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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE AGRONOMIA

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CAMPUS DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

CONTROLE ALTERNATIVO DE HELICOTYLENCHUS MULTICINCTUS

NA CULTURA DA BANANEIRA

WERIQ TEODORO DA SILVA

SINOP – MT

Fevereiro – 2018

(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

CONTROLE ALTERNATIVO DE HELICOTYLENCHUS MULTICINCTUS

NA CULTURA DA BANANEIRA

Weriq Teodoro Da Silva

Orientador: Prof. Dr. Humberto Franco Shiomi

Co-orientadora: Msc. Elisangela Ferrari

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

apresentado ao Curso de Agronomia do

ICAA/CUS/UFMT,

como

parte

das

exigências para a obtenção do Grau de

Bacharel em Agronomia.

SINOP – MT

Fevereiro – 2018

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(4)
(5)

AGRADECIMENTOS

A Deus, por tudo e especialmente pelas pessoas que Ele colocou em minha vida. À Universidade Federal do Estado de Mato Grosso pela oportunidade de conhecer pessoas incríveis.

À minha família que me deu suporte emocional e financeiro durante toda a

graduação, em especial a minha mãe Esmerina Teodoro Rosa por sempre fazer mais que o necessário para que eu continuasse com meus estudos e por todo amor fornecido.

Ao meu orientador Humberto Franco Shiomi pela amizade, paciência, ensinamentos e principalmente pelo seu tempo aplicado em mim.

Aos meus irmãos Almir Teodoro Dias, Ana Clara Teodoro da Silva e Willian Teodoro da Silva, e meu primo Alexander Wallace Silva Souza, pela compreensão e por sempre estarem do meu lado.

À Luana Dias por me fornecer os melhores sobrinhos do mundo.

Ao meu pai, por me ensinar a ser forte e entender que é preciso saber onde quero chegar para que eu possa evoluir.

Aos meus amigos pela alegria compartilhada, maturidade adquirida e por me oferecerem conforto nos momentos difíceis dessa caminhada. Em especial ao Hemilton Hara, Jucélia Hara, Jhon Leo Dorn, Ronan Sauer Bueno, Matheus Zulato de Borba e a Ângela Hermano.

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ... 7

LISTA DE FIGURAS ... 8

1. RESUMO ... 9

2.

ABSTRACT... 10

3.

INTRODUÇÃO ... 11

4.

REVISÃO DE LITERATURA ... 12

4.1.

CULTURA DA BANANEIRA ... 12

4.2.

NEMATOIDES QUE AFETAM A CULTURA DA BANANA ... 12

4.2.1.

HELICOTYLENCHUS MULTICINCTUS ... 13

4.3. MANEJO DE NEMATOIDES NA BANANEIRA ... 14

4.3.1.

CONTROLE ALTERNATIVO ... 15

5.

MATERIAL E MÉTODOS ... 17

5.1.

LOCALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO ... 17

5.2.

EXTRAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE NEMATOIDES ... 17

5.3.

OBTENÇÃO E PREPARO DOS TRATAMENTOS ... 18

5.4.

TESTE EM CONDIÇÕES DE CASA-DE-VEGETAÇÃO ... 18

5.5.

TESTE EM CONDIÇÕES DE CAMPO ... 19

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 21

6.1. TESTE EM CONDIÇÕES DE CAMPO ... 21

6.2. TESTE EM CONDIÇÕES DE CASA-DE-VEGETAÇÃO ... 21

7. CONCLUSÕES ... 25

(7)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Efeito do controle alternativo sobre população de H.multicinctus em bananeiras a campo... 18

Tabela 2. Efeito de agentes de controle alternativo sobre a população de H.

multicinctus em plantas de banana em tubetes... 19

Tabela 3. Efeito de agentes de controle alternativo para nematoides sobre o desenvolvimento de plantas de bananas... 19

(8)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Área de instalação de ensaio a campo, com infestação natural por

nematoides... 15

Figura 2. Instalação de experimento em condições de casa de vegetação... 18 Figura 3. Sintomas de fitotoxidez apresentadas por plantas tratadas com

carbofurano... 22

Figura 4. Diferença no desenvolvimento das mudas de bananeiras... 22 Figura 5. Detalhe de plantas tratadas com FSM, evidenciando maior

(9)

1. RESUMO

Tem sido crescente a busca por agentes de controle de fitopatógenos pouco impactantes ao meio ambiente e que sejam viáveis e eficientes nos mais diversos agroecossistemas. Este trabalho visou avaliar a eficácia do controle alternativo de

Helicotylenchus multicinctus na cultura da bananeira, como alternativa ao uso de nematicidas

químicos e às suas limitações, tais como o custo elevado, níveis de controle não satisfatórios e contaminação ambiental. Foram realizados testes em condições de casa-de-vegetação e a campo com solo naturalmente infestado com nematoides e testados os seguintes agentes: farinha de semente de mamão (FSM); farinha de semente de abóbora (FSA); Trichoderma

asperellum e Bacillus methylotrophicus (TB); Pochonia chlamydosporia (PC) e Carbofurano.

Como testemunha foi utilizado água destilada. Todos os agentes de controle foram solubilizados em 15L de água destilada e aplicados ao solo via regador. A aplicação de cada tratamento foi realizada em uma área de 16m², contendo 4 bananeiras de aproximadamente 4 anos de idade. No ensaio em condições de campo foi adotado um delineamento experimental em blocos casualizados (DBC). No teste em condições de casa-de-vegetação, um delineamento inteiramente casualizados (DIC). Em ambos os ensaios se totalizaram 6 tratamentos e 8 repetições (cada planta representou uma repetição). As mudas foram obtidas a partir de cultura de tecido em meio de cultura. Estas foram retiradas do meio de cultura para o ensaio aos 70 dias de idade. No mesmo dia realizou-se a amostragem do solo e a avaliação da população inicial de nematoides. Após 75 dias da aplicação dos agentes de controle alternativo, foram retiradas amostras de solo e raízes a campo para a quantificação da população final de nematoides e, da avaliação do desenvolvimento das mudas: peso seco da parte aérea, peso fresco da parte aérea e raízes, altura e comprimento de raízes. Nos testes em condições de campo, não se observou diferença estatística em relação à testemunha para qualquer agente de controle testado, tanto em solo quanto em raiz, para população de nematoide. Em casa-de-vegetação a FSM se mostrou superior aos demais tratamentos para peso fresco da parte aérea, peso fresco da raiz e peso seco da parte aérea. Para população de nematoides no solo, PC se mostrou superior à combinação de TB e à testemunha com controle relativo de 99,2%, enquanto FSA foi superior apenas à testemunha (88,3%). Os demais tratamentos não apresentaram diferença estatística para população no solo e nas raízes. PC e FSA foram capazes de reduzir em 100% a infestação nas raízes em relação à testemunha, apesar de não diferirem estatisticamente dos demais agentes.

Palavras-chave: Controle alternativo, nematoides, banana, fitossanidade, Helicotylenchus multicinctus.

(10)

2. ABSTRACT

The search for phytopathogen control agents that have little impact on the environment and that are viable and efficient in the most diverse agroecosystems has been increasing.This work aimed to evaluate the effectiveness of the alternative control of Helicotylenchus

multicinctus in banana crop as an alternative to the use of chemical nematicides and its

limitations, such as high cost, unsatisfactory control levels and environmental contamination. Tests were carried out under greenhouse and field conditions with soil naturally infested with nematodes and tested the following agents: papaya seed meal (FSM); Pumpkin Seed Meal (FSA); Trichoderma asperellum and Bacillus methylotrophicus (TB); Pochonia chlamydosporia (PC) and Carbofuran. Distilled water was used as a control. All control agents were solubilized in 15L of distilled water and applied to the soil via watering can. The application of each treatment was performed in an area of 16 m², containing 4 bananas trees of approximately 4 years of age. A randomized complete block design (DBC) was used for the field conditions test. In the test under greenhouse conditions, a completely randomized design (DIC). In both trials 6 treatments and 8 replicates were used in total (each plant represented one replicate). The seedlings were obtained from tissue culture in culture medium. These were removed from the culture medium for the assay with 70 days old. On the same day the soil sampling and the evaluation of the initial population of nematodes were carried out. After 75 days of the application of the alternative control agents, soil and roots samples were taken for quantification of the final nematode population and, from the evaluation of the development of the seedlings: dry weight of aerial part, fresh weight of aerial part and roots, height and length of roots. In field conditions, no statistical difference was observed in relation to the control for any control agent tested, in soil and root, for the nematode population. In greenhouse the FSM was superior to the other treatments for fresh weight of the aerial part, fresh weight of the root and dry weight of the aerial part. For the soil nematode population, PC was superior to the combination of TB and the control with 99.2% relative control, while FSA was superior only to the control (88.3%). The other treatments did not present statistical difference for soil and root populations. FSA and TB were able to reduce infestation in roots by 100% in relation to the control, although they did not differ statistically from the other agents.

Key words: Alternative control, nematodes, banana, phitosanitary, Helicotylenchus multicinctus.

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3. INTRODUÇÃO

A banana (Musa sp.) é uma das frutas mais conhecidas e apreciadas em todo o mundo, ocupando uma posição de destaque no cenário agrícola mundial devido ao seu sabor, grande valor nutritivo e baixo preço.

Dentre os problemas fitossanitários da bananeira, os danos causados por nematoides nas raízes contribuem para a redução da produtividade no campo e na rentabilidade do agricultor (BORGES, 2004).

Os nematoides são organismos multicelulares com aproximadamente um milhão de espécies, podendo habitar o solo, a água ou até mesmo parasitando outros organismos vivos do Reino Animalia e Plantae, sendo capazes de causar danos à diversas culturas agrícolas ao acarretar distúrbios físicos e fisiológicos nas raízes durante sua alimentação e parasitismo (RITZINGER, 2006).

Dentre estes, a espécie Helicotylenchus multicintus (Cobb) Golden, encontra-se associada às musáceas em geral e é umas das duas mais importantes espécies de nematoides causadoras de danos radiculares à cultura da bananeira a nível mundial, ficando atrás, somente, de Radopholus similis (QUÉNÉHERVÉ, 2011); (KARAKAS, 2007).

O controle de nematoides na bananeira é realizado, principalmente, por meio de nematicidas químicos (BRIDGE, 2000) que oneram a produção, podendo causar danos aos aplicadores, induzir à seleção de indivíduos mais resistentes e eliminar a microbiota benéfica do solo (BAUTISTA, 2014), além de contribuir para a contaminação do ambiente, desequilíbrio biológico, influenciando negativamente na ciclagem de nutrientes e da matéria orgânica e diminuindo a biodiversidade de microrganismos, entre outros (MORANDI, 2009).

Devido à utilização indiscriminada e os problemas ambientais gerados pelos nematicidas químicos, há a necessidade de se disponibilizar produtos menos impactantes ao ambiente, de alta eficácia no controle de nematoides e economicamente viáveis no controle de nematoides.

Nesse sentido, a utilização do controle alternativo, por meio de agentes microbianos e produtos naturais tem se apresentado como uma forma viável e eficaz para esse fim, visando a sustentabilidade agrícola.

Os mecanismos de ação desses produtos sobre os fitonematoides são os mais diversos, podendo se apresentar na forma de liberação de compostos tóxicos; aumento da comunidade microbiana antagônica; aumento da resistência da planta hospedeira ao ataque de nematoides e melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, entre outros (FERRAZ et al, 2012).

Assim, esse trabalho visa avaliar a eficiência de produtos naturais e biológicos em testes em condições de casa-de-vegetação e de campo, no controle de nematoides na cultura da bananeira, em solo naturalmente infestado com esses fitoparasitas.

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4. REVISÃO DE LITERATURA 4.1. Cultura da bananeira

A banana é a fruta fresca mais consumida no mundo, no qual o Brasil ocupa a quarta colocação e onde a sua produção é destinada, principalmente, ao consumo interno, dado que o total exportado não chega a 2% (LIMA, 2012).

As bananas são de primordial importância na alimentação humana, se apresentando como uma importante fonte energética, mineral e vitamínica, difícil de ser substituída (LIMA, 2000).

A bananeira é uma cultura de grande importância internacionalmente, sendo produzidas aproximadamente 114 milhões de toneladas do fruto em 2014 no mundo todo. Nesse mesmo período o Brasil produziu 6,953 milhões de toneladas, representando aproximadamente 6,5% da produção mundial de bananas, sendo a segunda fruta de maior produção no país, (FAO, 2014). Foram exportadas 82 mil toneladas da fruta no período de janeiro a outubro (SECEX, 2013).

A falta de capacitação técnica na produção brasileira de banana tem favorecido problemas fitossanitários na cultura (CORDEIRO, 1997). Isto é evidenciado pelas perdas na produção que podem atingir 100% em casos que há ausência de controle (BORGES, 2004).

Os agentes causadores de doenças na bananeira são os mais diversos: fungos, vírus, bactérias e nematoides. Este último, parasita o sistema radicular e o rizoma, acarretando perdas de produtividade (CAVALCANTE, 2005).

As doenças de geradas por nematoides, por vezes, não são corretamente diagnosticadas, necessitando-se a realização de análise do solo e raízes para se esclarecer a natureza da doença ou a espécie causadora da doença (BORGES, 2004).

4.2. Nematoides que afetam a cultura da banana

A espécie de nematoide que causa danos mais severos à bananeira é Radopholus

similis, que se encontra na maioria dos locais onde a cultura é implantada. Helicotylenchus multicinctus, o nematoide espiralado, é o segundo mais importante em plátanos e bananas

(MCSORLEY, 1986).

Radopholus similis, Helicotylenchus spp. e Meloidogyne spp. são os nematoides

encontrados com maior frequência na cultura da bananeira, porém, comumente, estão em associação à bananeira, Pratylenchus spp. e Rotylenchus reniformis (WANG, 2009; KAMIRA, 2013; LIMA, 2013).

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4.2.1. Helicotylenchus multicinctus

O Gênero Helicotylenchus é encontrado em todo mundo, sendo parasita de diversas plantas de interesse econômico (SBN, 2017) e ocorrendo, mais frequentemente, em regiões tropicais e subtropicais (MCSORLEY,1986).

A espécie foi descrita primeiramente por Cobb em 1893, recebendo o nome de

Tylenchus multicinctus. Em 1956, esta espécie foi reclassificada por Golden e nomeada como Helicotylenchus multicinctus. Essa espécie é caracterizada por permanecer em posição de

espiral após a sua morte e por seu estilete robusto. A fêmea possui cauda com porção distal anelada, sem projeção ventral e término hemisférico. A posição da vulva fica entre 64-70% do corpo da porção anterior para a posterior (v = 64-70%) (MENDONÇA, 1976).

A reprodução do H. multicinctus se dá por anfimixia, podendo haver mais de 100 ovos por fêmea por postura. Clima quente e úmido favorece sua reprodução. O ciclo de vida dos nematoides dessa espécie, em geral, compreendem a fase de ovo, quatro estádios juvenis e a forma adulta. Na maioria das espécies as formas jovens se assemelham à forma adulta, porém, menor e com o sistema reprodutivo não funcional (SBN, 2017).

A espécie leva 39 dias para ir de J2 até J2 da próxima geração sob ambiente controlado (26 ± 2°C), no qual o macho se alimenta durante 28 a 29 dias e a fêmea de 20 a 21 dias (KARAKAS, 2007). Em estudo realizado na Índia, o ciclo de vida durou de 26 a 34 dias sob 25°C (KRALL, 1985), demonstrando que seu ciclo de vida varia de acordo com as condições ambientais.

O H.multicinctus realiza a primeira ecdise logo após a perfuração da casca do ovo ou ocorre ainda dentro do ovo. O J2 é caracterizado pela cauda digitada, que é ausente no J3. A região intestinal é maior, proporcionalmente, que a região anterior e a esta difere muito proporcionalmente de J2 para J3. O J3 é considerado um estádio intermediário, difícil ser caracterizado, porém, é neste estádio que as gônadas femininas começam a se desenvolver. O J4 é de mais fácil identificação, pois é nesta fase que a vagina se torna aparente e as gônadas se tornam maiores e mais desenvolvidas. A fêmea adulta é diferenciada dos estádios juvenis pela vulva e vagina totalmente desenvolvida e com gônada significativamente maior. Adultos machos são mais curtos e finos que as fêmeas e mais difíceis de diferenciar dos estádios juvenis (ZUCKERMAN, 1963).

A alimentação de Helicotylenchus spp. provoca danos no parênquima da planta, geralmente, mais próximo da epiderme. Porém, já foi observado o ataque até à 6ª célula dentro do parênquima, como consequência do rompimento da parede celular. Na alimentação desses nematoides, ocorre o extravasamento do conteúdo citoplasmático e posterior necrose nas células afetadas (BLAKE, 1966). Estas são identificadas, externamente, pelas manchas pretas nas raízes (ARAYA, 2004). Em casos de danos muito severos ocasionados por altas

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populações são observadas necroses e até morte das raízes (QUÉNÉHERVÉ & CADET, 1985).

Os danos causados pela alimentação de H.multicinctus geram perda de produção, nanismo, ciclo vegetativo mais longo, redução do tamanho de frutos (QUÉNÉHERVÉ, 1995) e até mesmo tombamento em casos mais severos (GOWEN, 2005).

Este Gênero foi o que apresentou maior população associada à cultura da bananeira em levantamento feito no noroeste do Paraná e se mostrou presente em todas as espécies de frutíferas em estudo realizado por DIAS-ARIEIRA et. al (2010). A densidade populacional de H. multicinctus no solo aumentou significativamente nas plantações de banana dentro do norte de Minas Gerais e Bahia entre janeiro de 2003 a agosto de 2008 (NEVES, et. al, 2009). O Gênero foi encontrado em todas as amostras de solo e em 58% das de raízes em estudo realizado em bananais do estado do Acre (OLIVEIRA, et. al, 2015).

4.3. Manejo de nematoides na bananeira

Devido à gravidade dos problemas fitossanitários causados pelos fitonematoides, métodos para se reduzir esses danos tem sido estudado. Entre os mais eficazes para a bananeira está a esterilização do solo em conjunto com a remoção das partes infectadas dos rebentões na renovação da lavoura, que foi capaz de controlar 100% da população de nematoides nessa cultura (GUZMÁN, 2012)

Por meio do controle físico, a imersão de rebentões em água fervendo logo antes de serem plantados se mostrou efetivo para controle de nematoides, onde as raízes das bananeiras posteriormente se mostraram significativamente mais saudáveis (COYNE, 2010). Os nematicidas químicos mais utilizados são a abamectina e o carbofurano. Este último age inativando a enzima acetilcolinesterase, ocasionando acúmulo de acetilcolina na fenda sináptica, gerando contrações musculares involuntárias que podem levar a morte por exaustão. Já a abamectina, estimula a liberação do ácido abscísico nas terminações nervosas, acarretando a interrupção dos impulsos nervoso, provocando assim, paralisia e morte dos nematoides.

Utilizar bananas que possuem genótipos diferentes em uma mesma área é uma forma de diminuir a densidade populacional de fitonematoides e alterar a estrutura da população. A comunidade de fitonematoides interage diferente com cada tipo de cultivar de Musa sp. (QUÉNÉHERVÉ, 2011).

Entre os vários métodos de controle o que mais deixa a desejar para bananas do subgrupo Cavendish é a falta de cultivares resistentes. A correlação obtida por resultados em câmara de crescimento indica que há possiblidade de ganho de seleção para essa característica (QUÉNÉHERVÉ, 2012).

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4.3.1. Controle biológico

Dentre as medidas de controle para pragas e doenças, o controle alternativo vem ganhando espaço. No caso do uso de agentes microbianos, fungos e bactérias com ação sobre fitonematoides tem apresentado eficiência para esse fim.

Em ensaio comparativo entre microrganismos, a bactéria Pseudomonas fluorescens levou à maior produtividade na cultura da bananeira sob exposição a nematoides em comparação com Trichoderma viride, Glomus fasciculatum, Paecilomyces lilacinus e Bacillus

subtilis. A P. fluorescens acarretou maior produtividade, inclusive, em relação ao carbofurano

que obteve melhores resultados de controle da população de nematoides (SHANTHI, 2006). Outro estudo demonstrou a eficácia de Bacillus subtilis para controle de juvenis de

Meloidogyne spp. e também para o número de ovos, o que resultou em menor formação de

galhas e reprodução da espécie. A atuação da bactéria pôde ser percebida no tomateiro que apresentou maior peso da parte aérea em relação à testemunha (ARAÚJO, 2009).

Dentre os fungos utilizados como agentes de controle biológico para nematoides, a

Pochonia chlamydosporia está entre os mais utilizados, devido à sua atividade saprofítica,

adaptação a diferentes ambientes e fácil reprodução in vitro (GUIMARÃES, 2011).

P.chlamydosporia é um fungo nematófago com comprovada capacidade de infestar ovos de

nematoides e de controle populacional efetivo (WANG 2005). Seu uso acarreta redução no número de galhas causadas por Meloidogyne javanica e a associação do fungo com fibra de coco potencializa esse efeito (DALLEMOLE-GIARETTA, 2009).

O uso de Trichoderma asperellum é justificado por seus dois modos de ação de comprava eficácia, como o hiperparasitismo já comprovado sobre fungos (TRILLAS, 2006) e a indução de resistência por proteínas liberadas por este fungo, que interferem na produção de hormônios, fotossíntese, fotorrespiração, resposta ao estresse, metabolismo de carboidratos, entre outros (SEGARRA, 2007).

Bacillus methylotrophicus é uma bactéria que, dentre outras finalidades, é utilizada no

controle de nematoides, agindo como promotor de resistência em plantas e matando diretamente os nematoides. Ambos os modos de ação ocorrem graças às excreções dessa bactéria, que regulam o metabolismo da planta, criam um ambiente anaeróbico e possuem ação nematicida ainda não explicada (ZHOU, 2016).

No caso do uso de produtos naturais para o controle alternativo de nematoides, vários extratos naturais têm apresentado potencial para esse fim, como a farinha de semente de abóbora (FSA) e de mamão (FSM).

Os efeitos de FSA e FSM podem ser explicados pela variedade de metabólitos intermediários durante sua decomposição. Esses compostos podem ter efeito nematicida ou favorecer organismos benéficos à cultura de interesse (BRIDGE, 1996).

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Os extratos aquosos de sementes de diversas plantas possuem efeito nematicida onde, vários ensaios comprovam essa ação. Alguns estudos realizados pela EMBRAPA apresentaram a eficácia de algumas plantas, entre elas, a Luetzelburgea auriculata que ocasionou 100% de mortalidade em juvenis de Meloidogyne incógnita em testes in vitro (ROCHA, 2006).

A farinha de abóbora possui ação anti-helmíntica comprovada na medicina tradicional (CAILI 2006). O fato de seu efeito acontecer no sistema digestório de animais reforça a ideia de que o efeito nematicida é realizado por um metabólito secundário.

A ação anti-helmíntica da farinha de semente de mamão, segundo KERMANSHAI (2001), é resultado, principalmente, ou somente do benzil-isotiocianato que é um subproduto dos glucosinolatos, proteína abundante nas sementes de mamão.

A incorporação de farinha de semente de abóbora controlou o nematoide das galhas em estudo realizado na Universidade de Viçosa. O tratamento acarretou diminuição do número de ovos e galhas e não houve a apresentação de fitotoxicidade (DALLEMOLE-GIARETTA, 2010).

No caso do controle de Helicotylenchus multicinctus WAWERU et al. (2014) verificaram que a inoculação Fusarium oxysporum em bananeiras gerou redução da população de H. multicinctus a partir de 9 meses após sua aplicação, além da redução de população. O estudo demonstrou maiores resultados de produtividade para a cultura, gerando, produtividade 20% maior para campo e 35% maior em área controlada.

(17)

5. MATERIAL E MÉTODOS

5.1. Localização do experimento

Os ensaios foram realizados no Sítio das Videiras, que fica a aproximadamente 13km do centro da cidade de Sinop-MT, nas coordenadas 11°42’12” S e 55°27’36” e no dia 25 de janeiro de 2017, numa área com infestação natural de nematoides (Figura 1).

Figura 1: Área de instalação de ensaio a campo, com infestação natural por nematoides. 5.2. Extração e quantificação de nematoides

Para obtenção da população inicial de nematoides foram realizadas as amostragens em torno de 15cm de profundidade, próximo ao caule e juntamente com as raízes, sendo realizadas 4 amostras simples de 100g e formando a amostra composta com 400g, na área experimental.

Diluiu-se em 600mL de água os 100cm³ de solo para destorroamento e agitação manual por 1 minuto. Passou-se a suspensão nas peneiras de 60 e 400 Mesh, onde o que ficou retido na de 400 Mesh foi colocada em tubos tipo Falcon de 50mL e centrifugadas a 1.800 rpm por 5 min. Descartou-se o sobrenadante, acrescentou-se 40mL de solução de sacarose (400g de açúcar para cada 750mL de água). Após, os tubos voltaram a serem centrifugados por mais 1min a 1.800 rpm. Passou-se novamente o sobrenadante pela peneira

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de 500 Mesh, lavou-se em água corrente para remover os resíduos de sacarose e recolhendo a suspensão ao tubo para os processos posteriores (JENKINS, 1964).

Após lavadas, cortadas e pesadas, as raízes foram trituradas no liquidificador por 30 segundos com água no nível superior do volume destas. Após esse processo, a suspensão foi passada pelas peneiras de 60 e 400 Mesh. Com uma pisseta, os nematoides retidos na peneira mais fina foram despejados em tubos tipo Falcon de 50mL, adicionou-se 1cm³ de caulim e, então, os tubos foram centrifugados por 5 minutos a 1.800 rpm. O sobrenadante foi descartado e então, adicionou-se 40mL de água. Em seguida as suspensões foram novamente centrifugadas a 1.800 rpm por 1 minuto. O sobrenadante foi retido na peneira de 500 Mesh e lavado com auxílio da pisseta com água, para remover a sacarose presente e recolhendo-se a suspensão remanescente (COOLEN E D’HERDE, 1972).

Foram realizadas a quantificação e identificação de nematoides através de avaliação morfológica em microscópio, utilizando aumento de 400x, 75 dias após a aplicação dos tratamentos, para a avaliação da população final.

5.3. Obtenção e preparo dos tratamentos

As farinhas foram obtidas de sementes de frutas provenientes de descarte de uma rede varejista local. Estas foram secas em estufa por 48h à 60°C e então trituradas em moinho de facas (DALLEMOLE-GIARETTA, 2010).

Para FSM foi utilizado 2g.kg-1 de solo e para FSA, 10g.kg-1, conforme descrito por DALLEMOLE-GIARETTA, (2010) e FREITAS, (2009).

Os demais tratamentos receberam dosagem comercial, dos produtos: carbofurano 2,5L.ha-1; T.asperellum 112g.ha-1 i.a.; B.methylotrophichus 22,5g.ha-1 i.a.; e P.chlamydosporia 700g.ha-1 i.a.

Todos tratamentos naturais e biológicos foram mantidos em geladeira até o momento de sua utilização.

5.4. Teste em condições de casa-de-vegetação

O ensaio foi realizado com tubetes de 0,293m³ contendo solo naturalmente infestado com nematoides (VALLE,1996). Utilizou-se Musa sp. cv Williams, AAA grupo Cavendish, com aproximadamente 70 dias de idade, obtidas por meio de cultura de tecidos.

O solo utilizado nos tubetes foi retirado da área em que foi realizado o experimento a campo. Parte deste e das raízes retiradas na amostragem foram separadas para avaliação inicial de nematoides. Os tratamentos foram homogeneizados manualmente em um balde e lavados após a preparação de cada tratamento (FREITAS, 2009).

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As mudas foram transplantadas para os tubetes que continham solo naturalmente infestado e os tratamentos e após, transferidas para a casa-de-vegetação com sombrite de 70% (Figura 2), sendo mantidas sob irrigação diária até a avaliação do experimento.

Figura 2: Instalação de experimento em condições de casa de vegetação.

Após 75 dias foram avaliadas a população final de nematoides, massa fresca da parte aérea e raízes, massa seca da parte aérea, altura e comprimento de raízes. Para a secagem da parte aérea, as mesmas foram colocadas em estufa 60ºC até atingirem peso constante (DALLEMOLE-GIARETTA, 2010). A biomasssa produzida foi estimada com o uso uma balança de precisão. Altura e comprimento de raízes foram avaliados com auxílio de uma trena manual.

5.5. Teste em condições de campo

Utilizando o delineamento de blocos inteiramente casualizados, dividiu-se subáreas com 16m² para cada tratamento com 4 plantas, totalizando 6 tratamentos com 4 repetições cada.

Todos os tratamentos a campo foram solubilizados em 15L de água destilada antes de sua aplicação com o uso de um regador e de forma homogênea.

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Após 75 dias foram retiradas amostras do solo e de raiz para a análise da população final de nematoides.

As análises estatísticas foram efetuadas com o auxílio do software SISVAR, versão 5.6. As médias de população em estufa foram transformadas para √x (FERREIRA, 2011). Para altura, utilizou-se o teste de Scott-Knott.

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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 6.1. Teste em condições de campo

Nos tratamentos a campo não se observou diferença significativa para nenhuma das variáveis analisadas (Tabela 1). Embora não se tenha observado diferença estatística para os tratamentos, quando se analisa FR, observa-se que FSA e TB (1,85 e 1,48, respectivamente) se comportaram como agentes pouco favoráveis ao desenvolvimento de nematoides.

Observa-se também, que os valores mais baixos, em termos de população de nematoides, tanto nas raízes, quanto no solo, ocorreram nos tratamentos envolvendo FSA e TB.

Provavelmente, se o coeficiente de variação (CV) fosse mais baixo, os resultados, para essas variáveis, seriam significativos, necessitando que esses experimentos fossem repetidos, para se confirmar essa hipótese.

Verificou-se, também, a ocorrência de uma pluviosidade de 70 mm durante a instalação de experimento, o que pode ter contribuído para a lixiviação ou escoamento superficial dos agentes de controle biológico e redução dos seus efeitos sobre os nematoides.

Tabela 1 – Efeito do controle alternativo sobre população de H.multicinctus em bananeiras a

campo.

Tratamentos Solo Raízes FR**

Testemunha 1263 a (0%)* 24,75 a (0%) 3,71 FSA 551 a (56,37%) 8,5 a (65,65%) 1,85 FSM 1072 a (15,12%) 29 a (-17,17%) 2,15 PC 1177 a (6,81%) 22,25 a (10,10%) 2,34 TB 918,25 a (27,29%) 4,75 a (80,80%) 1,48 Carbofurano 1979,5 a (-56,73%) 28,5 a (-15,15)% 2,65 CV% 92,13 142,19 -

Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. FSA (Farinha de semente de abóbora), FSM (Farinha de semente de mamão), PC (P.chlamydosporia), TB (T.asperellum + B. methylotrophichus).

**FR= (pop.final/pop.inicial), onde FR= Fator de reprodução.

*CR= ((pop.testemunha-pop.tratamento)/pop.testemunha*100), onde CR= Controle relativo. 6.2. Teste em condições de casa-de-vegetação

Para o controle de população de nematoides no solo, os tratamentos que mais se destacaram foram FSA e PC, com níveis de controle na ordem de 88,3% e 99,2%, respectivamente, em relação à testemunha (Tabela 2). Os demais tratamentos não diferiram significativamente da testemunha.

Ao se analisar o efeito dos tratamentos sobre a população de nematoides em raízes, observou-se que todos os agentes de controle testados foram eficientes em relação à testemunha, com exceção do tratamento químico como Carbofurano. Com níveis de controle na ordem de 10% a 80%.

(22)

Tabela 2 – Efeito de agentes de controle alternativo sobre a população de H. multicinctus

em plantas de banana em tubetes.

Tratamentos Solo¹ Raízes¹ FR**

Testemunha 29,05 c (0%)* 11,13 b (0%) 0,58 FSA 8,40 ab (88,3%)* 0,00 a (100%) 0,07 FSM 11,79 abc (83,2%)* 1,69 a (84,81%) 0,10 PC 1,37 a (99,2%)* 0,83 a (92,54%) 0,01 TB 25,29 bc (11,6%)* 0,00 a (100%) 0,51 Carbofurano 11,06 abc (78,7%)* 2,97 ab (73,31%) 0,12 CV% 57,14 137,88 -

¹Os dados foram transformados para (√x). Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. FSA (Farinha de semente de abóbora), FSM (Farinha de semente de mamão), PC (P.chlamydosporia), TB(T.asperellum + B.

methylotrophichus).

**FR= (pop.final/pop.inicial), onde FR= Fator de reprodução.

*CR= ((pop.testemunha-pop.tratamento)/pop.testemunha*100), onde CR= Controle relativo.

No tratamento químico (carbofurano) foi possível observar fitotoxidez, sendo o único tratamento em que as mudas apresentaram escurecimento nos bordos foliares com posterior necrose, gerado pelo extravasamento do conteúdo celular (Figura 3 e 4).

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Figura 4: Diferença no desenvolvimento das mudas de bananeira.

No tratamento com FSM as mudas apresentaram maior desenvolvimento (Figura 5).

Figura 5: Detalhe de plantas tratadas com FSM, evidenciando maior desenvolvimento (FSM à direita).

Para peso seco da parte aérea, peso fresco da raiz e peso fresco da parte aérea, FSM foi superior a todos os demais tratamentos. Carbofurano e FSM apresentaram os melhores resultados para altura, com plantas 22,5% e 22,4% mais altas, respectivamente, em relação à testemunha (Tabela 3).

Tabela 3 – Efeito de agentes de controle alternativo para nematoides sobre o

desenvolvimento de plantas de banana.

Tratamentos Altura¹ (cm) Comprimento de Raiz (cm) Peso Fresco Parte aérea (g) Pesco Fresco Raiz (g) Peso Seco Parte Aérea (g) Testemunha 14,12 a 17,32 a 5,76 a 5,01 a 0,63 a FSA 15,75 a 16,52 a 7,30 a 5,98 a 0,80 ab FSM 18,22 b 18,07 a 10,56 c 9,26 b 1,15 c PC 16,45 a 16,70 a 6,06 a 5,32 a 0,75 a TB 14,92 a 16,47 a 6,09 a 5,98 a 0,72 a Carbofurano 18,20 b 18,70 a 8,57 b 5,78 a 0,96 b CV% 11,76 12,90 11,71 20,57 9,93

Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. FSA (Farinha de semente de abóbora), FSM (Farinha de semente de mamão), PC (P.chlamydosporia), TB(T.asperellum + B. methylotrophichus).¹Foi utilizado o teste de Scott-Knot pois o teste de Tukey não foi eficiente em separar os grupos mesmo tendo sido demonstrada a diferença estatística na análise de variância.

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Apesar de Carbofurano ter apresentado fitotoxidez, este apresentou resultados superiores à PC, TB, FSA e testemunha para altura, peso fresco da parte aérea e peso fresco da raiz. Também foi superior em peso seco da parte aérea da testemunha, PC e TB. De maneira geral, para desenvolvimento vegetal, Carbofurano obteve médias inferiores apenas a FSM.

Considerando que FSM não apresentou os melhores resultados para controle de nematoides no solo, o melhor desenvolvimento das mudas pode ter sido ocasionado por promoção de resistência e pelo controle dos nematoides nas raízes, devido a essa ação. Resultados similares foram obtidos com Pseudomonas fluorescensem em ensaio realizado em bananeiras por SHANTI (2006), no qual se verificou que esta bactéria produz hormônios de crescimento que favorecem o desenvolvimento da planta. P.fluorescensem apesar de apresentar níveis de controle inferiores ao carbofurano nos primeiros 3 meses, passado este período, a bactéria se mostrou superior ao carbofurano. Para P.fluorescens a tolerância é atribuída aos reguladores de crescimentos da planta produzidos por este, entre eles, giberelinas, citocianinas e ácido indolacético (BROWN, 1974).

Embora se tenha observado a presença de produtos naturais e biológicos eficientes no controle de H.multicintus na bananeira, há necessidade de testes adicionais para se verificar o real potencial desse agentes, por meio de testes a campo, diferentes dosagens e a sua reação quando expostos a outros agentes externos, como, por exemplo, fungicidas e herbicidas.

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7. CONCLUSÕES

Nas condições desse experimento, em teste a campo, FSA, FSM, PC, TB e Carbofurano não foram eficientes em reduzir as populações de H.multicinctus.

Já em testes em casa de vegetação, FSA e PC foram eficientes em reduzir as populações de H.multicinctus no solo, na ordem de 88,3%, 99,2%.

FSM e Carbofurano proporcionaram plantas mais altas e com mais biomassa da parte aérea em mudas de bananeira em solos naturalmente infestados com H.multicintus.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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