• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI CURSO DE FISIOTERAPIA VANESSA KAROLINE DA SILVA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI CURSO DE FISIOTERAPIA VANESSA KAROLINE DA SILVA"

Copied!
43
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI CURSO DE FISIOTERAPIA

VANESSA KAROLINE DA SILVA

FATORES RELACIONADOS À PRESSÃO EXERCIDA PELO ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES GRÁVIDAS

SANTA CRUZ – RN 2018

(2)

FATORES RELACIONADOS À PRESSÃO EXERCIDA PELO ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES GRÁVIDAS

Artigo científico apresentado ao Curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito complementar para obtenção do título de Graduação em Fisioterapia.

Orientadora: Profa. Dra. Vanessa Patrícia Soares de Sousa

SANTA CRUZ – RN 2018

(3)
(4)

FATORES RELACIONADOS À PRESSÃO EXERCIDA PELO ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES GRÁVIDAS

Artigo científico apresentado ao Curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito complementar para obtenção do título de Graduação em Fisioterapia.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________ Profa. Dra. Vanessa Patrícia Soares de Sousa – Orientadora

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________________________________ Profa. Dra. Grasiéla Nascimento Correia – Membro da banca

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________________________________ Profa. Ms. Sílvia Oliveira Ribeiro Lira - Membro da banca

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Aprovado em: 04 de Dezembro de 2018

(5)

Encerramentos de ciclos têm o poder de proporcionar reflexões a quem os vive, e nesse ciclo que se finda a palavra que me define é GRATIDÃO.

A Deus, pelo dom da vida e por cuidar de mim da melhor maneira possível, sendo um Pai carinhoso que me consola quando preciso e me repreende quando necessário. Agradeço pela graça, misericórdia e amor constrangedor e incondicional. Ao Senhor dedico o que tenho e o que sou, com consciência de que tudo foi por Ele e é tudo para glória Dele.

Aos meus pais, que são a personificação do amor de Deus por mim, por acreditarem e investirem no meu sonho. À minha mãe, Ronete, que é o meu maior exemplo de paciência, amor e temor a Deus. Se eu consegui chegar aonde cheguei e continuar de pé foi graças às orações dela. Ao meu pai, Alderi, que é o amor da minha vida e o altruísmo em pessoa. Obrigada por sempre batalhar para que nada falte para nós três.

A minha família, pelas orações e palavras de encorajamento. Em especial meus avós Dalva e Miguel, meus tios Cidô e Rosivaldo e minha tia Rosângela. Vocês foram peças fundamentais para concretização desse sonho. Afinal, o que seria de mim sem as caronas Assú-Tangará com Cidô, O Rei do Caju (que ainda pagava minha passagem de Jardinense no trajeto Tangará-Santa Cruz)?! Obrigada por acreditarem em mim mesmo quando me vejo tão incapaz.

Ao meu namorado Jefferson, por saber exatamente como acalmar o monstro da TPM. A maior conquista que Santa Cruz me proporcionou não foi um título, mas sim fazer parte da sua vida. Deus uniu nossos propósitos e tem nos ajudado com a concretização de nossos sonhos. Obrigada por sempre ver o melhor em mim e ter contribuído de tantas formas para o meu crescimento como ser humano. Obrigada por ser meu melhor amigo, ser o dono do melhor abraço e por me inspirar tanta coisa boa.

As amizades já existentes, que a distância não foi capaz de sucumbir, e aos laços criados ao longo desses cinco anos. À Ádala, Serginho, Franklin, Bárbara, Marianna e Carlinha, pelas risadas e companheirismo. Ao meu pastor Alberto, sua esposa Antônia e demais membros da Igreja Presbiteriana de Assú, igreja da qual sou membro, que oraram por mim ao decorrer desses longos cinco anos. Ao pessoal da

(6)

sido instrumentos de Deus na minha vida. Grazi, Victor, Raul, Manu e Edemberg, muito obrigada pelos abraços e que venham mais momentos maravilhosos na presença do Espírito Santo.

Aos professores, por todo aprendizado repassado. Agradeço em especial aos professores Íllia, Clécio, Karime e Socorro, por serem brilhantes exemplos de profissionais da fisioterapia e da docência, e terem contribuído para minha formação da forma mais humana possível. Agradeço ao professor Diego que, veemente em tudo que faz, somou para o arcabouço que detenho. Agradeço à minha orientadora, professora Vanessa, que aceitou esse desafio e o fez da melhor forma possível. Manter-se íntegra em um ambiente que convida a se corromper a todo o momento não deve ser fácil. É essa e tantas outras características que faz da senhora essa pessoa inspiradora e que todos os alunos amam. Muito obrigada pela confiança depositada. Agradeço as professoras Grasiéla e Sílvia por, gentilmente, terem aceitado o convite para compor essa banca.

Aos colegas da turma “Clécio Gabriel de Souza”, pelas experiências compartilhadas. Em especial à Jardelina e Gabriela, pelos aperreios e alegrias divididos e por serem aquele “ombro amigo” para desabafar. À Afonson, Ana Lorena, Gisele, Hégila, Ivanaldo e Gildilene, que sempre estiveram dispostos a ajudar e cujo desenvolvi um enorme carinho. Todos vocês são nomes que transcendem os muros da universidade e que quero levar para vida.

Finalizo essa etapa da minha vida com a certeza de que “nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem.” II Coríntios 4.17-18

(7)

A gravidez desencadeia inúmeras alterações musculoesqueléticas, dentre as quais se destacam aquelas relacionadas aos músculos do assoalho pélvico (MAP). Entretanto, ainda não há um consenso na literatura sobre quais fatores podem interferir na atividade desse grupo muscular. O objetivo desse trabalho foi analisar os fatores relacionados à pressão exercida pelos MAP’s de mulheres grávidas participantes de um grupo para gestantes, na cidade de Natal/RN. Estudo do tipo analítico transversal, com abordagem quantitativa realizado de junho de 2016 a março de 2018 e amostra de 55 gestantes. Para avaliação foram utilizados ficha de avaliação, o PERFECT para avaliação funcional do assoalho pélvico e perineômetro eletrônico (Peritron™) para avaliação objetiva da pressão muscular do assoalho pélvico. Para a caracterização da amostra e descrição da avaliação funcional do assoalho pélvico, foi utilizada a estatística descritiva, através de médias, desvio-padrão e porcentagens. Para analisar a influência das variáveis independentes (idade cronológica, idade gestacional, idade da primeira relação sexual, ganho de peso na gestação, escolaridade e intensidade da dor lombar) sobre a variável dependente (pressão objetiva exercida pelos músculos do assoalho pélvico) foi utilizada a Regressão Linear. Adotou-se um nível de significância de P<0,05. Obtivemos os seguintes resultados a partir do teste de regressão: idade cronológica (R=-0,005; P=0,97); idade gestacional (R=-0,072; P=0,60); idade na primeira relação sexual (R=-0,082; P=0,56); ganho de peso na gestação (R=0,001; P=0,99); escolaridade (R=0,028; P=0,84); intensidade da dor lombar (R=-0,014; P=0,91). Os resultados mostraram que os fatores analisados não influenciam a pressão exercida pelos MAP’s.

(8)

1 INTRODUÇÃO---10 1.1 Pergunta problema---11 1.2 Hipótese---11 1.3 Justificativa---11 2 OBJETIVOS---12 2.1 Objetivo geral---12 2.2 Objetivos específicos---12 3 METODOLOGIA---12 3.1 Delineamento do estudo---13 3.2 Local do estudo---13 3.3 Período---13

3.4 População e amostra do estudo---13

3.5 Critérios de elegibilidade---13

3.6 Aspectos éticos---13

3.7 Instrumentos de medida---14

3.8 Medidas de avaliação---14

3.9 Procedimentos de avaliação---14

3.10 Análise dos dados---16

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO---16

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS---31

REFERÊNCIAS---32

(9)

ANEXO I - Parecer consubstanciado do CEP---42 ANEXO II – Instrumento para Avaliação Funcional do Assoalho Pélvico---43

(10)

INTRODUÇÃO

O período gestacional consiste em um processo natural caracterizado por propiciar alterações que ocorrem no corpo da mulher a partir da fecundação (MANN et al., 2010). Essas alterações transcendem o âmbito fisiológico e corporal, permeando para contextos culturais e sociais, o que demanda da gestante um preparo para mudanças e novas responsabilidades, deixando-a, por vezes, com incertezas e inseguranças (SANTOS et al., 2016).

As alterações biomecânicas específicas dessa fase, por sua vez, provocam adaptações na musculatura e órgãos abdominais para acomodarem o feto (BRANCO; SANTOS-ROCHA; VIEIRA, 2014). Além disso, é possível notar a partir do segundo trimestre mudanças mais acentuadas no corpo da gestante, tais como: alteração do centro de gravidade (CG) em decorrência da abertura dos ossos ilíacos e rotação externa dos ossos do quadril, além da presença de hiperlordose lombar e alterações respiratórias, como padrão ventilatório apical e abertura do gradil costal (BRANCO; SANTOS-ROCHA; VIEIRA, 2014).

Nesse contexto, tem-se que a gravidez desencadeia inúmeras alterações musculoesqueléticas, dentre as quais se destacam aquelas relacionadas aos músculos do assoalho pélvico (MAP) (MOCCELLIN; RETT; DRIUSSO, 2016). A principal composição do MAP é o músculo elevador do ânus (puborretal, puboccocígeo e iliococcigeo), e todos os feixes musculares que compõem essa rede ficam dispostos na cintura pélvica, que compreende os ossos ílio, ísquio e púbis (EICKMEYER, 2017).

O MAP tem por função sustentar os órgãos pélvicos e abdominais, controlar incontinência urinária e fecal e atuar na função sexual (Bø et al., 2015), mas são os músculos que formam o elevador do ânus, especificamente, que adequam-se para conseguir manter o tônus por longos períodos, bem como para resistir a pressão intra-abdominal, que ocorre de forma súbita, como ao tossir ou espirrar (MOREIRA; ARRUDA, 2010). Em contrapartida, no período gestacional o útero gravídico e o aumento de massa corporal da gestante contribuem para que a pressão sobre a musculatura do assoalho

(11)

pélvico se eleve, o que pode influenciar o mecanismo de continência (MOCCELLIN; RETT; DRIUSSO, 2016).

Sabe-se que existe uma associação de fraqueza da musculatura do assoalho pélvico de gestantes com a sobrecarga que é imposta a ela durante o período gestacional (CORREGGIO; JUNIOR, 2010). O comprometimento desses músculos decorre da distensão de suas fibras musculares devido à pressão progressiva e sustentada que o útero exerce sobre a pelve, uma vez que esse órgão está em crescimento gradativo durante a gravidez (SOUZA et al., 2010). Entretanto, ainda não há um consenso, na literatura científica, sobre quais outros fatores podem interferir na atividade desse grupo muscular, durante a gravidez.

1.1 Pergunta problema

Quais fatores influenciam na pressão exercida sobre o MAP de mulheres grávidas?

1.2 Hipótese

Fatores como idade cronológica, idade gestacional, escolaridade e Índice de Massa Corporal (IMC) podem estar interferindo na pressão exercida pelos MAP no período gestacional.

1.3 Justificativa

Há uma grande escassez de trabalhos científicos que investiguem os fatores relacionados à mudança na pressão exercida na contração dos MAP’s durante o período gestacional.

Estudos (RUWAN, 2007; HARVEY; PIERCE, 2015) mostram que cerca de 60% das mulheres, em alguma fase de sua vida, irão sofrer com disfunção do assoalho pélvico, sejam elas de etiologia biomecânica ou devido a alterações que se manifestam com sintomatologia de incontinência urinária, prolapsos dos órgãos pélvicos, dispareunia e incontinência fecal. Além disso, milhares de mulheres, por ano, necessita realizar cirurgia para reverter disfunções do assoalho pélvico, sendo que, se apenas 25% desses déficits

(12)

fossem prevenidos, 90 a 120 mil procedimentos cirúrgicos anuais e 30 a 40 mil recidivas de operações seriam evitados (BARBOSA et al., 2017).

Portanto, enfatizo a importância de um acompanhamento fisioterapêutico no período pré-natal, para que se execute um programa de exercícios para o MAP, a fim de prevenir danos perineais decorrentes da gestação, promover empoderamento da gestante tornando-a corresponsável por seu cuidado e evitar futuras intervenções cirúrgicas (BARBOSA et al., 2017).

Diante disso, o desenvolvimento dessa pesquisa é relevante, pois investigou motivos que levam ao aumento da pressão do MAP de mulheres grávidas a fim de intervir em sua melhoria e prevenir possíveis disfunções, diminuindo, assim, a procura aos serviços de saúde por motivos desnecessários.

2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral

Analisar os fatores relacionados à pressão exercida pelos músculos do assoalho pélvico de mulheres grávidas participantes de um grupo de estudos sobre saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal, na cidade de Natal/RN. 2.2 Objetivos específicos

 Caracterizar a amostra quanto aos dados sociodemográficos e obstétricos;

 Descrever a avaliação funcional do assoalho pélvico das voluntárias;  Investigar se a idade cronológica, idade gestacional e da primeira

relação sexual, bom como o ganho de peso, escolaridade e intensidade da dor lombar, influenciam na pressão exercida pelos músculos do assoalho pélvico.

(13)

3.1 Delineamento do estudo

Estudo do tipo analítico transversal, com abordagem quantitativa. 3.2 Local do estudo

As coletas de dados foram realizadas no Laboratório de Atendimento Materno-infantil do departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

3.3 Período

O estudo foi realizado de junho de 2016 a março de 2018. 3.4 População e amostra do estudo

A população foi composta por grávidas residentes na cidade de Natal/RN, que tivessem participado do Curso Preparatório para Gestação, Parto e Pós-parto (CPGPP), promovido pelo Grupo de Estudos sobre Saúde da Mulher em Fisioterapia (GESM), do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

3.5 Critérios de elegibilidade

Foram incluídas no estudo as gestantes que não apresentaram alterações metabólicas e obstétricas (comprovado por atestado médico); tivessem idade entre 18 e 37 anos; estivessem no segundo ou terceiro trimestres gestacionais (confirmado por meio de ultrassonografia); que fossem nulíparas; gravidez de feto único. Foram excluídas as voluntárias que se negaram a completar o protocolo de avaliação.

3.6 Aspectos éticos

Em cumprimento às determinações da resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, que regulamenta a pesquisa envolvendo seres humanos, após autorização institucional da SMS, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) com Seres Humanos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Vale ressaltar que a pesquisa só foi iniciada após a

(14)

aprovação do mesmo (Anexo I), sob o parecer consubstanciado de número 719.939 e que todos os participantes assinaram o TCLE (Apêndice I).

3.7 Instrumentos de medida

Foi aplicada uma ficha de avaliação elaborada pelos pesquisadores (Apêndice II) que contemplavam dados e informações acerca de identificação e aspectos sociodemográficos, dados clínicos e obstétricos, alterações nos sistemas corporais (tegumentar, urinário, gastrointestinal, respiratório, cardiovascular, musculoesquelético, nervoso e alterações psíquicas), hábitos de vida, avaliação da dor lombopélvica (por meio da Escala Visual Analógica) e avaliação do assoalho pélvico.

A avaliação funcional do assoalho pélvico se deu por meio do instrumento PERFECT (Anexo II), que avalia a força de compressão, resistência, número de repetições rápidas e tempo de contração sustentada exercida pelos músculos do assoalho pélvico (FUSCO, 2017).

Para avaliação objetiva da pressão muscular do assoalho pélvico foi utilizado o manômetro vaginal eletrônico de pressão da marca Peritron™. O aparelho é composto por um microprocessador portátil ligado a um sensor que se localiza na sonda vaginal, confeccionada em silicone, com dimensões de 8 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro (ZIZZI et al., 2017).

3.8Medidas de avaliação

As variáveis independentes do estudo são idade cronológica das voluntárias, idade gestacional, idade na primeira relação sexual, ganho de peso durante a gestação, escolaridade e intensidade da dor lombopélvica.

A variável dependente do estudo foi a pressão exercida sobre a musculatura do assoalho pélvico, aferida através do Peritron™.

3.9 Procedimentos de avaliação

Após aplicação da ficha de avaliação, foi realizada a avaliação funcional do assoalho pélvico.

(15)

Posicionamento da voluntária e procedimentos de avaliação dos músculos do assoalho pélvico

A voluntária foi orientada a posicionar-se na maca em decúbito dorsal, com quadril e joelhos fletidos e pés apoiados (posição de litotomia). Para realização do protocolo PERFECT, o avaliador introduziu as falanges distais do segundo e/ou terceiros dedos no canal vaginal da voluntária, utilizando luva estéril, para diminuir risco de contaminação do avaliador e voluntária, e gel lubrificante. Seguindo a ordem do protocolo, a primeira variável a ser avaliada, foi a pressão do MAP. Solicitou-se que a gestante contraísse a vagina com o máximo de força (avaliada pela Escala de Força de Ortiz et al., 1994) que conseguisse, de modo a levar o(s) dedo(s) do avaliador pra dentro e pra cima e depois soltasse. Para avaliar a resistência, foi solicitado que ela contraísse o assoalho pélvico com a força utilizada na contração inicial, e que segurasse o máximo de tempo que conseguisse. Em seguida, foram quantificadas quantas vezes ela conseguiu sustentar e manter a contração pelo tempo encontrado na resistência, com a força realizada inicialmente, para se obter o número de repetições que ela foi capaz de realizar. Por fim, foi visto por quanto tempo a gestante pode fazer contrações rápidas do assoalho pélvico após 2 minutos de repouso do teste, onde foi solicitado que ela contraísse e soltasse a vagina, sendo o tempo cronometrado enquanto a força inicial foi mantida.

A pressão objetiva exercida pelos músculos do assoalho pélvico foi avaliada por meio do Peritron™. A sonda, revestida com preservativo masculino, foi introduzida no canal vaginal com gel lubrificante entre 4 e 6 cm. Nesse momento foi realizada calibração do instrumento, onde atingiu 100 cmH2O após insuflação, sendo zerada em seguida. O comando foi dado para que a gestante contraísse a vagina o máximo que conseguisse, e a pressão sobre a sonda foi registrada numa escala de 0,1 a 300 cmH2O. A contração foi realizada 3 vezes seguidas, com intervalo de 30 segundos entre cada uma, sendo realizada a média de contração.

Para avaliação da coordenação, foi observado o tempo que a gestante levou para relaxar os MAP’s e se esse relaxamento era por completo. Foi visto sem palpação e depois com palpação.

(16)

Foi dado comando para a voluntária expulsar a sonda do perineômetro, onde foi avaliada a expulsão.

3.10 Análise dos dados

Para a caracterização da amostra e descrição da avaliação funcional do assoalho pélvico, foi utilizada a estatística descritiva, por meio de média, desvio-padrão e porcentagens. A análise da normalidade das variáveis quantitativas foi realizada com o teste de Kolmogorov-Smirnov. Para analisar a influência das variáveis independentes (idade cronológica, idade gestacional, idade da primeira relação sexual, ganho de peso na gestação, escolaridade e intensidade da dor lombar) sobre a variável dependente (pressão objetiva exercida pelos músculos do assoalho pélvico) foi utilizada a Regressão Linear. Adotou-se um nível de significância de 5% (P<0,05).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados e discussão deste estudo serão apresentados em forma de artigo, a ser publicado em revista científica após defesa.

Artigo: Fatores Relacionados à Pressão Exercida Pelo Assoalho Pélvico de Mulheres Grávidas: um estudo transversal

Vanessa Karoline da Silva, Elizabel de Souza Ramalho Viana, Vanessa Patrícia Soares de Sousa

Resumo

A gravidez desencadeia inúmeras alterações musculoesqueléticas, dentre as quais se destacam aquelas relacionadas aos músculos do assoalho pélvico (MAP). Entretanto, ainda não há um consenso na literatura sobre quais fatores podem interferir na atividade desse grupo muscular. O objetivo desse trabalho foi analisar os fatores relacionados à pressão exercida pelos MAP’s de mulheres grávidas participantes de um grupo para gestantes, na cidade de Natal/RN. Estudo do tipo analítico transversal, com abordagem quantitativa realizado de junho de 2016 a março de 2018 e amostra de 55 gestantes. Para avaliação foram utilizados ficha de avaliação, o PERFECT para avaliação funcional do assoalho pélvico e perineômetro eletrônico (Peritron™) para avaliação objetiva da pressão muscular do assoalho pélvico. Para a caracterização da amostra e descrição da avaliação funcional do assoalho pélvico, foi utilizada a estatística descritiva, através de médias, desvio-padrão e

(17)

porcentagens. Para analisar a influência das variáveis independentes (idade cronológica, idade gestacional, idade da primeira relação sexual, ganho de peso na gestação, escolaridade e intensidade da dor lombar) sobre a variável dependente (pressão objetiva exercida pelos músculos do assoalho pélvico) foi utilizada a Regressão Linear. Adotou-se um nível de significância de P<0,05. Obtivemos os seguintes resultados a partir do teste de regressão: idade cronológica (R=-0,005; P=0,97); idade gestacional (R=-0,072; P=0,60); idade na primeira relação sexual (R=-0,082; P=0,56); ganho de peso na gestação (R=0,001; P=0,99); escolaridade (R=0,028; P=0,84); intensidade da dor lombar (R=-0,014; P=0,91). Os resultados mostraram que os fatores analisados não influenciam a pressão exercida pelos MAP’s.

Palavras-chave: Assoalho Pélvico. Gravidez. Saúde da Mulher. Abstract

Pregnancy triggers numerous musculoskeletal disorders, among which those related to pelvic floor muscles (PAM). However, there is no consensus in the literature about which factors may interfere with the activity of this muscle group. The objective of this study was to analyze the factors related to the pressure exerted by the MAPs of pregnant women participating in a group for pregnant women, in the city of Natal / RN. A cross-sectional analytical study, with a quantitative approach performed from June 2016 to March 2018 and a sample of 55 pregnant women. For evaluation evaluation card, PERFECT for functional evaluation of the pelvic floor and electronic perineometer (Peritron ™) were used for objective assessment of pelvic floor muscle pressure. For the characterization of the sample and description of the functional evaluation of the pelvic floor, descriptive statistics were used, through means, standard deviation and percentages. To analyze the influence of the independent variables (chronological age, gestational age, age of first sexual intercourse, weight gain during pregnancy, schooling and lumbar pain intensity) on the dependent variable (objective pressure exerted by the pelvic floor muscles) Linear Regression. A significance level of P <0.05 was adopted. We obtained the following results from the regression test: chronological age (R=-0.005; P=0.97); gestational age (R=-0.072; P=0.60); age at first sexual intercourse (R=-0.082; P=0.56); weight gain during pregnancy (R=0.001; P = 0.99); schooling (R=0.028; P=0.84); intensity of lumbar pain (R=-0.014; P=0.91). The results showed that the factors analyzed do not influence the pressure exerted by MAPs.

Key-words: Pelvic Floor. Pregnancy. Women’s Health.

(18)

O período gestacional consiste em um processo natural caracterizado por propiciar alterações que ocorrem no corpo da mulher a partir da fecundação (MANN et al., 2010). As alterações biomecânicas específicas dessa fase, por sua vez, provocam adaptações na musculatura e órgãos abdominais para acomodarem o feto (BRANCO; SANTOS-ROCHA; VIEIRA, 2014).

Nesse contexto, tem-se que a gravidez desencadeia inúmeras alterações musculoesqueléticas, dentre as quais se destacam aquelas relacionadas aos músculos do assoalho pélvico (MAP) (MOCCELLIN; RETT; DRIUSSO, 2016),

O MAP tem por função sustentar os órgãos pélvicos e abdominais, controlar incontinência urinária e fecal e atuar na função sexual (Bø et al., 2015), mas são os músculos que formam o elevador do ânus, especificamente, que adequam-se para conseguir manter o tônus por longos períodos, bem como para resistir a pressão intra-abdominal, que ocorre de forma súbita, como ao tossir ou espirrar (MOREIRA; ARRUDA, 2010). Em contrapartida, no período gestacional o útero gravídico e o aumento de massa corporal da gestante contribuem para que a pressão sobre a musculatura do assoalho pélvico se eleve, o que pode influenciar o mecanismo de continência (MOCCELLIN; RETT; DRIUSSO, 2016).

Sabe-se que existe uma associação de fraqueza da musculatura do assoalho pélvico de gestantes com a sobrecarga que é imposta a ela durante o período gestacional (CORREGGIO; JUNIOR, 2010). O comprometimento desses músculos decorre da distensão de suas fibras musculares devido à pressão progressiva e sustentada que o útero exerce sobre a pelve, uma vez que esse órgão está em crescimento gradativo durante a gravidez (SOUZA et al., 2010). Entretanto, ainda não há um consenso, na literatura científica, sobre quais outros fatores podem interferir na atividade desse grupo muscular, durante a gravidez.

Há uma grande escassez de trabalhos científicos que investiguem os fatores relacionados à mudança na pressão exercida na contração dos MAP’s durante o período gestacional.

(19)

Estudos mostram que cerca de 60% das mulheres, em alguma fase de sua vida, irão sofrer com disfunção do assoalho pélvico, sejam elas de etiologia biomecânica ou devido a alterações que se manifestam com sintomatologia de incontinência urinária, prolapsos dos órgãos pélvicos, dispareunia e incontinência fecal (RUWAN, 2007; HARVEY; PIERCE, 2015). Além disso, milhares de mulheres, por ano, necessita realizar cirurgia para reverter disfunções do assoalho pélvico, sendo que, se apenas 25% desses déficits fossem prevenidos, 90 a 120 mil procedimentos cirúrgicos anuais e 30 a 40 mil recidivas de operações seriam evitados (BARBOSA et al., 2017).

Portanto, enfatizo a importância de um acompanhamento fisioterapêutico no período pré-natal, para que se execute um programa de exercícios para o MAP, a fim de prevenir danos perineais decorrentes da gestação, promover empoderamento da gestante tornando-a corresponsável por seu cuidado e evitar futuras intervenções cirúrgicas (BARBOSA et al., 2017).

Diante disso, o objetivo do nosso estudo foi analisar os fatores relacionados à pressão exercida pelos músculos do assoalho pélvico de mulheres grávidas participantes de um grupo de estudos sobre saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal, na cidade de Natal/RN.

MATERIAIS E MÉTODOS

Constitui-se de um estudo do tipo analítico transversal, com abordagem quantitativa realizado no Laboratório de Atendimento Materno-infantil do departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, de junho de 2016 a março de 2018.

População e amostra do estudo

A população foi composta por grávidas residentes na cidade de Natal/RN, que tivessem participado do Curso Preparatório para Gestação, Parto e Pós-parto (CPGPP), promovido pelo Grupo de Estudos sobre Saúde da

(20)

Mulher em Fisioterapia (GESM), do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Foram incluídas no estudo as gestantes que não apresentaram alterações metabólicas e obstétricas (comprovado por atestado médico); tivessem idade entre 18 e 37 anos; estivessem no segundo ou terceiro trimestres gestacionais (confirmado por meio de ultrassonografia); que fossem nulíparas; gravidez de feto único. Foram excluídas as voluntárias que se negaram a completar o protocolo de avaliação.

Em cumprimento às determinações da resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, que regulamenta a pesquisa envolvendo seres humanos, após autorização institucional da SMS, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) com Seres Humanos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Vale ressaltar que a pesquisa só foi iniciada após a aprovação do mesmo, sob o parecer consubstanciado de número 719.939 e que todos os participantes assinaram o TCLE.

As variáveis independentes do estudo são idade cronológica das voluntárias, idade gestacional, idade na primeira relação sexual, ganho de peso durante a gestação, escolaridade e intensidade da dor lombopélvica. A variável dependente do estudo foi a pressão exercida sobre a musculatura do assoalho pélvico, aferida através do Peritron™.

Instrumentos de medida

Foi aplicada uma ficha de avaliação elaborada pelos pesquisadores que contemplavam dados e informações acerca de identificação e aspectos sociodemográficos, dados clínicos e obstétricos, alterações nos sistemas corporais (tegumentar, urinário, gastrointestinal, respiratório, cardiovascular, musculoesquelético, nervoso e alterações psíquicas), hábitos de vida, avaliação da dor lombopélvica (por meio da Escala Visual Analógica) e avaliação do assoalho pélvico.

A avaliação funcional do assoalho pélvico se deu por meio do instrumento PERFECT, que avalia a força de compressão, resistência, número

(21)

de repetições rápidas e tempo de contração sustentada exercida pelos músculos do assoalho pélvico (FUSCO, 2017).

Para avaliação objetiva da pressão muscular do assoalho pélvico foi utilizado o manômetro vaginal eletrônico de pressão da marca Peritron™. O aparelho é composto por um microprocessador portátil ligado a um sensor que se localiza na sonda vaginal, confeccionada em silicone, com dimensões de 8 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro (ZIZZI et al., 2017).

Procedimentos de avaliação

Após aplicação da ficha de avaliação, foi realizada a avaliação funcional do assoalho pélvico.

Posicionamento da voluntária e procedimentos de avaliação dos músculos do assoalho pélvico

A voluntária foi orientada a posicionar-se na maca em decúbito dorsal, com quadril e joelhos fletidos e pés apoiados (posição de litotomia). Para realização do protocolo PERFECT, o avaliador introduziu as falanges distais do segundo e/ou terceiros dedos no canal vaginal da voluntária, utilizando luva estéril, para diminuir risco de contaminação do avaliador e voluntária, e gel lubrificante. Seguindo a ordem do protocolo, a primeira variável a ser avaliada, foi a pressão do MAP. Solicitou-se que a gestante contraísse a vagina com o máximo de força (avaliada pela Escala de Força de Ortiz et al., 1994) que conseguisse, de modo a levar o(s) dedo(s) do avaliador pra dentro e pra cima e depois soltasse. Para avaliar a resistência, foi solicitado que ela contraísse o assoalho pélvico com a força utilizada na contração inicial, e que segurasse o máximo de tempo que conseguisse. Em seguida, foram quantificadas quantas vezes ela conseguiu sustentar e manter a contração pelo tempo encontrado na resistência, com a força realizada inicialmente, para se obter o número de repetições que ela foi capaz de realizar. Por fim, foi visto por quanto tempo a gestante pode fazer contrações rápidas do assoalho pélvico após 2 minutos de repouso do teste, onde foi solicitado que ela contraísse e soltasse a vagina, sendo o tempo cronometrado enquanto a força inicial foi mantida.

(22)

A pressão objetiva exercida pelos músculos do assoalho pélvico foi avaliada por meio do Peritron™. A sonda, revestida com preservativo masculino, foi introduzida no canal vaginal com gel lubrificante entre 4 e 6 cm. Nesse momento foi realizada calibração do instrumento, onde atingiu 100 cmH2O após insuflação, sendo zerada em seguida. O comando foi dado para que a gestante contraísse a vagina o máximo que conseguisse, e a pressão sobre a sonda foi registrada numa escala de 0,1 a 300 cmH2O. A contração foi realizada 3 vezes seguidas, com intervalo de 30 segundos entre cada uma, sendo realizada a média de contração.

Para avaliação da coordenação, foi observado o tempo que a gestante levou para relaxar os MAP’s e se esse relaxamento era por completo. Foi visto sem palpação e depois com palpação.

Foi dado comando para a voluntária expulsar a sonda do perineômetro, onde foi avaliada a expulsão.

Análise dos dados

Para a caracterização da amostra e descrição da avaliação funcional do assoalho pélvico, foi utilizada a estatística descritiva, por meio de média, desvio-padrão e porcentagens. A análise da normalidade das variáveis quantitativas foi realizada com o teste de Kolmogorov-Smirnov. Para analisar a influência das variáveis independentes (idade cronológica, idade gestacional, idade da primeira relação sexual, ganho de peso na gestação, escolaridade e intensidade da dor lombar) sobre a variável dependente (pressão objetiva exercida pelos músculos do assoalho pélvico) foi utilizada a Regressão Linear. Adotou-se um nível de significância de 5% (P<0,05).

RESULTADOS

Participaram do estudo 55 mulheres nulíparas, com idade cronológica média de 30,4 anos e idade gestacional média de 23,4 semanas (tabela 1). A tabela 1 apresenta a caracterização sociodemográfica e obstétrica da amostra. Tabela 1 – Caracterização sociodemográfica e obstétrica da amostra (n=55)

(23)

Variáveis

Dados sociodemográficos

Idade cronológica (em anos) 30,40±3,90 Escolaridade (em anos) 21,94±3,50 Renda familiar Até 2 SM 7,3% Até 3 SM 23,6% Mais de 4 SM 40,9% Não respondeu 18,2% Situação conjugal Com companheiro 100% Dados obstétricos

Idade gestacional (em semanas)

23,50±4,80

Ganho de peso (em Kg) 5,24±4,98 Idade da primeira relação

sexual (em anos)

18,53±3,35

EVA 2,76±2,54

NOTA: As variáveis categóricas estão apresentadas em porcentagem (%), enquanto que as quantitativas, em média e desvio-padrão. LEGENDA: DLP, dor lombopélvica; SM, salário mínimo, EVA, Escala Visual Analógica da dor.

Na tabela 2 é apresentada a descrição da avaliação funcional do assoalho pélvico.

Tabela 2 – Dados da avaliação funcional do assoalho pélvico das gestantes, obtidos por meio dos instrumentos PERFECT e Peritron™

Coordenação*

Relaxamento parcial/lento 50,9%

Relaxamento total/rápido 47,3%

Relaxamento parcial/lento (na palpação) 43,6% Relaxamento total/rápido (na palpação) 52,7% Expulsão

(24)

Satisfatória 63,6% Insatisfatória 36,4% Inversão de comando Sim 29,1% Não 70,9% PERFECT Força Grau 1 3,6% Grau 2 27,3% Grau 3 45,5% Grau 4 23,6%

Resistência (em segundos) 3,30±1,81

Repetições 3,21±1,33 Contrações rápidas 7,12±2,45 PeritronTM(cmH2O) Pressão de repouso 48,97±73,87 Medida 1 117,63±169 Medida 2 121,24±173 Medida 3 108,56±155 Média 44,96±17 Uso de sinergistas Sim 60% Não 40%

NOTA: As variáveis categóricas foram apresentadas em porcentagem (%), enquanto que as quantitativas, em média e desvio-padrão; * houve perda de dados.

A tabela 3 exibe a análise dos fatores relacionados à pressão exercida pelos músculos do assoalho pélvico das voluntárias.

De acordo com a análise de regressão, não houve nenhuma influência das variáveis dependentes sobre a variável desfecho da amostra estudada. Tabela 3 – Análise de fatores relacionados à pressão exercida pelos músculos do assoalho pélvico, na amostra estudada.

(25)

Idade cronológica (em anos) -0,005 0,97

Idade gestacional (em semanas) -0,072 0,60

Idade na primeira relação sexual (em anos)

-0,082 0,56

Ganho de peso na gestação (em quilos) 0,001 0,99

Escolaridade (em anos) 0,028 0,84

Intensidade da dor lombar -0,014 0,91

DISCUSSÃO

O objetivo deste trabalho foi analisar os fatores relacionados à pressão exercida pelos MAP’s de mulheres grávidas. O resultado principal mostrou que os fatores analisados (idade cronológica, idade gestacional, idade na primeira relação sexual, ganho de peso na gestação, escolaridade e intensidade da dor lombar) não influenciam a pressão exercida pelos MAP’s.

Idade cronológica

Estudos mostram que o decorrer da idade afeta nas funções dos MAP’s de mulheres. Um estudo de Gerten e seus colaboradores, realizado em 2008, mostrou que cada vez mais as mulheres mais velhas estão lançando mão de cirurgia para tratamento de distúrbios do assoalho pélvico decorrentes da idade avançada, como incontinência urinária e prolapso de órgãos pélvicos, que advêm de fraqueza e déficit de pressão nessa musculatura (GERTEN et al., 2008).

Foi verificado no presente estudo que a idade cronológica das voluntárias, que teve média de 30,40±3,90, não teve influência na pressão exercida pelos MAP’s, sugerindo que, apesar da pressão exercida nessa musculatura pelo útero gravídico, a idade cronológica delas favorece a manutenção dessa pressão. Além disso, nossa amostra é formada por mulheres nulíparas, cuja primeira gestação foi tardia e que a maioria apresenta uma renda de 4 salários mínimos, ou seja, um público atípico, quando comparado com grande quantidade dos estudos realizados na população feminina no Brasil, como um todo.

(26)

Idade gestacional e Ganho de peso

Os efeitos da gravidez sobre a anatomia funcional do assoalho pélvico ainda necessitam ser melhor analisados e descritos. Entretanto, a literatura mostra que fatores hormonais e mecânicos, tais como: o ganho ponderal, o avançar da idade gestacional, o peso do concepto e distensão muscular causada pelo encaixe da cabeça fetal, parecem exercer um papel importante na função dos músculos do assoalho pélvico (O’Boyle et al., 2003; Cassado et al., 2015; Dietz et al., 2018).

Nesta pesquisa, não foram observadas influências da idade gestacional (IG) e do ganho de peso sobre a pressão exercida pela musculatura do assoalho pélvico. Moccellin e seus colaboradores (2016) realizaram um estudo que comparou a função dos músculos do assoalho pélvico no segundo e terceiro trimestre gestacional, através de eletromiografia de superfície, em 19 primigestas com média de idade de 21,74±3,65 anos. Eles obtiveram como resultado um aumento da massa corporal no 3º trimestre de gestação quando comparado à antes da gravidez e diminuição da média do sinal dos músculos do assoalho pélvico durante o repouso durante três avaliações realizadas, o que vai contra nossos achados.

Esperava-se que, com o avançar da IG e com o ganho de peso, houvesse uma diminuição da pressão do AP. Dessa forma, nossos resultados podem ser justificados pelo fato de uma diminuída variação na IG da amostra (23,50±4,80 semanas) e um ganho ponderal dentro da faixa de normalidade (5,24±4,98 Kg), como recomendado pelo Institute of Medicine (11,4kg a 15,9kg para gestantes obesas e 6,8 a 11,4 kg para eutróficas) (VAN KAMPEN et al., 2015), o que não permitiu que detectássemos a influência de tais variáveis sobre a função do assoalho pélvico.

Idade da primeira relação sexual

Esperava-se obter resultado sugestivo de que há relação entre a idade da primeira relação sexual com o aumento da pressão dos MAP’s, uma vez que quanto mais cedo se inicia a vida sexual, mais tempo essa musculatura é utilizada e, como consequência, torna-se mais funcional.

(27)

Um estudo desenvolvido por Tsikouras e seus colaboradores em 2012 avaliou desfechos obstétricos de gravidezes em adolescentes, obtendo como resultados que as principais complicações apresentadas em mulheres que começam a vida sexual muito cedo são parto prematuro, anemia, doença hipertensiva, trabalho de parto obstruído após ruptura prematura das membranas e aumento da mortalidade e morbidade neonatal, ratificando que gravidez na adolescência aumenta o risco de complicações gineco-obstétricas (Tsikouras et al., 2012).

Todavia, nosso estudo mostrou que não há relação da pressão exercida pelo assoalho pélvico com a idade da primeira relação. Sugerimos que, apesar de as voluntárias desse estudo terem iniciado a vida sexual com média de idade de 18,53±3,35 anos, elas engravidaram na idade adulta, sem apresentar, portanto, comprometimento do MAP relacionado à idade da primeira relação sexual, o que corrobora com os achados de Tsikouras.

Escolaridade

Esperava-se que, a pressão exercida pelos músculos do assoalho pélvico, aumentasse de forma diretamente proporcional aos anos de estudo. Uma pesquisa conduzida por Geynisman-Tan e colaboradores (2018) objetivou descrever o conhecimento de mulheres grávidas sobre desordens relacionadas ao assoalho pélvico. Os autores obtiveram que as voluntárias têm conhecimento limitado sobre essa musculatura e as disfunções relacionadas a ela, independente da idade, etnia e escolaridade (Geynisman-Tan et al., 2018). Os resultados da nossa pesquisa mostraram que a escolaridade não influenciou a pressão exercida pelos MAP’s das voluntárias. Isso pode ser explicado pelo fato de que a amostra se mostrou homogênea em relação a essa característica (21,94±3,50 anos de estudo). Além disso, a maior escolaridade não está, necessariamente, ligada ao acesso a informações confiáveis, bem como aplicação dos conhecimentos adquiridos, como, por exemplo, a prática regular de exercícios para os músculos do assoalho pélvico, o que resultaria em aumento da pressão exercida por essa musculatura.

(28)

Hipotetizou-se que, à medida que a intensidade da dor lombopélvica (DLP) aumentasse, haveria diminuição da pressão exercida pelos músculos do assoalho pélvico. A literatura tem mostrado uma relação significativa entre a DLP e as disfunções dos MAP’s (Arab et al., 2010, Eliasson et al., 2008, Smith et al., 2006, Van Wingerden, 2013).Entretanto, não observamos relação entre a DLP e a variável desfecho desse estudo. Uma pesquisa conduzida por Dufour e colaboradores (2018) objetivou analisar a associação entre a DLP e as disfunções do assoalho pélvico. Eles avaliaram 85 mulheres com diferentes disfunções do AP e obtiveram que as pacientes com DLP apresentavam maiores níveis de incapacidade relacionados à disfunção do AP. Esses resultados refutam os que encontramos na nossa pesquisa.

A dor na região lombopélvica da amostra estudada é transitória, correspondendo apenas ao período gestacional. Sugere-se que em virtude disso, pode não haver alterações biomecânicas significativas que interfiram na pressão exercida pelos MAP’s. Além disso, o nível de intensidade dolorosa nessa região da população analisada (2,76±2,54) não foi suficiente para influenciar o desempenho dos MAP’s, tendo em vista que se trata de uma dor de intensidade leve.

Limitações do estudo

Apontam-se como limitações desse estudo o desenho transversal que não permite que estabeleçamos relações de causa e efeito e, por conseguinte, não é possível identificarmos fatores de risco ou proteção em relação à pressão gerada pelos músculos do assoalho pélvico. Além disso, a homogeneidade da amostra pode ter dificultado acharmos relações significativas entre as variáveis estudadas. Dessa forma, sugere-se que pesquisas longitudinais sejam realizadas, considerando diferentes níveis de escolaridade, idade gestacional, ganho de peso, dentre outras, entre as voluntárias.

(29)

Os resultados desse estudo sugerem que os fatores analisados (idade cronológica, idade gestacional, idade na primeira relação sexual, ganho de peso na gestação, escolaridade e intensidade da dor lombar) não influenciam a pressão exercida pelos MAP’s na população estudada.

REFERÊNCIAS

ARAB, Amir Massoud et al. Assessment of pelvic floor muscle function in women with and without low back pain using transabdominal

ultrasound. Manual Therapy, [s.l.], v. 15, n. 3, p.235-239, jun. 2010. BARBOSA, J. et al. CUIDADOS COM O ASSOALHO PÉLVICO NA GESTAÇÃO E PARTO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. p. 0–1, 2017. Bø K, Hilde G, Stær-Jensen J, Siafarikas F, Tennfjord MK, Engh ME. Postpartum pelvic floor muscle training and pelvic organ prolapse: a randomized trial of primiparous women. Am J Obstet Gynecol. 2015;212(1):38.e1-7.

BRANCO, M.; SANTOS-ROCHA, R.; VIEIRA, F. Biomechanics of Gait during Pregnancy. The Scientific World Journal, v. 2014, 2014.

CORREGGIO, Kelly S. da; JUNIOR, Alberto T.; CORREGGIO, Karine S. da; MONTOVANI, Paula R.; Avaliação da função muscular perineal em gestantes; Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 39, no. 3, de 2010.

Cassado Garriga J, Wong V, Shek K, Dietz H. Can we identify changes in fascial paravaginal supports after childbirth? Aust NZ J Obstet Gynaecol. 2015;55:70–5.

DIETZ, Hans Peter et al. Impact of subsequent pregnancies on pelvic floor functional anatomy. International Urogynecology Journal, [s.l.], v. 29, n. 10, p.1517-1522, 12 mar. 2018. Springer Nature America, Inc

DUFOUR, Sinéad et al. Association between lumbopelvic pain and pelvic floor dysfunction in women: A cross sectional study. Musculoskeletal Science And Practice, [s.l.], v. 34, p.47-53, abr. 2018. Elsevier BV.

(30)

Eliasson K, Elfving B, Nordgren B, Mattson B. Urinary incontinence in women with low back pain. Man Ther. 2008; 13(3): 206-212

FUSCO, H. C. S. DE C. Avaliação da força do assoalho pélvico , perda urinária e desempenho sexual em mulheres com fibromialgia. 2017.

GERTEN, Kimberly A. et al. Prolapse and Incontinence Surgery in Older Women. The Journal Of Urology, [s.l.], v. 179, n. 6, p.2111-2118, jun. 2008. GEYNISMAN-TAN, Julia M.; TAUBEL, Debra; ASFAW, Tirsit S.. Is Something Missing From Antenatal Education. Female Pelvic Medicine &

Reconstructive Surgery, [s.l.], p.440-443, jul. 2017.

MANN, L. et al. Alterações biomecânicas durante o período gestacional : uma revisão Biomechanical changes during pregnancy : a review. Motriz. Revista de Educação Física., p. 730–741, 2010.

MOCCELLIN, Ana Silvia; RETT, Mariana Tirolli; DRIUSSO, Patricia. Existe alteração na função dos músculos do assoalho pélvico e abdominais de primigestas no segundo e terceiro trimestre gestacional? Fisioterapia e Pesquisa, [s.l.], v. 23, n. 2, p.136-141, jun. 2016.

MOREIRA, E.C.H.; ARRUDA, P. B. DE. Força muscular do assoalho pélvico entre mulheres continentes jovens e climatéricas Muscle strength of the pelvic floor among young and climateric continent women. p. 53–61, 2010.

O'Boyle AL, O'Boyle JD, Ricks RE, Patience TH, Calhoun B, Davis G. The natural history of pelvic organ support in pregnancy. Int Urogynecol J. 2003;14(1):46–9.

RUWAN, JF. Risk factors and management of obstetric perineal injury. Obstetrics,

Gynaecology and Reproductive Medicine 17:8. 2007

Smith MD, Russell A, Hodges PW. Disorders of breathing and continence have a stronger association with back pain than obesity and physical activity. Aust J Physiother. 2006; 52(1): 11-16

(31)

SOUZA, K. et al. Avaliação da função muscular perineal em gestantes Assessment of perineal muscular function during pregnancy. v. 39, p. 29–33, 2010.

TSIKOURAS, Panagiotis et al. Pregnancies and their obstetric outcome in two selected age groups of teenage women in Greece. The Journal Of Maternal-fetal & Neonatal Medicine, [s.l.], v. 25, n. 9, p.1606-1611, 20 jan. 2012. Informa UK Limited

VAN KAMPEN, Marijke et al. The efficacy of physiotherapy for the prevention and treatment of prenatal symptoms: a systematic review. International Urogynecology Journal, [s.l.], v. 26, n. 11, p.1575-1586, 31 mar. 2015.

Van Wingerden. Pelvic floor complaints, gynaecologic problem, orthopaedic problem or both? Presentation. Spine & Joint Centre 2013. The Netherlands. ZIZZI, P. T. et al. Força muscular perineal e incontinência urinária e anal em mulheres após o parto: estudo transversal. Revista da Escla de Enfermagem da Universidade de São Paulo, p. 1–8, 2017.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apontam-se como limitações desse estudo o desenho transversal que não permite que estabeleçamos relações de causa e efeito e, por conseguinte, não é possível identificarmos fatores de risco ou proteção em relação à pressão gerada pelos músculos do assoalho pélvico. Além disso, a homogeneidade da amostra pode ter dificultado acharmos relações significativas entre as variáveis estudadas. Dessa forma, sugere-se que pesquisas longitudinais sejam realizadas, considerando diferentes níveis de escolaridade, idade gestacional, ganho de peso, dentre outras, entre as voluntárias.

Os resultados desse estudo sugerem que os fatores analisados (idade cronológica, idade gestacional, idade na primeira relação sexual, ganho de peso na gestação, escolaridade e intensidade da dor lombar) não influenciam a pressão exercida pelos MAP’s.

(32)

Abstract

Pregnancy triggers numerous musculoskeletal disorders, among which those related to pelvic floor muscles (PAM). However, there is no consensus in the literature about which factors may interfere with the activity of this muscle group. The objective of this study was to analyze the factors related to the pressure exerted by the MAPs of pregnant women participating in a group for pregnant women, in the city of Natal / RN. A cross-sectional analytical study, with a quantitative approach performed from June 2016 to March 2018 and a sample of 55 pregnant women. For evaluation evaluation card, PERFECT for functional evaluation of the pelvic floor and electronic perineometer (Peritron ™) were used for objective assessment of pelvic floor muscle pressure. For the characterization of the sample and description of the functional evaluation of the pelvic floor, descriptive statistics were used, through means, standard deviation and percentages. To analyze the influence of the independent variables (chronological age, gestational age, age of first sexual intercourse, weight gain during pregnancy, schooling and lumbar pain intensity) on the dependent variable (objective pressure exerted by the pelvic floor muscles) Linear Regression. A significance level of P <0.05 was adopted. We obtained the following results from the regression test: chronological age (R=-0.005; P=0.97); gestational age (R=-0.072; P=0.60); age at first sexual intercourse (R=-0.082; P=0.56); weight gain during pregnancy (R=0.001; P = 0.99); schooling (R=0.028; P=0.84); intensity of lumbar pain (R=-0.014; P=0.91). The results showed that the factors analyzed do not influence the pressure exerted by MAPs.

Key-words: Pelvic Floor. Pregnancy. Women’s Health.

REFERÊNCIAS

ARAB, Amir Massoud et al. Assessment of pelvic floor muscle function in women with and without low back pain using transabdominal

ultrasound. Manual Therapy, [s.l.], v. 15, n. 3, p.235-239, jun. 2010. BARBOSA, J. et al. CUIDADOS COM O ASSOALHO PÉLVICO NA GESTAÇÃO E PARTO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. p. 0–1, 2017.

Bø K, Hilde G, Stær-Jensen J, Siafarikas F, Tennfjord MK, Engh ME. Postpartum pelvic floor muscle training and pelvic organ prolapse: a randomized trial of primiparous women. Am J Obstet Gynecol. 2015;212(1):38.e1-7.

(33)

BRANCO, M.; SANTOS-ROCHA, R.; VIEIRA, F. Biomechanics of Gait during Pregnancy. The Scientific World Journal, v. 2014, 2014.

CORREGGIO, Kelly S. da; JUNIOR, Alberto T.; CORREGGIO, Karine S. da; MONTOVANI, Paula R.; Avaliação da função muscular perineal em gestantes; Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 39, no. 3, de 2010.

Cassado Garriga J, Wong V, Shek K, Dietz H. Can we identify changes in fascial paravaginal supports after childbirth? Aust NZ J Obstet Gynaecol. 2015;55:70–5.

DIETZ, Hans Peter et al. Impact of subsequent pregnancies on pelvic floor functional anatomy. International Urogynecology Journal, [s.l.], v. 29, n. 10, p.1517-1522, 12 mar. 2018. Springer Nature America, Inc

DUFOUR, Sinéad et al. Association between lumbopelvic pain and pelvic floor dysfunction in women: A cross sectional study. Musculoskeletal Science And Practice, [s.l.], v. 34, p.47-53, abr. 2018. Elsevier BV.

EICKMEYER, S. M. A n a t o m y an d P h y s i o l o g y of the Pelvic Floor. Physical Medicine and Rehabilitation Clinics of NA, 2017.

Eliasson K, Elfving B, Nordgren B, Mattson B. Urinary incontinence in women with low back pain. Man Ther. 2008; 13(3): 206-212

FUSCO, H. C. S. DE C. Avaliação da força do assoalho pélvico , perda urinária e desempenho sexual em mulheres com fibromialgia. 2017.

GERTEN, Kimberly A. et al. Prolapse and Incontinence Surgery in Older Women. The Journal Of Urology, [s.l.], v. 179, n. 6, p.2111-2118, jun. 2008. GEYNISMAN-TAN, Julia M.; TAUBEL, Debra; ASFAW, Tirsit S.. Is Something Missing From Antenatal Education. Female Pelvic Medicine &

Reconstructive Surgery, [s.l.], p.440-443, jul. 2017.

HARVEY, M; PIERCE, M. Obstetrical anal sphincter injuries (OASIS): prevention, recognition, and repair. J Obstet Gynaecol Can

(34)

MANN, L. et al. Alterações biomecânicas durante o período gestacional : uma revisão Biomechanical changes during pregnancy : a review. Motriz. Revista de Educação Física., p. 730–741, 2010.

MOCCELLIN, Ana Silvia; RETT, Mariana Tirolli; DRIUSSO, Patricia. Existe alteração na função dos músculos do assoalho pélvico e abdominais de primigestas no segundo e terceiro trimestre gestacional? Fisioterapia e Pesquisa, [s.l.], v. 23, n. 2, p.136-141, jun. 2016.

MOREIRA, E.C.H.; ARRUDA, P. B. DE. Força muscular do assoalho pélvico entre mulheres continentes jovens e climatéricas Muscle strength of the pelvic floor among young and climateric continent women. p. 53–61, 2010.

Ortiz OC, Nuñez FC, Ibañez G. Evauación funcional del piso pelviano femenino: classificación funcional. Bol Soc Latinoam Uroginecol Cir Vaginal 1994; 1(2): 7-9

O'Boyle AL, O'Boyle JD, Ricks RE, Patience TH, Calhoun B, Davis G. The natural history of pelvic organ support in pregnancy. Int Urogynecol J. 2003;14(1):46–9.

RUWAN, JF. Risk factors and management of obstetric perineal injury. Obstetrics,

Gynaecology and Reproductive Medicine 17:8. 2007

SANTOS, C. L. DOS et al. PREGNANT WOMEN ’ S PREPARATION AND PERCEPTIONS ABOUT MODE OF DELIVERY. Revista de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria, v. 6, n. 2, p. 186–197, 2016.

Smith MD, Russell A, Hodges PW. Disorders of breathing and continence have a stronger association with back pain than obesity and physical activity. Aust J Physiother. 2006; 52(1): 11-16

SOUZA, K. et al. Avaliação da função muscular perineal em gestantes Assessment of perineal muscular function during pregnancy. v. 39, p. 29–33, 2010.

(35)

selected age groups of teenage women in Greece. The Journal Of Maternal-fetal & Neonatal Medicine, [s.l.], v. 25, n. 9, p.1606-1611, 20 jan. 2012. Informa UK Limited

VAN KAMPEN, Marijke et al. The efficacy of physiotherapy for the prevention and treatment of prenatal symptoms: a systematic review. International Urogynecology Journal, [s.l.], v. 26, n. 11, p.1575-1586, 31 mar. 2015.

Van Wingerden. Pelvic floor complaints, gynaecologic problem, orthopaedic problem or both? Presentation. Spine & Joint Centre 2013. The Netherlands. ZIZZI, P. T. et al. Força muscular perineal e incontinência urinária e anal em mulheres após o parto: estudo transversal. Revista da Escla de Enfermagem da Universidade de São Paulo, p. 1–8, 2017.

(36)

APÊNDICE I – Termo De Consentimento Livre e Esclarecido para as gestantes UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

Discente: Vanessa Karoline da Silva

Orientadora: Profª Drª Vanessa Patrícia Soares de Sousa

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar das pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Estudo em Fisioterapia sobre Saúde da Mulher (GESM), no qual o Curso para Gestantes está incluído.

Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade. As pesquisas buscam avaliar o seu equilíbrio postural, dor lombopélvica (região inferior da coluna), sono, qualidade de vida, função dos músculos do assoalho pélvico e outros assuntos relacionados à mulher grávida, parturiente (no momento do parto) e puérpera (no pós-parto). Caso decida aceitar o convite, você será submetido(a) ao(s) seguinte(s) procedimentos: preenchimento de ficha de avaliação e de protocolos específicos para avaliar todos os aspectos de interesse das pesquisas realizadas. Todo o protocolo de avaliação será aplicado antes e após sua participação no Curso para Gestantes.

O risco envolvido é mínimo, pois você, apenas, responderá a questionários e realizará o protocolo de avaliação e exercícios em aparelhos específicos, tendo, constantemente, um examinador responsável, exclusivamente, por garantir a sua segurança. Os parelhos são de uso individual e, devidamente, esterilizados.

Você terá os seguintes benefícios ao participar da pesquisa: receberá o relatório completo da sua avaliação e orientações de como cuidar melhor do assoalho pélvico durante a gravidez, parto e pós-parto; participará de um curso específico para gestantes e contribuirá com o avanço das pesquisas relacionadas a esse tema.

Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários (através de artigos científicos e apresentação em congressos nacionais e internacionais). As imagens e vídeos captados ao longo do curso serão utilizados, exclusivamente, para fins acadêmicos e de publicidade do Curso para Gestantes da UFRN.

(37)

Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN no endereço Av. Senador Salgado Filho, S/N - Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova.

Consentimento Livre e Esclarecido

Declaro que compreendi os objetivos destas pesquisas, como elas serão realizadas, os riscos e benefícios envolvidos e concordo em participar voluntariamente das pesquisas realizadas pelo GESM/UFRN.

Participante da Pesquisa:

Nome:__________________________________________

Assinatura:_____________________________________

Pesquisador Responsável:

Nome: Vanessa Patrícia Soares de Sousa

Assinatura:______________________________________

Endereço Profissional: Av. Senador Salgado Filho, Lagoa Nova, Campus – UFRN. Telefone: (84) 32154270

Comitê de Ética e Pesquisa – Endereço: Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova. Telefone: (84)215-3135.

(38)

APÊNDICE II – Ficha de avalição

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARATAMENTO DE FISIOTERAPIA

FICHA DE AVALIAÇÃO – FISIOTERAPIA EM OBSTETRÍCIA DADOS DE IDENTIFICAÇÃO E SOCIODEMOGRÁFICOS

Data da avaliação: _____/______/______ Data da reavaliação: _____/______/______ Nome: ID: Idade (em anos): DN: ______/______/______ Naturalidade: Nº pessoas na família:

Cor declarada: Lateralidade: 1. ( ) Direita 2.( ) Esquerda

Endereço:

Telefone (s): e-mail*:

Escolaridade: ________ (em anos) 1. ( ) Ens. Fund I. 2.( ) Ens. Fund II 3.( ) Ens Méd. 4.( ) Ens. Sup

Profissão: Ocupação:

Renda familiar: 1. ( ) 1 a 2 SM / 2. ( ) 3 a 4 SM/ 3.( ) >4 SM/ 4.( ) Não respondeu Situação conjugal: 1.( ) Casada 2. ( ) Tem companheiro (união estável, namorado) 3. ( ) Não tem companheiro (solteira, viúva, divorciada)

DADOS CLÍNICOS E OBSTÉTRICOS QP:

IG: DPP (US): DUM:

G:_____P:______A:______PC:______PV:___ __

História de partos anteriores:

Pretensão do tipo de parto: 1. ( )Parto vaginal 2. ( ) Cesárea Acompanhamento privado? 1.

( ) S 0. ( ) N

Gravidez planejada? 1. ( ) S 0. ( ) N Apoio do companheiro/família? 1. ( ) S 0. ( ) N

AP: ( ) HAS ( ) DM ( ) Doenças respiratórias ( ) Epilepsia ( ) Fotossensibilidade ( ) Outros

Intercorrências durante a gravidez/medicamentos: ALTERAÇÕES NOS SISTEMAS CORPORAIS

Sistema tegumentar: ( ) Cloasma ( ) linha nigra ( ) Estrias ( ) pele ( ) cabelo ( ) unhas ( ) aumento da oleosidade/temperatura ( ) varizes

Sistema urinário: ( ) Infecção urinária ( ) IUE ( ) IUU ( ) Aumento da micção

Sistema gastrointestinal: ( ) náuseas ( ) vômitos ( ) salivação excessiva ( ) Refluxo ( ) azia ( ) Constipação

Sistema respiratório: ( ) Aumento da FR ( ) Dispneia

Sistema cardiovascular: ( ) Aumento da FC ( ) Edemas MMSS ( ) Edemas MMII

(39)

pélvica ( ) cãimbras

Sistema nervoso e alterações psíquicas: ( ) Dormência MMSS ( ) Dormência MMII ( ) sonolência ( ) alentencimento psicomotor ( ) labilidade emocional Observações:

HÁBITOS E VÍCIOS/ DADOS ANTROPOMÉTRICOS Tabagista? ( ) S ( ) N Quanto tempo?

Etilista? ( ) S ( ) N Antes da gestação? 1. ( )S 0. ( ) N 3.( ) Socialmente

Nível de atividade física? ( ) Sedentária ( ) Recreacional ( ) Regular

Qual? Tempo? Frequência? Se a gestante não praticar AF, pergunte o (s) motivo (s): 1. ( ) Intensa carga horária de trabalho, 2. ( ) Cansaço, 3. ( ) Considera o próprio trabalho como uma atividade física; 4. ( ) Falta de motivação, 5. ( ) Falta de conhecimento sobre as recomendações de atividade física, 6. ( ) Sintomas relacionados à gravidez (enjoos matinais, dores lombares e pélvicas), 7. Outros: _________

Peso antes da gestação:________ Peso atual: __________ Altura:_________ Ganho de peso:_________ IMC:________

AVALIAÇÃO DA DOR LOMBOPÉLVICA

Sente dor na região lombopélvica? 1. ( ) S 0. ( ) N Sentia antes da gravidez? 1. ( ) S 0. ( ) N

Qual a intensidade da dor? _______ * Especificar a intensidade para cada local de

dor (em outros

locais):________________________________________________________________ _____________

Em qual (is) situação (ões) você sente mais dor? 1. ( ) Sentada 2. ( ) Em pé 3. ( ) Deitada 4. ( ) Andando 5. ( ) Todas

FUNÇÃO SEXUAL

Qual foi a idade da sua primeira relação sexual? _______

(40)

________________vezes/semana Antes de estar grávida, você:

Tinha desejo sexual? ( ) sim ( ) não

Ficava excitada quando estimulada? ( ) sim ( ) não Atingia o orgasmo? ( ) sim ( ) não

Sentia dor? ( ) sim ( ) não

Ficava sexualmente satisfeita? ( ) sim ( ) não Você prática atividade sexual durante a gestação? ( ) sim ( ) não

Se sim, com que frequência você tem relações sexuais atualmente? _______________________ vezes/semana

Se não, por quê?

( ) receio ( ) restrição médica ( ) restrição do parceiro ( ) outra Você percebeu alguma mudança na sua vida sexual depois que engravidou? Desejo sexual: ( ) diminuiu ( ) aumentou ( ) não alterou

Excitação: ( ) diminuiu ( ) aumentou ( ) não alterou Atinge o orgasmo: ( ) sim ( ) não

Sente dor durante a relação: ( ) sim ( ) não

Satisfação sexual: ( ) diminuiu ( ) aumentou ( ) não alterou Auto-conhecimento corporal

Você conhece seu corpo? ( ) sim ( ) não

Você sabe como ele responde durante a relação sexual? ( ) sim ( ) não Você sabe onde sente prazer? ( ) sim ( ) não

Você conhece assoalho pélvico? ( ) sim ( ) não Conhecimento sobre sexualidade

Você teve orientação sexual durante a gestação? ( ) sim ( ) não Você possui dúvidas sobre sexualidade na gestação? ( ) sim ( ) não Se sim, com quem você conversa para tirar as dúvidas?

( ) profissional de saúde ( ) parceiro ( ) amigo ( ) outro

Você conversa com o seu parceiro sobre questões relacionadas à função sexual? ( ) sim ( ) não

AVALIAÇÃO DO ASSOALHO PÉLVICO

Menarca:_________ Ciclo: ______ dias Regular: ( ) sim ( ) não Infecções ginecológicas recentes: 1.( ) sim 0.( ) não

Laceração: ( ) sim grau_____ 0. ( ) não Ganho de peso em cada gestação:___________________ Kg

Peso dos fetos:

Atividade sexual: 1.( ) ativa 0.( ) inativa

(41)

disorgasmia

AP ginecológicos e obstétricos/ pós-parto: EXAME FÍSICO

Inspeção:

Compreende o comando verbal: 1. ( ) S 0. ( ) N

Dissociação contração perineal da contração de outros músculos: 1. ( ) S 0. ( ) N Coordenação: 1.( ) relaxamento parcial/lento 2.( ) relaxamento total/rápido Palpação:

Coordenação: ( ) relaxamento parcial/lento ( ) relaxamento total/rápido

Expulsão: 1. ( ) Satisfatória 2. ( ) Insatisfatória Inversão de comando: 1. ( ) S 0. ( ) N

Peritron PERFECT

Antes Depois Antes Depois

1a P

2a E

3a R

(42)
(43)

Referências

Documentos relacionados

Por meio destes jogos, o professor ainda pode diagnosticar melhor suas fragilidades (ou potencialidades). E, ainda, o próprio aluno pode aumentar a sua percepção quanto

sonchifolius (yacon) roots on diabetic rats: Biochemical approach. Some putative prebiotics increase the severity of Salmonella enterica serovar Typhimurium infection in

[r]

Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Direito da PUC-Rio.. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo

Foram analisados a relação peso-comprimento e o fator de condição de Brycon opalinus, em três rios do Parque Estadual da Serra do Mar-Núcleo Santa Virgínia, Estado de São

HOSP SÃO LUCAS DE SANTOS LTDA ‐ H/ PS PRONTO‐SOCORRO INFANTIL DO GONZAGA ‐ H/ PS São Vicente ‐

O Advogado ALEXANDRE DE SÁ DOMINGUES, inscrito na Seção de São Paulo, da Ordem dos Advogados do Brasil, sob o n.º 164.098, eleito e empossado Presidente da 57.ª

Em segundo lugar, entre tal cadeia e os processos mentais não haveria relação causal, uma vez que isso suporia, por um lado, que aos eventos fisiológicos lhe seguiriam os mentais