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São Paulo (SP) - Desenhos registram casas de bairros

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Academic year: 2021

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São Paulo (SP) - Desenhos

registram casas de bairros

paulistanos

"antes

que

acabem"

Divulgação/João Galera

No projeto “Antes que acabe”, o artista João Galera tenta preservar –pelo menos iconograficamente– as casas de bairro da cidade de São Paulo. Sobrados, janelas para a rua, escadinhas e varandas vão para o papel antes que elas sejam demolidas pelas empreiteiras para dar espaço a mais um prédio de vidro e concreto.

Acesse AQUI e veja abaixo alguns desenhos. Fonte original da notícia: UOL Notícias

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SP - Casas da escola paulista

de arquitetura são recriadas

em maquetes na Itália

Construídas nos anos 1950, 1960 e 1970, as casas de concreto da chamada escola paulista de arquitetura viraram objeto de estudo da Universidade de Ferrara, na Itália, e ganharam destaque no último Salão de Restauro e Conservação realizado na cidade.

Ícones como a Casa de Vidro, de Lina Bo Bardi, a Casa Masetti, de Paulo Mendes da Rocha, e outras criadas por arquitetos como Vilanova Artigas, Joaquim Guedes, Carlos Millan, Oswaldo Correa Gonçalves e Marcos Acayaba foram dissecadas pelos estudantes de Ferrara e depois recriadas em modelos digitais e maquetes para a mostra “Viver em Concreto”.

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Casa desenhada pelo arquiteto Oswaldo Correa Gonçalves r e c o n s t r u í d a c o m p e ç a s d e L e g o . D i e g o Buonanno/Divulgação

Com notável experiência na recuperação de edifícios, os italianos miram com interesse um potencial mercado no Brasil, país onde o modernismo gerou muitos exemplares em concreto, que são candidatos ao restauro.

De grande plasticidade, o concreto, sem manutenção, envelhece rápido e mal.

Tem problemas de estabilidade e requer cuidado permanente, sob pena de deteriorar-se, como exemplifica o péssimo estado de outro símbolo da arquitetura paulista, o prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, de Artigas.

O estudo e a mostra dos alunos de Ferrara foram possíveis graças a um precioso mapa da mina: o livro “Residências em São Paulo: 1947-1975”, feito pela arquiteta Marlene Milan Acayaba. Editada há quase 30 anos (1987), a obra virou raridade em sebos por um período e ganhou reedição fac-similar em 2011. O volume traz fotos, desenhos técnicos com plantas e cortes, fichas e descrições de 43 residências construídas, além de textos analíticos.

A farta documentação serviu de guia para o trabalho de arqueologia arquitetônica.

Traduzindo textos, comparando fotos e plantas, os estudantes fizeram uma imersão nas casas paulistas.

“Eles se surpreenderam com a qualidade espacial dessa arquitetura, de cheios e vazios, bem diferente da arquitetura mais compositiva, de planta e fachada”, diz Marlene Acayaba.

Experimentação

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algumas das características da escola paulista, que ela define como “empírica e de grande experimentação criativa”.

O livro flagra o momento que engendrou um grande canteiro de obras experimental. Graças aos projetos privados de residências unifamiliares, custeados por uma parte da elite intelectual e econômica da cidade, os arquitetos puderam ensaiar suas ideias e criar espaços com grande liberdade, no período em que eram escassas as oportunidades de projetos de edifícios públicos.

Despojadas na superfície, essas construções têm em geral interiores abertos, pátios e jardins internos, e se abrem sem grandes obstáculos para a rua, exaltando o espírito coletivo que fazia parte do ideário de seus criadores.

Mas essa arquitetura nua não tinha em mente sua posterior conservação. “Os arquitetos não pensavam em acabamento, nos materiais. Queriam fazer o espaço. E fizeram verdadeiras obras de arte”, diz Acayaba.

Apenas uma das 43 casas listadas em seu livro foi derrubada -a do arquiteto Siegbert Zanettini, no Itaim.

Ainda assim, Acayaba considera que hoje muitas dessas casas são insustentáveis.

“São grandes, em terrenos caros, requerem muita manutenção e não se enquadram mais no modo de morar de hoje. Além disso, estão em bairros residenciais, que também não devem durar muito mais tempo numa cidade como São Paulo”, diz.

“A verdade é que a arquitetura moderna já é antiga”, diz Acayaba. Por Mara Gama

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Livro resgata arquitetura

moderna do Recife (PE)

Publicação cobre o período de 1949 até 1972 e será lançada no Museu da Cidade do Recife, no Forte das Cinco Pontas.

O livro Arquitetura Moderna no Recife: 1949-1972, que será lançado às 18h30 desta quinta-feira (28), nasceu de uma tese de doutorado e preserva o tom acadêmico, necessário à pesquisa. Mesmo assim, consegue explicar ao grande público, numa linguagem simples, em 178 páginas ilustradas, o valor das edificações modernas construídas na capital pernambucana.

Mais do que um resgate da produção arquitetônica dos anos 50, 60 e início da década de 70, a publicação serve de alerta para o precário estado de conservação das casas e prédios desenhados por Acácio Gil Borsoi (1924-2009) e Delfim Amorim (1917-1972), arquitetos que fizeram o Recife moderno, ao lado do italiano Mario Russo (1917-1996), que atuou na cidade de 1949 a 1955.

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Para começar, as antigas residências modernistas do Recife estão desaparecendo, lamenta a arquiteta Guilah Naslavsky, autora do publicação. Poucas ainda resistem, como a casa de Miguel Vita (da fábrica de refrigerantes Fratelli Vita), em Santana, Zona Oeste do Recife, onde funciona a Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH). O projeto é do português Delfim Amorim.

“Os prédios institucionais encontram-se em melhores condições, se comparados com os particulares”, diz ela. Como exemplo, cita o Edifício Pirapama, retrato da decadência na Avenida Conde da Boa Vista, Centro do Recife, também projetado por Delfim Amorim.

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Em Boa Viagem, bairro da Zona Sul, o Edifício Michelangelo, p r o j e t a d o p o r B o r s o i , p a s s o u p o r r e f o r m a s e f i c o u descaracterizado, comenta a pesquisadora. De acordo com Guilah, o carioca Borsoi deixou o maior legado da arquitetura moderna em Pernambuco e no Nordeste. “Ele era contemporâneo de Oscar Niemeyer (1907-2012) e do boom do modernismo no Brasil.” Na Avenida João de Barros, também no Centro, o prédio da Celpe é apontado pela arquiteta como um exemplar moderno bem conservado. É um projeto dos arquitetos Vital Pessoa de Melo e Reginaldo Esteves, discípulos de Borsoi e Delfim Amorim. Mas nem todas as edificações modernistas institucionais mantém as características preservadas.

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A reitoria da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Dois Irmãos, Zona Norte, cobriu com vidros espelhados as fachadas de veneziana projetadas por Luiz Nunes (1909-1937) e equipe. O primeiro prédio a usar cobogó no Recife, uma escola para crianças portadoras de deficiências na Rua Cônego Barata, na Tamarineira, Zona Norte, foi derrubada em 2008. “Era projeto de Luiz Nunes”, diz Guilah.

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Professora na Universidade Federal de Pernambuco, ela estuda a arquitetura moderna no Recife desde a graduação, nos anos 90. A arquitetura moderna, caracterizada pelo uso do concreto, ferro e vidro, introduziu o terraço-jardim no teto e o piloti (criava uma praça nos prédios, mas esses espaços agora são usados como garagem) nas edificações.

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As fachadas ganharam desenhos mais abstratos, geométricos, para facilitar a produção em série, explica Guilah. O lançamento do livro, editado com apoio da Lei de Incentivo à Cultura da Cidade do Recife, será no museu do Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, Centro. Exemplares estarão à venda em livrarias. Uma parte é destinada a doação.

Referências

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