• Nenhum resultado encontrado

Cogeração Motores a Gás e Diesel

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Cogeração Motores a Gás e Diesel"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores

4º Ano, 2º Semestre

Gestão de Energia – 2002/2003

Cogeração

Motores a Gás e Diesel

Afonso Oliveira, Daniel Paulos, Nuno Reis

(2)

Índice

Introdução ---3

Motor Alternativo de ciclo OTTO ou Diesel ---4

Vantagens---5

Desvantagens:---5

Exemplo de um motor a Diesel ---6

Motor a Gás ---7

Vantagens:---8

Exemplo de um motor a Gás ---9

Trigeração/Poli geração:---9

Impacto Ambiental ---9

Vantagens do Motor a Gás em relação à Turbina--- 10

Legislação--- 10

Bibliografia--- 12

(3)

Introdução

A cogeração não é mais que uma produção combinada de energia eléctrica e térmica. Através disto conseguimos evitar o uso de outros equipamentos.

Num sistema de cogeração podemos atingir rendimentos globais entre 70 a 90%. Uma das vantagens desta produção, são os benefícios em custo para o proprietário e para o país. Estes aproveitamentos destinam-se a fornecer energia eléctrica a edifícios e produção de calor ou frio.

A rede OPET integra 43 entidades dos Estado membros da U.E, estes têm como domínio as energias renováveis. De maneira a que se possa desenvolver e melhorar a utilização racional de energia e combustíveis fosseis. Um sistema de cogeração tem a capacidade de conseguir extrair mais energia útil do combustível, isto faz com que assegure o dobro do aproveitamento da energia primária. Um sistema destes tem a capacidade de funcionamento e ilha, se houver falhas por parte da rede tem capacidade para se auto alimentar. O uso de uma energia primária limpa é importante, o gás natural é um exemplo de isso mesmo.

Resume-se então que a cogeração consegue uma economia nos gastos da energia primária, uma maior diversificação energética e com o uso de uma energia primária limpa um diminuição da contaminação ambiental. Isto tudo traduz-se numa garantia de fornecimento e redução de custos. Através da figura em baixo conseguimos percepcionar o funcionamento de um sistema convencional e um sistema de cogeração bem como as suas diferenças.

(4)

Motor Alternativo de ciclo OTTO ou Diesel

Este tipo de sistema utilizado em cogeração, produz uma quantidade de energia térmica considerável, sob a forma de gases de escape, água de arrefecimento do motor, óleo de lubrificação do motor e do sistema de sobrealimentação deste.

Tipo de combustível usado: - Fuelóleo; - Gasóleo; - Dual Fuel; Ciclo mecânico: - Motor de 2 tempos; - Motor de 4 tempos;

Na figura em baixo representada é explicado o funcionamento de um motor a dois tempos bem com a quatro tempos.

1º Tempo: Admissão (1-2)

Entrada para o cilindro de uma mistura ar/combustível através do movimento descendente do pistão.

2º Tempo: Compressão (2-3)

As válvulas são fechadas e a mistura combustível/ar é comprimida adiabaticamente, através do movimento ascendente do pistão.

3º Tempo: Expansão (4-5)

Os produtos de combustão a alta pressão e temperatura expandem-se adiabaticamente forçando a descida do pistão.

(5)

Vantagens:

- Muito baixa relação calor/ electricidade; - Alto rendimento;

- Vasta gama de aplicações; - Boa fiabilidade da instalação; - Arranque rápido;

- Grande eficiência em energia mecânica (e consequentemente em energia eléctrica); - Não necessita de vigilância constante;

- Baixo custo de investimento;

- Fácil adaptação a variações nas necessidades eléctricas;

Desvantagens:

- Tempo de vida útil relativamente curto; - Custos de manutenção elevados; - Energia Térmica dispersa;

- Energia Térmica de baixa temperatura; - Baixo rendimento em energia térmica; - Dependência directa dos preços do petróleo; - Emissão de elevado ruído de baixa frequência;

Devido aos gases de escape terem uma temperatura que pode atingir os 500ºC o seu uso não é vasto sendo a sua aplicação a maior parte das vezes para fins sanitários.

Uma produção combinada permite produzir energia eléctrica e energia térmica, esta sob a forma de vapor de água quente que vêm dos gases de escape e da água de refrigeração do motor. Para um investimento deste tipo temos de incluir o transporte, montagem, arranque e a construção civil da instalação. Numa central destas e necessário o controlo completo dos aparelhos, para isso recorre-se:

- Contadores electrónicos de energia eléctrica, de tripla tarifem e ciclo semanal, de compra e venda à rede bem como o consumo da central e produção do grupo;

- Contador electrónico de alta precisão, com correcção de pressão para o vapor de agua por exemplo;

- Aparelho de medida para a energia térmica;

(6)

Este tipo de motor tem necessidades térmicas pouco significativas e grandes necessidades eléctricas. Os seus rendimentos andam na casa:

- Eléctrico: 35 a 45%; - Térmico: 40 a 50%; - Total: 75 a 80%;

Outro problema que este tipo de motor apresenta e o ruído, não existe ainda legislação específica para cogeração ao abrigo das leis vigentes para ruído. Um das formas de reduzir é utilizando almofadas de maneira a insonorizar o local ou através de paredes grossas. A utilização deste tipo de energia primária faz com que seja extremamente poluente (CO2,SO2,NOx) devido à sua percentagem de Enxofre, principalmente o fuelóleo. Outra comparação e que é menos poluente quando usado em cogeração comparando com a produção convencional eléctrica. O consumo médio anual de fuelóleo anda pelos 540000 litros consoante o tipo de motor.

(7)

Motor a Gás

Com a extensão do gasoduto proveniente da Argélia, pôde dar-se o desenvolvimento dos sistemas a gás natural. Esta é uma energia consumida directamente pelo utilizador sem necessidade de nenhum processo de conversão, reduz-se assim a parte ambiental. O calor que é produzido pode reduz-ser utilizado para o aquecimento de água ou espaços; e através de chillers de absorção para a produção de frio. Fornece-nos uma alta eficiência eléctrica e térmica, na utilização de sistemas que utilizam motores alternativos de combustão interna, de ciclo de OTTO. São motores muito competitivos a nível económico, tecnológico e ambiental.

Na figura seguinte temos a representação de um ciclo de funcionamento do motor a gás bem como os seus constituintes.

Através desta figura explicamos o ciclo de OTTO de um motor a gás bem como todo o seu funcionamento principal. Os motores em causa, de combustão interna são de ciclo de OTTO. O gás misturado com o ar em proporções adequadas a uma pressão e temperaturas estabelecidas, provocam mediante um foco de ignição uma forte reacção exotérmica, cuja energia libertada gera uma força motriz que faz accionar o gerador eléctrico.

(8)

1º Tempo: Admissão (A-B)

Entrada para o cilindro de uma mistura ar/combustível através do movimento descendente do pistão.

2º Tempo: Compressão (B-D)

As válvulas são fechadas e a mistura combustível/ar é comprimida adiabaticamente, através do movimento ascendente do pistão.

3º Tempo: Expansão (D-E)

Os produtos de combustão a alta pressão e temperatura expandem-se adiabaticamente forçando a descida do pistão.

4º Tempo: Escape (B-A)

O pistão move-se no sentido ascendente, purgando o que resta dos gases de escape.

Vantagens:

- Redução da factura energética;

- Não existe necessidade do tratamento dos gases de escape;

- Maior autonomia do utilizador no fornecimento de energia eléctrica; - Redução das emissões poluentes;

- Racionalização da rede eléctrica reduzindo os custos de transporte e as perdas nas linhas;

- Redução do consumo global de combustível;

O rendimento num sistema global de um sistema destes ronda os 90%.

As aplicações da energia térmica provêm dos gases de escape a uma temperatura de 85-90ºC, do sistema de refrigeração de motor num ciclo fechado e um recuperação directa dos gases. Com este tipo de recuperação conseguimos gerar ar quente.

(9)

Exemplo de um motor a Gás:

Trigeração/Poli geração:

A trigeração não e mais que uma produção combinada de energia eléctrica, calor e frio.

Este tipo de sistemas permitem utilizar a energia térmica para a produção de frio com recurso a sistemas de absorção (Chiller), climatização. Assim conseguimos aproveitar a maior parte dos excedentes térmicos. Com o uso de chillers conseguimos aumentar a eficiência da instalação e aumentar o seu rendimento, sem que isto implique um consumo adicional de combustível.

Impacto Ambiental:

Tal como nos motores a diesel os motores a gás tem que obedecer à regulamentação imposta para compatibilizar o meio ambiente e o equipamento de combustão. Existem actualmente três sistemas de controlo de emissões gasosas emitidas pelos motores a gás:

- Controlo com um conversor catalítico de três vias; - Tecnologia “Lean-burn”;

- Redução catalítica selectiva com injecção de amoníaco e com um conversor catalítico, isto em conjunto com um conversor catalítico de oxidação.

(10)

• NOx <500 mg/Nm3; • CO <650 mg/Nm3; • NMHC <150 mg/Nm3; Em Portugal (Portaria 286/93 e 1058/94) • CO <1000 mg/Nm3; • NOx;

Vantagens do Motor a Gás em relação à Turbina:

- Maior flexibilidade, isto é, permite reagir melhor ás flutuações de carga; - Ocupa um espaço próximo à turbina;

- Cobrem potências entre os 2 e 20 MW; - Maior produção de Energia Eléctrica;

A relação entre a produção de energia térmica e eléctrica varia 1,2 e 1,7.

Tem-se denotado um maior desenvolvimento nos motores a gás em relação ao diesel devido a factores denotados anteriormente, ambiental, rendimento etc.

Legislação

• Condições Necessárias

(11)

• E – Energia Eléctrica Produzida anualmente pelo cooperador;

• T – Energia Térmica consumida anualmente, a partir da energia térmica produzida;

• C – Energia Primária consumida na instalação de cogeração;

• CR – O equivalente energético dos recursos renováveis ou resíduos industriais, urbanos ou agrícolas, consumidos anualmente na instalação de cogeração; • REE 0.55 – instalações que utilizem gás natural, gases de petróleo liquefeito,

ou combustíveis líquidos com excepção do fuelóleo;

• REE 0.50 – Instalações que utilizem fuelóleo isoladamente ou em conjunto com combustíveis residuais;

• REE 0.45 – Instalações que utilizem bio massa ou combustíveis residuais ou em conjunto com um combustível de apoio;

(12)

Bibliografia

[1] Revista Cogeração gera Controvérsia, Climatização.

[2] Centro para a conservação de energia, Cogeração Industrial com Motores a Gás. [3] Instituto de tecnologias energéticas (INETI), Tecnologias de Combustão Cogeração. [4] A Cogeração e o Sistema de Financiamento por Terceiros no Sector de Serviços. http://www.cogenportugal.com http://www.guascor.com http://sites.uol.com.br/technoelearning/Eletrica/Termeletricas/Cogeracao/cogeracao.htm http://www.ccbs.ind.br/cogeracao.htm http://www.acmarine.hpg.ig.com.br/indexport.html http://www.ceeeta.pt http://sunshadow.no.sapo.pt/port/shibri.pdf http://www.rawbw.com/~xmwang/javappl/ottoCyc.html http://www.gasenergia.com.br/portal/port/trabalhando/download/realmahle.pdf

(13)

Anexo

O gás natural é proveniente de depósitos subterrâneos, onde se encontra junto de arenitos e é extraído por perfuração. A composição do gás natural varia de um deposito para outro. Os que se distribuem são depurados e tratados, são formados por cerca de 90% de metano acompanhando por pequenas quantidades de etano, azoto e anidrido carbónico.

Uma vez tratado o gás natural é transportado em gasodutos, sobre pressão. Indica-se a seguir a composição do gás natural de referência:

Poder calorífico superior (PCS) 10.032 Kcal/Nm3; Poder calorífico inferior (PCI) 9054 Kcal/Nm3; Densidade relativa 0.65;

Peso especifico 0.8404 Kg/Nm3;

Índice de Wobbe (PCS) 52.09 MJ/Nm3. O gás natural não tem cheiro.

Referências

Documentos relacionados

Apresento, em seguida, o lócus da pesquisa, apontando não somente justificativas e objetivos do programa Reinventando o Ensino Médio, mas também dados da escola, da turma pesquisada

Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o processamento temporal de cantores populares que tocam e não tocam instrumento musical, tendo como objetivos

Uma adequada avaliação da deglutição a fim de identificar precocemente a disfagia é fundamental para o melhor prognóstico, uma vez que a fonoterapia em

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

Nessa esteira, denota-se que os requisitos para que seja plausível a fungibilidade regulada pelo § 7º do artigo 273 do CPC são os seguintes: haver equívoco por parte

§ 4º - O Município garantirá boas condições e ambiente de trabalho a todos os trabalhadores permitindo a prestação de serviços públicos de qualidade

Alguns fatores específicos podem ser determinantes para o desenvolvimento do EP na infância, como: baixo peso ao nascer, prematuridade, desmame precoce, introdução

Apesar de o tema interculturalidade ser discutido em grupos de pesquisa de algumas universidades brasileiras e de ser tema em congressos, as obras lidas para