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AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DO CAMPUS ARAPIRACA/UFAL: ESTUDO DE CASO DO BLOCO ADMINISTRATIVO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DE ARAPIRACA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

RAQUEL DE ALMEDA ROCHA

AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DO CAMPUS ARAPIRACA/UFAL:

ESTUDO DE CASO DO BLOCO ADMINISTRATIVO

ARAPIRACA - AL 2018

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RAQUEL DE ALMEIDA ROCHA

AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DO CAMPUS ARAPIRACA/UFAL:

ESTUDO DE CASO DO BLOCO ADMINISTRATIVO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Prof.º Dr. Odair Barbosa de Moraes.

ARAPIRACA – AL 2018

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À minha mãe, Berenice e aos meus filhos Lannay Leal e Gabriel Maurício, dedico este trabalho, com amor.

Agradeço-lhes a compreensão e paciência que tiveram durante essa jornada e por preencherem tão carinhosamente a minha vida.

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AGRADECIMENTOS

“Crê em ti mesmo, age e verás os resultados. Quando te esforças, a vida também se esforça para te ajudar”.

Chico Xavier

Antes de tudo, quero agradecer a Deus e a espiritualidade amiga, por ter abençoado todos os dias, por iluminar meu caminho e me dar forças para seguir sempre em frente.

Aos amigos, Maria Amélia, Ângela Aquino, Deywid Wagner, Renilson Pereira, Roseli, Ornan Felipe, meu carinho e gratidão. Vocês foram fundamentais para a conclusão deste trabalho.

Agradeço ao professor Dr. Odair Barbosa de Moraes, a oportunidade de tê-lo como orientador e amigo. Tenho muito orgulho de citá-lo como um dos responsáveis pela minha formação profissional. Agradeço pela confiança, pela amizade, pela força e paciência comigo. Você é um exemplo de simplicidade e competência. Receba minha admiração, respeito e gratidão.

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RESUMO

O ambiente de trabalho deve oferecer as condições necessárias para o desempenho de suas atividades. Além das dimensões adequadas, deve apresentar os materiais e mobiliário e layout que garantam a contribua para o desempenho das atividades e a qualidade de vida dos trabalhadores. O Campus Arapiraca/UFAL foi construído a partir de uma edificação já existente e o espaço onde funciona o bloco administrativo não foi projetado inicialmente para tal finalidade, apresentando uma série de problemas. Este trabalho faz uma análise de aspectos metodológicos e dos resultados de Avaliação Pós-Ocupação (APO), aplicada em um bloco administrativo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), campus de Arapiraca, cujas instalações e serviços atendem às demandas de todos os cursos do campus. Os resultados da APO foram divididos em avaliação técnica e avaliação dos usuários do espaço físico. Essa análise levou em conta, principalmente, os aspectos funcionais e os aspectos comportamentais. Embora buscamos inicialmente a conciliação entre o mobiliário e o espaço físico existente, por meio de layouts mais adequados, conclui-se que a principal demanda para este bloco é a ampliação do espaço físico, sem o qual as atividades não poderão ser desempenhadas de forma adequada.

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ABSTRACT

The workplace must provide adequate conditions for the tasks carried out in it. Besides the appropriate size, it must have materials, furniture and layout that can guarantee and contribute to the workers´ performance and quality of life. The UFAL Campus in Arapiraca was built from a pre-existing building and the premises where the administrative block stands was not initially designed for this purpose, therefore showing several problems. This paper analyzes the methodological aspects and the outcome of the Post Occupancy Evaluation (POE ) of the administrative block of the Federal University of Alagoas (UFAL), in Arapiraca, whose facilities and services meet the demands of all courses offered . The results of the POE were divided up as follows: technical evaluation and users` evaluation of the physical space. This analysis took mainly into account, the functional and behavioral aspects. Although initially looking for a balance between furniture and the existing physical space through more suitable layouts, the conclusion is that the main demand for this block is the expansion of its physical space, without which the activities will not be adequately performed .

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Esquema de Análise Ergonômica do Projeto do Ambiente ... 14

Figura 2- Imagem aérea da cidade de Arapiraca, localizando a Sede do Campus Arapiraca da UFAL. ... 21

Figura 3- Planta as built do setor administrativo, com layout dos ambientes analisados ... 22

Figura 4 - Tipos de cadeira: (a) fixa com estofado (b) cadeiras giratórias com estofados e apoio de braço; (c) fixa de PVC; (d) giratória com apoio de braço;(e) fixa com estofado; (f) fixa com estofado e agrupadas, ... 24

Figura 5- ( a) mesa em L; (b) mesa retangular; (c) mesa redonda... 25

Figura 6- Tipos de armários no setor administrativo. ... 25

Figura 7- maçaneta de giro ... 26

Figura 8- Infiltração e umidade ... 27

Figura 9- Espaço insuficiente para circulação e conflito de uso, arquivo impedindo de abrir pela localização de outro mobiliário, infiltração ... 28

Figura 10- Falta de espaço de circulação e fiação exposta ... 29

Figura 11- Uso inapropriado de mobiliário como mesa de café, podendo danificar e espaço insuficiente para circulação. ... 29

Figura 12- Caixa em local inapropriado por falta de espaço, circulação insuficiente e fios expostos com extensão ... 30

Figura 13 –Espaço insuficiente para a quantidade de mobiliário necessário,prejudicando a circulação. ... 31

Figura 14– Infiltração na parede interna por vazamento do ar condicionado ... 31

Figura 15- Espaço insuficiente para quantidade de mobiliário prejudicando a circulação. ... 32

Figura 16- Parede descascada causada por infiltração e fiação exposta... 33

Figura 17- Destacando material de manutenção dividindo espaço com servidor ... 33

Figura 18- Mobiliário utilizado como mesa de café. ... 34

Figura 19- Instalações elétricas insuficiente, com fiação exposta. ... 35

Figura 20- Divisória lateral em aglomerado ... 36

Figura 21- Espaço insuficiente para circulação e Instalações elétricas insuficiente, com fiação exposta ... 37

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Figura 23- Espaço insuficiente para circulação e Instalações elétricas insuficiente, com fiação exposta. Destacamos a posição do condicionador de ar na parte inferior da

parede. ... 38

Figura 24- Espaço insuficiente para circulação e Instalações elétricas insuficiente, com fiação exposta e uso de extensão. ... 39

Figura 25- Destacando espaço insuficiente para circulação. ... 40

Figura 26- Destacando conflito de uso. ... 41

Figura 27- Destacando instalações elétricas insuficiente. ... 42

Figura 28- Destacando materiais dividindo espaço com servidor. ... 43

Figura 29- Não há espaço para armazenar materiais recebidos... 43

Figura 30- Idade e sexo ... 45

Figura 31- Relação de vínculo ... 45

Figura 32- Tempo de trabalho ... 46

Figura 33- De uma forma Geral como você se sente em relação ao seu ambiente de trabalho? ... 47

Figura 34- O que você acha da disposição do mobiliário (cadeiras, mesas e armários) e se está adequado as atividades desenvolvidas? ... 47

Figura 35- Em relação ao mobiliário, qual seria a necessidade do setor? ... 48

Figura 36- A quantidade de mobiliário é suficiente? Justifique ... 48

Figura 37- Satisfação dos usuários ... 50

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

2 O AMBIENTE DE TRABALHO E A SUA QUALIDADE ... 12

2.1 Avaliação Pós-Ocupação (APO) como ferramenta de melhoria do projeto ... 14

2.2 Métodos e técnicas aplicados na APO ... 17

3 ESTUDO DE CASO BLOCO ADMINISTRATIVO DA UFAL/CAMPUS ARAPIRACA ... 21

3.1 Descrição da Área de estudo: ... 21

3.1.1 AVALIAÇÃO TÉCNICA ... 23

3.1.2 Avaliação dos usuários ... 44

4 RECOMENDAÇÕES ... 51

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 54

REFERÊNCIAS...55

APÊNDICE A – FICHA DE AVALIAÇÃO TÉCNICA...57

APÊNDICE B – CHECKLIST...59

APÊNDICE C – REGISTRO DE WALKTHROUGH...61

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1 INTRODUÇÃO

Ambientes de trabalho necessitam de qualidade ambiental para que as atividades técnico-administrativas possam ser desempenhadas com o mínimo de conforto. Essas condições incluem o chamado conforto ambiental, que envolve aspectos de ergonomia, de acústica, de ventilação, de espaço, de iluminação, de térmica, segurança entre outros. Tudo isso a fim de proporcionar ao trabalhador um ambiente agradável que, em contrapartida, gere maior produtividade e desenvolvimento.

Vários são os fatores envolvidos na satisfação dos funcionários em relação aos seus

ambientes de trabalho. Dentre eles especificamente a importância da disposição e adequação do mobiliário para que haja uma otimização, dos espaços e da circulação, tornando um ambiente mais agradável e que permita condições mínimas de desenvolver as atividades laborais de acordo com a especificidade de cada setor com tranquilidade e conforto.

Avaliar a qualidade de tais ambientes e a relação entre o comportamento humano, tem sido a preocupação de diversos profissionais de várias áreas do conhecimento. Desse modo, as pesquisas no âmbito da Avaliação Pós-Ocupação (APO), que permitem analisar a satisfação dos usuários, apresentam caráter determinante; essas pesquisas foram objetos de estudo famosos do Center for Building Performance and Diagnostics, na Carnegie Mellon University, USA.

No Brasil há estudos considerados relevantes realizados por Universidades e grupos de pesquisa, a exemplo do NUTAU-USP, Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo coordenado por Sheila Walbe Ornstein da FAU-USP; do Grupo de pesquisa LATTICE - Laboratório de Tecnologias de Investigação da Cidade da UFPE coordenado por Circe Monteiro; na UFRN, coordenado por Gleice Virginia Medeiros de Azambuja Elali temos o o Grupo de pesquisa: PROJETAR - Projeto de Arquitetura e Percepção do Ambiente; e na UFAL/Campus Arapiraca, Odair Barbosa de Moraes coordena o Grupo de Extensão e Pesquisa Qualidade do Ambiente Construído, dentre outros.

Em 2010 o Grupo de Extensão e Pesquisa Qualidade do Ambiente Construído desenvolveu um estudo intitulado Avaliação Pós-Ocupação do Campus Arapiraca/UFAL. Este estudo apresentou os pontos positivos e negativos do Campus Arapiraca incluindo recomendações de melhorias. Dentre as áreas estudadas, o setor administrativo do Campus tem sido uma das áreas mais críticas, principalmente devido a sua inadequação do espaço. Este setor foi remodelado a partir de uma construção já existente e a restrição nas suas dimensões é um

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fator determinante para a qualidade ambiental deste espaço. Passados mais de sete anos da primeira avaliação, o objetivo deste trabalho é realizar uma nova APO no bloco administrativo para propor recomendações de melhorias na referida edificação.

Para o desenvolvimento desta pesquisa, utiliza-se como inspiração as pesquisas mencionadas anteriormente, com a mesma ênfase metodológica principalmente no que se refere a avaliação dos usuários, mostrando o índice de satisfação dos usuários através de questionário e da avaliação dos especialistas utilizando o check-lists, walkthrough, registros fotográficos e medições de campo.

No capítulo 2, de referencial teórico busca-se enfatizar a importância das questões ergonômicas e de qualidade do espaço em ambientes de trabalho, como também dos métodos e técnicas aplicados a APO. Já o capítulo 3, trata do estudo de caso com resultados e recomendações de projeto

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2 O AMBIENTE DE TRABALHO E A SUA QUALIDADE

Sabe-se que, vivemos em mundo capitalista em que se visa à produção constantemente a qualquer custo, entretanto, tem-se observado um novo parâmetro entre as organizações, associando a produtividade ao conforto e à ambientação do trabalho de modo mais prazeroso e, portanto, mais produtivo.

Essa questão teve sua gênese nas primeiras décadas do século XX com Taylor que buscava estudar, por meio da Administração Científica, os benefícios da produção a partir das observações dos processos de Trabalho (ETTINGER, 1964), apud VILLAROUCO, ANDRETO, 2008, p.524). Nesse sentido, para uma empresa, de fato, entrar no mercado de forma competitiva, a mesma precisa se preocupar com o aumento de sua produção que, por sua vez, não está vinculada apenas aos aspectos capitais, mas ao ambiente no qual os funcionários produzem, buscando, assim, uma qualidade do trabalho.

Além disso, sabe-se que há um dispositivo legal que trata dessa questão, pelo menos no Brasil, que é a portaria ministerial n° 3.751, de 23/11/1990 - Ministério do Trabalho e Previdência Social que estabelece a Norma Regulamentadora NR17, tratando da Ergonomia. A norma “visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente”, (NR17, p. 02). Sendo assim, as organizações que se prezam, necessitam atender a essa norma para que seja competitiva no mercado de trabalho. Não se trata meramente de um modismo ou de uma espécie de supérfluo ou algo aparente nas organizações, mas um fator relevante para à produtividade ser atingida e consequentemente atender ás expectativas reais dos consumidores, além de terem seu quadro de pessoal, funcionários satisfeitos com o que realizam em suas atividades laborais.

Observa-se, pois, que “o ambiente age como catalisador de comportamentos que estão na mente do trabalhador, induzindo determinada ação, ou inibindo–a” (VILLAROUCO, ANDRETO, 2008, p. 526). Considerando, assim, os diversos fatores que existem no ambiente de trabalho, tais como ruído, iluminação, temperatura, umidade, radiação, esforço físico, dentre outros.

Promover um ambiente de trabalho propício àqueles que desenvolvem suas atividades laborais não é algo que não precise de investimentos consideráveis, pois adaptar instalações para o trabalho não custa poucos recursos, pelo contrário, demanda um investimento maior e o retorno de tal investimento não a curto prazo, porém a empresa, que tem visão empreendedora, encara isso como um investimento e não como um gasto desnecessário, pois está investindo na

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qualidade de vida de seus trabalhadores o que será convertido no aumento de produtividade que, por sua vez, ajudará à empresa a se projetar mais no mercado atendendo a grandes demandas, e, consequentemente, terá lucros vindouros, pois como afimam Bins Ely e Turkienicz (2005),

Os aspectos ambientais são de suma importância para a realização de atividades de forma eficaz, tornando um grande desafio projetar ambientes adequados que respondam às necessidades dos usuários e permitam a realização das atividades sem ocasionar maior esforço na realização de tarefas, insatisfação e impactos na saúde do usuário, através de doenças laborais, comprometendo o desempenho e a segurança. (BINS ELY, TURKIENICZ, 2005 apud VILLAROUCO E ANDRETO 2008, p. 525)

Sendo assim, Villarouco e Andreto (2008) apresentam um esquema dos Fatores Componentes de uma Análise Ergonômica do Projeto do Ambiente, baseado em Villarouco et al. (2005).

Verifica-se, Villarouco e Andreto (2008), no esquema da Figura 1, que os fatores que compreendem uma análise ergonômica são: conforto ambiental, percepção ambiental, medidas antropométricas e adequação de matérias. O conforto ambiental remete às questões lumínica, térmica e acústicas; a percepção ambiental relaciona-se aos aspectos cognitivos; as medidas antropométricas preocupa-se com as questões de acessibilidade e de dimensionamento e, por fim, a adequação de materiais que se refere aos revestimentos e acabamentos das instalações.

Assim, o conceito de ergonomia deve estar presente nas organizações como um item básico das estratégias corporativas (WAH, 1998 apud VILLAROUCO E ANDRETO 2008, p. 525), pois o espaço/ambiente relaciona-se diretamente com os sentidos do trabalhador, numa sintonia íntima em constante interação com o ambiente, provocando-lhe sensações que estimulam à produção de modo confortável, perceptível, acessível e adequado, tornando, assim, o trabalhador mais envolvido com aquilo que produz em suas atividades laborais.

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Figura 1- Esquema de Análise Ergonômica do Projeto do Ambiente

FONTE: Villarouco E Andreto (2008, p. 525)

2.1 Avaliação Pós-Ocupação (APO) como ferramenta de melhoria do projeto

A Avaliação Pós-Ocupação constitui-se um conjunto de métodos e técnicas aplicados ao ambiente no decorrer do uso, levando em consideração o ponto de vista do especialista e dos usuários. O objetivo é analisar o comportamento dos ambientes construídos após sua ocupação ao longo de toda a sua vida útil e a partir dessa análise propor melhorias, cujos efeitos incidem diretamente nos usuários. Essa prática tem se mostrado bastante eficiente, visto que a utilização destas técnicas consegue identificar enganos nas obras executadas e fornecer insumos para a realimentação do processo projetual, definindo-se diretrizes para novos projetos semelhantes. Desta forma, colabora na definição de programas de manutenção de curto e médio prazo em edificações, assim como na revisão e formulação de diretrizes/normas para novos projetos.

A APO visa também detectar problemas construtivos, ergonômicos, estéticos e de conforto ambiental. Utiliza ferramentas específicas, como questionários, entrevistas e observações técnicas, e a partir de uma análise dos dados obtidos propor soluções que minimizem problemas, melhorem o ambiente e proporcione maior conforto aos usuários.

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Em resumo, as metas de uma APO são: Promover a ação (ou intervenção) que propicie a melhoria da qualidade de vida daqueles que usam um dado ambiente. Produzir informação na forma de banco de dados, gerar conhecimento sistematizado sobre o ambiente e as relações ambiente – comportamento.

A APO vem sendo adotada há mais de 40 anos, na Europa, EUA e Japão quando começou-se a avaliar os resultados da arquitetura moderna de massa, especialmente no caso dos grandes conjuntos habitacionais (ZANCUL, 2007, ROMÉRO; ORNSTEIN, 2003). Nos EUA, a referência à APO e à RAC - Relação Ambiente Comportamento, data de 1967 (BRANDLI et all, 2001).

Importante mencionar que a primeira Avaliação pós ocupação ocorreu na Grã-Bretanha em edifícios de escritórios e escolas, desenvolvido pela Unidade de Pesquisa de Pilkington, Universidade de Liverpool e Unidade de Pesquisa do Desempenho de Edifícios da Universidade de Glasgow, Escócia (RABINOWITZ, 1984).

Embora seja um método utilizado em vários países desenvolvidos há mais de 40 anos, no Brasil, seu emprego teve início no final da década de 70 e foi restrito à avaliação do comportamento de empreendimentos promovidos pelo Estado de São Paulo, focalizando especialmente a avaliação de edificações, tratando predominantemente de habitações de interesse social, de edifícios institucionais como escolas e hospitais, de edifícios de escritório e de áreas livres como praças e parques (ROMERO e ORNSTEIN, 1992).

Por ser um campo de estudo novo no Brasil para as áreas de conhecimento da Arquitetura e Engenharia, esse modelo de avaliação tem despertado bastante interesse no meio acadêmico e empresarial.

Alguns grupos e Universidades no Brasil vem desenvolvendo pesquisas relacionados a APO, dentre eles pode-se citar: FAU-USP. Sheila Walbe Ornstein defende a tese “A Avaliação da Habitação Auto-Gerida no Terceiro Mundo” em 1988. NUTAU-USP. Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo (desde 1996); Grupo de pesquisa Qualidade e Desempenho no Ambiente Construído ( desde 2008); FAU-UFRGS. Maria Cristina Dias Lay com a tese “Responsive site design, user environmental perception and behaviour” e Antônio Tarcísio da Luz Reis com a tese “Mass housing design, user participation and satisfaction” em 1992 na Oxford Brookes University; Grupos de pesquisa: Percepção, análise e avaliação do espaço construído; Avaliação de desempenho e projetos de conjuntos habitacionais; UFPE - Circe Maria Gama Monteiro com a tese The experience of Place: a comparative analysis of middle class neighborhoos, public housing estates and favela in Brazil, em 1989 na University of Oxford; Grupo de pesquisa LATTICE - Laboratório de Tecnologias de Investigação da

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Cidade; UFRN - Gleice Virginia Medeiros de Azambuja Elali defende a tese “Ambientes para educação infantil: um quebra-cabeça? - contribuição metodológica na avaliação pós-ocupação de edificações e na elaboração de diretrizes para projetos arquitetônicos na área” em 1992 na FAU-USP; Grupos de pesquisa: PROJETAR - Projeto de Arquitetura e Percepção do Ambiente; Grupo de Estudos Inter-Ações Pessoa-Ambiente; UFAL/Campus Arapiraca. Odair Barbosa de Moraes, Thaisa Cesar Francis Sampaio Sarmento e Sheila Walbe Ornstein organizaram o livro “Avaliação pós-ocupação da Ufal Campus Arapiraca: uma experiência didática” em 2011, resultado do minicurso ministrado pela prof. Sheila Walbe Ornstein durante a II Semana de Arquitetura e Urbanismo em Arapiraca em 2010.

Várias pesquisas têm sido realizada, junto ao NUTAU (Núcleo de Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), como responsável Drª Sheila W. Ornstein. Pode-se citar umas de suas pesquisas mais recentes o estudo feito em Edifícios de Escritórios, com foco maior nos aspectos de comportamento dos usuários e ambiente de trabalho, que conforme Ornstein ( Téchne, n 20, p 11), apresenta-se como exceção, uma vez que, no Brasil, o enfoque das avaliações se dar principalmente no comportamento físico do edifício.

O Crescimento desta área está vinculado à compreensão de que o ambiente construído e seu processo de produção e uso, não são simples expressões físicas ou artefatos, mas são resultados de uma análise e por isso devem expressar e interpretar a reação dos usuários, de diversas maneiras, de acordo com as necessidades humanas, o modos de pensar, as atitudes, os valores, as imagens, os domínios, impregnados na sua própria cultura. (ORNSTEIN, BRUNA, ROMÉRO, 1995, P. 25).

O trabalho realizado por Sheila Ornstein, Cláudia Andrade e Brenda Leite, em Espaços de Escritórios de Edifício de Alta tecnologia em São Paulo, teve por objetivo avaliar edifícios inteligentes que permitem um acúmulo de informações técnicas e comportamentais a partir de situações que deram certo. Trata-se de uma pesquisa APO, aos usuários dos vários layouts, que inovou em um momento histórico de poucos trabalhos e pouca discussão sobre o tema. Os aspectos de alta tecnologia referem-se ao que há de mais moderno em termos de infraestrutura arquitetônica, capazes de gerenciar e promover uma melhor qualidade de conforto, eficiência e segurança nesses ambientes.

O estudo da Sheila Ornstein, Cláudia Andrade e Brenda Leite contou, basicamente, com duas etapas: (a) os procedimentos para avaliação, dotados de questionários específicos visando aferir a satisfação do usuário, metodologia que será abordado mais adiante e; (b) o diagnóstico

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que compreende a análise do projeto e de sua execução com as devidas críticas e sugestões de melhoramento.

Nos procedimentos de avaliação, a primeira etapa foi de observações. Foi feita a leitura dos projetos originais dos espaços físicos e também observações dos comportamentos individuais e dos ambientes em seus layouts. Na segunda etapa teve-se as chamadas percepções, isto é, buscou-se as opiniões das pessoas que utilizam esses espaços. Tais opiniões foram obtidas por meio de uma entrevista entre as pessoas-chave dos setores específicos. Também fez-se uma aplicação de questionários aos funcionários em geral para uma visão mais abrangente. Por fim, na terceira etapa foram feitas medições das reais condições de conforto como dimensionamentos, temperatura média, umidade do ar, iluminação, ruído etc. Também foram feitas medidas de desempenho funcional.

No diagnóstico, foram feitas tanto considerações particulares a cada setor como considerações ao edifício como um todo. A avaliação de satisfação dos trabalhadores quanto ao método e questões empregadas para retratar a realidade situacional foi o principal objeto nessa análise, posto que no trabalho a seguir pretende-se trilhar por ideia similar.

As sugestões para a totalidade do ambiente dizem respeito a aspectos que permite-se verificar e corrigir questões típicas da construção, tais como fluxos, circulação, opções para emergência, embarque e desembarque etc. Também, no que se refere ao ambiente de trabalho, há considerações a fazer sobre densidade nos ambientes, reconfigurações que separem o atendente do atendido, privacidade de trabalho, etc. Outro fator é a análise de satisfação com relação ao conforto acústico, elemento diretamente relacionado ao bom desempenho profissional. Finalmente, também se investiga a questão do conforto visual, visando otimizar as ocupações com eficiência luminosa. Isso envolve situações como evitar reflexos em monitores, uso correto de persianas e aproveitamento solar, maximização dos efeitos de iluminação artificial em ambientes com janelas etc.

Desse modo, várias contribuições estão sendo dada no âmbito da Avaliação pós-ocupação. Sendo particularmente relevante para o desenvolvimento deste trabalho pois serviu de referência na busca, através dos métodos e técnicas aplicado ao ambiente, estudar uma proposta de layout que possibilite um melhor desempenho físico do objeto de estudo, qualidade de vida e bem-estar no ambiente de trabalho.

2.2 Métodos e técnicas aplicados na APO

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empregadas na APO, assim, com múltiplas possibilidades de aplicação pode-se conferir a avaliação um caráter interdisciplinar. Por estar muito próximo dos estudos de Relações Pessoa-Ambiente (RPA), vários métodos e técnicas dessa área são constantemente utilizados para analisar questões associadas ao uso e a percepção ambiental, de modo relacionados aos métodos e técnicas próprias da arquitetura, que procuram analisar questões funcionais e físicas do ambiente construído.

Métodos e técnicas via de regra são aplicados por pesquisadores com diferentes níveis educacionais, contactando os usuários do ambiente construído, basicamente pessoas de diferentes classes sociais e grupos de idade. Assim, já na compreensão dos próprios objetivos da pesquisa poderão existir distorções consideráveis, se o pesquisador for um profissional especializado ou se for leigo no assunto. (ORNSTEIN, BRUNA, ROMÉRO, 1995, P. 60).

Define-se os métodos de pesquisa como um conjunto de definições e processos organizados de forma sistemática para estudar um determinado fenômeno; e as técnicas como procedimentos realizados para execução do método. Gunther Elali e Pinheiro (2008).

Por apresentar uma grande variedade de métodos e técnicas de pesquisa, os estudos de APO caracterizam-se, ao mesmo tempo, como um ponto negativo e positivo da abordagem; uma vez que, possibilita uma avaliação com diversas maneiras de olhar o mesmo objeto, à medida que diverge também em maior dificuldade de reprodução dos estudos e maior domínio metodológico do pesquisador.

Por exemplo, em estudos de avaliação pós-ocupação, adotando-se métodos de observação (direta ou indireta, com ou sem obstruções), pode-se utilizar, para tanto, técnicas de registro como os mapas comportamentais, o vídeo-teipe, a fotografia, os croquis, os diários, entre outros, ou seja, método e técnicas são conceitos distintos, embora muitas vezes sejam empregados como se fossem sinônimos, sobretudo pelos pesquisadores em arquitetura e urbanismo. (ORNSTEIN, BRUNA, ROMÉRO, 1995, p.13)

Quanto ao uso dos métodos/técnicas, utilizados para avaliação de ambiente construído, alguns demandam mais atenção, no que se refere aos aspectos técnicos e funcionais da arquitetura, enquanto outros apresentam mais detalhadamente os aspectos comportamentais e de percepção ambiental. A escolha dos métodos/técnicas mais indicados para um estudo específico varia de acordo com os interesses da pesquisa e do pesquisador, como também os objetivos, e com o potencial de aplicabilidade destes ao contexto da edificação e dos usuários.

No entanto, reproduzi-los não é o bastante. É preciso ajusta-los para uma aplicação mais eficaz e específica do objeto avaliado, ao passo que sejam mostrados com clareza os aspectos positivos do lugar, os negativos e se pondere as particularidades e relações existentes entre

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usuário e ambiente. (PREISER, RABINOWITZ, WHITE, 1988; PREISER, 1989; BECHTEL, 1997).

Segundo Sommer e Sommer (2002), cada técnica para coleta de dados apresenta suas deficiências. Por exemplo, os experimentos que são limitados pela artificialidade; a observação por não apresentar credibilidade; as entrevistas que podem apresentar um direcionamento dado pelo entrevistador entre outros. Sendo assim, não existe uma técnica ideal para investigação nas ciências do comportamento e o pesquisador não precisa se preocupar usar o melhor e único método.

Ainda de acordo com os mesmos autores, o objetivo do pesquisador é perceber que a adoção de métodos e técnicas diferentes de pesquisa proporciona uma verificação mais complexa e diversificada do problema. O uso de variados métodos diminui as limitações de cada um quando empregado individualmente.

Voordt e Wegen (2013), corroboram que todos os métodos apresentam vantagens e desvantagens e que a profundidade e extensão da pesquisa depende da metodologia escolhida, e que não podem ser desconsiderados fatores limitantes como dinheiro, tempo e especialização. A APO define-se, portanto pela utilização de três ou mais métodos de pesquisa que podem variar dependendo do ambiente e dos objetivos escolhidos pelo pesquisador, estratégia que a literatura denomina perspectiva multimétodos ou triangulação metodológica (GUNTHER, ELALI, PINHEIRO, 2011; SOMMER, SOMMER, 2002; RHEINGANTZ et al, 2009; ORNSTEIN, BRUNA, ROMÉRO, 1995, entre outros). Como também, contrárias das avaliações de desempenho desenvolvidas em laboratórios, observar o atendimento das necessidades, o nível de aceitação dos usuários e as suas relações com o ambiente construído são entendidos como essenciais para a avaliação (ROMÉRO, ORNSTEIN, 2003).

No entanto, dentre os diferentes métodos/técnicas de APO disponíveis, é importante considerar os que se relacionam à aspectos físicos, funcionais e comportamentais. Podendo ser divido em dois grupos, os de avaliação técnica, onde encontramos: Walkthought, avaliação técnico-funcional, mapeamento comportamental, mapeamento visual, análise de vestígios comportamentais e análise de behavior settings. E o grupo que se refere à analise perceptiva, aí encontramos: questionários, poema dos desejos, entrevistas, grupos focais, mapa mental, seleção visual. Finalizando, com a junção dos resultados obtidos à matriz de descoberta e ao quadro de recomendações.

A definição de cada método e técnica mencionado neste trabalho pode ser encontrado na literatura descrita. (ORNSTEIN, BRUNA, ROMERO, 1995). É importante adotar segundo Bechtel et al (1987), no mínimo três métodos combinados, para coleta de dados e informações,

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assegurando uma boa APO.

A etapa mais importante da APO é o diagnóstico, devendo ser dimensionado cuidadosamente. É a partir dele que serão extraídas as recomendações a curto, médio e longos prazos. Vários elementos podem ser obtidos deste diagnóstico. Estes elementos podem ser recomendações construtivas, funcionais, comportamentais ou ainda que orientem a flexibilização dos espaços, dentre outros.

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3 ESTUDO DE CASO BLOCO ADMINISTRATIVO DA UFAL/CAMPUS

ARAPIRACA

3.1 Descrição da Área de estudo:

O Campus de Arapiraca foi criado pela resolução nº 20 do Conselho Universitário - CONSUNI, de 01 de agosto de 2005. Em 2004, a Prefeitura de Arapiraca promulgou a Lei nº 2.372 de 29/12/2004, doando para a Universidade Federal de Alagoas um terreno que abrigava as instalações da antiga Escola Técnica Agrícola. Tratava-se de uma escola-fazenda que estava desativada, situada na comunidade de Sementeira, localizado à Rodovia AL 115 – Km 6,5, bairro Bom Sucesso. Em 2006, mais precisamente em 15 de setembro foi inaugurado (Figura 2)

Figura 2- Imagem aérea da cidade de Arapiraca, localizando a Sede do Campus Arapiraca da UFAL.

Fonte: adaptado do Google Earth.

Para definir à amostra representativa para o estudo, inicialmente foi feita uma reflexão referente a prazos a serem cumpridos e disponibilidade de tempo. Ficou decidido que a pesquisa seria voltada apenas ao Bloco administrativo do Campus Arapiraca, com foco na flexibilidade espacial e com isso promover a qualidade ao trabalho.

O bloco possui dois acessos: o principal decorrente da ligação com a área de convivência; e outro acesso de serviço direto à copa na lateral. A circulação interna se dá por meio de um corredor estreito que direciona a todos os outros ambientes.

As fachadas possuem textura branca nas alvenarias e cor preta nas esquadrias metálicas, a coberta é formada por telhas de fibrocimento, o teto é lajeado e o piso é cerâmico.

(23)

22

A estrutura física do bloco administrativo é composta pelos ambientes: Coordenadoria de recursos humanos – CORH, Secretária executiva do Programa de Agricultura e Ambiente - PPGAA, Direção geral, Subsistência Integrada de Atenção à Saúde do servidor – SIASS, Coordenadoria de Infraestrutura e Setor de Conservação e Manutenção / COINFRA , Projeto e acompanhamento de obras, Coordenadoria de Extensão e Cultura, Coordenadoria de Pesquisa e Pós Graduação, Segurança Patrimonial, Setor de Compras/COPLAN, Coordenadoria de Planejamento e Avaliação –COPLAN, Comissão Permanente de Compras Específicas - COPLAN, Almoxarifado e Patrimônio / COINFRA, Copa, Banheiros. Possui uma área construída de, aproximadamente, 303,59 m², e abriga 27 servidores e 03 terceirizados,

expediente com inícios às 07h30min horas e término às 17h00min horas, com exceção a equipe

de segurança patrimonial por ser 24h/dia.

Figura 3- Planta as built do setor administrativo, com layout dos ambientes analisados

(24)

23

3.1.1 AVALIAÇÃO TÉCNICA

Foram realizadas visitas exploratórias, com o máximo de intenção em obter o maior número de informações possíveis, tanto técnica como sobre a percepção do usuário em relação ao seu ambiente de trabalho. À área administrativa foi percorrida em toda sua extensão e tivemos acompanhamento do pessoal técnico responsável na pessoa do Engenheiro Civil da Instituição. Nesta oportunidade, definimos também aspectos relevantes para documentação fotográfica que será apresentada posteriormente.

3.1.1.1 Walkthrough

A seguir são apresentados os resultados do walkthrough como parte da avaliação técnica. O registro fotográfico apresentou valiosa contribuição para o entendimento dos principais problemas detectados. Os itens de avaliação serão apresentados por tema e o objetivo é ter uma visão global dos espaços de trabalho do referido bloco.

Circulação nos ambientes

Os ambientes apresentam áreas insuficientes para circulação e realização das atividades laborais. Não existe espaço interno para se desenvolver as atividades com tranquilidade o que interfere na realização das tarefas desempenhadas pelos servidores. Todas as salas apresentam

problemas referentes a espaços insuficientes para circulação. O SIASS, por exemplo apresenta

grande dificuldade de locomoção entre os próprios servidores que trabalham no local, visto que o ambiente é insuficiente para abrigar a grande quantidade de mobiliário exigido para as atividades. Outro ambiente que merece destaque é o Almoxarifado, os servidores dividem espaço com caixas e outros materiais. A circulação é comprometida em quase todos os ambientes, como verificado ao longo do trabalho.

(25)

24

Em relação ao mobiliário pôde ser observado que, de maneira geral, os móveis estão em boas condições de uso, havendo algumas exceções. A maior parte de cadeiras é do modelo fixa com assento estofado, havendo também os padrões giratória estofada e as fixa de PVC.

Figura 4 - Tipos de cadeira: (a) fixa com estofado (b) cadeiras giratórias com estofados e apoio de braço; (c) fixa de PVC; (d) giratória com apoio de braço;(e) fixa com estofado; (f) fixa com estofado e agrupadas,

(a) b c

d e f

Fonte: acervo do autor, 2018.

As mesas são compostas por apenas três modelos: em L com dimensões de (1,60 x 1,40 x 0,60), retangular (1,00 x 0,60) e circular com diâmetro de 1,20m, conforme imagem abaixo. Algumas apresentam desgaste devido ao tempo de uso.

(26)

25

Figura 5- ( a) mesa em L; (b) mesa retangular; (c) mesa redonda

(a) (b) (c)

Fonte: acervo do autor, 2018.

Quatro modelos de armários compõem o setor administrativo: arquivos com gavetas de correr, com portas de giro, estantes e prateleiras, alguns apresentam desgaste em decorrência do tempo e da inadequação ao ambiente, a exemplo de um armário de escritório usado para atender necessidades da copa.

Figura 6- Tipos de armários no setor administrativo.

Fonte: acervo do autor, 2018

Acessibilidade

O bloco administrativo não está de acordo a norma NBR 9050, pois apresenta vários problemas em relação à acessibilidade: ausência de piso de alerta tátil; corredor estreitos com 1,00m, quando a largura mínima para a movimentação da cadeira de rodas é de 1,20m; portas

(27)

26

estreitas com 0,80m de largura, onde é necessário pelo menos 0,90m. Portas com maçanetas de giro que não são consideradas acessíveis; mobiliário inacessível, pois possui uma altura visivelmente elevada dos armários e espaço insuficiente para circulação.

Figura 7- maçaneta de giro

Fonte: acervo do autor, 2018.

Conforto Ambiental

Todas as salas possuem condicionamento de ar, a iluminação natural e artificial é de boa qualidade, exceto em alguns ambientes que no período vespertino o sol atrapalha as atividades. Esse problema foi contornado através de cortinas e adesivos nas janelas. A acústica não é adequada, salas com divisórias em madeira aglomerada.

Sistema Construtivo

O sistema construtivo, observou-se que este é composto por alvenaria revestida em textura branca, que se caracteriza adequada. Algumas paredes apresentaram algum tipo de patologia como umidade e fissuras. O piso possui revestimento cerâmico e não foram detectados problemas.

(28)

27

Figura 8- Infiltração e umidade

Fonte: acervo do autor, 2018.

3.1.1.2 Ficha Ambiente

Para registrar o desempenho físico é utilizada uma ficha ambiente que contém o nome do ambiente, o número de ocupantes, a área útil interna, a natureza das atividades desenvolvidas no ambiente, espaços para comentários e observações, croquis com a identificação de eventuais problemas e aspectos positivos, e fotos.

As fichas foram elaboradas a partir do walkthrough, registro fotográfico e checklists para cada espaço do bloco administrativo. Os resultados são descritos a seguir e comentados nas próprias fichas.

(29)

28

Ficha ambiente: Sala de Recursos Humanos Dados Técnicos

A sala de Recursos Humanos possui uma área de 24.12 m², com pé direito de 2.78m, piso em cerâmica, na cor branca, laje branca, parede pintada na cor branca. A atividade principal desenvolvida é atendimento à servidores no que se refere a vida funcional e gestão de pessoas. Apesar da sala ser destinada ao Recursos humanos, o espaço é divido com a Secretaria de Pós graduação em Agricultura e Ambiente - e com a Secretaria do Conselho do Campus.

Os principais problemas detectados foram:  Espaço insuficiente para circulação e

mobiliário;  Conflito de uso;

 Infiltração;

 Instalações elétricas expostas.

Ocupantes

Nº de servidores: 4

Croqui/Layout/Fotografia

F

Figura 9- Espaço insuficiente para circulação e conflito de uso, arquivo impedindo de abrir pela localização de outro mobiliário, infiltração

Fonte: acervo do autor, 2018.

1-Mobiliário está impedindo a abertura de arquivo, gerando conflito de uso; Circulação insuficiente; Infiltração.

2-Espaço insuficiente para circulação; Instalações elétricas com fiação exposta.

3- Espaço insuficiente para circulação; Uso inapropriado de mobiliário. .

1

(30)

29

Figura 10- Falta de espaço de circulação e fiação exposta

Fonte: acervo do autor, 2018.

Figura 11- Uso inapropriado de mobiliário como mesa de café, podendo danificar e espaço insuficiente para circulação.

(31)

30

1-Caixas expostas na sala de espera ;

2-Espaço insuficiente para circulação e mobiliário; fio exposto necessitando de extensão.

3-Sala da médica perita sem tratamento acústico; circulação insuficiente; ambiente com infiltração .

1

3

2

Ficha ambiente: SIASS Dados Técnicos:

A sala Subsistência Integrada de Atenção à Saúde do Servidor, possui uma área de 23.99 m², com pé direito de 2.78m, piso em cerâmica, na cor branca, laje branca, parede pintada na cor branca. A atividade principal desenvolvida é perícia oficial em saúde à servidor e estudante e promoção e acompanhamento da saúde.

Os principais problemas detectados foram:  Espaço insuficiente para circulação e

mobiliário;

 Sala da perícia médica sem nenhum tipo de tratamento acústico e divisória leve.

Causando desconforto a quem é atendido e à servidores que trabalham no local.

 Infiltração;

 Fiação aparente- instalações elétricas insuficientes, fazendo uso assim de extensões.

Ocupantes

Nº de servidores: 5

Croqui/Layout/Fotografia

Figura 12- Caixa em local inapropriado por falta de espaço, circulação insuficiente e fios expostos com extensão

(32)

31

Figura 13 – Espaço insuficiente para a quantidade de mobiliário necessário, prejudicando a circulação.

Fonte: acervo do autor, 2018.

Figura 14– Infiltração na parede interna por vazamento do ar condicionado

(33)

32

Ficha ambiente: Coordenadoria de Infraestrutura/ COINFRA Dados Técnicos:

A sala da Coordenadoria de Infraestrutura e setor de conservação e manutenção, possui uma área de 17.95 m², com pé direito de 2.78m, piso em cerâmica, na cor branca, laje branca, parede pintada na cor branca. A atividade principal desenvolvida é .

Manutenção predial preventiva e corretiva e fiscalização de contratos de serviços terceirizados.

Os principais problemas detectados foram:  Espaço insuficiente para circulação,

mobiliário, materiais e usuários;  O mesmo espaço de trabalho é o de

armazenamento de matéria de manutenção.

 Fiação aparente- instalações elétricas insuficientes.  Paredes com infiltração. Ocupantes

Nº de servidores: 5

Croqui/Layout/Fotografia

Figura 15- Espaço insuficiente para quantidade de mobiliário prejudicando a circulação.

Fonte: acervo do autor, 2018.

1-Espaço insuficiente para circulação, cadeira e mesa redonda obstruindo o espaço ( Fig. 9); 2-Parede com infiltração e instalações elétricas insuficientes, com fios expostos ( Fig.10 );

3-Não há salas para armazenar materiais e equipamentos de manutenção ( Fig.11 ) .

2 3 1

(34)

33

Figura 16- Parede descascada causada por infiltração e fiação exposta.

Fonte: acervo do autor, 2018.

Figura 17- Destacando material de manutenção dividindo espaço com servidor

(35)

34

Ficha ambiente: Direção Geral Dados Técnicos:

A sala da Direção Geral, possui uma área de 17.96 m², com pé direito de 2.78m, piso em cerâmica, na cor branca, laje branca, parede pintada na cor branca. As atividades desenvolvias são relacionadas a Administração Geral do Campus Arapiraca. A sala também é ocupada pela Nutricionista do Restaurante Universitário.

Os principais problemas detectados foram:  Circulação insuficiente entre a mesa

redonda e a mesa de formato em” L”.  Espaço insuficiente para arquivo

.

 . Insolação no período da tarde.  Não há espaço reservado para

reuniões.

 Uso inadequado de mobiliário, podendo danificar.

Ocupantes

Nº de servidores: 2

Croqui/Layout/Fotografia

Figura 18- Mobiliário utilizado como mesa de café.

Fonte: acervo do autor, 2018.

1-Espaço insuficiente para circulação; mobiliário utilizado como mesa de café. ( Fig 12)

1 1

(36)

35

Ficha ambiente: Projeto e Acompanhamento de Obras Dados Técnicos:

A sala da Projeto e Acompanhamento de Obras, possui uma área de 9.19 m², com pé direito de 2.78m, piso em cerâmica, na cor branca, laje branca, parede pintada na cor branca, parede lateral em divisória de placas de madeira em aglomerado. A principal atividade desenvolvida é serviços de engenharia.

Os principais problemas detectados foram:  Espaço insuficiente para arquivo;  Divisória lateral em aglomerado

dificultando o isolamento acústico; Ocupantes

Nº de servidores: 1

Croqui/Layout/Fotografia

Figura 19- Instalações elétricas insuficiente, com fiação exposta.

Fonte: acervo do autor, 2018.

1-Espaço insuficiente para arquivo; instalações elétricas com fios expostos. (Fig. 13); 2-Divisória lateral em aglomerado dificultando o isolamento acústico ( Fig 14). 1

(37)

36

Figura 20- Divisória lateral em aglomerado.

Fonte: acervo do autor, 2018.

Ficha ambiente: Coordenadoria de Extensão e Cultura Dados Técnicos:

A sala da Coordenadoria de Extensão e Cultura, possui uma área de 9.19 m², com pé direito de 2.78m, piso em cerâmica, na cor branca, laje branca, parede pintada na cor branca, parede lateral em divisória de placas de madeira em aglomerado. A principal atividade desenvolvida é coordenar atividades de extensão.

Os principais problemas detectados foram:  Espaço insuficiente para circulação  Divisória lateral em aglomerado

dificultando o isolamento acústico; Ocupantes

Nº de servidores: 1

Croqui/Layout/Fotografia

1-Espaço insuficiente para

circulação (Fig. 15); 2-Instalações elétricas

insuficientes, com fiação exposta. (Fig 15).

3-Problema de isolamento acústico devido a parede lateral em divisória de placas de madeira em aglomerado (Fig 16).

4-Mobiliário danificado ( Fig 16) 1

(38)

37

Figura 21- Espaço insuficiente para circulação e Instalações elétricas insuficiente, com fiação exposta

Fonte: acervo do autor, 2018.

Figura 22- Divisórias em aglomerado.

(39)

38

Ficha ambiente: Segurança patrimonial Dados Técnicos:

A sala da Segurança Patrimonial, possui uma área de 9.18 m², com pé direito de 2.78m, piso em cerâmica, na cor branca, laje branca, parede pintada na cor branca, parede lateral em divisória de placas de madeira em aglomerado. A principal atividade é monitoramento de câmeras e segurança patrimonial.

Os principais problemas detectados foram:  Espaço insuficiente para circulação;  Instalações elétricas insuficientes, com

fiação exposta;

 Condicionador de ar na parte inferior da parede prejudicando a circulação do ar;

Ocupantes

Nº de servidores: 2

Croqui/Layout/Fotografia

Figura 23- Espaço insuficiente para circulação e Instalações elétricas insuficiente, com fiação exposta. Destacamos a posição do condicionador de ar na parte inferior da parede.

Fonte: acervo do autor, 2018.

1-Localização do condicionador de ar na parte inferior da parede e com obstrução em sua frente (Fig 17). 2-Instalações elétricas insuficientes, com fiação exposta (Fig. 17). 3-Circulação insuficiente. ( Fig 17) 1

(40)

39

Ficha ambiente: Setor de compras/COPLAN Dados Técnicos:

A sala do Setor de compras/COPLAN, possui uma área de 8.79 m², com pé direito de 2.78m, piso em cerâmica, na cor branca, forro em laje branca, parede pintada na cor branca. A principal atividade é voltada ao processo de aquisição de matérias através do sistema de licitação “Pregão”.

Os principais problemas detectados foram:  Espaço insuficiente para circulação

Ocupantes

Nº de servidores: 2

Croqui/Layout/Fotografia

Figura 24- Espaço insuficiente para circulação e Instalações elétricas insuficiente, com fiação exposta e uso de extensão.

Fonte: acervo do autor, 2018.

1-Espaço físico insuficiente para arquivo, mobiliário e usuário, prejudicando a circulação (Fig 18). Instalações elétricas insuficientes, com fiação exposta, passando pelo meio da sala podendo causar acidentes (Fig. 18).

(41)

40

Ficha ambiente: Coordenadoria de Planejamento e Avaliação/COPLAN Dados Técnicos:

A sala do Setor de compras/COPLAN, possui uma área de 8.80 m², com pé direito de 2.78m, piso em cerâmica, na cor branca, laje branca, parede pintada na cor branca. A principal atividade é Planejamento e execução orçamentaria.

Os principais problemas detectados foram:  Espaço insuficiente para circulação  Espaço insuficiente para mobiliário Ocupantes

Nº de servidores: 2

Croqui/Layout/Fotografia

Figura 25- Destacando espaço insuficiente para circulação.

Fonte: acervo do autor, 2018.

1- Circulação insuficiente; excesso de mobiliário para o espaço físico. (Fig 19)

(42)

41

Ficha ambiente: Comissão permanente de compras especificas/COPLAN Dados Técnicos:

A sala da Comissão permanente de compras especificas, possui uma área de 8.77 m², com pé direito de 2.78m, piso em cerâmica, na cor branca, laje branca, parede pintada na cor branca. As atividades desenvolvias são relacionadas a processos de licitações e compras de equipamentos específicos

Os principais problemas detectados foram:

 .;Instalações elétricas insuficientes, com fiação exposta;

 Conflito de uso, mobiliário em local inadequado e prancha sendo utilizada para mesa de café..

Ocupantes

Nº de servidores: 2

Croqui/Layout/Fotografia

Figura 26- Destacando conflito de uso.

Fonte: acervo do autor, 2018.

1- Conflito de uso, prancha utilizada para armazenar mantimentos de lanche (Fig 20).

Instalações elétricas

insuficientes, com fiação exposta ( Fig 21 )

(43)

42

Figura 27- Destacando instalações elétricas insuficiente.

Fonte: acervo do autor, 2018.

Ficha ambiente: Almoxarifado e patrimônio / COINFRA Dados Técnicos:

A sala da Coordenadoria de Infraestrutura e setor de conservação e manutenção, possui uma área de 18.09 m², com pé direito de 2.78m, piso em cerâmica, na cor branca, laje branca, parede pintada na cor branca. A atividade principal desenvolvida é recebimento e expedição de materiais

Os principais problemas detectados foram:  Espaço insuficiente para circulação,

mobiliário, materiais e usuários;  O mesmo espaço de trabalho é o de

armazenamento de matéria de expedição.

 Fiação aparente- instalações elétricas insuficientes.

Ocupantes

Nº de servidores: 2

Croqui/Layout/Fotografia

1-Espaço insuficiente para circulação, materiais obstruindo o espaço ( Fig. 22);

2--Não há salas para armazenar materiais e equipamentos de manutenção ( Fig.23 ) .

1

(44)

43

Figura 28- Destacando materiais dividindo espaço com servidor.

Fonte: acervo do autor, 2018.

Figura 29- Não há espaço para armazenar materiais recebidos.

(45)

44

3.1.2 Avaliação dos usuários

O questionário foi organizado em questões abertas e fechadas, compreendendo 16 questões. As perguntas abertas classificam as respostas de forma qualitativa e as perguntas fechadas com respostas representadas por valores tais como: ótimo (1), bom (2), regular (3) e ruim (4), representam classificação quantitativa.

A análise da percepção do usuário é muito importante em algumas situações, pois a coleta de impressões fornecidas pode significar mais do que a quantificação das respostas, para caracterizar o ambiente e as aspirações das pessoas que o utilizam (CERQUEIRA, 2001). A aplicação foi realizada entre os dias 27 e 28 de março, no período da manhã e tarde. Dos 27 questionários aplicados e 25 devolvidos, obtivemos dados sobre todos os setores Administrativos, exceto a Coordenadoria de Extensão e Cultura e Coordenadoria de Pesquisa e Pós -. Graduação, que estava fechado na ocasião. A quantidade de questionários devolvidos por setor de trabalho foram: 03 da Coordenadoria de Recursos Humanos – CORH, 01 da Secretária executiva do Programa de Agricultura e Ambiente – PPGAA; 01 da Direção Geral; 05 Subsistência Integrada de Atenção à Saúde do Servidor – SIASS; 06 Coordenadoria de Infraestrutura e Setor de Conservação e Manutenção / COINFRA; 01 de Projeto e Acompanhamento de Obras; 2 Almoxarifado e Patrimônio / COINFRA; 01 Segurança Patrimonial; 2 Setor de Compras/COPLAN; 2 da Coordenadoria de Planejamento e Avaliação –COPLAN;1 Comissão Permanente de Compras Específicas - COPLAN.

3.1.2.1 Caracterização dos usuários

Os resultados do questionário mostram que 60% dos entrevistados tem idade mais de 30 até 40 anos, 20% tem mais de 40 até 50 anos, 12% mais 50 anos, e somente 8% tem mais de 20 até 30 anos. Em relação ao sexo, 56% dos entrevistados são do sexo masculino. Pode-se dizer que a maioria dos servidores entrevistados tem entre 30 e 40 anos de idade e é do sexo masculino.

(46)

45

Figura 30- Idade e sexo

Fonte: próprio autor, 2018.

Em relação ao tempo de trabalho na Universidade, 44% trabalham na UFAL a mais de 8 anos, 24% trabalham a mais de 3 até 05 anos, 16% estão na universidade há mais de 5 até 8 anos, 12% mais de 1 até 3 anos e somente 4% estão trabalhando há menos de 1 ano. Tendo como resultado que a maioria dos servidores da área administrativa já estão na Universidade há mais de 8 anos, como se verifica no gráfico abaixo.

Figura 31- Relação de vínculo

(47)

46

Figura 32- Tempo de trabalho

Fonte: próprio autor, 2018.

A quantidade de Servidor por setor de trabalho que responderam o questionário foram: 03 da Coordenadoria de Recursos Humanos – CORH, 01 da Secretária executiva do Programa de Agricultura e Ambiente – PPGAA; 01 da Direção Geral; 05 Subsistência Integrada de Atenção à Saúde do Servidor – SIASS; 06 Coordenadoria de Infraestrutura e Setor de Conservação e Manutenção / COINFRA; 01 de Projeto e Acompanhamento de Obras; 2 Almoxarifado e Patrimônio / COINFRA; 01 Segurança Patrimonial; 2 Setor de Compras/COPLAN; 2 da Coordenadoria de Planejamento e Avaliação –COPLAN;1 Comissão Permanente de Compras Específicas - COPLAN.

No que se refere ao tempo no setor de trabalho, 44% trabalham na UFAL a mais de 8 anos, 24% trabalham a mais de 3 até 5 anos, 16% estão na universidade há mais de 5 até 8 anos, 12%mais de 1 até 3 anos e somente 4% estão trabalhando há menos de 1 ano. Tendo como resultado que a maioria dos servidores da área administrativa já estão na Universidade há mais de 8 anos, como se verifica no gráfico abaixo.

As atividades relatadas foram administrativas: atendimento à servidores através de informações, abertura e acompanhamento de processos, perícia médica, planejamento e execução de orçamento, manutenção e conservação predial e almoxarifado e patrimônio.

(48)

47

3.1.2.2 Mobiliário

As questões abertas foram analisadas por meio da nuvem de palavras ou pela categorização das respostas quando havia uma certa predominância.

Quando questionados sobre como se sentiam no ambiente de trabalho, a maioria dos respondentes afirmou que se sentiam confortáveis, no entanto as questões que seguiram demonstraram que eles estão conscientes dos problemas dos ambientes, o que implica dizer que as relações de afeto e satisfação ainda superam as inadequações do espaço quanto a avaliação dos usuários.

Figura 33- De uma forma Geral como você se sente em relação ao seu ambiente de trabalho?

Fonte: próprio autor, 2018.

Figura 34- O que você acha da disposição do mobiliário (cadeiras, mesas e armários) e se está adequado as atividades desenvolvidas?

(49)

48

Figura 35- Em relação ao mobiliário, qual seria a necessidade do setor?

Fonte: próprio autor, 2018.

Figura 36- A quantidade de mobiliário é suficiente? Justifique

Fonte: próprio autor, 2018.

Cabe destacar que em relação ao mobiliário, não foi relatado a necessidade, na maioria dos casos de algum tipo específico para desenvolver as atividades.

3.1.2.3 Localização

Quanto a localização dos setores, foram identificadas particularidades que reafirmam a localização de determinadas atividades naquele bloco.

(50)

49

3.1.2.4 Adequação

Os respondentes afirmaram em sua maioria que consideram o espaço do seu ambiente insuficiente com relação à atividade que exerce e quanto à acessibilidade consideram que um deficiente não consegue desenvolver suas atividades sem restrições.

Na opinião dos respondentes diversos itens deveriam ser modificados no espaço, com destaque a ampliação dos espaços, manutenção, mobiliário adequado e acessibilidade

3.1.2.5 Satisfação dos usuários

As questões relacionadas a satisfação reforçam as questões abertas já discutidas, com destaque para acessibilidade, comunicação visual, ergonomia e tamanho dos espaços como pontos negativos e piso, iluminação e número de computadores como pontos positivos.

(51)

50

Figura 37- Satisfação dos usuários

(52)

51

3.2 RECOMENDAÇÕES

De acordo com a análise dos dados obtidos, pode-se observar que os resultados foram similares nos diferentes instrumentos aplicados na Avaliação pós-ocupação. De modo geral, percebe-se que a avaliação técnica e a avaliação feita pelos usuários convergiram para o mesmo ponto: à deficiência de espaços para o desenvolvimento pleno das atividades laborais de forma adequada. Cada ambiente de trabalho precisa das adequações específicas de acordo com a atividade realizada em cada local. Daí, a importância deste trabalho.

Os ambientes estão subdimensionados, os servidores estão dividindo espaços com material de trabalho, material de consumo por falta de depósito. A circulação é comprometidos em quase todos os setores, pois os espaços são pequenos para ser divido com os mobiliários existentes, e, que não é possível se desfazer dos mesmos para tornar o ambiente mais agradável e acessível devido à necessidade que cada setor tem relacionados à mobiliários. Então, eles preferem ficar com o espaço reduzido do que se desfazerem de algum. Alguns ambientes possuem machas de infiltração por falta de manutenção; Instalações elétricas insuficientes, algumas até expostas sem caixa de proteção, e alguns ambientes apresentam perfurações nas paredes para passagem dos fios.

As possibilidades de intervenção são mínimas, considerando o espaço existente para configuração de um novo layout. Qualquer reconfiguração não atenderia de forma precisa as necessidades efetivas de cada setor e as normas existentes, a começar pelo corredor estreito. A intervenção correta seria a construção de novos blocos para abrigar essa demanda.

Com base nas emergências apontadas deixa-se uma contribuição apresentando uma proposta de layout que incorpora algumas soluções para os problemas apresentados no intuito de proporcionar maior conforto ao usuário.

(53)

52

Figura 38- Proposta de layout

Fonte: próprio autor, 2018.

Os setores que fazem parte da COPLAN, foram deslocados deste setor para o Bloco dos laboratórios técnicos, pois haverá disponibilidade de espaço porque os laboratórios serão removidos para outra área. O Recursos Humanos, foi integrado com a sala da antiga Direção Geral, pois essa foi removida para o Bloco das Coordenações, e ocupou a Sala da Secretária Geral do Campus. Com isso, o Recursos Humanos pode ter seu arquivo próximo e uma sala de reunião. A sala do SIASS ficou bem mais ampla, com a sala de espera e deve receber tratamento acústico adequado.

A Sala da Segurança foi deslocada para a sala 4, para que se pudesse solucionar o principal problema da COINFRA e ALMOXARIFADO, que é depósito para guarda de materiais; e por último a importância do protocolo está situado dentro desta área administrativo, que a princípio ocupava um espaço mínimo fora desta área ocasionado desconforto e tempo gasto com o deslocamento dos servidores. Agora, ficou central com abertura posterior para recebimento das demandas e área restrita apenas à servidores que trabalham neste setor.

(54)

53

Figura 39- Proposta de layout por ambiente

(55)

54

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A aplicação dos métodos e técnicas da APO, baseado na percepção do observador e dos usuários representa uma significativa contribuição para melhor compreensão das relações entre ambiente e comportamento. Este trabalho é de grande relevância, pois foi possível fazer uma análise considerando o ponto de vista técnico e o ponto de vista dos usuários, proporcionando maior fidelidade nos resultados e nas recomendações a considerar.

Algumas empresas privadas já destacam a importância dessas Avaliações e incorporam em suas empresas com o objetivo de trazer maior conforto e bem-estar aos seus funcionários, e em contrapartida ganhar em produtividade. As públicas precisam ampliar essa visão e começar a incorporar a Avaliação como medida significativa no processo de desenvolvimento da Instituição.

(56)

55

REFERÊNCIAS

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requalificado para abrigar centro de tele-atendimento 24 horas. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 9., 2002, Foz do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: ANTAC, 2002. p. 45-54.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMA S E TÉCNICAS. NBR 9050 – Acessibilidade a edificação, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos 2 ed., 2004

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMA S E TÉCNICAS. NBR – 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão, 2004.

GÜNTHER, Hartmut; ELALI, Gleice A.; PINHEIRO, José. A abordagem multimétodos em Estudos Pessoa Ambiente: Características, definições e implicações. In: PINHEIRO, José Q.; GÜNTHER, Hartmut. Métodos de pesquisa nos estudos pessoa ambiente. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008. p. 369 a 396.

MORAES, Odair, ORNSTEIN, Sheila, SARMENTO, Thaisa. Avaliação Pós-Ocupação da UFAL – Campus Arapiraca: Uma Experiência Didática. Maceió: EDUFAL, 2011.

ORNSTEIN, Sheila Walbe; BRUNA, Gilda e ROMÉRO, Marcelo. Ambiente Construído & Comportamento: A Avaliação Pós-Ocupação e A Qualidade Ambiental. São Paulo: Studio Nobel, FAUUSP, FUPAM, 1995.

ORNSTEIN, Sheila; ROMÉRO, Marcelo (colaborador). Avaliação pós ocupação (APO) do ambiente construído. São Paulo: Studio Nobel, 1992.

ORNSTEIN, Sheila Walbe. A Post Occupancy Evaluation of Workplaces In São Paulo, Brasil. ENVIRONMENT AND BEHAVIOR, v. 31, n. 4, p. 435-462, July 1999.

ORNSTEIN, Sheila Walbe, LEITE, Brenda Chaves Coelho, ANDRADE, Cláudia Miranda. Office spaces in São Paulo: pos-occupancy evaluation of a high technology building. Facilities, v. 17, n. 11, p.410-422, 1999.

ORNSTEIN, Sheila Walbe, LEITE, Brenda Chaves Coelho, ANDRADE, Cláudia Miranda. Os espaços de escritórios em São Paulo: Avaliação pós-ocupação Aplicada em Edifícios de Alta Tecnologia, 1999.

(57)

56

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trabalho sob o enfoque da ergonomia do ambiente construído. Produção, v. 18, n. 3, set./dez. 2008, p. 523-539.

SILVA, Cristina Collaço da, Concepção ergonômica dos espaços e postos de trabalho / - estudo de caso dos caixas bancários. Florianópolis- Santa Catarina- Brasil Novembro de 1998

(58)

57

APÊNDICE A – FICHA DE AVALIAÇÃO TÉCNICA AVALIAÇÃO TÉCNICA

AMBIENTE DATA

AVALIADOR HORA

1.Programa Arquitetônico

Ótimo Bom Regular Ruim Observações Dimensionamento Espaço de utilização Espaço de circulação Flexibilidade Privacidade Comunicação visual Comunicação com o exterior 2.Acessibilidade Norma 9050

Ótimo Bom Regular Ruim Observações Sinalização visual Sinalização tátil Dimensões das circulações Acessos Mobiliário

3.Mobiliário Ótimo Bom Regular Ruim Observações Dimensionamento Quantidade Funcionalidade Ergonomia Adequação de materiais Estado de conservação

(59)

58

4. Conforto Ambiental

Ótimo Bom Regular Ruim Observações Temperatura

Iluminação Natural Iluminação

Artificial

Presença de ruídos

5- Infra estrutura Ótimo Bom Regular Ruim Observações Pontos elétricos Acesso à internet Quantidade de Computadores Acesso ao acervo físico 6- Características construtivas

Ótimo Bom Regular Ruim Observações Acabamento do piso

Acabamento da parede

Acabamento do teto

7- O ambiente apresenta patologias construtivas? SIM ( ) NÃO ( ) Quais?

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59 APÊNDICE B – CHECKLIST CHECK LIST 1- INFORMAÇÕES GERAIS AMBIENTE: ÁREA: DIMENSÕES: Nº DE USUÁRIOS: 2- CARACTERÍSTICAS DO MOBILIÁRIO CADEIRA: Quantidade Estado de conservação Tipo: Cadeiras: ( )giratória ( )fixa com PVC

( )fixa com assento estofado OBS.: Mesas: ( )em “L” ( )retangular ( ) redonda Estado de conservação Armários: ( )Arquivo

( )Armário com portas de correr ( )Estantes Tipo: Material: ( )madeira ( ) aço -Circulação no ambiente: ( )suficiente ( )insuficiente

(61)

60

OBS.:

-Espaço para armazenamento: ( )suficiente ( )insuficiente OBS.: Mobiliário acessível: ( ) sim ( ) não OBS.:

Referências

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