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Investigação Médico-Legal de Crimes Sexuais

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Academic year: 2021

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(1)

Investigação Médico-Legal

de Crimes Sexuais

Jair Naves dos Reis

Médico-Legista

(2)

Estado e Sociedade

Organizar o convívio na sociedade

Regular relações entre cidadãos

DIREITO

(conjunto de normas objetivas)

Exterioriza a vontade do Estado quanto à regulamentação das

relações sociais

(3)

Transtorno da ordem pública

Lesão ao direito alheio

Desobediência ao comando da conduta

autorizada

Perseguição do infrator

Polícia, Ministério Público, Poder Judiciário

Prestação Jurisdicional

(aplicação da lei ao caso concreto derivado da prática de uma infração penal) Orgãos jurisdicionais

Sistema de Serviços de Segurança Pública e Justiça Criminal

Ação do Estado

Jus Puniendi

Infração Penal

(4)

Sistema de Justiça Criminal

Polícia

Incumbida de:

a) Garantir a ordem pública;

b) Impedir o cometimento de eventos que lesem ou ponham em perigo bens individuais ou coletivos (prevenção)

c ) Repressão dos delitos (Polícia Judiciária)

.Apurar infrações penais e indicar sua autoria ;

.Recolher informações sobre o caso e reunir elementos para sua elucidação.

Ministério Público

Representa o interesse do Estado na imposição da sanção aos delinqüentes, procurando assegurar a imparcialidade do órgão jurisdicional.

Poder Judiciário

.Decisão sobre inocência ou culpa do acusado;

.Atribuição da pena correspondente ao crime praticado.

(5)

Persecução Penal

Persecutio Criminis (ação de perseguir o crime)

Busca para identificar a existência do fato criminoso e sua

autoria.

Etapas:

1. Investigação - atividade preparatória da ação penal;

2. Processo penal acusatório - pedido de julgamento da

pretensão punitiva do Estado e onde ele exerce e legitima

essa pretensão frente ao autor do delito, impondo-lhe a

sanção penal

(6)

Investigação Criminal

Investigar é coletar provas que esclareçam o

fato

criminoso,

demonstrando

a

sua

existência ou não (materialidade) e quem

para ele concorreu (autoria e participação),

levando para o órgão encarregado da ação

penal os elementos necessários para a

dedução da pretensão punitiva em juízo.

(7)

Investigação Preliminar e Inquérito

Policial

Inquérito Policial

.Instrumento de investigação preliminar; preparatório da ação penal.

. Conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária para a apuração de uma infração penal e sua autoria .

Finalidade investigatória do inquérito:

a) Fornecer elementos para a formação da convicção do Ministério Público de que há prova suficiente do crime e da autoria;

b) Dar embasamento probatório suficiente para que o juiz tenha a conviccão de que necessita para julgar e declarar a responsabilidade penal ou conceder prisão temporária ou preventiva.

Propositura da Ação Penal

Interposta pelo membro do Ministério Público com fulcro nos elementos coligidos no transcurso do inquérito policial que materializam a investigação.

(8)

Infração Penal

Notitia criminis

Não

Sub-Notificação

IP Ministério Público Denúncia

Polícia Judiciária

Exame Pericial Provas Periciais

Investigação Criminal Sim Visibilidade Poder Judiciário Sentença Punição/Pena Polícia Técnico-Científica IML Persecução Penal

(9)

Prova

Elemento demonstrativo da veracidade ou falsidade da

imputação.

Papel no âmbito da persecução penal

a) Na investigação criminal preliminar :

. Conjunto de meios destinados a demonstrar as alegações trazidas ao

litígio e comprovar a autoria e materialidade dos fatos; b) Na fase processual:

. Formar a convicção do juiz sobre elementos necessários para a decisão da causa

Meios de prova

Coisas ou ações utilizadas para pesquisar ou demonstrar a verdade: .Depoimentos testemunhais

.Interrogatórios .Documentos .Perícias

(10)

Perícia e Peritos

Prova pericial

.Decorre do exame minucioso realizado sobre fatos, objetos ou pessoas (perícia) realizado por pessoas qualificadas que possuem conhecimento técnico em determinado assunto (peritos).

.Contém em si maior dose de veracidade, visto que nelas preponderam fatores de ordem técnica que permitem uma apreciação objetiva e segura de suas conclusões.

Papel das perícias

.Prover o Sistema de Justiça Criminal com a prova material ou pericial.

Papel dos peritos

.Produzir juízo científico de valoração da prova esclarecendo dúvidas acerca de fatos e comprovando-os para o interesse da Justiça.

.Analisar juridicamente os fatos transmitindo-os ao juiz de modo que ele tenha acesso aos conhecimentos técnicos de relevância processual sobre fatos que não fazem parte de sua compreensão.

(11)

Investigação Médico-Legal

Perícia Médico-Legal

1. Conjunto de procedimentos médicos e técnicos com

finalidade de esclarecer fato de interesse da Justiça

envolvendo a pessoa humana.

2. Diligência técnica relativa aos elementos objetivos do

crime que traz ao Inquérito Policial ponderações de

fatores de ordem técnica e científica.

3. Compõe um segundo processo de investigação que,

apesar de independente e autônomo em relação à

investigação policial, guarda com ela uma forte

integração.

(12)

Provas subjetivas e objetivas

Provas subjetivas centradas em pessoas

(depoimentos, interrogatórios de testemunhas e de envolvidos no fato)

Provas periciais de caráter objetivo/material

(corpo de delito, instrumentos e objetos que tenham ligação com o crime)

identificam os elementos objetivos do delito e atestam sua materialidade

Propicia uma cadeia de evidências organizadas capazes de demonstrar de forma lícita, clara e sistematizada, os fatos sob investigação.

Dão dinamismo ao evento pretérito do crime (imobilizado e distante no passado) apontando de maneira conjunta as condutas e fatos que se

encontravam latentes e agora passam a ser observados como um movimento constante e atual.

(13)

Crime

.Evento pretérito.

.Ação (conduta positiva, comissiva) ou

omissão (conduta negativa), típica (descrita

em lei como delito), antijurídica (contrária ao

direito) e culpável, elemento subjetivo do

autor do crime.

(14)

Crime Sexual

Título VI - dos crimes contra a dignidade sexual

Capítulo I – Dos crimes contra a liberdade sexual

Estupro (art. 213)

“Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter

conjunção carnal ou permitir que com ele se pratique outro ato

libidinoso“

Violação sexual mediante fraude (art. 215)

“Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com

alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou

dificulte a livre manifestação da vontade da vítima”

*

Redação dada pela Lei 12.015/2009 que alterou a respectiva redação anterior - Crimes Contra os

(15)

Crimes sexuais (Código Penal)

Capítulo II – Dos crimes sexuais contra vulnerável

Estupro de vulnerável (art. 217-A)

“Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14

(catorze) anos:

Vulnerável

.Pessoa menor de 14 anos de idade;

.Portador de deficiência ou enfermidade mental;

.Pessoa que não tem o necessário discernimento para a prática do

ato sexual;

.Aquele que, por qualquer outra causa, não pode oferecer

resistência.

(16)

Estupro

Elementos que integram o delito:

1 – Constrangimento (compelir, coagir, obrigar, forçar), decorrente do uso: a) Violência física (vis corporalis) para superar a resistência da vítima; b) Violência moral ou psíquica(vis compulsiva)

.Uso de drogas com neutralização da resistência da vítima.

.Grave ameaça - promessa da prática de mal à vítima ou ente querido;

2 - Dirigido a qualquer pessoa (sexo feminino ou masculino);

3 - Ter conjunção carnal - relacionamento sexual normal entre homem e mulher, com a penetração completa ou incompleta do pênis na vagina, com ou sem ejaculação.

4 - Fazer com que a vítima pratique ou permita que com ela se pratique

qualquer ato libidinoso - toda prática sexual que visa o prazer sexual ,

com exceção da conjunção carnal (masturbação, toques íntimos, introdução de dedos ou objetos na vagina, sexo oral, sexo anal, etc).

(17)

Exame de Corpo de Delito

Art. 158 - Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de

corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Art. 525. No caso de haver o crime deixado vestígio, a queixa ou a denúncia

não será recebida se não for instruída com o exame pericial dos objetos que constituam o corpo de delito.

Art. 159 - O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por

perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690/2008).

Art. 160 - Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão

minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.

Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10

dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. (Redação dada pela Lei nº 8.862/1994)

Art. 167 – Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem

desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. Código de Processo Penal (Lei 3689/1941)

(18)

Exame de Corpo de Delito

Corpo de delito (Corpus Delicti)

É o próprio crime em sua tipicidade.

Exame de Corpo de Delito

.Verificação de todos os elementos sensíveis,

passíveis de exames que cercam o delito e que

com ele tenham relação.

.Prova nos autos do processo a existência do

fato típico e a sua autoria.

(19)

Tipos de Exames de Corpo de Delito

. Corpo de delito - Lesão corporal

. Corpo de delito - Verificação de embriaguez

. Corpo de delito - Exame necroscópico

. Corpo de delito - Exumação de cadáver

. Corpo de delito – Conjunção Carnal

(20)

Etapas da Perícia de Conjunção Carnal

1. Exame subjetivo

a) Identificação

b) Históricos:

. Policial

. Médico – Legal (dinâmica dos fatos)

c) Anamnese

. História sexual pregressa;

. Antecedentes obstétricos;

. Data da última menstruação;

. Data da última relação sexual consentida;

. Uso de método contraceptivo;

(21)

Etapas da Perícia de Conjunção Carnal

2. Exame objetivo:

a) Exame físico geral

.Verificação de lesões (silenciamento, imobilização,

arrasto e traumas);

.Verificação de lesões em zonas erógenas;

. Verificação de esperma em roupas, pele, períneo,

vulva, região perianal (lâmpada de Wood).

b) Exame físico específico

. Lesões decorrentes da conjunção carnal e de atos

libidinosos;

(22)

Etapas da Perícia de Conjunção Carnal

3.

Amostras biológicas para exames complementares

. Sangue (toxicológico, confronto);

.Material coletado da pele e cavidades oral, vaginal e

anal (pesquisa de espermatozóides);

. Pêlos;

.Pesquisa de fosfatase ácida prostática;

.Dosagem de PSA (antígeno específico prostático).

4. Cadeia de custódia relativa às evidências do caso.

(23)
(24)
(25)
(26)
(27)
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(29)

Rotura Himenal e Entalhe

Roturas

Lesões resultantes da ação local de energias

mecânicas que laceram a orla himenal.

a) Completas

b) Incompletas

Entalhes

Irregularidades congênitas (reentrâncias) na

borda livre da orla himenal.

(30)
(31)
(32)

Consolidação das Roturas Himenais

Cicatrização

Período de tempo variável (3 a 28 dias).

.Sangramento: até 03 dias;

.Orvalho sanguineo e equimose: 2 a 6 dias;

.Exsudação ou suporação: 6 a 12 dias;

.Cicatrizes recentes (róseas): 10 a 20 dias

Rotura recente

(33)
(34)

Lâmpada de Wood

Luz ultravioleta filtrada (330 - 400 nm)

a) Identificação de Esperma - até 72 horas depois da

violência.

Falsos positivos: leite, formulas lácteas (leite em pó),

vaselina líquida, loções suavizantes de pele, entre

outras.

b) Diferenciar roturas de entalhes:

. Rotura recente (coloração arroxeada)

.cicatrização (coloração amarelada)

(35)
(36)

Identificação de Esperma

1. Provas de orientação

. Reação de Florence (cristalização do iodeto de colina)

iodeto de potássio + água destilada+iodo metaloide+colina = cristais de iodeto de colina.

. Reação de Barbério

ácido pícrico + água destilada = cristais picrato de espermina.

2. Provas de certeza

. Presença do espermatozóide no material (in natura) examinado sob

microscopia. . Considerar:

- vasectomizados;

- portadores de doenças testiculares (orquites, tumores, criptorquidia)

(37)

Pesquisa da Fosfatase Ácida

.Tecidos e secreções – valores de 6 a 20 u.K.A/ml

. Secreção prostática : 3/5 do volume total do

sêmen ejaculado.

(38)

PSA (Antígeno Específico Prostático)

. Presente no líquido seminal e urina do homem.

. Ausente em outros tecidos e líquidos.

.Cerca de 100 vezes mais sensível que a pesquisa da

fostase ácida.

. Altos teores=ejaculação intra-vaginal.

. Testes: imunoeletroforese (CIE); ELISA

• Concentração de PSA em esperma:

- Em torno de 1x10

6

ng/ml.

(39)

DNA

• Identificação de suspeito em casos de crimes sexuais (prova individual), estabelece a unicidade .

• Cuidados:

- Uso de luvas descartáveis, máscaras e gorros cirúrgicos quando for fazer a coleta, manuseio e processamento das evidências.

- Evitar degradação e contaminação na coleta e nos laboratórios; . Degradação biológica do DNA :

- por enzimas produzidas por fungo e bactérias,; - Umidade e calor.

.Problemas:

- contaminação (deposição de material biológico de outra pessoa na amostra).

(40)
(41)

Investigação Médico-Legal

Perito Médico-legista

1. Se desloca entre dois espaços distintos: o médico e o

policial, cada qual com atividade e linguagem própria.

2. Utiliza sua capacidade técnica cientifica buscando

estabelecer um ponto entre o pensar jurídico e o

biológico.

3. Traz à luz a verdade do fato que vista sob a ótica médica é

transcrita e registrada em uma linguagem que incorpora

tanto a linguagem técnica quanto a policial e jurídica.

4. Com essa linguagem específica apresentada pela

Medicina Legal, o perito compõe uma narrativa de como

os fatos teriam ocorrido na realidade indicando a causa

que os motivaram.

(42)

Solicitação de Exame de Corpo de

Delito - Conjunção Carnal

• BO Nº 2526/2016

• AUTORIDADE REQUISITANTE: Doutor JAP - Delegado de Polícia do

Plantão Policial de Ribeirão Preto– SP.

• OBJETIVO DA PERÍCIA: Exame de Corpo de Delito - Constatação de

conjunção carnal.

• DATA DA OCORRENCIA: 01/09/2016 às 22:40 horas.

• I – QUALIFICAÇÃO: CRW , filha de MAW e MW, sexo feminino,

nascida aos 07/01/1990, cor da pele branca, brasileira, natural de

São João das Cruzes-RS, residente à rua José dos Quatis s/n, Bairro

Butantã, Ribeirão Preto-SP.

• II – HISTÓRICO POLICIAL: Alega a vítima que foi abordada por

individuo que a agrediu e , mediante grave ameaça com uma faca,

obrigou-a a manter com ele, sexo vaginal, anal e oral.

(43)

Laudo Pericial

1. Preâmbulo

- Introdução que faz referência ao local de realização do

exame, à data e hora de sua realização, à autoridade

solicitante (policial, judicial ou sindicante), número do

Boletim de Ocorrência Policial, qualificação do perito

oficial designado e da pessoa examinada, tipo de

exame a ser realizado e os quesitos que a serão

respondidos. Na maioria das vezes os quesitos são

clássicos, porém, a autoridade requisitante poderá

acrescentar outros, os especiais, de seu próprio

interesse ou atendendo aos advogados das partes.

(44)

Quesitos

Quanto à classificação:

. Originários (antecedem a perícia)

. Suplementares (apresentados após os originários para suprir

deficiência )

. Complementares (apresentados depois da entrega do laudo

para esclarecer dúvidas e complementá-lo).

Quanto à origem:

. Oficiais ou de praxe (relativos a cada pericia realizada;

integram habitualmente os laudos periciais);

. Legais (esclarecimentos que a lei determina devem ser

dados pelo perito em alguns casos);

.Oficiosos ou não oficiais (apresentados pelo juiz ou partes

conforme a natureza do caso).

(45)

Quesitos - conjunção carnal

• 1º. Houve conjunção carnal?

• 2º. Qual a data provável dessa conjunção?

• 3º. Era virgem a vítima?

• 4º. Houve violência para essa prática?

• 5º. Qual o meio dessa violência?

• 6º. Da violência resultou para a vítima: incapacidade para as

ocupações habituais por mais de trinta dias ou perigo de vida, ou

debilidade permanente de membro, sentido ou função, ou

aceleração de parto, ou incapacidade permanente para o trabalho,

ou enfermidade incurável, ou perda ou inutilização de membro,

sentido ou função, ou deformidade permanente ou aborto?

• 7º. É a vítima alienada ou débil mental?

• 8º. Houve qualquer outra causa que tivesse impossibilitado a vítima

de resistir?

(46)

Quesitos - ato libidinoso

1º - Houve prática de ato libidinoso?

2º - Em que consistiu?

3º Houve violência?

4º Qual o meio empregado?

5º Da violência resultou para a vítima: incapacidade para as ocupações

habituais por mais de trinta dias ou perigo de vida, ou debilidade

permanente de membro, sentido ou função, ou aceleração de

parto, ou incapacidade permanente para o trabalho, ou

enfermidade incurável, ou perda ou inutilização de membro,

sentido ou função, ou deformidade permanente, ou aborto?

6º É a vítima alienada ou débil mental?

7º Houve qualquer outra causa que tivesse impossibilitado a vítima de

resistir?

(47)

Quesitos (Lei 12.015/2009)

1º - Se há vestígios de ato libidinoso (em caso positivo especificar);

2º - Se há vestígios de violência, e, no caso afirmativo, qual o meio

empregado;

3º Se da violência resultou para a vítima: incapacidade para as

ocupações habituais por mais de trinta dias ou perigo de vida, ou

debilidade permanente de membro, sentido ou função, ou

aceleração de parto, ou incapacidade permanente para o trabalho,

ou enfermidade incurável, ou perda ou inutilização de membro,

sentido ou função, ou deformidade permanente e/ou aborto (em

caso positivo especificar);

4º Se a vítima é alienada ou débil mental;

5º Se houve outro meio que tenha impedido ou dificultado a livre

manifestação de vontade da vítima (em caso positivo especificar).

(48)

Laudo Pericial

2. Histórico ou comemorativo

a) Histórico Policial – com o relato no BO sobre as circunstâncias de ocorrência do crime e das suspeitas que o envolvem conforme o exposto pela autoridade solicitante.

b) Histórico médico-legal - de maneira correlata à anamnese clínica, o perito registra as informações relativas ao ocorrido colhidas da própria vítima, familiares ou acompanhantes.

3. Descrição

. Visum et repertum.

.Parte mais importante do relatório e encerra com exposição minuciosa todos os detalhes, os achados subjetivos e objetivos do exame realizado: a) No exame objetivo geral - as lesões corporais constatadas (tamanho, forma, contornos, relevo, coloração, número, arranjo, dimensões) e suas localizações nos segmentos corporais, ordenando-as no sentido craniocaudal e do centro para as extremidades;

(49)

Laudo Pericial

4. Discussão

o perito explica, com seu conhecimento técnico e

comentário pessoal, tudo o que aconteceu e foi

observado durante a realização da perícia em

confronto com as suspeitas levantadas pelos

comemorativos.

É o diagnostico lógico feito a partir de justificativas

racionais e da discussão das várias hipóteses.

Nessa parte podem ser incluídas citações e transcrições

pertinentes que podem comprovar o nível científico e

cultural do perito.

(50)

Laudo Pericial

5. Conclusão

. Sintetiza de maneira objetiva as opiniões do

perito.

. Aponta uma idéia real não só da lesão, mas

também de como ela foi produzida.

Não havendo convicção ou diante da falta de

elementos para a afirmação ou negação do que

foi

solicitado,

deve

ser

declarada

a

impossibilidade de conclusão do documento.

(51)

Laudo Pericial

6. Respostas aos quesitos

Permitem o maior entendimento e a formação

de juízos corretos, aumentando assim a

qualidade da perícia.

As respostas devem ser monossilábicas e

diretas- “sim”, “não”, “prejudicado”, “sem

elementos”

ou

“depende

de

exame

(52)

Laudo Pericial

7. Assinatura do perito

.Laudo adquire autenticidade.

8. Anexos

1. Fotografias;

2. Croquis;

3. Ilustrações que podem substituir extensos

escritos e trazer mais esclarecimentos.

(53)

Laudo Pericial

Não é exagero dizer que diante do

silêncio das provas subjetivas e da

incerteza da prova testemunhal, o laudo

pericial fala, elucida os fatos e vincula o

autor ao delito cometido.

(54)

Solicitação de Exame de Corpo de

Delito - Conjunção Carnal

• BO Nº 2526/2016

• AUTORIDADE REQUISITANTE: Doutor JAP - Delegado de Polícia do

Plantão Policial de Ribeirão Preto– SP.

• OBJETIVO DA PERÍCIA: Exame de Corpo de Delito - Constatação de

conjunção carnal.

• DATA DA OCORRENCIA: 01/09/2016 às 22:40 horas.

• I – QUALIFICAÇÃO: CRW , filha de MAW e MW, sexo feminino,

nascida aos 07/01/1990, cor da pele branca, brasileira, natural de

São João das Cruzes-RS, residente à rua José dos Quatis s/n, Bairro

Butantã, Ribeirão Preto-SP.

• II – HISTÓRICO POLICIAL: Alega a vítima que foi abordada por

individuo que a agrediu e , mediante grave ameaça com uma faca,

obrigou-a a manter com ele, sexo vaginal, anal e oral.

(55)

• Realizado o exame de corpo de delito

constatou-se:

1. Lesões corporais:

2. Menarca: 12 anos.

3. Data da última menstruação: 16/08/2016;

G0P0A0

4. Uso de método contraceptivo:

5. Uso de camisinha pelo agressor:

4. Mamas:

(56)

Quesitos - conjunção carnal

• 1º. Houve conjunção carnal?

• 2º. Qual a data provável dessa conjunção?

• 3º. Era virgem a vítima?

• 4º. Houve violência para essa prática?

• 5º. Qual o meio dessa violência?

• 6º. Da violência resultou para a vítima: incapacidade para as

ocupações habituais por mais de trinta dias ou perigo de vida, ou

debilidade permanente de membro, sentido ou função, ou

aceleração de parto, ou incapacidade permanente para o trabalho,

ou enfermidade incurável, ou perda ou inutilização de membro,

sentido ou função, ou deformidade permanente ou aborto?

• 7º. É a vítima alienada ou débil mental?

• 8º. Houve qualquer outra causa que tivesse impossibilitado a vítima

de resistir?

(57)

Quesitos - ato libidinoso

1º - Houve prática de ato libidinoso?

2º - Em que consistiu?

3º Houve violência?

4º Qual o meio empregado?

5º Da violência resultou para a vítima: incapacidade para as ocupações

habituais por mais de trinta dias ou perigo de vida, ou debilidade

permanente de membro, sentido ou função, ou aceleração de

parto, ou incapacidade permanente para o trabalho, ou

enfermidade incurável, ou perda ou inutilização de membro,

sentido ou função, ou deformidade permanente, ou aborto?

6º É a vítima alienada ou débil mental?

7º Houve qualquer outra causa que tivesse impossibilitado a vítima de

resistir?

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