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Home based and group based exercise programs in patients with ankylosing spondylitis: systematic review

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Academic year: 2021

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1. Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto/Escola Superior de Saúde Vale do Sousa

2. Escola Superior de Saúde Vale do Sousa 3. Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto 4. Faculdade de Desporto, Universidade do Porto

Programas de exercício no domicílio e em grupo em

doentes com espondilite anquilosante: revisão sistemática

ACTA REUMATOL PORT. 2016;41:104-111

AbstRAct

Introduction: Ankylosing Spondylitis (AS) is a chro nic

inflammatory rheumatic disease characterized by in-flammation of the joints of the spine and sacroiliac and to a lesser percentage of the peripheral joints. It is a de-bilitating condition which reduces quality of life in patients with AS. The practice of physical therapy is re -commended as non-pharmacological treatment as well as the treatment and prevention of associated deformi-ties.

Objective: To collect and summarize the available evi

-dence in scientific databases to realize the effectiveness of home based and group based programs in patients with AS.

Methods: Systematic review, where articles for the

study were collected from scientific database PubMed. We have found 65 articles with publication date be-tween January 1, 2004 and January 31, 2014. Inclu-sion and excluInclu-sion criteria were established to make the selection of articles to include in the study. All in-vestigators provided their agreement in presencial meeting for a final selection, and at a later stage, the ar-ticles were read in full by the three investigators.

Results: The present systematic review includes eight

randomized controlled trials. All articles show func-tional benefits in patients with AS subject to exercise programs in group based and/or home based. From the eight articles, 4 addressed programs conducted in home based context and 4 addressed in group based context programs.

Conclusion: There appears to be evidence that the

pro-grams carried out based on group are more effective than those home based conducted in patients with AS. It was concluded also be advantageous to carry out

Lopes S1, Costa S2, Mesquita C3, Duarte J4

home-based exercise programs than the absence of any exercise program.

Keywords: Exercise programs; Systematic review.

Resumo

Introdução: A Espondilite Anquilosante (EA) é uma

patologia reumática inflamatória crónica caraterizada pela inflamação das articulações da coluna vertebral e das articulações sacroilíacas e em menor percentagem das articulações periféricas. É uma patologia incapaci-tante, o que diminui a qualidade de vida dos doentes. A prática de exercício físico é recomendada como tra-tamento não farmacológico, assim como no controlo e prevenção das deformidades associadas.

Objetivo: Rever e resumir a evidência disponível em

bases de dados científicas para perceber a eficácia de programas no domicílio e em grupo em doentes com EA.

Métodos: Estudo de revisão sistemática, onde os

arti-gos pesquizados para o estudo foram recolhidos da base de dados científica PubMed. Encontraram-se 65 artigos com data de publicação entre 1 de janeiro de 2004 e 31 de janeiro de 2014. Foram estabelecidos critérios de inclusão e exclusão para proceder à seleção dos artigos a incluir no estudo. Houve reunião de consenso com os investigadores para uma seleção final dos artigos, sen-do numa fase posterior, os artigos lisen-dos na íntegra pe-los três investigadores.

Resultados: A revisão sistemática presente

compreen-de 8 estudos clínicos randomizados controlados. To-dos os artigos evidenciaram benefícios funcionais nos doentes com EA sujeitos a programas de exercícios em grupo e/ou domicílio. Destes 8 artigos, 4 abordavam programas realizados em contexto domiciliário e 4 abordavam programas em grupo.

Conclusão: Parece existir evidência de que os

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realizados no domicílio em doentes com EA. Concluiu--se também ser mais vantajosa a realização de progra-mas de exercício no domicílio do que a ausência de qualquer programa de exercício.

Palavras-chave: Programas de exercício; Revisão

sis-temática.

intRoduÇÃo

A Espondilite Anquilosante (EA) é uma patologia reu-mática inflamatória crónica, que afeta o esqueleto axial, o tecido sinovial, os ligamentos espinais, os discos in-tervertebrais e facetas articulares. Tem repercussões funcionais, nomeadamente a perda de mobilidade da coluna vertebral, e diminuição de força dos músculos respiratórios e o comprometimento da expansibilida-de torácica resultando numa perda expansibilida-de qualidaexpansibilida-de expansibilida-de

vida para o doente2-6. Trata-se de uma doença que

nor-malmente começa na terceira década de vida, sendo que, em 80% dos indivíduos os sintomas já se revela-ram antes dos 30 anos e cerca de 5% manifestam

sin-tomatologia depois dos 45 anos7.

Como principais sintomas da EA destaca-se a dor e a rigidez na coluna vertebral, predominantemente no segmento lombar e pélvico. A rigidez matinal, referi-da pela maioria dos doentes, tende a melhorar ao lon-go do dia com a realização contínua das atividades

diá-rias ou exercício físico7,8.

Nos últimos anos, têm-se verificado uma interven-ção cada vez mais precoce na EA de forma a prevenir posturas inadequadas, tais como, protusão da mandí-bula, anteriorização da cabeça, hipercifose torácica, re-tificação da lordose lombar, retroversão pélvica e fle-xão com rotação medial da coxofemural assim como a flexão dos joelhos. O impacto destas alterações in-fluenciam a capacidade física, social ou psicológica o que afeta em grande escala a qualidade de vida do

doente com EA9.

As terapias mais utilizadas na EA, são a combinação de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos. O exercício físico surge como parte integrante do tra-tamento não farmacológico para os doentes com EA, tendo apresentado bons resultados no controlo da sin-tomatologia, na diminuição da rigidez, no aumento da mobilidade articular, capacidade funcional e qualida-de qualida-de vida qualida-destes indivíduos. Atualmente, vários estu-dos enfatizam que a eficácia da prática de programas de exercício físico adequado como adjuvante à terapia

farmacológica5,10.

Relativamente à prática de exercícios, esta pode ser realizada de forma supervisionada em grupo ou reali-zada no domicílio, apresentando ambos os programas

resultados benéficos11.

A realização de programas no domicílio ou em gru-po, são cada vez mais uma prática comum no trata-mento da EA, comummente com a terapia farmacoló-gica, pois ambos apresentam benefícios; no entanto, os programas supervisionados têm mostrado maior

efi-cácia na redução da incapacidade funcional11. Porque

ambos apresentam vantagens e desvantagens realizou--se esta revisão sistemática da literatura para analisar a evidência da eficácia de programas no domicílio e em grupo, relativamente ao aumento da funcionalidade em indivíduos com EA.

metodologiA

A amostra foi constituída por artigos retirados da base de dados científica PubMed/MEDLINE. A expressão utilizada para a procura dos estudos foi: (“physical the-rapy” OR physical activity OR home based program exercices OR group based) AND (Ankylosing Spon-dylitis).

Foram apenas considerados os estudos randomiza-dos controlarandomiza-dos, realizarandomiza-dos em humanos, publicarandomiza-dos na língua inglesa entre janeiro 2004 e janeiro de 2014, e com qualidade metodológica de pontuação >5 na

es-cala de PEDro12. Excluíram-se artigos que não

descre-viam programas de exercícios em grupo ou no domi-cílio e programas de exercício realizados em meio aquático.

PRocedimentos

Toda a bibliografia relevante para o estudo foi lida e analisada por três investigadores. Através da expres-são de pesquisa utilizada na base de dados PEDro fo-ram obtidos artigos que pudessem ser importantes para o estudo. A primeira seleção foi realizada pelos li-mites de pesquisa presentes na base de dados o que excluiu alguns artigos. Após esta seleção, foram lidos os títulos de todos os artigos, onde também se excluí-ram estudos que não direcionassem a informação para a questão de pesquisa. Após a leitura dos títulos e a se-leção dos artigos mais relevantes para o estudo, foram lidos os resumos onde se excluíram artigos que tam-bém não se emolduravam com a questão de pesquisa. As seleções supracitadas foram baseadas nos critérios de inclusão e exclusão. Após a pesquisa na base de

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da-dos, a seleção através da leitura dos títulos e dos resu-mos, foram excluídos 51 artigos como mostra a Figu-ra 1. Os artigos restantes foFigu-ram lidos na íntegFigu-ra onde foram excluídos 6 artigos por não respeitarem os cri-térios de inclusão.

Para que não fosse excluída informação pertinente ou para rejeitar informação não relevante para o estu-do, os artigos foram lidos e analisados na íntegra por três avaliadores. Os artigos incluídos no estudo foram sempre discutidos em reunião pelos três investigado-res para se chegar a um consenso.

Foi recolhida a informação da discussão dos resul-tados obtidos, assim como a qualidade metodológica de cada artigo através da Escala de PEDro, cuja pon-tuação foi discutida pelos três investigadores.

Dos artigos incluídos para a revisão sistemática, fo-ram retiradas as seguintes variáveis: Identificação dos artigos, assim como os respetivos autores; amostra; protocolo de intervenção (duração de cada sessão, nu-mero de sessões, se se tratava de uma intervenção em grupo ou no domicílio e outcomes).

Os oito estudos analisados são Estudos Randomi-zados Controlados (RCT). Os critérios de exclusão dos doentes são comuns à maioria dos artigos, sendo os seguintes: participação em programas de exercícios nos

6 meses anteriores ao estudo; fraturas por osteoporo-se; alteração na medicação; anquilose completa da

co-luna vertebral4,5,8-10,13-15.

Após uma análise relativamente ao número de par-ticipantes, não se verificam diferenças significativas na aleatorização dos grupos. O tamanho amostral variou

entre 3013e 62 participantes4.

Os estudos de Masiero4de Ince13, de Widberg11e de

Férnandez-de-las-Peñas14, incidiram em programas

compostos por exercícios respiratórios, mobilização da coluna vertebral e membros, exercícios proprio-ceptivos para promover postura correta e equilíbrio, alongamento e fortalecimento dos músculos da colu-na vertebral e treino de força.

Num programa de exercícios, no estudo de Silva e

colegas9, basearam-se em oito posições de Reeducação

Postural Global (RPG) associando a respiração com contração e relaxamento dos músculos. Foi também descrito um programa de exercícios de Pilates, em que os pacientes foram sujeitos a 9 módulos: correção pos-tural, promoção da posição neutra, exercícios senta-dos, exercícios antálgicos, alongamentos, exercícios de

proprioceção e reeducação respiratória8. O único

pro-grama alusivo a exercício no domicílio incluiu exercí-cios para relaxamento muscular, flexibilidade, força

tAbelA i. AvAliAÇÃo dA quAlidAde metodolÓgicA PelA escAlA de Pedro

Fernández-de- Fernández-de

-las-Peñas, -las-Peñas,

Alonso-Blanco, Alonso-Blanco,

Ince, Sarpel, Silva, Alran, Widberg, Lim, Morales- Alguacil-Diego

Critério Masiero, Durgun & Andrade, Kormar, Dizdar Karimi & Moon -Cabezas & &

Miangolarra-de Escala et al, Erdogan, & Vilar, & Yurtkuran, Hafstrom, & Lee, Miangolarra- -Page, 2006

de PEDro 2011 2006 2012 2012 2009 2005 -Page, 2005 I 1 1 1 1 II 0 0 1 1 III 0 0 1 1 IV 1 1 1 1 V 0 0 0 0 VI 0 0 0 0 VII 0 0 0 0 VIII 1 1 1 1 IX 1 1 1 1 X 1 1 1 1 XI 1 1 1 1 Pontuação 7 5 6 7 6 6 7 7 final

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muscular, reeducação para postura correta, flexão/ex-tensão do pescoço, inclinação do pesoço e rotação do tronco, alongamentos dos musculos isquiotibiais,

for-talecimento abdominal e glúteos15.

As medidas de outcome mais utilizadas foram: Bath

Ankylosing Spondylitis scales (BAS scales) Bath sing Spondylitis Metrology Index (BASMI), Bath sing Spondylitis Functional Index (BASFI); Bath Ankylo-sing Spondylitis Disease Activity Index (BASDAI); Health Assessement Questionnaire-Spondyloarthropathies

(HAQ); Medical Outcome Study Short Form 36 Healthy

Survey-SF-36; Beck Depression Inventory (BDI).

A maior parte dos instrumentos de avaliação foi

aplicada antes e após o programa de exercício15.

Quan-to à duração dos programas, constaQuan-tou-se alguma he-terogeneidade, tendo os follow-up variado entre 12

se-manas5a 12 meses8.

discussÃo

Após a análise da literatura, pode afirmar-se que há su-ficiente evidência de que programas de exercício no domicílio e em grupo são eficazes no tratamento da

Base de Dados: PubMed/Medline65 artigos35 Artigos excluídos após a leitura do título4 Artigos eliminados porque os pacientes eramsujeitos a hidroterapia;35 Artigos excluídos por não descreverem programa de exercíciosAPÓS LEITURA DO TÍTULO16 Artigos excluídos após a leitura do resumo16 Artigos por não descreverem programa de exercíciosAPÓS LEITURA DO RESUMO6 Artigos excluídos após a leitura na íntegra5 Artigos por não serem estudos randomizados controlados1 Artigo porque os pacientes apenas foram sujeitos a um questionárioAPÓS LEITURA NA ÍNTEGRA30 Artigos14 Artigos8 Artigos

Base de Dados: PubMed/Medline

65 artigos

35 Artigos excluídos após a leitura do título

4 Artigos eliminados porque os pacientes eram sujeitos a hidroterapia;

35 Artigos excluídos por não descreverem programa de exercícios

APÓS LEITURA DO TÍTULO

16 Artigos excluídos após a leitura do resumo

16 Artigos por não descreverem programa de exercícios

APÓS LEITURA DO RESUMO

6 Artigos excluídos após a leitura na íntegra

5 Artigos por não serem estudos randomizados controlados 1 Artigo porque os pacientes apenas foram

sujeitos a um questionário

APÓS LEITURA NA ÍNTEGRA 30 Artigos

14 Artigos

8 Artigos

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tA b el A ii . R es u m o d A s v A R v ei s ex tR A Íd A s d o s A R ti g o s A rt ig o P ar ti ci p an te s In te rv en çã o O u tc o m e L im , M o o n & L ee , G ru p o e x p er im en ta l n = 2 5 G ru p o e x p er im en ta l: n o d o m ic íl io ( 2 0 m /d . 8 s em an as ) N o d o m ic íl io r ev el a-se u m p ro g ra m a ef ic az 2 0 0 5 G ru p o c o n tr o lo n = 2 5 R el ax am en to m u sc u la r; f le x ib il id ad e; f o rç a m u sc u la r; b ar at o e d e fá ci l ac es so p ar a p ac ie n te s co m G ru p o c o n tr o lo ( 8 s em an as ) – n ão s u je it o a i n te rv en çã o E A ( F F D ;B A S F I; V A S ;B D I) F er n án d ez -d e-la s-P eñ as , G ru p o e x p er im en ta l n = 2 0 G ru p o e x p er im en ta l: e m s em an a (1 h /s em , 4 m es es ) N o G E h o u v e m el h o ri a d e to d o s A lo n so -B la n co , G ru p o c o n tr o lo n = 2 0 A lo n g am en to s m u sc u la re s: f le x ib il id ad e (R P G ) o s ou tc om es e m el h o ri as s ig n if ic at ic as M o ra le s-C ab ez as & G ru p o c o n tr o lo : em g ru p o ( 4 m es es ) n a B A S M I (p > 0 ,0 1 ) e B A S F I (p = 0 ,0 0 3 ), M ia n g o la rr a-P ag e, E x er cí ci o s d e fl ex ib il id ad e d a co lu n a: f o rt al ec im en to ; (B A S M I; B A S F I; B A S D A I) 2 0 0 5 ex er cí ci o s d e ex p an sã o t o rá ci ca ; re ed u ca çã o d a re sp ir aç ão d ia fr ag m át ic a F er n án d ez -d e-la s-P eñ as , G ru p o e x p er im en ta l n = 2 0 G ru p o e x p er im en ta l: e m g ru p o ( 1 h /s em , 4 m es es ) O g ru p o e x p er im en ta l o b te v e m el h o re s A lo n so -B la n co , G ru p o c o n tr o lo n = 2 0 A lo n g am en to s m u sc u la re s (R P G ) re su lt ad o s a cu rt o p ra zo d o q u e o A lg u ac il -D ie g o & G ru p o c o n tr o lo : em g ru p o ( 4 m es es ) G ru p o C o n tr o lo M ia n g o la rr a-P ag e, E x er cí ci o s d e fl ex ib il id ad e d a co lu n a; f o rt al ec im en to ; (B A S M I; B A S F I; B A S D A I) 2 0 0 6 E x er cí ci o s d e ex p an sã o t o rá ci ca ; re ed u ca çã o d a re sp ir aç ão d ia fr ag m át ic a In ce , S ar p el , G ru p o e x p er im en ta l n = 1 5 G ru p o d e ex p er im en ta l: e m g ru p o ( 5 0 m in , O g ru p o e x p er im en ta l o b te v e m el h o ri as D u rg u n & E rd o g an , G ru p o c o n tr o lo n = 1 5 3 v ez es /s em , 3 m es es ) si g n if ic at iv as n as s eg u in te s v ar iá v ei s: C E 2 0 0 6 S es sã o e d u ca ci o n al + s u p er v is ão d e ex er cí ci o s (p = 0 ,0 4 ) e F F D ( p = 0 ,0 0 3 ); ( P W C1 7 0 te st ; (a lo n g am en to s + e x er cí ci o s d e re sp ir aç ão + a er ó b ic a) ; in cl in ó m et ro d ig it al ; es p ir ó m et ro G ru p o c o n tr o lo : n o d o m ic íl io ( 3 m es es ) co m p u ta d o r; c ro n ó m et ro ; M S F T ; C C D ; S es sã o e d u ca ci o n al C E ; F F D ; O W D ) W id b er g , K ar im i G ru p o e x p er im en ta l n = 1 6 G ru p o d e ex p er im en ta l: e m g ru p o ( 1 h /d , B A S M I; B A S F I; B A S D A I; B A S -G ; V A S & H af st ro m , G ru p o c o n tr o lo n = 1 6 2 v ez es /s em an a, 8 s em an as ) E sp ir ó m et ro 2 0 0 9 M o b il iz aç ão p as si v a; m as sa g em ; v ib ra çã o ; O g ru p o e x p er im en ta l m o st ro u m el h o ri as al o n g am en to s; e d u ca çã o p ar a ca sa n as v ar iá v ei s: e x p an sã o t o rá ci ca , p o st u ra , G ru p o c o n tr o lo : n o d o m ic íl io ( 8 s em an as ) m o b il id ad e d a co lu n a v er te b ra l en co ra ja m en to p ar a re al iz aç ão d e ex er cí ci o f ís ic o M as ie ro e t a l, G ru p o e x er cí ci o n = 2 0 G ru p o e x er cí ci o : em g ru p o ( 6 0 m in , 2 v ez es /s em ) V A S ; B A S M I; B A S F I; E S R ; C R P 2 0 1 1 G ru p o e d u ca ci o n al n = 2 0 S es sã o e d u ca ci o n al e p ro g ra m a d e ex er cí ci o s; O s re su lt ad o s su g er em q u e o g ru p o e x er cí ci o G ru p o c o n tr o lo n = 2 2 G ru p o e d u ca ci o n al : n o d o m ic íl io ( 3 v ez es /s em ) o b te v e m el h o ri as s ig n if ic at iv as n a S es sã o e d u ca ci o n al ca p ac id ad e fu n ci o n al d e d o en te s co m E A G ru p o c o n tr o lo : n ão s u je it o a i n te rv en çã o co m p ar at iv am en te a o C G ( p = 0 ,0 2 5 ) co n ti n u a n a p á gi n a s eg u in te

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n : ta m an h o d a am o st ra ; se m : se m an as ; m in : m in u to s; p : v al o r d e p ro v a > m ai o r d o q u e; d /s em : d ia s p o r se m an a; h /d : h o ra s p o r d ia ; m /d : m in u to s p o r d ia ; C E : ch es t ex p a n si on ; R G : re h a bi li ta ti on g ro u p ; C G : gr u p o co n tr ol o; G E : gr u p o ex p er im en ta l; V A S : V is u a l A n a lo gi c S ca le ; B A S M I: B a th A n k y lo si n g S p on d il y ti s M et ro lo gy I n d ex ; B A S F I: A n k y lo si n g S p on d il y ti s F u n ct io n a l In d ex ; B A S D A I: B a th A n k y lo si n g S p on d il y ti s D is ea se A ct iv it y I n d ex ; B A S -G : B a th A n k y lo si n g S p on d il y ti s G lo ba l; B D I: B ec k D ep re ss io n I n ve n to ry ; H A Q -S : H ea lt h A ss es sm en t Q u es ti on n a ir e-S p on d y lo a rt h ro p a ti es ; S F -3 5 : M ed ic a l O u tc om e S tu d y S h or t F or m 3 6 H ea lt h y S u rv ey -S F 3 6 ; A S Q O L : A n k y lo si n g S p on d il y ti s qu a li ty o f li fe ; P W C1 7 0 Te st : P h y si ca l W or k C a p a ci ty ; M S F T : M od if ie d S h ob er F le xi on T es t; C C D : C h in -t o-C h es t D is ta n ce ; F F D : F in ge r F lo or D is ta n ce ; O W D : O cc ip it -t o-W a ll D is ta n ce ; E S R : E ry th ro cy te S ed im en ta ti on ; C R P : C -R ea ct iv e P ro te in

EA. Alguns resultados descrevem que progra-mas de exercício supervisionados (em grupo) têm melhores resultados comparativamente a programas de exercícios realizados em casa sem supervisão (no domicílio), embora ambos

relatem melhorias4,5,8-10,13-15.

Relativamente aos programas de exercícios em grupo, estes são supervisionados, o que se revela uma vantagem no sentido de promover uma correta realização dos exercícios, asso-ciada também a uma constante estimulação verbal e à realização dos exercícios em grupo, promovendo uma maior motivação por parte dos doentes. Parece que pela associação des-tes factores os programas em grupo se têm

ve-rificado mais eficazes16. Os custos inerentes

surgem neste tipo de programas como a sua maior desvantagem, visto ser necessário o des-locamento para o local da sessão. Nos progra-mas no domicílio, os doentes apenas têm ses-sões educacionais, onde são ensinados exercí-cios para realizar em casa, sem supervisão, ou seja, não se efetua a correcção de possíveis er-ros de execução de exercícios e tendencial-mente a motivação tende a ser menor. Apesar deste tipo de programa se ter também revela-do eficaz, não se mostra tão eficiciente como os programas supervisionados (em grupo). Sendo assim, é percetível que haja maior ade-são a programas em grupo, apesar de os pro-gramas em domicílio serem mais económicos; no entanto, também são efetivos pela capaci-tação do doente no cumprimento das reco-mendações realizadas pelo profissional de saú-de nomeadamente no tipo saú-de exercícios,

du-ração e frequência15,16.

A prática contínua de exercício proporcio-na uma estimulação propriocetiva, fator de es-tabilidade dinâmica, promovendo uma mo-dulação e coordenação da atividade muscular, benéfico para estes doentes com espondilite anquilosante. Os exercícios em grupo e no do-micílio não variam muito na sua tipologia, es-tando na maioria dos programas de exercícios presentes os alongamentos, a correção postu-ral, o fortalecimento muscular e a reeducação respiratória, atenuando desta forma as com-plicações inerentes à EA, nomeadamente a

dor, a performance funcional e respiratória17.

Têm sido igualmente estudados programas

tA b el A ii . (c o n ti n u A ÇÃ o ) A rt ig o P ar ti ci p an te s In te rv en çã o O u tc o m e S il v a, A n d ra d e G ru p o e x p er im en ta l G ru p o e x p er im en ta l R P G : em g ru p o ( 1 h /s em , 4 m es es ) H A Q -S ; S F -3 6 , B A S D A I; V A S ; M S F T ; & V il ar , 2 0 1 2 G P R n = 2 2 S es sõ es d e R P G i n d iv id u ai s V er if ic ar am -s e m el h o ri as e m a m b o s o s G ru p o c o n tr o lo n = 1 6 G ru p o c o n tr o lo : em g ru p o ( 4 0 m in , 2 v ez es /s em , 4 m es es ) g ru p o s, e m b o ra o G E t en h a co n se g u id o S es sõ es d e au to -a lo n g am en to a ss o ci ad o a r es p ir aç ão , m el h o re s re su lt ad o s d o q u e o G C n as em g ru p o se g u in te s v ar iá v ei s: r ig id ez m at in al ( p = 0 ,0 1 ), ex p an sã o t o rá ci ca ( p = 0 ,0 3 ) e q u al id ad e d e v id a A lt ra n , K o rm ar , G ru p o I P il a te s n = 3 0 G ru p o I P il at es : em g ru p o ( 1 h , 3 v ez es /s em , 1 2 s em an as ) B A S D A I; B A S M I; B A S F I; A S Q O L ; D iz d ar & G ru p o I I G ru p o C o rr ec çã o p o st u ra l: p ro m o çã o d a p o si çã o n eu tr a, N o G ru p o I , B A S M I, B A S D A I e Yu rt k u ra n , 2 0 1 2 co n tr o lo n = 2 5 ex er cí ci o s se n ta d o s; e x er cí ci o s an tá lg ic o s, a lo n g am en to s, ex p an si b il id ad e to rá ci ca m o st ra ra m ex er cí ci o s d e p ro p ri o ce çã o , re ed u ca çã o r es p ir at ó ri a. m el h o ri as s ig n if ic at iv as ( p = 0 ,0 0 5 , p = 0 ,0 3 6 G ru p o I I G ru p o c o n tr o lo : em g ru p o ( 1 2 s em an as ) p = 0 ,0 0 2 ) re sp ec ti v am en te S u je it o s a p ro g ra m as d e ex er cí ci o c o n v en ci o n ai s

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de treino baseados no RPG e Pilates que se têm

reve-lado também válidos e eficazes5,8,14.

No estudo de Masiero4, os resultados sugerem que

a combinação de exercício físico supervisionado com sessões de educação e esclarecimento podem promo-ver resultados promissores em doentes com EA em si-tuação clinicamente estável.

A combinação de exercícios aeróbicos, fortaleci-mento e exercícios respiratórios durante um período de 3 meses também se revela eficaz, levando a melho-rias na mobilidade da coluna vertebral, volume

cor-rente e capacidade física de trabalho13.

No estudo de Silva9foram demonstradas melhorias

em ambos os grupos de tratamento, no entanto, elas fo-ram mais evidentes no Grupo RPG em algumas variá-veis, nomeadamente rigidez matinal, mobilidade da coluna vertebral, expansão torácica e qualidade de vida.

Outros autores planearam os seus programas de exercícios com base no método de RPG, mostrando também melhorias a curto e a longo prazo comparati-vamente a programas convencionais em doentes com EA. Este método baseia-se em alongamentos posturais globais, de forma mais estática, prolongados no tem-po, trabalhando cadeias musculares anti

gravitacio-nais, utilizando oito posições em pé ou deitado5,14. Isto

significa que o método de RPG é uma hipótese válida e eficaz no tratamento destes doentes em programas em grupo.

Também o método de Pilates mostrou ser uma pos-sibilidade válida no tratamento de doentes com EA,

visto que foi eficaz no estudo realizado por Altan8.

Nes-te estudo foi comprovado que o método de PilaNes-tes é efi-caz, seguro e que melhora a capacidade física neste tipo de doentes. Este método baseia-se em alongamentos dinâmicos dirigidos essencialmente à coluna vertebral com o objetivo de corrigir a postura e fortalecer a

mus-culatura. Segundo Altan8, após um programa de 8

se-manas, verificaram-se melhorias a nível da expansibi-lidade torácica, postura e mobiexpansibi-lidade da coluna verte-bral em programas em grupo.

No estudo de Lim15, foi relatado um programa no

domicílio que se verificou seguro, dado que melhorou a mobilidade articular e influenciou positivamente os níveis de capacidade funcional, dor e depressão em doentes com EA.

Relativamente às avaliações, os instrumentos de ava-liação mais utilizados foram: BAS-G, BASMI, BASFI, BASDAI. Estes instrumentos têm por base população com EA e são específicos para avaliar esta condição de

saúde e a funcionalidade destes indivíduos.

É de salientar a escassez de estudos randomizados controlados nesta área o que sugere a necessidade de se realizar mais estudos que comparem estas duas mo-dalidades de programas em simultâneo.

conclusÃo

Tendo por base a revisão efetuada, parece que os pro-gramas em grupo são mais eficazes do que no domicí-lio; no entanto, apesar de os programas no domicílio não se revelarem tão eficazes, são recomendados a doentes que não praticam qualquer tipo de exercício físico. São necessários mais estudos aleatorizados con-trolados para que este tipo de programas se torne numa rotina diária para estes doentes.

coRResPondÊnciA PARA

Sofia Lopes

Rua Valente Perfeito, nº 322 4400-330 Vila Nova de Gaia E-mail: sofiarochalopes@gmail.com

ReFeRÊnciAs bibliogRÁFicAs

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Imagem

FiguRA 1. Flow chart alusivo à seleção de artigos a incluir no estudo
tAbelA ii. Resumo dAs vARiÁveis extRAÍdAs dos ARtigos  ArtigoParticipantesIntervençãoOutcome Lim, Moon & Lee, Grupo experimental n=25Grupo experimental: no domicílio (20m/d

Referências

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