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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 28.382 - RJ (2010/0097090-1)

RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO

RECORRENTE : G S S

ADVOGADO : GILVANE SOUSA SILVA (EM CAUSA PRÓPRIA)

RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

EMENTA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS . PRISÃO CIVIL.

DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE PRESTAR

ALIMENTOS PROVISIONAIS FIXADOS EM DECISÃO

INTERLOCUTÓRIA PROFERIDA EM AÇÃO DE

INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. INEXISTÊNCIA DE SENTENÇA RECONHECENDO O PARENTESCO. PRESENÇA DE DÚVIDA RAZOÁVEL QUANTO À LEGALIDADE DA DECISÃO QUE FIXOU OS ALIMENTOS. PRISÃO CIVIL DO INVESTIGADO. DESCABIMENTO.

1. No caso em apreço, foi decretada a prisão do paciente em razão do descumprimento de obrigação de prestar alimentos fixados em decisão interlocutória proferida em ação de investigação de paternidade, antes, portanto, da prolação de sentença reconhecendo a relação de parentesco entre o recorrente e a alimentanda.

2. A possibilidade de fixação de alimentos provisionais em sede de ação de investigação de paternidade é disciplinada pelo art. 7º da Lei nº 8.520/92, bem como pelo art. 5º da Lei nº. 883/49, já revogada, mas vigente quando da decisão que fixou os alimentos. Tais dispositivos tratam expressamente da possibilidade de fixação de alimentos provisionais quando já proferida sentença que reconheça a paternidade, ainda que tenha sido ela objeto de recurso. Contudo, nada dispõem acerca da fixação de alimentos provisionais quando ainda não há reconhecimento judicial do vínculo de parentesco.

3. Na mesma esteira, já decidiu esta Eg. Corte que "a Legislação consagra a sentença declaratória de paternidade como termo a quo para fixação dos alimentos provisórios. O motivo ensejador dessa fixação é lógico, pois somente aí é reconhecida a relação de parentesco entre as partes e, conseqüentemente, a obrigação de prestar alimentos" (REsp 200595/SP, Rel. Ministro ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/05/2003, DJ 09/06/2003, p. 263).

4. Nesse contexto, embora a matéria não esteja pacificada no âmbito desta Eg. Corte, a redação legal, o precedente supramencionado e posições doutrinárias no sentido supra evidenciam a existência de dúvidas acerca da legalidade de decisão que determina, no bojo de ação investigatória de paternidade cumulada com alimentos, o pagamento de alimentos provisionais, antes da prolação de sentença que declare a existência do vínculo de parentesco.

5. Da leitura do art. 5º, inc. LXVII, da CF, depreende-se que a gravidade da medida coercitiva de prisão civil só será aplicável em casos excepcionais, nos quais o descumprimento da obrigação

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revele-se inescusável, o que não se vislumbra na hipótese.

6. Ressalte-se que não se está a desonerar o recorrente da obrigação de prestar os alimentos provisionais fixados, o que se mostra inclusive inviável na presente estreita via, mas tão-somente retirando a força coercitiva de tal obrigação a ponto de ensejar a segregação civil do recorrente.

7. Recurso ordinário provido.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a Quarta Turma, por unanimidade, dar provimento ao recurso ordinário em "habeas corpus", nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti, Aldir Passarinho Junior e Luis Felipe Salomão votaram com o Sr. Ministro Relator.

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro João Otávio de Noronha. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Luis Felipe Salomão.

Brasília, 21 de outubro de 2010(Data do Julgamento)

MINISTRO RAUL ARAÚJO

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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 28.382 - RJ (2010/0097090-1)

RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO

RECORRENTE : G S S

ADVOGADO : GILVANE SOUSA SILVA (EM CAUSA PRÓPRIA)

RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO RAUL ARAÚJO (Relator): Trata-se de recurso

ordinário, fundamentado no art. 105, inc. II, alínea "a", da Constituição Federal, interposto em face de v. acórdão do Eg. Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que denegou a ordem pleiteada no bojo do HC nº 0062738-10.2009.8.19.0000, no qual se buscava obstar o cumprimento de decisão do d. Juízo da 3ª Vara de Família da Comarca de São Gonçalo, que, nos autos de Execução de alimentos provisórios arbitrados em sede de ação de investigação de paternidade, decretou a prisão do recorrente.

A r. decisão proferida pelo d. Juízo de primeiro grau apresenta o seguinte teor: "Verifica-se que a contestação de fls. 25/44, o executado não apresentou nenhuma proposta de acordo para parcelamento da dívida, o que nos leva a entender será (sic) mesma tão somente protelatória, como tem sido também nos autos da Investigação de Paternidade em apenso.

Ademais, dificuldades financeiras não são motivos para o não pagamento da pensão. O que deveria ser discutido em sede própria. Sendo, assim, inconcebível que a alimentanda fique prejudicada pela inércia do alimentante, mormente no que tange ao constitucional direito da dignidade e subsistência.

Neste ângulo, não é demais citar os ensinamentos do Professor Yussef Said Cahali, quando cita Bellot: '... a prisão civil é o meio de experimentar a solvabilidade, ou de vencer a má vontade daquele que procura ocultar o que possui.' (Dos Alimentos, 4ª edição, ed. Revista dos Tribunais, página 1004).

É importante destacar que o Superior Tribunal de Justiça através dos dez ministros que compõem a 2ª Seção, aprovou a Súmula 309 norteando a discussão doutrinária sobre a prisão civil do alimentante.

A referida súmula assim dispõe: 'O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo."

Nesta linha de razões, DECRETO a prisão de G. S. S., pelo prazo de 03 meses.

Ao contador para atualização do valor, tomando por base as três prestações anteriores ao ajuizamento, ou seja: mar/abr/mai/2008 e as

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que vencerem ao curso do processo, sem incidência de multa de 10%, conforme determina a Súmula 309.

Após expeça-se mandado de prisão." (e-STJ fl. 100)

O recorrente impetrou habeas corpus em face de tal r. decisão, tendo sido denegada a ordem vindicada, em v. acórdão que guarda a seguinte ementa:

"Habeas corpus. Execução de alimentos provisórios arbitrados em ação de investigação de paternidade na qual o alimentante foi citado para pagar as prestações em atraso referentes aos três meses anteriores ao ajuizamento. Alimentante que apresentou justificativa para o não pagamento, a qual foi rejeitada pelo MM. Juízo da causa, decretada a prisão por três meses. Alimentante que não nega a obrigação alimentar, não tendo sido invocada qualquer justificativa plausível para o inadimplemento. Alimentante que é revel na ação de investigação de paternidade que tramita desde 2001. Alimentos provisórios arbitrados em 2004, em decisão contra a qual o Impetrante interpôs agravo de instrumento que não chegou a ser conhecido. Denegação da ordem." (e-STJ fl. 123)

Irresignado com a denegação da ordem, interpôs o recorrente o presente recurso ordinário.

Alega que, contrariamente às provas dos autos, foi-lhe negado o direito de propor conciliação, conforme requerera em sua peça de defesa. Informa que ingressou, em 28.09.2009, com "ação para revisão de prestação alimentícia com pedido de antecipação de tutela" , pleiteando a "imediata suspensão das cobranças das prestações vencidas e vincendas realizadas até que se comprove a sua paternidade" (e-STJ 148).

Argumenta que a doutrina, a jurisprudência e a legislação não admitem a fixação de alimentos provisórios em ação de investigação de paternidade, em razão da falta da prova de parentesco, de forma que os alimentos só são devidos após a sentença que reconhece o estado de filiação.

Aduz que o "exame de pareamento cromossomial" não foi realizado por motivos alheios à sua vontade, já que, ainda que irregularmente intimado, foi ao "laboratório de diagnósticos por DNA da UERJ" , na data determinada, para o fim de submeter-se ao referido exame, ocasião em que a alimentanda não compareceu, sem apresentar qualquer justificativa para tal ausência (e-STJ fl. 153).

Assevera, por fim, que "o Acórdão impugnado contrariou lei federal; deu a mesma interpretação divergente daquela que lhe foi emprestada pelos Tribunais Superiores e contrariou os precedentes firmados pelas Altas Cortes" (e-STJ fl. 155).

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opinando pelo conhecimento do recurso e, no mérito, pelo seu desprovimento. Entendeu o e. Subprocurador-Geral da República que "a controvérsia sobre a existência de relação de parentesco constitui o próprio mérito da ação de paternidade, de modo que, exatamente por ainda não se ter certeza da existência dessa relação, é que os alimentos são fixados em caráter provisório, e têm por fundamento indícios do vínculo parental". Afirma, nessa esteira, que não há qualquer ilegalidade no decreto prisional, o qual se encontra em conformidade com o art. 5º, inciso LXVII, da Constituição Federal e com o enunciado n. 309 da súmula desta Eg. Corte.

Em 15/10/2010, vieram os autos a mim conclusos.

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RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 28.382 - RJ (2010/0097090-1)

RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO

RECORRENTE : G S S

ADVOGADO : GILVANE SOUSA SILVA (EM CAUSA PRÓPRIA)

RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

VOTO

O SENHOR MINISTRO RAUL ARAÚJO (Relator): No tocante à prisão

do devedor de verba alimentar, é certo que esta Eg. Corte tem entendimento pacificado no sentido de que se faz necessária a quitação integral das três últimas parcelas anteriores ao ajuizamento da execução, acrescidas das vincendas, para que seja afastada a aplicação do disposto no art. 733, § 1º, do CPC.

No caso em apreço, contudo, há uma peculiaridade que merece ser ressaltada: a circunstância de terem sido os alimentos provisionais, cujo descumprimento ensejou o r. decisum que decretou a prisão do recorrente, fixados em sede de ação de investigação de paternidade, antes da prolação de sentença reconhecendo a existência de relação de parentesco entre o recorrente e a alimentanda.

Com efeito, da leitura da ata de audiência de fl. 15, na qual foi proferida a r. decisão que fixou os alimentos provisionais o d. Magistrado assim consignou:

"A autora está com 4 anos e continua com os seus dados qualificados incompletos, não constando nome de pai e nem dos avós paternos.

Não se tem certeza de que o réu seja seu pai, mas sua contumácia processual leva a que se presuma, pelo menos por enquanto, a uma presunção de que ele esteja se escusando por 'ter culpa no cartório'.

Em face do exposto, defiro os alimentos provisórios pretendidos pela autora que, atento a condição do réu, que é advogado, fixo em dois salários mínimos, piso nacional"

Deve ser consignado, primeiramente, que o habeas corpus não é a via adequada para se discutir a obrigação de prestar alimentos em si, mas tão-somente para se analisar a legalidade do constrangimento à liberdade de ir e vir do paciente.

Nesse sentido, estabelece a Constituição Federal, em seu art. 5º, inc. LXVIII, que:

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

Assim, a discussão, no presente recurso, cinge-se tão-somente à averiguação de ilegalidades ou abusos no decreto que determinou a prisão do recorrente, e, neste ponto, a

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questão merece algumas considerações.

A possibilidade de fixação de alimentos provisionais em sede de ação de investigação de paternidade é disciplinada pelo art. 7º da Lei nº 8.520/92, que regula a investigação de paternidade de filhos havidos fora do casamento e dá outras providências, que tem o seguinte teor:

Art. 7°. Sempre que na sentença de primeiro grau se reconhecer a paternidade, nela se fixarão os alimentos provisionais ou definitivos do reconhecido que deles necessite.

No mesmo sentido, dispunha art. 5º da Lei nº 883/49, revogada pela Lei nº 12.004/2009, mas vigente quando da prolação da decisão que fixou os alimentos provisionais, que "na hipótese de ação investigatória da paternidade terá direito o autor a alimentos provisionais desde que lhe seja favorável a sentença de primeira instância, embora se haja, desta interposto recurso".

Vê-se, assim, que os dois dispositivos tratam expressamente da possibilidade de fixação de alimentos provisionais quando já proferida sentença que reconheça a paternidade, ainda que tenha sido ela objeto de recurso. Contudo, nada dispõem acerca da fixação de alimentos provisionais quando ainda não há reconhecimento judicial da paternidade.

Tal questão já foi apreciada por esta Eg. Corte, quando do julgamento do REsp 200.595/SP, da relatoria do e. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, que apresenta a seguinte ementa:

"Ação de investigação de paternidade cumulada com alimentos. Fixação de alimentos provisórios antes da sentença. Inviabilidade, no caso.

I - O autor da ação investigatória de paternidade tem direito a alimentos provisionais desde a sentença, ainda que objeto de recurso. Leis nº 8.560/92, art. 7º, e nº 883/49, art. 5º. Aplicação.

II - Recurso especial conhecido e provido."

(REsp 200595/SP, Rel. Ministro ANTÔNIO DE PÁDUA

RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/05/2003, DJ

09/06/2003, p. 263)

Das razões do voto proferido no julgado em comento, destaca-se o seguinte trecho, em razão de sua relevância para o caso em apreço:

"Em primeiro lugar, cumpre analisar a possibilidade de serem

fixados alimentos provisórios antes da prolação da sentença, nas ações de investigação de paternidade cumuladas com alimentos .

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8.560/92 e 5º da Lei nº 883/49 que rezam, respectivamente:

...

Como se vê dos dispositivos acima transcritos, a Legislação consagra a sentença declaratória de paternidade como termo a quo para fixação dos alimentos provisórios. O motivo ensejador dessa fixação é lógico, pois somente aí é reconhecida a relação de parentesco entre as partes e, conseqüentemente, a obrigação de prestar alimentos. Assim, a tese do recorrente merece acolhimento ". Nesse contexto, embora a matéria não esteja pacificada no âmbito desta Eg. Corte, a redação legal, o precedente supramencionado e posições doutrinárias no sentido supra evidenciam a existência de dúvidas acerca da legalidade de decisão que determina, no bojo de ação investigatória cumulada com alimentos, o pagamento de alimentos provisionais, antes da prolação de sentença que declare a existência do vínculo de parentesco.

Não se está, aqui, frise-se, afirmando não ser possível a fixação de alimentos provisionais em ação de investigação de paternidade antes do decreto sentencial, mas reconhecendo que, ante a existência de razoáveis dúvidas quanto a tal possibilidade, não se mostra razoável que o alimentante se veja tolhido em sua liberdade de ir e vir pelo descumprimento de decisão cuja legalidade se mostra questionável.

Sobre a prisão civil, preceitua o art. 5º, inc. LXVII, da Carta Magna, que: " Art. 5º...

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

..."

Da leitura do dispositivo supra, depreende-se que a gravidade da medida coercitiva de prisão civil só será aplicada em casos excepcionais, nos quais o descumprimento da obrigação revele-se inescusável, o que não se vislumbra na hipótese, pelas razões acima expendidas, pois, se houver ilegalidade na determinação judicial, como entende o paciente, tem ele constitucionalmente garantido o direito subjetivo público, previsto no art. 5º, inc. II, da Constituição Federal, de não ser " obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei" .

Ora, se a pessoa só pode ser obrigada (por autoridade de qualquer dos Poderes) a agir de determinado modo com base em previsão legal, não se pode admitir que, na hipótese, o recorrente sofra a mais grave das medidas coercitivas, admissível somente em situações excepcionais, por descumprimento da determinação judicial de duvidosa legalidade.

Ressalte-se, por oportuno, que não se está a desonerar o recorrente da obrigação que lhe foi imposta de prestar os alimentos provisionais fixados na r. decisão de fl.

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15, o que se mostra inclusive inviável na presente estreita via, mas tão-somente retirando a força coercitiva de tal obrigação a ponto de ensejar a segregação civil do recorrente. Apenas quanto a isso.

Diante do exposto, dou provimento ao presente recurso ordinário, para o fim de reformar o v. acórdão recorrido, concedendo a ordem pleiteada pelo recorrente.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO

QUARTA TURMA

Número Registro: 2010/0097090-1 PROCESSO ELETRÔNICO RHC 28382 / RJ

Números Origem: 20080040216359 201014000100 627381020098190000

EM MESA JULGADO: 21/10/2010

SEGREDO DE JUSTIÇA Relator

Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO Presidente da Sessão

Exmo. Sr. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO Subprocurador-Geral da República

Exmo. Sr. Dr. ANTÔNIO CARLOS FONSECA DA SILVA Secretária

Bela. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI

AUTUAÇÃO RECORRENTE : G S S

ADVOGADO : GILVANE SOUSA SILVA (EM CAUSA PRÓPRIA)

RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Família - Relações de Parentesco - Investigação de Paternidade

CERTIDÃO

Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso ordinário em "habeas corpus", nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.

Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti, Aldir Passarinho Junior e Luis Felipe Salomão votaram com o Sr. Ministro Relator.

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro João Otávio de Noronha. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Luis Felipe Salomão.

Brasília, 21 de outubro de 2010

TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI Secretária

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RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 28.382 - RJ (2010/0097090-1)

VOTO

MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI:

Sr. Presidente, estou de acordo com o

voto do Sr. Ministro Relator, sobretudo tendo em vista a peculiaridade de que

ele foi ao local onde deveria ter sido submetido ao teste de DNA e o exame não

foi feito exatamente porque a parte contrária não compareceu, o que revela, em

primeira análise, que não há uma recalcitrância ou má-fé, nada que justifique

essa fixação de alimentos sob pena de prisão.

Dou provimento ao recurso em habeas corpus, concedendo a

ordem pleiteada.

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