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PREPARAÇÃO IMPARÁVEL. rumo ao mpu DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR.

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PREPARAÇÃO

IMPARÁVEL

rumo ao mpu

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

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vado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado em vários concursos, como Po-lícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agen-te), PRF (AgenAgen-te), Ministério da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).

(3)

S

UMÁRIO

Processo Penal Militar e sua Aplicação ...4

Introdução ...4 Aspectos Iniciais ...5 Regras Básicas ...10 Interpretação do CPPM ...14 Aplicação do CPPM ...18 Resumo ...20 Questões de Concurso ...24 Gabarito ...27 Gabarito Comentado ...28

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PROCESSO PENAL MILITAR E SUA APLICAÇÃO

Introdução

E aí, guerreiro(a) do certame do MPU! Tudo nos conformes?

Já vou começar nossa aula deixando claro um ponto muito importante: eu sei que é difícil estudar Direito Processual Penal com um prazo tão apertado; Direito Processual Penal Militar, então, mais complicado ainda!

Infelizmente, as disciplinas PROCESSUAIS do Direito passam por esse proble-ma: não são lá muito queridas, por conta da quantidade de regras e de detalhes que são chatos de estudar e de memorizar. Mas não se deixe abater, pois, com nos-sas aulas bem direcionadas e seguindo as dicas de estudo no site do Gran Cursos Online, a tarefa torna-se muito menos árdua.

Na aula de hoje, faremos o possível para apresentar o tópico do edital “Processo

penal militar e sua aplicação” da maneira mais simples e direta possível – sem te

confundir em seus estudos do Direito Processual Penal comum.

Ao final, como de praxe, faremos alguns exercícios para fixação, em lista aber-ta, tendo em vista a boa e velha escassez de questões sobre temas de Direito Penal Militar.

Bons estudos!

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Aspectos Iniciais

Justiça Militar da União.

Antes de falar dos conceitos básicos do Direito Processual Penal Militar (DPPM), é necessário responder à uma pergunta muito básica: como está estruturado o

Direito PENAL em nossa legislação?

Só respondendo a essa questão adequadamente é que estaremos preparados para estudar a disciplina em si e compreender a sua razão de ser. E, nesse sentido, temos uma premissa básica: a legislação brasileira, na esfera PENAL, está dividida (de forma básica) em vários códigos: o Código Penal (CP), o Código de

Proces-so Penal (CPP), o Código Penal Militar (CPM) e o Código de ProcesProces-so Penal Militar (CPPM).

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É claro que o foco de nosso curso estará no CPPM (afinal de contas, nossa dis-ciplina é o Direito Processual Penal Militar), mas, de todo modo, é fundamental entender por qual motivo a legislação está dividida nesses códigos.

O primeiro passo para isso é entender os conceitos de direito substantivo e

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Vamos trabalhar de uma forma prática: provavelmente, você concorda que a norma mais famosa do Direito Penal é, de longe, o art. 121 do Código Penal:

Homicídio Simples Art. 121. Matar alguém:

Pena – reclusão, de seis a vinte anos.

Mas o que essa norma faz?

Ela apresenta um determinado comportamento proibido, e informa que uma pena será aplicada caso o indivíduo o pratique. Se você matar alguém, poderá ser apenado com reclusão de seis a vinte anos.

É fácil notar que o art. 121 do Código Penal Brasileiro tem um caráter clara-mente material ou substantivo. Afinal de contas, define uma relação concreta,

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Veja que o legislador define apenas que o autor de um homicídio simples será apenado com a reclusão de seis a vinte anos... e só!

O texto da norma não explica como se dará a aplicação da pena. Não trata de pontos importantes como o processo de escolha do juiz responsável para julgar o caso, ou se compete à justiça federal ou estadual julgar os casos de homicídio.

Isso acontece porque o Código Penal tem um caráter fundamentalmente

ma-terial. Não cabe a ele tratar de como fazer as coisas: isso é assunto de direito

adjetivo!

Dessa forma, as normas formais ou adjetivas do Direito Penal foram separa-das, e, via de regra, estão concentradas em um outro Código: o CPP, sendo objeto de estudo de outra disciplina: o Direito Processual Penal.

Professor, mas onde entram o Código Penal Militar e o Código de Processo Penal Militar?

Excelente pergunta!

De uma forma muito, mas muito simplificada, podemos dizer o seguinte:

o Direito Penal protege os bens jurídicos mais importantes para a so-ciedade, dos ataques mais graves. Dessa forma, estão protegidos bens

essenciais (como a vida, o patrimônio, entre outros) dos ataques mais repul-sivos (como o homicídio, o roubo, por exemplo).

o Direito Penal Militar protege bens jurídicos INERENTEMENTE MILI-TARES de ataques graves. Estão protegidos bens essenciais (como a

hierar-quia, a disciplina, e as instituições militares) dos ataques mais graves (como a insubmissão, o homicídio praticado em contexto militar, entre outros).

para instrumentalizar e permitir a aplicação do Direito Penal, existe o Direito

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• para instrumentalizar e permitir a aplicação do Direito Penal Militar existe o Direito Processual Penal Militar!

Resumindo:

Por isso, se você quer saber se uma determinada conduta é crime militar, vai ter que recorrer ao Código Penal Militar, pois estaremos tratando efetivamente de Direito Penal Militar. Mas, se você quiser saber quem é o responsável por julgar

um determinado crime militar, ou quais são as regras de um inquérito policial mili-tar, quem irá lhe socorrer é o Código de Processo Penal Milimili-tar, e, é claro, o Direito

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Agora sim, podemos começar a falar da nossa disciplina. Em primeiro lugar, te-mos o seguinte conceito básico:

O processo penal militar é organizado pelo Decreto-Lei n. 1.002/69, o chamado Código de Processo Penal Militar, que rege o procedimento criminal em tempo de paz e de

guerra, salvo legislação especial que lhe for estritamente aplicável.

Fabiano Caetano Prestes

Os ensinamentos acima não deixam dúvidas: o Direito Processual Penal tem mesmo um caráter procedimental, instrumental. É ao estudá-lo que iremos enten-der como se aplica o Direito Penal Militar (material) ao caso concreto, seja em

tempo de paz ou de guerra, entendendo quais os passos necessários para

con-cretizar a execução do que está previsto no Código Penal Militar e em demais leis de natureza penal.

Regras Básicas

Antes de mais nada, é importante tomar nota de dois pontos-chave:

1. se houver divergência entre o CPPM e uma convenção ou tratado internacio-nal do qual o Brasil é signatário, prevalecem as normas INTERNACIONAIS.

É o que prevê expressamente o Código:

Fontes de Direito Judiciário Militar

Art. 1º O processo penal militar reger-se-á pelas normas contidas neste Código, assim

em tempo de paz como em tempo de guerra, salvo legislação especial que lhe for estri-tamente aplicável.

Divergência de normas

§ 1º Nos casos concretos, se houver divergência entre essas normas e as de convenção ou tratado de que o Brasil seja signatário, prevalecerão as últimas.

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Ademais, o CPPM prevê sua própria aplicação subsidiária a processos regulados em leis especiais:

Aplicação subsidiária

§ 2º Aplicam-se, subsidiariamente, as normas deste Código aos processos regulados em leis especiais.

Ou seja: se uma lei especial tratar de matéria processual penal militar, de algu-ma foralgu-ma específica, no que tal lei não for suficiente para solucionar o caso, deve ser aplicado o CPPM de forma complementar.

2. em alguns casos, asr regras do CPPM não são suficientes para permitir uma adequada aplicação do CPM (Código Penal Militar). E, nesses casos, outras normas serão utilizadas de forma complementar:

Suprimento dos casos omissos

Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos:

a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar;

b) pela jurisprudência;

c) pelos usos e costumes militares; d) pelos princípios gerais de Direito; e) pela analogia.

Ou seja: o CPPM permite, expressamente, a utilização da legislação comum, da jurisprudência, dos costumes, dos princípios e da analogia para suprir casos duvi-dosos, em que suas normas não são suficientes para oferecer uma resposta.

Dessa forma, se o aplicador do Direito se deparar com uma situação para a qual não há resposta direta no Código de Processo Penal Militar, poderá recorrer à outras normas, como o próprio Código de Processo Penal, para resolver o conflito.

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Essa previsão resulta em duas consequências importantíssimas para o nosso estudo:

a) estudar Direito Processual Penal Militar é mais “rápido”, pois há menos conte-údo do que no Direito Processual Penal comum. O CPPM é mais enxuto, haja vista que inúmeras regras ficam sob a tutela do Direito Processual Penal (que é uma disciplina, consequentemente, muito mais extensa).

b) por esse motivo, estudar Direito Processual Penal Militar requer também o estudo complementar do Direito Processual Penal comum, que é muito mais completo e se aplica de forma subsidiária, aos casos militares!

É por esse motivo que é recomendável que você estude Direito Processual Penal ANTES ou EM CONJUNTO com o Direito Processual Penal Militar. As matérias estão diretamente relacionadas, haja vista a dependência do Direito Processual Penal Mi-litar das demais normas gerais do Direito para a sua complementação!

Pensando nisso, é que o formato de nossas aulas será um pouco mais

interdis-ciplinar. Muito embora esse material não seja suficiente para substituir o estudo

completo do Direito Processual Penal (que é bastante extenso), sempre que neces-sário, faremos as devidas referências e explicações para que você possa entender bem os conceitos apresentados durante a nossa aula.

Finalmente, é importante esclarecer os conceitos de analogia, princípio,

costu-me e jurisprudência, caso você ainda não esteja familiarizado(a) com esses

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(14)

Interpretação do CPPM

Outro ponto importante e que aparece logo que iniciamos a leitura do CPPM tra-ta da INTERPRETAÇÃO de suas normas. Vejamos:

Interpretação Literal

Art. 2º A lei de processo penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas

expressões. Os termos técnicos hão de ser entendidos em sua acepção especial, salvo se evidentemente empregados com outra significação.

Interpretação Extensiva ou Restritiva

§ 1º Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando for manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita e, no segundo, que é mais ampla, do que sua intenção.

Casos de inadmissibilidade de interpretação não literal

§ 2º Não é, porém, admissível qualquer dessas interpretações, quando: a) cercear a defesa pessoal do acusado;

b) prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a natureza; c) desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram origem ao processo.

Mas professor, esses artigos estão muito confusos!

É verdade, mas vamos simplificar. É importante pensar da seguinte forma: quando

surge a necessidade de interpretar a lei, tal interpretação pode ser realiza-da de diversas formas.

Para evitar grandes divergências entre casos semelhantes, o legislador se pre-ocupou em orientar o aplicador da lei quanto ao método de interpretação ade-quado às normas do CPPM.

A intepretação da lei possui inúmeras categorias, dentre as quais se destacam as listadas a seguir.

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Agora que já conhecemos algumas (não todas) das modalidades de interpreta-ção da lei, podemos entender melhor o que prevê o CPPM:

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Interpretação literal

Art. 2º A lei de processo penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas

expressões. Os termos técnicos hão de ser entendidos em sua acepção especial, salvo se evidentemente empregados com outra significação.

Primeiramente, veja que o legislador adotou expressamente a interpretação

li-teral das expressões contidas no CPPM. Tal decisão tem como objetivo reduzir um

pouco a subjetividade na interpretação da norma. Lei penal tem a possibilidade de cominar sanções graves – de modo que faz sentido a preocupação em evitar inter-pretações arbitrárias.

Interpretação extensiva ou restritiva

§ 1º Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando for manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita e, no segundo, que é mais ampla, do que sua intenção.

Apesar da preocupação em utilizar como base a interpretação literal da norma em estudo, o legislador abre a possibilidade de que seja realizada interpretação

extensiva ou restritiva, nos casos em que for manifesto que a intenção da lei

irá necessitar desses recursos para ser alcançada.

Traduzindo: em alguns casos, a interpretação literal não será suficiente para

alcançar a vontade da lei (o que o legislador queria quando editou a norma ju-rídica). Nesses casos, pode-se utilizar da interpretação extensiva ou restritiva, para ampliar ou restringir o alcance da norma, e permitir que o efeito adequado seja alcançado.

Confuso, certo? Vamos simplificar. Dê só uma olhada nessa norma jurídica, con-tida em nossa Constituição Federal:

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XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem con-sentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

No art. 5º da CF/1988, o legislador sacramentou a chamada inviolabilidade de

domicílio, manifestando-se expressamente no sentido de que nossas casas são

invioláveis, senão em flagrante delito, desastre, casos de prestação de

so-corro ou durante o dia, por determinação judicial.

Eis que faço uma pergunta a você: e quem mora em apartamentos, não está

amparado pela Constituição Federal? Afinal de contas... casa é casa – e

aparta-mento, é apartamento.

A resposta é óbvia: é claro que quem tem domicílio em apartamento também está amparado pela inviolabilidade de domicílio. Não faria sentido que tal prote-ção não se estendesse aos outros diversos tipos de domicílios que existem em nossa sociedade. E, pensando dessa forma, chegamos à conclusão: é necessário

utilizar a interpretação EXTENSIVA para dar ao termo CASA o significado necessário para que a norma do art. 5º alcance a real intenção da Consti-tuição Federal – proteger aos domicílios dos cidadãos brasileiros!

Viu como ficou mais simples agora? Para que a norma alcance o efeito desejado, devemos utilizar uma interpretação diferente, pois, do contrário, um manifesto

absurdo aconteceria: alguns estariam amparados pela inviolabilidade de domicílio

(quem mora em CASA), e outros não (quem mora em apartamento).

O mesmo vale para o CPPM. Ele deve ser interpretado de forma literal – salvo nos casos em que tal interpretação não alcançar a intenção da norma castrense. Nesses casos, pode-se utilizar a interpretação extensiva ou restritiva, depen-dendo da situação.

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O problema da utilização de uma interpretação não literal, é claro, chama-se subjetividade. Não se pode permitir que seja realizada uma interpretação não lite-ral que prejudique ou desvirtue a função da norma jurídica. É por esse motivo que o legislador restringiu a utilização de tal recurso. Vejamos:

Casos de inadmissibilidade de interpretação não literal

§ 2º Não é, porém, admissível qualquer dessas interpretações, quando: a) cercear a defesa pessoal do acusado;

b) prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a natureza; c) desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram origem ao processo.

Não se admite, portanto, uma interpretação extensiva ou restritiva quando tal procedimento cercear a defesa do acusado, prejudicar ou alterar o curso normal do processo ou desfigurar os fundamentos da acusação que deram origem ao processo.

Veja que o legislador apenas se preocupou em evitar abusos na utilização da interpretação extensiva ou restritiva, nos casos mais sérios.

Pronto! Para finalizar esse trecho da aula, falta apenas falar sobre a aplicação

do CPPM em tempos de paz e em tempos de guerra!

Aplicação do CPPM

Você já sabe que o CPPM é utilizado para permitir a aplicação do Direito Penal Militar ao caso concreto (pois é um código procedimental). Você também já sabe que o CPM define alguns dos CRIMES MILITARES e os casos em que crimes co-muns irão constituir CRIMES MILITARES.

Agora você precisa saber QUANDO a lei processual penal militar brasileira po-derá ser aplicada a um determinado caso concreto. Ou seja, quando efetivamente

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Basicamente, a aplicação do CPPM pode ser dividida em duas esferas: em

tem-po de paz e em temtem-po de guerra, haja vista que, em casos de guerra, a

perse-cução penal por crimes militares se torna mais severa. Esquematizando, temos o seguinte quadro:

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RESUMO

Direito Penal x Direito Penal Militar

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Direito Penal x Direito Penal Militar

O Direito Penal protege os bens jurídicos mais importantes para a sociedade, dos ataques mais graves.

O Direito Penal Militar protege bens jurídicos INERENTEMENTE MILITARES de ataques graves.

Direito Processual Penal x Direito Processual Penal Militar

Para instrumentalizar e permitir a aplicação do Direito Penal, existe o Direito Processual Penal.

Para instrumentalizar e permitir a aplicação do Direito Penal Militar existe o Di-reito Processual Penal Militar.

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Regras Preliminares

Se houver divergência entre o CPPM e uma convenção ou tratado internacional do qual o Brasil é signatário, prevalecem as normas INTERNACIONAIS.

Novas Complementares

Os casos omissos no CPPM serão supridos:

• pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar;

• pela jurisprudência;

• pelos usos e costumes militares; • pelos princípios gerais de Direito; • pela analogia.

Interpretação do CPPM

A lei de processo penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas expressões. Os termos técnicos hão de ser entendidos em sua acepção especial, salvo se evidentemente empregados com outra significação.

Interpretação Extensiva ou Restritiva

Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando for manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita e, no segundo, que é mais ampla, do que sua intenção.

Casos de Inadmissibilidade de Interpretação não Literal

• Quando cercear a defesa pessoal do acusado;

• Quando prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a natureza;

• Quando desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram origem ao processo.

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (2014/CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) O Código de Processo Penal Militar rege o processo penal militar em tempo de paz, o que não ocor-re em tempo de guerra, quando o processo deve ser ocor-regido por legislação específica.

2. (2013/MPM/MPM/Promotor de Justiça Militar) No tocante à interpretação da nor-ma processual penal, podemos afirnor-mar que:

a) A interpretação literal importa na conformidade com o significado das palavras segundo a intenção do legislador;

b) A interpretação extensiva ocorre quando manifesto que a expressão da lei é mais ampla que sua intenção: vg. ao dizer acusado abrange homens e mulheres;

c) Os termos técnicos são entendidos exclusivamente em sua acepção especial, não se admitindo sejam empregados com outra significação, salvo disposto em lei;

d) Não se admite as interpretações extensiva ou restritiva quando desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram origem ao processo.

3. (2013/MPM/MPM/Promotor de Justiça Militar) De acordo com o CPPM, os casos nele omissos poderão ser supridos:

a) Pelas normas do Código de Processo Penal comum, sem adoção de leis extrava-gantes, em face do princípio da especialidade;

b) Pelos princípios gerais de direito e pela analogia;

c) Pela analogia e pelos usos e costumes militares estabelecidos pelos respectivos regulamentos;

d) Em tempo de guerra ou de conflito armado pelas normas do Estatuto de Roma e pelas Convenções de Genebra.

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4. (2013/MPM/MPM/Promotor de Justiça Militar) QUANTO À APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR:

a) Tem aplicação intertemporal apenas nos crimes militares em tempo de guerra;

b) Não tem aplicação a militares estaduais no que tange aos recursos e à execução de sentença;

c) Tem aplicação em tempo de paz exclusivamente no território nacional;

d) A bordo de aeronaves ou navios estrangeiros em qualquer lugar se a infração atenta contra as instituições militares ou a segurança nacional.

5. (CESPE/MPE-ES/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Com base no direito processual penal militar, assinale a opção correta.

a) Segundo a lei processual penal militar, o princípio da imediatidade é aplicado aos processos cuja tramitação esteja em curso, ressalvados os atos praticados na for-ma da lei processual anterior. Caso a norfor-ma processual penal militar posterior seja, de qualquer forma, mais favorável ao réu, deverá retroagir, ainda que a sentença penal condenatória tenha transitado em julgado.

b) O CPPM dispõe expressamente a aplicação de suas normas, em casos específi-cos, fora do território nacional ou em lugar de extraterritorialidade brasileira. Nesse ponto, o CPPM difere do CPP.

c) O sistema processual penal castrense veda, em qualquer hipótese, o emprego da interpretação extensiva e da interpretação não literal.

d) Se, na aplicação da lei processual penal militar a caso concreto, houver diver-gência entre essa norma e os dispositivos constantes em convenção ou tratado de que o Brasil seja signatário, prevalecerá a regra especial da primeira, salvo em matéria de direitos humanos.

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e) Os casos omissos na lei processual penal militar serão supridos pelo direito pro-cessual penal comum, sem prejuízo da peculiaridade do processo penal castrense. Nesses casos, o CPPM impõe que haja a declaração expressa de omissão pela corte militar competente, com quorum qualificado.

(27)

GABARITO

1. e 2. d 3. b 4. b 5. b

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GABARITO COMENTADO

1. (2014/CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) O Código de Processo Penal Militar rege o processo penal militar em tempo de paz, o que não ocor-re em tempo de guerra, quando o processo deve ser ocor-regido por legislação específica.

Letra e.

Na verdade, conforme prevê o art. 1º do CPPM, o texto legal rege tanto o processo penal em tempos de paz quanto em tempos de guerra. Assertiva incorreta!

2. (2013/MPM/MPM/Promotor de Justiça Militar) No tocante à interpretação da nor-ma processual penal, podemos afirnor-mar que:

a) A interpretação literal importa na conformidade com o significado das palavras segundo a intenção do legislador;

b) A interpretação extensiva ocorre quando manifesto que a expressão da lei é mais ampla que sua intenção: vg. ao dizer acusado abrange homens e mulheres;

c) Os termos técnicos são entendidos exclusivamente em sua acepção especial, não se admitindo sejam empregados com outra significação, salvo disposto em lei;

d) Não se admite as interpretações extensiva ou restritiva quando desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram origem ao processo.

Letra d.

O gabarito da questão em estudo encontra sua fundamentação no art. 2º, parágra-fo 2º, alínea C, que apresenta uma situação em que a interpretação extensiva ou

(29)

A resposta está pautada no Código de Processo Penal Militar:

Art. 2º, parágrafo 2º: Não é, porém, admissível qualquer dessas interpretações, quando:

a) cercear a defesa pessoal do acusado;

b) prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a natureza; c) desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram origem ao

processo.

3. (2013/MPM/MPM/Promotor de Justiça Militar) De acordo com o CPPM, os casos nele omissos poderão ser supridos:

a) Pelas normas do Código de Processo Penal comum, sem adoção de leis extrava-gantes, em face do princípio da especialidade;

b) Pelos princípios gerais de direito e pela analogia;

c) Pela analogia e pelos usos e costumes militares estabelecidos pelos respectivos regulamentos;

d) Em tempo de guerra ou de conflito armado pelas normas do Estatuto de Roma e pelas Convenções de Genebra.

Letra b.

Essa questão é muito boa, pois o examinador faz parecer que se trata de assunto muito complexo – quando, na verdade, basta se lembrar do art. 3º do CPPM:

Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos:

a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem

prejuízo da índole do processo penal militar;

b) pela jurisprudência;

c) pelos usos e costumes militares; d) pelos princípios gerais de Direito; e) pela analogia.

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4. (2013/MPM/MPM/Promotor de Justiça Militar) QUANTO À APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR:

a) Tem aplicação intertemporal apenas nos crimes militares em tempo de guerra;

b) Não tem aplicação a militares estaduais no que tange aos recursos e à execução de sentença;

c) Tem aplicação em tempo de paz exclusivamente no território nacional;

d) A bordo de aeronaves ou navios estrangeiros em qualquer lugar se a infração atenta contra as instituições militares ou a segurança nacional.

Letra b.

Questão um pouquinho mais complexa, que extrai sua validade de uma leitura atenta do art. 6º do CPPM, a saber:

Art. 6º Obedecerão às normas processuais previstas neste Código, no que forem

aplicá-veis, salvo quanto à organização de Justiça, aos recursos e à execução de sentença, os processos da Justiça Militar Estadual, nos crimes previstos na Lei Penal Militar a que responderem os oficiais e praças das Polícias e dos Corpos de Bombeiros, Militares.

5. (CESPE/MPE-ES/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Com base no direito processual penal militar, assinale a opção correta.

a) Segundo a lei processual penal militar, o princípio da imediatidade é aplicado aos processos cuja tramitação esteja em curso, ressalvados os atos praticados na for-ma da lei processual anterior. Caso a norfor-ma processual penal militar posterior seja, de qualquer forma, mais favorável ao réu, deverá retroagir, ainda que a sentença penal condenatória tenha transitado em julgado.

b) O CPPM dispõe expressamente a aplicação de suas normas, em casos específi-cos, fora do território nacional ou em lugar de extraterritorialidade brasileira. Nesse

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c) O sistema processual penal castrense veda, em qualquer hipótese, o emprego da interpretação extensiva e da interpretação não literal.

d) Se, na aplicação da lei processual penal militar a caso concreto, houver diver-gência entre essa norma e os dispositivos constantes em convenção ou tratado de que o Brasil seja signatário, prevalecerá a regra especial da primeira, salvo em matéria de direitos humanos.

e) Os casos omissos na lei processual penal militar serão supridos pelo direito pro-cessual penal comum, sem prejuízo da peculiaridade do processo penal castrense. Nesses casos, o CPPM impõe que haja a declaração expressa de omissão pela corte militar competente, com quorum qualificado.

Letra b.

Questão difícil, que requer um pouco de conhecimento do Direito Processual Penal comum, mas que podemos responder para complementar um pouco nossos estudos. De fato, o CPPM versa expressamente (em seu art. 4º) sobre sua aplicação em

ca-sos específicos fora do território nacional, o que não ocorre com o CPP, que tem

previsões mais genéricas.

Ao entender do seu professor, o examinador pegou PESADO – mas todo tipo de prática é válido, principalmente em um assunto cuja cobrança em provas de con-cursos é tão rara quanto o dessa aula.

Referências

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