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Caracterização de dezesseis acessos de Lippia alba (Mill) N.E Brown, no Distrito Federal

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA. CARACTERIZAÇÃO DE DEZESSEIS ACESSOS DE Lippia alba (Mill) N. E. Brown, NO DISTRITO FEDERAL.. HERMES JANNUZZI. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS. BRASÍLIA/DF AGOSTO/2006.

(2) UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA. CARACTERIZAÇÃO DE DEZESSEIS ACESSOS DE Lippia alba (Mill) N. E. Brown, NO DISTRITO FEDERAL.. HERMES JANNUZZI. ORIENTADOR: JEAN KLEBER DE ABREU MATTOS CO-ORIENTADOR: ROBERTO FONTES VIEIRA. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS. PUBLICAÇÃO: 236/2006. BRASÍLIA/DF AGOSTO/2006.

(3) UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA. ii.

(4) FICHA CATALOGRÁFICA Jannuzzi, Hermes Caracterização de dezesseis acessos de Lippia alba (Mill) N.E Brown, no Distrito Federal. Hermes Jannuzzi; Orientação de Jean Kleber de Abreu Mattos – Brasília, 2006 54 p:il Dissertação de Mestrado (M) – Universidade de Brasília/ Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2006. 1. Lippia alba (Mill) N.E. Brown. 2. Óleo essencial. I. Mattos, J.K.A. II. Ph D. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA JANNUZZI, H. Caracterização de dezesseis acessos de Lippia alba (Mill) N.E Brown, no Distrito Federal. Brasília: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, 2005, 54 p. Dissertação de Mestrado.. CESSÃO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Hermes Jannuzzi TITULO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: Caracterização de dezesseis acessos Lippia alba (Mill)N.E Brown, no Distrito Federal. GRAU: Mestre Ano: 2006. É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta dissertação de mestrado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva-se a outros direitos de publicação e nenhuma parte desta dissertação de mestrado pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor ________________________ Hermes Jannuzzi CPF: 066.567.651-49 SQN 211 Bl.”C” Aptº 107 70.863-030 – Brasília/ DF – Brasil E-mail: hermes_bsb@yahoo.com.br. iii.

(5) DEDICATÓRIA. Este árduo e gratificante trabalho é dedicado aos familiares, em ordem decrescente da quantidade de segundos de suas existências nesta vida: Margarida (mãe), Yara (irmã), Vera (esposa), Marina (filhota), e Tiago (sobrinho), pelo incentivo, parcimônia na ausência, amizade, amor incondicional e, também, por permitirem que eu seja um parceiro de caminhada em suas vidas.. iv.

(6) AGRADECIMENTOS Ao calmo e tranqüilo, Prof. Jean Kleber de Abreu Mattos, com o seu tradicional boné, mas sem o tradicional “fusquinha azul” (1968), hoje aposentado com louvor, pelo convite e orientação da dissertação, pela amizade e por ter me demonstrado o mundo maravilhoso das plantas medicinais e aromáticas; Ao Dr. Roberto Fontes Vieira, pesquisador da Embrapa/Cenargen, pela co-orientação neste trabalho e pelo apoio em especial na utilização do seu laboratório de óleos essenciais; Ao Ms. Dijalma.Barbosa da Silva, pesquisador da Embrapa/Cenargen pela orientação na execução do experimento, e no apoio do processo de secagem das plantas, além das inúmeras revisões do texto; À Agrônoma Roberta Sara de Souza Matos, pela amizade e orientação técnica nos procedimentos de agricultura orgânica, pelo empréstimo de sua propriedade rural “Chão do Cafuringa” onde foi implantado o experimento; Ao Engenheiro Florestal Marcus Vinicius da Silva Alves, chefe do Laboratório de Produtos Florestais do IBAMA, e aos técnicos do Setor de Anatomia e Morfologia da Madeira: Vera Teresinha Rauber Coradin, Luiz Fernando Marques, José Arlete Alves Camargos e Edson Rangel Junior pela contribuição nas medições da área foliar; Ao guardião do experimento, o jovem Manuel dos Santos Souza, que demonstrou esmero no plantio, tratos culturais e colheita do experimento; À guardiã do laboratório e futura farmacêutica, Ligia Adjunto Gracindo, pela colaboração e dedicação no processo de extração, cromatografia e identificação dos óleos essenciais; Aos amigos mestrandos Jerson de Castro Sant’Anna Júnior, Marlene Gonçalves e seu esposo Marcos, Thais Rodrigues Coser, Ana Cristina Meneses Mendes Gomes e a doutoranda Tatiana Carneiro de Botucatu/SP pelo incentivo, apoio e solidariedade durante todo o período do curso; A Srª Eliane Simão, Secretária da Pós-Graduação da FAV, pela sua simpatia, colaboração e muita paciência com os estressados mestrandos; A amiga Adriana de Araújo Maximiano pelo incentivo e solidariedade do decorrer do trabalho; Aos que contribuíram com a remessa de estacas e mudas da erva-cidreira, “aquela de florzinha roxinha”, que hoje compõem um dos 50 acessos de Lippia alba da coleção da Universidade de Brasília. os meus sinceros agradecimentos.. v.

(7) INDÍCE INDICE DE TABELAS.......................................................................................................... ix. INDICE DE FIGURAS........................................................................................................... x. RESUMO..................................................................................................................................... xiii. ABSTRACT................................................................................................................................ xiv. 1 - INTRODUÇÃO................................................................................................................ 1. 2 - OBJETIVOS...................................................................................................................... 2. 3 - REVISÃO BIBLIOGRAFICA................................................................................... 3. 3.1 - Plantas Medicinais - metabolismo secundário................................................... 3. 3.2 - Aspectos gerais dos óleos essenciais............................................................. 3. 3.2.1 - Definição e características............................................................................... 3. 3.2.2 - Famílias botânicas........................................................................................ 4. 3.2.3 - Localização e funções biológicas................................................................... 5. 3.2.4 – Quimiotipos.......................................................................................................... 5. 3.2.5 - Utilização dos óleos essenciais....................................................................... 6. 3.3 - Aspectos botânicos da L .alba................................................................................. 6. 3.3.1 - Identificação da família................................................................................ 6. 3.3.2 - Descrição geográfica.................................................................................... 6. 3.3.3 - Nomes vulgares no Brasil............................................................................... 6. 3.3.4 - Sinonímia do nome mais comum “erva cidreira”.................................... 7. 3.3.5 - Descrição morfológica..................................................................................... 7. 3.4 - Aspectos agronômicos da L. alba............................................................................ 8. 3.4.1 - Propagação e espaçamento.do plantio.............................................................. 8. 3.4.2 - Adubação ............................................................................................................ 9. 3.4.3 - Colheita e rendimento de folhas.................................................................... 9. 3.4.4 - Secagem ............................................................................................................... 9. 3.5 - Aspectos químicos e medicinais de L. alba......................................................... 10. 3.5.1 - Uso na medicina popular e na fitoterapia................................................... 10. 3.5.2 - Óleo essencial em L. alba............................................................................... 11. 3.5.2.1 - Pesquisa no Brasil ................................................................................... 11. 3.5.2.2 - Pesquisa em outros países ..................................................................... 12. vi.

(8) 3.5.3 - Descrição dos principais óleos essenciais.................................................. 12. 3.5.3.1 - Linalol........................................................................................................ 14. 3.5.3.2 - Limoneno.................................................................................................. 14. 3.5.3.3 - Carvona...................................................................................................... 15. 3.5.3.4 - Citral (Geranial e Neral)....................................................................... 15. 3.5.3.5 - Mirceno...................................................................................................... 16. 4 - MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................... 18. 4.1 - Seleção dos acessos...................................................................................................... 18. 4.2 - Descrição do local do experimento......................................................................... 19. 4.3 - Delineamento experimental....................................................................................... 21. 4.4 - Parâmetros avaliados................................................................................................... 21. 4.4.1 - Época de florescimento............................................................................ 21. 4.4.2 - Hábito de crescimento.............................................................................. 22. 4.4.3 - Área foliar..................................................................................................... 22. 4.4.4 - Comprimento de haste............................................................................... 22. 4.4.5 - Extração do óleo essencial....................................................................... 22. 4.4.6 - Perfil aromático........................................................................................... 23. 4.5 - Produção de mudas para o experimento....................................................................... 23. 4.6 - Plantio do experimento............................................................................................... 24. 4.7 - Tratos culturais.............................................................................................................. 24. 4.8 - Colheita............................................................................................................................ 25. 4.9 - Estado fitossanitário das plantas e hábitos de crescimento.............................. 25. 4.10 - Análise estatística......................................................................................................... 26. 5 - RESULTADO E DISCUSSÃO.................................................................................... 27. 5.1 - Época de florescimento............................................................................................... 27. 5.2 - Aspectos botânicos....................................................................................................... 27. 5.3 - Aspectos agronômicos e composição química.................................................... 27. 5.3.1 - Área foliar............................................................................................................ 28. 5.3.2 - Comprimento da haste...................................................................................... 29. 5.3.3 - Massa fresca na colheita e seca em estufa.................................................. 30. vii.

(9) 5.3.3.1 - Massa fresca de folha e hastes na colheita................................... 30. 5.3.3.2 - Massa seca das folhas em estufa...................................................... 31. 5.3.4 - Teor de óleo essencial..................................................................................... 32. 5.3.5 - Perfil aromático do óleo essencial............................................................... 34. 5.3.5.1 - Limoneno................................................................................. 35. 5.3.5.2 - Linalol....................................................................................................... 36. 5.3.5.3 - Mirceno..................................................................................................... 37. 5.3.5.4 - Geranial e Neral............................................................................. 38. 5.3.6 - Correlações entre os parâmetros avaliados............................................... 41. 5.3.7 - Considerações finais........................................................................ 41. 6 - CONCLUSÕES................................................................................................................. 46. 7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 47. viii.

(10) ÍNDICE DE TABELAS Página. Tabela 1 - Constituintes químicos dos óleos essenciais de L. alba............................................. 13. Tabela 2 - Relação dos acessos da coleção de L. alba da UnB, selecionados para estudo de caracterização e no Distrito Federal. UnB/ FAV – Brasília/DF 2006............................. 18. Tabela 3 - Índices de correlação utilizados no experimento, de acordo com interpretação de Shimakura e Ribeiro Junior (2006)................................................................................... 26. Tabela 4 - Relação nominal dos 16 acessos de L. alba, com os respectivos hábitos de crescimento.UnB/ FAV – Brasília/DF – 2006....................................................................... 28. Tabela 5 - Resumo das médias (% relativa) dos principais componentes de óleos essenciais de L. alba, de 16 acessos, colhidos no verão, de plantas com 155 dias da 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal. UnB/FAV - Embrapa/Cenargen – Brasília/DF, 2006.................................................................................................................. 35. Tabela 6 - Resumo da estimativa da massa (kg.ha-1) dos óleos essenciais limoneno, linalol, mirceno, geranial, neral e citral de L. alba, nas condições ambientais do Distrito Federal. UnB/FAV - Embrapa/Cenargen – Brasília/DF, 2006............................................. 43. Tabela 7 - Coeficiente de correlação simples elaborado com aplicação software SANEST, entre os parâmetros avaliados no experimento com 16 acessos de L .alba, colhidos no verão, de plantas com 155 dias após a 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal. UnB/FAV – Brasília/DF, 2005................................................................ 44. Tabela 8 - Resumo da análise de variância dos parâmetros avaliados massa fresca, massa seca em estufa e concentração dos principais óleos essenciais de 16 acessos de L. alba, colhidos no verão, de plantas com 155 dias após a 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal. UnB/FAV – Brasília/DF, 2005................................................................................ 45. ix.

(11) ÍNDICE DE FIGURAS Página. Figura 1 – Detalhe da L. alba, demonstrando a inserção de folhas opostas e flores rosáceas. Brasília/DF - 2005................................................................................................................... 8. Figura 2 - Estruturas químicas dos principais constituintes do óleo essencial de L. alba..................................................................................................................................... 17. Figura 3 - Média mensal da temperatura (ºC) e umidade relativa (%) registrada no Distrito Federal no período do experimento. Inmet/Brasília/DF, 2005-2006........................ 19. Figura 4 – Média mensal da pressão barométrica (mb) e velocidade do vento (m.s-1) registrado no Distrito Federal no período do experimento. Inmet/Brasília/DF, 2005-2006. 20. Figura 5 – Soma mensal da precipitação pluviométrica (mm), evaporação (mm) e insolação (hora.mês-1) no Distrito Federal no período do experimento. Inmet/Brasília/DF, 2005-2006.............................................................................................................................. 20. Figura 6 – Médias das áreas foliares (cm2) determinadas pelo software Image Pro Plus de 16 acessos de L. alba do experimento de caracterização realizado nas condições ambientais do Distrito Federal.UnB/ IBAMA.LPF – Brasília – DF, 2006........................ 29. Figura 7 – Médias dos comprimentos de hastes (m) de 16 acessos de L. alba do experimento de caracterização realizado nas condições ambientais do Distrito Federal. UnB/FAV – Brasília/DF, 2006............................................................................................................. 30. Figura 8 - Produção média de massa fresca (colheita): hastes e folhas (g) de L. alba de 16 acessos com 155 dias após a 1ª rebrota, colhida no verão, nas condições ambientais do Distrito Federal. UnB/FAV – Brasília/DF, 2006......................................................................... 31. Figura 9 - Produção média de massa foliar seca (g) em estufa de ar circulante 38 ºC.48h1 de L. alba de 16 acessos com 155 dias após a 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal. UnB/FAV-Embrapa/Cenargen – Brasília/DF, 2006...................................... 32. Figura 10 - Rendimento de óleo essencial de folhas secas em estufa de 16 acessos de L. alba, colhidos no verão. de plantas com 155 dias após a 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal.UnB/FAV-Embrapa/Cenargen - Brasília/DF, 2006 ............... 33. Figura 11 - Estimativa de rendimento de óleo essencial por hа de folhas secas de 16 acessos de L. alba, colhidos no verão, de plantas com 155 dias após a 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal. UnB/FAV-Embrapa/Cernagen – Brasília/ DF, 2006................................................................................................................................................................. 34. x.

(12) Continuação do índice de figuras. Figura 12 - Médias da percentagem relativa do limoneno, presente no óleo essencial de L. alba, de 16 acessos, colhidas no verão, de plantas com 155 dias da 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal, obtidas a partir de massa foliar seca em estufa de ar circulante (38ºC.48h-1) e extração por hidrodestilação. UnB/ FAVEmbrapa/Cenargen – Brasília/DF, 2006............................................................................................. 36. Figura 13 - Médias da percentagem relativa do linalol, presente no óleo essencial de L. alba, de 16 acessos, colhidos no verão, de plantas com 155 dias da 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal, obtidas a partir de massa foliar seca em estufa de ar circulante (38ºC.48h-1) e extração por hidrodestilação. UnB/FAVEmbrapa/Cenargen – Brasília/DF, 2006.............................................................................................. 37. Figura 14 - Médias da percentagem relativa de mirceno, presente no óleo essencial de L. alba, de 16 acessos, colhidos no verão, de plantas com 155 dias da 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal, obtidas a partir de massa foliar seca em estufa de ar circulante (38ºC.48h-1) e extração por hidrodestilação. UnB/FAVEmbrapa/Cenargen – Brasília/DF, 2006.............................................................................................. 38. Figura 15 - Médias da percentagem relativa de geranial, presente no óleo essencial de L. alba, de 16 acessos, colhidos no verão, de plantas com 155 dias da 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal, obtidas a partir de massa foliar seca em estufa de ar circulante (38ºC.48h-1) e extração por hidrodestilação. UnB/FAVEmbrapa/Cenargen – Brasília/DF, 2006................ 39. Figura 16 - Médias da percentagem relativa de neral, presente no óleo essencial de L. alba, de 16 acessos, colhidos no verão, de plantas com 155 dias da 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal, obtidas a partir de massa foliar seca em estufa de ar circulante (38 ºC.48h-1) e extração por hidrodestilação. UnB/FAVEmbrapa/Cenargen – Brasília/DF, 2006............................................................................................ 40. Figura 17 - Médias da percentagem relativa de citral, presente no óleo essencial de L. alba, de 16 acessos, com 155 dias da 1ª rebrota nas condições ambientais do Distrito Federal, obtidas a partir de massa foliar seca em estufa de ar circulante (38 ºC.48h-1) e extração por hidrodestilação. UnB/FAV - Embrapa/Cenargen – Brasília/DF, 2006.............................................................................................................................................................. 40. Figura 18 - Planta de L. alba com hábito decumbente e com poucas folhas, cultivada na condições ambientais do Distrito Federal. Brasília/DF – 2006...................................................... 52. Figura 19 - Planta de L. alba com hábito prostrado, com expressiva massa foliar, cultivada na condições ambientais do Distrito Federal. Brasília/DF- 2006......................... 52. xi.

(13) Continuação do índice de figuras. Figura 20 - Planta de L. alba com hábito ereto e prostrado, com pouca massa foliar. Planta cultivada nas condições ambientais do Distrito Federal. Brasília/DF – 2006............. 53. Figura 21 - Planta de L. alba com hábito ereto e prostrado, com pouca massa foliar. Planta cultivada nas condições ambientais do Distrito Federal. Brasília/DF – 2006.............. 53. Figura 22 – Planta de L. alba com hábito de crescimento ereto, cultivada na condições ambientais do Distrito Federal. Brasília/DF – 2006........................................................................ 54. Figura 23 – Planta de L. alba com hábito de crescimento ereto, com pouca massa foliar e com hastes caídas em função dos fortes ventos. Planta cultivada nas condições ambientais do Distrito Federal e Brasília/DF – 2006....................................................................... 54. xii.

(14) CARACTERIZAÇÃO DE DEZESSEIS ACESSOS DE Lippia alba (Mill) N.E Brown, NO DISTRITO FEDERAL.. RESUMO Com o objetivo de identificar o perfil aromático de dezesseis acessos de Lippia alba da coleção da Universidade de Brasília e avaliar o potencial de rendimento desses genótipos, foi conduzido um experimento de campo em latossolo vermelho, sob irrigação por gotejamento, na região do cerrado do Distrito Federal. Foram avaliados os seguintes parâmetros: época de florescimento; habito de crescimento; área foliar; comprimento da haste; massa fresca na colheita (folhas e hastes); massa da folha seca em estufa 38 ºC.48h-1; teor de óleo e perfil aromático do óleo. O óleo foi obtido pelo método de extração Clevenger, seguido de cromatografia gasosa. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, com três repetições, contendo três plantas úteis por parcela. Foram identificados cinco quimiotipos: limoneno-citral, mirceno-citral, mirceno-neral, citral e linalol. Os genótipos apresentam teores máximos de linalol de 89,80 % (L.16); mirceno de 47,57 % (L.37); limoneno de 35,00 % (L.27), geranial de 31,52 % (L.17); neral de 44,98 % (L.27); e citral de 56,75% (L.17). Os genótipos com maiores áreas foliares e maiores comprimentos de hastes tenderam a apresentar maiores teores de óleo, maior concentração de linalol e menor teor de geranial e neral. A concentração de óleo foi inversamente proporcional a produção de massa foliar. Palavras chaves: Lippia alba, erva-cidreira, óleo essencial, linalol, limoneno, mirceno, geranial, neral e citral. xiii.

(15) Chacterization of sixteen accessions of Lippia alba (Mill) N.E. Brown, of Distrito Federal, Brazil.. ABSTRACT. The main objective of this work was to describe the aromatic profile of 16 genotypes of Lippia alba from the germplasm collection of the Universidade de Brasília and to analyze its potential of production. A field assay was installed in the rural area of Distrito Federal. The following parameters were analyzed: flowering period, growing habit, foliar area, length of the main branch, fresh and dry weight of the biomass (leaves and branches), essential oil content oil constituents profile. The essencil oil was extracted Clevenger. Essential oil constituents were analysed by gas chometogrephy and GC/MS. The experimental design was randomized blocks with 3 plants by plot. Five chemical types were reorted: limonene-citral; myrcene-citral, myrcene-neral, citral and linalool. The genotypes presented high levels of Linalool, L.16 (89,80%); Myrcene, L.37 (47,57%); Limonene, L.27 (35%); Geranial, L.17 (31,52%); Neral, L.27 (44,98%) and Citral L.17 (56,75%). The genotypes with higher foliar leaf area and leaf length of the main branch seen to be correlated with the best yield of E. O., the higher level of Linalool and lower levels of Geranial an Neral. The yield of E. O. was inversely proportional to the foliar area. Key words: Lippia alba, essential oil, linalool, limonene, myrcene, geranial, neral, citral. xiv.

(16) 1. - INTRODUÇÃO GERAL. O Brasil está incluído entre os dezessete países com maior índice de biodiversidade do planeta, denominados “Países Megadiversos afins”, que em conjunto são responsáveis por 70% da biodiversidade do mundo, conforme a “Declaração de Cancun”, de 18 de fevereiro de 2002 (PEIXOTO & MORIN, 2003). A dimensão da diversidade vegetal do Brasil ainda é imprecisa (MING, 1996). Estimam-se a existência em 45,3 mil a 49,5 mil espécies de plantas descritas (PEIXOTO & MORIN, 2003) ou 55 mil espécies de plantas superiores (VIERA & SILVA, 2002). Dentre estas,. existe a probabilidade de que a metade possua alguma propriedade medicinal, mas na realidade, até o presente, menos de 1% ou aproximadamente 1.000 plantas foram adequadamente estudadas do ponto de vista de suas propriedades farmacológicas (CASTRO & GAVILANES, 2000).. A Lippia alba é uma planta conhecida pela variabilidade química dos seus óleos essenciais, denominada de quimiotipos. Essa diversificação de componentes do óleo essencial é responsável pelas várias utilizações na medicina popular e na fitoterapia. Suas folhas possuem diferenças em aromas, propriedades antibacterianas e propriedades antifúngicas contra bactérias G+, que causam infecções respiratórias (ALEA et al., 1996; MATOS, 1996ª; SOARES, 2001; PESSINI et al., 2003).. Dentre os componentes do óleo essencial da L. alba, o linalol tem se destacado pelo seu rendimento expressivo e sua ampla utilização pela indústria de aromatizantes, cosméticos e perfumes (EHLERT, 2003), além de ações inseticidas, antiflamatórias e anti-sépticas (SIMÕES & SPITZER, 2003). A L. alba pode se constituir em uma importante fonte alternativa. para a produção de linalol em substituição ao pau-rosa (Aniba roseadora Ducke), sob alta pressão antrópica, cuja essência é usada na fabricação de perfumes como o Chanel n º 5. Dentre as plantas medicinais brasileiras, a espécie L. alba (Mill.) N.E Brown, é muito utilizada na medicina popular, motivo porque deve ser estudada nos aspectos: fitotécnicos, na identificação de quimiotipos, químicos, farmacológicos e clínicos, com objetivo de obter um medicamento eficaz e seguro (LORENZI & MATOS, 2002). A falta de dados agronômicos sobre o rendimento de metabólitos secundários (principalmente óleo essencial) de L. alba é uma barreira para se planejar sistemas de cultivos comerciais. Além disso, as produções científicas existentes apresentam na sua maioria, relatos sobre plantas medicinais exóticas; quando se trata das espécies nativas, os trabalhos são. 1.

(17) escassos e pouco abrangentes. Essa situação ocorre não só no Brasil, mas também em outros países CASTRO, D.M., (2001) apud Ehlert (2003).. 2 - OBJETIVOS O objetivo deste trabalho foi identificar o perfil aromático de 16 acessos de L. alba da coleção da Universidade de Brasília - UnB e avaliar o potencial de rendimento do óleo essencial e de seus constituintes majoritários na região do Distrito Federal.. 2.

(18) 3 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 - Plantas medicinais – Metabolismo secundário A planta medicinal é definida como qualquer parte do vegetal que produza, em quantidade representativa, substâncias química ou biológica que podem ser utilizadas direta ou indiretamente como medicamento (CASTRO, H.G. et al., 2004). As plantas medicinais estão sujeitas às variações ambientais, pois seus compostos ou metabólitos, resultantes do metabolismo secundário, são alterados em quantidade e composição química em função de fatores genéticos, ambientais e fisiológicos (CORREA et al., 1994; CASTRO, H.G. et al., 2004). Os metabólitos secundários são divididos em três grupos principais: 1º - Os terpenos que formam os óleos essenciais, ácidos graxos e compostos aromáticos; 2º - Os compostos fenólicos, tendo como representante as ligninas, taninos, xantonas e flavonóides dentre outros; 3º - Os nitrogenados representados pelos extensos grupos dos alcalóides (TAIZ & ZEIGER, 2004).. As variações dos metabólitos resultantes da ação fisiológica do metabolismo secundário das plantas, em populações geneticamente similares ou acessos idênticos, é função da seleção natural, com objetivo de elevar o nível de adaptação das plantas, ajustando-as às modificações ambientais. Isto possibilita a sobrevivência e a perpetuação da espécie em seu ecossistema, resultando em alguns casos na existência de plantas com o mesmo fenótipo, mas com composição química diferente, que são denominadas de quimiotipos ou raças químicas (SIMÕES & SPITZER, 2003, CASTRO, H.G. et al., 2003). 3.2 – Aspectos gerais dos óleos essenciais 3.2.1 - Definição e características A ISO (International Standard Organization) define óleo essencial (também conhecido como óleo volátil, óleo etéreo ou essência) como sendo o produto obtido de partes de plantas por meio da destilação por arraste de vapor d'água, bem como o produto obtido por prensagem dos pericarpos de frutos cítricos (SIMÕES & SPITZER, 2003). A composição química dos óleos essenciais é uma mistura de um número variável de substâncias orgânicas tais como: hidrocarbonetos terpênicos, álcoois simples e terpênicos, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, éteres, óxidos, peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, 3.

(19) lactonas e cumarinas, podendo atingir centenas de substâncias, em diversas concentrações, que variam de baixíssimas quantidades (traços) a compostos majoritários (LAVABRE, 2001; SIMÕES & SPITZER, 2003).. Os óleos essenciais possuem as seguintes características físico-químicas de acordo com Lavabre (2001), Cardoso et al. (2001), Simões & Spitzer (2003); e Franco et al. (2004). 1 - Coloração: na fase de extração, os óleos variam de incolor a coloridos, tais como amarelo, vermelho(benzoina), verde (bergamota) e azul (camomila), podendo posteriormente alterar a coloração em função reações químicas como oxidação; 2 - Volátilidade: evapora facilmente em função de suas moléculas pequenas, o que os diferenciam dos óleos fixos ou graxos; 3 - Estabilidade: os óleos essenciais são instáveis na presença de luz, calor, umidade, metal e oxigênio. Esses fatores podem desencadear processos de polimerização, ciclização, dimerização e oxidação, resultando em alterações na composição química original da molécula durante o processo de manuseio e armazenagem; 4 - Índice de refração ou isômeros ópticos: utilizados na identificação do óleo essencial, controle de qualidade e identificação de falsificações; 5 - Sabor e Aroma: o sabor é geralmente ácido e picante; e o aroma, agradável e intenso, justificando a denominação essência ou aromático. 3.2.2 - Famílias botânicas Os óleos essenciais são encontrados em aproximadamente 60 famílias, mas apenas 150 espécies são exploradas comercialmente para produção (LAVABRE, 2001; EHLERT, 2003; SIMÕES & SPITZER, 2003). Entre as famílias, espécies e nomes comuns citados, as mais. conhecidas como fornecedoras de óleos são: Asteracea (Artemisia canphorata Vill / losnacomum); Apiaceae (Foeniculum vulgare Mill. / funcho), Cyperaceae (Cyperus articulatu / priprioca); Labiateae (Hyptis martiusii Benth / cidreira do mato); Lamiaceae (Ocimum basilicum L. / manjericão); Lauraceae (Ocotea odorífera (Vell.) Rohwer / sassafrás); Myrtaceae (Eucalyptus citriodora Hook / eucaliptus); Piperaceae (Piper aduncum L. / falsojaborandi.); Punicaceae (Punica granatum L. / romazeiro); Rutaceae (Citrus limon / limão), Zingiberaceae (Alpinia zerumbert / alpinia) e a Verbenaceae (L. alba / erva-cidreira) (SIMÕES & SPITZER, 2003; MARQUES et al., 2003; SCRAMIN et al., 2005).. 4.

(20) 3.2.3 - Localização e funções biológicas Os óleos essências estão localizados em estruturas formadas pelo crescimento diferenciado de células da epiderme, ou pêlos, que em sua forma mais complexa podem ser denominadas de glândula ou tricomas glandulares. Essas estruturas são constituídas por uma base ou pendúnculo não-glandular, uni ou multicelular em cuja extremidade encontra-se uma cabeça uni ou multicelular onde se localiza o óleo ou substância química (CASTRO & GAVILANES, 2000).. Em L. alba foram identificados tricomas do tipo subséssil, que possuem as células intermediárias mais curtas que as células da cabeça (TAVARES, 2003a). Os tricomas glandulares são mais numerosos na face abaxial da folha e são recobertos pelos tricomas tectores (CASTRO, D.M., 2001). Os óleos essenciais estão inseridos em estruturas secretoras especializadas da planta, variando de local, nas folhas, flores, frutos e outros, em função da família botânica (SIMÕES & SPITZER, 2003). Sendo que nas Verbenáceas estas estruturas secretoras são identificadas. como tricomas tectores como encontrados na parte abaxial das folhas de L. alba (TAVARES, 2003). 3.2.4 - Quimiotipos Os quimiotipos são definidos segundo Simões & Spitzer (2003) como plantas com o mesmo fenótipo ou botanicamente idênticas, mas com variações na composição química, em função de uma variabilidade genética e segundo Castro, H.G. et al. (2004) as expressões quimiotipos, raça química e “chemodeme” são sinônimas. A determinação dos quimiotipos de uma planta é função da concentração química majoritária de uma determinada substância química (SIMÕES & SPITZER, 2003), mas não foi identificado na literatura o padrão de referência ou de relação quantitativa que permita estabelecer os quimiotipos.. 5.

(21) 3.2.5 - Utilização do óleo essencial Segundo Ehlert (2003) os óleos essenciais são usados na indústria para fabricação de inúmeros produtos como: perfumes, cosméticos, sabonetes, desodorantes, condimentos e também como insumo na indústria de plástico, tinta, borracha e inseticida. Na indústria farmacêutica ou na farmacognosia são amplamente utilizados em função de suas propriedades farmacológicas, ou seja: ação carminativa, antiespasmódica, cardiovascular, secretolíticas, anestésica, antiinflamatória e anti-séptica (SIMÕES & SPIZER, 2003).. Outro uso dos óleos essenciais, em franca ascendência, é na aromaterapia que, embora seja uma ciência antiga, somente nos últimos sessenta anos está sendo divulgada e praticada, principalmente na Europa (LAVABRE, 2001). No Brasil é relativamente nova e pouco explorada, seguindo quatro linhas: a psicoaromaterapia, a estética, a holística e a clinica ou medicinal (LASZLO, 2005). 3.3 – Aspectos botânicos da L. alba 3.3.1 – Identificação da família A espécie L. alba (Mill.) N. E. Brown ex Britton & Wills pertence ao Filo: Magnoliophyta (Angiosperma); Classe: Magnoliopsida (Dicotiledôneas); Sub-classe: Asteridae; Ordem: Lamíales; Família: Verbenaceae; Gênero: Lippia; Espécie: alba. (INBIO, 2006).. 3.3.2 - Distribuição geográfica A espécie é originária das Américas do Sul e Central e encontra-se distribuída em todo território brasileiro (PEREIRA PINTO et al., 2000; LORENZI & MATOS, 2002; EHLERT, 2003). 3.3.3 - Nomes vulgares no Brasil No Brasil, a espécie L. alba é citada por vários autores com diversos nomes populares: chá-da-febre, chá-de-estrada, chá-de-frade, chá-de-pedestre, chá-de-tabuleiro, chá-do-Rio Grande do Sul, cidró, salva-brava, erva-cidreira-do-campo, cidrila, erva-cidreira-de-arbusto, 6.

(22) alecrim-selvagem, cidreira-brava, falsa-melissa, erva-cidreira-brasileira, erva-cidreira-docampo, cidreira-carmelitana, salva-do-Brasil, alecrim-do-campo, salva-brava, sálvia, alecrim, alecrim-do-mato, camará, capitão-do-mato, cidrão, cidreira, capim-cidreira, cidreira-crespa, cidreira-falsa, cidreira-melissa, erva-cidreira, salva-limão, sálvia-da-gripe, cidreira-de-folha (MING, 1992; CORRÊA JUNIOR et al., 1994; PEREIRA PINTO et al., 2000; LORENZI, 2002). 3.3.4 - Sinonímia do nome mais comum “erva cidreira” O nome popular “erva cidreira” é também utilizado no Brasil para designar as espécies: Cymbopogon citratus (DC) Stap (Poaceae) ou capim santo; Melissa officinalis L. (Labiatae) ou hortelã; Hyptis suaveolens (l.) Poit. (Labiatae) ou bamburral; Aloysia triphylla (L’Hér.) Britton (Verbenaceae) ou cidró, todas com propriedades medicinais (LORENZI & MATOS, 2002).. 3.3.5 - Descrição morfológica. De acordo com Soares (2001) e Matos (1996a) a L. alba é uma espécie com variações morfológicas. Essa afirmativa pode ser observada nas descrições botânicas de Pereira Pinto et al. (2000) e Lorenzi & Matos (2002), cujas descrições morfológicas encontram-se a seguir. Descrição 1: “É um subarbusto bianual medindo de um a dois metros de altura, bastante ramificado dicotomicamente; caule herbáceo de cor castanho claro; folhas de cor verde claro a escuro, nervadas, oblongo-agudas, opostas, abertas, possui cheiro forte aromático. Das folhas exala um cheiro característico, flores rósea-violácea; raízes fasciculadas” (PEREIRA PINTO et al., 2000). Descrição 2: “Subarbusto de morfologia variável, alcançando até um metro e meio de altura, raramente dois metros. As folhas são inteiras, opostas, de bordos serreados e ápice agudo, de 3-6 cm de comprimento. Flores azul-arroxeadas, reunidas em inflorescências axilares capituliformes de eixo curto e tamanho variável. Os frutos são drupas globosas de cor róseo-arroxeada” (LORENZI & MATOS, 2002).. 7.

(23) Figura 1 – Detalhe da L. alba, demonstrando a inserção de folhas opostas e flores rosáceas. Brasília/DF - 2005. 3.4 – Aspectos agronômicos da L. alba 3.4.1 - Propagação e espaçamento no plantio Segundo Pereira Pinto et al. (2000), a L. alba é propagada por estacas dos ramos herbáceos; enquanto Ming (1990) utiliza estacas dos ramos abaixo do oitavo nó a contar do ápice, desde que o diâmetro seja igual ou maior que 5 mm, onde já existem tecidos lignificados que favorecem o enraizamento ou “pegamento” no processo de estaquia, com os tamanhos das estacas variando de 25 a 30 cm (MING et al., 1999) ou de 10 a 25 cm e leva dois meses para serem transplantadas (CORREA JUNIOR et al., 1994). Existem várias recomendações de espaçamento para plantio, com os seguintes valores entre linhas e entre plantas: 2,0 m por 1,5 m (GILBERT et al., 2005); 1,0 m por 1,0 m (FURLAN, 1996) e 1,5 m por 1,0 m (CORREA JUNIOR et al., 1994). A L. alba também pode ser multiplicada através de micropropagação por cultura de tecidos e utilização de reguladores de crescimento, como o acido indolacético (AIA) e a cinetina (TAVARES, 2003).. 8.

(24) 3.4.2 - Adubação Pereira Pinto et al. (2000), destaca que a L. alba requer solos com teor elevado de matéria orgânica, recomendando aplicar 5,0 kg.m-2 de esterco de gado curtido ou 3,0 kg.m-2 de esterco de aves no plantio e a mesma proporção em cobertura, anualmente. 3.4.3 - Colheita e rendimento de folhas De acordo com Pereira Pinto & Bertolucci (2002), a primeira colheita da L. alba deve ocorrer no quinto mês após o plantio. A cultura permite duas colheitas anuais, nos períodos de dezembro a janeiro e abril a maio, mas não identifica em qual região geográfica. A planta deve estar com os ramos floridos e a colheita consiste no corte dos ramos a 10 cm do solo ou entre 10 a 20 cm de altura. Correa Junior et al. (1994), recomenda que a colheita deve ser realizada no período da manhã, registrando rendimento de 2,5 a 3,0 t.hа-1 de folhas secas. Ehlert (2003) identificou variação da concentração de óleos essenciais conforme a época da colheita. Maiores rendimentos do óleo essencial carvona são obtidos no verão e outono e de limoneno no outono. 3.4.4 – Secagem Em plantas medicinais, dependendo da finalidade e qualidade do material, a secagem pode ser natural ou artificial (PEREIRA PINTO & BERTOLUCCI, 2002). De acordo com Castro, D.M. (2001), há uma carência de informações, estudos agronômicos e pesquisas quanto aos processos de pós-colheita e secagem de L. alba. Segundo Barbosa et al. (2006), a secagem natural da L. alba no sol e na sombra, no tempo de exposição de 90, 180, 270, 360, 450 e 540 minutos, verificaram que não houve variação do teor de óleo essencial, mas redução dos teores de citral de 7% no sol e 3% na sombra e aumento dos teores do ß-mirceno na sombra, aproximadamente em 4 vezes no sol e 3 vezes na sombra. De acordo com Castro, D.M. (2000), plantas de L. alba secas em temperatura ambiente tiveram maior percentagem relativa de monoterpeno, do que as plantas secas em estufa, com temperaturas menores de 40 ºC.. 9.

(25) Castro, D.M. (2001) utilizando estufa de circulação forçada, determinou que a secagem de folhas de L. alba com temperaturas iguais ou menores de 40 ºC, proporcionam maiores rendimentos de óleos essenciais do que temperaturas maiores que 50 ºC. 3.5 – Aspectos químicos e medicinais da L. alba Os constituintes químicos L .alba se distribuem em óleos essências, iridóides e triagem fotoquímicas. Os óleos essenciais, em monoterpenos, sesquiterpenos, fenilpropanóides, derivados do acetato e outros. Todos esses grupos de substâncias foram relacionados por Soares (2001), Tabela 1, demonstrando a riqueza química dessa planta, aspecto esse já mencionado por Lorenzi & Matos (2002). 3.5.1 – Uso na medicina popular e na fitoterapia Segundo Lorenzi & Matos (2002), o uso popular da L. alba é por meio de chá das folhas frescas, que possui sabor agradável e é recomendado como calmante, espamolítico leve, sedativo em crises de cólicas uterinas e intestinais, tratamento de estados nervosos e de intranqüilidade. Mas todas essas ações fototerápicas ocorrem em função dos seguintes quimiotipos: mirceno-citral, citral e limoneno-citral. Almassy Junior et al. (2005), cita que a L. alba deve ser usada como infusão das folhas e possui várias ações terapêuticas além das citadas por Lorenzi & Matos (2002), como digestiva, estomática , antibacteriana, carminativa, anti-reumatica, hipotensora e peitoral e também utilizada no tratamento de enxaquecas, insônia, má circulação do sangue e afecções pulmonares e gástricas. Outras ações terapêuticas são citadas por Pereira Pinto et al. (2000), Soares (2001) e Brandão (2003), demonstrando a ampla utilização da planta na medicina popular brasileira, estando de acordo com Lorenzi & Matos (2002) e apresentando motivo suficiente para a sua escolha como tema de estudos químicos, farmacológicos e clínicos, visando sua validação como medicamento eficaz e seguro. Rossato et al. (2006) cita que o óleo essencial de L. alba demonstra potencial antioxidante, semelhante ao efeito da vitamina E.. 10.

(26) 3.5.2 - Óleo essencial em L. alba. Em decorrência da variabilidade de óleo essencial apresentado pela L. alba, realizou-se identificação dos quimiotipos nas diversas regiões do Brasil e também em outros países. 3.5.2.1 - Pesquisa no Brasil Craveiro (1982), em ensaios com plantas do nordeste do Brasil, identificou as substâncias beta-cariofileno, p-cimeno e gama-terpineno. Matos (1996a), estudando dois tipos de erva-cidreira procedente do Horto de Plantas Medicinais da Universidade Federal do Ceará, identificou três tipos de quimiotipos: o Tipo I, caracterizado por teores elevados de mirceno (10,54 %) e citral que é formado por neral (23,21 %) e geranial (31,92 %); o Tipo II, com teores elevados de limoneno (12,06 %) e citral, composto de neral (27,33 %) e geranial (35,63 %); e o Tipo III, com teores significativos de limonemo (23,18 %) e carvona (54,69 %). Em material coletado na cidade de Belém/PA, por Zoghbi et al. (1998) foram identificadas plantas com os seguintes constituintes: mirceno (46,10%), gama-terpineno (8,00%), alfa-guaieno (5,90%), alfa-bulneseno (5,60%), alfa-pineno (6,00%) e linalol (0,80%). Santos-Mendes (2001) apud Ehlert, 2003, estudando oito formas botânicas de L. alba, plantadas no município de São Manoel/SP, constatou grandes variações no rendimento de óleo essencial e na composição química, onde foram identificados os seguintes quimiotipos: 1º- linalol e 1,8 cineol; 2º- cânfora, óxido de cariofileno, ρ-cimeneno, linalol e canfeno; 3ºcitral; e 4º- d-limoneno, germacreno e carvona. Tavares et al. (2005) analisando o óleo essencial de folhas de três quimiotipos de L. alba cultivadas, identificou teores de linalol 73,99 % na fase vegetativa e 60,05 % na floração.. 11.

(27) 3.5.2.2 - Pesquisa em outros países Em Cuba, Alea et al. (1996), identificaram 43 compostos, agrupados em 22 hidrocarbonetos terpênicos, sendo destaques β-guaieno (9,84 %), limoneno (5,76 %), βbourboneno (3,01%), β-elemeno (3,02%), 21 constituintes oxigenados sendo carvona (40,00 %), piperitenona (8,26 %), piperitona (3,62 %), linalol (1,34 %) e borneol (1,31 %). Bahl et al. (2002) avaliando três acessos de L. alba na Índia, observaram que semelhanças de morfologia e hábito de crescimento, não significam semelhanças na composição e no rendimento em óleo essencial. Duas variedades muito semelhantes morfologicamente, Kavach e Bhurakshak, apresentaram balanço e composições diversas no óleo essencial. A variedade Kavach destacou-se pelo teor de linalol (65,00%) e a Bhurakshak, além do linalol (42,30%) apresentou neral (12,90%) e geranial (14,30%), produzindo uma fragrância com qualidade para uso imediato em perfumaria. No Uruguai, segundo Lorenzo et al. (2001), foram identificados 27 componentes no óleo essencial de um acesso de L. alba. O principal componente foi o linalol (55,00 %) com uma pureza de 99,00 %. Senatore & Rigano (2001) analisaram o óleo essencial de duas espécies de Lippia silvestre da Guatemala; na L. alba identificaram o limoneno (43,60 %) e piperitona (30,60 %) e na L. graveolens o timol (31,60 %), o cariofileno (4,60 %) e o óxido de cariofileno (4,80 %). Na Colômbia, Stashenko et al. (2003) pesquisando métodos de extração de voláteis do metabolismo secundário de L. alba, identificaram cerca de 40 tipos diferentes de componentes, sendo que o carvona (40-57%), foi o majoritário.. 3.5.3 - Descrição dos principais óleos essenciais Os óleos essências de maior relevância para a L. alba são linalol, limoneno, carvona, citral (neral + geranial) e mirceno. Em óleos essenciais é freqüente a formação de compostos enantioméricos ou isômeros ópticos, que são substâncias químicas similares, mas diferem em seu arranjo espacial, em relação ao carbono assimétrico, formando uma imagem especular ou espelho um do outro, formando duas configurações distintas. O arranjo espacial das configurações é denominado “R” ou direita e “S” ou esquerda, que resulta em variações no aroma, sabor ou um óleo tóxico e outro benéfico (FRANCO et al., 2003). 12.

(28) Tabela 1 - Constituintes químicos dos óleos essenciais de L. alba. Localização. Substâncias químicas Monoterpenos: 1,8-cineol, 6-metil-5-hepten-2-ona, 1-octen-3-ol, 2-udecanona, acetato de citronelli, acetato de citronelol, acetato de isobornil, acetato de bornil, acetato de geranil, butirato de geranil, isobutirato de geranil, 2-metil-propionato de geranil, acetato de linalil, acetato de linalol, α-cubeno, α-felandreno, α-pineno, pineno, d- α-pineno, α-terpineol, α-tujeno, β-felandreno, βpineneno, β-pineno, borneol, isoborneol, canfeno, cânfora, carvona, d-l-hidrocarvona, (±)-dihidrocarvona, isocarvona, cimeno, p-cimeno, citral, citronelal, citronelol, cubernol, δ-зcareno, dipenteno, D-limoneno, limoneno, eucarvona, (E)- β- α-terpineno, eugenol, metil eugenol, γ-terpineno, (E)- βocimeno, (Z)- β-ocimeno, ocimeno, (E)-metil-cinamato, geranial, geraniol, hidrato de trans-sabineno, linalol, mirceno, neral, nerol, óxido de piperitenona, óxido de piperitona, piperitona, sabineno, sabineno hidratado, sesquifelandreno, terpineol, terpinen-4-ol, terpinoleno, trans-ocimeno.. Óleo essencial. Sesquiterpenos: α-bergamoteno (E), α-bergamoteno (Z), α-cadinol, T-cadinol, αcopaeno, copaeno, α-cubebeno, α-cedreno, α-farneseno, αgurjuneno, α-humuleno, α-muroleno, allo-aromadendreno, romadendreno, ar-curcumenoelemol, biciclogermancreno, βbisaboleno, cis- α-bisaboleno, Z- α-bisaloleno, β-bourboreno, βcariofileno, cariofileno, óxido de cariofileno, β-cubebeno, βelemeno, γ-elemeno, γ-cadineno, δ-cadineno, cubenol, Enerolidol, germancreno-A, germancreo-B, Germancreno-D, γmuuroleno, muurolol, nerolidol viridifloreno. Fenilpropanóides: (E)-anetol, car-3-eno, eugenol, metil-eugenol. Cetonas: metildecilcetona, metilheptenona, 6-metil-5-hepten-2-ona, metiloctil-cetona, undecaona, 2-undecanona. Derivados do acetato: acetato de hexenila, 3-hexe-1-ol-acetato (Z) Outros: cimol, dihidrolipiona, metil chavicol (estragol), (Z)-3-hexenol, isopinocanfona, lipiona, 1-octen-3-ol, óxido de cariofileno, alcalóides.. Iridóides Triagem fotoquímica. tevesídeo, teviridosideo presença de ácidos fixos, compostos aminados, compostos fenólicos, esteróides, flavonóides, heterosídeos antociânicos, saponinas, taninos, terpênicos. Fonte: Soares (2001).. 13.

(29) 3.5.3.1 - Linalol Em Chemical Abstracts Names (CAS) nº 78-70-6, nome químico: 3,7-Dimetrhyl-1,6octadien-3-ol; álcool terpeno, C10H18O, monoterpeno, ocorre como fragrância, líquido e incolor, índice de refração à 20º é de 1,4611, ponto de ebulição 197 º a 199 º (BRITISH, 2005), insolúvel em água, miscível em álcool e éter e com densidade (20ºC) = 0,8622 (MERCK, 1989 e IFRA, 2003).. Na natureza, o linalol possui formas enantiômeras que resulta em modos diferentes de aproveitamento em seus aromas: D-(+)- linalol, (S)-(+)-linalol ou coriandrol com aroma cítrico doce e o L-(-)-linalol, (R)-(-)-linalol ou licareol com aroma de lavanda ou de madeira (TAVARES, 2003; LOZANO et al., 2003).. O linalol é utilizado em perfumes, cosméticos e aromatizantes segundo Ehlert (2003) e a sua ação anti-séptica é superior ao fenol (SIMÕES & SPITZER, 2003). Tavares (2003) relata as seguintes aplicações: atividade antiinflamatória, analgésica, antifúngica, inseticida e antioxidante comparável à vitamina “E”. O linalol é encontrado em diversas plantas, com concentrações diferentes, como nos frutos do coentro (Coriandrum sativum L.), sendo que os maduros e secos, no outono possuem concentração de 76,51 % a 78,95 % maior que os verdes 31,36 % a 41,77 % (FIGUEIREDO et al., 2005). No pau-rosa (Aniba duckei Kostermans), o rendimento das folhas secas e ramos é de. 1,30 % e da madeira 54,00 %. Em folhas da espécie amazônica Croton cajuçara Benth com 66,00 % de linalol (ARAÚJO et al., 1971) e no manjericão (Ocimum basilicum L.) de 56,50 % a 71,22 % (BLANK et al., 2003). 3.5.3.2 - Limoneno Nome. químico:. 1-Methyl-4-(1-methylethenyl). cyclohexeno;. p-mentha-1,8-dieno;. monoterpeno, fórmula estrutural C10H16, peso molecular de 136,23, insolúvel em água, MERCK (1989), constituído por hidrocarbonetos (carbono e hidrogênio) terpênicos, com relação de enantiomeria, o L-(-) – limoneno possui o aroma forte limão, o D-(+) – limoneno de citrus fresco, como laranja (FRANCO et al., 2003). Segundo Matos (1996b), estudando L. alba no estado do Ceará, identificou que as plantas com alta concentração de limoneno-carvona, apresentam ação mucolítica enquanto plantas com alta concentração de limoneno-citral, apresentam ação espasmolítica e ansiolítica. De acordo com Silva Santos (2002), o limoneno para finalidade comercial é processado dos 14.

(30) óleos essenciais da laranja e outros cítricos com aplicação em produtos aromáticos nas indústrias farmacêutica, alimentícia e de solventes. 3.5.3.3 - Carvona Nome químico: 2-Methyl-5-(1-methyletheyl)-2-cyclohexene-1-one; p-mentha-6,8-dien2-one; 1-menthyl-4-isopropanyl. Terpenôide, fórmula estrutural C10H14O, peso molecular 150,21, insolúvel em água, utilizada para aromatizar sabões, licores e perfumaria e também atua como carminativo em gatos (MERCK, 1989). Forma compostos isômeros ópticos ou enantioméricos, com as características: D(+)-carvona, CAS nº 2244-16-8, com aroma de menta e L (-)-carvona CAS nº 6485-40-1 (-) possui o aroma de cominho (Cuminun cyminum L.) (WIKIPEDIA.CARVONE, 2005). Na L. alba o quimiotipos carvona, em concentrações mínimas inibitórias , entre 0,31 e 0,63 mg.ml-1, apresenta atividade antibacteriana com ação para grampositivos, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Bacillus subtilis e Streptococcus faecalis (ALEA et al., 1996).. 3.5.3.4 - Citral (Geranial e Neral) Em CAS nº 5392-40-5. Nome químico: 3,7-dimethyl-2,6-octadienal. Monoterpeno alifático, fórmula estrutural C10H16O, utilizado como fragrância, líquido e incolor. Insolúvel em água, miscível em álcool e éter e com densidade (20ºC) = 0,8622. O citral não encontrado na natureza é formado pela mistura de dois isômeros: o trans conhecido como geranial ou citral “a” e o cis denominado neral ou citral “b” (CHEMICLALLAND.CITRAL; MERCK,1989). O geranial é um álcool, com designação química 3,7-dimethyl-2,6-octadien-1-ol, fórmula estrutural, C10H18O, também denominado “rhodinol”, peso molecular de 154,25 g.mol-1, ponto de ebulição de 229 ºC. Cor amarela clara e aroma forte de limão. Utilizado como aromatizante na fabricação de perfumes e como método alternativo de repelente a insetos, piolhos, baratas, formigas e carrapatos. Também é encontrado na glândula de mel, nas abelhas, para ajudar na marcação das flores e identificar a localização da entrada da colméia (WIKIPEDIA.CITRAL, 2005; MERCK, 1989). As abelhas operárias possuem a Glândula Nasanov ou “Glândula do cheiro”, que tem a função principal de orientação. Essa glândula produz um feromônio cujo principal componente é o geraniol (CARVALHO et al., 2001). 15.

(31) O neral é um monoterpeno, CAS nº 106-25-2. Nome químico: (z)-3,7-dimethyl-2,6octadien-1-ol, fórmula estrutural C10H18O, peso molecular 154,25 g.mol-1. Aroma fraco de limão e utilizado em perfumaria (MERCK, 1989). 3.5.3.5 - Mirceno O mirceno com denominação beta (ß) com o CAS nº 123-35-3. Nome químico: 7 – methyl-emethylene-1,6-octadiene;. beta-myrcene;. 2-mythyl-6-methylene-2,7-octadiene.. Fórmula. estrutural C10H16, peso molecular 136,23, aroma agradável, insolúvel em água e solúvel em álcool, éter acido acético, utilizado como intermediário na fabricação de perfumes, o tipo α – mirceno não é encontrado na natureza. (CHEMICALLAND.MYRCENE, 2005; MERCK, 1989) O mirceno é utilizado na perfumaria como aromatizante e também como intermediário na preparação de compostos como citral, geranial, neral e linalol, que são utilizados em fragrâncias. Destaca-se na indústria de perfumes pela ação intermediária na preparação de produtos (CHEMICALLAND.MYRCENE, 2005). Plantas de L. alba do quimiotipo mirceno citral, são utilizados como chás, apresentando propriedades calmante e espasmolítica suaves, em função da ação do citral; e analgésica devido a ação do mirceno (LORENZI & MATOS, 2002).. 16.

(32) O. H. L im o n en o. CHO. G e ra n ial (c itra l a ). C a rv o n a (-). OHC. N e ra l (citra l b ). OH. M irc e n o. L in alo l. Figura 2 – Estruturas químicas dos principais constituintes do óleo essencial de L. alba.. 17.

(33) 4 - MATERIAL E MÉTODOS 4.1 - Seleção dos acessos A coleção de germoplasma de L. alba da Universidade de Brasília, na época do desenvolvimento deste trabalho possuía 48 unidades provenientes de diversas regiões do Brasil. Foram selecionados 16 acessos, a seguir relacionados, com a numeração da coleção onde “L” representa “Lippia” com a indicação da origem da planta e a sigla do estado. Tabela 2 - Relação dos acessos da coleção de L. alba da UnB, selecionados para estudo de caracterização no Distrito Federal. UnB/ FAV – Brasília/DF 2006. Sigla. Localidade. Estado. L.01. Loteamento rural “ABC”. DF. L.02. Cidade de Araguaina. TO. L.04. Cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo. MG. L.05. Cidade de Botucatu. SP. L.16. Invasão urbana da Estrutural. DF. L.17. Cidade de Florianópolis. SC. L.20. Cidade de Goiânia. GO. L.22. Cidade de Ilhéus. BA. L.24. Cidade de Lavras. MG. L.25. Cidade de Luminárias. MG. L.27. Cidade de Manaus. AM. L.28. Cidade de Muzambinho. MG. L.29. Cidade de Piracicaba. SP. L.31. Cidade de Planaltina de Goiás. GO. L.37. Cidade de São Paulo. SP. L.38. Super Quadra Norte (SQN) 205. DF. As exsicatas dos acessos foram devidamente registradas no Herbário da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. 18.

(34) O experimento foi conduzido em Brasília, Distrito Federal, no período de 9 de Janeiro de 2005 a 18 de março de 2006. 4.2 - Descrição dos local do experimento O clima do Distrito Federal pela Classificação Koppen é Tropical: Aw; Cwa e Cwb, com clima quente e semi-úmido, chuvas no verão e seca no inverno (GDF, 2001). As Figuras 3, 4 e 5 apresentam os parâmetros climáticos registrados na Estação Meteorológica de Brasília, do Instituto Nacional de Meteorologia - Inmet, distante 35 km da área onde foi conduzido o experimento.. 80. Temperatura (Cº). 25,0 70 60. 20,0. 50 15,0 40 30. 10,0. 20. 5,0. Umidade Relativa (%). 90. 30,0. 10. ju. l/0 5 ag o/ 05 se t/0 5 ou t/0 5 no v/ 05 de z/ 05 ja n/ 06 fe v/ 06 m ar /0 6. 0. ja n/ 05 fe v/ 05 m ar /0 5 ab r/0 5 m ai /0 5 ju n/ 05. 0,0. Temperatura (Cº). Umidade Relativa (%). Figura 3 - Média mensal da temperatura (ºC) e umidade relativa (%) registrada no Distrito Federal no período do experimento. Inmet/Brasília/DF, 2005-2006.. 19.

(35) 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00. Velocidade do vento (m/s). 3,50. ja n/ 05 fe v/ 05 m ar /0 5 ab r/0 5 m ai /0 5 ju n/ 05 ju l/0 5 ag o/ 05 se t/0 5 ou t/0 5 no v/ 05 de z/ 05 ja n/ 06 fe v/ 0 m 6 ar /0 6. Pressão Barométrica (mb). 4,00. 892 891 890 889 888 887 886 885 884 883 882 881. Pressão Barométrica (mb). Velocidade do vento (m/s). Figura 4 – Média mensal da pressão barométrica (mb) e velocidade do vento (m.s-1) registrado no Distrito Federal no período do experimento. Inmet/Brasília/DF, 2005-2006.. 250,0. 300,0 250,0. 200,0. 200,0. 150,0. 150,0. 100,0. 100,0 50,0. 50,0 0,0. Insolação - hora.mês. 300,0. 350,0. 0,0. ja n/ 05 fe v/ 0 m 5 ar /0 ab 5 r/0 m 5 ai /0 5 ju n/ 05 ju l/0 ag 5 o/ 05 se t/0 ou 5 t/0 no 5 v/ 0 de 5 z/ 05 ja n/ 06 fe v/ 0 m 6 ar /0 6. Precipitação pluviométrica, evaporação - mm. 400,0. -1. 350,0. 450,0. pluviométrica (mm). Evaporação (mm). Insolaçao (hora/mês). Figura 5 – Soma mensal da precipitação pluviométrica (mm), evaporação (mm) e insolação (hora.mês-1) no Distrito Federal no período do experimento. Inmet/Brasília/DF, 2005-2006.. 20.

(36) O experimento foi implantado em 19 de fevereiro de 2005, na chácara “Chão do Cafuringa”, localizada na Colônia Agrícola do Cafuringa, parcela I, chácara 02, Área Rural da Região Administrativa de Brazlândia, Distrito Federal, coordenadas geográficas S15º37’05.4” e W48º03’45.7” e altitude 1.283 metros. A propriedade encontra-se em processo de certificação orgânica e, portanto, não foram utilizados, em nenhuma etapa do cultivo e dos tratos culturais, adubação química, agrotóxicos ou outra substância que pudesse divergir dos princípios e normas referentes à cultura orgânica. O solo predominante é o latossolo vermelho em toda a extensão da área do experimento. A análise de solo na camada de 0 a 20 cm indicou: pH 5,9; Calcio 3,4 meq.100ml-1; Magnésio 0,7 meq.100ml-1; Potássio 0,04 meq.100ml-1; Sódio 0,01 meq.100ml1. , Fósforo, 1 ppm; Alumínio 0,1 meq.100ml-1; CTC a pH 7= 8,8 meq.100ml-1; Saturação por. base 47 %; e matéria orgânica 12,0 g.kg-1. Micronutrientes: Boro 0,04 mg.dm-3; Cobre 0,45 mg.dm-3; Ferro 81,9 mg.dm-3; Manganês 13,0 mg.dm-3; Zinco 6,38 mg.dm-3 e Enxofre 5,7 mg.dm-3. Na análise física, observou-se granulometria 375 g.kg-1, silte 275 g.kg-1 e argila 350 g.kg-1. 4.3 – Delineamento experimental O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com três repetições, contendo três plantas por parcela, com arranjo simples. 4.4 - Parâmetros avaliados Foram avaliados os seguintes parâmetros: época de florescimento, hábito de crescimento, área foliar, comprimento da haste, massa fresca na colheita (folhas e hastes), massa seca de folhas em estufa 38 ºC.48h-1, teor de óleo e perfil aromático do óleo. 4.4.1 - Época de florescimento Considerou-se como época de florescimento quando 50 % das plantas apresentavam flores.. 21.

(37) 4.4.2 - Hábito de crescimento O hábito de crescimento das plantas foi caracterizado em três categorias: 1. Decumbente: planta com ramos rastejantes ao solo (Figuras 18 e 19); 2. Prostrado: planta com crescimento inicial ereto e posteriormente curvado podendo ou não tocar o solo (Figuras 20 e 21); e 3. Ereto: planta com crescimento ereto ou vertical (Figuras 22 e 23). 4.4.3 - Área foliar Para medição da área foliar, foram coletadas as folhas do quinto vértice dos dois maiores ramos de duas plantas de cada bloco. As folhas foram coladas em papel A4, escaneadas, para a determinação da área foliar na unidade centímetro quadrado (cm-2), pelo software Image Pro Plus. 4.4.4 - Comprimento de haste O comprimento das hastes na unidade metro (m) foi determinado medindo-se as duas maiores hastes de três plantas, em cada parcela. 4.4.5 - Extração do óleo essencial O óleo essencial de cada acesso foi extraído pelo método de hidrodestilação em aparelhos tipo Clevenger modificado (Matos 1996a). No balão, com capacidade de 2,0 L foram colocados de 100 g de folhas seca em estufa e completado com 1,5 L de água destilada, aquecida po 90 minutos, após o início da destilação (CASTRO, D.M., 2001; STASHENKO et al., 2003).. Após desligado o equipamento e esfriado, o óleo foi extraído com micropipeta, colocado em vidro de cor âmbar, pesado e calculado o volume do óleo extraído na unidade grama, com duas casas decimais. O rendimento do óleo foi calculado utilizando a seguinte formula:. Rendimento (%) =. Massa do óleo extraído (g) Massa de folhas secas do balão (g). x 100. 22.

(38) Os óleos foram acondicionados em recipientes de vidros de 5 ml e conservados na geladeira a -5 ºC. 4.4.6 - Perfil aromático Para avaliação quantitativa das amostras de L. alba, foi utilizado o cromatógrafo Shimadzu GC 17A com auto-injetor AOC-20i, em coluna capilar HP-5 (25m x 0,32mm x 0,25 µm) à temperatura do forno de 60ºC a 240 ºC a 3 ºC/min, e o hidrogênio o gás carreador (1,4 ml.min.). Foi injetado 0,05 ml de óleo da diluição (1,5 ml de diclorometano e 0,05 de óleo essencial) no modo split (1:100; injetor a 250 ºC). A identificação do perfil aromático foi baseada no índice de retenção (IR), índice de Kovats (IK) obtido a partir da cromatografia gasosa pela interpolação logarítmica das séries homóloga de n-alcanos como padrões, fórmula abaixo e comparação com os dados da biblioteca Wiley 6th.. Log IK =. TR subs TR Cn. TR Cn +1 Log TR Cn. + Cn x 100. Onde: TR subs... ... = O tempo de retenção das substâncias; TR Cn... .....= O tempo de retenção do hidrocarboneto correspondente na serie; TR Cn + 1..= O tempo de retenção do hidrocarboneto seguinte ao hidrocarboneto correspondente; Cn................= Número de carbono do hidrocarboneto correspondente. 4.5 - Produção de mudas para o experimento No dia 09 de janeiro de 2005, foram selecionadas 15 estacas, de 20 cm de comprimento, de cada acesso e plantadas em vasos de 2 L, com substrato de solo padronizado para uso na Estação Experimental de Biologia da UnB, que possui a seguinte formulação: latossolo cultivado no cerrado, areia, esterco bovino curtido e vermiculita. Para cada 40 L da mistura, foram adicionados 100 g de NPK 4:14:8. Após 30 dias na casa de vegetação, as mudas envasadas foram transportadas para a área do experimento, onde permaneceram por 10 dias em aclimatação. 23.

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Figura 1 – Detalhe da L. alba, demonstrando a inserção de folhas opostas e flores rosáceas
Figura 2 – Estruturas químicas dos principais constituintes do óleo essencial de L. alba
Tabela 2 - Relação dos acessos da coleção de L. alba da UnB, selecionados  para estudo de caracterização no Distrito Federal
Figura 3 - Média mensal da temperatura (ºC) e umidade relativa (%) registrada no Distrito  Federal no período do experimento
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