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11600 Diário da República, 2.ª série N.º de abril de 2018

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CAPÍTULO V

Cessação e regime sancionatório

Artigo 19.º

Cessação do direito de comparticipação

Constituem causas de cessação do direito de comparticipação em medicamentos, designadamente:

a) A alteração de alguma das condições que determinaram a con-cessão do apoio;

b) A prestação de falsas declarações ou omissões para obtenção do apoio, e ainda a ocultação de elementos da situação financeira, patri-monial e social do agregado familiar do beneficiário;

c) A não apresentação dos documentos solicitados ou a não prestação de esclarecimentos, dentro dos prazos fixados para o efeito.

Artigo 20.º

Regime sancionatório

1 — As circunstâncias previstas no artigo anterior reservam ao Muni-cípio da Figueira da Foz o direito de cessar o apoio na comparticipação de medicamentos, podendo ainda determinar a devolução das verbas atribuídas indevidamente, sem prejuízo de poder adotar outros proce-dimentos legais considerados adequados.

2 — O beneficiário fica ainda interdito de requerer novo apoio ao abrigo do presente Regulamento, no ano civil subsequente ao da veri-ficação dos factos passíveis deste procedimento.

3 — Após o ano de interdição, o beneficiário só poderá voltar a requerer o apoio se, junto da Autarquia, já tiver procedido à devolução das verbas atribuídas indevidamente, nos casos aplicáveis.

CAPÍTULO VI

Disposições finais

Artigo 21.º

Revisão do regulamento

O presente Regulamento será objeto de revisão sempre que seja con-siderado indispensável para a prossecução dos seus fundamentos.

Artigo 22.º

Dúvidas e omissões

Os casos omissos e as dúvidas resultantes da aplicação ou interpreta-ção deste Regulamento serão analisados, decididos e supridos mediante deliberação da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

Artigo 23.º

Entrada em vigor

O presente Regulamento entra em vigor no dia da sua publicação no Diário da República, nos termos do disposto no artigo 140.º do Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo de tal publicação poder ser feita também na publicação oficial da entidade pública e na Internet, no sítio institucional da entidade em causa.

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MUNICÍPIO DO FUNCHAL

Aviso n.º 5408/2018

Consulta Pública do projeto de Regulamento de Ocupação do Espaço Municipal e Publicidade

Paulo Alexandre Nascimento Cafôfo, Presidente da Câmara Munici-pal, no uso da competência prevista na alínea t), do n.º 1, do artigo 35.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e em cumprimento do disposto no artigo 56.º do citado diploma, torna público que foi deliberado em reunião ordinária da Câmara Municipal de 5 de abril do corrente ano, ao abrigo do artigo 101.º do Código do Procedimento Administrativo, promover a consulta pública do Projeto de Regulamento de Ocupação do Espaço Municipal e Publicidade, cujo teor se publica em anexo, por um prazo de 30 dias úteis, contados a partir da publicação na 2.ª série do Diário da República.

As sugestões deverão ser endereçadas aos responsáveis pela direção do procedimento, ou mediante apresentação de requerimento escrito na Loja do Munícipe.

16 de abril de 2018. — O Presidente da Câmara Municipal, Paulo Alexandre Nascimento Cafôfo.

Regulamento de ocupação do espaço municipal e publicidade

Preâmbulo

A publicação do Decreto -Lei n.º 48/2011, de 1 de abril que enquadra a iniciativa «Licenciamento Zero», para além de definir um conjunto de regras que visam a redução dos encargos administrativos sobre os cida-dãos e empresas por via da eliminação de licenças, autorizações, vistorias e condicionamentos prévios para atividades específicas, substituindo -os por ações sistemáticas de fiscalização à posteriori e mecanismos de responsabilização efetiva dos promotores, determina ainda a neces-sidade de desmaterialização dos procedimentos administrativos e a modernização da forma de relacionamento da Administração com os cidadãos e empresas, vindo assim a simplificar e em muitas situações até a eliminar, os licenciamentos habitualmente conexos com as atividades económicas, como é o caso da utilização privativa do domínio público municipal para determinados fins, dos horários de funcionamento, suas alterações e respetivo mapa e da afixação e inscrição de mensagens publicitárias de natureza comercial em determinados casos relacionados com a atividade do estabelecimento.

Neste sentido, as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 48/2011, de 1 de abril no regime de utilização privativa do domínio municipal bem como no da publicidade, justificam a apresentação da presente proposta que constitui o Regulamento de Ocupação do Espaço Municipal e Publicidade para o Município do Funchal.

Cumpre referir ainda que o presente Regulamento deve ser articu-lado com o Regulamento Geral das Taxas, Outras Receitas e Licenças Municipais do Município do Funchal, uma vez que aí são reguladas as taxas específicas a aplicar, bem como as matérias referentes à sua liquidação.

Já em janeiro de 2015, a publicação e entrada em vigor do Decreto--Lei n.º 10/2015, de 16 de janeiro, procede a alterações ao regime do «Licenciamento Zero», que passa agora a ocupar -se apenas do regime de ocupação do espaço público, da afixação e da inscrição de mensagens publicitárias de natureza comercial, perdendo toda a sua vertente asso-ciada ao acesso e ao exercício de atividades económicas e aos horários de funcionamento.

Este diploma mantém o âmbito alargado do regime de ocupação do espaço público, que se aplica a qualquer atividade económica e não apenas às atividades que caíam no âmbito do «Licenciamento Zero».

No novo regime, e com o objetivo de uniformizar todos os mentos administrativos aplicáveis às atividades económicas, o procedi-mento de autorização substitui o procediprocedi-mento de comunicação prévia com prazo anteriormente previsto mesmo para efeitos de ocupação do espaço público quando haja necessidade de pedir dispensa de cumpri-mento de requisitos, conforme se refere no preâmbulo do Decreto -Lei n.º 10/2015, de 16 de janeiro. A definição e âmbito do procedimento de mera comunicação prévia de ocupação do espaço público constam dos n.os 1 e 2 do artigo 12.º do Decreto -Lei n.º 48/2011 de 1 de abril, enquanto a definição e âmbito do procedimento de autorização para a mesma finalidade constam do n.º 4 deste mesmo artigo.

Também os elementos instrutórios da autorização — com repercussão no que à ocupação do espaço público diz respeito — constam da lei, sem prejuízo de outros constantes de portaria ainda não publicada, já que apenas foi publicada a Portaria n.º 206 -C/2015, de 14 de julho, que contém os elementos instrutórios dos pedidos de autorização referentes ao artigo 5.º do RJACSR, esta referente à atividade económica e não à ocupação do espaço público. (Os elementos instrutórios da mera comunicação prévia de instalação de atividades constam da Portaria n.º 206 -B/2015, de 14 de julho.

O titular da exploração do estabelecimento é, ainda, obrigado a manter atualizados, através do «Balcão do Empreendedor», todos os dados comunicados, devendo proceder a essa atualização no prazo máximo de 60 dias após a ocorrência de qualquer modificação, deixando de existir a possibilidade prevista no «Licenciamento Zero» de o agente não ter que fazer essa comunicação quando efetue uma de idêntico conteúdo para dar cumprimento, ao agora n.º 2 do artigo 4.º e n.º 3 do artigo 5.º, ambos do RJACSR.

Refira -se, ainda, as alterações em matéria de competência para decidir o pedido de autorização de ocupação do espaço público, que é agora da Câmara Municipal, ao contrário do «Licenciamento Zero» em que a competência era do Presidente da Câmara Municipal, com faculdade de subdelegação, o que exige que se acautele a referida possibilidade de

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delegação que se afigura decorrer da leitura conjugada do previsto nos artigos 32.º, 33.º e 34.º do Regime Jurídico das Autarquias Locais.

Deste modo, as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 10/2015, diploma que aprovou o RJACSR no regime de utilização privativa do domínio municipal, justificam a apresentação da presente proposta.

O presente regulamento é desdobrado em dois corpos, um primeiro corpo principal condensando os normativos jurídicos, e um segundo corpo constituído por dois anexos ao corpo principal, o primeiro de-senvolvendo os critérios técnicos associados a cada tipo de ocupação e o segundo delimitando uma área mais restritiva para aplicação dos critérios, designada como Centro Histórico do Funchal.

O corpo principal apresenta -se sistematizado em sete capítulos: No Capítulo I integram -se as disposições gerais, como a indicação da norma habilitante (que é uma exigência constitucional), a identificação do seu âmbito, e as definições que relevam para a sua aplicação;

No Capítulo II estabelecem -se os princípios a que deve obedecer a ocupação do espaço público com suportes publicitários ou outros meios de ocupação do espaço público;

No Capítulo III regulam -se as questões de ordem procedimental: não cabendo ao regulamento definir o âmbito dos procedimentos nem a sua tramitação, que decorre da lei, cabe -lhe, no entanto, regular aspetos não menos relevantes destes procedimentos dos quais se realçam, desde logo, os aspetos instrutórios em complemento da lei e das portarias aplicáveis;

No Capítulo IV estabelecem -se as obrigações do titular no exercício da atividade ou ocupação;

No Capítulo V regulam -se a Fiscalização e as Medidas de Tutela da Legalidade;

No Capítulo VI regulam -se as Sanções: Contraordenações, Coimas e Sanções Acessórias;

Por último, no Capítulo VII estabelecem -se as Disposições Finais e Transitórias do Regulamento.

O segundo corpo do regulamento, complementar do primeiro corpo atrás descrito, é constituído por dois anexos:

O Anexo I, com as condições e critérios de ocupação, sistematizado em dois capítulos.

No Capítulo I do Anexo I são regulados os critérios a observar na ocupação do espaço municipal e na afixação, inscrição e difusão de mensagens publicitárias não sujeitas a licenciamento municipal, mas dependentes de apresentação de mera comunicação prévia ou de pedido de autorização;

No Capítulo II do Anexo I são regulados os critérios a observar na ocupação do espaço municipal e na afixação, inscrição e difusão de mensagens publicitárias sujeitas a licenciamento municipal.

O Anexo II consiste apenas na apresentação de uma planta com a identificação da delimitação do Centro Histórico do Funchal.

Refira -se, ainda, que nos termos do artigo 99.º do Novo Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro, a nota justificativa da proposta de regula-mento deve ser acompanhada por uma ponderação dos custos e benefí-cios das medidas projetadas.

Dando cumprimento a esta exigência acentua -se, desde logo, que uma parte relevante das medidas aqui introduzidas são uma decorrência lógica das alterações ao regime do Licenciamento Zero pelo Decreto--Lei n.º 10/2015, de 10 de janeiro, donde grande parte das vantagens do presente regulamento serem a de permitir concretizar e desenvolver o que se encontra previsto naquele diploma, garantindo, assim, a sua boa aplicação e, simultaneamente os seus objetivos específicos.

Do ponto de vista dos encargos, o presente regulamento não implica despesas acrescidas para o Município, uma vez que não se criam novos procedimentos que envolvam custos acrescidos na tramitação e na adaptação aos mesmos sendo, ademais, suficientes os recursos humanos existentes.

Resulta, assim, que a aprovação da presente Proposta de Regulamento se apresenta claramente como uma mais -valia para a caracterização do Município do Funchal como um município sustentável.

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Artigo 1.º

Lei habilitante

1 — O presente regulamento foi elaborado e aprovado ao abrigo do disposto no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, nas alínea g) do n.º 1 do artigo 25.º e nas alíneas k) e qq) do n.º 1 do artigo 33.º, ambos do Regime Jurídico das Autarquias Locais, aprovado

pela Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, na Lei n.º 2110/61, de 19 de agosto, na sua atual redação, na Lei n.º 34/2015 de 27 de abril, no Código da Publicidade, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 330/90, de 23 de outubro, nos artigos 1.º e 11.º da Lei n.º 97/88, de 17 de agosto, na sua atual redação, no Decreto -Lei n.º 280/2007, de 7 de agosto e no Decreto -Lei n.º 48/2011, de 1 de abril, alterada pelo Decreto -Lei n.º 141/2012, de 11 de julho e pelo Decreto -Lei n.º 10/2015 de 16 de janeiro.

2 — É ainda elaborado de acordo com os seguintes diplomas: a) Decreto -Lei n.º 330/90 de 23 de outubro, que aprovou o Código da Publicidade, nos artigos 1.º e 11.º da Lei n.º 97/88, de 17 de agosto e no Decreto -Lei n.º 48/2011, de 1 de abril, alterado pelo Decreto -Lei n.º 141/2012, de 11 de julho, pelo Decreto -Lei n.º 10/2015 de 16 de janeiro;

b) Código da Estrada aprovado pelo Decreto -Lei n.º 114/94, de 3 de maio, na versão atualizada pelo Decreto -Lei n.º 40/2016, de 29/07 e artigo 2.º do Decreto -Lei n.º 81/2006, de 20 de abril.

Artigo 2.º

Objeto

O presente regulamento define o regime, as condições e os critérios a que fica sujeita a afixação ou a inscrição das mensagens publicitárias sempre que estas sejam visíveis ou audíveis a partir do espaço público, bem como a ocupação privativa do espaço público, privado de uso público e privado municipal por quaisquer suportes publicitários e mobiliário urbano no Concelho de Funchal.

Artigo 3.º

Âmbito

1 — O presente regulamento aplica -se a qualquer forma de publi-cidade e propaganda, a todos os suportes de afixação ou inscrição de mensagens publicitárias em espaço público, privado de uso público e privado municipal, incluindo as mensagens difundidas, inscritas ou instaladas em veículos e ou reboques, meios aéreos, designadamente aeronaves ou dispositivos publicitários cativos e não cativos.

2 — Aplica -se, ainda a todo o tipo de mobiliário urbano, seja proprie-dade privada seja pública, ainda que explorado por concessão.

3 — Ficam excluídas:

a) A ocupação da via pública por motivos de obras, regida no Regu-lamento Municipal de Urbanização e Edificação (RMUE) do Município do Funchal;

b) A ocupação da via pública para atividade de comércio a retalho não sedentária exercida por feirantes e vendedores ambulantes, regida por regulamento próprio;

c) Os suportes com o símbolo oficial de farmácias, sem identificação de laboratórios ou produtos;

d) Os distintivos de qualquer natureza destinados a indicar que nos estabelecimentos onde estejam apostos se concedem regalias inerentes à utilização de sistemas de débito, crédito ou outros análogos, criados com o fim de facilitar o pagamento de serviços;

e) As mensagens publicitárias de natureza comercial quando afixadas ou inscritas em bens de que são proprietárias ou legítimas possuidoras ou detentoras entidades privadas, desde que não visíveis ou audíveis a partir do espaço público;

f) A propaganda de natureza político partidária, regida por legislação especial e por regulamento próprio do Município do Funchal;

4 — A afixação, inscrição ou divulgação de publicidade e a ocupação do espaço público, privado de uso público e privado municipal situado no Centro Histórico do Funchal, definido nos termos do artigo seguinte e delimitado no Anexo II, ficam adicionalmente sujeitos às normas es-pecíficas previstas neste regulamento, sem prejuízo de regulamentação especial e das restrições impostas pela lei geral.

Artigo 4.º

Definições

Para efeitos deste regulamento, entende -se por:

a) Anúncio ou Letreiro — suporte publicitário rígido instalado nas fachadas dos edifícios, perpendicular ou paralelo às mesmas, com ou sem moldura, estático ou rotativo, com mensagem publicitária em uma ou ambas as faces, ou ainda diretamente pintado ou colocado na fachada, podendo ser iluminado ou luminoso;

b) Anúncio eletrónico ou eletromagnético — suporte publicitário rígido, instalado nas fachadas ou estrutura independente, com sistema computorizado de emissão de mensagens e imagens com possibilidade de ligação a circuitos de TV, vídeo e similares;

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c) Anúncio iluminado — suporte publicitário instalado nas fachadas sobre o qual se faça incidir intencionalmente uma fonte de luz;

d) Anúncio luminoso — suporte publicitário rígido instalado nas fachadas do edifício, que emita luz própria;

e) Área contígua junto à fachada — a aplicar no regime de mera comunicação prévia, entende -se:

i) Para efeitos de ocupação de espaço público, a área que corresponde ao espaço público imediatamente contíguo à fachada do estabeleci-mento, não excedendo a sua largura e até ao limite de 1,00 m (100 cm) de profundidade;

ii) Para efeitos de colocação ou afixação de publicidade de natureza comercial e identificação, a área que corresponde ao espaço público imediatamente contíguo à fachada do estabelecimento, não excedendo a sua largura e até ao limite de 0,50 m (50 cm) medidos perpendicu-larmente à fachada do edifício, independentemente da altura em que esteja colocado;

f) Atividade de comércio a retalho não sedentária — a atividade de comércio a retalho em que a presença do comerciante nos locais de venda, em feiras ou de modo ambulante, não reveste um caráter fixo e perma-nente, realizada nomeadamente em unidades móveis ou amovíveis;

g) Atividade de restauração ou de bebidas não sedentária — a atividade de prestar serviços de alimentação e de bebidas, mediante remuneração, em que a presença do prestador nos locais da prestação não reveste um caráter fixo e permanente, nomeadamente em unidades móveis ou amo-víveis, (tais como tendas de mercado e veículos para venda ambulante) bem como em instalações fixas onde se realizem menos de 20 eventos anuais, com uma duração anual acumulada máxima de 30 dias;

h) Bandeira — insígnia, inscrita em pano, de uma ou mais cores, geralmente identificativa de países, entidades, organizações e outros, ou eventualmente com fins publicitários, afixada em poste ou estrutura semelhante apenas por um dos seus lados, com o poste geralmente inde-pendente das fachadas dos edifícios e afastado ou não afastado destas. i) Bandeirola — suporte publicitário rígido, que permaneça oscilante, afixado em mastro ou poste ou estrutura semelhante, geralmente inde-pendente das fachadas dos edifícios e afastado ou não afastado destas;

Brinquedo Mecânico ou Equipamento Similar

j) Brinquedo Mecânico ou Equipamento Similar — equipamento mecânico ou elétrico, ativado por moedas ou fichas, destinado ao en-tretenimento de crianças ou adultos.

k) Meios ou formas de publicidade, de caráter ocasional e efémera, que impliquem ações de rua e de contacto direto com o público, designada-mente as que consistem na distribuição de panfletos ou produtos, provas de degustação, ocupação do espaço público com objetos, equipamentos de natureza publicitária ou de apoio ou outras ações promocionais de natureza comercial;

l) Cartaz — suporte de mensagem publicitária inscrita em papel; m) Cavalete — suporte rígido não luminoso, localizado junto à entrada de estabelecimento de restauração ou de bebidas, destinado à afixação do respetivo menu;

n) Centro Histórico do Funchal — área delimitada no anexo II deste regulamento — «Planta com delimitação do Centro Histórico do Fun-chal»

o) Chapa — suporte não luminoso aplicado ou pintado em paramento visível, de caráter identificativo ou indicativo, sem emolduramento, com 0,01 m (1 cm) de espessura máxima e cujas dimensões não podem exceder os 0,50 m (50 cm) de largura por 0,30 m (30 cm) de altura.

p) Coluna publicitária — suporte de forma predominantemente ci-líndrica ou prismática, dotada de iluminação interior, apresentando por vezes uma estrutura dinâmica que permite a rotação das mensagens publicitárias;

q) Contentor para Resíduos — equipamento de apoio a esplanadas, de pequenas dimensões, que serve para deposição de resíduos ocasionais por parte dos clientes do estabelecimento, diferente dos contentores de resíduos sólidos, de resíduos de recolha seletiva ou papeleiras utilizados pela autarquia na salubridade urbana.

r) Dispositivos publicitários aéreos cativos — dispositivos publicitá-rios insufláveis, sem contacto com o solo, mas a ele espiados;

s) Dispositivos publicitários aéreos não cativos — dispositivos publi-citários instalados em aeronaves, helicópteros, balões, parapentes, asas delta, paraquedas e semelhantes, que não estejam fixados ao chão;

t) Espaço Público — todo o espaço que integra o domínio público, incluindo o subsolo, o solo e o espaço aéreo, nomeadamente passeios, avenidas, alamedas, ruas, praças, largos, caminhos, veredas, becos, pontes, viadutos, parques, jardins, lagos, ribeiras, ribeiros, fontes e galerias;

u) Espaço Privado de Uso Público — aquele que se encontra franque-ado ao público sem restrições de acesso, em relação direta e funcional com o espaço público adjacente e tenha sido constituído no âmbito de um processo de licenciamento ou comunicação prévia;

v) Esplanada aberta — instalação no espaço público de mesas, cadei-ras, guarda -sóis, aquecedores verticais e outro mobiliário urbano, sem qualquer tipo de proteção fixa ao solo, destinado a apoiar estabeleci-mentos de restauração ou de bebidas e similares ou empreendiestabeleci-mentos turísticos;

w) Esplanada fechada — esplanada integralmente protegida dos agen-tes climatéricos, através de qualquer tipo de proteção fixa ao solo, para efeitos de delimitação e cobertura, ainda que qualquer dos elementos da estrutura/cobertura seja rebatível, extensível ou amovível;

x) Estrado — estrutura de suporte inferior a uma esplanada, podendo ser do tipo fixo ou amovível;

y) Expositor — estrutura própria para apresentação de produtos co-mercializados no interior do estabelecimento comercial, instalada no espaço público;

z) Faixa Publicitária ou Fita — suporte de mensagem publicitária, inscrita em tela, afixada fora da fachada dos edifícios.

aa) Floreira — vaso ou recetáculo para plantas, destinado ao embe-lezamento, marcação ou proteção do espaço público;

bb) Guarda -vento — armação que protege do vento o espaço ocupado por uma esplanada, podendo ser do tipo fixo ou amovível;

cc) Letras soltas ou símbolos — suporte de mensagem publicitária, diretamente aplicada ou pintada nas fachadas dos edifícios, nas montras, nas portas ou janelas;

dd) Lona ou Tela Publicitária — dispositivo de suporte de mensagem publicitária inscrita em tela, possuindo ou não moldura ou similar, afixado em fachada, em empena de edifício ou noutros elementos de afixação;

ee) Máquina de Venda Automática — Equipamento mecânico ou elétrico, com dimensão predominantemente vertical, destinado a dis-pensar produtos (máquinas de tabaco, de refrigerantes, de chocolates, de preservativos, etc.)

ff) Mastro ou Poste — estrutura vertical aprumada e rígida de suporte, inserida no solo, destinada a ostentar bandeiras, bandeirolas, pendões ou similares;

gg) Mensagem publicitária — qualquer forma de comunicação feita por entidades de natureza privada, no âmbito de uma atividade comer-cial, industrial, artesanal ou liberal, com o objetivo direto ou indireto de promover, com vista à sua comercialização ou alienação, quaisquer bens ou serviços, iniciativas ou instituições e ainda quaisquer sinais ou denominações distintivos do estabelecimento, do comércio nele praticado ou do respetivo titular da exploração;

hh) Mobiliário urbano — objetos, estruturas ou equipamentos instala-dos, projetados ou apoiados no espaço público, destinados a uso público, que prestem um serviço coletivo ou que complementam uma atividade, ainda que de modo sazonal ou precário designadamente, esplanadas, quiosques, bancas, pavilhões, cabines, alpendres ou palas, toldos, sane-fas, guarda -sóis, estrados, vitrinas, expositores, guarda -ventos, bancos, papeleiras, sanitários amovíveis, coberturas de terminais, pilares, balões, relógios, focos de luz, suportes informativos, suportes publicitários, abrigos, corrimões, gradeamento de proteção e equipamentos diversos utilizados pelos concessionários de serviço público e outros elementos similares;

ii) Mupi — suporte construído por estrutura de dupla face, dotado de iluminação interior, que permite a afixação ou rotação de mensagens publicitárias;

jj) Painel Publicitário ou Outdoor — dispositivo, constituído por uma superfície para afixação de mensagens publicitárias estáticas ou rotativas, envolvido por uma moldura e estrutura de suporte fixada diretamente ao solo, com ou sem iluminação;

kk) Pala — elemento rígido de proteção contra agentes climatéricos, com predomínio da dimensão horizontal, fixo aos paramentos das fa-chadas, no qual pode estar inserida uma mensagem publicitária;

ll) Parklet — áreas contíguas aos passeios, onde poderão ser colo-cadas estruturas de estrado e mobiliário urbano diverso a fim de criar espaços de lazer e estadia, de uso público, onde antes existiam lugares de estacionamento automóvel;

mm) Pendão ou Banner — suporte publicitário, em pano, lona, plástico ou outro material não rígido, que permaneça oscilante, afixado em poste ou estrutura semelhante, geralmente independente das fachadas dos edifícios e afastado ou não afastado destas e que apresenta como forma característica o predomínio acentuada da dimensão vertical.

nn) Placa — suporte não luminoso, aplicado ou pintado em paramento visível, de caráter informativo, com ou sem emolduramento, cujas di-mensões não podem exceder os 1,00 m (100 cm) por 0,50 m (50 cm).

oo) Publicidade — qualquer forma de comunicação feita no âmbito de uma atividade comercial, industrial, artesanal ou liberal, com o objetivo direto ou indireto de promover, com vista à sua comercialização ou alienação, quaisquer bens ou serviços, ou promover ideias, princípios, iniciativas ou instituições;

pp) Publicidade sonora — atividade publicitária que utiliza o som como elemento de divulgação da mensagem publicitária;

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qq) Quiosque — construção aligeirada, composta de um modo geral por uma base, balcão, corpo e proteção, onde pode ser instalada ativi-dade terciária;

rr) Sanefa — elemento vertical de proteção contra agentes climaté-ricos, feito de lona ou material similar, colocado transversalmente na parte inferior dos toldos, no qual pode estar inserida uma mensagem publicitária;

ss) Sinalização direcional — placas de sinalização, implantadas su-cessivamente ao longo de um trajeto estabelecido, com mensagens ordenadas, pictogramas e setas direcionais;

tt) Suporte publicitário — meio utilizado para a transmissão de uma mensagem publicitária;

uu) Tabuleta ou Dispositivo Biface — suporte publicitário rígido, luminoso ou não, afixado perpendicularmente às fachadas dos edifícios, que permite a afixação de mensagens publicitárias em ambas as faces;

vv) Toldo — elemento de proteção contra agentes climatéricos, feito de lona ou material similar, rebatível, aplicável em vãos de portas, janelas e montras de estabelecimentos.

ww) Toldo Fixo ou Estrutura de Cobertura Fixa — elemento de pro-teção contra agentes climatéricos para uma esplanada, feito de lona ou material similar, suportado por uma estrutura aligeirada, fixa permanen-temente ao pavimento e/ou fachada.

xx) Totem — suporte publicitário, de informação ou de identificação, singular ou coletivo, normalmente constituído por estrutura de dupla face em suporte monolítico, podendo ser luminoso, iluminado ou não iluminado e conter motor que permite a rotação;

yy) Unidade Amovível — mobiliário ou material para exposição, venda, e arrumação de produtos, para apoio do exercício de atividade de comércio a retalho ou atividades de restauração ou de bebidas, de caráter não sedentário, que ocupem espaço público, privado de uso público ou privado municipal, com caráter de permanência em locais fixos previamente definidos pela Autarquia.

zz) Unidade Móvel — Veículo automóvel, reboque ou similar para exposição, venda, e arrumação de produtos, para apoio do exercício de atividade de comércio a retalho ou atividades de restauração ou de bebidas, de caráter não sedentário, que ocupem espaço público, privado de uso público ou privado municipal, com caráter de permanência em locais fixos previamente definidos pela Autarquia.

aaa) Vitrina ou Moldura — mostrador, envidraçado ou transparente, embutido ou saliente, colocado na fachada dos estabelecimentos comer-ciais, onde se expõem objetos e produtos para venda ou consumo ou se afixam informações.

Artigo 5.º

Obrigatoriedade do licenciamento ou comunicação

1 — Em caso algum é permitido qualquer tipo de publicidade ou outra utilização do espaço público constante do presente regulamento sem prévio licenciamento ou autorização a emitir pela Câmara Municipal, ou comunicação prévia à mesma nos termos legal e regulamentarmente previstos.

2 — Nos casos em que a afixação ou inscrição de mensagens publi-citárias ou ocupação do espaço público exija a execução de operações urbanísticas ficam as mesmas cumulativamente sujeitas ao respetivo regime legal aplicável.

3 — É proibida a afixação e a inscrição de mensagens publicitárias em qualquer bem sem o consentimento dos proprietários, possuidores ou detentores dos mesmos.

Artigo 6.º

Natureza das licenças e demais ocupações do domínio municipal

1 — Todas as licenças concedidas ao abrigo do presente Regulamento têm natureza precária, podendo a Câmara Municipal proceder à sua revogação ou suspensão.

2 — Têm igualmente natureza precária as demais ocupações do espaço público ou privado de uso público e privado municipal com mensagens publicitárias ou com mobiliário urbano abrangidas pelo regime do Li-cenciamento Zero, nomeadamente as decorrentes de um pedido de autorização ou de uma mera comunicação prévia, podendo a Câmara Municipal proceder à sua revogação ou suspensão.

3 — A revogação ou a suspensão de uma licença, e das ocupações derivadas de um pedido de autorização ou uma mera comunicação prévia, por motivo não imputável ao seu titular, dá lugar à devolução do valor das taxas correspondentes ao período não utilizado.

4 — Quando as características urbanísticas, paisagísticas ou culturais o justifiquem, podem ser aprovados pela Câmara Municipal Planos de Ocupação do Espaço Público (POEP), estabelecendo os locais passíveis de instalação de elementos de mobiliário urbano, suportes publicitários ou outras ocupações, bem como as características formais e funcionais a que estes devem obedecer, cuja eficácia depende de publicitação.

5 — Quando imperativos de reordenamento do espaço público, no-meadamente a aprovação de planos territoriais de âmbito municipal ou outros estudos urbanísticos, de execução de obras ou outros de ma-nifesto interesse público assim o justifique, pode ser ordenada pelo presidente da câmara a remoção de equipamentos urbanos, mobiliário urbano e suportes publicitários ou a sua transferência para outro local do Município.

Artigo 7.º

Taxas

1 — O titular da exploração fica sujeito ao pagamento das taxas previstas na Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais, em vigor no Município do Funchal, as quais serão divulgadas na página eletrónica do Município (http://www.cm -funchal.pt) e no Balcão do Empreendedor, para efeitos da mera comunicação prévia e da autorização.

2 — A liquidação do valor das taxas no regime de licenciamento é efetuada aquando do levantamento do alvará de licenciamento ou, no caso de renovação, no prazo fixado para o efeito, sob pena de caducidade do respetivo direito.

3 — A apresentação de mera comunicação prévia e de autorização pressupõe, como condição de processabilidade e eficácia, a prévia li-quidação das taxas, efetuada conforme instruções publicadas no Balcão do Empreendedor, as quais são devidas pelo ano civil à qual a utilização se reporta ou sua fração.

4 — Salvo disposição legal em contrário, as entidades legalmente isentas de pagamento de taxas às autarquias não estão isentas do pro-cesso de licenciamento.

Artigo 8.º

Exclusivos

A Câmara Municipal pode conceder, nos locais de domínio municipal, mediante concurso público de concessão, exclusivos de exploração pu-blicitária, podendo reservar alguns espaços para difusão de mensagens relativas a atividades do Município ou apoiadas por ele.

Artigo 9.º

Ocupações temporárias

1 — A Câmara Municipal pode conceder licenças para ocupação temporárias, de natureza periódica ou casuística.

2 — A ocupação temporária deve obedecer às condições de exercício e critérios previstos no artigo 51.º do anexo I deste regulamento para as ocupações temporárias periódicas e no artigo 52.º do anexo I deste regulamento para as ocupações temporárias casuísticas.

CAPÍTULO II

Ocupação do domínio municipal

Artigo 10.º

Princípios gerais de ocupação do espaço público, privado de uso público e privado municipal com suportes publicitários ou mobiliário urbano

A ocupação do espaço público, privado de uso público e privado mu-nicipal com suportes publicitários ou mobiliário urbano não é permitida quando possa pôr em causa a segurança ou causar danos a terceiros, prejudicar o ambiente, a salubridade ou o equilíbrio urbano, em parti-cular nos casos seguintes:

a) Prejudique a segurança de pessoas e bens, nomeadamente na cir-culação pedonal e rodoviária;

b) Prejudique a circulação rodoviária e pedonal, designadamente a dos cidadãos com mobilidade reduzida;

c) Prejudique o acesso aos edifícios e a usufruição de espaços públicos, nomeadamente praças e jardins;

d) Prejudique o acesso ou a visibilidade de imóveis classificados ou em vias de classificação;

e) Prejudique o acesso a edifícios onde funcionem hospitais, esta-belecimentos de saúde, de ensino ou outros serviços públicos, locais de culto, cemitérios, elementos de estatuária e arte pública, fontes, fontanários e chafarizes;

f) Prejudique a utilização de outro mobiliário urbano;

g) Prejudique ou dificulte a circulação de veículos de socorro ou emergência;

h) Prejudique a eficácia da sinalização de trânsito, apresentando me-canismos, disposições, formatos ou cores que possam confundir -se com

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a dita sinalização e ou que possam distrair ou provocar o encadeamento dos peões ou automobilistas;

i) Prejudique a saúde e o bem -estar de pessoas, o seu sossego e tranquilidade, nomeadamente produzindo níveis de ruído acima dos admissíveis por lei;

j) Diminua a eficácia da iluminação pública;

k) Prejudique a ação dos concessionários que operam à superfície ou no subsolo;

l) Prejudique ou possa contribuir, direta ou indiretamente, para a degradação da qualidade e salubridade dos espaços públicos;

m) Prejudique ou possa contribuir, direta ou indiretamente, para a degradação das áreas verdes ou dificulte a sua conservação;

n) Provoque a obstrução de perspetivas panorâmicas ou afete a estética ou o ambiente dos lugares ou da paisagem;

o) Contribua para a descaracterização da imagem e da identidade dos espaços e dos valores urbanos, naturais ou construídos do Concelho do Funchal, designadamente do Centro Histórico do Funchal;

p) Prejudique a visibilidade ou a leitura ou se sobreponha a cunhais, pilastras, cornijas, emolduramentos de vãos de portas e janelas, gradea-mentos e outros elegradea-mentos com interesse arquitetónico ou decorativo de edifícios, monumentos ou locais de interesse histórico ou cultural;

q) Prejudique a beleza, o enquadramento ou a perceção de edifícios classificados ou em vias de classificação, conjuntos urbanos tradicionais e de todas as restantes áreas protegidas patrimonialmente, assim como o seu enquadramento orgânico, natural ou construído, definidos nos termos da legislação aplicável.

Artigo 11.º

Princípios gerais de afixação e inscrição de mensagens publicitárias

1 — A afixação e inscrição de mensagens publicitárias é proibida sempre que os suportes publicitários possam causar danos irreparáveis nos materiais de revestimento exterior dos edifícios ou possam compro-meter a estética, o ambiente e a salubridade dos lugares ou a segurança de pessoas e bens ou causem danos a terceiros, nomeadamente quando se trate de:

a) Faixas publicitárias ou fitas de pano, plástico, papel ou outro material semelhante;

b) Pintura e colagem ou afixação de cartazes nas fachadas dos edifícios ou em qualquer outro mobiliário urbano;

c) Suportes publicitários que excedam a frente do estabelecimento, devendo a publicidade circunscrever -se a área do respetivo estabeleci-mento, obedecendo a regras de harmonia e de relação de escala com o edifício.

2 — A afixação e inscrição de mensagens publicitárias não pode prejudicar a segurança de pessoas e bens, designadamente:

a) Afetar a iluminação pública;

b) Prejudicar a visibilidade de placas toponímicas, semáforos e sinais de trânsito;

c) Afetar a circulação de peões, especialmente dos cidadãos com mobilidade reduzida.

3 — A afixação e inscrição de mensagens publicitárias é expressa-mente proibida:

a) Em sinais de trânsito, semáforos, postes públicos, pilaretes dissua-sores e candeeiros, placas toponímicas e números de polícia e em placas informativas sobre edifícios com interesse público;

b) Em edifícios classificados ou em vias de classificação ou em imóveis contemplados com prémios de arquitetura, exceto quando a mensagem publicitária se circunscreva à identificação da atividade exercida e de quem a exerce e desde que não exceda as dimensões de 0,50 m (50 cm) de largura por 0,30 m (30 cm) de altura e seja colocada junto à porta principal do imóvel, mediante parecer favorável da Direção Regional da Cultura (DRC), ou da entidade/organismo que suceda nas respetivas competências, exceto no caso de imóveis classificados como de interesse municipal (IIM), pelos quais a Autarquia tem a respetiva tutela.

c) Em equipamento móvel urbano, nomeadamente papeleiras ou outros recipientes utilizados para a higiene e limpeza pública;

d) No interior de áreas verdes, nomeadamente canteiros urbanos ou floreiras, exceto quando expressamente autorizados ou licenciados pela autarquia;

e) Em imóveis onde funcionem serviços públicos, designadamente sedes de órgãos de soberania ou de autarquias locais;

f) Em viadutos rodoviários e passagens superiores para peões; g) Em edificações ilegais.

4 — Para efeitos do disposto no artigo 26.º do Decreto -Lei n.º 10/2015 de 16 de janeiro, que aprovou o regime jurídico de acesso e exercício de atividades de comércio, serviços e restauração (RJACSR), todas as informações sobre a natureza, características e garantias de bens ou ser-viços oferecidos ao público, divulgadas por qualquer meio publicitário, têm de ser redigidas em língua portuguesa, nos termos do Decreto -Lei n.º 238/86, de 19 de agosto, alterado pelo Decreto -Lei n.º 42/88, de 6 de fevereiro, sem prejuízo da utilização, em complemento, de outras línguas.

5 — A publicidade sonora deve respeitar os limites impostos pela legislação aplicável a atividades ruidosas.

Artigo 12.º

Outras ocupações interditas

Sem prejuízo do disposto no artigo 14.º do presente regulamento, na totalidade da área do território do Concelho do Funchal consideram -se expressamente interditas, de modo permanente, as seguintes ocupa-ções:

a) Os suportes publicitários de natureza comercial diretamente pinta-dos sobre a fachada pinta-dos imóveis, com exceção de anúncios ou letreiros considerados históricos ou de letras pintadas nas fachadas dos edifícios com apenas o nome do estabelecimento.

b) As inscrições ou pinturas murais com fins publicitários em edifícios classificados ou em vias de classificação, edifícios religiosos, sedes de autarquias locais, sinais de trânsito, placas de sinalização direcional, interior de repartições ou edifícios públicos ou franqueados ao público, incluindo estabelecimentos comerciais situados no Centro Histórico do Funchal;

c) Os grafitis de qualquer natureza, independentemente do seu con-teúdo, exceto nos locais que se encontrem para o efeito definidos pelo Município do Funchal;

d) As faixas publicitárias ou fitas de pano, plástico, papel ou qual-quer outro material análogo, situadas em espaço do domínio público, privado de uso público ou privado municipal, ainda que autorizadas por outras entidades, sem prejuízo do disposto no artigo 35.º do anexo I do presente Regulamento;

e) Os aparelhos de ar condicionado (sistemas de climatização) nas fachadas, exceto quando está prevista a sua incorporação intencional na fachada ou fachadas por projeto de arquitetura do edifício, integrante de um pedido de licenciamento ou de comunicação prévia apresentado ao Município do Funchal.

f) Os cartazes ou afins, afixados através de perfuração, colagem ou outros meios semelhantes sem suporte publicitário como base de afixação;

g) A ocupação do espaço público, privado de uso público ou privado municipal com instalações que perturbem a visibilidade das montras dos estabelecimentos comerciais, salvo se instalada pelo proprietário dos mesmos;

h) A ocupação do espaço público, privado de uso público ou privado municipal com esplanadas fechadas, em toda a área do Concelho do Funchal.

i) A instalação de toldos fixos ou estruturas de cobertura fixas de esplanada no Centro Histórico do Funchal, sem prejuízo do disposto no artigo 48.º do anexo I do presente Regulamento, aplicável para as áreas fora do Centro Histórico do Funchal;

j) A instalação de guarda -ventos fixos em toda a área do Concelho do Funchal, sem prejuízo do disposto no artigo 46.º do anexo I do presente Regulamento.

k) As carpetes, tapetes ou qualquer outro tipo de elemento/material que oculte o pavimento, à exceção dos autorizados ou implementados pela autarquia;

l) As floreiras, à exceção das autorizadas ou implementadas pela autarquia;

m) Os contentores para resíduos no exterior do estabelecimento no Centro Histórico do Funchal, sem prejuízo do disposto no artigo 24.º do anexo I do presente Regulamento, aplicável para as áreas fora do Centro Histórico do Funchal;

n) As vitrinas ou molduras, sem prejuízo do disposto no artigo 13.º do anexo I do presente Regulamento;

o) Os expositores, sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 20.º do anexo I do presente Regulamento;

p) A instalação de máquinas de venda automática em toda a área do Concelho do Funchal, sem prejuízo do disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 21.º do anexo I do presente Regulamento;

q) As arcas ou máquinas de gelados no Centro Histórico do Funchal, à exceção dos autorizados ou implementados pela autarquia.

r) Os cartazes de gelados no exterior;

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t) Os brinquedos mecânicos e equipamentos similares no Centro Histórico do Funchal, sem prejuízo do disposto no artigo 25.º do anexo I do presente Regulamento, aplicável para as áreas fora do Centro His-tórico do Funchal;

u) Os suportes publicitários nas coberturas dos edifícios, sem prejuízo do disposto no artigo 31.º do anexo I do presente Regulamento, aplicável para as áreas fora do Centro Histórico do Funchal;

v) A utilização de panfletos publicitários ou semelhantes projetados ou lançados por meios terrestres ou aéreos;

w) O exercício de comércio do ramo alimentar em roulottes ou carrinhas -bar, fora dos espaços previamente autorizados pela Autar-quia;

x) A ocupação do domínio público ou privado municipal com gre-lhadores e afins no Centro Histórico do Funchal, exceto para os fins previstos no n.º 5 do artigo 50.º do anexo I deste regulamento, quando autorizado ou licenciado pela Autarquia;

y) Qualquer tipo de publicidade afixada diretamente nas superfícies envidraçadas dos vãos dos edifícios, designadamente telas, vinil auto-colante ou outra qualquer película que obstrua a visibilidade total para o interior do estabelecimento, sem prejuízo do disposto no artigo 5.º do anexo I do presente Regulamento.

Artigo 13.º

Conteúdo da Mensagem Publicitária

Sem prejuízo do constante na legislação aplicável, designadamente o rigoroso cumprimento das disposições do Código da Publicidade, a mensagem publicitária deve respeitar as seguintes normas:

a) A utilização de idiomas de outros países só é permitida quando a men-sagem tenha por destinatários exclusivos ou principais os estrangeiros, quando se trate de firmas, nomes de estabelecimentos, marcas e insígnias devidamente registadas ou de expressões referentes ao produto publicitado;

b) A afixação ou inscrição de publicidade do estabelecimento comer-cial só é admitida quando a atividade exercida pelo mesmo se encontre devidamente regularizada nos termos legais.

Artigo 14.º

Instrumentos de Gestão Territorial e Normas Regulamentares

A afixação de publicidade ou outras utilizações do espaço público, para além dos princípios gerais contidos no presente capítulo, está subordinada às regras específicas que lhe sejam aplicáveis quanto à componente construtiva contidas nos Planos Territoriais de Âmbito Municipal (PTAM) e no Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação (RMUE) do Funchal, podendo a Câmara Municipal, por deliberação, definir áreas específicas da cidade onde a afixação de mensagens publicitárias passa a ser interdita.

CAPÍTULO III

Regras procedimentais

SECÇÃO I

Mera Comunicação Prévia e Autorização

Artigo 15.º

Disposições Gerais

1 — Sem prejuízo da aplicação das normas constantes do presente regulamento no que concerne à instalação e/ou implantação de qualquer elemento que venha a ocupar o espaço público, é simplificado o respetivo regime de ocupação, substituindo -se o licenciamento por uma mera comunicação prévia, ou autorização, para determinados fins, conexos com a atividade exercida pelo respetivo estabelecimento.

2 — É simplificado o regime de afixação e da inscrição de mensagens publicitárias de natureza comercial, designadamente, mediante a elimi-nação do respetivo licenciamento, desde que as mesmas sejam conexas com o seu objeto de negócio.

3 — As comunicações referidas nos pontos anteriores são efetuadas no Balcão do Empreendedor, acessível através do Portal da Empresa.

4 — Está sujeita a mera comunicação prévia a ocupação do espaço público, privado de uso público e privado municipal junto à fachada do estabelecimento ou em área contígua à fachada do estabelecimento, conforme definida neste Regulamento e de acordo com os limites e critérios fixados, para os seguintes fins:

a) Instalação de toldo e respetiva sanefa; b) Instalação de esplanada aberta;

c) Instalação de vitrina ou moldura e expositor;

d) Instalação de suporte publicitário, nos casos em que é dispensado o licenciamento da afixação ou da inscrição de mensagens publicitárias de natureza comercial;

e) Instalação de arcas e máquinas de gelados;

f) Instalação de brinquedos mecânicos e equipamentos similares; g) Instalação de floreira;

h) Instalação de contentor para resíduos.

5 — Aplica -se o procedimento de autorização à ocupação do espaço público, privado de uso público e privado municipal nos casos em que a localização ou as características do mobiliário urbano previsto no nú-mero anterior não respeitarem os limites e critérios fixados no presente Regulamento e respetivos anexos.

6 — A ocupação do espaço público, privado de uso público e privado municipal para fins distintos dos mencionados no n.º 4 deste artigo está sujeita a licença municipal.

7 — A ocupação do espaço público, privado de uso público e privado municipal bem como a afixação, inscrição e difusão de mensagens pu-blicitárias de natureza comercial deve obedecer aos critérios previstos no anexo I do presente Regulamento, em função da localização e tipo de suporte utilizado.

8 — Pela ocupação do espaço público, privado de uso público e privado municipal com elementos de mobiliário urbano e com suportes publicitários de mensagens publicitárias, serão sempre devidas as taxas previstas no Regulamento de Tabela de Taxas, Licenças e Outras Receitas Municipais em vigor no Concelho do Funchal.

9 — A apresentação da mera comunicação prévia deve conter os seguintes elementos, sem prejuízo da apresentação dos demais previstos na Portaria n.º 206 -B/2015, de 14 de julho, que identifica os dados e os elementos instrutórios a constar nas meras comunicações prévias relativas às atividades previstas no n.º 1 do artigo 4.º do Regime jurídico de acesso e exercício de atividades de comércio, serviços e restauração (RJACSR), anexo ao Decreto -Lei n.º 10/2015, de 16 de janeiro, ou noutra que a venha a substituir:

a) A identificação do titular da exploração do estabelecimento, com menção do nome ou firma e do número de identificação fiscal;

b) O endereço da sede da pessoa coletiva ou do empresário em nome individual;

c) O endereço do estabelecimento ou armazém e o respetivo nome ou insígnia;

d) A indicação do fim pretendido com a ocupação do espaço pú-blico;

e) A identificação das características e da localização do mobiliário urbano a colocar;

f) A declaração do titular da exploração de que respeita integralmente as obrigações legais e regulamentares sobre a ocupação do espaço público.

10 — O procedimento de autorização deve conter os seguintes ele-mentos, sem prejuízo da apresentação dos demais previstos no artigo 3.º da Portaria n.º 206 -C/2015, de 14 de julho, que identifica os dados e os elementos instrutórios que os pedidos de autorização relativos às atividades previstas no n.º 1 do artigo 5.º do RJACSR. ou noutra que a venha a substituir:

a) A identificação do titular da exploração do estabelecimento, com menção do nome ou firma e do número de identificação fiscal;

b) O endereço da sede da pessoa coletiva ou do empresário em nome individual;

c) O endereço do estabelecimento ou armazém e o respetivo nome ou insígnia;

d) A indicação do fim pretendido com a ocupação do espaço pú-blico;

e) A identificação das características e da localização do mobiliário urbano a colocar;

f) Planta de localização atualizada (escala de 1:1000), fornecida pela Autarquia com indicação do local sobre o qual incide o pedido;

g) Planta de implantação à escala assinalando as dimensões (compri-mento e largura) do local, as distâncias do mobiliário ou suporte objeto do pedido a lancis, candeeiros, árvores ou outros elementos existentes;

h) Alçados de integração dos elementos a instalar, quando se justifique; i) Fotografias ou desenhos dos equipamentos a instalar, com indicação das suas características técnicas.

Artigo 16.º

Mensagens publicitárias

1 — A afixação, inscrição e difusão de mensagens publicitárias de natureza comercial, depende de licença, salvo nas situações previstas no número seguinte.

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2 — Sem prejuízo das regras sobre a utilização do espaço público, privado de uso público e privado municipal e do regime jurídico da conservação da natureza e biodiversidade, a afixação e a inscrição de mensagens publicitárias de natureza comercial não estão sujeitas a li-cenciamento, a autorização, a autenticação, a validação, a certificação, a atos emitidos na sequência de pedidos de autorização, a registo ou a qualquer outro ato permissivo, nem a mera comunicação prévia nos seguintes casos:

a) Quando as mensagens publicitárias de natureza comercial estejam afixadas ou inscritas em bens de que são proprietárias ou legítimas possuidoras ou detentoras entidades privadas e não sejam visíveis ou audíveis a partir do espaço público;

b) Quando as mensagens publicitárias de natureza comercial estejam afixadas ou inscritas em bens de que são proprietárias ou legítimas possuidoras ou detentoras entidades privadas e a mensagem publicita os sinais distintivos do comércio do estabelecimento ou do respetivo titular da exploração ou está relacionada com bens ou serviços comercializados no prédio em que se situam, ainda que sejam visíveis ou audíveis a partir do espaço público;

c) Quando as mensagens publicitárias de natureza comercial ocupam o espaço público contíguo à fachada do estabelecimento e publicitam os sinais distintivos do comércio do estabelecimento ou do respetivo titular da exploração ou estejam relacionadas com bens ou serviços comercializados no estabelecimento.

Artigo 17.º

Suportes Publicitários

1 — Os suportes publicitários das mensagens publicitárias referidas nas alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo anterior estão sempre sujeitos aos procedimentos de mera comunicação prévia ou de autorização, nos termos do presente regulamento.

2 — A afixação de suportes publicitários referidas nas alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo anterior com mensagens publicitárias de natureza comercial deve obedecer aos critérios previstos no anexo I do presente Regulamento, em função da localização e tipo de suporte utilizado.

3 — Pela afixação de suportes publicitários de mensagens publicitárias na parte exterior dos bens imóveis ou móveis, mesmo que em bens de que são proprietárias ou legítimas possuidoras ou detentoras entidades privadas, serão devidas as taxas previstas no Regulamento de Tabela de Taxas, Licenças e Outras Receitas Municipais em vigor no Concelho do Funchal.

4 — A afixação se suportes publicitários com mensagens publicitá-rias carece sempre do consentimento dos proprietários, possuidores ou detentores dos bens.

Artigo 18.º

Pedido de informação prévia

1 — Qualquer interessado pode requerer ao Município do Funchal informação prévia sobre os elementos que possam condicionar a afixa-ção ou inscriafixa-ção de mensagens publicitárias ou a ocupaafixa-ção do espaço público, privado de uso público e privado municipal, para determinado local, ao abrigo do presente Regulamento.

2 — O pedido de informação prévia deve ser elaborado nos termos do Código do Procedimento Administrativo (CPA) e ser instruído com os elementos necessários à compreensão do mesmo, sem prejuízo de, se estritamente necessário, poderem vir a ser solicitados pelos serviços municipais elementos adicionais.

3 — Com a apresentação do pedido de informação prévia para licen-ciamento de publicidade ou para ocupação do espaço público, privado de uso público e privado municipal é devida a taxa prevista no Regulamento de Cobrança e Tabela de Taxas, Licenças e Outras Receitas Municipais em vigor no Concelho do Funchal.

4 — A resposta à informação prévia deve ser prestada no prazo de 20 dias úteis a contar da data de receção do pedido e está sujeita às garantias gerais previstas no CPA.

SECÇÃO II

Licença

Artigo 19.º

Pedido de licenciamento

1 — O pedido de licenciamento é formulado através de requerimento dirigido ao presidente da Câmara Municipal de Funchal, acompanhado dos documentos instrutórios referidos nos artigos seguintes e os que lhe forem aplicáveis por força da legislação em vigor, bem como de

todos os elementos que o requerente considere úteis para a apreciação da sua pretensão.

2 — O requerimento e documentos anexos devem ser apresentados em formato digital.

3 — Salvo nos casos devidamente fundamentados pela natureza do evento, o pedido de licenciamento deve ser requerido com a antece-dência mínima de 30 dias em relação à data pretendida para o início da ocupação ou utilização do espaço público, privado de uso público e privado municipal.

4 — Se a ocupação do espaço público, privado de uso público e privado municipal ou a afixação, inscrição ou difusão de mensagens publicitárias exigirem a execução de obras de construção civil, o licen-ciamento destas deve ser requerido previamente, nos termos da legislação específica aplicável.

5 — A emissão de licença para a ocupação do espaço público, privado de uso público e privado municipal ou para a afixação, inscrição ou divulgação de mensagens publicitárias, não dispensa a obtenção das demais licenças ou autorizações exigíveis, quer municipais, quer da competência de outras entidades.

Artigo 20.º

Instrução do pedido de licenciamento de ocupação de espaço público, privado de uso público e privado municipal

1 — O pedido de licenciamento deve conter os seguintes elementos: a) A identificação e residência ou sede do requerente, incluindo, quando possível, a indicação do número de bilhete de identidade ou cartão do cidadão, data e local da respetiva emissão, no caso de pessoas singulares nacionais, ou número e demais dados do respetivo passaporte, no caso de pessoas singulares estrangeiras;

b) O número de identificação fiscal da pessoa individual ou coletiva, quando possível e código de acesso à certidão permanente, no caso destas últimas;

c) A menção da legitimidade do requerente, designadamente pro-prietário, possuidor, locatário, mandatário ou titular de outro direito que permita a apresentação do pedido, a qual deve ser devidamente comprovada;

d) No caso de edifícios submetidos ao regime de propriedade horizon-tal, ata de reunião do condomínio na qual seja autorizada a instalação de publicidade e ocupação do espaço aéreo;

e) Identificação do alvará de licença ou de autorização de utilização emitido pelo Município do Funchal, quando for caso disso;

f) A indicação do fim pretendido com a ocupação do espaço pú-blico;

g) A identificação das características e da localização do mobiliário urbano a colocar;

h) Planta de localização atualizada (escala de 1:1000), fornecida pela Autarquia, com o local a ocupar ou para o qual se pretende efetuar o licenciamento devidamente assinalado;

i) Planta de implantação à escala assinalando as dimensões (compri-mento e largura) do local, as distâncias do mobiliário ou suporte objeto do pedido a lancis, candeeiros, árvores ou outros elementos existentes;

j) Projeto, constituído por plantas, cortes e alçados devidamente cotados, a apresentar com o pedido de instalação de coberturas fixas de esplanadas, quiosques, palas, estrados e similares, quando for o caso;

k) Memória descritiva com identificação das características técnicas dos equipamentos a colocar complementada com a respetiva represen-tação gráfica ou fotografias;

l) Fotografias a cores atualizadas do imóvel e do local de instalação incluindo, caso se justifique, fotomontagem da integração;

m) Termo de responsabilidade do técnico, acompanhado de estudo de estabilidade, caso se trate de anúncios iluminados, luminosos ou eletrónicos, ou painéis cujas estruturas se pretendam instalar acima de 4,00 m do solo;

n) O período de ocupação, utilização, difusão ou visualização pre-tendido;

o) Outros elementos que visem demonstrar o cumprimento das regras previstas nos anexos do presente Regulamento;

p) Pareceres emitidos em caso de consultas obrigatórias em função do objeto do pedido.

2 — Nos 8 dias subsequentes à entrada do requerimento e por uma única vez, o Município do Funchal pode ainda exigir ao requerente a junção de outros elementos que se revelem necessários para a apreciação do pedido, fixando o prazo para a sua apresentação.

3 — A não junção, pelo requerente e no prazo que para o efeito lhe for fixado, dos elementos que forem solicitados pelo Município do Funchal constitui fundamento para a rejeição liminar da pretensão.

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Artigo 21.º

Instrução do pedido de licenciamento de afixação de mensagens publicitárias

1 — O pedido de licenciamento para afixação, inserção ou difusão de mensagens publicitárias deve conter os seguintes elementos:

a) A identificação e residência ou sede do requerente, incluindo, quando possível, o número de bilhete de identidade ou cartão do cida-dão, data e local da respetiva emissão, no caso de pessoas singulares nacionais, ou número e demais dados do respetivo passaporte, no caso de pessoas singulares estrangeiras;

b) O número de identificação fiscal da pessoa individual ou coletiva, quando possível e código de acesso à certidão permanente, no caso destas últimas;

c) A menção da legitimidade do requerente, designadamente pro-prietário, possuidor, locatário, mandatário ou titular de outro direito que permita a apresentação do pedido, a qual deve ser devidamente comprovada;

d) Planta de localização atualizada (escala de 1:1000), fornecida pela Autarquia, com o local para o qual se pretende efetuar o licenciamento devidamente assinalado;

e) Indicação das características técnicas do suporte e layout da men-sagem publicitária, incluindo representação gráfica da respetiva inte-gração no local;

f) Fotografias a cores atualizadas do imóvel e do local de instala-ção;

g) O período de difusão ou visualização pretendido.

2 — Para além dos elementos referidos no número anterior, os pe-didos de licenciamento de publicidade devem ainda ser instruídos com os seguintes elementos:

a) Para a publicidade com cartazes temporários relativos a even-tos — declaração da entidade promotora pela qual a mesma se com-promete, no prazo de três dias consecutivos após o acontecimento, a retirar toda a publicidade, deixando o espaço ocupado totalmente limpo, sob pena de assumir todas as despesas inerentes à remoção e depósito se a tal houver lugar;

b) Para a publicidade exibida em veículos particulares, de empresa ou transportes públicos — desenho do meio ou suporte, com indicação da forma e dimensões da inscrição ou afixação; fotografia a cores do(s) veículo(s) com montagem do grafismo a colocar e com a matrícula legível, aposta em folha A4; fotocópia do registo de propriedade e do livrete do veículo ou documento único automóvel; declaração do proprietário do veículo, quando não seja o apresentante, autorizando a colocação de publicidade;

c) Para a publicidade exibida em reboques — desenho do meio ou suporte aplicado no reboque, com indicação da forma e dimensões da inscrição ou afixação, fotografia a cores do(s) mesmo(s) com montagem do grafismo a colocar e com a matrícula do veículo que reboca legível, aposta em folha A4; esquema com o percurso do reboque publicitário; quando for acompanhado de publicidade sonora, pedido da licença especial de ruído. Caso se trate de publicidade em veículos pesados ou atrelados/reboques que ultrapassem as medidas normais previstas na legislação, é necessário, para além dos elementos referidos nesta alínea, cópia da autorização especial de trânsito;

d) Para publicidade exibida em transportes aéreos e não cativos — plano de voo da aeronave e declaração, sob compromisso de honra, de que a ação publicitária não contende com zonas sujeitas a servidões militares ou aeronáuticas;

e) Para a publicidade exibida em dispositivos aéreos cativos — no caso de a ação publicitária contender com zonas sujeitas a servidões militares ou aeronáuticas, apresentação da autorização prévia e expressa dos titulares de direitos ou jurisdição sobre os espaços onde se pretende a sua instalação;

f) Para a publicidade sonora direta na via pública ou para a via pú-blica — licença especial de ruído;

g) Para a publicidade em mupis — planta de localização;

h) Para a publicidade em mastros ou postes — descrição ou esquema da bandeira, bandeirola ou pendão;

i) Para a campanha publicitária de rua — maquete do panfleto ou produto a divulgar e desenho do equipamento de apoio, descrição sucinta da campanha com indicação da forma, dimensões e balanço de afixação, quando for o caso; número de participantes e modo de identificação dos mesmos.

Artigo 22.º

Audiência Prévia

Sem prejuízo do disposto no artigo 124.º do Código de Procedimento Administrativo (CPA), em caso de intenção de indeferimento do pedido

de licenciamento deve ser assegurada o exercício da audiência de inte-ressados, nos termos previsto no referido diploma legal.

Artigo 23.º

Notificação da decisão final

A notificação do ato de deferimento do pedido licenciamento de ocu-pação de espaço público, privado de uso público e privado municipal e de afixação de mensagens publicitárias deve conter:

a) O prazo para requerer a emissão do alvará e pagamento da taxa respetiva;

b) O valor da taxa a pagar;

c) A forma e o montante da caução a prestar a favor do Município do Funchal;

d) A exigência de contratação de seguro de responsabilidade civil para ressarcimento de danos causados a terceiros ou ao Município do Funchal, bem como o seu montante mínimo.

Artigo 24.º

Conteúdo do alvará de licença

O alvará deve sempre especificar as obrigações e condições a cumprir pelo seu titular, nomeadamente:

a) O âmbito da licença; b) O prazo de vigência;

c) O número de ordem atribuído ao meio ou suporte, o qual deve ser afixado no mesmo, juntamente com a identidade do titular;

d) A forma e o montante da caução, se exigido;

e) O montante do seguro de responsabilidade civil, se exigido; f) Outros elementos específicos.

Artigo 25.º

Emissão do Alvará

1 — A licença, ocupação de espaço público, privado de uso público e privado municipal e para afixação, inscrição ou divulgação de mensagens publicitárias é titulada por alvará, a emitir no prazo de 5 dias a contar da data do respetivo pedido.

2 — O regime jurídico da emissão das licenças e respetivos alvarás rege -se pelo disposto no presente regulamento e no Regulamento Geral das Taxas, Outras Receitas e Licenças Municipais do Município do Fun-chal, sendo aplicáveis as taxas constantes da Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais em vigor.

Artigo 26.º

Utilização da Licença

1 — A utilização da licença para ocupação do espaço público, se-mipúblico privado de uso público e privado municipal e para afixação, inscrição ou divulgação de mensagens publicitárias fica condicionada ao seguinte:

a) A licença é pessoal e intransmissível mortis causa;

b) A licença não pode ser cedida a qualquer título, designadamente através de arrendamento, cedência de exploração e franchising;

2 — Em caso de trespasse ou venda do estabelecimento, pode ser admitida a mudança de titularidade da licença de acordo com o estipu-lado no artigo seguinte.

Artigo 27.º

Mudança de titularidade

1 — O pedido de mudança de titularidade deve ser dirigido ao presi-dente da câmara mediante requerimento disponibilizado pela Câmara Municipal nos serviços respetivos e na página eletrónica do Município (http://www.cm -funchal.pt), instruído com os elementos constantes das alíneas a) a f) do n.º 1 do artigo 20.º ou das alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo 21.º do presente regulamento.

2 — O pedido referido no ponto anterior só pode ser deferido caso se verificarem, cumulativamente, as seguintes situações:

a) Encontrarem -se pagas as taxas devidas;

b) Não sejam pretendidas quaisquer alterações ao objeto do licencia-mento, com exceção de obras de beneficiação, que poderão ser condi-cionantes da autorização da mudança de titularidade;

c) O requerente apresentar prova da legitimidade do seu interesse; 3 — A identificação do novo titular deve ser averbada no alvará de licença de ocupação do espaço público, semipúblico privado de uso

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