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TEMAS DE REDAÇÃO PARA TRIBUNAIS

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Academic year: 2021

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2016

TRIBUNAIS e MPU

Coordenador

HENRIQUE CORREIA

TEMAS DE REDAÇÃO

PARA TRIBUNAIS

Para os concursos de Analista e Técnico do TRT,

TRF, TRE e MPU

RODOLFO GRACIOLI

3.ª

edição

(2)

CAPÍTULO I

ĊĕėĊĘĘģĔǢĊđĊęėĆćĆđčĔǢ

ĔĒĊċċĎĈĊĊċĊĎęĔĘ

ĉĔėĆćĆđčĔ

Sumário •Ƥ3DK@ƤƤ$DLNDOOĖçƤáçƤ#çáPDSPçƤ#çáPDKLçNĕáDçƤhƤƤ#çáPDSPQ@JHU@áCçƤƤ#çáBDHPçOƤƤ $DLNDOOĖçƤDƤçƤKQáCçƤCçƤPN@A@JGçƤƤ$DLNDOOĖçƤHáE@áPç IQâDáHJƤƤ$DLNDOOĖçƤDƤOQHBƦCHçƤhƤƤ2QHBƦCHçƤ DKƤáĥKDNçOƤƤ#QNHçOHC@CDOƤOçANDƤçƤPDK@ƤƤ/çOOƦâDHOƤ@NFQKDáPçOƤƤ2QFDOPĢDOƤCDƤLNçLçOP@OƤhƤ3DK@Ƥ Ƥ!OOĚCHçƤ,çN@JƤá@OƤ1DJ@ŒĢDOƤ3N@A@JGHOP@OƤƤ#çáPDSPQ@JHU@áCçƤƤ$DfáHŒĖçƤhƤƤ0Q@HOƤçAIDPHâçOƤC@Ƥ LNĔPHB@ƤƤ3HLçOƤCDƤ@OOĚCHçƤKçN@JƤƤ!KLJH@ŒĖçƤCçOƤB@OçOƤCDƤ@OOĚCHçƤKçN@JƤá@ƤDOEDN@ƤPN@A@JGHOP@Ƥ Ƥ!OOĚCHçƤKçN@JƤDƤ@ƤJDFHOJ@ŒĖçƤAN@OHJDHN@ƤƤ#QNHçOHC@CDOƤƤ/çOOƦâDHOƤ@NFQKDáPçOƤƤ2QFDOPĢDOƤ CDƤLNçLçOP@OƤhƤ3DK@ƤƤ(çKDƤ.EfBDƤƤ3DJDPN@A@JGçƤƤ#çáPDSPQ@JHU@áCçƤƤ$DfáHŒĖçƤƤ"DáDEƦBHçOƤCçƤ PDJDPN@A@JGçƤ"@ODƤPDĠNHB@ ƤƤ1HOBçOƤCçƤPDJDPN@A@JGçƤ"@ODƤPDĠNHB@ ƤƤ0Q@CNçOƤDOMQDKĔPHBçOƤOçANDƤ çƤ PDJDPN@A@JGçƤ Ƥ #QNHçOHC@CDOƤ Ƥ 2QFDOPĢDOƤ CDƤ LNçLçOP@OƤ hƤ 3DK@Ƥ Ƥ 3N@A@JGçƤ %áMQ@áPçƤ %JDKDáPçƤ #DáPN@JƤá@Ƥ#çáOPHPQHŒĖçƤ(QK@á@ƤƤ#çáPDSPQ@JHU@áCçƤƤ$DO@fçOƤCçƤPN@A@JGçƤá@ƤBçáPDKLçN@áDHC@CDƤ Ƥ3N@A@JGçƤHáPDJDBPQ@JƤSƤ3N@A@JGçƤEƦOHBçƤƤ2QFDOPĢDOƤCDƤLNçLçOP@O

TEMA 1: DEPRESSÃO NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO 1.1. Contextualizando

4KƤCçOƤLNçAJDK@OƤMQDƤK@HOƤLNDçBQL@Ƥ@QPçNHC@CDOƤBçKLDPDáPDOƤDƤLNçfOOHçá@HOƤ C@ƤĔND@ƤC@ƤO@ĥCDƤĚƤ@ƤCDLNDOOĖçƤ,QHP@OƤâDUDO ƤPN@P@C@ƤBçKçƤQK@ƤLNçAJDKĔPHB@Ƥ BçKQK ƤçƤDáENDáP@KDáPçƤODƤCDKçáOPN@ƤCHfBQJPçOçƤDS@P@KDáPDƤLDJ@ƤE@JP@ƤCDƤBçáGD-cimento sobre o tema, o que revela um “tabu” em discutir a qualidade de vida da

população, maximizando os efeitos negativos para a sociedade.

Alguns aspectos corroboram para que esta realidade dos casos de depressão amplie. Ao longo de sua produção textual, você deverá destacar alguns pontos importantes desta discussão, tais como: situação de crise econômica (responsável por gerar uma sensação de instabilidade e aumento do estresse), utilização de

aparelhos tecnológicos (promovendo o distanciamento dos indivíduos – isolamento

OçBH@J Ƥcausa genética (predisposição a contrair sintomas do estágio depressivo) e

demais acontecimentos da vida.

Segundo especialistas, os fatores que levam o indivíduo a contrair a depressão

podem ser combinados ou isolados. O grande problema é que o mundo assiste um

aumento do número de casos e, na maior parte das vezes, as políticas de saúde pú-blica não direcionam um olhar apropriado para este enfrentamento e/ou prevenção.

(3)

1.2. Conceitos

4KƤCçOƤFN@áCDOƤHKL@OODOƤL@N@ƤMQDƤ@OƤCHOBQOOĢDOƤOçANDƤçƤPDK@ƤODI@KƤ@K@CQ-NDBHC@OƤDOPĔƤá@ƤE@JP@ƤCDƤBçáGDBHKDáPçƤDOLDBƦfBçƤL@N@ƤHCDáPHfB@NƤ@ƤCDLNDOOĖçƤ-@Ƥ produção textual sobre o tema, dentre outros fatores, é importante destacar que

a falta de um diagnóstico apropriado pode conduzir o indivíduo para um agrava-mento da situação, já que muitas vezes a depressão se confunde com uma tristeza

passageira.

Depressão é uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda ƤODKƤfK Ƥ@OOçBH@C@Ƥ@Ƥ

sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.

Um dos pontos de destaque para a contextualização da proposta (no caso, para iniciar uma discussão), é a necessidade de superação do tema enquanto “tabu”. 3N@P@NƤ@ƤCDLNDOOĖçƤODKƤJDâ@NƤDKƤBçáOHCDN@ŒĖçƤçOƤND@HOƤHKL@BPçOƤL@N@Ƥ@ƤOçBHD-C@CDƤ BçKçƤ QKƤ PçCçƤ CHfBQJP@Ƥ çƤ DáENDáP@KDáPçƤ CDOODƤ K@JƤ B@C@Ƥ âDUƤ K@HçNƤ !OƤ consequências atingem desde a área da saúde, até a esfera econômica, política e social.

Dentro da construção de um texto dissertativo, por exemplo, é preciso ressaltar que o potencial de desgaste social por conta do estágio depressivo é muito grande. ,QHP@OƤâDUDO Ƥ@JFQáOƤE@PçNDOƤâHâDáBH@CçOƤLDJçƤHáCHâƦCQçƤBçKƤLçPDáBH@JƤCDƤCDODáâçJâDNƤ o estágio depressivo podem ser engatilhados por um acontecimento marcante: fatos traumáticos na infância, estresse físico e psicológico, algumas doenças sistêmicas (ex.: hipotireoidismo), consumo de drogas lícitas (ex: álcool) e ilícitas (ex: cocaína), certos tipos de medicamentos (ex.: as anfetaminas).

1.3. Depressão e o mundo do trabalho

%âçJQHáCçƤáçƤBçáPDSPçƤC@ƤMQ@JHC@CDƤCDƤâHC@ ƤĚƤLçOOƦâDJƤáçP@NƤ@ƤNDJ@ŒĖçƤCçƤ@QKDá-to dos casos de depressão com a rotina da maior parte da população. Geralmente, @ƤHáO@PHOE@ŒĖçƤBçKƤ@ƤLNçfOOĖçƤDSDNBHC@ ƤçƤCDODKLNDFçƤçQƤ@PĚƤKDOKçƤ@OƤBçáCHŒĢDOƤ de estresse em que as pessoas se inserem, são >}j›ÕjÊÒ>˜«’ŠwU>_¡ÅjÊÒ_>Ò_¡j›W>. Nesta lógica, muitos acabam por “naturalizar” a tristeza e o descontentamento do PN@A@JGç ƤçƤMQDƤNDgDPDƤCHNDP@KDáPDƤá@ƤâHC@ƤCçƤHáCHâƦCQç Ƥ@B@NNDP@áCçƤçQPNçOƤLNç-AJDK@OƤ1DOO@JP@ ODƤçƤLDOçƤMQDƤ@OƤA@áB@OƤDS@KHá@CçN@OƤçEDNDBDKƤL@N@ƤCHOBQOOĢDOƤ acerca do trabalho. Por isso, falar de qualidade de vida é, automaticamente, passar pela situação laboral dos indivíduos.

Pensando no atual cenário da economia (nacional e mundial), a ampliação das

Õ>ç>ÊÒ_jÒ_jÊj˜«Åj}¡]Ò>Ҋ›ÊÕ>JŠ’Š_>_jÒ«¡’ƩՊU>]Ò¡Ò«Å¡UjÊʡҊ›y>UŠ¡›ėŊ¡ÒU¡›ÕßÅJ>_¡ÒjÒ a falta de soluções práticas para melhorar a situação de vida dos indivíduos corro-boram para o aumento da doença.Ƥ,QHP@OƤâDUDO ƤOQAKDPHCçƤ@ƤQK@ƤLNDOOĖçƤDSPDNá@Ƥ

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Cap. I – DEPRESSÃO; TELETRABALHO; HOME OFFICE E EFEITOS DO TRABALHO

acaba agravando os sintomas e, ao perceber, o combate já acontece de maneira P@NCH@ ƤODáCçƤLçQBçƤDfBHDáPD

5DNPHB@JHU@áCçƤ@ƤMQDOPĖçƤL@N@ƤçƤ"N@OHJƤMQDƤâHâDáBH@ƤQKƤLDNƦçCçƤCDƤHáOP@AHJHC@CDƤ C@ƤKçDC@ ƤDJDâ@C@ƤHág@ŒĖç Ƥ@QKDáPçƤCçƤCDODKLNDFçƤDƤA@HS@ƤCçƤ/NçCQPçƤ)áPDNáçƤ Bruto (PIB), a tendência é que os casos se multipliquem. Na verdade, outros fatores se somam a possibilidade de o indivíduo ter a situação agravada, já que o posto de

trabalho não é garantido e as condições são pouco favoráveis. Obviamente que o efeito depressivo não responde de modo direto às variáveis econômicas, mas sim ao contexto em que os trabalhadores estão inseridos.

Segundo especialistas, uma das portas de entrada para a depressão é a sensação

de desamparo.Ƥ%OP@ ƤLçNƤOQ@ƤâDU ƤLçCDƤODNƤçAODNâ@C@ƤLDJ@Ƥfalta de infraestrutura que absorva os indivíduos acometidos pela doença, o que distancia ainda mais

@OƤLNçâĔâDHOƤOçJQŒĢDOƤ-çƤ@KAHDáPDƤJ@AçN@J Ƥ@ƤCHfBQJC@CDƤCDƤNDJ@BHçá@KDáPçƤDƤ@Ƥ tendência de isolamento social podem explicitar melhor o terreno propício para a evolução do estágio depressivo (vale o destaque para o modelo de vida proposto LDJ@OƤ3)#OƤhƤ3DBáçJçFH@ƤC@Ƥ)áEçNK@ŒĖçƤDƤ#çKQáHB@ŒĖçƤhƤMQDƤFDN@Ƥ@ƤODáO@ŒĖçƤCDƤ@Q-PçOOQfBHěáBH@ ƤLNçCQUHáCçƤçƤHOçJ@KDáPçƤOçBH@J Ƥ

1.4. Depressão infanto-juvenil

!HáC@ƤMQDƤáĖçƤODI@ƤQK@ƤCçDáŒ@ƤDOLDBƦfB@ƤCçOƤIçâDáOƤDƤBNH@áŒ@O ƤçOƤC@CçOƤCD-monstram uma triste tendência à doença para essa parcela da população. Segundo @Ƥ.NF@áHU@ŒĖçƤ,QáCH@JƤC@Ƥ2@ĥCDƤ.,2 Ƥ@ƤDJDâ@ŒĖçƤCDƤB@OçOƤCDƤCDLNDOOĖçƤDáPNDƤ crianças e jovens já pode ser constatada em grau de preocupação para os países. -çƤ"N@OHJ Ƥ@ƤPDáCěáBH@ƤLçCDƤODNƤBçáOP@P@C@ƤLDJçƤ,@L@ƤC@Ƥ5HçJěáBH@ ƤMQ@áCçƤçƤOQH-cídio aparece associado aos casos de depressão profunda (vale destacar que se PN@P@KƤCDƤB@OçOƤDOLDBƦfBçO Ƥ-DOODƤODáPHCç ƤGçQâDƤQKƤaumento de 40% nos casos

de suicídio de crianças entre 10 e 14 anos e de 33,5% em jovens de 15 a 19 anos, no período de 2002 a 2012. 2DFQáCçƤçƤ)"'% Ƥ ƤC@ƤáçOO@Ƥpopulação foi diagnosticada com depressão.

Um dos pontos de alicerce de uma escrita sólida e concreta, independentemente do tema, é a apresentação de dados que fortaleçam o olhar crítico. Para isso, estar atento às principais fontes é de fundamental importância para o processo de

cons-trução articulada de um texto que mescle aplicação teórica com progressão crítica.

%OLDBH@JHOP@OƤ@fNK@KƤMQDƤDOPDOƤC@CçOƤNDâDJ@KƤ@ƤáDBDOOHC@CDƤCDƤmedidas

emer-genciais para o combate efetivo.Ƥ,QHP@OƤâDUDO ƤçOƤB@OçOƤCDƤisolamento social que conduzem a criança e/ou adolescente para o estágio depressivo estão associados ao contato com as redes sociais (que podem ser espaço de disseminação de diferentes

EçNK@OƤCDƤâHçJěáBH@ Ƥ%OPQCçOƤ@LçáP@KƤMQDƤ@OƤNDCDOƤOçBH@HOƤLçCDKƤ@JHKDáP@NƤQK@Ƥ ideia de que o “ter” deva prevalecer sobre o “ser”, construindo uma vida distante

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f IMPORTANTE!

Segundo uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicar fotos no aplicativo Instagram, com tons azuis, cinzas ou cores es-UßÅ>ÊÒ¡ßÒ>Š›_>ÒU¡˜Ò¡Òw’ÕÅ¡Ò¿›æj’’À]ÒºßjÒÕÅ>›Êv¡Å˜>Òv¡Õ¡ÊÒU¡’¡ÅŠ_>ÊÒj˜ÒŠ˜>}j›ÊÒ em preto e branco, são algumas das pistas de que alguém pode estar passando por depressão.

O contato com postagens de outros indivíduos sobre viagens, festas e compras, pode gerar, de maneira automática, o questionamento pessoal sobre os caminhos da própria vida, ampliando a sensação de insatisfação e insucesso. A questão da superexposição nos ambientes virtuais aparece como variável importante para a compreensão do contexto, visto que a construção da felicidade associa-se ao pa-norama virtual e não real.

%KƤçQPN@ƤLDOMQHO@ ƤCDOP@ƤâDUƤND@JHU@C@ƤLDJ@Ƥ4áHâDNOHC@CDƤCDƤ,HBGHF@á ƤƤL@NPH-cipantes respondiam a cinco questionários por dia sobre seu humor. Foi constatado que o humor dos pesquisados piorava após usarem o Facebook.

No caso das crianças, outras causas podem aparecer com efeito emblemático para a contração do estágio depressivo:

Perda real: a morte de um ente querido, que conduz a criança para um

descontentamento com a vida.

Perda simbólica:ƤMQ@áCçƤçOƤNDOLçáOĔâDHOƤDOPĖçƤLNDODáPDOƤfOHB@KDáPD ƤK@O Ƥ

por motivos da vida moderna, se afastam sentimentalmente e afetivamente das crianças.

Depressão dos pais: quando estes se encontram em situação de depressão,

as crianças tendem a sofrer consequências diretas.

Adaptações psicológicas:ƤFN@áCDOƤ@JPDN@ŒĢDOƤá@ƤNçPHá@ƤçQƤâHC@ƤC@ƤBNH@áŒ@Ƥ

que exige uma adaptação abrupta.

Ambiente familiar instável e seguro: a desestruturação familiar que pode

colaborar para o desgaste emocional.

Outros: abuso sexual, bullying, maus tratos (físicos e psicológicos), fatores

biológicos.

2DFQáCçƤC@CçOƤCçƤƵƤ+Dâ@áP@KDáPçƤ-@BHçá@JƤCDƤøJBççJƤDƤ$NçF@OƤ+Dá@C ƤND@JHU@CçƤ pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mais de 21% dos brasileiros de 14

a 25 anos têm sintomas indicativos de depressãoƤ%áPNDƤ@OƤKQJGDNDO Ƥ@ƤLNçLçNŒĖçƤĚƤ

@HáC@ƤK@HçNƤDƤL@OO@ƤCDƤƤ%áPNDP@áPç Ƥ@ƤK@HçNƤLNçLçNŒĖçƤDáPNDƤ@OƤKQJGDNDOƤLçCDƤ ser resultante da tendência em relatar os casos e procurar ajuda com mais frequência.

1.5. Depressão e suicídio

Um dos problemas associados à depressão é a elevação do número de suicí-CHçOƤ%OPQCçOƤNDBDáPDOƤCDKçáOPN@KƤMQD Ƥa cada 40 segundos, uma pessoa comete

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Cap. I – DEPRESSÃO; TELETRABALHO; HOME OFFICE E EFEITOS DO TRABALHO

suicídio no mundo. A Organização Mundial da Saúde tem destacado a depressão

como “problema de saúde pública”, que não tem sido tratado de maneira séria e DfB@UƤLDJçOƤFçâDNáçOƤ

.QPN@ƤBçáOP@P@ŒĖçƤMQDƤOçJHCHfB@ƤOQ@Ƥ@áĔJHODƤBNƦPHB@ƤDƤ@K@NN@Ƥ@Ƥ@NFQKDáP@ŒĖçƤ BçKƤçƤBDáĔNHçƤCDƤBNHODƤĚƤMQD ƤODFQáCçƤ@Ƥ.NF@áHU@ŒĖçƤ,QáCH@JƤC@Ƥ2@ĥCDƤ.,2 Ƥ75%

dos casos de suicídio acontecem em regiões onde a renda é considerada baixa ou

KĚCH@Ƥ%OPQCçƤBHDáPƦfBçƤC@ƤLNĠLNH@Ƥ.NF@áHU@ŒĖçƤ,QáCH@JƤC@Ƥ2@ĥCDƤ.,2 ƤCDOP@BçQƤ que a depressão e a ansiedade custam, anualmente, 1 trilhão de dólares à economia mundial e cada dólar investido em tratamentos leva a um retorno de quatro dólares em termos de saúde e capacidade dos trabalhadores

Segundo estudos da série “Fardo Global das Doenças”, publicada na prestigiada NDâHOP@ƤKĚCHB@Ƥb3GDƤ+@áBDPp Ƥ@ƤDJDâ@ŒĖçƤC@ƤDSLDBP@PHâ@ƤCDƤâHC@ƤCçOƤAN@OHJDHNçOƤDƤ também da população mundial) não reproduz de maneira automática garantias de ampliação da qualidade de vida. Segundo o levantamento, desordens mentais, como CDLNDOOĖçƤDƤ@áOHDC@CD ƤDOPĖçƤDáPNDƤ@OƤLNHáBHL@HOƤBçáCHŒĢDOƤCDƤO@ĥCDƤáĖçƤE@P@HOƤMQDƤ levam os brasileiros a conviver cada vez mais anos com algum tipo de incapacitação.

1.5.1. Suicídio em números

-çƤ"N@OHJ ƤODFQáCçƤJDâ@áP@KDáPçƤCHâQJF@CçƤLDJçƤ%OP@CçƤCDƤ2Ƥ/@QJçƤBçKƤA@ODƤáçOƤ C@CçOƤ CçƤ OHOPDK@Ƥ CDƤ KçNP@JHC@CDƤ CçƤ $@P@OQO Ƥ DKƤ @FçOPçƤ CDƤ  Ƥ çƤ áĥKDNçƤ CDƤ OQHBƦCHçOƤBNDOBDQƤƤDKƤƤ@áçOƤ%OPĖçƤHáBJQƦCçOƤá@ƤDOP@PƦOPHB@ƤB@OçOƤCDƤOQHBƦCHçƤ e outras mortes motivadas por problemas de saúde decorrentes de episódios de-pressivos.

.ƤáĥKDNçƤPçP@JƤCDƤOQHBƦCHçOƤP@KAĚKƤPDâDƤ@QKDáPçƤOHFáHfB@PHâçƤáçƤ"N@OHJƤ/@OOçQƤCDƤ

6.743 para 10.321 no mesmo período, uma média de 28 mortes por dia. As taxas de

suicídio são muito superiores às mortes associadas à depressão porque, na maioria dos casos, o atestado de óbito não traz a doença como causa associada.

Outros dados demonstram a gravidade do problema. Segundo o ranking de suicídios C@Ƥ.,2 ƤçƤ"N@OHJƤçBQL@Ƥ@ƤƴƤLçOHŒĖç ƤBçKƤQKƤPçP@JƤCDƤƤKçNPDOƤDKƤ ƤODáCçƤ ƤGçKDáOƤDƤƤKQJGDNDOƤP@S@ƤCDƤ ƤL@N@ƤB@C@ƤFNQLçƤCDƤƤKHJƤG@AHP@áPDO Ƥ %áPNDƤƤDƤ ƤGçQâDƤQKƤ@QKDáPçƤCDƤ Ƥá@ƤMQ@áPHC@CDƤCDƤKçNPDOƤhƤ@JP@ƤCDƤ  ƤDáPNDƤKQJGDNDOƤDƤ ƤDáPNDƤçOƤGçKDáO

O país com mais mortes é a Índia (258 mil óbitos), seguido de China (120,7 mil),

Estados Unidos (43 mil), Rússia (31 mil), Japão (29 mil), Coreia do Sul (17 mil) e Paquistão (13 mil).Ƥ !HáC@Ƥ ODFQáCçƤ @Ƥ .,2 Ƥ LçQBçOƤ K@HOƤ CDƤ Ƥ L@ƦODOƤ @LNDODáP@KƤ

plano de prevenção para a doença, o que explica o tamanho dos números frente ao contexto mundial.

2DFQáCçƤC@CçOƤC@Ƥ.NF@áHU@ŒĖçƤ,QáCH@JƤC@Ƥ2@ĥCDƤCHâQJF@CçOƤDKƤáçâDKANçƤCDƤ Ƥ@Ƥ depressão atinge, atualmente, quase 7% da população mundial – mais de 400 milhões

de pessoas, o que a coloca como doença mais incapacitante do mundo. Na fala do

DS ODBNDPĔNHç FDN@JƤC@Ƥ.-4 ƤåçEfƤ!áá@á Ƥ@ƤCçDáŒ@ƤHáB@L@BHP@ƤçOƤ@PHáFHCçO ƤBçJçB@ƤQKƤ enorme peso na família e rouba da economia a energia e o talento das pessoas.

(7)

f COMO COMBATER ESTE PROBLEMA?

$DƤ@BçNCçƤBçKƤ@Ƥ.,2 ƤQK@ƤK@áDHN@ƤCDƤC@NƤQK@ƤNDOLçOP@Ƥá@BHçá@JƤ@ƤDOPDƤPHLçƤCDƤ morte é estabelecer uma estratégia de prevenção, como a restrição de acesso

a meios utilizados para o suicídio (armas de fogo, pesticidas e medicamentos),

NDCQŒĖçƤCçƤDOPHFK@ƤDƤBçáOBHDáPHU@ŒĖçƤCçƤLĥAJHBçƤ3@KAĚKƤĚƤLNDBHOçƤEçKDáP@NƤ@Ƥ B@L@BHP@ŒĖçƤCDƤLNçfOOHçá@HOƤC@ƤO@ĥCD ƤDCQB@CçNDOƤDƤEçNŒ@OƤCDƤODFQN@áŒ@ ƤODFQá-CçƤ çƤ DOPQCçƤ !HáC@Ƥ ODFQáB@L@BHP@ŒĖçƤCDƤLNçfOOHçá@HOƤC@ƤO@ĥCD ƤDCQB@CçNDOƤDƤEçNŒ@OƤCDƤODFQN@áŒ@ ƤODFQá-CçƤ çƤ DS ODBNDPĔNHç FDN@J Ƥ DKƤ  Ƥ çOƤ BQOPçOƤ CHNDPçOƤ DƤ indiretos da depressão eram estimados em US$ 800 bilhões (mais de R$ 2 trilhões)

no mundo todo.

1.6. Curiosidades sobre o tema

Segurada do INSS que recebia auxílio-doença por depressão grave perde benefício: uma segurada do INSS (Instituto Nacional de Segurança Social) que

recebia o benefício por conta de uma depressão grave perdeu o benefício após publicar fotos na rede social, acompanhadas por mensagens contraditó-rias ao panorama emocional. O caso aconteceu na cidade de Ribeirão Preto,

interior de São Paulo. Após publicar fotos de passeios em cachoeiras, com

frases como “não estou me aguentando de tanta felicidade”, “se sentindo animada” e “obrigada, Senhor, este ano está sendo mais que maravilhoso”, a análise do perito foi de que ela poderia voltar ao trabalho, suspendendo o benefício.

– TST determina reintegração de empregado demitido por depressão: @ƤƴƤ

3QNK@ƤCçƤ3NHAQá@JƤ2QLDNHçNƤCçƤ3N@A@JGçƤ323 ƤBçáCDáçQƤQK@ƤDKLNDO@ƤCDƤ Santos (SP), a reintegrar um funcionário demitido quando estava em trata-KDáPçƤLçNƤCDLNDOOĖçƤBJ@OOHfB@C@ƤBçKçƤCçDáŒ@ƤCçƤPN@A@JGç Ƥ

Mais de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo. A mortalidade

ĚƤK@HçNƤDáPNDƤ@ƤLçLQJ@ŒĖçƤHCçO@ ƤIĔƤMQDƤ@OƤJHKHP@ŒĢDOƤEƦOHB@O ƤLDNC@ƤCDƤ@QPç-nomia, morte de entes queridos são fatores que agravam tal problemática. 5@JDƤCDOP@B@NƤMQDƤ@ƤLNĠLNH@ƤBQJPQN@ƤBçKƤNDJ@ŒĖçƤ@çƤHCçOçƤHáPDáOHfB@ƤP@JƤâHOĖçƤ de “descarte” para a sociedade. No Brasil, o idoso é visto como um “peso social”, o que gera uma fragmentação psicológica e emocional, podendo levar o mesmo a atentar contra sua própria vida.

1.7. Possíveis argumentos

Diante dessa base teórica assinalada, várias são as possibilidades de desenvoltu-N@ƤBNƦPHB@ƤCDƤQKƤPDSPçƤ%áPNDP@áPç Ƥ@JFQáOƤ@OLDBPçOƤCDOLçáP@KƤBçKçƤbCDáçKHá@CçNDOƤ comuns” e precisam aparecer na produção que discorra sobre a problemática da depressão e seus impactos na atualidade.

É importante ressaltar que o embate crítico bem fundamentado sustenta um

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Cap. I – DEPRESSÃO; TELETRABALHO; HOME OFFICE E EFEITOS DO TRABALHO

processo linear de disposição dos argumentos. Para encadear as ideias de maneira clara e nítida, demonstrando domínio de conteúdo, a produção textual deve permear

as principais possibilidades que o tema oferece.

Contexto da globalização, cenário de crise e a depressão: o desempenho

econômico de um país está diretamente ligado com a qualidade de vida de sua população. Assim sendo, é importante destacar que o enfrentamento de uma crise acentuada pode despertar sintomas graves para a popula-ção, principalmente quando o olhar circunda o mundo do trabalho. Neste sentido, discutir o tema dentro da esfera laboral, oportunizando o debate DƤ@KLJHfB@áCçƤçƤBçáGDBHKDáPç ƤOĖçƤDJDKDáPçOƤMQDƤLçCDKƤLNçKçâDNƤQK@Ƥ prevenção efetiva. No próprio ambiente laboral o “tabu” é volumoso com NDJ@ŒĖçƤēƤCDLNDOOĖç ƤçƤMQDƤCHfBQJP@Ƥ@ƤOQLDN@ŒĖçƤCçƤLNçAJDK@Ƥ

Superação do “tabu”: o processo de prevenção da doença está ligado ao

conhecimento que as pessoas têm sobre a mesma. Assim, é preciso supe-rar a falta de instrução sobre o tema, conhecendo de maneira profunda os sintomas, causas e consequências, conduzindo o acometido pela depressão L@N@ƤçƤ@BçKL@áG@KDáPçƤCDƤLNçfOOHçá@HOƤDOLDBH@JHU@CçOƤ#çáPQCç ƤĚƤLNDBHOçƤ fugir da “naturalização” desta tristeza profunda, reconhecendo o potencial LNçAJDKĔPHBçƤMQDƤçƤPDK@ƤçEDNDBDƤ%KƤOQK@ ƤPN@P@NƤBçKƤODNHDC@CDƤQKƤLNç-blema que pode deixar sequelas irreversíveis para a condição humana. • Qualidade de vida e ambiente laboral: como uma das causas centrais está

relacionada com a situação de estresse vivenciada pelos indivíduos e, muitas vezes o ambiente laboral agrava esse cenário, é preciso projetar espaços de trabalho que absorvam as necessidades do trabalhador, promovendo um processo marcado pela qualidade, reduzindo o potencial de desgaste emocional, afetivo ou sentimental. Antes de ocupar um posto de trabalho e exercer uma atividade, o trabalhar é um ser humano que precisa ter seus direitos respeitados e sua integridade (física e psicológica) garantida. Para tanto, as garantias constitucionais devem se alinhar com o campo prático, @ƤfKƤCDƤLçOOHAHJHP@NƤQK@ƤBçáCHŒĖçƤCDƤâHC@ƤO@QCĔâDJ

Uso das tecnologias e isolamento social: outro ponto importante para uma

abordagem mais sistemática, diz respeito ao processo de socialização a partir das ferramentas virtuais, fato que afasta as pessoas do convívio físico. %OODƤ@E@OP@KDáPç Ƥá@ƤK@HçNH@ƤC@OƤâDUDO ƤĚƤNDOLçáOĔâDJƤLDJçƤbHOçJ@KDáPçƤ social”, o que agrava a situação sintomática da depressão. Por isso, é preciso oportunizar o contato face a face, dispondo de uma visão crítica para que os indivíduos reconheçam as potencialidades da tecnologia e os malefícios (quando não utilizada de maneira coesa).

Divisão de “responsabilidade” e projetos coerentes para o combate: para

o enfrentamento real da problemática da depressão, é preciso que exista um comprometimento prático das diferentes esferas sociais, dividindo a

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responsabilidade em superar o atual estágio da depressão e, além disso, promover um ambiente de constante prevenção. Dessa forma, olhar para a questão dentro da elaboração de políticas públicas de saúde se torna essencial para o combate efetivo e o compromisso com o tema.

Mecanismos da legislação para lidar com o tema: a sociedade se transforma

de maneira bastante dinâmica. Neste processo, a adaptação dos mecanis-mos jurídicos se torna algo essencial para que a população seja amparada. Nesta lógica, alinhar “Direito” e “Problemas” se faz contundente para evitar o agravamento de problemas, como é o caso da depressão. Um exemplo é o auxílio-doença oferecido a trabalhadores que apresentem o quadro de depressão grave ou demais garantias para estes que estejam tratando a CçDáŒ@ƤBçáOHCDN@C@ƤQK@ƤCçDáŒ@ƤCçƤPN@A@JGç Ƥ-DOPDƤLçáPç Ƥ@ƤNDgDSĖçƤODƤ aprofunda sobre a ótica da importância da legislação se preocupar com o trabalhador, assegurando direitos e sustentando sua integridade psicológica e emotiva.

Percebe-se, portanto, que o tema “Depressão” permite diferentes análises. As-sim, é fundamental que o texto percorra uma lógica de encadeamento das ideias, destacando os pontos essenciais. Quanto mais amplo o tema, mais difícil de canalizar o que será escrito e, consequentemente, de amarrar a base teórica e extrapolar o senso crítico. Por isso, esta fundamentação deixa nítida a importância de trazer para a discussão pontos de destaque, como a questão da legislação, dos programas de combate e da superação do tema enquanto “tabu”.

O número de pessoas no mundo sofrendo de depressão ou de ansiedade su-AHQƤMQ@ODƤƤDáPNDƤƤDƤ ƤODáCçƤƤKHJGĢDOƤ@PQ@JKDáPDƤ$çDáŒ@OƤKDáP@HOƤ NDLNDODáP@KƤƤC@OƤCçDáŒ@OƤáĖçƤE@P@HOƤ!Ƥ.,2ƤB@JBQJ@ƤMQDƤCQN@áPDƤOHPQ@ŒĢDOƤCDƤ emergência, uma entre cinco pessoas será afetada por depressão ou ansiedade, o que sustenta o caráter emergencial do tema (inclusive, a nível global).

1.8. Sugestões de propostas

Superação de “tabus” dentro da sociedade, caso em questão: depressão.

Rotina da sociedade contemporânea: trabalhar e adoecer.

Enfrentamento social para um problema obscuro.

wUŠĞ›UŠ>Ò _>ÊÒ «¡’ƩՊU>ÊÒ «ĨJ’ŠU>ÊÒ jÒ >Õß>Wę¡Ò _¡Ò ÊÕ>_¡Ò «>Å>Ò U¡˜J>ÕjÅÒ >Ò depressão.

7Š_>Ò«jÊÊ¡>’ÒçÒåŠ_>Ò«Å¡wÊʊ¡›>’\Ò«¡ÊʊJŠ’Š_>_jÊÒ_jÒvÅ>}˜j›Õ>Wę¡Ò¡ßÒU¡›ÕŠ-nuidade acentuada?

Tecnologia e o isolamento social: impactos nas relações sociais e na acen-tuação de doenças emocionais.

(10)

Cap. I – DEPRESSÃO; TELETRABALHO; HOME OFFICE E EFEITOS DO TRABALHO

Elevação dos casos de depressão entre a população jovem: causas, efeitos e consequências.

Essência humana e o isolamento emocional nos momentos de maior fragilidade.

Sociedade contemporânea e os efeitos do individualismo.

Egocentrismo e exacerbação do “eu”: elementos propícios para a crise depressiva.

Efemeridade dos relacionamentos na esfera do trabalho e os impactos para a vida pessoal.

Mecanismos para enfrentar a problemática da depressão moderna.

TEMA 2: ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES TRABALHISTAS 2.1. Contextualizando

A evolução histórica carrega consigo um potencial de transformações nas

rela-ções, comportamentos e atitudes dos indivíduos. Assim, nota-se de maneira intensa,

a preocupação dos indivíduos em construírem espaços saudáveis e prazerosos para @ƤLNĔPHB@ƤC@OƤ@PHâHC@CDOƤJ@AçN@HOƤ%áPNDP@áPç ƤKQHP@OƤâDUDO ƤDOA@NN@ ODƤDKƤODFKDáPçOƤ marcados pela violência simbólica, sobreposição de forças, garantias nada democrá-ticas e decisões pautadas no rigor hierárquico injusto, o que extrapola a condição do indivíduo no entendimento de sua prática.

/@N@Ƥ@BçKL@áG@NƤDOODƤ@KLJçƤJDMQDƤCDƤPN@áOEçNK@ŒĢDO ƤçƤordenamento jurídico

tem se preocupado com o tema, já que houve a elevação do número de casos de

LNĔPHB@OƤDáMQ@CN@C@OƤBçKçƤ@OOĚCHçƤKçN@JƤ%OO@ƤyjçŠJŠ’Šë>Wę¡Ò_>ÒjÊvjÅ>ҏßÅƩ_ŠU> deve DOP@NƤ@JHáG@C@ƤēOƤáDBDOOHC@CDOƤC@ƤLçLQJ@ŒĖç ƤçƤMQD ƤL@N@ƤDOPDƤB@OçƤDKƤDOLDBƦfBç Ƥ ainda vem se desenhando como um entrave.

%áPNDP@áPç Ƥ@HáC@ƤMQDƤçƤPDK@ƤPDáG@ƤF@áG@CçƤNDJDâĕáBH@ƤNDBDáPD ƤĚƤáçPĠNH@ƤOQ@Ƥ

existência simultânea ao surgimento do trabalhoƤ -DOO@Ƥ JĠFHB@ Ƥ LçCD ODƤ @fNK@NƤ

que as práticas de assédio surgiram junto com o trabalho, uma vez que os obreiros ODKLNDƤOçENDN@KƤBçKƤCHOBNHKHá@ŒĢDOƤDƤK@QOƤPN@PçOƤCDƤODQOƤDKLNDF@CçNDOƤCDOP@MQDƤ para o fato de esta análise não se aplicar ao âmbito geral).

Nesta lógica de posicionamento crítico frente à relação entre empregados e empregadores, o Direito do Trabalho passou a relativizar os danos, psicológicos

e emocionais ƤB@QO@CçOƤLDJ@OƤNDJ@ŒĢDOƤPN@A@JGHOP@OƤCDFN@C@áPDO Ƥ@ƤfKƤCDƤF@N@áPHNƤ

uma posição saudável para a desenvoltura do trabalho, blindando o trabalhador. Ainda que com esse panorama “global” que o tema oferece, os estudos es-LDBƦfBçOƤ DƤ JDâ@áP@KDáPçƤ CDƤ C@CçOƤ K@HOƤ @LNçLNH@CçOƤ @HáC@Ƥ DOPĖçƤ @QODáPDOƤ á@Ƥ OD@N@Ƥ PN@A@JGHOP@ Ƥ çƤ MQDƤ CHfBQJP@Ƥ çƤ BçKA@PDƤ DfBHDáPDƤ DƤ @Ƥ LNDâDáŒĖçƤ /çNƤ HOOç Ƥ BçKçƤLNçLçOP@ƤCDƤNDC@ŒĖç ƤfB@ƤáƦPHC@Ƥ@ƤHKLçNPĕáBH@ƤCDƤCDOP@B@NƤ@ƤáDBDOOHC@CDƤ

(11)

de aprofundamento teórico, compilação de dados estatísticos e promoção de

projetos coesos com a realidade trabalhista para que o tema seja problematizado

por diferentes partes.

Ý±Ý±Ò jw›ŠWę¡

/@N@ƤDEDHPçOƤCDƤOçJHCHfB@ŒĖçƤPDĠNHB@ƤC@ƤOQ@ƤLNçCQŒĖçƤPDSPQ@J Ƥ@LNDODáP@NƤ@ƤCD-fáHŒĖçƤBçáBDHPQ@JƤĚƤF@N@áPHNƤçƤPDNNDáçƤLNçLƦBHçƤL@N@Ƥ@ƤCDODáâçJPQN@ƤBNƦPHB@ƤCçƤPDSPçƤ Assim, cabe ressaltar que o assédio moral é uma forma de violência na esfera do

trabalho, onde o indivíduo é exposto de maneira prolongada e repetitiva a situações de humilhação e constrangimento, sendo estas praticadas por uma ou mais pessoas.

Ocorre por meio de comportamentos com o objetivo de humilhar, ofender,

ridi-cularizar, inferiorizar, culpabilizar, amedrontar, punir ou desestabilizar emocional-mente os trabalhadores, colocando em risco a sua saúde física e psicológica, além

de afetar o seu desempenho e o próprio ambiente de trabalho.

.Ƥ@OOĚCHçƤLçCDƤ@OOQKHNƤP@áPçƤ@ƤEçNK@ƤCDƤ@ŒĢDOƤCHNDP@OƤ@BQO@ŒĢDO ƤHáOQJPçO Ƥ FNHPçO ƤGQKHJG@ŒĢDOƤLĥAJHB@O ƤMQ@áPçƤHáCHNDP@OƤLNçL@F@ŒĖçƤCDƤAç@PçO ƤHOçJ@KDáPç Ƥ recusa na comunicação, fofocas e exclusão social). Porém, para que seja caracterizado como assédio, essa ação deve ser um processo frequente e prolongado, durante

a jornada de trabalho.

Importante o destaque dado para o assédio moral acontecer durante a jornada de PN@A@JGçƤDƤLçNƤKDHçƤCDƤ@ŒĢDOƤENDMQDáPDOƤDƤLNçJçáF@C@OƤCasos isolados e fora do

ambiente laboral não podem ser considerados nesta ótica.

2.2.1. Quais objetivos da prática?

$DODOP@AHJHU@NƤDKçBHçá@JƤDƤLNçfOOHçá@JKDáPDƤçƤHáCHâƦCQç

/NDOOHçáĔ JçƤ@ƤLDCHNƤCDKHOOĖç

/NçâçB@NƤOQ@ƤNDKçŒĖçƤL@N@ƤçQPNçƤJçB@JƤCDƤPN@A@JGç

&@UDNƤBçKƤMQDƤODƤOQIDHPDƤL@OOHâ@KDáPDƤ@ƤCDPDNKHá@C@OƤBçáCHŒĢDOƤCDƤGQKH-JG@ŒĖçƤDƤBçáOPN@áFHKDáPç Ƥ@ƤKĔOƤBçáCHŒĢDOƤCDƤPN@A@JGçƤDPB

2.2.2. Tipos de assédio moral

!ƤLNĔPHB@ƤLçCDƤODNƤBçáOP@P@C@ƤDáPNDƤCHEDNDáPDOƤL@NPDOƤMQDƤHáPDFN@KƤ@OƤNDJ@ŒĢDOƤ trabalhistas e, por isso, acaba sendo caracterizada por diferentes denominações:

a) Assédio moral vertical: quando ocorre entre diferentes partes da hierarquia

(chefes para os subordinados).

b) Assédio moral horizontal: quando ocorre dentro de um mesmo segmento

Referências

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