Estado da Paraíba
Prefeitura Municipal de Queimadas Secretaria Municipal de Educação Escola M. de E. F. Antônio Vital do Rêgo
Projeto Mizuno por meio do esporte
VAI DE BIKE: INCENTIVO AO USO DA BICICLETA PARA
SUSTENTABILIDADE E ATIVIDADE FÍSICA
LEONARDO FAUSTINO FERREIRA
Queimadas – PB 2017
SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO...02 2. JUSTIFICATIVA...03 3. OBJETIVO...03 3.1. Geral...03 3.2. Específicos...03 4. METODOLOGIA...04 5. AVALIAÇÃO...04 6. RECURSOS MATERIAIS...04 7. CRONOGRAMA...04 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...05 9. ANEXO...06
VAI DE BIKE: INCENTIVO AO USO DA BICICLETA PARA SUSTENTABILIDADE E ATIVIDADE FÍSICA
Durante algum tempo já vem sendo discutidos modelos de cidades que sejam sustentáveis no que diz respeito à mobilidade urbana e preservação do meio ambiente, como forma de desenvolvimento aliado a um ganho na qualidade de vida. Para isso, vários estudos vêm sendo realizados com relação ao uso da bicicleta como objeto de melhor desempenho nesses requisitos que são almejados.
No contexto brasileiro, um marco legal recente a esse respeito é a lei que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Brasil, 2012). Com base nela, entende-se mobilidade urbana como a condição em que se realizam deslocamentos de pessoas ou de cargas em espaços urbanos. Sua implementação objetiva contribuir para o acesso universal às cidades, bem como promover o desenvolvimento sustentável pela priorização dos modos de transporte não motorizados sobre os motorizados (Brasil, 2012).
Nesse sentido, o uso da bicicleta como meio de transporte tem demonstrado ser benéfico coletiva e individualmente, uma vez que oferece vantagens à saúde de quem pedala pela prática de exercício físico e por ser um modo barato e rápido de se locomover quando comparado a outros meios. Além disso, o baixo impacto ambiental causado e o baixo custo de infraestrutura são benefícios atrelados ao seu uso, o que tem chamado à atenção dos formuladores de políticas públicas e pesquisadores.
A bicicleta é um veículo de transporte muito importante dentro do aspecto socioeconômico, “na mobilidade urbana, na cidadania, na inclusão social, além de ser instrumento de lazer, de competição, de exercícios físicos e de saúde preventiva. Na visão ambiental a bicicleta é o símbolo mundial do transporte sustentável” (BANTEL, 2005). Com ela, além do melhor deslocamento dentro dos espaços, que nos dias atuais estão bem concorridos, pode-se observar um melhor relacionamento entre as pessoas através de grupos de pedal, aumento no momento de lazer enquanto pedala, e melhoria de aspectos físicos como a força, agilidade, resistência.
A bicicleta também pode ser vista como recurso democrático de oferta de transporte urbano a toda a população, destacando a integração social de pessoas atualmente excluídas, levando direitos da cidadania aos habitantes das cidades. (BANTEL, 2005)
Desde sua chegada ao Brasil, à bicicleta foi muito popular entre os trabalhadores, especialmente junto aos empregados de indústrias, de pequenos estabelecimentos
comerciais e de serviços das grandes áreas urbanas. (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2007)
Desse modo foram considerados alguns fatores que fazem da bicicleta um meio de transporte capaz de contribuir para a redução do número de veículos motorizados nas cidades, a preservação do meio ambiente, a disponibilidade de espaço nas cidades, a saúde humana, a redução da dependência dos combustíveis fósseis e a economia da população. Esses fatores motivam o conhecimento sobre os benefícios de sua presença no Brasil e sugere os fatores que favorecem ou limitam o seu uso. (BOARETO, 2010)Pelos relatos apresentados por Boareto, até o momento pode ser considerado o meio de transporte mais sustentável, pois além da sua eficiência, se utiliza de uma energia renovável e limpa.
Ressaltando a questão do meio ambiente, afirma que, enquanto os transportes motorizados são uma das mais poluidoras de todas as atividades humanas, o ciclismo é o modal menos poluente, pois não gera poluição sonora ou de emissões tóxicas. Por isso, considera, há necessidade de se fazer com que o ciclismo se torne mais popular. Dentro desse aspecto o desafio é a mudança de habito e de pensamento que tem a pessoa que faz uso do transporte motorizado, pois enquanto não se sente e percebe os benefícios de se usar uma bicicleta, dificilmente se consegue fazer essa transição.
Aspectos como a falta de estrutura, incentivo, poluição, ideologia, insegurança são os entraves que fazem do uso da bicicleta o principal desafio para a mudança de um ambiente sustentável e com mais qualidade de vida para todos.
O futuro aponta para um novo perfil de cidade, em harmonia com o meio ambiente, com transportes alternativos que possam desafogar o trânsito. Esse é o tipo de cidade desejada pela maioria da população mundial. Quem independe de um carro para alcançar seu destino diário, livra-se do stress do tráfego e pode desfrutar mais tempo com os amigos e a família, ao invés de ver as horas serem consumidas no trânsito. Quando a cidade investe em espaços para ciclistas, as pessoas se tornam mais ativas e saudáveis, e o tecido socioeconômico é fortalecido.
Nesse sentido, projeto se justifica na necessidade de criar espaços adequados que incentivem o uso da bicicleta como meio de transporte, como também, eventos que movimentem a cidade e promovam o uso da bicicleta como prática de atividade física, a fim de evitar uma população sedentária, obesa e com outras doenças relacionadas.
OBJETIVO GERAL
Incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte ativo no cotidiano, para sustentabilidade emelhoria da saúde e qualidade de vida.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Empregar a bicicleta como meio de transporte limpo e também alternativo aos ônibus escolares, como colaboração ao meio ambiente.
Usar a bicicleta como forma de exercício físico para gasto calórico necessário ao dia, como melhoria da saúde e qualidade de vida.
Avaliar junto aos governantes a necessidade de ações (festivais, circuitos, corridas, premiações assim como acontecem com as disciplinas de português e matemática) que estimulem o uso da bicicleta, bem como, intervenções urbanas(ciclovias, sinalização, espaços de uso coletivo, segurança) que favoreçam o uso.
METODOLOGIA
Identificação dos alunos com o uso da bicicleta e os fatores benéficos parra saúde e meio ambiente que essa traz, através de um debate informal, onde lançou no quadro a pergunta: quem faz uso da bike como meio de transporte? Seguido de documentários (vídeos) que os alimentassem para uma posterior apresentação em sala. Elaboraram-se seminários para apresentação de pesquisas realizadas com o tema. Por fim, saiu da sala e executou a colagem dos cartazes confeccionados para a apresentação dos seminários, onde através do impacto visual procurou incentivar o uso através dos benefícios descritos, bem como, em seguida foi realizada uma pesquisa para saber dentro do universo de alunos quantos faziam uso da bicicleta. Apresentou as respostas aos alunos, onde foram transformadas em gráficos e porcentagens junto com a professora de matemática. Por fim, através da professora de português, trabalhou o gênero e elaborou-se um documento (carta) para o gestor municipal tomar conhecimento da pesquisa e providenciar as ações descritas.
AVALIAÇÃO
01. Você possui bicicleta?
02. Você usa como meio de transporte? Sente diferença ao andar?
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Feminino Masculino 54% 57% 46% 43% Sim Não 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Feminino Masculino 40% 24% 60% 76% 100% 80% Sim Não Sente diferença
03. Você acredita que andar de bicicleta ajuda o meio ambiente?
04. Se resolvidos os problemasapontados, você usaria?
Percebe-se nos gráficos que o número de alunos que possui bicicleta é inferior a
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Feminino Masculino 64% 84% 36% 13,50% 36% 2,50% Sim Não Não responderam 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Feminino Masculino 100% 100% 69% 50% 31% 31% 19% Possui Bike Não possui Não Não responderam
60% nos dois gêneros, e que destes que a possuem, são poucos os que a utilizam como meio de transporte, não chegando a 50%% no gênero feminino, e sendo pouco mais de 20% no gênero masculino, creditando os motivos a questão principalmente da violência/roubo e violência nas vias.
Quando perguntado se os problemas fossem solucionados, se voltariam ou começariam a andar de bicicleta, 100% de ambos os gêneros que possuem bicicleta responderam que sim, enquanto que entre os que não possuem, esse número chegou a 69% entre as alunas e 50% entre alunos. Porém, quando perguntado sobre reações do corpo ao uso da bicicleta 100% das alunas disseram sentir dores, mais forças nas pernas, enquanto que 80% dos homens relataram sentir a diferença na força das pernas.
Por fim, quando perguntado se o uso da bicicleta ajuda o meio ambiente, entre as alunas o número foi de 64%, enquanto entre os alunos chegou a 84%.
Ou seja, o incentivo ao uso da bicicleta é interessante devido ao baixo numero de alunos que a usam como transporte, onde um dos motivos apontados é a questão da violência que ocorre na cidade, e o medo de acidentes por não existir locais adequados a prática. No entanto, percebe-se que os alunos, 84% contra 64% das alunas, possuem um maior quantitativo quando se trata de consciência ambiental.
RECURSOS MATERIAIS
Celular com câmera; TV com acesso à internet, sala de aula com quadro branco, questionário para pesquisa, cartolina, lápis de hidrocor e caneta esferográfica.
CRONOGRAMA 2017
VAI DE BIKE Maio Junho Julho Agosto Setembro
Elaboração do projeto
Apresentação do Projeto
Avaliação Inicial
Execução do projeto
REFERÊNCIAS
SouzaLC, Gomes ETA. O uso da bicicleta como meio de transporte: mobilidade urbana na cidade do Recife. Universidade Federal de Pernambuco; 2014.
Olekszechen N,Battiston M, KuhnenA. Uso da bicicleta como meio de transporte nos estudos
pessoa-ambiente.Brasil, Lei n. 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Brasília, DF: Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. http://revistas.ufpr.br/made/article/view/43654
MironSTNG.A Utilização da Bicicleta como Meio de Transporte”.Centro Educacional SESI 106 – São Carlos São Carlos; 2012.
Boareto R. A bicicleta e as cidades: como inserir a bicicleta na política de mobilidade urbana / organização Renato Boareto; – 2. ed. – São Paulo: Instituto de Energia e Meio Ambiente; 2010. Bantel G. Bicicleta, Veículo não motorizado (VNM), Revista de Transportes Públicos – ANTP. Ano 27, 2º Trimestre, São Paulo. 2005; p. 59-68.
Tiwari, G. Bicycles – an integral part of urban transport system in South Asian cities; 2008.
SoaresRDG. Bicicleta e mobilidade urbana Modismo ou solução sustentável para o transporte na cidade de São Paulo; 2015.
Bantel G. Bicicleta, Veículo não motorizado (VNM), Revista de Transportes Públicos – ANTP. Ano 27, 2º Trimestre, São Paulo. 2005; p. 59-68.
MINISTÉRIO DAS CIDADES. Plano de Mobilidade por Bicicleta nas Cidades, Coleção Bicicleta Brasil, caderno 1, Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, Brasília; 2007.
Foto 01
Foto 02