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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

Análise econômica para indicativo de

ressemeadura em trigo a partir da redução aleatória

na população de plantas

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Luis Antonio Saccol Fros

(2)

Análise econômica para indicativo de

ressemeadura em trigo a partir da redução aleatória

na população de plantas

por

Luis Antonio Saccol Fros

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de

Graduação em Agronomia, Área de Concentração em Fitotecnia, da

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito

parcial para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Prof. Dr. Thomas Newton Martin

(3)

Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Ciências Rurais

Curso de Graduação em Agronomia

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de

Conclusão de Curso

ANÁLISE ECONÔMICA PARA INDICATIVO DE RESSEMEADURA EM

TRIGO A PARTIR DA REDUÇÃO ALEATÓRIA NA POPULAÇÃO DE

PLANTAS

elaborada por

Luis Antonio Saccol Fros

como requisito parcial para obtenção do grau de

Engenheiro Agrônomo

COMISÃO EXAMINADORA:

__________________________________ Prof. Dr. Thomas Newton Martin

(Presidente/Orientador)

__________________________________ Prof. Dr. Enio Marchesan

(Profº Titular)

__________________________________ Prof. Dr. Ubirajara Russi Nunes

(Profº Adjunto I)

(4)

RESUMO

Trabalho de Conclusão de Curso

Curso de Graduação em Agronomia

Universidade Federal de Santa Maria

ANÁLISE ECONÔMICA PARA INDICATIVO DE RESSEMEADURA EM TRIGO A PARTIR DA REDUÇÃO ALEATÓRIA NA POPULAÇÃO DE PLANTAS

Autor: Luis Antonio Saccol Fros

Orientador: Thomas Newton Martin

Data: Santa Maria, 4 de marzo de 2013.

O gerenciamento da atividade agrícola juntamente com melhorias dos

aspectos técnicos convergem para atingir a máxima eficiência econômica do sistema

produtivo. A redução da população de plantas de trigo ocorre por diversos fatores

que podem comprometer o estabelecimento inicial da cultura, podendo ser um grave

problema no cultivo desse cereal. Em vista disso, esse trabalho teve como objetivo

realizar uma análise econômica com ênfase na indicação de ressemeadura do trigo

em função da redução aleatória de plantas, do custo de produção e da expectativa

de retorno financeiro. Foram conduzidos dois experimentos em anos distintos na

área do departamento de Fitotecnia da UFSM, RS. Efetuaram-se as retiradas

aleatórias de 0, 20, 40 e 60% da população inicial de plantas sobre o desempenho

das cultivares (Horizonte, Marfim, Campo Real, Mirante e Quartzo). Foram avaliadas

as características número de plantas e espigas por metro linear, e rendimento de

grãos. Como resultado, verificou-se que as cultivares Horizonte, Marfim e Campo

Real demonstraram ser cultivares estáveis e eficazes na compensação das perdas

causadas pela redução do estande de plantas. As cultivares Mirante e Quartzo

representaram ser responsivas a redução aleatória de plantas, sendo desta forma

indicadas para sistemas produtivos de alto nível tecnológico. Portanto, genótipos

que compensam a redução na população de plantas impedem a indicação de

ressemeadura, e aqueles que obtêm variação no rendimento de grãos permitem que

essa indicação seja realizada.

Palavras-chave: Triticum aestivum L., análise econômica, estande de plantas,

(5)

ABSTRACT

Course Conclusion Work

Graduation Course of Agronomy

Federal University of Santa Maria

ECONOMIC ANALYSIS FOR INDICATIVE OF WHEAT RESSEDING FROM

THE REDUCTION RANDOM IN POPULATION OF PLANTS

Author: Luis Antonio Saccol Fros

Advisor: Thomas Newton Martin

Date: Santa Maria, 4 de marzo de 2013.

The management of agricultural activity along with improvements to the

technical aspects converge to achieve maximum economic efficiency of the

production system. The reduction of the population of wheat plants occurs by several

factors that can compromise the initial establishment of culture, can be a serious

problem in the cultivation of this cereal. As a result, this work aims to perform an

economic analysis with emphasis on reseeding indication of wheat due to the

reduction of random plants, the cost of production and the expectation of financial

return. Two experiments were conducted in different years in the Department of Plant

Science UFSM, RS. Were conducted random withdrawals of 0, 20, 40 and 60% of

the initial population of plants on the performance of cultivars (Horizonte, Marfim,

Campo Real, Mirante e Quartzo). Were evaluated the characteristics and number of

plants per meter cobs, and grain yield. As a result, it was found that the cultivars

Horizonte, Marfim and Campo Real demonstrated to be stable cultivars and effective

in compensating the losses caused by the reduction in plant stand. And the cultivars

Marfim and Quartzo represented to be responsive the reduction of random plants,

thus being suitable for production systems of high technological level. Therefore,

genotypes that offset the reduction in plant population prevent reseeding indication,

and those who obtain variation in grain yield allow such information is held.

(6)

LISTA DE APÊNDICES

Tabela 1. Laudos de análise de solos de 2011 e 2012...34

Tabela 2. Características das cultivares utilizadas...34

Quadro 1. Custo de produção em 2011...35

Quadro 2. Custo de produção em 2012...36

(7)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Vistaaérea do local onde foi instalado o experimento...38

Figura 2a. Balanço Hídrico sequencial de 2011...38

Figura 2b. Balanço Hídrico sequencial de 2012...39

Figura 3. Características avaliadas em função da redução do estande (%)...40

(8)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...9

2 MATERIAL E MÉTODOS...14

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO...18

4 CONCLUSÕES...25

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...26

(9)

1 INTRODUÇÃO

Devido ao momento atual da triticultura brasileira onde existe uma baixa

valorização desse cereal, torna-se determinante a eficácia do processo

produtivo, sendo necessário reduzir os custos de produção favorecendo a

maximização da produtividade. Nesse sentido, o gerenciamento da propriedade

rural, bem como cada atividade que ela desempenha são fundamentais para o

sucesso produtivo. Uma gestão eficiente é de vital importância para o êxito da

propriedade rural, devendo este tema ser tratado com maior profissionalismo

por produtores e técnicos responsáveis (CANZIANI, 2001). O gerenciamento

administrativo juntamente com aspectos técnicos convergem para que as

decisões sejam tomadas conjuntamente e de forma eficaz. Frequentemente

tomam-se decisões sobre potenciais reparos em lavouras de trigo em função

da estimativa de produtividade (LYON & KLEIN., 2007), que tornam-se

favorecidas por uma gestão bem desempenhada.

Entre os principais fatores que interferem na produtividade do trigo estão

a utilização da semente de qualidade (KHAH et al., 1989) e a escolha da

cultivar, favorecendo dessa forma a realização de uma maior participação do

potencial produtivo (VIGANÓ et al., 2010). O potencial intrínseco das cultivares

de trigo será expresso na sua plenitude quando todas as condições ambientais

forem favoráveis ao desenvolvimento e produtividade (GUARIENTI et al.,

2005). O manejo atua no estabelecimento adequado da população de plantas,

sendo crucial para a determinação do potencial produtivo (BENIN et al., 2012).

Os fatores genéticos, meteorológicos e de manejo são determinantes para a

obtenção da qualidade tecnológica de trigo desejada (FRANCESCHI et al.,

2009), assim como a sanidade da cultura (NOORI et al., 2012). A produtividade

do trigo depende diretamente dos componentes de rendimento, os quais são

população de plantas, número de espigas por área, número de espiguetas por

espigas, número de grãos por espiga, e massa de mil grãos. (VESOHOSKI et

al., 2011).

A redução no estande de plantas de trigo pode ser causada por diversos

(10)

de baixa qualidade, semeadura inadequada, características do solo, dentre

outros.

Os problemas sanitários no início do desenvolvimento da cultura do trigo

interferem diretamente na redução do estande de plantas. Estas perdas

ocorrem principalmente por ataque de insetos devido à redução do número de

plantas, de afilhos e de espigas (PERUZZO et al., 2007), por meio da

competição imposta por plantas daninhas (AGOSTINETTO et al., 2008) e

também por doenças que comprometem a emergência de plântulas sadias

(GARCIA JÚNIOR et al., 2008).

Diversos fatores climáticos (fatores abióticos) podem interferir

negativamente no estabelecimento do estande de plantas e produtividade na

lavoura do trigo. No ambiente de produção da cultura a temperatura influencia

na qualidade industrial e no rendimento de grãos (GUARIENTI et al., 2004),

danos provocados pela geada variam de acordo com a densidade de

população de plantas (WHALEY et al., 2004), as condições ambientais

anteriores a sua ocorrência e o estádio fenológico da cultura (SILVA et al.,

2008), qualidade e disponibilidade de luz interferem diretamente na emissão de

afilhos (ALMEIDA et al., 2002). Condições de déficit hídrico além de

comprometer o estabelecimento da população de plantas decrescem

significativamente o rendimento de grãos (TALEBI et al., 2010), também sendo

o excesso hídrico um fator prejudicial à produtividade (GUARIENTI et al.,

2005), além disso, chuvas intensas sobre áreas de solo descoberto ou de

cultivo convencional causam redução do estande de plantas.

Para obter um estande de plantas de bom potencial produtivo deve-se

realizar uma escolha adequada de genótipos analisando suas características

agronômicas (FELÍCIO et al., 2006). Deve-se utilizar sementes de qualidade,

livre de patógenos que possam oferecer risco econômico (BRENNAN et al.,

1992), favorecendo assim, uma emergência de plântulas de acordo com a

população de plantas indicada para a cultura (BOLIGON et al., 2011). A

qualidade de semeadura é de extrema importância na implantação da cultura,

desta forma devem ser analisadas as indicações de profundidade de sementes,

espaçamento e densidade adequados a um melhor desenvolvimento da cultura

(11)

As características do solo são determinantes para o estabelecimento de

uma lavoura produtiva, desta forma, as condições químicas de fertilidade e

acidez devem ser corrigidas (FREITAS et al., 2000), e as condições físicas de

compactação e infiltração de água devem ser verificadas e adequadas (BONINI

et al., 2011), para obter um melhor desenvolvimento da lavoura de trigo. A

maior taxa de infiltração de água e consequentemente o aumento de umidade

do solo no sistema plantio direto contribui com o crescimento das plantas de

trigo (SHARMA et al., 2011). A utilização desse sistema de cultivo além de

reduzir custos e favorecer a obtenção de maiores rendimentos, torna a

produção sustentável (LAXMI et al., 2007).

A determinação do espaçamento e principalmente a densidade de

plantas recomendada para cada genótipo interfere diretamente na

produtividade da cultura (KOLB et al., 2012). Devido à ocorrência de problemas

no estabelecimento da cultura do trigo que prejudique a constituição da

população de plantas indicada, surgem mecanismos que compensam as falhas

do estande por meio dos demais componentes de rendimento da cultura. A

principal compensação ocorre pela emissão de novos afilhos, os quais

contribuem com um maior número de espigas por área. Com a redução da

densidade e consequentemente menor competição de plantas, o perfilhamento

torna-se favorecido por uma maior disponibilidade de luz (ALMEIDA et al.,

2002), água e nutrientes. Um maior nível de fósforo disponível às plantas

contribui principalmente tornando o afilho fértil, ou seja, favorecendo a

produção de espigas e grãos (FIOREZE et al., 2012). A adubação nitrogenada

(base e cobertura) realizada em momentos, frequência e quantidades

adequadas favorecem a emissão de novos afilhos (SANGOI et al., 2007). Uma

boa disponibilidade nitrogênio e fósforo contribuem para que a planta se torne

menos suscetível a doenças radiculares, as quais podem comprometer o

perfilhamento e causar perdas de rendimento em trigo (DUCZEK et al., 1993).

Para suprir as falhas no estande de plantas em genótipos com reduzido

potencial de afilhamento, surge outro componente de rendimento como efeito

compensatório que é a formação de espigas maiores com um maior número de

espiguetas e uma maior massa de grãos por espiga (VALÉRIO et al., 2008).

Estes mecanismos compensatórios que se manifestam por meio da redução do

(12)

tende a não ser completa. A redução na população de plantas faz com que os

demais fatores que compõem o rendimento da cultura se manifestem, podendo

haver uma compensação da falta de plantas no rendimento de acordo com as

características do ambiente e do genótipo (SILVEIRA et al., 2010). Porém, o

ponto de equilíbrio entre o número de plantas, afilhos, a capacidade de

compensação entre os componentes de rendimento, o custo de produção e o

retorno financeiro da produção, são elementos distintos no processo produtivo,

porém indispensáveis para a tomada de decisão do produtor rural.

A análise econômica dos diversos fatores que compõem o sistema de

produção de trigo é de extrema importância para favorecer a máxima eficiência

econômica da cultura. Em vista disso, foram realizadas análises sobre a cadeia

de produção tritícola brasileira (BRUM & MULLER, 2008), adubação

nitrogenada na cultura do trigo (TEIXEIRA FILHO et al., 2010), perdas de

produção por competição de plantas daninhas (GHEREKHLOO et al., 2010),

doenças foliares e aplicações de fungicidas (WEGULO et al., 2011), retorno da

utilização de sistemas irrigados (ALI et al., 2007), integração com outros

sistemas de produção de grãos e pastagens (FONTANELI., et al. 2000) e num

sistema de rotação de cultura com dez anos (SANTOS et al., 1999). Foram

avaliados modelos para indicação de épocas de semeadura visando a maior

margem bruta e redução de perdas provocadas pelos diferentes fatores (SILVA

NETO et al., 2009). Desta forma, por meio das diversas análises econômicas

efetuadas, é possível verificar a existência da necessidade de analisar os

fatores que compõem o processo produtivo, tanto na produção de trigo como

nas demais culturas.

Quanto maior a competitividade em um determinado setor da economia,

maior deve ser o estudo e o entendimento das interações para que saldos

positivos possam ser obtidos. O risco econômico é um fator de grande

importância na produção tritícola, principalmente se comparada a culturas com

maior valorização no mercado como a soja. A variação no preço de mercado

da soja gerou situações similares a da atual produção de trigo, já que seu baixo

valor de mercado ocasionou uma redução da rentabilidade. Atualmente a

valorização da soja é favorecida por um mercado altamente competitivo

(SIMÕES et al., 2012). O trigo é um alimento primário, é a adequação do seu

(13)

vista da existência de risco econômico, torna-se necessário o desenvolvimento

de estratégias que maximizem o retorno (lucratividade) ou minimizem os

prejuízos econômicos. Neste sentido, estudos que relacionem a análise

econômica e a produtividade das culturas são escassos, porém importantes.

Este estudo possibilita aos agrônomos e técnicos que as informações

produtivas das cultivares relacionadas com o desempenho econômico sejam

discutidas de forma a que a tomada de decisão a respeito da ressemeadura

possa ser acertada. Para os proprietários de empreendimentos agrícolas, este

trabalho surge para auxiliar na tomada de decisão em nível gerencial,

favorecendo a obtenção de uma maior lucratividade.

Nesse contexto objetivou-se com o presente trabalho realizar uma

análise econômica com ênfase na indicação de ressemeadura do trigo em

função da redução aleatória de plantas, do custo de produção e da expectativa

de retorno financeiro para a produção.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Foram realizados dois experimentos agrícolas nos anos de 2011 e 2012

na área do Departamento de Fitotecnia no Campus da Universidade Federal de

Santa Maria, no município de Santa Maria – RS, região climática da Depressão

Central, a uma altitude de 117m, latitude 29º42’24”S e longitude 53º48’42”W

(Figura 1).

Segundo a classificação de KÖEPPEN (MORENO, 1961) o clima

predominante da região é do tipo Cfa – temperado chuvoso, com chuvas bem

distribuídas ao longo do ano e subtropical do ponto de vista térmico. O balanço

hídrico seqüencial de cada ano do experimento apresenta-se nas figuras 2a e

2b, conforme aplicações de Rolim, Sentelhas e Baribieri (1998). O local dos

experimentos pertence à Unidade de Mapeamento São Pedro, sendo

classificado no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos como Argissolo

Vermelho Distrófico Arênico (EMBRAPA, 2006). Os laudos de análise de solo

de ambos os anos são apresentados na tabela 1.

O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, com os

(14)

as parcelas principais são os genótipos e a subparcela a redução aleatória do

estande de plantas (0, 20, 40 e 60%).

No ano de 2011 foram utilizados os genótipos Horizonte, Marfim, Mirante

e Quartzo. A unidade experimental foi representada por parcelas de onze

fileiras espaçadas 0,2m entre sí com 4,5 metros de comprimento, totalizando

uma área de 9,90 m². Já a área útil da parcela foi determinada por nove fileiras

com 3,5 metros de comprimento, compondo uma área de 6,3 m². Em 2012

utilizaram-se as cultivares Campo Real, Horizonte, Mirante e Quartzo, com

espaçamento de 0,2m entre fileiras. As unidades experimentais foram

representadas por parcelas com dez fileiras e três metros de comprimento,

totalizando uma área de 6 m². Já a área útil das parcelas foram determinadas

por oito fileiras com dois metros de comprimento, compondo uma área de 3,2

m². Os tamanhos das parcelas utilizados são adequados para obter precisão

experimental em ensaios de trigo em plantio direto conforme indicações de

LORENTZ et al. (2007). As características das cultivares utilizadas no

experimento são apresentadas na tabela 2.

Os experimentos foram instalados sobre resteva da cultura da soja

(safras 2010/2011 e 2011/2012). Os controles de plantas daninhas, com

herbicida GLIFOSATO - GLICINA SUBSTITUIDA (Roundup WG®) ocorreram

quinze dias antes da semeadura na dose de 0,8 kg ha-1. As sementes foram

tratadas com inseticida IMIDACLOPRIDO 150g/L + TIODIOCARBE 450g/L

(Cropstar®), na dosagem de 0,3 L de produto para 100 kg de sementes e

também fungicida TRIAZOL 150g/L (Baytan SC®) na dosagem de 0,2 L de

produto comercial para 100 kg de sementes. Em 2011 a semeadura ocorreu no

dia 10 de junho e em 2012 no dia 8 de junho, ocorrendo a emergência sete

dias depois quando foram verificadas pelo menos 50% das plântulas

emergidas.Em ambos os anos foi utilizada a densidade de 350 plantas m-², em

2011 a semeadura foi realizada manualmente e em 2012 utilizou-se uma

semeadora (Imasa PHS 125). Os manejos da cultura para o controle de plantas

daninhas, pragas e doenças foram realizados segundo a CBPT-2011

(Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, 2011). As adubações de

base e cobertura foram realizadas de acordo com os resultados das análises

de solo dos respectivos anos.Para a adubação de base em 2011 e 2012 foram

(15)

de 2011 a adubação de cobertura foi realizada com uma aplicação de

nitrogênio anteriormente ao perfilhamento pleno no dia 15 de julho, na dose de

80 kgde uréia por hectare. Já em 2012 a adubação de cobertura foi realizada

com três aplicações de nitrogênio (uréia na dose de 80 kg por hectare), a

primeira antes do perfilhamento no dia 3 de julho, a segunda no estádio de

perfilhamento pleno no dia 13 de julho e uma terceira no estádio de

emborrachamento no dia 14 de agosto.

A retirada aleatória de plantas baseou-se na elaboração, por meio do

Microsoft Excel®, de uma lista de números aleatórios na proporção da redução

desejada considerando a distribuição de probabilidade uniforme. Esta atividade

foi realizada antes do perfilhamento (06/07/2011 e 01/07/2012). Em cada fileira

das subparcelas, as plantas foram numeradas e arrancou-se manualmente o

número correspondente a tabela de números aleatórios gerados no Excel.

No ano de 2011 o manejo do experimento foi realizado da seguinte

forma: no dia 28 de junho (perfilhamento) foi realizado o controle de plantas

daninhas com IODOSULFUROM-METÍLICO (Hussar®) na dose de 120 g ha-1,

juntamente com o espalhante Hoefix® no volume de calda de 0,5%. Nos dias 17

de agosto (elongação do colmo) e 14 de setembro (emborrachamento) foi

realizado o controle de pragas e doenças com fungicida TEBUCONAZOL +

TRIFLOXISTROBINA (Nativo®) na dose de 0,75 L ha-1, inseticida

BETA-CIFLUTRINA + IMIDACLOPRIDO (Connect®) na dose de 0,5 L ha-1 e adjuvante

Aureo® no volume de calda de 0,25%.

No ano de 2012 o manejo do experimento foi realizado da seguinte

maneira; no dia 18 de julho (perfilhamento) foi realizado o controle de invasoras

e doenças com o herbicida Hussar® na dose de 120 g ha-1 e fungicida Nativo®

na dose de 0,75 L ha-1. Também sendo realizado este mesmo controle sanitário

no dia 15 de agosto (emborrachamento), por meio da aplicação do herbicida

Hussar® na dose de 120 g ha-1 e do fungicida PROTICONAZOL +

TRIFLOXISTROBINA (Fox®) na dose 0,4 L ha-1. Nos dias 30 de agosto

(emborrachamento) e 6 de setembro (emborrachamento) foi realizado o

controle de pragas e doenças com fungicida Nativo®

na dose de 0,75 L ha-1

e

inseticida Connect®

na dose de 0,5 L ha-1

.

Foram avaliadas a campo as características número de plantas após a

(16)

de grãos. Foi contabilizado o número de plantas que permaneceram na lavoura

após a retirada das plantas que ocorreu de forma manual e aleatória, para esta

avaliação foi contado um metro linear da quinta fileira de semeadura. Da

mesma forma, foram contadas manualmente o número de espigas por metro

linear da quinta fileira de semeadura.

Em 2011 a colheita foi realizada dia 10 de novembro, já em 2012 a

colheita foi realizada no dia 25 de outubro. A produção de grãos foi ajustada a

13% de umidade. Após determinar as produtividades foram realizadas as

análises estatísticas por meio da aplicação das pressuposições do modelo

matemático conforme aplicações de Martin e Storck (2008), após os dados

foram analisados pela análise de variância utilizando-se o Soc

(EMBRAPA/NTIA, 1997).

Quanto à análise econômica utilizou-se juntamente com os rendimentos

obtido pelos genótipos e a possível variação do preço de mercado do trigo, os

custos de produção, custos de implantação, custo de ressemeadura e custos

da condução do experimento. Logo em função da produtividade obtida, foi

determinada a receita e o lucro de cada genótipo estudado e estimou-se qual

seriam as receitas e lucros obtidos pelas respectivas cultivares se fosse

realizado o processo de ressemeadura. Desta forma, tendo como base as

informações obtidas foi desenvolvida uma equação de segundo grau que

permitisse encontrar o ponto de equilíbrio da produção sem realizar

ressemeadura e realizando-a, também sendo determinada a indicação de

ressemeadura em função do preço pago pelo grão de trigo. Os custos de

produção dos experimentos de 2011 e 2012 são apresentados nos quadros 1 e

2 respectivamente e os custos por hectare de cada defensivo agrícola consta

na tabela 3.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os experimentos foram desenvolvidos sem que houvesse interferência

de plantas daninhas, pragas e doenças. Quanto às pressuposições do modelo

matemático verificou-se que as três variáveis avaliadas em cada um dos dois

anos agrícolas não violaram as pressuposições do modelo matemático

(17)

conferindo assim qualidade experimental, possibilitando a realização da análise

da variância.

Na análise do número de plantas (NP) (2011) verificou-se a manutenção

gradual da redução de plantas em função da linearidade dos tratamentos

aplicados (Figura 3a). Por meio da análise de variância essa tendência é

visualizada em todos os genótipos estudados. Esta redução no estande de

plantas estimula que os demais componentes do rendimento da cultura se

manifestem, podendo ocorrer uma compensação da diminuição da população

de plantas em função das características genéticas e ambientais (SILVEIRA et

al., 2010). No ano de 2012 observou-se que para a característica de número de

plantas ocorreu interação significativa entre as cultivares avaliadas (Figura 3b).

Este resultado foi ocasionado pela utilização de semeadura mecanizada na

implantação da cultura, que devido aos diferentes tamanhos de semente dos

genótipos proporcionou uma variação na população de plantas.

Pela análise de variância no ano de 2011 observou-se que a interação

foi significativa para a característica número de espigas (Figura 3c). No

entanto, verificou-se que redução aleatória de plantas não interferiu no número

de espigas para três cultivares (Horizonte, Quartzo e Marfim). Isto se deve a

um mecanismo de compensação de plantas eficaz, oriundo de uma maior

emissão de afilhos férteis. Esta característica é comum em genótipos de trigo

com alto vigor inicial, os quais devem ser selecionados com as características

de folhas grandes no ínicio do desenvolvimento da planta e presença do afilho

do coleóptilo (ALVES et al., 2005). Portanto, para estes genótipos não foi

possível determinar uma equação de regressão para o número de espigas. Já

a cultivar Mirante obteve um comportamento diferenciado comparado aos

demais genótipos. O número de espigas (m-2) em função da redução no

estande plantas ocasionou uma equação de terceiro grau, onde verificou-se

que até 25% da redução na população de plantas estimulou a compensação as

perdas e maiores taxas de redução comprometeram a produção de espigas

férteis. No experimento realizado em 2012 houve uma tendência de

manutenção linear da redução do numero de espigas (m-2

) em função da

redução no estande plantas (Figura 3d). Esta tendência se manifestou em

todos os genótipos avaliados no experimento, ocasionando uma interação não

(18)

espiguetas e uma maior massa de grãos por espiga são mecanismos de efeitos

compensatórios que podem surgir na decorrência de falhas no estande de

plantas em genótipos com baixo potencial de afilhamento (VALÉRIO et al.,

2008). As diferenças no estabelecimento da população de plantas associadas

às características genéticas das cultivares, foram determinantes para que estas

desenvolvessem o mesmo comportamento.

No que diz respeito à produção de grãos, em ambos os anos

visualizou-se interação entre o devisualizou-sempenho dos genótipos e a redução aleatória no

número de plantas. Em 2011 o rendimento das cultivares Horizonte e Marfim se

manifestou de forma constante, ou seja, não demonstraram ser responsivas à

redução no estande de plantas, impossibilitando assim um ajuste na equação

de regressão para seus desempenhos (Figura 3e). Alguns genótipos

submetidos a condições ambientais diferentes ou cultivados em diferentes

épocas de semeadura apresentam alta estabilidade, ampla adaptabilidade e

alta produtividade de grãos (SILVA et al., 2011). Isto indica que essas

cultivares apresentam mecanismos capazes de compensar a redução da

população de plantas, como maior número de espigas, espiguetas e grãos por

área, e maior massa de grãos (VESOHOSKI et al., 2011). Este comportamento

desempenhado por estes genótipos impede que seja realizada uma indicação

de ressemeadura já que a produtividade se manteve constante.

As cultivares Mirante e Quartzo demonstraram ser menos estáveis

produtivamente à redução aleatória de plantas, obtendo assim comportamentos

diferenciados. Essa variação no desempenho dos genótipos em função de

serem responsivas a mudanças no ambiente de produção pode ser reduzida se

forem utilizadas cultivares específicas para cada ambiente, com ampla

adaptabilidade e boa especificidade (CARVALHO et al., 2002). Visualiza-se

que a cultivar Mirante possui uma redução de produtividade linear em função

da redução no número de plantas, compondo assim uma equação de primeiro

grau e permitindo que seja realizada uma indicação de ressemeadura. Já a

variação na produtividade da cultivar Quartzo ocasionada pela redução no

estande de plantas formou uma equação de terceiro grau, onde reduções a

níveis de 10 a 20% ocasionam quedas significativas no rendimento e logo após

(19)

Em 2012 novamente dois genótipos demonstraram constância no

rendimento de grãos em relação à redução no estande de plantas, trata-se das

cultivares Campo Real e Horizonte (Figura 3f). A eficácia dos mecanismos

compensatórios de produtividade dos genótipos impossibilitou a determinação

de uma equação de regressão e consequentemente a possibilidade de

indicação de ressemeadura para estas cultivares. A capacidade de

compensação da produção é favorecida pela menor competição entre plantas

causada pela redução da densidade populacional, favorecendo assim a

emissão de novos afilhos férteis pelas plantas por meio de uma maior

disponibilidade de radiação solar (ALMEIDA et al., 2002), água e nutrientes. No

entanto, a redução na população de plantas afetou o rendimento dos genótipos

Mirante e Quartzo, que obtiveram uma redução linear na produtividade. Por

meio do desempenho destas cultivares formou-se uma equação de primeiro

grau, o que torna possível a realização de uma indicação de ressemeadura em

função da queda de produtividade.Apesar da redução de rendimentos obtidos

pelas cultivares, demonstraram possuir um alto potencial produtivo. Esses

resultados reforçam a importância econômica da pesquisa de manutenção em

programas de melhoramento de culturas, principalmente avanços que

favoreçam a resistência a doenças (MARASAS et al., 2003).

No processo produtivo deve ser favorecido o potencial genético dos

genótipos utilizados. Devido à utilização de semente de qualidade e a escolha

de cultivares adequadas ser de grande importância (VIGANÓ et al., 2010), a

avaliação dos rendimentos de grãos obtidos nos experimentos tornam-se

determinantes na tomada de decisão. Avaliando as produtividades alcançadas

pelas diferentes cultivares e a redução aleatória de plantas em ambos os anos,

é possível afirmar que as cultivares Horizonte, Marfim e Campo Real são

extremamente eficazes na compensação de perdas de rendimento por meio

dos diversos mecanismos existentes, impedindo desta forma a indicação de

ressemeadura em vista da redução da população de plantas. Já o desempenho

produtivo das cultivares Quartzo e Mirante foram significativamente afetadas

pela redução de estande plantas. O genótipo Mirante obteve em ambos os

anos um desempenho similar, apresentando uma redução linear de sua

produtividade em função da redução na população de plantas. Diferentemente

(20)

plantas, apresentou em 2011 um desempenho no rendimento de grãos em uma

função quadrática e no segundo ano uma redução linear. Independentemente

da intensidade como a redução na produtividade for afetada, a indicação de

ressemeadura para ambas cultivares pode ser avaliada em função do

rendimento de grãos e o valor pago pela saca de trigo. Isto significa que estes

genótipos necessitam uma semeadura de maior qualidade e uma maior

atenção no manejo que a sucede. Em vista que, semeadura de qualidade é

determinante para uma correta implantação da cultura (VALÉRIO et al., 2009) e

a realização de um manejo adequado no estabelecimento do estande de

plantas favorece a determinação de um elevado potencial produtivo (BENIN et

al., 2012). Desta forma, é possível afirmar que as cultivares Quartzo e Mirante

são indicadas para lavouras de nível tecnológico superior, onde a possibilidade

da ocorrência de falhas na constituição do estande seja baixa.

Devido à sensibilidade apresentada pelos genótipos Quartzo e Mirante,

a redução no estande plantas tornou-se viável a indicação de ressemeadura

visando maior lucratividade. A avaliação das características analisadas indica

que há participação dos efeitos do ambiente na expressão dos genótipos

(CARGNIN et al., 2006). A variabilidade dos rendimentos de grãos destas

cultivares permite afirmar para qual percentual de redução de plantas e preço

de mercado de trigo é indicada à ressemeadura de ambas cultivares.

A ressemeadura da cultura do trigo torna-se uma solução adequada

para maiores incrementos financeiros em áreas com estandes iniciais

danificados, no entanto esta operação contribui com o aumento dos custos de

produção. Verificou-se que a opção por ressemeadura gerou um incremento

aproximado de 316 R$ ha-1 nos custos de produção em 2011 e 2012, este

aumento corresponde em torno de 20% dos custos totais da cultura. Este

incremento é inferior ao causado pela utilização de fungicidas em diferentes

cenários, conforme estudos realizados por WIIK e ROSENQVIST (2010).

A decisão a favor da ressemeadura deve levar em consideração o

período de semeadura indicado em função ao ciclo da cultivar e a região onde

o trigo é produzido. Deve ser verificado se as condições são adequadas para a

nova operação, em vista que, a data que é realizada a semeadura esta

diretamente relacionada com a expectativa de retorno financeiro da produção

(21)

Desta forma, em 2011 devido à queda constante no rendimento de grãos

do genótipo Mirante em função do estande inicial, visualiza-se que quanto

maior for a redução aleatória na população de plantas menor é o preço de

mercado pago pelo saco de trigo pelo qual se indica a ressemeadura (Figura

4a). No caso de uma redução no estande de plantas de 5%, indica-se a

ressemeadura somente a partir do preço de mercado de 307,82 R$ sc-1, já para

a redução máxima na população de plantas de 60% indica-se ressemeadura a

partir de um valor de mercado de 25,65 R$ sc-1. Esta tomada de decisão sobre

a alternativa a ser seguida leva em consideração a maior rentabilidade e o

menor risco (AMBROSI et al., 2001). Isto se deve a redução gradual de

produtividade apresentada pela cultivar, demonstrando que quanto maior for à

redução de plantas maior é a probabilidade de indicação de ressemeadura. Os

custos de produção desse genótipo variaram de forma retilínea e crescente em

função da redução da população de plantas. Sem ressemear o ponto de

equilíbrio para cobrir os custos variou de 25,88 R$ sc-1 até 34,04 R$ sc-1 e

realizando a ressemeadura este parâmetro variou de 32,03 R$ sc-1 até 42,11

R$ sc-1. O ponto de equilíbrio da produção depende diretamente do valor pago

pelo saco de trigo, o qual a partir da abertura da economia tornou-se

principalmente afetado por fatores internacionais (SOUZA & STÜLP, 2005).

No experimento realizado em 2012 para o genótipo Mirante a viabilidade

de ressemeadura novamente apresenta-se associada à redução no preço pago

pelo trigo e o menor percentual de plantas no campo (Figura 4c). Desta forma,

verifica-se uma ampla variação na análise econômica, na qual indica-se

ressemear a cultura com uma redução de 5% a partir do valor 296,71 R$ sc-1 e

com redução no estande de plantas de 60% somente a partir 24,73 R$ sc-1. No

caso de haver necessidade dessa operação será gerada uma maior

rentabilidade, contribuindo desta forma com uma produção agrícola sustentável

(GITTI et al., 2012). Da mesma forma que o ano anterior este genótipo obteve

os custos de produção em função da redução do estande de plantas variando

de forma crescente e linear. Sem realizar a ressemeadura essa análise de

determinação do ponto de equilíbrio da produção variou de 27,45 R$ sc-1

a

35,00 R$ sc-1

e se realizada a ressemeadura determinou-se que a variação

ocorreria de 32,78 R$ sc-1

a 41,80 R$ sc-1

(22)

A cultivar Quartzo apresentou um comportamento desigual nos dois

anos de experimentos. Em 2011 a cultivar não apresentou um decréscimo

gradual na sua produtividade em função da redução do estande de plantas. A

curva de rendimento de grãos relacionada com a diminuição da população de

plantas apresenta uma produtividade em queda dos 0% a 15% na redução no

estande de plantas, logo ocorre uma recuperação do potencial produtivo em

estandes com 20% até 50% de redução das plantas, sendo comprometido

novamente o rendimento de grãos em locais com maiores decréscimos na

população de plantas (Figura 4b). Devido a esse comportamento atípico

apresentado pelo genótipo, a maior probabilidade de indicação de

ressemeadura ocorre com 15% da redução aleatória de plantas, neste caso

indica-se ressemear a cultura no momento que o valor pago pelo trigo seja

superior a 25,26 R$ sc-1

. A avaliação do desempenho da cultivar é de extrema

importância para verificar o potencial retorno financeiro, e desta forma, verificar

qual é a opção que oferece maior rentabilidade (JOHANN et al., 2010). Os

custos de produção deste genótipo também variam de forma diferenciada se

comparada às demais análises realizadas. A variação do ponto de equilíbrio

não ocorreu de forma crescente e linear, assim, o custo de produção sem

ressemeadura variou de 27,97 R$ sc-1 com 0% de redução de plantas,

atingindo o máximo de 36,93 R$ sc-1 com uma diminuição de 15% na

população e reduzindo para 32,03 R$ sc-1 no estande mais afetado pela

redução. Em caso de ressemeadura o ponto de equilíbrio mais alto ocorre

novamente com 15% de redução do estande sendo de 45,03 R$ sc-1 e o

mínimo com 0% de redução atingindo 32,03 R$ sc-1.

Em 2012 o genótipo Quartzo novamente demonstrou ser extremamente

responsivo a redução na população de plantas, no entanto a variação do

rendimento de grãos apresentou-se de forma decrescente e linear (Figura 4d).

Em função desta produtividade decrescente existe uma maior possibilidade de

indicação de ressemeadura em estandes com altas reduções na população de

plantas. Indica-se a ressemeadura do trigo com uma queda de 60% na

população de plantas quando o preço de mercado do trigo for superior a 11,91

R$ sc-1

, o valor que torna esta indicação viável é modificada em função da

população de plantas, atingindo até 142,93 R$ sc-1

com uma redução no

(23)

torna-se inferior, favorecendo assim a tomada de decisão (SANTOS et al.,

2004). Devido a essa ampla variação nos rendimentos obtidos pelo genótipo o

ponto de equilíbrio da produção se manifestou de forma linear com um

crescimento acentuado. Sem a realização de ressemeadura o custo de

produção permaneceu entre 26,01 R$ sc-1 e 44,40 R$ sc-1, com a necessidade

de ressemeadura esse custo varia entre 32,78 e 53,88 R$ sc-1.

4 CONCLUSÕES

As cultivares Horizonte, Marfim e Campo Real demonstram por meio de

um rendimento de grãos constante em relação à redução aleatória de plantas,

possuírem mecanismos eficazes de compensação de perdas de produtividade

em função de uma menor população de plantas. Desta forma, não há

contribuição financeira por meio de indicação de ressemeadura para essas

cultivares.

As cultivares Mirante e Quartzo demonstraram ser extremamente

sensíveis à redução aleatória de plantas, obtendo variações em seu

rendimento em função da diminuição do estande de plantas. Verifica-se que

estas são cultivares com potencial produtivo elevado, porém, intensamente

responsivas às variações no ambiente de produção. Em vista disso, indica-se

sua utilização para ambientes de produção com alto nível tecnológico, onde os

riscos de dano inicial do estande de plantas sejam os mínimos possíveis. A

indicação de ressemeadura para a cultivar Mirante torna-se válida, desde que a

magnitude da redução seja de no mínimo 50%, e o valor pago pelo trigo seja

de 30 R$ sc-1. Apesar das diferenças de rendimento obtidas pela cultivar

Quartzo, indica-se sua ressemeadura a partir da redução de 25% do estande

de plantas e o preço de mercado de 28 R$ sc-1

.

5

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6 APÊNDICES

Tabela 1. Laudo de análise de solo da área experimental em 2011 e 2012.

Ano

pH

água Ca Mg Al H+Al

CTC

efet. Saturação (%) Índice

1:01 cmolc/dm3 Al Bases SMP

2011 5 8,3 3 0,7 7,7 12,3 5,7 59,9 5,5

2012 4,8 5,7 2,7 1,5 10,9 10 15 44 5,2

% MO %Argila Textura S P-Mehlich P-resina K CTC pH7 K

--- m/v --- --- mg/dm3 --- ---- cmolc/dm3 ---- ---mg/dm3

---2011 2,8 27,0 3,0 16,3 18,9 x 0,225 19,3 88,0

2012 2,4

24,

0 3,0 x 12,6 x 0,153 19,4 60,0

Relações molares

Cu Zn B Fe Mn Na Ca/Mg (Ca+Mg)/K K/(Ca+Mg)1/2

--- mg/dm3

---2011 0,90 1,50 0,60 x X x 2,7 50,40 0,067

2012 x x x x x x 2,1 54,7 0,053

Tabela 2. Características das cultivares utilizadas no experimento.

Caract. Cultivares Horizonte Marfim Mirante Quartzo Campo Real

Ciclo Médio Precoce Médio Médio Médio

Estatura de planta Média/Alta Baixa Média Média Média

Perfilhamento Médio Médio Médio Médio Alto

Crestamento MR MR/MS MR MR SI

Germinação na espiga MS MR/MS MS R/MR MR

Oídio MS S/MS MR MR/MS R

Ferrugem da folha SI MR S MS S

Ferrugem do colmo SI SI SI SI SI

Giberela MR/MS MS/S S MS MR

Brusone SI MS/S SI SI SI

Mancha da gluma SI MS MR MR SI

Mancha marrom S MS S MR MS

Mancha bronzeada S MS MS/S MR MS

VNAC MS S S MS MS

Vírus Mosaico R SI MR MR R

(33)

Quadro 1. Custos de produção em Reais para o ano de 2011.

DESCRIÇÃO Horizonte Marfim Mirante Quartzo V.U. Valor Valor Valor Valor A- OPERAÇÕES R$/ha

A.1. Conservação do solo

Manutenção de terraços 82,64 16,53 16,53 16,53 16,53

A.2. Preparo do solo

Dessecação 95,98 21,12 21,12 21,12 21,12

A.3. Plantio

Plantio 132,33 93,95 93,95 93,95 93,95

Serviço Braçal 4,03 1,21 1,21 1,21 1,21

Transportes internos 54,11 9,23 9,23 9,23 9,23

A.4. Tratos culturais

Adubação de cobertura 35,86 10,76 10,76 10,76 10,76

Aplicação de defensivos 95,98 84,46 84,46 84,46 84,46

Serviço Braçal 4,03 1,47 1,47 1,47 1,47

Transportes internos 54,11 10,79 10,79 10,79 10,79

A.5. Colheita

Colheita mecânica 224,21 134,53 134,53 134,53 134,53

Serviço Braçal 4,03 1,61 1,61 1,61 1,61

Transportes internos 54,11 2,71 2,71 2,71 2,71

Subtotal A 388,37 388,37 388,37 388,37

B- INSUMOS R$/ton R$/L R$/kg

B.1. Fertilizantes/Corretivos

Uréia 900 72 72 72 72

5-20-20 1100 385 385 385 385

B.2. Sementes/Mat. Plantio

Sementes 1 122,15 129,13 146,58 122,15

TS Inseticida 158,76 48,42 51,12 58,11 48,42

TS Fungicida 53 16,17 17,07 19,40 16,17

B.3. Defensivos agrícolas

Fungicidas 56.05 84,08 84,08 84,08 84,08

Herbicidas 516,67+9,46 71,46 71,46 71,46 71,46

Inseticidas 40,77 40,77 40,77 40,77 40,77

Outros produtos 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50

Subtotal B 850,83 863,05 890.61 850,83

C- ADMINISTRAÇÃO R$/ha

M.O. Administrativa 19,38 19,38 19,38 19,38 19,38

Assistência Técnica 15,5 15,5 15,5 15,5 15,5

Contabil./Escritório 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75

Luz / Telefone 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75

Conserv./ Deprec. Benf. 11,37 11,37 11,37 11,37 11,37

Viagens 5,03 5,03 5,03 5,03 5,03

Impostos/Taxas 2,30% 23,92 23,92 23,92 23,92

Subtotal C 90,69 90,69 90,69 90,69

D- PÓS COLHEITAR$/ha

Transporte até armazem 5,25 12,6 12,6 12,6 12,6

Recepção, secagem, limpeza 16,67 40 40 40 40

Armazenagem (1 mês) 5,33 12,8 12,8 12,8 12,8

Taxa administrativa 2,2 5,28 5,28 5,28 5,28

Subtotal D 70,68 70,68 70,68 70,68

Custo Total (R$/ha) 1130,74 1400,57 1412,79 1440,35 1400,57

(34)

DESCRIÇÃO Horizonte C.Real Mirante Quartzo V.U. Valor Valor Valor Valor A- OPERAÇÕES R$/ha

A.1. Conservação do solo

Manutenção de terraços 82,64 16,53 16,53 16,53 16,53

A.2. Preparo do solo

Dessecação 95,98 21,12 21,12 21,12 21,12

A.3. Plantio

Plantio 132,33 93,95 93,95 93,95 93,95

Serviço Braçal 4,03 1,21 1,21 1,21 1,21

Transportes internos 54,11 9,23 9,23 9,23 9,23

A.4. Tratos culturais

Adubação de cobertura 35,86 10,76 10,76 10,76 10,76

Aplicação de defensivos 95,98 84,46 84,46 84,46 84,46

Serviço Braçal 4,03 1,47 1,47 1,47 1,47

Transportes internos 54,11 10,79 10,79 10,79 10,79

A.5. Colheita

Colheita mecânica 224,21 134,53 134,53 134,53 134,53

Serviço Braçal 4,03 1,61 1,61 1,61 1,61

Transportes internos 54,11 2,71 2,71 2,71 2,71

Subtotal A 388,37 388,37 388,37 388,37

B-INSUMOS R$/ton R$/L R$/kg

B.1. Fertilizantes/Corretivos

Uréia 900 216 216 216 216

5-20-20 1100 385 385 385 385

B.2. Sementes/Mat. Plantio

Sementes 1 122,15 105 146,58 122,15

TS Inseticida 158,76 57,15 50,01 69,85 57,15

TS Fungicida 53 12,72 11,13 15,37 12,72

B.3. Defensivos agrícolas

Fungicidas 56.05 178,91 178,91 178,91 178,91

Herbicidas 516,67+9,46 71,46 71,46 71,46 71,46

Inseticidas 40,77 40,77 40,77 40,77 40,77

Outros produtos

Subtotal B 1084,17 1058,28 1123,95 1084,17

C- ADMINISTRAÇÃO R$/ha

M.O. Administrativa 19,38 19,38 19,38 19,38 19,38

Assistência Técnica 15,5 15,5 15,5 15,5 15,5

Contabil./Escritório 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75

Luz / Telefone 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75

Conserv./ Deprec. Benf. 11,37 11,37 11,37 11,37 11,37

Viagens 5,03 5,03 5,03 5,03 5,03

Impostos/Taxas 2,30% 23,92 23,92 23,92 23,92

Subtotal C 90,69 90,69 90,69 90,69

D- PÓS COLHEITAR$/ha

Transporte até armazem 5,25 12,6 12,6 12,6 12,6

Recepção, secagem, limpeza 16,67 40 40 40 40

Armazenagem (1 mês) 5,33 12,8 12,8 12,8 12,8

Taxa administrativa 2,2 5,28 5,28 5,28 5,28

Subtotal D 70,68 70,68 70,68 70,68

Custo Total (R$/ha) 1130,74 1633,91 1608,02 1673,69 1633,91

(35)

PRODUTO V. U. (R$) Dose/ha Custo/ha (R$)

Roundup WG 11,83 0,8kg 9,46

Cropstar 158,76 0,36L (MMS 35g) 57,15

Baytan 53,00 0,24L (MMS 35g) 12,72

Hussar 516,67 120g 62,00

Nativo 56,05 0,75L 42,04

Fox 132,00 0,4L 52,80

Connect 40,77 0,5L 20,38

Hoefix 5,13 0,5L 2,56

(36)
(37)

a

Imagem

Tabela 1. Laudo de análise de solo da área experimental em 2011 e 2012.
Tabela  3.   Custo   por   hectare   de   cada   defensivo   agrícola   utilizado   nos  experimentos
Figura  1.   Vista   aérea   do   local   onde   foi   instalado   o   experimento.   Fonte:
Figura 3. Características avaliadas: Variação do número de plantas (Pl, m 2 ) (a,  b), número de espigas (NE, m 2 ) (c, d) e produção de grãos (MG, t ha -1 ) (e,f), em  função da redução aleatória do estande (%).
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