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EXECUÇÃO FISCAL. Fonte: Leonardo da Cunha

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EXECUÇÃO FISCAL

Obstáculos não podem te parar. Se você topar com uma parede, não vire e desista. Descubra como escalá-la, passe por ela, trabalhe nisso.

Michael Jordan

Fonte: Leonardo da Cunha

A execução fiscal é o meio que a Fazenda Pública tem de recuperar seus créditos, sejam eles tributários ou não. A execução fiscal (EF) é regulada pela lei nº 6.830/80.

Vale ressaltar o que dispõe o enunciado 9 e 10 do Fórum Nacional do Poder

Público:

“A cláusula geral de negócio processual é aplicável à execução fiscal”.

“É possível a calendarização dos atos processuais em sede de execução fiscal e embargos”.

Qualquer execução deve ser baseada em um título certo, exigível e líquido. Eles

podem ser judiciais ou extrajudiciais; a certidão de dívida ativa é um título executivo extrajudicial (Art. 784, CPC) e que devem ser formados a partir da disposição legal prevista na lei 4.320/64. Vejamos:

§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo

transcurso do prazo para pagamento​, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro

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próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título.

§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública

dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a

tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais

como os provenientes de empréstimos compulsórios,

contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços

prestados por estabelecimentos públicos, indenizações,

reposições, restituições, alcances dos responsáveis

definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais.

Importante ressaltar que a fluência dos juros de mora não exclui a liquidez da dívida ativa (Artigo 201, parágrafo 1º, CTN). Esse dispositivo foi cobrado na PGE-SE. Ademais, de acordo com Leonardo da Cunha, a execução fiscal não é meio hábil à cobrança de valores pagos indevidamente ou mediante fraude.

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Art. 202, CTN: O termo de inscrição da dívida ativa,

autenticado pela autoridade competente, indicará

obrigatoriamente​:

I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;

II - a quantia devida e a ​maneira de calcular os juros de mora ​acrescidos;

III - a origem e natureza do crédito, mencionada

especificamente a disposição da lei em que seja fundado; IV - a ​data ​em que foi inscrita;

V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.

Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.

Suspensão da Prescrição:​De acordo com o Art. 2º, § 3º, da LEF: “A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e ​suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias​, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo”.

Interpretando esse dispositivo, o STJ decidiu que a suspensão da prescrição ocorre apenas para dívida ativa não tributária, já que a LEF é lei ordinária e somente lei

complementar pode dispor sobre prescrição e decadência de créditos tributários (

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Caiu na PGM-MANAUS​: O prazo para a propositura da ação para a cobrança do crédito tributário tem natureza de prazo prescricional. Assim, como regra, são admitidas tanto a interrupção quanto a suspensão.

O §3.º do art. 2.º da LEF prevê que o prazo prescricional ora em exame é suspenso por 180 dias em razão do ato de inscrição em dívida ativa. Todavia, essa regra somente é aplicável à execução da dívida ativa não tributária.

No tocante à dívida ativa tributária, somente são admitidas as hipóteses de

interrupção previstas no CTN, notadamente no parágrafo único do art. 174 do referido código. Isso se dá em razão do art. 146, III, “b”, da Constituição Federal, o

qual exige que as normas gerais em matéria de legislação tributária referentes à

prescrição sejam disciplinadas por ​lei complementar​.

Como a LEF é uma lei ordinária, não poderia ela tratar do assunto. Logo, conclui-se que o art. 2.º, § 3.º, da LEF não é aplicável à execução fiscal de dívida tributária,

valendo apenas as causas de interrupção previstas pelo CTN. No tocante à

execução de dívida não tributária, o dispositivo da LEF é aplicável.

Como o parágrafo único do art. 174 do CTN não prevê a inscrição em dívida ativa

dentro das hipóteses de suspensão da prescrição, há que se concluir que essa inscrição não suspende o prazo para o ajuizamento de execução fiscal de natureza tributária.

Execução de pequeno valor: ​Os entes federados podem estabelecer limites em

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capacidade econômica. Se, apesar de ser de pequeno valor, a fazenda pública decidir propor a execução fiscal, o magistrado não poderá extingui-la de ofício. Vejamos:

Súmula 452, STJ: “A extinção das ações de pequeno valor é

faculdade da Administração Federal, ​vedada a atuação

judicial de ofício”.

De acordo com Leonardo da Cunha: “Ao julgar o Recurso Extraordinário 591.033/SP, rel. Min. Ellen Gracie, o Plenário do STF entendeu que somente o ente público pode, por lei própria, dispensar a inscrição em dívida e o ajuizamento de

seus créditos de pequeno valor, ​não cabendo ao Judiciário extinguir a execução

fiscal de pouca expressão monetária ao argumento de suposta falta de interesse de agir, pois isso infringiria o disposto no art. 5º, XXXV, da Constituição Federal”.

Também é importante verificar o que dispõe a súmula nº 583 do STJ:

“O arquivamento provisório previsto no art. 20 da Lei nº 10.522/2002, dirigido aos

débitos inscritos como dívida ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda

Nacional ou por ela cobrados, ​não se aplica às execuções fiscais movidas por

conselhos de fiscalização profissional ou pelas autarquias federais​”.

Protesto da CDA: ​Existe previsão legal sobre o tema no Art. 1º, § único da Lei 9.492/97: “​Incluem-se ​entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa

da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas

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Em virtude de grande discussão sobre a possibilidade ou não de se protestar a CDA, chegou ao STF, que decidiu, em sede de repercussão geral o seguinte: “O protesto

das certidões de dívida ativa constitui mecanismo constitucional e legítimo ​por

não restringir de forma desproporcional quaisquer direitos fundamentais garantidos aos contribuintes e, assim, não constituir sanção política”. (ADI 5135).

Emenda ou substituição da CDA: ​De acordo com Leonardo da Cunha, explicando

a súmula 392 do STJ: “a certidão de dívida ativa pode ser, até a prolação da

sentença de embargos à execução, substituída, em caso de erro ​material ou

formal​. ​O que não se admite é a modificação do sujeito passivo da execução​. A certidão de dívida ativa pode ser substituída, desde que não se altere o executado”.

Caso o débito seja cancelado em sede de embargos à execução, a fazenda pública deberá pagar honorários advocatícios para a outra parte. Vejamos:

“É jurisprudência pacífica no STJ aquela que, em casos de extinção de execução

fiscal em virtude de cancelamento de débito pela exequente, define a necessidade

de se perquirir quem deu causa à demanda a fim de imputar-lhe o ônus pelo

pagamento dos honorários advocatícios (AgRg no REsp nº 969.358/SP).

Legitimidade ativa: ​A execução fiscal pode ser proposta pela fazenda pública, seja federal, estadual ou municipal. Via de regra, as empresas públicas e sociedades de

economia mista não podem utilizá-la, salvo quanto ao FGTS, que a Caixa

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Também é importante ressaltar que os conselhos profissionais podem propor

execução fiscal, já que possuem natureza jurídica de autarquia especial, conforme

decidiu o STF (ADI 1.717/DF). No entanto, a OAB não pode se valer da execução

fiscal para cobrança de seus créditos, pois não pode ser considerada autarquia, devendo propor execução civil, nos moldes do CPC (EREsp 503.252/SC).

Legitimidade passiva: ​é bastante ampla, sendo disposta na própria LEF. Vejamos:

Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra: I - o ​devedor​;

II - o ​fiador​; III - o ​espólio​; IV - a ​massa​;

V - o ​responsável​, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e VI - os ​sucessores ​a qualquer título.

Caso o responsável conste na CDA, a execução pode ser proposta diretamente em

face dele, cabendo o ônus da prova ao mesmo. Vejamos:

De acordo com a jurisprudência deste Tribunal Superior,

constando o nome do sócio da empresa no título executivo

como responsável pelo débito tributário, cabe ao executado o

ônus da prova de que não agiu com excesso de poder, infração

a lei ou estatuto para se permitir o redirecionamento da

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No entanto, caso o nome do responsável não esteja na CDA, a execução também pode ser redirecionada, desde que haja comprovação de sua responsabilidade pela dívida. Vejamos:

O acórdão recorrido harmoniza-se à orientação jurisprudencial

desta Corte no sentido que: se o nome dos corresponsáveis

não estiver incluído na CDA, cabe ao ente público credor a

prova da ocorrência de uma das hipóteses listadas no art. 135 do CTN (AgInt no AREsp 1016591/CE).

Importante também ressaltar o que dispõe a súmula 400 do STJ: “O encargo de 20% previsto no DL n. 1.025/1969 ​é exigível na execução fiscal proposta contra a massa falida​”.

Responsabilidade do sócio-gerente: ​a responsabilidade do sócio-gerente está

condicionada à comprovação de que o mesmo agiu com excesso de poder,

infringindo a lei ou estatuto, não decorrendo simplesmente da ausência de

pagamento de tributo (REsp 506.164/RS).

Vale ressaltar que a mera dissolução irregular da empresa é causa de redirecionamento da execução fiscal, já que houve infração à lei. Vejamos o que dispõe a súmula 435 do STJ:

Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio sem comunicação aos órgãos

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competentes, ​legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente

Importante mencionar o entendimento do STJ no informativo 564: “ ​É possível

redirecionar a execução fiscal contra o sócio-gerente que exercia a gerência por ocasião da dissolução irregular da sociedade contribuinte, independentemente do momento da ocorrência do fato gerador ou da data do vencimento do tributo​”.

Aplicação do incidente de desconsideração da personalidade jurídica na execução fiscal: ​Existe grande polêmica sobre o tema, existindo opiniões respeitadas em ambos os sentidos. No entanto, a doutrina majoritária é no sentido

de não ser aplicado o incidente em sede de execução fiscal, já que o crédito

tributário tem determinadas prerrogativas, pois tem como finalidade satisfazer o

interesse público.

Neste sentido, temos o enunciado nº 6 do fórum de execução fiscal:

“A responsabilidade tributária regulada no art. 135 do CTN não constitui hipótese de desconsideração da personalidade jurídica, não se submetendo ao incidente previsto no art. 133 do CPC/2015” e

enunciado 53 da EFAM: “O redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente prescinde do incidente de

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desconsideração da personalidade jurídica previsto no art. 133 do CPC/2015”.

Competência: ​Via de regra, a execução fiscal deve ser proposta no 1º grau, seja

federal ou estadual. De acordo com Leonardo da Cunha, é possível que uma

execução fiscal seja proposta no STF:

“Abstraída a questão da imunidade de jurisdição ou de sua

renúncia, a execução fiscal proposta pela União contra Estado

estrangeiro ou organismo internacional deve ser intentada

perante o STF, devendo ali ser processada, exatamente por

ser da sua competência apreciar as causas entre a União e

Estado estrangeiro ou organismo internacional (CF, art. 102, I, e)”.

Importante destacar o enunciado da Súmula 66 do STJ:

“Compete à justiça federal ​processar e julgar execução fiscal promovida por

conselho de fiscalização profissional”.

Do mesmo modo, a execução fiscal referente ao FGTS deve ser processada na

Justiça Federal. Vejamos:

“Súmula 349, STJ: “Compete à Justiça Federal ou aos juízes com competência

delegada o julgamento das execuções fiscais de contribuições devidas pelo

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De acordo com o Artigo 46 do CPC: “§ 5 o A execução fiscal será proposta no ​foro

de domicílio do réu​, ​no de sua residência ou no do ​lugar onde for encontrado​”.

Vale ressaltar que essa incompetência é do tipo relativa, que o juiz não pode

declarar de ofício e é possível de ocorrer a perpetuação da jurisdição.

Importante também conhecermos o que dispõe a súmula 58 do STJ: “Proposta a

execução fiscal, a posterior mudança de domicílio do executado ​NÃO DESLOCA a

competência já fixada”.

Em relação a falência, a execução fiscal não será suspensa em face de sua

declaração, devendo continuar e o produto de eventual leilão ser repassado para o

juízo universal da falência que fará a distribuição em conformidade com a

enumeração legal (AgRg na MC 11.937/SP). Assim como a recuperação judicial

também não suspende a execução fiscal, salvo se houver parcelamento (que

suspende o crédito tributário). Vejamos a lição de Leonardo Cunha:

Enfim, a falência e a recuperação judicial suspendem as

execuções individuais em curso. ​Somente não serão

suspensas a ação que demanda quantia ilíquida, a ação trabalhista até a fixação do valor devido e a execução fiscal ​(Lei 11.101/2005, art. 6º, §§ 1º, 2º e 7º, art. 52, IV, e art. 99, V). ​Noutros termos, a execução fiscal não se suspende pelo advento da falência nem pelo advento da recuperação judicial.

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Petição inicial: ​é bem simples, bastando que contenha o juízo a quem se dirige; o pedido e o requerimento para citação. Importante verificar os parágrafos:

§ 1º - A petição inicial ​será instruída com a Certidão da Dívida Ativa​, que dela fará parte integrante, como se estivesse transcrita.

§ 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão

constituir um único documento, ​preparado inclusive por

processo eletrônico​.

§ 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública​independe

de requerimento na petição inicial.

§ 4º - ​O valor da causa será o da dívida constante da

certidão, com os encargos legais.

Assim como as recentes súmulas do STJ sobre o tema:

Súmula 559: “Em ações de execução fiscal, é ​desnecessária

a instrução da petição inicial com o demonstrativo de cálculo

do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980”.

Súmula 558: “Em ações de execução fiscal, a petição inicial

não pode ser indeferida sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada”.

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Citação: ​estando em ordem, o juiz ordenará a citação do executado. Leonardo lembra que: “O despacho que ordena a citação ​interrompe a prescrição do crédito fiscal, seja em razão do art. 174, I, do CTN (quando a dívida for tributária), seja em

virtude do disposto no art. 202, I, do Código Civil (quando se tratar de dívida não

tributária)”.

Vale ressaltar que aplica-se o artigo 240 do CPC na execução fiscal, que dispõe:

“§ 1 o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que

ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente,

retroagirá à data de propositura da ação​”.

De acordo com a LEF:

I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por outra forma;

II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega

da carta no endereço do executado, ou, se a data for omitida,

no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal;

III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15

(quinze) dias da entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;

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IV - o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratuitamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.

§ 1º - O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de ​60 ​(sessenta) dias.

§ 2º - O despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição.

Também é importante ressaltar o que dispõe a súmula 414 do STJ: “A citação por

edital na execução fiscal é cabível ​quando frustradas as demais modalidades​”.

De acordo com Leonardo da Cunha:

Exaurir todas as tentativas não equivale a determinar que o oficial de justiça vá ao endereço fiscal do executado várias vezes. ​Basta uma única tentativa​, sendo suficiente a certidão que ateste não ter sido o executado localizado no seu domicílio fiscal. Se, feita a citação por via postal e, depois, por oficial de justiça, mas não localizado o executado no seu domicílio, já se viabiliza a citação por edital.

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Caso o executado, citado por edital, não apareça, deve ser nomeado curador

especial para elaborar sua defesa. Deve ser aplicada a súmula 196 do STJ, que

dispõe: “Ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer revel, será nomeado curador especial, com legitimidade para apresentação de embargos”.

Prazo para defesa​: ​5 dias​, caso em que o executado pode pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução. Não confunda: na LEF, o prazo é de 5 dias, enquanto nas execuções

por quantia certa prevista no CPC, o prazo é de 3 dias. Também importante

distinguir o prazo na execução trabalhista, que é de 48 horas (Art. 880, CLT).

Penhora​: ​a ordem de preferência na penhora deve seguir a previsão legal na LEF. Vejamos:

Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem:

I - ​dinheiro​;

II - ​título da dívida pública​, bem como título de crédito, ​que tenham cotação em bolsa​;

III - pedras e metais preciosos; IV - imóveis;

V - navios e aeronaves; VI - veículos;

VII - móveis ou semoventes; e VIII - direitos e ações.

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A avaliação dos bens deve ser feita pelo próprio oficial de justiça, salvo se houver

impugnação, caso em que deverá ser designado um avaliador. Vejamos: “§ 1º -

Impugnada a avaliação, pelo executado, ou pela Fazenda Pública, antes de

publicado o edital de leilão, o Juiz, ouvida a outra parte, ​nomeará avaliador oficial para proceder a nova avaliação dos bens penhorados”.

Importante salientar que é possível a penhora de precatório, devendo o mesmo ser

classificado como bens e direitos, no último lugar do rol da LEF acima mencionado.

Por esse motivo, o STJ editou a Súmula 406: “A Fazenda Pública ​PODE ​recusar a substituição do bem penhorado por precatório”.

Vale ressaltar também que o executado pode substituir a penhora por depósito em

dinheiro, seguro garantia ou fiança bancária, nos termos do artigo 15, I, da LEF.

Em relação ao bem de família, Leonardo da Cunha dispõe que: “​Assim como em

qualquer execução, incide, na execução fiscal, a Lei 8.009/1990 ​. Não é possível,

então, haver, na execução fiscal, a penhora do imóvel residencial do casal ou da

entidade familiar por qualquer dívida, com as exceções dos casos previstos nos

seus arts. 3º e 4º. ​Assim, pode, por exemplo, ser penhorado o bem de família

em execução fiscal destinada a cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do próprio imóvel familiar (Lei 8.009/1990, art. 3º, IV)​”.

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O STJ também entende ser possível a penhora sobre o faturamento da empresa, desde que seja efetivado em percentual razoável, que não inviabilize a sobrevivência da mesm. Vejamos:

É possível, em caráter excepcional, que a penhora recaia sobre o faturamento da empresa, desde que o percentual fixado não torne inviável o exercício da atividade empresarial. Não há violação ao princípio da menor

onerosidade para o devedor, previsto no art. 620 do CPC

(Informativo 509, STJ).

Vale ressaltar ainda a lição de Leonardo sobre o tema: “Feita a penhora de

percentual de faturamento da empresa executada, deve ser reduzida a termo,

intimando-se o executado para oferecer embargos. Vale dizer que o prazo de 30

(trinta) dias para a oposição dos embargos à execução fiscal i ​nicia-se, no

entendimento do STJ, da intimação da penhora”.

Em caso de concurso de penhoras, deve ser aplicado o artigo 187 do CTN, que

prevê a prevalência da hierarquia federativa. Vejamos a súmula 497 do STJ sobre o tema: “Os créditos das autarquias federais preferem aos créditos da Fazenda estadual desde que coexistam penhoras sobre o mesmo bem”.

Caso não sejam localizados bens passíveis de penhora, o processo deverá ser

suspenso (Art. 40, LEF). O prazo máximo de suspensão é de um ano, conforme

previsto no Art. 40, § 1º, afinal do qual começa a correr a prescrição intercorrente. Vejamos:

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Súmula 314, STJ: “Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente”.

Após esse prazo, o juiz deve consultar a fazenda pública, para, somente depois,

extinguir a execução. Vejamos: “§ 4 o Se da decisão que ordenar o arquivamento

tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, ​depois de ouvida a Fazenda Pública​, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato”. Muita atenção! ​Recentemente, o STJ definiu parâmetros para a prescrição intercorrente. São eles:

Termo inicial do prazo de 1 ano: data da intimação da Fazenda Pública

O prazo de 1 (um) ano de suspensão do processo e do respectivo prazo

prescricional previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei nº 6.830/80 (LEF) tem início

automaticamente na data da ciência da Fazenda Pública a respeito da não

localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no endereço

fornecido, havendo, sem prejuízo dessa contagem automática, o dever de o

magistrado declarar ter ocorrido a suspensão da execução. Sem prejuízo do disposto anteriormente:

1.1) nos casos de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido antes da

vigência da Lei Complementar n. 118/2005), depois da citação válida, ainda que

editalícia, logo após a primeira tentativa infrutífera de localização de bens

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execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido na vigência da Lei Complementar nº 118/2005) e de qualquer dívida ativa de natureza não tributária, logo após a primeira

tentativa frustrada de citação do devedor ou de localização de bens penhoráveis, o

Juiz declarará suspensa a execução.

Encerrado o prazo de 1 ano, inicia-se automaticamente a contagem do prazo prescricional

Havendo ou não petição da Fazenda Pública e havendo ou não pronunciamento

judicial nesse sentido, findo o prazo de 1 (um) ano de suspensão, inicia-se

automaticamente o prazo prescricional aplicável (de acordo com a natureza do

crédito exequendo), durante o qual o Informativo comentado processo deveria estar arquivado sem baixa na distribuição, na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei n. 6.830/1980 - LEF, findo o qual o Juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.

Para interrupção do prazo prescricional é necessário requerimento da Fazenda Pública que acarrete efetiva constrição ou efetiva citação

A efetiva constrição patrimonial e a efetiva citação (ainda que por edital) são aptas a

interromper o curso da prescrição intercorrente, não bastando para tal o mero

peticionamento em juízo, requerendo, v.g., a feitura da penhora sobre ativos

financeiros ou sobre outros bens. Os requerimentos feitos pelo exequente, dentro da

soma do prazo máximo de 1 (um) ano de suspensão mais o prazo de prescrição

aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) deverão ser

processados, ainda que para além da soma desses dois prazos, pois, citados (ainda

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depois de escoados os referidos prazos -, considera-se interrompida a prescrição

intercorrente, retroativamente, na data do protocolo da petição que requereu a

providência frutífera.

Falta de intimação da Fazenda Pública e efetivo prejuízo

A Fazenda Pública, em sua primeira oportunidade de falar nos autos (art. 278 do CPC/2015), ao alegar nulidade pela falta de qualquer intimação dentro do procedimento do art. 40 da LEF, deverá demonstrar o prejuízo que sofreu (exceto a falta da intimação que constitui o termo inicial - Tema 566, onde o prejuízo é

presumido), por exemplo, deverá demonstrar a ocorrência de qualquer causa

interruptiva ou suspensiva da prescrição.

Juiz, ao reconhecer a prescrição intercorrente, deverá demonstrar os marcos que foram aplicados na contagem

O magistrado, ao reconhecer a prescrição intercorrente, deverá fundamentar o ato judicial por meio da delimitação dos marcos legais que foram aplicados na contagem do respectivo prazo, inclusive quanto ao período em que a execução ficou suspensa.

O julgado e explicação completa do professor Márcio André (leitura obrigatória),

você encontrará aqui:

https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2018/12/Info-635-STJ.pdf

Intimações: ​De acordo com o artigo 25, a intimação do representante da fazenda pública na execução fiscal deve ser pessoal. O STJ possui entendimento no sentido de que até mesmo no 2º grau deve ser feita a intimação pessoal. No entanto, caso a

(21)

cidade em que tramita a execução fiscal não seja sede de procuradoria, o STJ entende ser possível a intimação por correios (EREsp 743.867/MG).

Também é importante ressaltar que não é obrigatória a intervenção do Ministério

Público nas execuções fiscais, conforme a súmula 189 do STJ: “É

DESNECESSÁRIA​ a intervenção do Ministério Público nas execuções fiscais”.

Embargos à execução: ​Devem ser opostos no prazo de ​30 dias (úteis) a partir depósito em dinheiro (1), da ​juntada aos autos da prova da fiança bancária (2) ou da intimação da penhora (3). É preciso que haja a garantia do juízo para que possa ser embargada (Art. 16, § 1º, da LEF), sendo este também o entendimento do STJ.

ENUNCIADO 20, CJF – Aplica-se o art. 219 do CPC (dias

úteis) na contagem do prazo para oposição de embargos à

execução fiscal previsto no art. 16 da Lei n. 6.830/1980.

De acordo com Leonardo da Cunha, caso a garantia seja dispensada pelo juiz, o

prazo para a oposição de embargos à execução fiscal “ ​deve ter início na data da intimação da decisão que dispensou a apresentação da garantia ​, já que é esse

o ato que caracteriza a informação aos atores processuais da desnecessidade da

garantia e a aptidão para embargar, não havendo a necessidade de, na intimação da dispensa de garantia, se informar expressamente o prazo para embargar”.

Efeito suspensivo dos Embargos à execução: ​os embargos à execução não

possuem efeito suspensivo automático, devendo o juiz verificar se estão presentes

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(...) Por essa razão, não se incompatibilizam com o art. 739-A

do CPC/73 (introduzido pela Lei 11.382/2006) que condiciona a

atribuição de efeitos suspensivos aos embargos do devedor ao

cumprimento de três requisitos: apresentação de ​garantia​;

verificação pelo juiz da relevância da fundamentação (​fumus

boni juris​) e perigo de dano irreparável ou de difícil reparação

(​periculum in mora​).

6. ​Em atenção ao princípio da especialidade da LEF, mantido

com a reforma do CPC/73, a nova redação do art. 736, do CPC dada pela Lei n. 11.382/2006 - artigo que dispensa a garantia

como condicionante dos embargos - não se aplica às

execuções fiscais diante da presença de dispositivo específico, qual seja o art. 16, 1º da Lei n. 6.830/80, que exige

expressamente a garantia para a apresentação dos embargos

à execução fiscal (RECURSO ESPECIAL Nº 1.272.827 - PE)

No procedimento dos embargos, o devedor deve alegar toda a matéria útil à defesa e não é admitida a reconvenção. Vejamos os dispositivos:

§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite.

(23)

§ 3º - ​Não será admitida reconvenção​, nem compensação, e as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e

impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e serão

processadas e julgadas com os embargos.

De acordo com Leonardo da Cunha: “Na verdade, é permitida, em embargos à

execução fiscal, a alegação de compensação realizada de forma pretérita, judicial ou administrativamente. Tal como acontece com qualquer outro meio de adimplemento da obrigação, é possível ao embargante alegar que a obrigação já está adimplida”. Neste sentido, o STJ editou a súmula 394 do STJ:

É admissível, em embargos à execução fiscal, compensar os

valores de imposto de renda retidos indevidamente na fonte com os valores restituídos apurados na declaração anual.

De acordo com o Artigo 20, na execução por carta, os embargos do executado serão oferecidos no Juízo deprecado​, que os remeterá ao Juízo deprecante, para

instrução e julgamento. No entanto, caso os embargos versem sobre vícios ou

irregularidades do próprio juízo deprecado, a este competirá o julgamento.

Exceção de pré-executividade e outras ações: ​direcionamos para o material ações tributárias, onde falamos desse tópico.

Adjudicação dos bens e Leilão: ​Via de regra, para que ocorra o pagamento do

débito, será necessário que sejam expropriados os bens, devendo ocorrer por leilão.

(24)

preço da avaliação, se a ​execução não for embargada ou se ​rejeitados os embargos​ (Art. 24, I).

Também é possível que a adjudicação aconteça após o leilão, em duas situações: a)

se não houver licitante, pelo preço da avaliação e b) havendo licitantes, com

preferência, ​em igualdade de condições com a melhor oferta, no prazo de 30

(trinta) dias​.

Caso seja preciso o leilão, o edital deverá ser fixado na sede do juízo e uma vez no diário oficial (Art. 22). Vejamos o complemento do artigo:

§ 1º - O prazo entre as datas de publicação do edital e do leilão não poderá ser superior a 30 (trinta), nem inferior a 10 (dez) dias​.

§ 2º - O representante judicial da Fazenda Pública, será

intimado, ​pessoalmente, da realização do leilão​, com a

antecedência prevista no parágrafo anterior.

Vale ressaltar que o STJ editou duas súmulas importantes sobre o leilão:

Súmula 121, STJ: “Na execução fiscal o devedor deverá ser

intimado, ​pessoalmente​, do dia e hora da realização do leilão”.

128, STJ: “Na execução fiscal haverá segundo leilão, se no primeiro não houver lanço superior à avaliação”.

(25)

Recursos: ​da sentença que rejeitar os embargos do executado, cabe apelação ​sem efeito suspensivo​. Caso a sentença proferida na execução fiscal seja inferior a 50

ORTN, só serão admitidos embargos infringentes e de declaração; os embargos

infringentes devem ser opostos no prazo de 10 dias, perante o mesmo juízo.

Vejamos:

Art. 34 - Das sentenças de primeira instância proferidas em

execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinqüenta)

Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, ​só se

admitirão embargos infringentes e de declaração​.

§ 1º - Para os efeitos deste artigo considerar-se-á o valor da dívida monetariamente atualizado e acrescido de multa e juros de mora e demais encargos legais, na data da distribuição.

§ 2º - Os embargos infringentes, instruídos, ou não, com

documentos novos, serão deduzidos, ​no prazo de 10 (dez)

dias perante o mesmo Juízo​, em petição fundamentada.

§ 3º - Ouvido o embargado, no prazo de 10 (dez) dias, serão os autos conclusos ao Juiz, que, dentro de 20 (vinte) dias, os rejeitará ou reformará a sentença.

Vale ressaltar que não existe a figura do revisor nas apelações interpostas na LEF:

“Art. 35 - Nos processos regulados por esta Lei, poderá ser dispensada a audiência de revisor, no julgamento das apelações”.

(26)

Remessa necessária: ​existe previsão legal para remessa necessária na execução fiscal. Vejamos:

Art. 496, CPC: Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não

produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a

sentença:

II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.

Enunciados FPPC:

Número 537: “A conduta comissiva ou omissiva caracterizada como atentatória à

dignidade da justiça no procedimento da execução fiscal enseja a aplicação da multa do parágrafo único do art. 774 do CPC/15”.

Número 540: “A disciplina procedimental para penhora de dinheiro prevista no art. 854 é aplicável ao procedimento de execução fiscal”.

Questões:

1) CESPE MPPR: ​Mesmo após a apresentação dos embargos do executado, o juiz pode deferir-lhe pedido para substituir a penhora de veículos por seguro

(27)

Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz: I - ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia;

2) ​CRMV - Advogado​: Na execução de dívida ativa em favor da Fazenda

Pública: A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante, como se estivesse transcrita; A petição inicial e a Certidão

de Dívida Ativa são documentos distintos, devendo estar um apensado ao outro;

A produção de provas pela Fazenda Pública depende de requerimento na petição inicial; O valor da causa será o da dívida constante da certidão, sem os encargos legais.

FALSO! ​não é preciso o requerimento de provas na petição inicial. Vejamos: “ § 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública ​independe ​de requerimento na petição inicial”.

3) PGM BH: ​Em caso de óbito do devedor, a execução fiscal somente poderá ser promovida contra o cônjuge ou os descendentes em linha reta, não podendo ser proposta contra os demais sucessores. ​FALSO! ​De acordo a lei: “Art. 4º - A

execução fiscal poderá ser promovida contra: VI - os sucessores a qualquer

título”.

4) PGM FOR: ​A inscrição do crédito tributário em dívida ativa é condição para a extração de título executivo extrajudicial que viabilize a propositura da ação de execução fiscal, bem como se revela como marco temporal para a presunção de

(28)

fraude à execução. ​CORRETO! ​também é importante verificar o artigo 185 do CTN:

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de

bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito

para com a Fazenda Pública, ​por crédito tributário

regularmente inscrito como dívida ativa​. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na

hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita

Importante salientar que a doutrina entende ser presunção absoluta de fraude.

Vejamos o que diz SABAGG: “O problema para o devedor que pretende,

afoitamente, furtar​-se da tributação por esses métodos artificiosos está na

presunção de anulabilidade e ineficácia de tais ações, uma vez que o art. 185 do

CTN já os considera fraudulentos em sua essência ( ​presunção absoluta ou

juris et de jure​), não se admitindo prova em contrário.

A grande diferença entre a fraude contra credores do Direito Privado e a do Direito Tributário, prevista no art. 185 do CTN, é que, nesta última, desde que a

dívida esteja inscrita em dívida ativa,​haverá uma presunção abso​luta, não se

tendo necessidade de prova por parte da Fazenda Pública. Ocorre, portanto, uma inversão no ônus probante, que no Direito Privado recai sobre o credor e, no Direito Tributário, sobre o devedor”.

(29)

5) PGM FOR: ​A garantia integral do crédito tributário é condição específica de

procedibilidade para os embargos à execução fiscal, ensejando a extinção

liminar da ação quando constatada a insuficiência da constrição judicial.

FALSO! ​Vejamos a decisão do STJ:

9. A insuficiência de penhora não é causa bastante para

determinar a extinção dos embargos do devedor, cumprindo ao magistrado, antes da decisão terminativa, conceder ao

executado prazo para proceder ao reforço, à luz da sua

capacidade econômica e da garantia pétrea do acesso à justiça (REsp 1127815/SP).

6) ​TRT11​: Na execução fiscal, o executado poderá oferecer embargos: no prazo de 30 dias, contados do depósito, da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro

garantia ou da intimação da penhora. ​CORRETO! ​foi o prazo que mencionamos

acima. Importante lembrar que o prazo será contado em dias úteis. Vejamos:

ENUNCIADO 20, CJF – Aplica-se o art. 219 do CPC (dias

úteis) na contagem do prazo para oposição de embargos à

execução fiscal previsto no art. 16 da Lei n. 6.830/1980.

Pesquisa pronta do STJ (teses):

1) A Primeira Seção do STJ, ao julgar o REsp 1.353.826/SP, da relatoria do Ministro Mauro Campbell Marques, submetido ao regime do art. 543-C do CPC, decidiu que é possível a responsabilização também do sócio e

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o redirecionamento para ele da Execução Fiscal de dívida ativa não tributária nos casos de dissolução irregular da empresa (REsp 1674415 / PE).

2) Nos tributos com lançamento de ofício, a ausência de prévio processo administrativo não enseja a nulidade da CDA, porquanto cabe ao contribuinte o manejo de competente processo administrativo caso entenda incorreta a cobrança tributária, e não ao Fisco que, com observância da lei aplicável ao caso, lançou o tributo (AgRg no AREsp 669026 / RS).

3) As Turmas de Direito Público desta Corte reajustaram a compreensão para não admitir o cabimento de mandado de segurança contra decisão que julga os embargos infringentes disciplinados na Lei n. 6.830/80 (AgInt no RMS 50271/SP).

4) Esta Corte firmou o entendimento de que "[...] é possível a concessão de certidões negativas de débitos tributários às empresas filiais, ainda que conste débito em nome da matriz e vice-versa, em razão de cada empresa possuir CNPJ próprio, a denotar sua autonomia jurídico-administrativa (AgInt no REsp 1569491/SE).

5) A jurisprudência do STJ entende ser possível a citação por edital de decisão tomada em processo administrativo fiscal, após frustradas as tentativas de intimação pessoal ou por carta (AgInt nos EDcl no AREsp

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848668/SP).

6) É incabível, em recurso especial, examinar os requisitos de validade da CDA que aparelha a execução fiscal quando tal apreciação demandar o revolvimento de seu próprio conteúdo, ante o óbice da Súmula 7/STJ (AgInt no AgInt nos EDcl no AREsp 899059/SP).

7) O redirecionamento da execução contra o espólio só é admitido quando o falecimento do contribuinte ocorrer depois de ele ter sido devidamente citado nos autos da execução fiscal. Assim, se ajuizada execução fiscal contra devedor já falecido, mostra-se ausente uma das condições da ação, qual seja, a legitimidade passiva. Precedentes do STJ (REsp 1655422/PR).

8) A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que as questões decididas definitivamente em exceção de pré-executividade não podem ser renovadas por ocasião da oposição de embargos à execução ou impugnação do cumprimento de sentença, em razão da preclusão ( AgRg no AREsp 564703/SP).

9) O alienante possui legitimidade passiva para figurar em ação de execução fiscal de débitos constituídos em momento anterior à alienação voluntária de imóvel (Informativo 610, STJ).

Referências

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