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5 Pensamento Plural: Revista Científica do , São João da Boa Vista, v.1, n.1, 2007

Resumo

Palavras-chave

Análise por

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indivíduos antes e imediatamente após a prática de exercício físico

indivíduos antes e imediatamente após a prática de exercício físico

indivíduos antes e imediatamente após a prática de exercício físico

indivíduos antes e imediatamente após a prática de exercício físico

indivíduos antes e imediatamente após a prática de exercício físico

Hugo Evangelista Brandino, Leonardo Duarte Picchi

A Bioimpedância ou Impedância Bioelétrica (BIA) é um método de análise da Composição Corporal (CC). É utilizada para realizar a avaliação da CC, de modo a mensurar a quantidade de Massa Magra (MM), Massa Gorda (MG) e o Índice de Massa Corpórea (IMC). Estudou-se os efeitos que o exercício físico prévio pode ocasionar na avaliação da CC, conforme discutido por Emed (2006). Foram utilizados 30 voluntários, homens, com idade en-tre 18 e 25 anos, clinicamente saudáveis, submetidos à realização do exame seguindo um protocolo usual, onde permaneceram 30 minutos em repouso (Medida Inicial - MI), depois foram submeti-dos ao Teste de Cicloergômetro de Balke (caracterizou a prática de exercício físico) e assim submetidos ao exame de BIA (Medida Pós-Teste – MPT), por fim mais 30 minutos de repouso e finalmen-te realizaram a última aferição da CC por BIA (Medida Pós-Re-pouso – MPR). Os resultados mostraram que não houve mudan-ças nos valores da CC. Pode-se afirmar estatisticamente com um p=0,05 que as variáveis IMC da MPT comparada com a MI e as variáveis MG, MM e IMC da MPR comparada com a MPT, assim como podemos afirmar com um p=0,1 que as variáveis MG, MM da MPT comparadas com a MI; MG, MM e IMC da MPR compara-das com a MI, que a amostra populacional utilizada transfere os valores obtidos para uma população infinita. Pode-se concluir nesse estudo, que a prática de exercícios físicos não influencia significa-tivamente nos resultados dos exames de avaliação da composi-ção corporal obtido por meio da BIA.

Bioimpedância Elétrica, Composição Corporal, Exercícios Físi-cos.

Autores

Leonardo Duarte Picchi, professor do

Cen-tro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino - FAE; Fisioterapeuta com Mestrado em fisioterapia pela Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP.

E-mail: E-mail: E-mail: E-mail: E-mail: leonardo@fae.br leonardo@fae.br leonardo@fae.br leonardo@fae.br leonardo@fae.br Hugo Evangelista Brandino, aluno do 5o se-mestre do curso de Fisioterapia do Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino - FAE. E-mail: E-mail: E-mail: E-mail: E-mail: hugobrandino@yahoo.com.br hugobrandino@yahoo.com.br hugobrandino@yahoo.com.br hugobrandino@yahoo.com.br hugobrandino@yahoo.com.br Recebido em 18/março/2007 Aprovado em 04/setembro/2007

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Pensamento Plural: Revista Científica do , São João da Boa Vista, v.1, n.1, 2007 6

1. Introdução

1. Introdução

1. Introdução

1. Introdução

1. Introdução

A Bioimpedância Elétrica (BIA) vem sendo aplicada desde 1940, quando foi relatado o uso da impedância elétrica no estudo da relação do eletrocardiograma e dos sons cardía-cos. A utilização mais conhecida deste tipo de tecnologia está na avaliação do volume sistólico, débito cardíaco e es-tudo do ciclo cardíaco pela bioimpedância torácica. Mas foi somente na década de 80 que o uso da BIA para a avaliação da Composição Corporal (CC) foi corroborado pela com-paração da técnica com métodos tradicionalmente utilizados para este fim. Desde então, novos rumos se deram ao apro-veitamento dos equipamentos e dados fornecidos pela análi-se da BIA (RICIERI, 2003).

Pode parecer que a preocupação com a CC é primeira-mente reservada a atletas, pois a performance atlética é par-cialmente influenciada pela proporção entre Massa Gorda (MG) e Massa Magra (MM). Porém, a CC é um importante aspecto na saúde dos indivíduos, independente da idade, sexo e origem. De acordo com o Colégio Americano de Medicina do Exercício (ACSM’s), a obesidade está associada ao aumento no risco de desenvolver doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, certos tipos de cân-cer e outras doenças crônicas.

Tradicionalmente, o modelo clássico de dois componen-tes (BROZEK, 1963) que separa a Massa Corporal Total (MCT) em MM e MG, vem sendo usado na obtenção de medidas de referência de CC e baseai-se nas seguintes su-posições: a) a densidade de gordura é de 0,901 g/cc; b) a densidade de MM é de 1,100 g/cc; c) a MM contém 73,8% de água, 19,4% de proteína e 6,8% de mineral.

Sabe-se que as proporções de água, proteína e mineral na MM variam de acordo com a idade, sexo, etnia, níveis de gordura corporal e, conseqüentemente, modificam a densi-dade de MM (dMM) (BAUMGARTNER, 1991; WANG, 1989; WILLIANS, 1993). Qualquer variação do valor assumido pela dMM pode resultar em erro sistemático na estimativa da gor-dura corporal relativa. Portanto, enquanto o modelo de dois componentes fornece uma estimativa precisa da gordura re-lativa, em homens brancos, esse modelo pode não ser ideal pra subgrupos populacionais, nos quais a dMM é diferente do valor assumido.

Do mesmo modo, a CC pode variar de acordo com os níveis de atividade física, visto que não se possui na literatura especializada um consenso se existem diferenças nos resul-tados obtidos por meio da BIA frente à prática ou não de atividade física antes da realização do exame.

O objetivo desse estudo foi verificar se a prática de exer-cícios físicos ocasiona mudanças na CC do indivíduo, utili-zando para isso o método de análise quantitativa da CC conhecido como Bioimpedância.

2. Composição Corporal (CC)

2. Composição Corporal (CC)

2. Composição Corporal (CC)

2. Composição Corporal (CC)

2. Composição Corporal (CC)

Composição Corporal é a proporção entre os diferentes componentes corporais e a massa corporal total, sendo resu-midamente expressa pelas porcentagens de gordura e de massa magra, porém as quantidades de água, estimativa do metabolismo basal, etc também podem ser observadas. Os valores de tais componentes são de grande importância para os profissionais da saúde, visto que as quantidades dos dife-rentes componentes corporais, principalmente gordura e massa muscular, apresentam estreita relação com a aptidão física, relacionada tanto à saúde como ao desempenho esportivo.

Composição Corporal é considerada um componente da aptidão física relacionada à saúde, em razão das relações

existentes entre a quantidade e a distribuição da gordura corporal com alterações no nível de aptidão física e no esta-do de saúde das pessoas.

O treinamento da aptidão física pela prática de atividades físicas promove muitos benefícios para a saúde; entre eles, com relação à CC, o aumento da massa corporal livre de gordura e a diminuição da porcentagem de gordura corpo-ral, o aumento da eficiência de trabalho, uma menor suscep-tibilidade para doenças, além da melhora da aparência física e menor incidência de problemas de autoconceitos relacio-nados à obesidade.

Reduzir a quantidade de gordura e/ou aumentar a quan-tidade de massa muscular estão entre aos anseios de grande parte dos praticantes de exercícios físicos. Esta preocupação pode ser notada não somente do ponto de vista estético, mas também do ponto de vista de qualidade de vida dos indivídu-os, já que a obesidade está associada a um grande número de doenças crônico-degenerativas.

Observando essa relação entre quantidade de gordura corporal e estado de saúde, verifica-se a necessidade da utilização de métodos capazes de avaliar, de forma válida, a quantidade de gordura corporal em relação à massa corpo-ral total. Nesse sentido, a importância da avaliação da com-posição corporal deve-se ao fato de a massa corporal isola-damente não ser considerada um bom parâmetro para a iden-tificação do excesso ou da carência dos diferentes compo-nentes corporais (massa gorda, massa muscular, massa ós-sea e massa residual) ou ainda para a avaliação das altera-ções nas quantidades proporcionais destes componentes, em decorrência de um programa de exercícios físicos e/ou dietas alimentares (COSTA, 2001).

A elevada porcentagem de gordura é um grave problema de saúde que reduz a expectativa de vida, pois aumenta o risco individual de desenvolver doenças crônico-degenerativas. O aumento dos riscos de saúde associados à obesidade é relacionado não apenas com a quantidade total de gordura corporal, mas também com a maneira pela qual a gordura está distribuída, especialmente na região abdominal (gordura intra-abdominal ou visceral). A gordura visceral é preditor de doença cardiovascular e outras desordens meta-bólicas – como diabetes tipo II – mais forte do que a quanti-dade total de gordura corporal.

Pouca gordura corporal, por outro lado, também repre-senta risco à saúde, porque o corpo necessita de certa quan-tidade de gordura para a manutenção das funções fisiológi-cas normais. Os lipídios essenciais – como fosfolipídios – são necessários para a formação da membrana celular, en-quanto os lipídios não-essenciais – como os triglicérides, encontrados no tecido adiposo – fornecem isolamento tér-mico e armazenam energia metabólica (ácidos graxos livres). Em adição a isso, os lipídios estão envolvidos no transporte e armazenamento de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), no funcionamento do sistema nervoso, no ciclo menstrual e no sistema reprodutor, bem como no crescimento e maturação durante a puberdade. Assim, a carência de gordura corporal como a encontrada em indivíduos com desordens alimenta-res (anorexia nervosa), viciados em exercícios e certas doen-ças como fibrose cística, pode levar a sérias disfunções fisio-lógicas. Devido aos riscos de saúde associados a quantida-des anormais de gordura corporal em ambos os extremos dessa escala, profissionais de saúde devem entender os prin-cípios que regem a avaliação da composição corporal total e a distribuição regional de gordura.

A quantidade de gordura corporal é determinada avalian-do-se a massa magra (MM) e a massa gorda (MG) do indiví-duo. A MG inclui todos os lipídios que podem ser extraídos do tecido adiposo e outros tecidos. A Massa Livre de

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Gordu-777

Pensamento Plural: Revista Científica do , São João da Boa Vista, v.1, n.1, 2007 ra (MLG) consiste em todos os tecidos e substâncias residu

-ais, incluindo água, músculos, ossos, tecidos conjuntivos e órgãos internos. A Massa Magra (MM) consiste em massa livre de gordura mais uma pequena quantidade de lipídios essenciais (2-3% em homens e 5-8% em mulheres). Apesar de os termos MLG e MM serem às vezes usados indistinta-mente, existe essa pequena diferença na presença de lipídios essenciais na MM. (PATE, 1988)

2.1 Discriminação da Composição Corporal 2.1 Discriminação da Composição Corporal2.1 Discriminação da Composição Corporal 2.1 Discriminação da Composição Corporal2.1 Discriminação da Composição Corporal

Dentre as variáveis que são avaliadas para obtenção dos valores da CC, utilizou-se nesse estudo as seguintes variá-veis com suas respectivas definições:

– Índice de Massa Corpórea (IMC): define-se por razão do peso corporal pela altura elevada ao quadrado. Na prática clínica o cálculo de índice de massa corpórea (IMC ou BMI, de Body Mass Index), também conhecido como Ìndice de Quetelet, é o mais utilizado. O IMC tem cálculo sim-ples e rápido, apresentando boa correlação com a adiposidade corporal.

– Massa Gorda (MG): todos os lipídios que se podem extrair do tecido adiposo e de outros tecidos do corpo; – Massa Magra (MM): massa livre de gordura mais lipídios

essenciais;

3. Exercícios Físicos x Atividade Física x

3. Exercícios Físicos x Atividade Física x

3. Exercícios Físicos x Atividade Física x

3. Exercícios Físicos x Atividade Física x

3. Exercícios Físicos x Atividade Física x

Aptidão Física

Aptidão Física

Aptidão Física

Aptidão Física

Aptidão Física

De acordo com BÖHME (1993) a atividade física é con-siderada o processo do qual resultará o estado de aptidão física do individuo. Os benefícios para a saúde estão asso-ciados a ambos: a atividade física (como processo) e a ap-tidão física (como produto). Assim sendo, quanto mais atividade física for praticada, melhor aptidão física será de-senvolvida e um melhor estado de saúde resultará para o indivíduo.

Por definição, exercício físico é toda atividade física planejada, estruturada e repetitiva que tem por objetivo a melhoria e a manutenção de um ou mais componentes da aptidão física.

A atividade física é definida como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resul-ta num gasto energético maior do que os níveis de repouso. Assim, a quantidade de energia necessária à realização de determinado movimento corporal deverá traduzir o nível de prática da atividade física exigido por esse mesmo movi-mento (GUEDES, 1995).

PATE (1998) definiu aptidão física relacionada à saúde como “a capacidade de realizar as atividades do cotidiano com vigor e energia e demonstrar traços e capacidades associados a um baixo risco de desenvolvimento prematu-ro de distúrbios orgânicos pprematu-rovocados pela falta de atividade física”.

Ainda neste contexto, GUEDES (1995) afirmou que a “aptidão física relacionada à saúde abriga aqueles atribu-tos biológicos que oferecem alguma proteção ao apareci-mento de distúrbios orgânicos provocados pelo estilo de vida sedentário que se torna, portanto, extremamente sen-sível ao nível de pratica de atividade física”.

Como componentes da aptidão física relacionada à saú-de, consideram-se aqueles voltados às dimensões morfológicas, funcional-motora, fisiológica e comportamental; sendo que, segundo estes autores, a di-mensão morfológica reúne aqueles componentes que apre-sentam alguma relação com o melhor estado de saúde, ou seja, que se identificam com a CC e com a distribuição de gordura corporal.

4. Bioimpedância Elétrica

4. Bioimpedância Elétrica

4. Bioimpedância Elétrica

4. Bioimpedância Elétrica

4. Bioimpedância Elétrica

A bioimpedância elétrica é um método rápido, não-invasivo e relativamente barato para estimar a composição corporal, inclusive a distribuição dos fluidos corporais nos espaços intra e extracelulares. A bioimpedância elétrica ba-seia-se no princípio de que os componentes corporais ofere-cem uma resistência diferenciada à passagem da corrente elétrica. Os tecidos magros são altamente condutores de corrente elétrica devido a grande quantidade de água e eletrólitos, ou seja, apresentam baixa resistência à passa-gem da corrente elétrica. Por outro lado, a gordura, os ossos e a pele constituem um meio de baixa condutividade apre-sentando, portanto, elevada resistência.

Uma corrente elétrica imperceptível de 500 a 800mA e 50 kHz é introduzida pelos eletrodos distais e captada pelos eletrodos proximais, gerando vetores de resistência (medida de oposição pura ao fluxo de corrente elétrica através do corpo) e reactância (oposição ao fluxo de corrente causada pela capacitância produzida pela membrana celular). Assim, após identificar os níveis de resistência e reactância do orga-nismo à corrente elétrica, o analisador avalia a água corpo-ral total e, assumindo uma hidratação constante, prediz a quantidade de massa magra. Porém, se o indivíduo apresen-tar hiperhidratação o valor da massa magra fica superestima-do. Portanto, a alteração no estado de hidratação é a princi-pal limitação deste método.

O trabalho pioneiro de Thomasett (1962) estabeleceu os princípios básicos da BIA. Com esse método, uma corrente elétrica de baixo nível é passada através do corpo do paciente e a impedância (z), ou oposição ao fluxo da corrente, é medida com um analisador de BIA. A água corporal total do indivíduo (ACT) pode ser estimada pela medida de impedância, porque os eletrólitos na água corporal são excelentes condutores de cor-rente elétrica. Quando o volume de ACT é grande, a corcor-rente flui mais facilmente através do corpo com menor resistência (R). A resistência ao fluxo da corrente será maior em indivíduos com grande quantidade de gordura corporal, dado que o tecido adiposo é mau condutor de corrente elétrica pela sua relativa baixa quantidade de água. Devido ao fato de o conteúdo de água da massa livre de gordura (MLG) ser relativamente grande (73% de água), esta pode ser predita por meio das estimativas de ACT. Indivíduos com grande MLG e ACT têm menos resistência ao fluxo de corrente elétrica através do seu corpo, em comparação aos que têm menos massa livre de gordura.

Hoffer, Meador e Simpson (1969) descobriram uma forte relação entre as medidas de impedância total do corpo e ACT, sugerindo que o método de BIA pode ser uma ferramenta valio-sa para analivalio-sar a CC e avaliar a ACT no ambiente clínico. Além da pesquisa que reforça que a ACT pode ser estimada pela medida de impedância com um grau moderado de exatidão, outro pesquisador demonstrou que a MLG e a gordura corporal relativa (%G) também poderiam ser estimadas com exatidão utilizando o método da BIA.

Vários autores referem que o avaliado tem participação de-cisiva no exame, pois apesar da relativa facilidade e rapidez da medida, a utilização da técnica de bioimpedância requer um conjunto de procedimentos prévios por parte do avaliado, sem os quais poderá ocorrer prejuízo na qualidade das informações. O conjunto de procedimentos necessários depende do autor considerado por não haver um consenso na literatura especializada. Os itens de mais apontados são: suspender o uso de medicamentos diuréticos de 24 horas a 7 dias antes do teste; estar em jejum de pelo menos 4 horas; estar em abstinência alcoólica por 24 a 48 horas; evitar o consu-mo de cafeína 24 horas antes do teste; estar fora do

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do pré-menstrual; não ter praticado atividade física intensa nas últimas 24 horas; urinar pelo menos 30 minutos antes da medida; permanecer pelo menos 5 -10 minutos de re-pouso absoluto em posição de decúbito dorsal antes de efetuar a medida; Contra-Indicação absoluta para a reali-zação do teste: portadores de marcapasso e gestantes.

O nível de desidratação e a temperatura ambiente tam-bém podem apresentar alguma influência na qualidade das informações (EMED, 2006).

5. Sujeitos e Métodos

5. Sujeitos e Métodos

5. Sujeitos e Métodos

5. Sujeitos e Métodos

5. Sujeitos e Métodos

No estudo foram utilizados 30 indivíduos de 18 a 25 anos, do sexo masculino, clinicamente saudáveis, que se dispunham a seguir as recomendações dadas a cada.

Não houve nenhum indivíduo excluído por ingerir diuréticos regularmente ou por apresentar lesão músculo-esquelética que impossibilitasse a realização do exercício físico, assim como não houve descontinuidade por falta de comparecimento dos indivíduos nos dias de realização do estudo.

Os sujeitos foram divididos em 3 grupos:

- Grupo 1: A Composição Corporal foi obtida por bioimpedância seguindo a recomendação de 30min de repouso (n=30).

- Grupo 2: A Composição Corporal foi o obtida por bioimpedância imediatamente após a execução de exer-cícios físicos, tendo o indivíduo ficado por 30 minutos de repouso antes da execução do exercício físico (n=30). - Grupo 3: A Composição Corporal foi obtida por

bioimpedância seguindo a recomendação de 30 minutos de repouso após execução de exercício físico (n=30).

Foi utilizado um único grupo de 30 indivíduos (n=30), onde os mesmos realizaram o protocolo convencional - 1ª aferição da Composição Corporal - sendo em seguida sub-metidos à execução de exercícios físicos - 2ª aferição da Com-posição Corporal - e novamente submetidos à 30 minutos de repouso antes da 3ª aferição da Composição Corporal. 5.1 Procedimento para Avaliação por 5.1 Procedimento para Avaliação por 5.1 Procedimento para Avaliação por 5.1 Procedimento para Avaliação por 5.1 Procedimento para Avaliação por Bioimpedância

Bioimpedância Bioimpedância Bioimpedância Bioimpedância

As aferições foram executadas do lado direito do corpo, com o indivíduo deitado em decúbito dorsal em uma super-fície não-condutora, em uma sala com temperatura ambiente normal.

Os eletrodos-sensores foram colocados na superfície dorsal da articulação do punho de modo que a borda supe-rior do eletrodo se alinhe à cabeça da ulna, e a superfície dorsal do tornozelo, de modo que a borda superior do eletrodo se alinhe aos maléolos medial e lateral.

Os eletrodos-fontes (distais) foram posicionados na base da segunda ou terceira articulação metacarpo-falangeana da mão e metatarso-falangeana do pé. Foi assegurado de que havia pelo menos cinco centímetros entre os eletrodos proximal e distal.

Não houve contato entre as coxas e entre os braços e o tronco, conforme Stolarcztk (2000).

5.2 Procedimento para a Realização do 5.2 Procedimento para a Realização do 5.2 Procedimento para a Realização do 5.2 Procedimento para a Realização do 5.2 Procedimento para a Realização do Exercício Físico

Exercício Físico Exercício Físico Exercício Físico Exercício Físico

Os sujeitos foram submetidos ao protocolo de Cicloergômetro de Balke, seguindo todas as recomenda-ções pertinentes ao mesmo.

O Teste de Cicloergômetro de Balke consiste no monitoramento dos indivíduos por freqüencímetro cardía-co, que foi colocado no indivíduo momento antes de se

iniciar o teste, onde o eletrodo foi umidificado a fim de otimizar seu funcionamento, e o relógio que demonstra a freqüência cardíaca foi colocado no punho esquerdo do indivíduo. Utilizou-se também um esfigmomanômetro para verificação da pressão arterial (PA) que foi feita sempre nos 45 segundos finais de cada carga. Foi dada a orientação de manter velocidade constante de 50 rotações por minuto (rpm) com carga inicial de 25 Watts (W). Houve um incre-mento de 25W de carga a cada 2 minutos. O teste cessou quando o indivíduo apresentou estabilização ou variação acima de 20mmHg de uma carga para outra na PA sistólica; variação acima ou abaixo de 10mmHg de uma carga para outra na PA diastólica; alcançou sua freqüência cardíaca máxima (FCmáx); relatou fadiga muscular ou quando finali-zou todas as cargas do teste.

5.3 Materiais Utilizados 5.3 Materiais Utilizados 5.3 Materiais Utilizados 5.3 Materiais Utilizados 5.3 Materiais Utilizados

Balança elétrica para aferição do peso; Estetoscópio; Aparelho de Bioimpedância (Maltron body fat analiser II); Eletrodos auto-adesivos; Freqüencímetro cardíaco; Esfigmomanômetro; Bicicleta Ergométrica; Protocolo de Balke para BE; Ficha de Avaliação: para registro das variá-veis do teste.

6. Estatística

6. Estatística

6. Estatística

6. Estatística

6. Estatística

Para cada variável de cada teste foram calculados a mé-dia (X), o desvio padrão (SD) e a Variância (S22222), para verifi-car diferenças significativas entre as variáveis obtidas em cada grupo. O teste estatístico t de Student foi utilizado, considerando o nível de significância de 95% (p<0,05), compatível com a área da saúde.

7. Resultados

7. Resultados

7. Resultados

7. Resultados

7. Resultados

7.1 Massa Gorda e Massa Magra 7.1 Massa Gorda e Massa Magra 7.1 Massa Gorda e Massa Magra 7.1 Massa Gorda e Massa Magra 7.1 Massa Gorda e Massa Magra

Não foram observadas diferenças estatísticas significantes quando comparadas as variáveis MG e MM da MPR (17,09 ± 6,31% e 82,89 ± 6,25Kg., respectivamen-te; p=0,05) com as da MPT (17,46 ± 6,34% e 82,54 ± 6,27Kg., respectivamente; p=0,05).

Assim como as variáveis MG e MM da MPT (17,46 ± 6,34% e 82,54 ± 6,27Kg., respectivamente, p=0,1) não mostraram diferenças significantes quando comparadas a MI (17,22 ± 6,65% e 82,76 ± 6,58Kg, respectivamente; p=0,1) nem as MG e MM da MPR (17,09 ± 6,31% e 82,89 ± 6,25Kg., respectivamente; p=0,1) quando comparadas a MI (17,22 ± 6,65% e 82,76 ± 6,58Kg., respectivamente; p=0,1). 7.2 IMC ou BMI 7.2 IMC ou BMI 7.2 IMC ou BMI 7.2 IMC ou BMI 7.2 IMC ou BMI

Os valores do IMC apresentaram uma diferença estatis-ticamente significante quando comparados os resultados do grupo 1 (protocolo convencional) com o grupo 2 (pós exercício físico); e do grupo 3 (pós 30 minutos de repouso após exercícios físicos) com o grupo 2 (pós exercício físico) como assim representados nos gráficos 1,2 e 3.

8. Discussão

8. Discussão

8. Discussão

8. Discussão

8. Discussão

Não foram encontrados na literatura relatos de estudos semelhantes ao realizado. Fez-se desse assim, um estudo pioneiro da Avaliação da Composição Corporal e suas res-postas frente à prática de exercícios físicos.

Os resultados obtidos nas variáveis: Massa Magra e Massa Gorda não apresentaram significância estatística pe-rante a aplicação do teste t de Student.

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Pensamento Plural: Revista Científica do , São João da Boa Vista, v.1, n.1, 2007

Gráfico 1: Média do Índice de Massa Corpórea nas três aferições.

Gráfico 2: Desvio Padrão do Índice de Massa Corpórea nas três aferições.

Gráfico 3: Variância do Índice de Massa Corpórea nas três aferições.

A variável “Índice de Massa Corpórea” apresentou resulta-dos com significância estatística frente ao teste t de Student, porém como também não foi encontrada bibliografia comprobatória de tal relato, sugere-se que se realize estudos com a finalidade de descobrir a causa da modificação dos valores do Índice de Massa Corpórea devido à pratica de exercícios físicos, analisados por meio do Exame de Bioimpedância.

9. Conclusão

9. Conclusão

9. Conclusão

9. Conclusão

9. Conclusão

Com base no modelo experimental utilizado, os resulta-dos encontraresulta-dos permitiram concluir que:

a) Não foram verificadas modificações dos valores da Com-posição Corporal apresentados por meio do exame de Bioimpedância.

b) A prática de exercícios físicos antes da realização do exa-me de Bioimpedância não interfere nos resultados das variáveis, exceto do Índice de Massa Corpórea.

Conclui-se que as orientações nos manuais de BIA (EMED, 2006) não conferem com os resultados observados neste trabalho. Sendo assim, este estudo apresenta resultados que suge-rem que a prática de atividade física prévia ao exame de BIA não alterou os valores finais da CC apresentados pelo mesmo.

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Pensamento Plural: Revista Científica do , São João da Boa Vista, v.1, n.1, 2007 10

Referências

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Abstract

Key words

Referências

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