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PERFIL, FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DE DIRIGENTES ESCOLARES NO MACIÇO DE BATURITÉ

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Academic year: 2021

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PERFIL, FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DE DIRIGENTES

ESCOLARES NO MACIÇO DE BATURITÉ

Eloísa Maia Vidal, Universidade Estadual do Ceará (Uece) Willana Nogueira Medeiros, Universidade Estadual do Ceará (Uece) Steffany Maria de Lima Vieira, Universidade Estadual do Ceará (Uece)

Resumo

Este trabalho tem como objetivo analisar o perfil dos dirigentes escolares dos quinze municípios que compõem a região do Maciço de Baturité, comparando com o perfil dos dirigentes do estado do Ceará. Para tanto, utilizamos a base de dados referente ao Questionário do Diretor na Prova Brasil 2011, cuja amostra corresponde a 47,6% dos diretores da região e 31% do Ceará. Foram selecionadas 9perguntas do Questionário eos resultados mostram que a maior parte dos diretores da região e do Ceará são do sexo feminino, estão na faixa etária de 30 a 49 anos, possuem formação de nível superior, não necessariamente em Pedagogia, possuem pós-graduação na área de educação, receberam nos últimos dois anos ações de formação continuada e assumiram o cargo por meio de algum tipo de indicação (política, técnica ou outra). Apesar dos dados fornecerem algumas informações relevantes sobre o perfil desses profissionais, ainda perduram muitas indagações. Não sabemos, por exemplo, sobre a qualidade dos cursos de graduação, pós-graduação e formação continuada e se eles de alguma forma influenciam a prática desses profissionais. Outro ponto de indagação diz respeito ao tempo de exercício na direção e a forma de acesso ao cargo e se há uma relação mais imbricada entre essas duas variáveis e os processos de eleições municipais. O debate em torno da presente temática é fecundo, não se esgotando com as reflexões aqui apresentadas. Espera-se que novos trabalhos possam surgir a partir do estudo em questão.

Palavras chaves: Diretores escolares; Prova Brasil; perfil de formação.

Introdução

No Brasil do final dos anos 1970 e início dos anos 1980, as discussões em torno da desejada sociedade democrática impulsionou as discussões em torno da gestão democrática da educação. Nesse cenário de mudanças, a figura do diretor escolar como mero administrador passou a ser questionada e a receber novas atribuições, o que implicaria na constituição de novo perfil em termos de competências e habilidades para o exercício do cargo.

A formação básica e continuada, a trajetória acadêmica, a experiência profissional e a forma como assumiu o cargo, são questões que passaram a ocupar um espaço importante nas discussões da politica educacional e nas escolas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, publicada em 1996, dispõe em seu Art. 14 que “Os

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sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; e II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”. O que a Lei destaca é que as normas a serem adotadas pelos sistemas de ensino devem conduzir à gestão democrática. Tal fato permitiu a proliferação de alguns modelos para a escolha dos dirigentes escolares entre eles: a) seleção pública + eleição, b) apenas eleição, c) apenas seleção, d) indicação e e) combinações que incluem cursos obrigatórios de formação em gestão e escolar.

Por outro lado, a mesma Lei explicita no Art. 64 que “a formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional”.

Sobre esse novo olhar em relação à formação e o perfil do diretor, Gracindo (2009) afirma que

[...] a forma de encarar o gestor escolar, como um professor que em determinados momentos de sua vida assume essa função, articulando e coordenando as ações da escola, remete à importância de que todas as licenciaturas possuam, em seus currículos, componentes voltados para o entendimento da organização administrativa e pedagógica da educação, das políticas públicas de educação e da gestão do processo educativo (p. 142) De acordo com Dourado (2001, p. 83), por volta da década de 1980 as maneiras mais utilizadas para o acesso ao cargo de diretor compreendiam: “1)diretor livremente indicado pelos poderes públicos (estados e municípios); 2) diretor de carreira; 3) diretor aprovado em concurso público; 4) diretor indicado por listas tríplices ou sêxtuplas; 5) eleição direta para diretor”. A partir da LDB de 1996, no entanto, as mudanças propostas na gestão escolar fez com que a carreira de diretor escolar deixasse de existir do ponto de vista formal, sendo o caso mais emblemático, a desativação das habilitações especificas nos cursos de Pedagogia.

O problema tratado neste artigo surgiu a partir de um projeto de pesquisa denominado Observatório da Educação no Maciço de Baturité (OBEM), realizado por dois grupos de pesquisa – um da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e outro da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro Brasileira (Unilab) e que tem como objetivo realizar um levantamento de indicadores educacionais nos

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municípios que constituem a região do Maciço do Baturité, no interior do estado do Ceará e que é composta de 15 municípios.

O estudo se propõe a investigar a situação da política educacional e da gestão escolar em cada um dos municípios e a partir desta aproximação, analisar, propor e desenvolver estratégias de intervenção para a região como um todo e para cada município em particular. Trata-se de uma investigação de natureza quantitativa e qualitativa, em que se recorre a bases de dados quantitativas do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), além de informações qualitativas junto às Secretarias Municipais de Educação (SME) e escolas por meio de entrevistas e análise de documentos.

Metodologia

Procurou-se analisar os dados selecionadosem 9questões retiradas do “Questionário do Diretor na Prova Brasil 2011”, composto por 212 perguntas. Esse Questionário é aplicado bianualmente a todos os diretores das escolas que participam da Prova Brasil e o banco de dados é organizado e disponibilizado para pesquisadores pelo INEP.A amostra envolvida consiste de 121 respondentes da região do Maciço, correspondendo a 47,6% do total de escolas e 2.754 dirigentes escolares do estado do Ceará, correspondendo a 31,0% do universo de estabelecimentos de ensino público do estado. Recorre-se também a bases de dados oficiais e à pesquisa bibliográfica, recurso metodológico no qual podemos resgatar conhecimento científico acumulado sobre um problema com o objetivo de fundamentar teoricamente a análise dos dados.

O que diz a literatura

No Brasil, a tradição mostra que os dirigentes escolares assumiam seus cargos por meio de indicações políticas do Poder Executivo, seja municipal, seja estadual. Coma promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em 1996, a gestão democrática da escola pública foi posta em relevo, o que tem levado os sistemas de ensino a elaborar critérios para a seleção dos dirigentes escolares, observando entre outros aspectos, o perfil que deveria ser esperado desses profissionais, principalmente no que diz respeito à formação prevista em Lei.

Nas duas últimas décadas, os processos de escolha dos dirigentes escolares foram objetos de estudos acadêmicos, com a eleição de diretores sendo o mais

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observado. Entretanto, essa prática ainda não aparece com a força que deveria, porque, na maior parte do território nacional, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, ainda domina a cultura de indicação política desses dirigentes. As forças políticas municipais, principalmente no interior,enxergam nessa prática, uma forma de controle dos sistemas de ensino.

Vieira (2006, p.38) apresenta um quadro relacionando os diferentes tipos de seleção de diretores escolares existentes no Brasil. Nele, a autora afirma que onze estados realizam a escolha de seus dirigentes escolares por meio de indicação (técnica ou política), principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país; a escolha por meio de eleição direta é realizada em nove estados; eleição direta após cumprimento de provas de seleção técnica é realizada em cinco estados; e apenas São Paulo, Bahia e Distrito Federal escolhem por seleção técnica seus diretores.

Entende-se que apenas a realização de eleições não garante o processo de gestão das escolas com qualidade. Foram criados então, dispositivos visando definir os critérios que atenderiam o determinado pela legislação, pautada pelos resultados obtidos nas escolas e que se referem ao perfil exigido (experiência e formação), ao período de gestão (incluindo o dispositivo da reeleição), realização de cursos e provas, apresentação de plano de trabalho, eleição propriamente dita, dentre outros.(LUPORINIetall, 2011).

Diante do cenário educacional atual, em que o tema em questão tem ganhado espaço, pretende-se, com os próximos tópicos, voltar o olhar para o interior do Ceará, região do Maciço de Baturité, com o intuito de compreender como tem se materializado no chão da escola, as mudanças sinalizadas pela legislação.

Maciço de Baturité: o que revelam os indicadores

A região do Maciço de Baturitéocupa uma área de 4.820 Km2 e abrange treze municípios: Acarape, Aracoiaba, Aratuba, Barreira, Baturité, Capistrano, Itapiúna, Guaramiranga, Mulungu, Ocara, Pacoti, Palmácia, e Redenção. Para efeito deste trabalho foram incluídos outros dois: Guaiuba e Caridade, ambos filiados à Associação dos Municípios do Maciço de Baturité (Amab).

A população de 274.634 habitantes tem densidade média de 57 habitantes por quilômetro quadrado sendo que 64,5% da população residem em localidades urbanas, com 35,5% na zona rural, refletindo o processo de urbanização do Brasil nas últimas décadas (IPECE, 2010). Em 2010, 27,67% da população da região tinha entre 0 e 14

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anos (equivale a aproximadamente 76.000 pessoas). Este público é alvo de políticas municipais de educação, mas, considerada também a faixa de 15 a 24 anos (19,91%), tem-se que quase metade da população (47,58%) demanda educação formal.

Realizando uma breve caracterização da situação socioeconômica da região, é possível expor os seguintes aspectos: é uma região marcada pela pobreza, analfabetismo e carências diversas de infraestrutura básica. Os dados mostram que 87% dos domicílios tem renda mensal de até um salário mínimo, 91% da população é beneficiária dos recursos do Programa Bolsa Família (PBF) e que os municípios possuem forte dependência de transferências governamentais, com baixa capacidade de geração de riquezas.

No campo educacional, a região configura-se como um território de vulnerabilidade socioeconômica, com escolas apresentando precária infraestrutura, quadro docente que ainda conta com profissionais sem formação no ensino superior; gestão escolar pouco profissionalizada que acaba por nortear ações de forma “intuitiva e artesanal”.

Se observado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no período 2005 – 2011, os dados revelam que nas séries iniciaiso número de municípios que apresentavam média menor que a do Estadocresceude 5 para 11, com alguns municípios - Acarape, Aracoiaba, Barreira, Baturité e Mulungu - mantendo seus resultados sempre menores que o Ceará.Nas séries finais do ensino fundamental, são oito municípios que apresentam médias menores que o Estado ao longo do período.

Nesse cenário de precariedade existem mais de 250 escolas funcionando. Qual o perfil dos diretores que estão à frente desses estabelecimentos de ensino planejando os resultados? Apresentariam eles características muito diferentes dos diretores que atuam nas escolas do Ceará? Pretende-se, no tópico seguinte, discutir essa última questão.

Perfil e formação dos diretores escolares no Maciço de Baturité

Em tempos de Ideb, Spaece (Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica) e Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), muitos autores têm discutido sobre quais seriam os determinantes do desempenho escolar. Emerge dessas pesquisas a figura do diretor cuja atuação permaneceu por muito tempo associada às tantas atribuições burocráticas que a escola precisa cumprir. Realizando um resgate de pesquisas elaboradas entre 2005 e 2012, observa-se que pouco foi estudado sobre o

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perfil do diretor se comparado a pesquisas envolvendo o núcleo gestor, fruto do processo de redemocratização da sociedade e consequentemente da gestão escolar.

Percebe-se, no entanto, que recentemente há um esforço, embora tímido, de se retomar as discussões em torno da importância do diretor e da liderança para o planejamento e alcance de bons resultados. Autores como Soares & Teixeira (2006); Catunda (2007); Gracindo (2009); Vieira & Vidal (2010); Luporini (2011)têm discutido perfil, formação e eleição dos diretores escolares no Brasil. Inspirados por esses autores pretende-se analisar o perfil dos diretores que estão atuando nas escolas da região do Maciço de Baturité, comparando com o perfil dos diretores cearenses.

O Gráfico 1 apresenta dados relativo a gênero, considerando os municípios do Maciço e do estado do Ceará.

Observa-se que no Maciço 76% dos diretores escolares são do sexo feminino e no estado do Ceará, 75,2%, ou seja, as escolas estão sendo dirigidas essencialmente por mulheres.A que podemos atribuir o fato desta profissão ser eminentemente feminina? De imediato, este fato pode ser atribuído a duas possibilidades: a primeira, de forte conotação cultural, estaria associada à condição desta profissão se construirintimamente imbricada com a docência para crianças, que no Brasil, sempre foi atividade desenvolvida por mulheres (DERMATINI, 1993; LOURO, 1997; NARVAES & OLIVEIRA, 1999, WERLE, 2005 e, DRABACH & FREITAS, 2012). A segunda, poderia estar mais relacionada às atribuições da profissão, o que distanciaria o sexo masculino dela.

O Gráfico 2 procura analisar dados relativos a idade dos diretores que compõem as duas amostras.

Observa-se que as duas faixas etárias que concentram maiores percentuais de diretores tanto para a região do Maciço como para o Ceará, são a de 30 a 39 anos (28,9% e 32,2%) e a de 40 a 49 anos (42,1% e 36,4%). Isso mostra que são profissionais que se ainda tem cerca de 10 anos de atividades.

O Gráfico 3 apresenta o nível de escolaridade dos diretores e é possível perceber que as maiores porcentagens se encontram naqueles que fizeram ensino superior Pedagogia (31,4% e 38,5%) e ensino superior outra licenciatura (43,0% e 38,1%). Conforme preconiza a base legal e considerando a formação inicial, apenas cerca de 1/3 dos diretores do Ceará e do Maciço atendem as exigências preconizadas na legislação.

Por outro lado, os Gráficos4e 5 mostram o tipo de curso de pós-graduação e as áreas temáticas dos mesmos, realizados pelos diretores. Nesses casos, 75% deles já

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cursaram especialização, sendo a área temática mais apontada educação com ênfase em gestão (64,5% e 57,9% no Maciço e no Ceará, respectivamente).

Percebe-se que não existem diretores com mestrado e doutorado na região do Maciço e que no Ceará, apenas 1,5% dos dirigentes escolares cursaram o mestrado. As hipóteses explicativas para tal situação parecem ser mais uma vez o acesso a universidades que ofertem esses serviços ou o fato de que, a maioria dos profissionais da educação que cursam mestrado/doutorado opta por não retornar para as escolas. Outra explicação pode ser encontrada na remuneração por titulação, que torna a procura pouco atrativa.

Outro dado curioso é o fato de que 17,4% dos diretores revelam não ter feito ou completado cursos de pós-graduação, o que implica dizer que ainda existem dirigentes escolares no Maciço, apenas com o ensino superior completo.

O Gráfico 6 apresenta dados relativos a participação dos diretores em ações de formação continuada nos últimos anos anterior a aplicação da Prova Brasil 2011, ou seja, relativo ao período 2009 – 2010. O que se observa é que 91,7% dos diretores da região do Maciço e 88,1% do Ceará receberam cursos de formação continuada. A natureza do curso, carga horária e conteúdo abordado, no entanto, não puderam ser identificados.

O Gráfico 7 apresenta informações sobre o tempo que os diretores exercem a função e revela que na região do Maciço, 47,9% deles exercem a função a menos de 5 anos e no estado do Ceará, este percentual chega a 49,6%. Se atentarmos para a idade dos diretores, há que se observar que eles iniciam as atividades de gestão acima dos 30 anos de idade, o que nos leva a inferir que embora atuassem na área educacional, o faziam no exercício de outras atividades, sendo a mais provável, a docência, como aponta os dados do Gráfico 3.

O Gráfico 8 apresenta dados relativos ao tempo que os diretores afirmaram trabalhar com educação e mostra que 62% dos diretores do Maciço e 57,7% do Cearáafirmam atuar há mais de 15 anos na área. Essas informações confirmam dados já comentados anteriormente de que os diretores escolares, de fato, constroem grande parte de sua carreira profissional fora da área de gestão escolar.

O Gráfico 9 apresenta informações acerca da forma com os diretores chegaram ao cargo e mostra que 90,9% dos diretores da região do Maciço ocupam o cargo por algum tipo de indicação – técnica (27,3%), politica (53,7%) e outras (9,9%), enquanto no Ceará, 70,3% o fazem por esses mesmos processos – 23,0%, 34,4% e 12,9%. Se

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analisarmos os dados relativos a tempo no cargo com os que informam a forma de ocupação, pode-se deduzir que há um forte relação entre a ocupação dos cargos com as eleições municipais, que ocorrem de 4 em 4 anos.

Considerações Finais

A pesquisa mostrou que no Maciço de Baturité a maioria dos dirigentes escolares são mulheres com idade entre 40 e 49 anos, com ensino superior completo, embora 30% não tenha formação em Pedagogia, como exige a legislação vigente. Os diretores escolares do Maciço possuem formação em universidades públicas, especialização em educação com ênfase em gestão ou na área pedagógica e participam com frequência de formação continuada. Os números revelam que a grande maioria dos diretores trabalha a menos de 5 anos na direção escolar e que estes são indicados por políticos e técnicos.

O estudo levantou ainda, questões que merecem ser aprofundadas em pesquisas posteriores, uma vez que os números sozinhos não permitem responder, como por exemplo: se a especialização em gestão escolar ou as formações continuadas prepararam com orientações e competências para o exercício da direção escolar; qual o grau de autonomia dos diretores para compor sua equipe escolar; o tamanho do compromisso dos diretores com quem os indicou para o cargo; se há mecanismos de avaliação e responsabilização dos diretores pelos resultados obtidos nas avaliações de larga escala; se as SME possuem critérios orientativos para lotação dos diretores nas escolas (tempo de experiência, desempenho anterior, etc.); se a SME tem um mapa das fragilidades dos diretores no exercício da função.

O debate em torno da presente temática é fecundo. Espera-se que o estudo possa contribuir com futuras pesquisas sobre o assunto.

Referências

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Portal do Ministério da Educação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 19/04/2014.

DOURADO, L. A escolha dos dirigentes escolares: políticas e gestão da educação no Brasil. In: FERREIRA, N. S. C. Gestão democrática da Educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 2001.

CATANI, Deniceetalli(orgs.). Docência, Memória e Gênero. São Paulo: Escrituras Editora, 1997.

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CATUNDA, Arturo Cavalcanti. Relação entre competência do diretor escolar e desempenho da escola: um estudo de dados da rede estadual de ensino da Bahia. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2007. Disponível em: http://www.adm.ufba.br/sites/default/files/publicacao/arquivo/competeciadesem-penho.pdf Acesso em: 18/04/2014.

DERMATINI, Z de B. Magistério primário: profissão feminina, carreiramasculina. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 86, p.5-14, ago. 1993.

DRABACH, NadiaPedrotti; FREITAS, Suellem Raque de. Diretores das escolas públicas brasileiras: quem são esses sujeitos? IX Seminário de pesquisa em educação da região Sul, 2012. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/ anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/1328/134Acesso em: 30/04/2014

GRACINDO, Regina Vinhaes. “O gestor escolar e as demandas da gestão democrática: exigências, práticas, perfil e formação”.Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 3, n. 4, p. 135-147, jan./jun. 2009. Disponível em: http://www.esforce.org.br/index.php/ semestral/article/view/107/296 Acesso em: 16/04/2014.

LOURO, Guacira L. Gênero, sexualidade e educação. Uma abordagem pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.

LUPORINI, Teresa Jussara; MARTINIAK, Vera Lúcia; MAROCHI, Zélia Maria Lopes. Eleição e formação de diretores de escolas municipais: a legislação e as práticas da rede municipal de ensino de Ponta Grossa. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.43, p. 214-222, set2011 - ISSN: 1676-2584. Disponível em: http://www.histedbr. fae.unicamp.br/revista/edicoes/43/art15_43.pdf Acesso em: 17/04/2014.

NARVARES, Andréa Becker; OLIVEIRA, Vânia Fortes. Magistério: profissão feminina. Disponível em: http://www.portalanpedsul.com.br/admin/uploads/1999/ Formacao_De_Professores/Trabalho/02_04_04_MAGISTERIOPROFISSAO_FEMINI NA.pdf Acesso em: 30/04/14.

SOARES, Tufi Machado; TEIXEIRA, Lúcia Helena G. “Efeito do Perfil do Diretor na Gestão Escolar sobre a Proficiência do Aluno”. Cadernos de Pesquisa Fundação Carlos Chagas. N.34. 2006. Disponível em: http://www.fcc.org.br/pesquisa/ publicacoes/eae/arquivos/1289/1289.pdf Acesso em: 17/04/2014.

VIEIRA, S. L. Educação e gestão: extraindo significados da base legal. In: LUCE, M. B.; MEDEIROS, I. L. P. (org.). Gestão escolar democrática: concepções e vivências, Porto Alegre: UFRGS, 2006, p. 27-50.

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Anexos

Fonte: Elaborado pelas autoras

Fonte: Elaborado pelas autoras

Fonte: Elaborado pelas autoras

23,1% 23,6% 76,0% 75,2% OBEM CEARA Gráfico 1- Sexo Masculino Feminino 1,7% 11,6% 28,9% 42,1% 9,1% 3,3% 2,0% 10,0% 32,2% 36,4% 9,9% 5,3% Ate 24 anos De 25 a 29 anos De 30 a 39 anos De 40 a 49 anos De 50 a 54 anos 55 anos ou mais Gráfico 2- Idade OBEM CEARA 0,8% 0,8% 0,8% 1,7% 31,4% 1,7% 43,0% 18,2% 0,1% 1,8% 1,1% 2,0% 38,5% 0,8% 38,1% 15,9% Ensino Médio Incompleto Ensino Médio (Normal) Ensino Médio Completo Ensino Superior Incompleto Ensino Superior Pedagogia Ensino Superior -Escola Normal Ensino Superior -Outra licenciatura Ensino Superior -outros Gráfico 3 - Nível de escolaridade

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Fonte: Elaborado pelas autoras

Fonte: Elaborado pelas autoras

Fonte: Elaborado pelas autoras 5,0% 75,2% 0,0% 0,0% 17,4% 2,1% 75,6% 1,5% 0,1% 18,3%

Gráfico 4 - Curso de pós-graduação

OBEM CEARA 64,5% 17,4% 4,1% 0,0% 9,9% 57,9% 19,6% 7,2% 0,6% 11,0% Educação com enfase em Gestão Educação c/enfase pedagogica Educação -outras enfases Outras áreas Não se aplica Gráfico 5 - Area temática do curso de

pós-graduação

OBEM CEARA

91,7% 88,1%

6,6% 9,7%

OBEM CEARA

Gráfico 6 - Atividade de curso de formação continuada nos últimos 2 anos

Sim Não 0,0% 0,8% 5,0% 27,3% 53,7% 9,9% 2,5% 12,8% 1,6% 10,1% 23,0% 34,4% 12,9% 3,4% Seleção Eleição apenas Seleção e eleição Indicação de técnicos Indicação de políticos Outras indicações Outra forma Gráfico 9 - Como chegou ao cargo de diretor

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Fonte: Elaborado pelas autoras

Fonte: Elaborado pelas autoras 10,7% 8,3% 28,9% 16,5% 17,4% 14,9% 1,7% 0,8% 9,4% 9,2% 31,0% 15,7% 15,2% 11,3% 4,1% 2,4% Menos de 1 ano De 1 a menos de 2 anos De 2 a menos de 5 anos De 5 a menos de 7 anos De 7 a menos de 10 anos De 10 a menos de 15 anos De 15 a menos de 20 anos 20 anos ou mais Gráfico 7 - Tempo que exerce a função de diretor

OBEM CEARA 0,0% 0,0% 5,0% 5,8% 5,0% 20,7% 27,3% 34,7% 0,1% 0,4% 2,1% 3,4% 8,5% 26,2% 23,4% 34,3% Menos de 1 ano De 1 a menos de 2 anos De 2 a menos de 5 anos De 5 a menos de 7 anos De 7 a menos de 10 anos De 10 a menos de 15 anos De 15 a menos de 20 anos 20 anos ou mais Gráfico 8 - Tempo que trabalha com educação

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