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Identificação das forças motrizes das alterações do uso e ocupação do solo em Portugal

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Academic year: 2021

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(1)

Identificação das forças motrizes

das alterações do uso e ocupação

do solo em Portugal

Bruno M. Meneses

Susana Pereira

Eusébio Reis

Rui Reis

Maria J. Vale

susana-pereira@campus.ul.pt Ava lia çã o e Gest ão d e Peri gosi da des e Ris co A m bien tal CE G – IGOT – UL r is ka m .u l.pt

XI CONGRESSO DA GEOGRAFIA PORTUGUESA

As dimensões e a responsabilidade social da Geografia

(2)

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Introdução

Em Portugal continental verificaram-se grandes contrastes espaciais ao nível do

uso e ocupação do solo.

A avaliação destas alterações em termos espaciais e temporais é cada vez mais

importante num quadro de sustentabilidade do uso do território, destacando-se

as avaliações da intensidade de uso do solo e também as consequentes

alterações de uso e ocupação do solo (LUCC) com impactos ambientais,

económicos e sociais.

(3)

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Objetivos

1. Avaliar espacial e temporalmente as alterações de uso e

ocupação do solo (LUCC) em Portugal entre 1995, 2007 e 2010.

2. Identificar as respetivas forças motrizes por NUT II.

(4)

Área de estudo

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4

(5)

Dados e métodos

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Uso e

ocupação

do solo de

Portugal

continental

em

diferentes

anos

(COS)

Nomenclatura hierárquica usada para apoiar o relatório de Kyoto de emissões e sequestro de carbono em Portugal 5

(6)

Dados e métodos

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Variáveis/forças motrizes utilizadas na análise das LUCC

Variável

Descrição

Fonte

PC Produção de cereais (kg) INE

IE Intensidade de exportação (%) INE

EAFP Emprego (No.) – agricultura, floresta e pesca INE

EICE Emprego (No.) – industria, construção, energia e água INE

ET Emprego total (No.) INE

RAPB Receitas ambientais (€) – proteção da biodiversidade e da paisagem INE

RAGR Receitas ambientais (€) – gestão de resíduos INE

VABAF Valor acrescentado bruto (€) - agricultura, floresta e pesca INE

VABIC Valor acrescentado bruto (€) - industria, construção, energia e água INE

PO Produção olivícola (kg) INE

VABPC Valor acrescentado bruto per capita (€/por habitante) INE

PCPC Poder de compra per capita (%/por habitante) INE

RV Rede viária (km) INE

PR População residente (No.) Pordata

PV Produção vitivinícola (kg) INE

VABH Volume de água armazenado por bacia hidrográfica (106 m3) APA

6

Análise de Componentes Principais utilizada para desenvolver uma análise exploratória das variáveis sócio-económicas e ambientais com as LUCC.

(7)

Dados e métodos

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Esquema metodológico

COS 1995

COS 2007

COS 2010

LUCC

1995/2007

LUCC

2007/2010

LUCC

1995/2010

Indicadores estatísticos

∆ 1995/2007

∆ 2007/2010

∆ 1995/2010

Forças motrizes

das LUCC

SIG

7

As LUCC espacio-temporais forma avaliadas com recurso a matrizes de transição

calculadas com base nos mapas da COS (Shi et al., 2000; Zhang et al., 2014).

(8)

Resultados

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LUCC absolutas (A) por NUTS II em Portugal (1995-2010)

• Norte e Centro aumento na área ocupada por Eucalyptus, territórios artificializados, e redução na área de culturas de sequeiro.

• Alentejo e Centro - transição de Pinus Pinaster para Eucalyptus (indústria de celulose e nemátodo do pinheiro).

• Lisboa - aumento nos territórios artificializados.

• Alentejo – aumento da área de Quercus suber, outras coníferas, zonas húmidas, e redução elevada da área de sequeiro e pastagens (Barragem do Alqueva).

• Algarve – aumento da área de Pinus pinea, territórios artificializados e redução das áreas de matos.

(9)

Resultados

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9

LUCC relativas (B) por NUTS II em Portugal (1995-2010)

• Norte e Algarve - aumento da área ocupada por Pinus Pinea (175% e 85%, respetivamente);

• Centro - aumento das áreas ocupadas por outras coníferas (70%).

• Alentejo e Algarve - crescimento pronunciado das áreas artificializadas (resorts turísticos, e infraestruturas turísticas). Esta transição caracteriza-se pela ocupação de solos de culturas de regadio e sequeiro, Pinus pinaster e matos.

• Lisboa - aumento de 170% de áreas ocupadas com arroz.

• Alentejo – aumento de 60% das áreas húmidas (albufeira de Alqueva).

• Algarve – mesma tendência observada nas mudanças absolutas e redução das vinhas e pastagens.

(10)

Resultados

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Coeficientes de correlação dos valores médios entre as áreas de LUCC de cada

NUT II e as forças motrizes – FM para o período 1995-2010

(nível de significância p< 0,05) FM Pin hei ro brav o Sob re iro Eu cal ipt os A zi nh ei ra O u tros qu er cus O u tr as fol h os as Pin hei ro m an so O u tr as co n íf e ra s Cu ltu ra s n ão ir ri ga d as ar ti fi ci al m e n te Cu ltu ra s ir ri ga d as A rr o z Vi n h as O liv ai s O u tr as cu ltu ra s p e rm an e n te s P as ta ge n s Zon as h ú m id as Sol os ar ti fi ci al iz ad os M at os O u tr as ár e as

PC n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 0,94 0,67 0,93 n.a. n.a. n.a. 0,96 0,87 n.a. n.a. n.a.

IE 0,55 -0,04 0,49 -0,02 0,77 0,76 -0,22 0,7 0,48 0,81 0,11 0,86 0,35 -0,07 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

EAFP 0,97 -0,31 0,8 -0,27 0,91 0,81 -0,47 0,93 0,42 0,75 -0,01 0,75 0,31 0,56 n.a. n.a. 0,89 n.a. n.a.

EICE 0,51 -0,49 0,21 -0,48 0,85 0,83 -0,65 0,71 0,08 0,52 -0,41 0,84 -0,09 0,24 n.a. -0,38 0,83 n.a. n.a.

ET 0,42 -0,59 0,11 -0,57 0,66 0,6 -0,71 0,62 -0,12 0,32 -0,42 0,6 -0,29 0,01 n.a. -0,46 0,75 n.a. n.a.

RAPB 0,73 -0,28 0,65 -0,24 0,62 0,62 -0,37 0,77 0,2 0,47 0,03 0,47 0,14 0,31 -0,08 0,01 0,74 0,44 0,39

RAGR 0,38 -0,31 0,31 -0,31 0,58 0,63 -0,37 0,64 -0,01 0,3 -0,21 0,55 -0,04 0,24 -0,25 -0,16 0,72 0,43 0,29

VABAF 0,73 0,4 0,85 0,45 0,55 0,48 0,21 0,53 0,9 0,89 0,63 0,57 0,84 0,16 0,61 n.a. n.a. 0,52 0,53

VABIC 0,44 -0,48 0,21 -0,46 0,71 0,71 -0,61 0,69 -0,02 0,4 -0,34 0,7 -0,16 0,07 -0,39 n.a. 0,83 0,55 0,56

PO n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 0,8 0,74 n.a. n.a. 0,84 n.a. n.a. 0,73 n.a. n.a. n.a.

VABPC -0,42 -0,13 -0,4 -0,16 -0,45 -0,41 0,05 -0,31 -0,52 -0,51 -0,15 -0,46 -0,44 -0,36 -0,24 -0,13 -0,25 -0,56 -0,54

PCPC -0,52 -0,36 -0,65 -0,38 -0,51 -0,52 -0,23 -0,41 -0,72 -0,66 -0,4 -0,54 -0,73 -0,48 -0,47 -0,43 -0,37 n.a. n.a.

RV n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 0,74 n.a. n.a.

PR 0,43 -0,54 0,13 -0,52 0,71 0,67 -0,68 0,64 -0,05 0,39 -0,4 0,69 -0,22 0,03 -0,45 -0,43 0,78 0,58 0,64

VABH 0,25 0,58 0,55 0,57 0,01 -0,02 0,55 0,1 0,68 0,63 0,72 0,17 0,79 -0,56 0,65 0,87 0,18 -0,17 -0,02

(11)

Resultados

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Componentes principais entre as LUCC no período total e forças motrizes

por NUT II

N - Norte C - Centro L - Lisboa AL - Alentejo AG - Algarve 95 - 1995 07 - 2007 10 - 2010 11

(12)

Algumas considerações finais

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1.

As LUCC revelaram grandes diferenças espácio-temporais entre NUTS II

2.

Grandes perdas de área florestal

3.

Aumento de solos artificializados

4.

Conversões entre as diversas classes agrícolas, sendo estas explicadas por

determinadas forças motrizes como por exemplo emprego e a construção

de barragens.

5.

Quanto maior o afastamento geográfico entre as NUT, menor é a correlação

entre as LUCC, o que é explicado:

pelos diferentes tipos de LUC predominantes que as caracterizam

pelas grandes LUCC observadas em função da latitude

6.

as LUCC diferenciam-se consoante o período em análise, evidenciando as

medidas, políticas e investimentos aplicados durante os mesmos

(13)

Algumas considerações finais

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7.

Determinadas LUCC resultam de múltiplas forças motrizes, como por

exemplo as LUCC registadas para solos artificializados associadas ao

emprego (agricultura, floresta e industria), produção agrícola (e.g. vinho) e

VAB

8.

As culturas de regadio foram impulsionadas pela construção de barragens,

sobretudo no Alentejo devido à construção da Barragem do Alqueva:

Criação de novas oportunidades que podem explicar a forte

correlação com o emprego nos setores agrícola e intensidade de

exportação

(14)

Obrigado pela atenção!

Este trabalho foi financiado por fundos nacionais pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto FORLAND – Riscos hidro-geomorfológicos em Portugal: forças motrizes e aplicações ao ordenamento do território (PTDC/ATPGEO/1660/2014).

http://www.ceg.ulisboa.pt/forland/

Trabalho mais alargado publicado em:

Meneses, B. M.; Reis, E.; Pereira, S.; Vale, M. J.; Reis, R. (2017) Understanding Driving Forces and Implications Associated with the Land Use and Land Cover Changes in Portugal. Sustainability, 9, 351. http://www.mdpi.com/2071-1050/9/3/351

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