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Saúde e Prevenção. - Fascículo 3 - Comportamento, drogas e sexualidade. EAD - Formação Continuada IBS

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EAD - Formação Continuada IBS

Saúde e Prevenção

Fascículo 3

-Comportamento, drogas e sexualidade

Drogas: definições e origem

O começo, a dependência e a abstinência

Da dependência à abstinência: o passo a

passo de um usuário no caminho do vício

Sexualidade e gravidez na adolescência

Métodos anticoncepcionais, DST’s...

e muito mais!

Toda forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo.

Carl Jung

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Há décadas atrás, falava-se sobre drogas com os jovens de forma direta e taxativa: “não use!”, “dro-ga mata” etc. Com o tempo, percebeu-se que a cha-mada abordagem vertical, com o objetivo de sim-plesmente proibir, não é eficiente nos dias atuais. Quando conversamos com os jovens aberta-mente e de forma sincera sobre as drogas, o que elas fazem no organismo, seus efeitos e preju-ízos, isso fala por si só. Com uma abordagem verdadeira, direta e rica em informações, au-mentamos a chance de surtir um efeito positivo em quem escuta.

Vamos então entender um pouco mais sobre este mundo. Eis a definição: droga é toda e qual-quer substância, natural ou sintética que, uma vez introduzida no organismo, modifica suas funções.

Isso já abre o diálogo de que nem toda droga é ruim. Há os medicamentos que controlam nossa

pressão sanguínea, melhoram o funcionamen-to de órgãos, enfim, os remédios que tanfuncionamen-to nos ajudam.

Mas existem também as drogas psicotrópicas, que agem nos mecanismos de gratificação e re-compensa do cérebro, provocando “sensações prazerosas” que fazem com que as pessoas te-nham vontade de usá-las novamente. É com es-tas que vamos nos preocupar neste bate papo. As drogas psicotrópicas podem ser naturais (maconha, cocaína, ópio, cogumelos...), geral-mente derivadas de plantas e extraídas da na-tureza ou sintéticas (LSD, ecstasy, anfetamina, remédios...), ou seja, modificadas ou criadas em laboratório.

Elas também podem ser classificadas quanto à sua liberação em lícitas/ permitidas (como o ál-cool e o cigarro) e ilícitas/ proibidas (cocaína e maconha).

Drogas: definições e origem

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São vários os fatores que podem levar alguém a começar a usar drogas. Nos mais novos, geral-mente notamos a necessidade de se enturmar e de ser aceito em grupos, a curiosidade, uma fal-sa senfal-sação de bem estar – falaremos sobre isso em breve -, enfim uma conjunção de fatores. No caso dos adultos, além dos motivos acima, também é comum a busca pela fuga de proble-mas, a falta de sentido de vida, a dificuldade de lidar com mudanças...

Muitas vezes, a soma de alguns desses fatores aproxima ou afasta alguém deste caminho. De-vemos entender cada um deles e trabalhar neu-tralizando os pontos negativos e fortalecendo os positivos. Falaremos disto logo mais.

A falsa ideia da liberdade

Alguns pensam que ser livre é fazer o que dese-ja, o que seus instintos mandam. Fosse isso, o indivíduo estaria por si só escravo de seus ins-tintos. Curioso é que muitos entram no mundo das drogas e usam, em vão, o nome da liberda-de. Mas o que é liberdade?

Liberdade é experimentar o que quiser? A qual preço? A pessoa que entra neste mundo muitas vezes não mais tem liberdade para escolher o que quer, vira um escravo de seu vício. Quem está num estado em que precisa usar alguma droga com frequência não mais consegue se comprometer com nada. Sempre que houver a possibilidade de consumir a substância e aliviar as dores, sejam físicas ou mentais, esta será sua escolha. Não há família, amigos ou traba-lho: tudo perde a sua importância. Uma troca dos bens mais valiosos que temos na vida pela escravidão a uma substância.

Mecanismo de ação

Para se ter uma ideia do mecanismo de ação das drogas psicotrópicas, vamos mostrar como age a cocaína no nosso cérebro. Outras substâncias mudam um ou outro neurotransmissor, porém o esquema de ação parecido.

A cocaína age no sistema nervoso central libe-rando e prolongando o tempo de ação dos neu-rotransmissores: dopamina, noradrenalina e serotonina.

Nosso cérebro libera dopamina naturalmente ao sentirmos sensações de prazer em nosso dia a dia, como: comer, matar a sede, relaciona-mentos pessoais ou sexo. A noradrenalina e a serotonina estão ligadas ao controle de humor, motivação e cognição/percepção. Além disso a noradrenalina, junto à adrenalina, também é acionada em situações de estresse agudo (lu-tar ou fugir), quando o indivíduo necessita de todas as suas forças. Elas agem nos órgãos, au-mentando a contração e a frequência cardíaca, aumentando a velocidade e a clareza dos pen-samentos, a destreza dos músculos, inibindo a dor e aumentando a pressão arterial.

Dá para entender o porquê da pessoa ter uma sensação de super homem, não é? E dá para en-tender também os perigos disso tudo. Primeiro: os problemas físicos, já que não é saudável co-locar o organismo numa condição de funciona-mento máximo que deveria ocorrer apenas em algumas ocasiões pontuais.

Palestra sobre drogas: conscientização

O começo, a dependência e a abstinência

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Imagine a seguinte situação: sabe quando o carro vai subir uma ladeira enorme em uma es-trada de terra esburacada e temos que colocar o motor na marcha mais forte, forçando muito para conseguir vencer aquele obstáculo? Nes-te caso, não há problema para o carro, pois esNes-te funcionamento “fora do padrão” só permanece-rá enquanto vencemos o trecho complicado da estrada. Quando chegarmos lá em cima, volta-remos ao funcionamento normal e seguivolta-remos adiante. Mas o que você acha que vai acontecer ao motor se andarmos com ele este funciona-mento agressivo o tempo todo, mesmo quando a estrada está reta e sem desafios, na descida? Ele vai fundir em breve, não é mesmo?

Isso explica muito o envelhecimento precoce de quem usa drogas durante certo tempo, se deu a sorte de seu “motor” ainda não fundir...

Além da parte física, temos o problema men-tal. A pessoa viciada acessa um nível de pra-zer falso, gerado por uma substância e não por

uma experiência real de sua vida. Aquele neu-rotransmissor de prazer que seria liberado com sabedoria quando se tem um momento feliz du-rante o dia, foi usado todo de uma só vez, deu um banho de sensação prazerosa por algumas horas e o deixou sem a oportunidade de sentir alegria nas coisas que sentiria normalmente. Quando o indivíduo perde a alegria nas coisas simples da vida, ele entra em depressão. A ar-madilha perigosa e mortal das drogas é encon-trar uma forma “mágica” de ter esta felicidade de volta em um pó, um comprimido, um baseado ou mesmo em uma garrafa de cerveja. A partir daí, o esquema está montado: cada substância, com sua força maior ou menor, vai puxar este usuário mais e mais para dentro de um buraco do qual é difícil sair.

Este é o quadro que gera a dependência. Agora ficou fácil entender como essa brincadeira de “vou só experimentar...” pode ser extremamen-te perigosa, não é mesmo?

Fon te: NUTE-UFS C (2016) / R ep rod uçã o

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Depois de percorrido o caminho de um usuário até se tornar viciado, ele segue a seguinte sequência: Re pro du çã o Dependência

Pode ser física ou psi-cológica. Caracteriza--se pelo desejo forte (algumas vezes irre-sistível) de consumir drogas psicoativas, sempre, e cada vez mais, geralmente per-dendo o controle. Este consumo frequente tem como consequên-cia a tolerânconsequên-cia.

Tolerância

Ocorre quando é ne-cessária uma quanti-dade cada vez maior de uma substância para se obter o mes-mo efeito anterior. Pessoas que conse-guiram sair do vício relatam que passaram anos utilizando a dro-ga procurando pelos efeitos que sentiam no início.

Esta fase já apresenta um risco muito maior de overdose para o in-divíduo, pois cada cor-po cor-possui um certo li-mite para que alguma substância química circule dentro de si.

Overdose

É a exposição do orga-nismo a grandes doses de uma substância quí-mica, seja ela um me-dicamento, uma droga ou outra substância qualquer, levando-o a um colapso. A probabi-lidade de morte é enor-me caso não haja um atendimento médico urgente. Este é o últi-mo degrau onde a pes-soa ainda pode esco-lher pela vida ou pela morte. Nos casos mais graves, a saída se dá por meio de tratamen-tos ou internações em clínicas especializadas, pois ao tentar parar com o uso da substân-cia, o corpo passa a apresentar uma série de alterações, chama-das de abstinência.

Abstinência

É uma sequência de alterações físicas ou psicológicas que sur-gem ao se suspender o uso de alguma dro-ga. São elas: ansieda-de profunda, sudorese excessiva, tremores musculares, fraqueza geral. São reações que levam a um desejo in-controlável de consu-mir novamente a dro-ga e algo muito difícil de se administrar sem ajuda.

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Voltar à vida real demanda muita força de vontade e apoio de familiares e amigos. Uma tarefa árdua, mas recompensadora. Pessoas de alma grande que se afundam neste mundo e se recuperam mui-tas vezes tornam-se grandes porta-vozes para outras gerações, dando o exemplo da própria vida, mostrando que se enganaram no prazer fácil, desceram ao inferno e conseguiram retornar. Assim, fazem a conscientização para que os indivíduos possam aprender com os seus erros.

Falar abertamente sobre este assunto, seja em casa ou na escola, é a melhor forma de iluminar os caminhos dos alunos. De outra forma, eles aprenderão nas ruas, muitas vezes com alguém que está mal intencionado.

Como mencionamos anteriormente, há fatores de risco que aproximam os alunos das drogas e outros que os protegem. Devemos conhecer estes fatores tentando minimizar os de risco e fortalecendo os de proteção.

A tabela a seguir mostra os fatores relacionados ao uso das drogas:

Drogas: o caminho de volta

De

proteção

De risco

• Habilidades pessoais e de resolver problemas • Vínculos positivos com pessoas, instituições e valores • Autoestima • Insegurança • Insatisfação com a vida • Sintomas depressivos • Curiosidade • Busca por prazer

Fatores

Pessoais

Familiares

Escolares

Sociais

Drogas

• Pais presentes • Regras e condutas claras • Envolvimento afetivo com a vida dos filhos

• Pais que usam drogas

• Pais que sofrem de doenças mentais • Pais muito autoritários e/ou exigentes • Pouco diálogo na família • Bom desempenho escolar • Boa inserção e adaptação à escola • Ligações com a escola • Descoberta de talentos pessoais • Baixo desempenho escolar • Falta de regras • Exclusão social • Curiosidade • Falta de vínculos com a escola • Respeito a leis • Oportunidades de trabalho e lazer • Informações adequadas sobre drogas • Ambiente comunitário afetivo • Amigos não-usuários • Violência • Envolvimentos em atividades ilícitas • Amigos usuários • Descrença em instituições • Falta de oportunidades de trabalho e lazer • Informações contextualizadas sobre os efeitos das drogas • Regras e controle adequado para drogas lícitas • Disponibilidade para compra • Propaganda que incentive • Apologia de alguns grupos da sociedade ao uso de drogas • Violência Conclusão

Falar sobre drogas está além de proibição. Crianças e adolescentes têm o ímpeto da contestação, a necessidade de experimentação e uma vida pulsante dentro de si.

Assim como andar numa corda bamba entre dois edifícios é uma aventura arriscada que dificilmente alguém experimentaria, dar o conhecimento das drogas é fornecer a visão verdadeira sobre o assun-to e deixar que cada um decida suas escolhas.

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O desenvolvimento incrível que tivemos nos meios de comunicação nos últimos 25 anos re-volucionou nosso mundo. A comunicação e o acesso à informação tornaram-se instantâne-os. Em segundos, podemos estar em contato com alguém do outro lado do mundo, falando com total clareza, como se estivéssemos numa casa vizinha.

Isso nos trouxe enormes avanços e benefícios, mas também problemas e perigos dos quais ain-da não conseguimos nos proteger. Como saber se aquele coleguinha virtual de nosso filho não é um pedófilo? Aquele “crush” da garota não pode ser um estuprador em potencial? Estes são assuntos delicados que precisam ser discu-tidos, entre tantos outros.

Todo este acesso a informação também faz a vida sexual começar cada vez mais cedo. Dife-rentemente dos anos 80 e 90, quando adoles-centes tinham que conseguir uma revista ou driblar os pais para assistir a um filme porno-gráfico, hoje são despejados em seus WhatsApp centenas de vídeos de sexo dos mais diferentes locais do mundo.

Sexualidade e gravidez na adolescência

Estes estímulos apresentam sérios riscos numa época da vida em que ainda estamos forman-do nossos valores, entendimentos sobre ações e reações da vida e noções mais precisas entre certo ou errado.

Gravidez indesejada, abortos, doenças venére-as e banalização dvenére-as relações são alguns dos problemas que podem desencadear situações que nos acompanharão por toda a vida.

Os números do Brasil são alarmantes. Anual-mente 18% dos bebês brasileiros nascem de mães adolescentes. Nosso país possui uma mé-dia maior do que a da América Latina.

Os problemas da gravidez na adolescência vão muito além do fato de os pais possuírem ou não maturidade para criarem um bebê ou se terão condições econômicas para isto.

Fisicamente, a mulher ainda não está preparada para uma gestação segura nesta idade. A adoles-cente pode apresentar sérios problemas durante a gestação e inclusive correr risco de morte. Entre os fatores biológicos que merecem desta-que, podemos citar os riscos de prematuridade do bebê e baixo peso, morte pré-natal, ane-mia, aborto natural, risco de ruptura do colo do útero e depressão pós-parto.

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É de grande importância a mulher, após a pri-meira menstruação, consultar um ginecologis-ta. Além de avaliar sua saúde e observar seu desenvolvimento, ele a orientará sobre os cui-dados com seu organismo e, quando for a hora, indicará o método anticoncepcional mais indi-cado a usar.

Há várias formas de se evitar uma gravidez. A seguir veremos as mais utilizadas:

Pílula anticoncepcional

Consideradas como um método muito seguro contra a gravidez, há pílulas anticoncepcionais de vários tipos e com combinações hormonais de dosagens baixas ou altas.

Elas têm a vantagem de regular o ciclo mens-trual e serem práticas, porém exigem discipli-na. Para não haver comprometimento do ciclo de proteção de um mês, a usuária deve tomá-la todos os dias e no mesmo horário.

Como se trata da ingestão de hormônios, é im-portante a avaliação médica para acompanhar efeitos que podem ocorrer no organismo. É sempre importante lembrar que, apesar de ter boa eficiência para a prevenção da gravidez, ela

não protege das doenças sexualmente trans-missíveis (DSTs).

DIU – Dispositivo Intra-Uterino

É um pequeno dispositivo flexível inserido na cavidade uterina. Os mais modernos são feitos de plástico e contêm medicação que libera hor-mônio em pequenas doses seguras. Possui ex-celente eficácia e a vantagem de não depender da usuária para a utilização, mas, assim como a pílula, não previne DSTs.

Métodos anticoncepcionais

O impacto familiar e social também é enorme. Um bebê gerado na adolescência provavelmen-te fará a mãe não concluir os estudos, provavelmen-ter difi-culdades de conseguir um emprego e, conse-quentemente, aumentar o risco de pobreza. Além dos riscos de saúde durante a gestação,

também somam-se as dificuldades psicológi-cas ao antecipar-se uma responsabilidade tão grande e a fragilidade da saúde do bebê.

Saber todos estes dados é de grande importân-cia para os adolescentes, pois muitos conhecem métodos de prevenção mas, por imaturidade, não os usam ou preferem outros mais arrisca-dos, como o coito interrompido.

A adolescente precisa entender cedo que pode realizar um projeto de vida sólido, em que tenha autonomia de sua vida por meio dos estudos e de um planejamento consciente de seu futuro e que uma gravidez precoce pode por tudo isso a perder. Por mais que uma paixão grite alto nesta fase, nada pode ser mais importante que o seu proje-to de vida.

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Preservativo

A camisinha é, sem dúvida, o meio mais segu-ro para a saúde durante o ato sexual. Além de evitar a gravidez, ainda protege contra as DSTs, sendo o único método eficiente para isso.

Você sabia que ela também tem uma versão fe-minina? Neste caso, ela é maior e aplicada no canal vaginal, mas a masculina é a mais prática e difundida atualmente.

Atualmente, a camisinha é de fácil acesso, pois é distribuída gratuitamente em postos de saúde e, nas grandes cidades, até no metrô.

Procedimentos incorretos

Muitas garotas que engravidam sem planeja-mento relatam métodos falhos como a “tabeli-nha” ou o coito interrompido.

Sabemos que o ciclo menstrual nem sempre é preciso e pode se alterar em algum mês. Desta forma, contar que a ovulação não ocorra em um

dia específico é muito arriscado. Já ejacular fora do canal vaginal também apresenta riscos, visto que, durante o ato sexual, o pênis libera um líqui-do lubrificante que contém espermatozóides. É sempre importante lembrar: a decisão de ter um filho é algo de extrema importância e enor-me responsabilidade. Não deixe que ninguém decida isso por você.

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTS)

As DSTs são causadas por diversos tipos de agentes, de vírus a fungos e bactérias. São transmitidas, principalmente, por contato se-xual com uma pessoa infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimen-tos, bolhas ou verrugas. Algumas delas são de fácil tratamento e recuperação, já outras são in-curáveis como a AIDS e a herpes genital.

Até a descoberta do antibiótico, doenças como a sífilis matavam um grande número de pesso-as, porém ainda hoje oferecem certo risco para a saúde pública.

Há também o corrimento e a candidíase, causa-dos por um fungo e que podem ser transmiticausa-dos em locais públicos (como piscinas e banheiros mal higienizados) quando uma mulher se senta num local contaminado por outra.

As DSTs estão por aí, espalhadas pela popula-ção. Não é possível, em muitos casos, perceber qualquer manifestação na pessoa que a

carre-ga, portanto o uso do preservativo é a maneira mais eficiente de proteger a sua saúde.

O mais importante é se prevenir. Caso apareça algum sinal diferente na região genital ou no entorno (manchas, bolhas, machucados, corri-mentos, verrugas etc) e que não melhore em 10 dias, consulte um médico. Quando doenças são descobertas no início, o tratamento e a recu-peração são muito mais rápidos e com maiores chances de sucesso.

Veja também:

• Educação sexual estimula uso de ca-misinha entre adolescentes - link • Conversa sobre toques inapropriados deve começar cedo - link

• Pais tendem a achar que é cedo de-mais para falar de sexo - link

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O ser humano se realiza e torna-se feliz quan-do progride, quanquan-do se aperfeiçoa. Quanquan-do este desenvolvimento é apenas material, ele vem acompanhado de um vazio inexplicável.

O universo está em evolução, assim como tudo o que existe. Esta é uma lei da qual não se pode fugir. Materialmente, é inegável os avanços que fizemos. Apenas nos últimos cem anos, o salto tecnológico foi algo inimaginável! Porém, temos a impressão que não houve uma mudança con-tundente na essência, nas virtudes e na justiça em nossa história recente.

Desde a antiguidade, sábios e filósofos se dedi-cam a entender qual é o nosso papel nesta vida e quais seriam as atitudes que cada indivíduo deveria ter para que pudéssemos conviver da melhor maneira possível e tornar o mundo o mais justo possível. A busca dessa fundamen-tação teórica foi definida como ética, palavra que vem do grego ethos e significa caráter, dis-posição, costume, hábito.

Deveríamos buscar uma ética de virtudes, que visa o desenvolvimento da bondade, do amor e da sabedoria humana, baseado no conceito de virtudes e do bem.

Impossível negar, que se todos os indivíduos vi-vessem nessa busca e quisessem o bem do seu próximo, o mundo seria um lugar maravilhoso de se viver. Por quê é dedicado tão pouco esfor-ço para melhorarmos esta área de aprendizado? Da grande maioria dos problemas que temos atualmente no mundo, o egoísmo é uma das ra-ízes primordiais. Se pensarmos nas piores ma-zelas da sociedade, como a fome, a corrupção, a miséria e a desigualdade, todas elas passam pela necessidade do indivíduo querer algo mais para si, do desejo de ser mais que o outro. Aqui, muitos conhecem este comportamento estere-otipado pela Lei de Gerson: “eu quero tirar van-tagem em tudo”.

Além de ser uma das bases de uma sociedade mais justa para todos, a ética ainda nos traz a paz de espírito que tanto acalma e melhora a nossa saúde mental. Encontramos um propósi-to e nossa vida ganha significado.

Ética para um mundo saudável

O diálogo com os jovens é fundamental não apenas para conscientizar sobre drogas e sexualidade, mas também para discutir planos de vida

PARA VER NO YOUTUBE Razão ou coração? A qual

escutar? O Mestre Sadhguru responde: LINK

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Atualmente, vivemos em uma sociedade em que muito cedo - na adolescência - somos le-vados a fazer uma escolha para a vida que, muitas vezes, será o que nos levará a seguir um caminho por toda a nossa existência. En-tre tantas dúvidas e opções sobre qual pro-fissão escolher, em uma fase em que ainda estamos nos descobrindo, a influência de ou-tras pessoas (família, amigos, etc) é enorme e grande parte das vezes pauta esta escolha. É importante lembrar que um bom salário, uma carreira importante, status e orgulho são coisas que têm um peso momentâneo. Caso isso não seja acompanhado por uma vo-cação sincera, não se tornará uma opção sus-tentável.

Planejamento de vida

Uma das melhores coisas da vida é colocar a ca-beça no travesseiro e dormir tranquilo, com a consciência limpa. Quem vive competindo, ou pior, prejudicando outras pessoas, dificilmente encontra a paz.

Continuaremos investindo em segurança e fa-zendo leis para nos proteger dos outros se não ensinarmos às crianças de hoje o que precisa-mos fazer para exercer nosso papel em paz nes-te mundo, os reais valores, as virtudes, a impor-tância da ética e do respeito ao próximo.

Para isso, é importante a busca do autoconheci-mento. Quando eu entendo as minhas emoções, os meus valores e procuro melhorá-los e ser uma pessoa melhor, eu posso me dar bem com o outro. Entendem que essa é a busca por uma sociedade melhor?

Devemos amar a nobreza e nos orgulhar das boas atitudes do ser humano. A vida é feita de escolhas. Todos os dias, ao acordar, nós temos a chance de escolher se viveremos como seres hu-manos que evoluem também em sua moralidade, que se tornam mais sábios e melhoram o mundo em que vivem ou se viveremos apenas para sa-tisfazer o nosso próprio conforto e procriar.

Já parou para pensar que os animais vivem as-sim? Esta é a preocupação dos animais não ra-cionais: procurar o conforto (comida e sobrevi-vência) e procriar. Você acha que a maioria dos seres humanos vive de forma muito diferente? Devemos identificar dentro de nós quando esta-mos sendo vulgares, animalescos e dominados pelo lado mais baixo de nós e deixarmos esta consciência agir para melhorarmos cada dia mais.

Já perceberam as pessoas que achamos belas de verdade, as que mais admiramos, que en-tram para a história? São as justas, as boas, as que deixaram sua marca no mundo e procura-ram melhorar não apenas sua vida, mas a da humanidade. Diariamente, temos duas opções na vida: banalizar ou sacralizar cada ação que fazemos. Damos sentido a nossa vida quando tornamos cada ato nosso sagrado.

Buscar a honra e a retidão nos atos é a maior aventura que podemos realizar na Terra. Isto preenche nosso coração e nossa alma. Nossa mente dificilmente irá adoecer quando viver-mos desta forma. E, com certeza, o mundo se tornará melhor assim.

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Imagine a seguinte situação: num certo mo-mento da vida, parece que tudo está indo bem - a pessoa tem um emprego, consegue pagar suas contas e adquirir um patrimônio, forma uma família e tem admiração das pessoas -, mas sente que falta algo, que não consegue entender bem o que é. Isto é o que acontece quando a escolha da profissão é pautada ape-nas na decisão dos outros.

Mais profundo ainda é o assunto quando

fala-mos de família. Uma gravidez não planejada altera todos os projetos de um casal. Agora imagine quando isso acontece com pais que já não formam um casal estável...

Por isso, é muito importante que o diálogo com as crianças e os adolescentes contem-plem estas questões e sejam alinhados à edu-cação em todas as vertentes: educacional, ética, de planejamento familiar e profissional e de cidadania.

Algumas dicas importantes que servem para todos os indivíduos: • Estude sempre: independente do que você

planeja, o estudo não é mero conhecimento para se passar no vestibular. Estudar esti-mula a inteligência e acelera o raciocínio. Isto o tornará uma pessoa e um profissional melhor em qualquer área da vida!

• Procure fazer algo que te realize: gostar do que você irá fazer para ganhar a vida é de extrema importância. Muitas vezes, fazer algo que amamos mas que não é tão bem remunerado pode nos desanimar, mas uma pessoa apaixonada pelo que faz uma hora começa a receber o retorno financeiro também. Por outro lado, fazer algo que não gostamos, mas que dá um retorno finan-ceiro maior, pode se tornar um peso grande sobre os ombros no futuro.

• As disciplinas que você tem mais facilida-de na escola pofacilida-dem dizer algo sobre a ativi-dade que você gostará de fazer no trabalho; • O retorno financeiro também tem a sua importância. Na hora de decidir uma profissão, vale observar o mercado de trabalho e a remuneração dos profissio-nais da área. Saber o que o espera quando

assumir o trabalho evita desapontamen-tos futuros;

• Não importa a área que você escolheu nem o quanto investiu financeiramente ou em tempo de estudo: sempre é possível mudar o rumo e seguir seus sonhos. Auto-conhecimento é um trabalho para a vida inteira. Percebeu o que realmente gosta depois dos 40 ou 50 anos? Vá em frente! “Não tenho idade para recomeçar” ou “não tenho mais pique” é desculpa de quem não quer deixar a zona de conforto;

• Não importa o quanto um casal se goste: filhos devem ser planejados. Antes dos 18 anos, a atenção deve ser redobrada pois esta não é apenas uma questão de matu-ridade, mas também de risco gestacional para a mãe e para o bebê;

• Independente da área de trabalho ou do núcleo familiar formado, preocupe-se em melhorar como ser humano a cada dia, agin-do com ética e melhoranagin-do os seus pontos negativos. Trabalhe para ser aquela pessoa da qual você possa se orgulhar, ao olhar para trás no fim da vida!

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Referências

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