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A educação física na promoção da flexibilidade: estudo com alunos do 11º Ano: relatório de estágio

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Academic year: 2020

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DIREITOS DE AUTOR E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO DO TRABALHO POR TERCEIROS

Este é um trabalho académico que pode ser utilizado por terceiros desde que respeitadas as regras e boas práticas internacionalmente aceites, no que concerne aos direitos de autor e direitos conexos.

Assim, o presente trabalho pode ser utilizado nos termos previstos na licença abaixo indicada. Caso o utilizador necessite de permissão para poder fazer um uso do trabalho em condições não previstas no licenciamento indicado, deverá contactar o autor, através do Repositório UM da Universidade do Minho.

Licença concedida aos utilizadores deste trabalho

Atribuição CC BY

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Agradecimentos

Agradeço à Professora Catedrática Beatriz Pereira, orientadora deste trabalho pela inteira disponibilidade e permanente incentivo e apoio.

À minha Professora Cooperante, Mestre Isabel Machado, pela sua disponibilidade e interajuda na partilha de conhecimento orientação e partilha, apoio e transferência de saberes da prática pedagógica.

Aos amigos, familiares e colegas de estágio que, com as suas palavras amigas e encorajadoras, com os seus conselhos judiciosos ou de qualquer outra forma, me apoiaram ao longo desta caminhada.

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DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE

Declaro ter atuado com integridade na elaboração do presente trabalho académico e confirmo que não recorri à prática de plágio nem a qualquer forma de utilização indevida ou falsificação de informações ou resultados em nenhuma das etapas conducente à sua elaboração.

Mais declaro que conheço e que respeitei o Código de Conduta Ética da Universidade do Minho.

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A Educação Física na Promoção da Flexibilidade. Estudo com alunos do 11º

Ano

Resumo:

Como aluno do Mestrado em Ensino de Educação física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade do Minho, realizei o estágio curricular integrado na unidade curricular de Prática de Ensino Supervisionada com o objetivo de pormos em prática os conhecimentos adquiridos e termos uma ideia daquilo que nos espera o futuro: ser professor de Educação Física. Trata-se de um resumo da minha experiência e que, de uma forma singela, procurei esquematizar mostrando primeiramente a minha parte pessoal e apenas numa segunda fase passei para a parte prática propriamente dita, onde me debrucei sobre 3 diferentes áreas: na área 1, foquei-me na organização e gestão do ensino-aprendizagem com a parte da conceção, planificação, realização e avaliação; na área 2 falei sobre a comunidade escolar e como participamos nela; finalmente na área 3 apresento o meu trabalho de investigação.

O objetivo do nosso projeto passou por avaliar o nível de flexibilidade em alunos do 11º ano e se a prática sistémica do programa FITescola nas aulas de educação física, no período compreendido entre setembro de 2017 e abril de 2018 (correspondentes à primeira e segunda avaliação) contribui ou não para a promoção da flexibilidade dos alunos. Foram avaliados 85 alunos do 11ºano, sendo que apenas 17 eram da turma de controlo, enquanto 68 alunos foram sujeitos à intervenção. Os dados foram analisados no programa IBM Statistical Package for the Social Science (SPSS).

Quanto aos resultados verificou-se que existem sempre mais alunos dentro da área saudável do que da área não saudável, o que é indicativo de uma boa saúde geral destes alunos. Verificou-se ainda um aumento da flexibilidade pós-intervenção quando avaliada a variável senta e alcança, mas no caso da flexibilidade dos ombros, não houve alterações o que nos leva a crer que são necessários mais exercícios e um maior período de tempo para conseguirmos melhores resultados.

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Physical Education in the Promotion of Flexibility. Study with in 11th

grade students

Abstract:

As a student of the Master's Degree in Physical Education Teaching in Basic and Secondary Education at the University of Minho, I completed the integrated curricular internship in the Supervised Teaching Practice course with the objective of putting into practice the knowledge acquired and having an idea of what awaits us the future: to be a teacher of Physical Education. This is a summary of my experience and that, in a simple way, I tried to outline my first personal part and only in a second phase I went to the practical part itself, where I covered three different areas: in area 1, I focused on the organization and management of teaching-learning with the design, planning, realization and evaluation part; in area 2 I talked about the school community and how we participated in it; finally, in area 3 I present my research work.

The objective of our project was to evaluate the level of flexibility in 11th grade students and if the systemic practice of the FITschool program in physical education classes, from September 2017 to April 2018 (corresponding to the first and second evaluation) whether or not it contributes to the promotion of student flexibility. We evaluated 85 students from the 11th grade, with only 17 being in the control group, while 68 students were subject to the intervention. The data were analyzed in the Statistical Package for Social Science (SPSS).

As for the results it was verified that there are always more students in the healthy area than in the unhealthy area, which is indicative of good general health of these students. There was also an increase in flexibility post-intervention when evaluated the variable sits and reaches but in the case of shoulder flexibility, there were no changes which leads us to believe that flexibility has to be more worked, with a longer duration of time.

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Índice Geral

Licença concedida aos utilizadores deste trabalho ... .ii

Agradecimentos ... iii

Declaração de integridade ……….… iv

Resumo ………. v

Abstract ……….. vi

1. Introdução ...1

2. Intervenção Pedagógica no Processo Ensino Aprendizagem ...2

2.1. Enquadramento Pessoal ...2

2.2. Enquadramento Institucional ...3

2.2.3.CaraterizaçãodaTurma ………. 5

2.2.4.GrupodisciplinardeEducaçãoFísica ……….……… 6

2.2.5.Supervisão ……… 7

3. Área 1: Organização e gestão do ensino e da aprendizagem ...8

3.1. Conceção ...8

3.2. Planeamento ... 10

3.3. Realização ... 12

3.4. Avaliação... 14

4. Área 2 - Participação na escola e relação com a comunidade... 16

5. Área 3 - Trabalho de investigação ... 18

5.1. Introdução ... 18 5.2. Revisão de literatura ... 19 5.3. Objetivo do estudo ... 21 5.4. Metodologia ... 22 5.4.1. Tipo de estudo…… ………. 22 5.4.2.Amostra ……….. 22 5.4.3.Instrumentos …… ………. 23

5.4.4. Procedimento e instrumentos de recolha de dados ………..…. 23

5.4.5.Variáveis ………...………. 24

5.4.6. Tratamento de dados ………... 24

6. Resultados ... 25

7. Discussão de Resultados ... 28

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9. Bibliografia ... 30 ANEXOS ... 34

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Índice de quadros

Quadro nº 1 – Descrição da amostra quanto ao sexo ………... 22

Quadro nº 2 – Distribuição da amostra por grupos de Intervenção e Controlo, relativamente à Idade ……….. 23

Quadro Nº 3 - Níveis de “senta e alcança” antes e pós flexibilidade na amostra de controlo e intervenção ……… 26

Quadro nº 4 - Níveis de “flexibilidade do ombro direito” no grupo de controlo e intervenção ………... 27

Quadro nº 5 - Níveis de “flexibilidade do ombro esquerdo” no grupo de controlo e intervenção ………...…. 27

Índice de Ilustrações

Ilustração 1 – Pavilhão ………..,……… 35 Ilustração 2 – Auditório ………..………... 35 Ilustração 3 e 4 – Exterior ……….……… 35 Ilustração 5 - Rollement ……….………... 36

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1. Introdução

Como aluno do curso de Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade do Minho, e como conclusão do estágio curricular realizado durante o ano transato procedi à execução do presente relatório.

Sabemos que o Mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário é uma etapa fundamental para a aquisição e consolidação dos conhecimentos adquiridos durante a licenciatura e vai-nos dotar de novas ferramentas para podermos ser profissionais de sucesso. Assim, no ano letivo de 2017/2018 pude vivenciar um pouco do que será o meu futuro e estive numa escola secundária na cidade de Guimarães, onde desempenhei o papel de professor estagiário.

Sabemos que o professor tem um papel preponderante na transmissão tanto de conhecimentos técnicos como de uma total aprendizagem de valores e normas com que se rege uma sociedade. E, neste sentido, foi nessa direção e com essa orientação que trabalhei durante todo o ano, focando-nos na relação e interação professor-aluno (Cunha, 1996). Assim, durante este ano o nosso objetivo passou por aprender o mais possível, por reter e absorver todos os ensinamentos que nos foram dados, todas as experiências de forma a enriquecer-nos mais e poder desempenhar o melhor papel profissional no futuro. Este relatório é uma forma de reflexão do vivenciado como professor estagiário, mas também uma forma de contar todo o trabalho realizado. De uma forma esquemática, foi divido em:

- Área I - Organização e Gestão do Ensino Aprendizagem, que está subdivida em 4 partes (Conceção, o Planeamento, Realização e a Avaliação).

- Área II - Participação na escola e Relação com a Comunidade, onde descrevo as atividades realizadas na escola refletindo nossa participação ativa na mesma.

- Área III – Corresponde ao estudo efetuado por mim numa turma onde incido sobre a flexibilidade em alunos do 11º ano de escolaridade antes e após intervenção e comparando sempre com uma turma modelo da escola (esta sem qualquer treino específico).

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2. Intervenção Pedagógica no Processo Ensino Aprendizagem

Com o início do estágio propriamente dito surgiu uma nova realidade, trazendo consigo uma imensidão de novos sentimentos: ansiedade, dúvida, curiosidade, energia, motivação, esperança e um certo receio, mas, ao mesmo tempo, uma grande vontade de partir para esta nova experiência, o estágio profissional, nitidamente um momento essencial para o nosso percurso académico.

2.1. Enquadramento Pessoal

Sou natural da cidade de Guimarães, frequentei o 1º ciclo na escola EB1 de Santa Luzia, o 2º e 3º ciclos na escola EB 2,3 João de Meira e o secundário na escola secundária Francisco de Holanda no curso, Línguas e Humanidades. Terminei a Licenciatura em Educação Física e Desporto, numa instituição do ensino superior, particular de Fafe. Além da atividade académica, sou também jogador semiprofissional de andebol assim como praticante assíduo de desportos recreativos de exterior, nomeadamente corrida, bicicleta. Também foi praticante de capoeira, vale tudo e futebol.

Apesar de já ter a formação inicial obtida no decorrer da licenciatura, sempre foi objetivo aprofundar conhecimentos adquiridos com a aquisição do título de mestre e daí que a entrada no Mestrado de Ensino em Educação Física nos ensinos básico e secundário da Universidade do Minho foi como que a concretização de um sonho antigo.

Tendo tido uma infância rodeada por muitas pessoas ligadas ao desporto, desde cedo que a minha vocação estava totalmente definida. Sendo jogador de andebol, reforçou ainda mais as certezas quanto à direção que queria para o rumo da minha vida.

Paralelamente à paixão pelo desporto, existe ainda a vontade de comunicar, a vontade de conviver com crianças e ainda de transmitir a minha vocação paixão: ser professor. Sendo um jovem com facilidade em estabelecer relações sociais, penso conseguir comunicar eficazmente com os diferentes intervenientes no processo ensino aprendizagem.

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Desempenhei também papel de voluntário na Casa da Juventude de Guimarães, promovi a prática de desporto em populações desfavorecidas residentes em bairros sociais e colaborei com uma escola de Guimarães, no combate ao abandono escolar através da prática desportiva.

2.2. Enquadramento Institucional

2.2.1. Caraterização do meio

Sita no Norte de Portugal, a escola situa-se no concelho de Guimarães, no distrito de Braga. O distrito de Braga tem uma população residente de aproximadamente 848185 habitantes (INE Censos 2011). Guimarães tem 158124 habitantes (Censos 2011) e é uma cidade histórica com 20 freguesias sendo limitada a Norte pela Póvoa de Lanhoso, a leste por Fafe, a sul fica Felgueiras, que tem a oeste Famalicão e a noroeste de Braga. É considerada Cidade Berço da Nação, onde nasceu o primeiro Rei de Portugal D. Afonso Henriques. Guimarães é Património Cultural da Humanidade, atributo dado pela UNESCO em 2001 e em 2012 foi Capital Europeia da Cultura e considerado pela revista New York Times como um dos melhores destinos a visitar.

Sendo uma cidade “verde” e totalmente virada para o desporto, tendo sido considerada Cidade Europeia do Desporto em 2013, podemos dizer que a cidade de Guimarães tem sofrido uma grande evolução com a construção de novos pavilhões, piscinas e melhoramento de muitas outras infraestruturas. Tem como seu representante máximo o Vitória Sport Clube, onde além do futebol, que está na 1ª liga, tem várias modalidades onde destacamos o atletismo, voleibol, basquetebol, ténis de mesa, polo aquático, natação, boxe/kickboxing, jiu-jitsu e taekwondo. Neste concelho existem muitos outros clubes de algum relevo, sendo que, aqueles que destaco por maior proximidade são o Clube Desportivo Xico Andebol e o Centro Cultural e Recreativo de Fermentões.

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2.2.2.

Caraterização da Escola

A Escola Secundária onde realizei o meu estágio situa-se no centro da cidade e foi fundada em 1864 com o nome de Escola Industrial. Era uma escola de destaque no desenho industrial a nível nacional.

Atualmente é uma das 3 escolas secundárias públicas do concelho de Guimarães e faz parte do agrupamento com o mesmo nome, sendo sede de agrupamento, juntamente com mais outras 4 escolas. Com o Programa de Modernização do Parque Escolar, aprovado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 1/2007, a Escola Secundária sofreu obras de requalificação em 2009.

O Agrupamento, no ano letivo (quatro escolas) 2017/18 tinha 202 Professores, 12 Assistentes Técnicos e 62 Assistentes Operacionais, com um total de 2508 alunos. A escola secundária, no presente é uma escola de ensino oficial pública do concelho de Guimarães e tem um total de 1541 alunos.

No que diz respeito às instalações físicas temos disponível o pavilhão, o auditório e o espaço exterior. O pavilhão é o espaço de maiores dimensões que se pode subdividir em 3 espaços com tabelas de basquetebol, baliza de futsal/andebol e espaldares nas laterais. Já o auditório é o espaço mais pequeno e é utilizado para as unidades de treino funcional e dança. Por fim, a parte exterior tem 2 tabelas de basquetebol, uma pista de atletismo com 20 metros e uma caixa de saltos no fim da pista.

Quanto aos recursos físicos a nível de material, está também muito bem equipada com muito material para todas as unidades didáticas, coletes, equipamento diverso do qual saliento: redes e suportes para as redes de Voleibol, mini balizas para Futebol, raquetas de Badmínton e respetivos volantes, bem como, material avançado para a prática de Treino Funcional, unidade didática inovadora no seio escolar, como por exemplo, Fitball, Bosu, Cordas Naval, Halteres, Kettlebells, entre outros.

Perante o exposto, facilmente se pode depreender que é uma escola muito bem equipada e apetrechada o que facilita em muito o trabalho de qualquer docente, particularmente do grupo de estagiários uma vez que nos dá todas as ferramentas para explorar todas as unidades didáticas e ainda motivar mais os alunos uma vez ao ter tantas condições, faz com que o potencial seja muito maior.

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2.2.3. Caraterização da Turma

Submetemos estes alunos a um inquérito individual de modo a poder traçar um perfil de cada aluno, ao nível social, biográfico e desportivo o que nos permite reunir uma série de informações, acerca dos alunos, que certamente foram de uma grande ajuda na minha atuação enquanto professor estagiário e facilitou a compreensão das atitudes, comportamentos, receios, motivações, preocupações e interesses dos alunos.

Os alunos frequentam o 11º ano de escolaridade sendo a turma constituída por 26 alunos, sendo que seis alunos não estão inscritos na disciplina de Educação Física (EF), como tal, o número efetivo de alunos na disciplina de EF é de 20 alunos. Quanto ao género, a turma é constituída por 15 alunos (70%) do sexo feminino e 5 (30%) do sexo masculino. Os alunos têm idades compreendidas entre os 16 e os 17 anos, sendo que 12 (22%) alunos têm 16 anos e 8 (78%) têm 17 anos. A média de idades é 16,8.

Em relação ao concelho de naturalidade dos alunos; 18 pertencem ao concelho de Guimarães, uma aluna natural de Fafe e outra aluna natural de Celorico de Basto.

A residência atual é maioritariamente no concelho de Guimarães, sendo que apenas duas alunas residem fora do concelho. A maioria dos alunos tem uma distância igual ou superior a 5 quilómetros entre a sua casa e a escola. Estes valores podem ser relacionados com o tipo de transporte utilizado pela maioria da turma em que cerca de 52% dos alunos utilizam o automóvel como meio de transporte para se deslocarem para a escola, enquanto 39% utiliza o autocarro. Existem dois alunos que têm um tipo de transporte ativo, deslocando-se a pé para a escola.

Relativamente às dificuldades sentidas pelos alunos da turma, no que diz respeito a questões de saúde, há a registar 6 alunos com doenças e 14 alunos não apresentam problemas de saúde. Quando analisados os hábitos de vida, todos os alunos apresentam hábitos de vida saudáveis, o que se denota também pela boa disposição constante durante a aula.

Questionamos também em relação ao agregado e vida familiar. Uma grande percentagem, 48% da turma, ou seja, onze alunos têm um agregado composto por 4 elementos, enquanto 9 têm um agregado de 3 elementos e um aluno de 5 elementos. A

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grande maioria (91%) vive com os 2 progenitores enquanto que apenas 9% vive só com a mãe.

Relativamente à idade dos pais verificamos que a maioria dos pais tem idade compreendida entre os 40 e os 45 anos, com habilitações literárias diversificadas desde o 1º ciclo até ao doutoramento. A maioria dos pais encontram-se numa situação profissional de trabalho por conta de outrem, nesta categoria é também considerado trabalho efetivo. Destaca-se de igual forma 3 pais que se encontram sem ocupação profissional neste momento.

Na disciplina de Educação Física apenas uma aluna é repetente, os restantes 19 alunos não têm nenhuma retenção.

Verifica-se que as disciplinas favoritas dos alunos são a Educação Física e História, no entanto existe um número elevado de alunos que apontam o Português como a disciplina em que sentem maior dificuldade.

Quanto à prática desportiva, apenas sete alunos praticam ou praticaram desporto federado, sendo as modalidades o futebol e o voleibol.

Perante estes resultados podemos inferir que os alunos são entusiastas da prática de atividade física e como tal, as aulas tiveram bastante êxito uma vez que são atividades que vão de encontro aos gostos deles e como tal, torna-se mais fácil o papel do professor.

2.2.4. Grupo disciplinar de Educação Física

O grupo de Educação Física é constituído por 10 professores. Fomos muito bem-recebidos, tendo mostrado sempre disponibilidade para nos apoiar, ajudar e para nos orientar nas nossas necessidades. No entanto, penso que houve um crescimento e maturação conjunta uma vez que como professor estagiário, e juntamente com o restante grupo, podemos trazer novas ideias, nova dinâmica e novas oportunidades para o desenvolvimento da disciplina.

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2.2.5. Supervisão

A supervisão foi efetuada por um professor cooperante (PC) e pela Professora Supervisora da Universidade do Minho.

Com o PC aprendi a ter a minha própria independência e a autovalorizar-me e a ter maior confiança nas minhas capacidades. Procurei absorver todos os ensinamentos que me foram dados, embeber-me da riqueza de conhecimentos que a sua vasta experiência transmite. Aprendi a conduzir o processo pedagógico, nomeadamente o planeamento de todas as aulas e consequentes atitudes pedagógicas. Aprendi ainda a ter um maior sentido autocrítico e a ter uma maior facilidade na resolução de conflitos.

Já no que diz respeito à Professora Supervisora da Universidade do Minho, foi uma verdadeira mestre para a nossa aprendizagem, mantendo sempre a sua total disponibilidade dando sempre feedbacks das nossas atitudes, das nossas condutas e das nossas experiências. Foi uma preciosa ajuda para podermos evoluir de uma forma tão rápida e tão segura, certos que os ensinamentos que nos foi transmitindo serão fulcrais no nosso futuro.

Quanto aos meus colegas de estágio, o ambiente vivido foi de entreajuda, total solidariedade, sempre reinando a boa disposição. Auxiliamo-nos mutuamente de forma a poder atingir todos os nossos objetivos.

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3. Área 1: Organização e gestão do ensino e da aprendizagem

Em qualquer área, uma boa estruturação é sempre primordial para o sucesso de qualquer atividade e a educação, mais concretamente a prática pedagógica não podia ser exceção. Assim a conceção, a planificação, a realização, a análise e avaliação são tarefas principais e interligadas para a realização da prática pedagógica, uma vez que é essa estruturação e organização que nos vai permitir ter mais sucesso no nosso trabalho.

3.1. Conceção

«A escola pode compreender-se como uma organização educativa plural, complexa e multifacetada».

(Canário, 2005)

O processo ensino-aprendizagem compreende ações conjuntas do professor e do aluno, onde estarão estimulados a assimilar, consciente e ativamente os conteúdos/métodos e aplicá-los de forma independente e criativa nas várias situações escolares e na vida prática. O ato de ensinar e aprender não se pauta em somente o professor passar a matéria e o aluno automaticamente reproduzir mecanicamente o que “absorveu” (Barbosa, 2011).

Para Lima (2001) compreender a escola como organização educativa exige a consideração da sua historicidade enquanto unidade social artificialmente construída, das suas especificidades, bem como do seu processo de institucionalização ao longo do tempo. Seguindo essa linha de pensamento, Alarcão (2001:54) aponta uma mudança paradigmática, uma visão e pensamento diferente da escola, saindo de uma conceção tradicional para uma conceção reflexiva, onde será capaz de gerar conhecimento sobre si próprio, fazendo significado a sua própria existência.

Portanto, o processo educativo tem que ocorrer como um fenómeno social e cultural, onde a reflexão sobre o saber e suas relações é continuamente redimensionada em uma “negociação” e “recriação” dos significados. Tendo o diálogo entre professor e aluno como

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elemento norteador para a construção do conhecimento em uma dimensão reflexiva (Barbosa, 2011).

A nossa prioridade no princípio do ano letivo foi compreender e estudar os níveis de elaboração e determinação do currículo, estes consistem num documento orientador de referência que auxilia o professor no planeamento e nas fases posteriores, ajustando sempre às condições da escola, da turma e do aluno.

As finalidades para a educação física no secundário estão definidas no Programa Nacional de Educação Física (PNEF) (2001) e constam como as seguintes:

“Consolidar e aprofundar os conhecimentos e competências práticas relativos aos processos de elevação e manutenção das capacidades motoras…” (p.10).

“Favorecer a compreensão e aplicação dos princípios, processos e problemas de organização e participação nos diferentes tipos de atividades físicas…” (p.10). “Reforçar o gosto pela prática regular das atividades físicas e aprofundar a

compreensão da sua importância como fator de saúde ao longo da vida e componente da cultura, quer na dimensão individual, quer social.” (p.10).

No Departamento de Educação Física (DEF) são definidos os princípios, objetivos e metas a atingir, pelos quais devemos considerar as nossas planificações de aula.

Para ensinar é necessário conhecer o público-alvo. Para tal foi necessário fazer a caraterização da turma, concretizada através da aplicação de um inquérito sobre os dados biográficos e sobre o nível de aptidão física.

As matérias a lecionar em cada ano de escolaridade e os objetivos foram definidas em departamento.

Não esquecer que o professor tem um papel fundamental da vida dos alunos, não só pela aquisição de competências físicas, mas também nas componentes sociais, culturais e psicológicas (Machado, 1995).

O processo de construção do conhecimento, que considere tanto as experiências dos alunos como as dos professores inseridos, se faz necessária uma abordagem dos conteúdos, e para Anastasiou (2003) isso se dá através de um método dialético, a partir da reflexão e discussão conjunta, uma nova conceção ou forma de ação. Situações como processos de ensino que constituem mais um desafio para uma ação docente inovadora e comprometida,

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precisam buscar uma prática social complexa, que seja efetivada entre os sujeitos, professores e alunos, buscando o englobamento tanto da ação de ensinar como de aprender.

3.2. Planeamento

“O planeamento assume-se como sendo especialmente importante para a eficácia de todo o processo de ensino aprendizagem a gestão de todos os momentos e atividades” (Padilha, 2005).

Quanto à significação de planeamento, Olímpio Bento (2003) descreve como “uma reflexão pormenorizada acerca da duração e do controlo do processo de ensino numa determinada disciplina.” Tem como objetivo evitar a improvisação por parte dos profissionais, servindo como uma espécie de guia para a execução da ação educativa e que conduz no final à avaliação andando, portanto, planeamento e avaliação sempre sincronizados (Padilha, 2005). Permite a existência de uma linha de rumo, contempla os objetivos e ainda ajuda a colmatar falhas o que potencializa o processo de ensino-aprendizagem com grande eficácia pedagógica (Vasconcellos, 1995).

Seguindo sempre as orientações do PNEF, o contexto sociocultural da escola e dos alunos, demarcar três níveis de planeamento: Anual, Unidade Didática (UD) e Aula. (Anexo 2)

Em relação ao planeamento anual, este tem uma perspetiva global e de uma forma muito geral. Assim, na aula de apresentação ficou definido por preferência dos alunos, que as modalidades a abordar foram o basquetebol, o voleibol e o andebol. Relativamente à Dança, ficou definido em departamento introduzir (Cha-cha-cha / Merengue). As modalidades foram selecionadas tendo sempre por base os Programas Nacionais de Educação Física e as condições físicas da escola.

As aulas foram lecionadas todas as semanas às terças feiras das 11.50 às 13.20 e às quintas feiras das 08.30 às 10 horas.

Durante o primeiro período foram lecionadas 24 aulas de 90 minutos, destas, 12 aulas na unidade didática de Basquetebol, 4 aulas de Treino Funcional, 4 aulas de Atletismo e 4 aulas destinadas a; uma aula para a apresentação; uma para a realização do FITescola; uma

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para autoavaliação e ainda uma para a participação do Torneio de Basquetebol.

Foram lecionadas um total de 20 aulas de 90 minutos, no segundo período. Demos início ao mesmo, com a Dança, com um total de 4 aulas. A Dança, fazia parte da planificação do primeiro período, no entanto e por questões de organização de espaços com todos os professores do departamento de Educação Física entendeu-se abordar a mesma no segundo período. Foram ainda lecionadas 3 aulas de Ginástica Acrobática e 12 aulas de Voleibol. Direcionou-se a última aula à autoavaliação.

Foram lecionados 14 blocos de 90 minutos, no terceiro período, repartidos da seguinte forma: Badminton, 7 aulas; Desportos de Combate, 2 aulas; Ginástica Acrobática, 2 aulas; Bitoque Râguebi/Corfebol 2 aulas e 1 aula dedicada à autoavaliação.

Para delinearmos as Unidades Didáticas, iremos ter em conta os seguintes parâmetros:

Estudo dos contextos de aprendizagem; Meios materiais e recursos humanos; Análise dos alunos.

A preparação das UD compreende os conteúdos a serem abordados, a sequência pela qual deverão ser aplicados, ao longo das aulas e a justificação das seleções metodológicas de ensino da UD. Assim, são elementos essenciais no processo ensino/aprendizagem uma vez que focaliza os objetivos a atingir o que irá conduzir a uma avaliação (seja diagnóstica, formativa ou sumativa).

O plano das aulas, tendo sempre presente as diretrizes do PNEF, tem como função orientar a prática e fazer a ligação entre o planeamento do professor e o processo ensino/aprendizagem

Para estruturar os planos de aula, temos em conta os objetivos gerais e específicos para a aula, dividimos a mesma em três fases primordiais; A inicial, a fundamental e a final e patenteamos toda a organização didático/metodológica, assim como os objetivos, dos exercícios escolhidos. A parte inicial (ou preparatória) consiste no início da aula, com um pequeno diálogo, motivar os alunos e explicar o plano de aula assim como fazer a chamada e dar início ao aquecimento. A parte fundamental (ou principal) consiste na execução da modalidade propriamente dita. Finalmente a parte final corresponde a uma fase de abrandamento onde procuramos diminuir o ritmo cardíaco e fazer um resumo das aprendizagens efetuadas.

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3.3. Realização

“O docente eficaz é aquele que encontra os meios de manter os seus alunos empenhados de maneira apropriada sobre o objetivo, durante uma percentagem de tempo elevada, sem ter de recorrer a técnicas ou intervenções coercitivas, negativas ou punitivas. As quatro dimensões do processo Ensino Aprendizagem estão sempre presentes de uma forma simultânea em qualquer episódio de ensino.” (Siedentop, 1998).

Concordamos com Sá, (2018) quando refere que a realização da aula de EF é uma oportunidade de aprendizagem dos alunos e do professor em processo de formação. Consiste na implementação da estratégia definida inicialmente partindo dos objetivos e estratégias selecionados. É no processo de realização que percecionamos a eficácia das nossas ações e a aptidão dos alunos nos conteúdos abordados.

Esta parte é aquela que mais ansiedade me transmitia no início, pelo medo de não corresponder, de não conseguir controlar a turma, de não conseguir gerir a aula de forma eficaz. No entanto, é não só com a prática que estes receios são sendo ultrapassados, mas também com a observação das aulas do professor cooperante e dos outros estagiários. De facto, torna-se tudo mais fácil com o passar do tempo, a ansiedade diminui e tudo se flui com muito mais serenidade e naturalidade.

Sempre dei primazia a uma relação de confiança e respeito com os alunos, e tentei passar não só as informações técnicas das respetivas modalidades, mas também uma comunicação aberta onde sempre foi possível expor dúvidas, sempre num clima agradável. Baseei, portanto, a minha postura na postura de um professor reflexivo e não autoritário.

As conexões entre professor, aluno e matéria devem ser sempre dinâmicas, pois trata-se da atividade de ensino coordenado de ações docentes e reações dos alunos.

Paulo Freire (1986) no seu livro “Pedagogia da autonomia” deixa-nos entender que a relação professor (opressor) e aluno (oprimido) ou vice-versa têm a finalidade de que a relação professor-aluno nesse processo de ensino-aprendizagem gira em torno da conceção da educação, tendo uma perspetiva de que quando todos se unirem na essência da educação como prática de liberdade, ambos abrirão novos horizontes culturais de acordo com a realidade e imaginação de todos os indivíduos, seguido das diferentes culturas de cada um.

No entanto, consideramos como Barbosa, (2011) que o preconceito pode ser um dos maiores problemas relacionados com o fracasso escolar e esta teoria assenta no facto dos

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professores procurarem como motivo de fracasso razões de ordem orgânicas, psicológicas, culturais em detrimento de um estudo e diagnóstico que pudessem esclarecer a situação. Por outras palavras, o aluno é prontamente rotulado. Parece-nos que a sistematização e automatização das avaliações fazem muitas vezes com que se esqueçam os fatores humanos, as relações pessoais e interpessoais possam comprometer os resultados.

Sabemos que o processo ensino-aprendizagem não se baseia apenas na transmissão de conhecimentos por parte do professor para o aluno, mas sim numa inter-relação professor/aluno, onde estarão estimulados a assimilar, consciente e ativamente os conteúdos e aplicá-los de forma independente e criativa nas várias situações escolares e na vida prática. O ato de ensinar e aprender não se pauta em somente o professor passar a matéria e o aluno automaticamente reproduzir mecanicamente o que “absorveu” (Barbosa, 2011).

A escola não pode ser meramente encarada como um espaço físico, com distanciamento entre professores e alunos e com ausência de sentimentos e opiniões pessoais. Numa altura em que estamos sistematicamente rodeados de informações sobre o que nos rodeia, em que há uma maior liberdade de expressão e ação, cabe ao professor, desenvolver, no aluno, a curiosidade, a iniciativa o espirito crítico, tendo sempre noção dos seus respetivos papéis e posições no organograma social e profissional. A escola pela qual se busca lutar hoje, deve ter como pressuposto principal o desenvolvimento cultural e científico do cidadão, preparando as crianças, adolescentes e jovens para a vida, para o trabalho e para a cidadania, através de uma educação geral, intelectual e profissional (Barbosa, 2011).

Assim, tentei realizar sempre todas as aulas usando um vocabulário acessível e adequado, sempre com recurso às novas terminologias e recursos específicos da educação física. Tentei também promover a responsabilidade e autonomia em cada aluno, elogiando-os e encorajando-elogiando-os a fazer melhor.

Induzi sempre que apesar, da comunicação ser aberta entre professor e aluno, iria haver sempre exigência da minha parte de forma a promover uma evolução tanto a nível individual como a nível coletivo. Para tal, optei por uma progressão pedagógica, isto é, começar sempre por exercícios mais simples e ir aumentando a dificuldade ao longo do ano.

Outro fator a salientar foi que no início do ano letivo, ter feito questão de exemplificar pessoalmente, todos os exercícios propostos. Entretanto, no decorrer do ano letivo, fui começando a escolher alguns alunos para desempenhar esta tarefa o que fez com que ficassem sempre mais atentos e com o sentido de responsabilidade para poder realizar os exercícios corretamente.

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No seguimento desta ideia, devo salientar que dei sempre feedbacks a todos os alunos, fosse a título individual ou a título coletivo, como mais uma forma de incentivo e motivação aos alunos.

Assim, os pontos-chave na condução da aula foram:

 Adaptar as atividades e tarefas ao nível de desempenho dos alunos;  Maximizar o tempo de empenho motor do aluno;

 Efetivar as transições entre atividades o mais depressa possível;  Interagir com os alunos com feedbacks adequados e eficazes;  Evitar tempos mortos durante a aula;

 Fomentar um clima de aula positivo e ativo.

Podemos então depreender que a base de uma correta realização assenta na correta execução das etapas anteriores, uma vez que se trata de uma ligação entre uma boa planificação, boas estratégias, boa motivação e principalmente de um professor ativo e motivador que tem prazer em ensinar e aprender cada vez mais.

3.4. Avaliação

“O sucesso do ensino depende tanto da atividade do docente como das atividades de aprendizagem dos alunos.”

(Bento, 2003)

A avaliação é um processo contínuo que engloba não só o desempenho do aluno em termos físicos, mas também para compreender se os objetivos propostos foram conseguidos de forma sistemática. Observa as diferentes etapas avaliativas a realizar (diagnóstica, formativa e sumativa), nos três domínios fundamentais (cognitivo, psico-motor e socio afetivo)

Concordamos com Bento, “Conjuntamente com a planificação e realização de ensino, a análise e avaliação são apresentadas como tarefas centrais de cada professor”.

As fases de avaliação irão ao encontro das ideias anteriormente expostas, e são, avaliação diagnóstica, a avaliação formativa e a avaliação sumativa.

(25)

Avaliação diagnóstica: é realizada no princípio de cada unidade didática e tem como

objetivo conhecer as aptidões dos alunos, para que assim, sejam elaborados planos de aula adequados a cada turma e a cada aluno.

Avaliação formativa: apura a forma como resulta o processo ensino aprendizagem e

proporciona ao professor acomodar as tarefas às necessidades e dificuldades então verificadas.

Avaliação sumativa: tem como finalidade, avaliar o resultado das aprendizagens

realizadas e o progresso dos alunos; é geralmente quantitativa, ou seja, são atribuídos valores no final de cada período e indica não só as competências e capacidades do aluno, mas também a sua atitude e valores delineados nos objetivos da disciplina.

Quanto à avaliação, o PNEF enuncia três grandes áreas de avaliação: atividades físicas; aptidão física e conhecimentos. Para a concretização das normas de avaliação o PNEF refere “a operacionalização das presentes normas tem como referência a especificação de cada matéria do programa em três níveis – introdutório, elementar e avançado” (p.39 do PNEF).

Constitui um recurso basilar no desenvolvimento curricular e tem como ponto de partida a metodologia adotada pelo professor ao longo do ano letivo. Permitindo ter uma perspetiva da qualidade do seu ensino e, portanto, contribui também para um enriquecimento e melhoria do seu papel de educador.

A avaliação é fundamental para os alunos uma vez que lhes mostra em que ponto estão, serve como mediadora de todo o processo. Deve ser sempre um fator de motivação e empenho, deve contribuir para a autossuperação de cada aluno.

No final de cada período, cada aluno realiza a sua autoavaliação assim como participa na heteroavaliação, que traduz sempre dados importantes, nomeadamente na capacidade do professor perceber se o aluno reconhece ou não o trabalho que realizou ao longo do período/ano.

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4. Área 2 - Participação na escola e relação com a comunidade

O professor deve ter em conta que o seu papel não se baseia nem se centra unicamente na transmissão de conhecimentos; mais do que isso, deve ser dinâmico, interativo, deve trabalhar em cooperação com os alunos e com os restantes professores e toda a comunidade escolar. É fundamental que haja uma boa interação e cooperação entre todos os intervenientes na educação, ou seja, alunos, professores, funcionários, diretores, devem estar em sintonia.

Tendo em conta a importância de uma atitude dinamizadora e pró-ativa em qualquer atividade ou meio em que possa estar envolvido, é importante dotar os alunos de conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao bem-estar físico, social e mental.

Uma das principais estratégias de intervenção passa por promover ações de integração dos jovens na escola, construindo o gosto pelo sentimento de pertença e o prazer da participação na vida escolar. Foram então realizadas, ao longo do ano, as seguintes atividades:

 Batismo de Surf, 11º ano, maio/junho;  Clube “desporto escolar”;

 Torneio Basquetebol 7º e 8º ano e ensino secundário, último dia do 2ºPeríodo;  Torneio desportivo, 2º ciclo, último dia do 2ºPeríodo;

 Torneio de Futsal para alunos abrangidos pelo Dec. Lei nº 3/2008, maio;

 Torneio Voleibol, Ensino secundário e alunos do 9º ano, último dia do 1ºperíodo  Projeto Sky4schools, janeiro, 12ºano;

 XicOlimpíadas (corta mato e disciplinas técnicas do atletismo);  Xico Fun Camp, 10º ano, junho;

 Xico em movimento, ensino secundário, junho;

Estas atividades tiveram como objetivo essencial, promover o espirito colaborativo e interação co os pares e toda a comunidade educativa. Durante todos os momentos de participação nas atividades, pudemos contribuir para o sucesso das mesmas, realizar com

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autonomia, cooperação, respeito, disciplina e dinamismo as mesmas de forma a encarar as experiências vivenciadas em contexto, como momentos de aprendizagem. A participação em atividades extra letivas possibilitou-nos a contribuição da promoção do sucesso escolar fora do contexto de aula.

(28)

5. Área 3 - Trabalho de investigação

Educação Física na Promoção da Flexibilidade. Estudo com Alunos do 11º Ano.

5.1. Introdução

Aptidão física corresponde, no sentido lato da palavra, à capacidade de realizar atividades sendo que pode estar divida em duas variáveis: a aptidão física para a saúde, em que importa averiguar a capacidade física que interfere com a qualidade de vida, nomeadamente a flexibilidade, a força, a composição corporal e resistência aeróbica; e a aptidão física vocacionada para a performance desportiva, onde avaliamos fatores que conduzem à realização de atividades desportistas e, portanto, acresce outras capacidades nomeadamente a agilidade, coordenação motora, velocidade e equilíbrio postural. (Nahas, 2001)

Importa referir que uma boa aptidão física se refere a esforços físicos exigentes e inesperados e não apenas à realização das tarefas do dia-a-dia. Corresponde, portanto, ao nível atual de desempenho do indivíduo e a capacidade de realizar tarefas motoras. Este aspeto é influenciado por vários componentes da aptidão física relacionados com a saúde, como a força e a resistência muscular, resistência aeróbia, flexibilidade e composição corporal e, por componentes relacionados ao desempenho, como a agilidade, a velocidade, o equilíbrio e a coordenação (Gallahue & Ozmun, 2005).

A flexibilidade é um dos componentes da aptidão física, sendo que é uma das componentes que menos consenso consegue reunir. A flexibilidade corresponde à qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesões (Dantas, 2017).

A plataforma FITescola foi o programa escolhido por nós para o nosso estudo e tem como desígnio diagnosticar a flexibilidade de cada aluno e da população escolar e, ainda, incentivar a prática de atividade física adequada a cada jovem. Corresponde a uma plataforma que gera informação dinâmica acerca da aptidão física e correspondente

(29)

flexibilidade dos alunos, permitindo também acompanhar o percurso desportivo dos alunos. De uma forma global, a avaliação das aptidões físicas nos jovens, gera confrontações sociais, a avaliação que recebem dos outros e o desempenho dos colegas, influencia muito o desenvolvimento do juízo de autoeficácia.

Partindo do exposto, pretendemos com este estudo avaliar a flexibilidade destes alunos, enfatizando a sua progressão ao longo do ano.

5.2. Revisão de literatura

O conceito de Aptidão Física (ApF) dispensa apresentações e tem sido largamente monitorizado ao longo do último século (e.g. Reiff et al., 1986; Simon et al., 1990), evidenciando representar o elemento fundamental para o sucesso motor, propiciando êxito na atividade e criando expectativas de manutenção futura de estilos de vida ativos (Andersen, Hasseltrom, Gronfeldt, Hansen, & Karsten, 2004; Janz, Dawson, & Mahoney, 2000; Malina, 2001), sendo influenciado pelo estado nutricional, pela estrutura genética e pela frequente participação em várias atividades físicas, desde as moderadas às intensas (Gallahue & Ozmun, 2001).

A flexibilidade é um dos componentes que compõem o condicionamento físico e consequentemente a aptidão física. Apesar de serem poucos os estudos diretamente relacionados com a flexibilidade o mesmo, têm suscitado um maior interesse, através do reconhecimento que pode ser feito de acordo com a associação que pode ser estabelecida entre os hábitos de atividade física, a flexibilidade, o estado de saúde e bem-estar e a própria aptidão física.

Vários autores preconizam diferentes classificações para o conceito da flexibilidade:  a Flexibilidade estática passiva, não tem em conta a velocidade, dando ênfase à

amplitude em torno de uma articulação (Alter, 1999), ou seja, considera a amplitude máxima de movimento que um aluno consegue atingir com ajuda de forças externas (Araújo, 2005);

 a Flexibilidade dinâmica ativa, também conhecida como movimentação balística ou calisténica, e que está associada à realização de movimentos amplos e rápidos. (Alter, 1999; Dantas, 2017);

(30)

 a flexibilidade dinâmica ou funcional ou integrada, que corresponde à habilidade para usar a amplitude de movimento articular na realização de uma atividade, seja ela rápida, moderada ou lenta, mas de forma voluntária (Clark e Lucetti, 2008; Dantas, 2017);

 a flexibilidade anatómica que como o nome indica, leva em consideração as características morfológicas das superfícies articulares na sua amplitude máxima, sendo testada, apenas, quando não há presença de nenhum tecido entre as articulações (Dantas, 2017).

 a flexibilidade passiva corresponde à habilidade de, com a ajuda de uma força externa, assumir posições e mantê-las, como peso do próprio corpo, a sustentação de seus membros ou alguns instrumentos (Dantas, 2017).

Existem vários fatores que podem ser limitadores no que diz respeito à flexibilidade, sejam eles anatómicos ou externos.

Dantas (2017) refere que o primeiro fator a ter em conta diz respeito às estruturas anatómicas circundantes, nomeadamente os ossos, cápsula articular, ligamentos, tendões, músculos, gordura e pele. Todos eles podem ter um peso positivo ou negativo na flexibilidade.

No entanto, não são só as estruturas anatómicas envolvidas na capacidade de flexibilidade. Parece existir um consenso de que a flexibilidade é maior nas mulheres que os homens em todas as idades, por causa especialmente das diferenças hormonais, mas também na composição corporal (as mulheres têm mais tecido adiposo e menos massa muscular, facilitando o estiramento) (Weineck, 2000). Outro fator importante é a idade, sendo que também existe consenso quando se defende que a capacidade de flexibilidade vai reduzindo com forme aumenta da idade devido à maturação das estruturas articulares e mecanismos musculares.

Um fator externo que também se tem referido diz respeito à hora do dia, sendo que a maior parte dos autores defende que a flexibilidade vai aumentando ao longo do dia (Weineck, 2000).

É também conhecido o efeito que um aumento de temperatura desempenha uma vez que potencializa o metabolismo celular e consequentemente aumenta a flexibilidade (Monteiro, 1998).

(31)

importância de programas de treino da flexibilidade e consequentemente da aptidão física de forma a potencializarmos a amplitude do músculo articular e, naturalmente proporcionar uma manutenção e ampliação da capacidade de sustentar esforços, prevenção de lesões e problemas musculares, facilitação na aprendizagem motora, otimização da recuperação após um esforço, efeito psicorregulativo; manutenção da autonomia nas atividades cotidianas;

Assim, a flexibilidade, apesar de pouco estudada, é um dos fatores primordiais na da atividade física (Bridge et al, 2013). Ainda são poucos os estudos sobre esta qualidade física, tão importante para atletas e não-atletas, bem como para todos os praticantes de atividade física, pois, a flexibilidade deve fazer parte dos programas de treino, sejam quais forem os objetivos a serem alcançados. Sua importância é fundamental para a prática corporal e para a qualidade de vida, tanto para crianças quanto para jovens, adultos e idosos (Dantas 2017).

5.3. Objetivo do estudo

O nosso objetivo neste projeto passava por avaliar se a prática sistémica do programa FITescola nas aulas de educação física, no período compreendido entre setembro de 2017 e abril de 2018 (correspondentes à primeira e segunda avaliação) contribui ou não para a promoção da flexibilidade dos alunos.

5.3.1. Objetivos Específicos

1. Identificar os níveis da flexibilidade, um dos itens da Capacidade Motora Condicional em alunos do 11º ano;

2. Comparar a flexibilidade, um dos itens da Capacidade Motora Condicional através dos testes FitEscola no momento pré e pós intervenção;

3. Comparar flexibilidade, um dos itens da Capacidade Motora Condicional da amostra

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5.4. Metodologia

5.4.1. Tipo de estudo

Trata-se de um estudo do tipo quase-experimental e naturalmente com essência investigativa, onde se pretende avaliar a flexibilidade em 3 turmas do 11º ano de escolaridade.

5.4.2. Amostra

A amostra deste estudo foi formada por 85 alunos do 11º ano de escolaridade, a frequentar uma escola da cidade de Guimarães. Destes, 29 são rapazes (34,1%) e 56 são raparigas (65,9%), dos 85 alunos, 17 pertencem à turma de controlo, 11 raparigas e 6 rapazes. No que respeita à idade, 56 tinham 16 anos (60%) e 34 tinham 17 anos (40%) (Nestes, estão incluídos 4 sujeitos com 18 anos).

No total, (80%) 68 alunos correspondem à amostra que foi sujeita ao plano de intervenção e (20%) 17 alunos correspondem à amostra controlo, ou seja, à turma que não foi sujeita ao plano de intervenção.

Critérios de inclusão: estar devidamente matriculado na Escola Secundária e ser

do 11º ano.

Quadro nº 1 – Descrição da amostra quanto ao sexo

Sexo

Signif.

Masculino Feminino Total

Intervenção 23 45 68 NS 33,8% 66,2% 100% Controlo 6 11 17 35,3% 64,7% 100% Total 29 56 85 34,1% 65,9% 100%

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Quadro nº 2 – Distribuição da amostra por grupos de Intervenção e Controlo, relativamente à Idade Idade Signif. 16 17* Total Intervenção 44 24 68 NS 64,7% 35,3% 100% Controlo 7 10 17 41,2% 58,8% 100% Total 51 34 85 60% 40% 100%

*inclui 4 sujeitos com 18 anos

De um total de 85 alunos são correspondentes a intervenção 68 alunos, com 16 anos (64,7%) e 17 anos (35,3%), e correspondentes a controlo com 16 anos (41,2%) e 17 anos (58,8%).

5.4.3. Instrumentos

Recorremos aos testes prescritos no programa FITescola, através da análise da tabela de valores de referência em momentos pré e pós-intervenção e os resultados foram categorizados em duas zonas: abaixo da zona saudável, dentro da zona saudável.

5.4.4. Procedimento e instrumentos de recolha de dados

No estudo por nós considerado e efetuado recorremos à utilização de quatro turmas sendo que destas, apenas três foram sujeitas às baterias de exercícios por nós propostas servindo a turma sobrante como modelo de comparação.

Para podermos atingir os resultados pretendidos, todos os alunos efetuaram diversas atividades durante todo o ano letivo.

As aulas de treino funcional ocorriam no auditório sendo que esse espaço era-nos atribuído a cada cinco semanas. Estas aulas eram compostas quase em exclusivo por exercícios integrantes do programa FITescola, ocorrendo, pelas exigências que nos foram

(34)

impostas pela natureza da prática profissional, fizemos ligeiros ajustamentos com vista também a proporcionar aos alunos experiências mais abrangentes.

Nas restantes aulas em que não nos dedicamos ao treino funcional e avaliações relacionadas com o nosso estudo, aproveitamos também o programa FITescola designado de bateria de “12 minutos”. Estes exercícios tinham como objetivo o seu fortalecimento e foram dadas instruções para serem treinados e repetidos em casa. Além desta bateria de exercícios, através do programa já pré-estabelecido, eram feitos outros exercícios propostos pelo professor.

5.4.5. Variáveis

Senta e alcança – neste teste, o aluno está sentado no chão com as nádegas, os ombros e a

cabeça em contacto com a parede. As pernas estão estendidas e afastadas (30 cm), com as plantas dos pés apoiadas contra um banco. As mãos estão sobrepostas com os dedos esticados. Uma régua é colocada no cimo do banco com o zero na direção do aluno. Na posição inicial do teste, o aluno avança os braços estendidos (no prolongamento da altura do banco) o mais à frente que lhe é permitido sem que a cabeça e os ombros deixem de estar em contacto com a parede; nesta altura é marcado o ponto “0 cm”. A partir deste momento, a régua é segurada firmemente pelo avaliador até ao final do teste. O aluno inclinasse lentamente o mais à frente que consegue, permitindo que a cabeça e os ombros deixem de ter contacto com a parede e os dedos deslizem sobre a régua. São permitidos três movimentos lentos à frente, no terceiro do qual o aluno vai ao máximo, ficando na posição pelo menos 2 segundos sem fletir as pernas. É recolhida a distância entre o ponto “0 cm” e o ponto final. São executados 2 testes, sendo considerada a média dos resultados obtidos (descrição retirada do plano nacional de atividade física).

Flexibilidade dos ombros- este teste consiste no contacto dos dedos das duas mãos atrás

das costas com o objetivo de avaliar a flexibilidade dos membros superiores.

5.4.6. Tratamento de dados

Para analisar e tabelar os dados da pesquisa recorremos ao programa computadorizado IBM SPSS Statistics 25, sendo que a identidade dos alunos foi mantida em sigilo.

(35)

6. Resultados

Tendo em conta diferentes objetivos, sistematizamos os resultados para poder facilitar a interpretação dos mesmos.

Objetivo 1: identificar os níveis da Capacidade Condicional – Flexibilidade dos alunos do 11º

ano, comparando com a amostra de controlo.

Baseando-nos na primeira avaliação (quadro 3), podemos inferir nas duas variáveis, na amostra de controlo e na amostra de intervenção, percebe-se que sua totalidade, a amostra de intervenção apresenta em todas as variáveis maior percentagem de saudáveis do que de não saudáveis.

No que confere à análise da variável de “Senta e alcança” para a amostra de intervenção pré-flexibilidade 69,10% (n=47) encontram-se na zona saudável, enquanto

30,90% (n=21) encontram-se na zona não saudável. Da mesma variável para a amostra

de controlo 76,50% (n=13) encontram-se na zona saudável, enquanto 23,5% (n=4) encontram-se na zona não saudável. Assim sendo, na variável em questão, no conjunto da amostra, perfaz-se um total de 70,59% (n=60) correspondentes a saudável e, 29,41% (n=25) a não saudável.

Na variável flexibilidade de ombros (quadro nº4 e nº5), foram avaliados em 2 momentos, para o lado direito e para o lado esquerdo.

No que diz respeito ao lado direito, para a amostra de intervenção 95,58% (n=65) correspondem a zona saudável, enquanto só 4,42% (n=3) estão na zona não saudável. Na mesma variável para a amostra de controlo 88,24% (n=15) encontram-se na zona saudável, enquanto 11,76% (n=2) encontram-se na zona não saudável, com a totalidade da amostra correspondente, 94,1% (n=80) a zona saudável e, 5,9% (n=5) a zona não saudável.

No que diz respeito ao lado esquerdo, para a amostra de intervenção 91,18% (n=62) correspondem a zona saudável, enquanto apenas 8,82% (n=6) estão na zona não saudável. Da mesma variável para a amostra de controlo 82,35% (n=14) encontram-se na zona saudável, enquanto 17,65% (n=3) encontram-se na zona não saudável, com a totalidade da amostra correspondente, 89,4% (n=76) a zona saudável e, 10,6% (n=9) a zona não saudável. Na variável flexibilidade dos ombros anteriormente descritas, não existem diferenças estatisticamente significativas.

(36)

QUADRO Nº 3 - Níveis de “senta e alcança” antes e pós flexibilidade na amostra de controlo e intervenção

GRUPO DE INTERVENÇÃO Pre Flexibilidade

Total Saudável Não Saudável

47 21 68

69,10% 30,90% 100,00%

Pos Flexibilidade

Total Saudável Não Saudável

50 18 68

73,50% 26,50% 100,00%

GRUPO DE CONTROLO Pre Flexibilidade

Total Saudável Não Saudável

13 4 17

76,50% 23,50% 100,00%

Pos Flexibilidade

Total Saudável Não Saudável

13 4 17

(37)

Quadro nº 4 - Níveis de “flexibilidade do ombro direito” no grupo de controlo e intervenção Total Intervenção Controlo FLEX. Esq. Saudável 62 (91,18%) 14 (82,35%) 76 (89,4%) Não saudável 6 (8,82%) 3 (17,65%) 9(10,6%) Total 68 (100%) 17 (100%) 85 (100%)

Quadro nº 5 - Níveis de “flexibilidade do ombro esquerdo” no grupo de controlo e intervenção Total SIGNIF. Intervenção Controlo FLEX. Dir. Saudável 65 (95,58%) 15 (88,24%) 80 (94,1%) Não saudável 3 (4,42%) 2 (11,76%) 5 (5,9%) NS Total 68 17 85 (100%)

Objetivo2: equiparar a flexibilidade através dos testes FitEscola nos momentos pré e pós

intervenção.

Podemos concluir, após análise, que existem melhorias da média na amostra de intervenção, mas o mesmo não se verifica para a amostra de controlo na competência da variável “senta e alcança”. Na variável flexibilidade de ombros os resultados permaneceram inalterados.

Assim, na variável “senta e alcança” pós-flexibilidade, mostrou que 73,50% (n=50)

encontram-se na zona saudável, enquanto 26,50% (n=18) encontram-se na zona não saudável. Da mesma variável para a amostra de controlo os resultados mantiveram-se

exatamente iguais. Na variável em causa, no conjunto da amostra, perfaz-se um total de 74,12% (n=63) correspondentes a saudável e, 25,88% (n=22) a não saudável.

(38)

Optamos por não apresentar nenhum quadro com as médias das diferentes componentes antes e após a intervenção para o grupo de intervenção e de controlo pois os valores se mantiveram exatamente iguais na variável flexibilidade dos ombros.

7. Discussão de Resultados

De forma a manter a mesma sistematização de modo a facilitar a tomada de ilações, a discussão foi organizada tendo como base os 2 objetivos a fim de facilitar a sistematização dos mesmos.

Objetivo 1:

Tendo como base o quadro n.º 3 onde apresentamos os resultados das duas variáveis tanto na turma de controlo como nas turmas de intervenção, verificou-se que existem sempre mais alunos dentro da área saudável do que da área não saudável, o que é indicativo de uma boa saúde geral destes alunos.

Quando comparados com a turma de controlo, na variável senta e calça, os resultados obtidos são superiores na turma de controlo, mas isto poderá dever-se à circunstância de ser uma turma de controlo com um número de alunos consideravelmente inferior ao grupo de intervenção, o que faz com que os resultados possam ser enviesados.

No caso da variável flexibilidade de ombros, já se observam resultados superiores nas turmas de intervenção quando comparados com a turma de controlo.

De salientar que tanto no grupo de controlo como no de intervenção, os resultados obtidos nas duas variáveis são bastante positivos, o que demonstra um bom ponto de situação em termos de flexibilidade destes alunos.

Tendo em conta a divisão da amostra segundo o género, e sendo a amostra maioritariamente do sexo feminino, podemos pensar que o facto de termos uma percentagem maior de resultados dentro da área saudável pode estar diretamente relacionada, uma vez que em norma as mulheres têm uma maior flexibilidade quando comparadas com o sexo masculino.

Objetivo 2:

(39)

obtivemos melhores resultados após a intervenção o que revela uma ampliação da flexibilidade, mas sem diferenças significativamente estatísticas.

Na variável flexibilidade de ombros, quando comparados o momento pré e pós intervenção e apesar de somente a amostra de intervenção ter sido objeto de exercícios de flexibilidade não se revelaram melhoras em ambas as amostras, ostentando exatamente os mesmos resultados. Apesar de serem necessários mais estudos que mostrem os motivos para esta situação, pode dever-se ao facto da nossa intervenção ter sido de curta duração.

8. Conclusões

O nosso estudo teve como principal objetivo a avaliação do nível de flexibilidade em alunos do 11º ano, antes e após intervenção, durante as aulas de educação física.

O plano de intervenção teve a duração aproximada de 3 meses onde foram aplicados os testes FitEscola, sendo que se verificaram algumas melhorias no rendimento de cada aluno. A minha tarefa como docente passou por durante as aulas fazer com que os alunos passassem pelos vários exercícios de flexibilidade com a mesma duração, de forma a potencializar os resultados. Além disso, procurei incutir o senso de responsabilidade aos alunos com a prescrição de exercícios de fortalecimento e alongamento para fazerem em casa, de forma a conseguirem atingir os resultados, principalmente aqueles que se encontravam fora da área considerada saudável.

Todos os resultados obtidos são limitativos uma vez que foram recolhidos em apenas 3 meses. Se este estudo tivesse sido efetuado durante todo o ano letivo certamente que iriamos ter resultados muito superiores uma vez que podíamos estimular ainda mais a participação dos alunos. Sabemos que o facto de melhorarem os resultados incentiva-os a querer trabalhar ainda mais e até uma competição saudável entre todos.

Analisando os resultados, um fator que poderá ter enviesado os mesmos foi o facto de a amostra de controlo ter sido inferior à de intervenção, o que se tornou uma dificuldade na interpretação dos mesmos.

(40)

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Imagem

Ilustração 1 – Pavilhão
Ilustração 4 – Exterior

Referências

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