível de endividamento. Myers (1984) concluiu que o crescimento está positivamente relacionado com o nível de endividamento e a rendibilidade está negativamente relacionada com o nível de endividamento. Myers e Majluf (1984) concluíram que a

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12

rendibilidade está negativamente relacionada com o nível de endividamento. A síntese destas relações consta no quadro 4.

Quadro 4 – Determinantes Teóricos da Estrutura de Capital segundo a Teoria da Informação Assimétrica

Determinante Modelo Relação com o nível de

endividamento

Crescimento Myers (1984) +

Participação dos gestores no capital

Leland e Pyle (1977) +

Rendibilidade Leland e Pyle (1977) +

Myers (1984) -

Myers e Majluf (1984) -

Ross (1977) +

Fonte: Adaptado de Matias (2000). Legenda:

+ = relação positiva entre o determinante e o nível de endividamento - = relação negativa entre o determinante e o nível de endividamento

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2.2 – Estudos Empíricos

Neste ponto apresenta-se a revisão da investigação empírica. Foram revistos dezasseis estudos, sendo que seis recaíram no setor hoteleiro.

Os estudos foram sistematizados da seguinte forma:

 No quadro 5 identifica-se o estudo, o período do estudo, o tipo de análise de dados, a amostra e respetivos dados.

 No quadro 6 apresenta-se por cada estudo, o indicador do endividamento, os determinantes investigados e respetivas variáveis, bem como os resultados obtidos.

 No quadro 7 apresenta-se por determinante da estrutura de capital, os estudos bem como as variáveis utilizadas.

Os referidos quadros encontram-se no final deste ponto, após uma breve síntese de cada estudo empírico que será apresentada seguidamente.

Chittenden, Hall e Hutchinson (1996) – Analisaram os determinantes da estrutura de capital das empresas de pequena dimensão. Estudaram uma amostra de 3.480 empresas inglesas de pequena dimensão, referentes ao período de 1989-1993, recorrendo à base de dados U.K. Private +. Utilizando como metodologia o modelo de regressão linear múltipla OLS (Ordinary Least Squares), os autores concluíram que as variáveis dimensão, rendibilidade, reputação e valor da garantia de ativos influenciam as decisões de financiamento das empresas de pequena dimensão. A variável crescimento não tem uma relação estatisticamente significativa com os níveis de endividamento das empresas de pequena dimensão. Mas a variável dummy que combina o crescimento rápido com a situação de empresas cotadas ou não cotadas influencia o nível de endividamento das empresas de pequena dimensão.

Baptista (1997) – Desenvolveu um estudo empírico sobre os determinantes da estrutura financeira das empresas hoteleiras portuguesas. Estudou uma amostra de 46 sociedades anónimas portuguesas do setor hoteleiro, durante o período de 1993-1995, selecionada a

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partir do INE (Instituto Nacional de Estatística). Os dados foram recolhidos por meio de um questionário e da base de dados Dun & Bradstreet. Baptista (1997), com base na análise de componentes principais reduziu as 17 variáveis independentes métricas a 5 fatores (crescimento, dimensão, rendibilidade, sazonalidade e risco). Utilizando o modelo de regressão linear múltipla com os 5 fatores e os 2 atributos não métricos (participação dos gestores no capital e “tipo de controlo dos estabelecimentos hoteleiros”), Baptista (1997) concluiu que o fator crescimento tem uma relação positiva com o endividamento total e de médio e longo prazo, os fatores rendibilidade e risco têm uma relação negativa com o endividamento de médio e longo prazo, o fator sazonalidade tem uma relação positiva com o endividamento total e de curto prazo e a variável “tipo de controlo dos estabelecimentos hoteleiros” tem uma relação negativa com o endividamento total e de curto prazo. O fator dimensão e a variável participação dos gestores no capital não se revelam determinantes da estrutura de capital das empresas estudadas.

Michaelas, Chittenden e Poutziouris (1999) – Investigaram uma amostra de 3.500 empresas inglesas de pequena dimensão agrupadas em dez setores de atividade, durante o período de 1986-1995, obtida através da base de dados Lotus one-source. Utilizando como metodologia o modelo de dados em painel, os investigadores concluíram que as variáveis crescimento, dimensão, liquidez, oportunidades de crescimento, poupança fiscal não associada à dívida, rendibilidade, reputação, risco e valor da garantia dos ativos influenciam a estrutura financeira das empresas de pequena dimensão. A variável taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa é insignificante na explicação dos níveis de endividamento das empresas estudadas. Os autores estudaram o efeito do setor de atividade na estrutura de capital das empresas de pequena dimensão e concluíram que existem diferenças estatisticamente significativas entre os níveis de endividamento dos setores de atividade estudados.

Lopez-Gracia e Aybar-Arias (2000) – Desenvolveram uma investigação empírica, cujo principal objetivo consistiu em investigar a influência da dimensão e do setor de atividade na estrutura de capital das PME espanholas. Estudaram uma amostra de 445 PME espanholas, durante o período de 1994-1995, recorrendo ao Registro mercantil de Valencia. Utilizando a análise de variância multivariada (Manova), Lopez-Gracia e Aybar-Arias (2000) concluíram que a dimensão da empresa tem uma relação

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significativa e positiva com o rácio de autofinanciamento das PME e que existem diferenças estatisticamente significativas a nível do endividamento de curto prazo entre o setor de “transportes, comunicação e outros” e os restantes setores de atividade estudados.

Matias (2000) – Desenvolveu um estudo empírico cujo principal objetivo consistiu em investigar os determinantes da estrutura financeira das empresas e medir o impacto da estratégia empresarial na estrutura financeira das empresas. Estudou uma amostra de sociedades anónimas portuguesas não financeiras, recorrendo à base de dados do INE. Os dados não financeiros foram recolhidos por meio de um inquérito enviado por correio a 1.220 empresas. Os dados financeiros, referentes ao período de 1995-1997, foram recolhidos no INE e nas conservatórias do registo comercial. A amostra final do estudo foi de 135 sociedades anónimas portuguesas. Utilizando como metodologia o modelo de regressão linear múltipla (OLS), Matias (2000) concluiu que as variáveis dimensão, participação dos gestores no capital, poupança fiscal não associada à dívida, rendibilidade, risco e valor da garantia dos ativos influenciam a estrutura financeira das empresas estudadas. As variáveis crescimento e reputação não têm uma relação estatisticamente significativa com os níveis de endividamento das empresas estudadas. A especificidade física e dos recursos humanos influenciam a estrutura financeira das sociedades anónimas portuguesas não financeiras. A especificidade localizacional, em termos de localização mais ou menos favorável, não influencia a estrutura financeira das sociedades anónimas portuguesas não financeiras. Matias (2000) estudou o efeito do setor de atividade na estrutura de capital utilizando o modelo de análise de variância com um só fator e concluiu que existem diferenças a nível do endividamento total e de curto prazo entre os setores de atividade estudados.

Upneja e Dalbor (2001) – Desenvolveram um estudo empírico, cujo principal objetivo consistiu em investigar os determinantes da estrutura de capital das empresas hoteleiras dos E.U.A. Utilizando como metodologia o modelo de regressão linear múltipla, Upneja e Dalbor (2001) concluíram que as variáveis poupança fiscal não associada à dívida, risco e valor da garantia dos ativos influenciam a estrutura financeira das empresas estudadas. As variáveis dimensão e oportunidades de crescimento não têm uma relação estatisticamente significativa com o nível de endividamento das empresas hoteleiras dos E.U.A.

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Cassar e Holmes (2003) – Investigaram uma amostra de 1.555 PME australianas repartidas por dez setores de atividade, referentes ao período de 1995-1998, recorrendo à BLS (Business Longitudinal Survey). Utilizando como técnica de análise de dados o modelo de regressão linear múltipla (OLS), Cassar e Holmes (2003) concluíram que as variáveis crescimento, dimensão, rendibilidade, risco e valor da garantia dos ativos influenciam a estrutura financeira das PME australianas. As variáveis crescimento e dimensão têm uma relação positiva com o rácio de financiamento externo e as variáveis rendibilidade, risco e valor da garantia dos ativos têm uma relação negativa com o rácio de financiamento externo. As variáveis crescimento, dimensão e valor da garantia dos ativos têm uma relação positiva com o rácio de financiamento bancário e as variáveis rendibilidade e risco têm uma relação negativa com o rácio de financiamento bancário. Cassar e Holmes (2003) estudaram o efeito do setor de atividade na estrutura financeira das PME e concluíram que existem diferenças estatisticamente significativas entre os níveis de endividamento dos setores de atividade estudados.

Dalbor, Kim e Upneja (2004) – Desenvolveram uma investigação empírica, cujo principal objetivo consistiu em investigar a influência da dimensão na estrutura financeira das empresas de restauração dos E.U.A. Investigaram uma amostra de 122 pequenas empresas de restauração dos E.U.A., durante o ano de 1998, recorrendo à SSBF (Survey of Small Business Finances). Utilizando como metodologia o modelo de regressão simples, Dalbor, Kim e Upneja (2004) concluíram que a variável dimensão influencia a estrutura financeira das empresas estudadas. O ativo total e o número de proprietários foram as medidas com o poder explicativo maior.

Nunes e Serrasqueiro (2007) – Investigaram uma amostra de 75 empresas portuguesas do setor de serviços, durante o período de 1999-2003, selecionada a partir da revista Exame - 500 maiores empresas portuguesas. Os dados financeiros foram recolhidos da base de dados Dun & Bradstreet. Utilizando como metodologia o modelo de dados em painel, Nunes e Serrasqueiro (2014) concluíram que as variáveis dimensão, rendibilidade e valor da garantia dos ativos influenciam a estrutura financeira das empresas estudadas. As variáveis oportunidades de crescimento e risco são insignificantes na explicação do nível de endividamento das empresas estudadas.

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Tang e Jang (2007) – Desenvolveram um estudo empírico, cujo principal objetivo consistiu em identificar o comportamento da estrutura de capital das empresas hoteleiras através de uma comparação com as empresas de software. Estudaram uma amostra de 27 empresas hoteleiras e 27 empresas de software dos E.U.A., durante o período de 1997-2003, recorrendo à base de dados Compustat. Tang e Jang (2007) utilizaram como técnica de análise de dados o modelo de regressão linear múltipla (OLS) e concluíram que as variáveis oportunidades de crescimento e valor da garantia dos ativos e o efeito conjunto do valor da garantia dos ativos e oportunidades de crescimento influenciam a estrutura financeira das empresas hoteleiras. As variáveis dimensão, free cash-flow, rendibilidade e risco não têm uma relação estatisticamente significativa com o nível de endividamento das empresas hoteleiras. Os investigadores utilizaram como metodologia a regressão (GLS) para fazer uma comparação entre as empresas hoteleiras e as empresas de software. Nas empresas de software, as variáveis dimensão, oportunidades de crescimento e risco têm uma relação positiva com o nível de endividamento, as variáveis free cash-flow, rendibilidade e valor da garantia dos ativos têm uma relação negativa com o nível de endividamento e o efeito conjunto do valor da garantia dos ativos e oportunidades de crescimento não tem uma relação estatisticamente significativa com o nível de endividamento. Nas empresas hoteleiras, as variáveis free cash-flow, oportunidades de crescimento, rendibilidade, valor da garantia dos ativos e o efeito conjunto do valor da garantia dos ativos e oportunidades de crescimento têm uma relação positiva com o nível de endividamento e as variáveis dimensão e risco têm uma relação negativa com o nível de endividamento.

Lopez-Gracia e Sogorb-Mira (2008) – Desenvolveram um estudo empírico, cujo principal objetivo consistiu em testar empiricamente a eficácia das teorias trade-off e

pecking order na explicação da estrutura financeira das PME. Estudaram uma amostra

de 3.569 PME espanholas agrupadas em nove setores de atividade, durante o período de 1995-2004, recorrendo à base de dados SABI (Sistema de Análises de Balanços Ibéricos). Utilizando como metodologia o modelo de dados em painel, Lopez-Gracia e Sogorb-Mira (2008) concluíram que as variáveis cash-flow, dimensão, oportunidades de crescimento, poupança fiscal não associada à dívida, rendibilidade e reputação influenciam a estrutura financeira das PME espanholas. O efeito conjunto do cash-flow e oportunidades de crescimento tem uma relação significativa e positiva com a dívida total. As variáveis risco e taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa não

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têm uma relação estatisticamente significativa com o nível de endividamento das PME espanholas.

Karadeniz, Kandir, Balcilar e Onal (2009) – Desenvolveram um estudo empírico, cujo principal objetivo consistiu em investigar os determinantes da estrutura financeira das empresas hoteleiras turcas. Estudaram uma amostra de 5 empresas turcas do setor hoteleiro, durante o período de 1994-2006, recorrendo à ISE (Istanbul Stock Exchange). Utilizando como metodologia o modelo de dados em painel, os investigadores concluíram que as variáveis rendibilidade, taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa e valor da garantia dos ativos influenciam a estrutura financeira das empresas estudadas. As variáveis dimensão, free cash-flow, liquidez, oportunidades de crescimento e poupança fiscal não associada à dívida são insignificantes na explicação do nível de endividamento das empresas hoteleiras turcas.

Devesa e Esteban (2011) – Desenvolveram um estudo empírico, cujo principal objetivo consistiu em investigar os determinantes da estrutura de capital das empresas hoteleiras espanholas. Investigaram uma amostra de 7.984 observações de empresas hoteleiras espanholas, durante o período de 2000-2003, obtida através da base de dados SABI. Com base na análise de componentes principais e no modelo de dados em painel, Devesa e Esteban (2011) concluíram que os fatores crescimento e dimensão têm uma relação positiva com o nível de endividamento das empresas hoteleiras espanholas e os fatores liquidez, rendibilidade e valor da garantia dos ativos têm uma relação negativa com o nível de endividamento das empresas hoteleiras espanholas.

Degryse, Goeij e Kappert (2012) – Investigaram uma amostra de 99.031 observações de PME holandesas por ano agrupadas em oito setores de atividade, durante o período de 2003-2005, recorrendo à base de dados Rabobank. Utilizando como metodologia o modelo de dados em painel, Degryse, Goeij e Kappert (2012) concluíram que as variáveis dimensão, liquidez, oportunidades de crescimento, poupança fiscal não associada à dívida, rendibilidade, taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa e valor da garantia dos ativos influenciam a estrutura de capital das empresas estudadas. Os investigadores estudaram o efeito do setor de atividade na estrutura financeira das PME holandesas e concluíram que existem diferenças estatisticamente significativas entre os níveis de endividamento dos setores de atividade estudados.

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Koksal e Orman (2015) – Desenvolveram um estudo empírico, cujo principal objetivo consistiu em investigar os determinantes da estrutura de capital das empresas não financeiras turcas. Investigaram uma amostra de 11.726 empresas não financeiras turcas, durante o período de 1996-2009. Os dados foram recolhidos da SBS (Survey-Based Sectoral Balance Sheets), do BIST, do Instituto de Estatística da Turquia e da Subsecretaria do Tesouro da República da Turquia. Utilizando como metodologia o modelo de dados em painel, Koksal e Orman (2015) concluíram que as variáveis dimensão, poupança fiscal não associada à dívida, rendibilidade, risco, setor de atividade, taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa e valor da garantia dos ativos influenciam a estrutura financeira das empresas estudadas. A variável crescimento do PIB tem uma relação negativa com a dívida de longo prazo e a dívida total. A variável crescimento não tem uma relação estatisticamente significativa com os níveis de endividamento das empresas estudadas.

Serrasqueiro e Caetano (2015) – Estudaram uma amostra de 53 PME portuguesas da região da Beira Interior, durante o período de 1998-2005. Os dados financeiros foram recolhidos da base de dados SABI. Utilizando como metodologia o modelo de dados em painel, Serrasqueiro e Caetano (2015) concluíram que as variáveis dimensão, rendibilidade e reputação influenciam a estrutura de capital das empresas estudadas. As variáveis oportunidades de crescimento, poupança fiscal não associada à dívida, risco, taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa e valor da garantia dos ativos não têm uma relação estatisticamente significativa com o nível de endividamento das empresas estudadas.

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Quadro 5 – Estudos Empíricos sobre a Estrutura de Capital das Empresas

Estudo Período de estudo Tipo de análise de dados Amostra e dados Chittenden, Hall e Hutchinson (1996) 1989-1993 - Regressão linear múltipla (OLS) - 3.480 empresas inglesas de pequena dimensão - U.K. Private + Baptista (1997) 1993-1995 - Regressão linear

múltipla - Análise de componentes principais - Anova-oneway - 46 sociedades anónimas portuguesas do setor hoteleiro - Questionário e Dun & Bradstreet

Michaelas, Chittenden e Poutziouris (1999)

1986-1995 - Dados em painel - 3.500 empresas inglesas de pequena dimensão

- 10 setores de atividade - Lotus one-source Lopez-Gracia e

Aybar-Arias (2000)

1994-1995 - Manova - 445 PME espanholas - Registro mercantil de Valencia

Matias (2000) 1995-1997 - Regressão linear múltipla (OLS) - Regressão robusta - Anova-oneway - Análise discriminante - Análise de clusters - 135 sociedades anónimas portuguesas

- INE (Instituto Nacional de Estatística), Questionário e Conservatórias do Registo Comercial Upneja e Dalbor (2001) - Regressão linear múltipla

- Empresas hoteleiras dos E.U.A. Cassar e Holmes (2003) 1995-1998 - Regressão linear múltipla (OLS) - 1.555 PME australianas - 10 setores atividade - BLS (Business Longitudinal Survey) Dalbor, Kim e Upneja (2004) 1998 - Regressão linear simples - 122 pequenas empresas de restauração dos E.U.A. - SSBF (Survey of Small Business Finances) Nunes e

Serrasqueiro (2007)

1999-2003 - Dados em painel - 75 empresas portuguesas do setor de serviços

- Dun & Bradstreet Tang e Jang (2007) 1997-2003 - Regressão linear

múltipla (OLS) - Regressão (GLS)

- 27 empresas hoteleiras e 27 empresas de software dos E.U.A.

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Quadro 5 – Estudos Empíricos sobre a Estrutura de Capital das Empresas (cont.)

Estudo Período de estudo Tipo de análise de dados Amostra e dados Lopez-Gracia e Sogorb-Mira (2008)

1995-2004 - Dados em painel - 3.569 PME espanholas - 9 setores de atividade - SABI (Sistema de Análises de Balanços Ibéricos)

Karadeniz, Kandir, Balcilar e Onal (2009)

1994-2006 - Dados em painel - 5 empresas turcas do setor hoteleiro

- ISE (Istanbul Stock Exchange) Devesa e Esteban (2011) 2000-2003 - Dados em painel - Análise de componentes principais - 7.984 observações de empresas hoteleiras espanholas - SABI Degryse, Goeij e Kappert (2012)

2003-2005 - Dados em painel - 99.031 observações de PME holandesas por ano

- 8 setores de atividade - Rabobank

Koksal e Orman (2015)

1996-2009 - Dados em painel - 11.726 empresas não financeiras turcas

- SBS (Survey-Based Sectoral Balance Sheets), BIST, Instituto de Estatística da Turquia e Subsecretaria do Tesouro da República da Turquia Serrasqueiro e Caetano (2015)

1998-2005 - Dados em painel - 53 PME portuguesas da região da Beira Interior - SABI

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Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo) Estudo Indicador do endividamento Determinante Indicador do determinante Relação com o endividamento PCP PLP PT Chittenden, Hall e Hutchinson (1996) PCP/AT PLP/AT PT/AT Crescimento taxa de crescimento de vendas

Dimensão µ (ativo total) - + Rendibilidade µ (RAI/vendas) - - Reputação número de anos

de vida da empresa - - Valor da garantia dos ativos µ (ativo fixo/ ativo total) - + - Baptista (1997) PCP/ATL PLP/ATL PT/ATL Crescimento taxa de crescimento anual composta do ativo total líquido taxa de crescimento anual composta das vendas Dimensão ln µ (ativo total

líquido) ln µ (nº camas) ln µ (vendas) Participação dos gestores no capital fração de capital detida pelos administradores e/ou diretores da empresa (menos de 50% ou mais de 50%) Poupança fiscal não associada à dívida µ (PF/ativo total líquido) sendo: PF=RAI-ISRE/t, quando RAI>0 ou PF= - ISRE/t, quando RAI<0

(34)

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Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo – cont.) Estudo Indicador do endividamento Determinante Indicador do determinante Relação com o endividamento PCP PLP PT Baptista (1997) (cont.) Rendibilidade µ ((RL+ amortizações do exercício)/ativo total líquido) µ (RAJI/ativo total líquido) µ (RAJI/vendas) µ (RL/ativo total líquido) µ (RL/vendas) Risco CV do RAJI CV das vendas Valor da garantia dos ativos µ (imobilizado total líquido/ativo total líquido) Michaelas, Chittenden e Poutziouris (1999) PCP/AT PLP/AT PT/AT Crescimento variação percentual do ativo total + + +

Dimensão ativo total - + +

Liquidez (devedores – credores)/ativo total + + + Oportunidades de crescimento ativo intangível/ativo total + + + Poupança fiscal não associada à dívida depreciações do exercício/ativo total -

Rendibilidade RAI/ativo total - - - Reputação número de anos

de vida da empresa - - - Risco CV do resultado operacional + + + Setor de atividade classificação do setor Taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa impostos pagos/RAI

(35)

24

Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo – cont.) Estudo Indicador do endividamento Determinante Indicador do determinante Relação com o endividamento PCP PLP PT Michaelas, Chittenden e Poutziouris (1999) (cont.) Valor da garantia dos ativos ativo fixo/ ativo total + + + ações/ativo total + + + Lopez-Gracia e Aybar-Arias (2000) PCP/AT Autofinanciam-ento/AT sendo: Autofinanciam-ento = lucro retido + amortizações Dimensão - micro empresas - pequenas empresas - médias empresas Setor de atividade setores de atividade: - indústria - construção - comércio - transportes, comunicação e outros Matias (2000) PCP/ATL PLP/ATL PT/ATL Crescimento taxa de crescimento anual composta do peso do imobilizado total líquido relativamente ao ativo total líquido

Dimensão ln µ (ativo total líquido) - + Especificidade dos ativos avaliação da localização variável dummy: 1 = localização favorável 0 = localização desfavorável

(36)

25

Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo – cont.) Estudo Indicador do endividamento Determinante Indicador do determinante Relação com o endividamento PCP PLP PT Matias (2000) (cont.) Especificidade dos ativos (cont.) fração do volume de vendas e prestação de serviços que, em termos médios, é canalizada anualmente para despesas de investigação e desenvolvimento e de marketing variável dummy: 1 = contribuição<1% 0 = contribuição≥1% - habilitações académicas dos diretores da empresa variável dummy: 1 = habilitação académica ao nível de licenciatura ou superior 0 = habilitação académica de nível inferior à licenciatura - fração do valor contabilístico dos equipamentos e das instalações da empresa que, em termos médios, poderão ser utilizados exclusivamente na atividade que a empresa desenvolve variável dummy: 1 = contribuição < 50% 0 = contribuição ≥ 50% -

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Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo – cont.) Estudo Indicador do endividamento Determinante Indicador do determinante Relação com o endividamento PCP PLP PT Matias (2000) (cont.) Especificidade dos ativos (cont.) fração do número de empregados, excluindo os diretores, que devido à qualificação específica que possuem na atividade que desenvolvem na empresa, têm dificuldade em encontrar colocação numa empresa de um setor de atividade diferente variável dummy: 1 = contribuição <25% 0 = contribuição ≥25% número médio de anos de serviço do pessoal, excluindo chefes e diretores Participação dos gestores no capital fração do capital social detida pelos administradores e/ou diretores da empresa variável dummy: 1 = participação <25% 0 = participação ≥25% + Poupança fiscal não associada à dívida µ (amortização do exercício/ativo total líquido) +

Rendibilidade µ (RL/ativo total líquido)

- - -

Reputação número de anos de vida da empresa Risco coeficiente de

dispersão das vendas e prestação de serviços

+

Setor de atividade

(38)

27

Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo – cont.) Estudo Indicador do endividamento Determinante Indicador do determinante Relação com o endividamento PCP PLP PT Matias (2000) (cont.) Valor da garantia dos ativos µ (imobilizado total líquido/ativo total líquido) - - Upneja e Dalbor (2001)

PLP/AT Dimensão ln (valor de mercado do capital próprio) Oportunidades de crescimento valor de mercado dos ativos/valor contabilístico dos ativos Poupança fiscal não associada à dívida depreciações do exercício/ativo total -

Risco risco do negócio + Valor da garantia dos ativos ativo fixo líquido/ativo total + Cassar e Holmes (2003) PCP/AT PLP/AT PT/AT Financiamento externo/AT Financiamento bancário/AT Crescimento taxa de crescimento das vendas + + +

Dimensão log (ativo total) + + + Rendibilidade RAJI/ativo total - - - Risco CV do resultado operacional - - - Setor de atividade classificação do setor Valor da garantia dos ativos ativo não corrente/ativo total - + - Dalbor, Kim e Upneja (2004)

PT/AT Dimensão ln (ativo total) +

ln (vendas) + número de proprietários + ln (1 + número de anos de vida da empresa) número de trabalhadores +

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28

Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo – cont.) Estudo Indicador do endividamento Determinante Indicador do determinante Relação com o endividamento PCP PLP PT Nunes e Serrasqueiro (2007)

PT/AT Dimensão log (ativo total) +

Oportunidades de crescimento taxa de crescimento do ativo total Rendibilidade resultado operacional/ ativo total - Risco variação percentual do resultado operacional Valor da garantia dos ativos ativo fixo/ativo total - Tang e Jang (2007)

PLP/AT Dimensão ativo total

Free cash-flow free cash-flow/ativo total Oportunidades de crescimento valor de mercado dos ativos/valor contabilístico dos ativos +

Rendibilidade RL/ativo total

Risco do RAJI

Valor da garantia dos ativos ativo fixo/ ativo total + Lopez-Gracia e Sogorb-Mira (2008) ln (PT/(AT - PT)) Cash-flow RL + depreciações do exercício -

Dimensão ln (ativo total) +

Oportunidades de crescimento taxa de crescimento das vendas - Poupança fiscal não associada à dívida depreciações do exercício/ ativo total - Rendibilidade RAJI/ativo total -

(40)

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Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo – cont.) Estudo Indicador do endividamento Determinante Indicador do determinante Relação com o endividamento PCP PLP PT Lopez-Gracia e Sogorb-Mira (2008) (cont.) Reputação ln (número de anos de vida da empresa) -

Risco RAJI) - RAJI Taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa impostos pagos/RAI Karadeniz, Kandir, Balcilar e Onal (2009)

PT/AT Dimensão log (vendas

líquidas)

Free cash-flow free cash-flow + pagamentos de juros e depreciações de RAI Liquidez (devedores – credores)/ativo total Oportunidades de crescimento valor de mercado dos ativos/valor contabilístico dos ativos Poupança fiscal não associada à dívida depreciações do exercício/ativo total

Rendibilidade RL/ativo total -

Taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa impostos pagos/RAI - Valor da garantia dos ativos ativo fixo líquido/ativo total -

(41)

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Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo – cont.) Estudo Indicador do endividamento Determinante Indicador do determinante Relação com o endividamento PCP PLP PT Devesa e Esteban (2011)

PT/AT Crescimento variação percentual do ativo total variação percentual das vendas

Dimensão log (ativo total) log (vendas) Liquidez cash-flow Rendibilidade RL/ativo total Valor da garantia dos ativos ativo fixo/ativo total Degryse, Goeij e Kappert (2012) PCP/AT PLP/AT PT/AT

Dimensão log (ativo total) + + + Liquidez (devedores -credores)/ ativo total + + Oportunidades de crescimento taxa de crescimento do ativo total + + Poupança fiscal não associada à dívida depreciações do exercício/ ativo total + -

Rendibilidade resultado antes de juros, impostos e depreciações/ ativo total - - Setor de atividade classificação do setor Taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa impostos pagos/RAI + - - Valor da garantia dos ativos ativo tangível/ ativo total - + + ativo intangível/ ativo total - + +

(42)

31

Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo – cont.) Estudo Indicador do endividamento Determinante Indicador do determinante Relação com o endividamento PCP PLP PT Koksal e Orman (2015) PCP/AT PLP/AT PT/AT Crescimento variação percentual das vendas líquidas Dimensão ln (vendas líquidas) + + + Poupança fiscal não associada à dívida juros pagos + (impostos pagos/taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa) + + + Rendibilidade resultado operacional/ ativo total - - - Risco  (resultado operacional/ ativo total) - - Setor de atividade mediana das dívidas (curto, longo e total)/ ativo total + + + Taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa impostos pagos/RAI variável dummy: 0 = a empresa paga impostos 1 = a empresa não paga impostos + + + Valor da garantia dos ativos ativo fixo líquido/ativo total - + + Serrasqueiro e Caetano (2015)

PT/AT Dimensão log (vendas) +

Oportunidades de crescimento ativo intangível/ativo total Poupança fiscal não associada à dívida depreciações do exercício/ativo total

(43)

32

Quadro 6 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por estudo – cont.) Estudo Indicador do endividamento Determinante Indicador do determinante Relação com o endividamento PCP PLP PT Serrasqueiro e Caetano (2015) (cont.)

Rendibilidade RAJI/ativo total - Reputação log (número de

anos de vida da empresa) - Risco variação percentual do resultado antes de juros, impostos e depreciações Taxa marginal de imposto sobre o rendimento da empresa impostos pagos/RAI Valor da garantia dos ativos ativo fixo/ativo total Legenda:

+ = relação positiva entre o determinante e o endividamento - = relação negativa entre o determinante e o endividamento AT = ativo total

ATL = ativo total líquido

CV = coeficiente de variação da amostra ln = logaritmo natural

log = logaritmo decimal PCP = passivo de curto prazo

PLP = passivo de médio e longo prazo PT = passivo total

RAI = resultado antes de imposto

RAJI = resultado antes de juros e imposto RL = resultado líquido

µ = média da amostra

(44)

33

Quadro 7 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por determinante/indicador)

Determinante Estudo Indicador do

determinante

Cash-flow Lopez-Gracia e

Sogorb-Mira (2008)

RL + depreciações do exercício

Crescimento Chittenden, Hall e Hutchinson (1996)

taxa de crescimento de vendas

Baptista (1997) taxa de crescimento anual composta do ativo total líquido

taxa de crescimento anual composta das vendas Michaelas, Chittenden e

Poutziouris (1999)

variação percentual do ativo total

Matias (2000) taxa de crescimento anual composta do peso do imobilizado total líquido relativamente ao ativo total líquido

Cassar e Holmes (2003) taxa de crescimento das vendas

Devesa e Esteban (2011) variação percentual do ativo total

variação percentual das vendas

Koksal e Orman (2015) variação percentual das vendas líquidas

Dimensão Chittenden, Hall e

Hutchinson (1996)

µ (ativo total)

Baptista (1997) ln µ (ativo total líquido) ln µ (nº camas) ln µ (vendas) Michaelas, Chittenden e Poutziouris (1999) ativo total Lopez-Gracia e Aybar-Arias (2000) - micro empresas - pequenas empresas - médias empresas Matias (2000) ln µ (ativo total líquido) Upneja e Dalbor (2001) ln (valor de mercado do

capital próprio) Cassar e Holmes (2003) log (ativo total) Dalbor, Kim e Upneja

(2004) ln (ativo total) ln (vendas) número de proprietários ln (1 + número de anos de vida da empresa) número de trabalhadores

(45)

34

Quadro 7 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por determinante/indicador – cont.)

Determinante Estudo Indicador do

determinante Dimensão (cont.) Nunes e Serrasqueiro

(2007)

log (ativo total) Tang e Jang (2007) ativo total Lopez-Gracia e

Sogorb-Mira (2008)

ln (ativo total) Karadeniz, Kandir, Balcilar

e Onal (2009)

log (vendas líquidas) Devesa e Esteban (2011) log (ativo total)

log (vendas) Degryse, Goeij e Kappert

(2012)

log (ativo total) Koksal e Orman (2015) ln (vendas líquidas) Serrasqueiro e Caetano

(2015)

log (vendas)

Especificidade dos ativos Matias (2000) avaliação da localização variável dummy: 1 = localização favorável 0 = localização desfavorável fração do volume de vendas e prestação de serviços que, em termos médios, é canalizada anualmente para despesas de investigação e desenvolvimento e de marketing variável dummy: 1 = contribuição < 1% 0 = contribuição ≥ 1% habilitações académicas dos diretores da empresa variável dummy: 1 = habilitação académica ao nível de licenciatura ou superior 0 = habilitação académica de nível inferior à licenciatura

(46)

35

Quadro 7 – Determinantes Empíricos da Estrutura de Capital das Empresas (por determinante/indicador – cont.)

Determinante Estudo Indicador do

determinante Especificidade dos ativos

(cont.) Matias (2000) (cont.) fração do valor contabilístico dos equipamentos e das

instalações da empresa que, em termos médios, poderão ser utilizados

exclusivamente na atividade que a empresa desenvolve variável dummy: 1 = contribuição < 50% 0 = contribuição ≥ 50% fração do número de empregados, excluindo os diretores, que devido à qualificação específica que possuem na atividade que desenvolvem na empresa, têm dificuldade em encontrar colocação numa empresa de um setor de atividade diferente variável dummy: 1 = contribuição < 25% 0 = contribuição ≥ 25% número médio de anos de serviço do pessoal, excluindo chefes e diretores

Free cash-flow Tang e Jang (2007) free cash-flow/ativo total Karadeniz, Kandir, Balcilar

e Onal (2009)

free cash-flow + pagamentos de juros e depreciações de RAI

Liquidez Michaelas, Chittenden e

Poutziouris (1999)

(devedores - credores)/ ativo total

Karadeniz, Kandir, Balcilar e Onal (2009)

(devedores - credores)/ ativo total

Devesa e Esteban (2011) cash-flow Degryse, Goeij e Kappert

(2012)

(devedores - credores)/ ativo total

Referências

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