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Caixa libera crédito de 70% para imóveis usados

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Academic year: 2021

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w w w . o i m p a r c i a l . c o m . b r

Ano XCI Nº 35.227 | SÃO LUÍS-MA | TERÇA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2018 | CAPITAL E INTERIOR R$ 2,00 @OImparcialMA @imparcialonline @oimparcial 98 99188.8267

NOSSOS TELEFONES: GERAL 3212.2000 • COMERCIAL 3212-2030 • CLASSIFICADOS 3212.2020 • CAA - CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE 3212.2012 • REDAÇÃO 3212.2010

Estreia

O ator maranhense Romulo

Estrela é o protagonista da

30º

máx

24º

min

TÁBUAS DE MARÉS COTAÇÕES

PREVISÃO DO TEMPO MARÉ BAIXA 06h19 ...1,4m MARÉ ALTA 12h45 ...5,5m DÓLARcotado em R$ 3,23 EURO cotado em R$ 3,87 0,12% -0,32%

Manhã Tarde Noite 19h02 ...1,4m

Liga de Basquete: Sampaio pronto para

estreia contra o Uninassau no Castelinho

ESPORTES

Time de Imperatriz participa de

torneio de futebol americano

ESPORTES

Último dia para

participar

do concurso

da Saúde

Abertas as

Inscrições para

o certame da

Aged-MA

Dois estudantes maranhenses, Giovanna Gomes Santos Oliveira, de 16 anos, e Francisco Benedito da Silva Serra, de 17, foram sele-cionados para o Programa Jovens Embaixadores da edição de 2018 e vão passar três semanas em inter-câmbio cultural. VIDA

Maranhenses

selecionados

no programa

Jovens

Embaixadores

DESTINO EUA

HONORIO MOREIRA\OIMP\D.A PRESS

Caixa libera crédito de

70% para imóveis usados

VIDA

VIDA

Moradia

A Caixa retomou a linha de empréstimo imobiliário pró-cotista e elevou de 50% para 70% a cota do

financiamento de imóveis usados. A linha pró-cotista FGTS financia unidades de até R$ 950 mil e cobra juros de

até 8,66% ao ano. Para a modalidade, neste ano, o banco disponibilizará R$ 4 bilhões para empréstimo.

NEGÓCIOS

POLÍTICA

IMPAR

novela 'Deus Salve o Rei', que começa hoje

. IMPAR

Brandão e Roberto

Rocha disputam

lideranças do PSDB

Suspensa posse de

Cristiane Brasil no

Ministério do Trabalho

POLÍTICA DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO

MAIS ÁGUA

Governo entrega mais cem cisternas

O governador em exercício Carlos Brandão entregou cem cisternas ontem nas cidades de Cachoeira Grande e Santa Rita. São equipamentos para abastecer escolas e ajudar os agricultores a produzir durante o ano todo, mesmo na época de estiagem. Juntas, as cem cisternas têm capacidade para armazenar 2,8 milhões de litros de água. Desde 2015, o governo do estado já en-tregou mais de 600 cisternas em diversas regiões do Maranhão. VIDA

KARLOS GEROMY\OIMP\D.A PRESS

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ACONTECEU

São Luís, terça-feira, 9 de janeiro de 2018

www.oimparcial.com.br

Daremos

continuidade em

2018 a este que é um programa

exitoso da nossa gestão e que

se consolidou por ser uma ação

importante de reocupação do

centro, de fortalecimento da

agricultura familiar

Edivaldo Holanda Júnior, prefeito de São Luís, sobre o

êxito da Feirinha São Luís

Desde a primeira vez que nós, da

Sonho Gelado - Dindin Gourmet,

vimos o projeto, nos apaixonamos

pela ideia e procuramos integrar

o time de pessoas que utilizam

o espaço para movimentar a

economia

José de Ribamar Miranda, jovem empreendedor que pretende continuar

com seu trabalho na Feirinha

Murilo Andrade, secretário de Estado de Administração Penitenciária, sobre o

certi-ficado recebido pelas internas da Unidade Prisional de São Luís

Ivaldo Rodrigues, secretário municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento

Pré-carnaval com Glacial Fest

Os cantores Léo Santana e Márcia Fellipe vão comandar o pré-carnaval mais animado de São Luís. É o Glacial Fest, dia 27 de janeiro, que vai agitar o Círculo Militar na Avenida

Litorânea. No palco, Léo Santana apresentará seus maiores sucessos tocados nas baladas e nos grandes eventos no país, como os hits Santinha, Bumbum no paredão, entre outros. E Márcia Fellipe, ex-Aviões do Forró e Garota Safada, cantará

hits como Vai Descendo e Paralisou.

Tem início a Colônia de Férias do Sesi

Economia e carnaval na

primeira Feirinha de 2018

Tendo como um de seus objetivos ser mais um canal de escoamento da produção agrí-cola local, a Feirinha São Luís agrega ainda outros atrativos como gastronomia e arte-sanato, além da programação cultural que em 2018 chegou em ritmo de carnaval. Na edição de domingo (7), a programação cul-tural foi recheada de atrações carnavalescas como Bicho Terra, Gabriel Melônio, bloco Fuzileiros da Fuzarca e a Escola de Samba Marambaia (foto). Uma realização da Pre-feitura por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Sema-pa), a iniciativa ocorre sempre aos domin-gos, das 7h as 15h, na Praça Benedito Leite. A presença dos grupos culturais é mais um atrativo para quem visita a Feirinha. Até o carnaval, os domingos na Feirinha serão no ritmo momesco.

Responsável: Zezé Arruda

E-mail: zezearruda@oimparcial.com.br

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

REPRODUÇÃO DIVULGAÇÃO

Vamos manter a ideia

de edições temáticas

ao longo deste novo

ano, trazendo sempre

inovação para chamar

o público, como nas

edições anteriores

O objetivo principal é garantir a

reinserção social das apenadas

por meio do trabalho, buscando

fazer com que elas, no término

da pena, saiam da unidade e

sejam inseridas no mercado de

trabalho

REPRODUÇÃO

DIVULGAÇÃO

Patrimônio imaterial

no programa Férias Culturais

São Luís possui um patrimônio material ri-quíssimo, que encanta todos que conhecem a cidade. Somado ao legado material, o patrimô-nio imaterial da Ilha do Amor tem características únicas, representadas por manifestações como o tambor de crioula, o bumba meu boi e os blo-cos tradicionais. Estas manifestações serão os três grandes temas do programa Férias Cultu-rais, da Prefeitura de São Luís, realizado por meio da Secretaria Municipal de Turismo (Setur), que oferecerá oficinas e apresentações gratuitas. A primeira será quinta-feira (11), às 18h, no Cine Teatro da Cidade de São Luís (Centro). A pro-gramação segue ainda no dia 18 de janeiro e 1º de fevereiro com uma programação variada ba-seada na cultura local, destacando manifesta-ções folclóricas por meio de oficinas. Os eventos vão contar também com apresentação de gru-pos musicais e culturais, além de peças teatrais.

DIVULGAÇÃO

Internas da UPR cumprem metas

e recebem certificados

Detentas da Unidade Prisional de Ressocia-lização (UPR) Feminina de São Luís cumpriram a meta estipulada pelo governo do Maranhão para descaracterizar, em um mês, 15 mil peças de roupas apreendidas pela Receita Federal do Brasil, vestes que serão doadas a entidades be-neficentes. Na manhã de ontem, as internas re-ceberam certificados de reconhecimento en-tregues por representantes das Secretarias de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e de Trabalho e Economia Solidária (Setres), pelo relevante trabalho feito na malharia e, também, na panificadora, ambas instaladas na própria UPR. Na ocasião, as internas ainda foram con-templadas com o certificado de conclusão dos cursos de Cabelereiro, Manicure e Pedicure e de Doces Finos. Os cursos são frutos de parce-ria entre as secretaparce-rias de Trabalho e Adminis-tração Penitenciária.

DIVULGAÇÃO

Justiça do Trabalho retoma

atividades na segunda

Com o término do período de recesso no sábado (6), o expediente nas unidades da Justiça do Trabalho no Maranhão (JT-MA) foi retomado ontem. Entretanto, será mantida a suspensão dos prazos processuais nos órgãos da JT-MA, que se estenderá até 20 de janeiro des-te ano, em cumprimento ao previsto na Lei nº 13.545, de 19 de dezembro de 2017, que aprovou a inclusão do artigo 775-A à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e prevê a suspensão dos prazos processuais de 20 de de-zembro a 20 de janeiro, período de férias dos advogados trabalhistas. Durante a suspensão de prazos, não serão realizadas audiências nas varas do Trabalho nem ses-sões de julgamento na segunda instância trabalhista. Além de suspender os prazos, as 23 varas do Trabalho no Maranhão também não farão atendimento regular ao público no período de 8 a 20 de janeiro deste ano, estarão realizando inspeção judicial, em atendimen-to ao artigo 183 do Provimenatendimen-to Geral Consolidado da Corregedoria do TRT-MA.

DIVULGAÇÃO

Morre o radialista José Nunes

A crônica esportiva maranhense sofreu uma grande perda com a morte do jornalista/radialista José Nunes, que iniciou suas atividades como narrador de jogos de futebol, na extin-ta Rádio Ribamar, e depois em todas as demais emissoras de

rádio existentes à época. Além de cronista esportivo muito respeitado, José Nunes exerceu as funções de presidente da

Comissão de Arbitragem e diretor financeiro da Federação Maranhense de Futebol. José Nunes morreu no sábado (6) e

foi sepultado domingo, no cemitério do Vinhais.

Em São Luís, a Colônia de Férias do Sesi terá início hoje, 9 de janeiro, com muita diversão para a criança-da, na Unidade de Promoção da Saúde Sesi Araçagi, das

13h30 às 17h30. A ação em São Luís será realizada até o dia 12, sexta-feira, para crianças de 5 a 10 anos. Estão programadas atividades aquáticas, oficinas de arte, mú-sica, atividades esportivas nos campos e ginásio,

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PAGINA TRES

www.oimparcial.com.br

São Luís, terça-feira, 9 de janeiro de 2018

AFINAL, O QUE FAZ UM ASTRONAUTA?

PASSOS

Responsável: George Raposo E-mail: gdinamite@gmail.com

Quem quer ser

Sonho de muitas crianças e adultos, ir para o espaço é bem complicado. Veja alguns

passos a seguir para se preparar para uma vaga

astronauta?

O astronauta é aquele profissional que faz ex-ploração humana no espaço. Porém, engana-se quem pensa que trabalhar em órbita é a única tarefa dele. O que muita gente não sabe é que a maior parte da carreira de um astronauta se pas-sa em treinamentos de solo e também apoiando outras missões.

Quem quer ser um astronauta também tem que

mergulhar de cabeça nos estudos. O nível mínimo de estudo de um astronauta, exigido pela Nasa, é bacharel em Engenharia, Ciências Biológicas, Ci-ências Físicas ou Matemática. A agência ainda abre algumas exceções para Geografia ou Gestão da Aviação. Para se destacar na profissão, muitos têm mestrado ou doutorado em seu campo de trabalho.

Q

uando perguntamos a uma

crian-ça o que ela quer ser quando crescer, não é incomum ouvir-mos a resposta: “Eu quero ser astronauta”. Esse é o sonho da maioria delas. A ideia infantil de viajar para

ou-tros planetas através de um foguete — e até mesmo ir à Lua — costuma entu-siasmar e tomar conta da imaginação dos pequenos.

Então a criança cresce e o sonho pas-sa para a maioria delas. Aquelas que

re-solvem persistir na decisão de se tornar um astronauta precisam descobrir o que fazer para se especializar nessa profissão que, sinceramente, é uma das mais difíceis para se conseguir uma vaga como pro-fissional e garantir um futuro próspero.

Marcos Pontes, o primeiro e único astronauta brasileiro, soube por um e-mail do irmão que a Agência Espa-cial Brasileira (AEB) selecionaria um astronauta para a National Aeronau-tics and Space Administration (Nasa). A AEB informou que “não há inte-resse em formar astronautas no Bra-sil” atualmente. No entanto, a sele-ção vencida por Pontes em 1998 tinha as mesmas exigências daquela feita pela Nasa - pois o astronauta brasi-leiro iria representar a agência norte-americana. Se uma vaga aparecer, é preciso estar preparado.

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FIQUE ATENTO

A UMA VAGA

CIVIL OU

MILITAR

TESTES

NA ÁGUA

TESTES

NO AR

TENHA SORTE (E UM

POUQUINHO DE LÓGICA)

GUARDE

(MUITO)

DINHEIRO

TRABALHE

SUA MEMÓRIA

VIRE

AMERICANO

INVISTA NO

CURRÍCULO

Não é errado dizer que tem gente que nasce para ser astronauta. Exis-tem parâmetros até para o corpo dos candidatos. A altura - que lá em 1959 não podia passar de 1,80m - tem de estar en-tre 1,57m e 1,90m. Outro fator eliminatório é a pressão arterial, que, com a pessoa sen-tada, não pode exceder 140/90.

Já a visão deve ser normal em ambos os olhos - ou seja, ser capaz de enxergar clara-mente a uma distância de seis metros. Pes-soas que tenham passado por cirurgias para corrigir a visão podem participar, desde que o procedimento tenha acontecido há pelo menos um ano, sem efeito adverso.

NA MEDIDA

CERTA

Para a sua primeira missão espa-cial tripulada em 1961, a Nasa pediu às Forças Armadas dos Estados Uni-dos uma lista de membros que com-binassem experiência de voo, forma-ção em engenharia e altura máxima de 1,80m (para que ele coubesse na cabine). Três militares da Aeronáu-tica e quatro da Marinha foram sele-cionados, entre 500 nomes possíveis. A boa notícia é que hoje a Nasa aceita civis como astronautas - vale lembrar que a carreira de astronau-ta é civil. Na última seleção, a Nasa analisou mais de 6,1 mil currículos para oito vagas. Entre os escolhidos, estavam seis militares e dois civis.

Um desafio para os futuros astronau-tas brasileiros da Nasa é o fato da agên-cia aceitar apenas candidatos nascidos nos Estados Unidos ou com dupla na-cionalidade. Por isso, se tornar um cida-dão americano foi a alternativa adotada pelo peruano Carlos Noriega, pelo aus-traliano Andrew Thomas e pelo argenti-no Fernando Caldeiro.

Mas a própria Nasa alerta em sua pági-na: “Não é recomendável que você mude sua cidadania apenas com o intuito de ser elegível para o Programa de Candidatura a Astronauta”. As seleções são raras, e a concorrência é grande, como os números indicam - o que leva ao próximo passo.

Para ter um currículo válido para a Nasa, é preciso ter diploma em En-genharia, Ciências Biológicas, Astro-nomia, Física, Química, Psicologia ou Matemática. Além disso, o candidato deve ter três anos de experiência pro-fissional ou mil horas pilotando um avião a jato. Para fechar a conta, um mestrado equivale a um ano de atu-ação profissional, enquanto que um doutorado elimina esse pré-requisito. Nem é preciso dizer que ser fluente em inglês é fundamental. Quem so-breviver à análise de currículo pas-sará por uma semana de entrevistas.

Pronto, você passou por uma das maiores seleções de emprego, tem um currículo invejável e até se tornou co-nhecido na imprensa por sua trajetó-ria de sucesso e superação - signifi-ca que é hora de ir ao Johnson Space Center, em Houston, Texas. São dois anos de preparação, que incluem um treinamento militar de sobrevivência na água no primeiro mês.

Para começar, os alunos nadam três voltas sem parar em uma piscina de 25 metros. Depois, é só repetir a fa-çanha - vestindo o traje completo de voo. Outro teste envolve ficar saltando na piscina por dez minutos, tudo para simular um ambiente de menor gravi-dade. Para simular emergências, são expostos a ambientes de baixa ou alta pressão. Técnica de mergulho também faz parte do treinamento.

Após vencer essa etapa, os novos astronautas participam de viagens em aviões a jato, que conduz manobras que simu-lam um ambiente de microgravidade. Cada simulação dura 20 segundos, e as manobras são repetidas até 40 vezes por dia.

Para pilotar a nave espacial, são necessárias 15 horas de voo por mês. E até quem não pretende pilotar nada, não es-capa: por pelo menos quatro horas por mês passa pelo mes-mo treinamento, caso algo dê errado na viagem.

Desde o começo do treinamento, os astronautas preci-sam conhecer cada detalhe da nave e de seus equipamen-tos. Eles devem saber o que são, para que servem, como operá-los, como detectar erros e corrigi-los. Quando estão em missão, há ainda exigências e objetivos para conhecer. Por isso, uma boa memória ajuda a ter sucesso e, princi-palmente, manter todos a salvo.

Se todos esses passos foram desanimadores para você, mantenha a calma: existem outras duas maneiras de ir ao espaço. A primeira é fazer como Pedro Henrique Do-ria Nehme, estudante de EngenhaDo-ria Elétrica na Univer-sidade de Brasília (UnB) e bolsista da Agência Espacial Brasileira (AEB). Depois de ganhar um concurso na in-ternet, Nehme pode se tornar o primeiro civil brasileiro a ir ao espaço.

Em abril de 2013, um anúncio da companhia aérea KLM no YouTube lhe chamou a atenção. Ele precisava in-dicar em que local um balão lançado no Deserto de Ne-vada, nos Estados Unidos, iria explodir. O regulamento não indicava dados suficientes para que alguém calcu-lasse o lugar exato. Nehme contou com a sorte - e com um pouco de lógica.

Durante estágio na Nasa, em 2012, Nehme trabalhou com balões de alta altitude, o que teria contribuído para suas chances no concurso. “Tem muita gente que não faz ideia da altitude que um avião voa, muito menos que um balão de alta altitude ultrapassa essa altura e vai voar na casa dos 35 quilômetros”, explica. “Eu eliminei o absurdo. Mas mesmo assim, existia uma infinidade de opções.”

O turismo espacial é uma maneira cômoda e cara de se tornar um astronauta. A agência espacial russa (Ros-cosmos), por exemplo, desti-nou sete assentos a turistas a partir da década de 1990, quando enfrentava crise fi-nanceira. Os viajantes de-sembolsaram milhões pelo passeio.

Tanto a XCOR, quanto a concorrente Virgin Galactic, querem baratear - na medi-da do possível - o preço medi-das viagens espaciais. O voo de Nehme, por exemplo, custa-ria em torno de 100 mil dó-lares. É o preço para avançar as casas do tabuleiro.

O PRIMEIRO VOO

E o aprendizado continua mesmo depois que o astronauta é selecionado para o primeiro voo. É obrigatória a leitura de livros e o treinamento em sala de aula, fazendo outro tipo de simulação. Eles começam a praticar como preparar a refeição, a operar os equipamentos, a fazer a gestão do lixo, o uso de câmeras, as operações da espaçonave e muito mais.

Um voo espacial básico dura em torno de seis meses na Estação Espacial Internacional, mas alguns astronautas estão sendo levados para voos de mais de um ano. E, como você pode ver, o mundo espacial não passa a fazer parte da sua vida. Ela passa a ser a sua vida inteira — uma profissão para quem realmente está disposto a abrir mão de tudo pela ciência.

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POLITICA

São Luís, terça-feira, 9 de janeiro de 2018

www.oimparcial.com.br

Esta nomeação é um deboche contra milhões de trabalhadores

brasileiros, que têm seus direitos trabalhistas, hoje, ameaçados por

uma reforma que Cristiane Brasil ajudou a aprovar. Mas o pior de

tudo é a nomeação para ministra do Trabalho de uma cidadã que não

observou os direitos trabalhistas mais elementares de dois de seus

empregados, sendo pessoalmente processada na Justiça do Trabalho

Nota do Sindicato dos Advogados do Rio

Justiça suspende posse

de Cristiane Brasil

Em razão de uma ação popular movida contra a futura ministra, que foi condenada a pagar

R$ 60 mil em dívidas trabalhistas, magistrado concede liminar impedindo a posse de Cristiane

Responsável: Mivan Gedeon E-mail: gedeon3.3@gmail.com

PARLAMENTO

parlamento @oimparcial.com.br www.oimparcial.com.br\parlamento

www

Registro...

Solicitação

Acatando a solicitação de inúmeros contadores do Ma-ranhão, o deputado estadu-al Wellington do Curso enca-minhou ofício ao governador Flávio Dino (PC do B), solici-tando que reveja o edital do concurso público para a Se-cretaria de Estado da Gestão, Patrimônio e Assistência dos Servidores do Maranhão (SE-GEP). O motivo é que o edital prevê vagas para o cargo de analista previdenciário, exi-gindo a formação em Ciên-cias Atuariais, curso que não é oferecido no MA.

Lentidão

Rafael Leitoa vistoriou a obra da BR-226 no último fim de semana, em companhia do governador em exercí-cio, Carlos Brandão, e juntos constataram que a lentidão na execução dos trabalhos continua. Ciente desses im-passes, prejudicado como morador da região e como cidadão que também uti-liza a BR 226, o parlamen-tar tem sido incansável na cobrança e busca de um fi-nal feliz para conclusão da obra, pondo fim nessa mo-rosidade da Hytec.

Homem de diálogos,

imparcial e sereno

O deputado estadual Levi Pontes (PC do B) prestigiou a oficialização do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto (PCdoB), que assumiu o cargo na semana passada. Na oportunidade, Levi Pontes afir-mou que o deputado Othelino Neto vai conduzir ao car-go com diálocar-gos, imparcial e de forma serena, como vi-nha fazendo como 1º vice-presidente, antes da morte do presidente Humberto Coutinho (PDT).

“O deputado Othelino Neto é um homem íntegro, ho-nesto e trabalhador. Não tenho dúvidas que será um bom presidente da Casa. Othelino é um homem de diálogos, imparcial e sereno, com certeza fará um trabalho à altura do executado por Humberto Coutinho. Juntos, e com to-dos os deputato-dos iremos trabalhar para melhorar a vida dos maranhenses”, disse Levi Pontes.

Temer se recusa a afastar vice-presidentes da Caixa

Loures: relação com Temer era ‘profissional’

GOVERNO

DEPOIMENTO

FOT

OS: DIVULGAÇÃO

Multidão na missa de Coutinho

- Cerca

de cinco mil pessoas compareceram no último domingo (7), ao santuário de São Francisco, a 50km de Caxias, onde foi celebrada a Missa de Sétimo Dia em homenagem ao Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho, falecido no dia 1º de janeiro de 2017.

Críticas ao repasse do Fundeb

- O ve-reador Ricardo Diniz (PCdoB) criticou o governo Federal que vetou verba extra de R$ 1,5 bilhão para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb. O vereador manifestou sua indignação em relação a perda dos recursos para os municípios maranhenses.

Euforia na última sessão

- Bastante eufórico

com o encerramento da votação da pauta no encerramen-to da última sessão legislativa do período anterior, dia 22 de dezembro, o presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Astro de Ogum (PR), desabafou alegremen-te que “agora a Câmara vive uma verdadeira democracia”.

Ato administrativo na posse -

O depu-tado estadual Stenio Rezende (DEM) esteve presente na manhã da última quinta-feira (4), no ato administrativo que oficializou o deputado Othelino Neto (PCdoB) como presidente efetivo da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, e reconfigurou a Mesa Diretora da Casa. A for-malização aconteceu de forma discreta devido ao estado de luto decretado em virtude do falecimento do deputa-do Humberto Coutinho (PDT), e contou com a presença do governador em exercício, Carlos Bandão, os deputa-dos federais Zé Reinaldo e André Dantas, o secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, e vários deputados da Casa, além de outras autoridades.

Em caso de descumprimento da liminar, a deputada poderá pagar multa de R$ 500 mil, estipulada pelo juiz

O presidente Michel Temer não atendeu à recomendação do MPF (Ministério Público Fe-deral) de afastamento de todos os vice-presidentes da Caixa, incluindo os sob suspeita de irregularidades. Em resposta enviada ontem, a Casa Civil afirmou que o ministro Eliseu Padilha não tem competência para análise do pedido, uma vez que o tema caberia ao Mi-nistério da Fazenda.

Ontem, a Caixa também en-viou sua resposta ao MPF. O ban-co alegou que tem “um sistema de governança adequado à Lei das Estatais, fazendo com que a maior parte das

recomenda-ções já esteja implementada, em implementação ou em proces-so de estudo pelas suas instân-cias decisórias, antes mesmo de qualquer manifestação do MPF”.

Quatro vices estão sendo mantidos nos cargos, apesar de investigações do MPF e da pró-pria Caixa apontarem indícios de envolvimento em esquemas de corrupção e favorecimento a políticos. As suspeitas atin-gem também o presidente do banco, Gilberto Occhi.

O novo estatuto da Caixa, aprovado por seu Conselho de Administração, dá poderes para que o colegiado afaste dirigentes. A implementação,

no entanto, ainda depende de aval do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e da as-sembleia de acionistas.

Resposta

A Caixa sustentou, em nota divulgada nesta segunda, que, “por inexistir regra na Lei das Estatais”, entende que o novo estatuto disciplinará “as futu-ras indicações e nomeações de vice-presidentes, não ca-bendo sua aplicação aos atuais ocupantes de modo a impor suas substituições”.

“Os atuais vice-presidentes tiveram seus nomes aprovados

pelo Conselho de Administra-ção, que os encaminhou ao Mi-nistério da Fazenda, que, por sua vez, fez a respectiva indi-cação ao presidente da Repú-blica, conforme prevê o atual estatuto, inexistindo fato con-creto que reforce a necessida-de necessida-de substituição dos atuais vice-presidentes”, argumentou.

Nos bastidores, a resistên-cia do governo à saída tem ra-zões políticas. O Palácio do Planalto quer manter atados à sua base no Congresso Na-cional partidos que indicaram os diretores da Caixa (PP, PR e PRB), visando a aprovação da reforma previdenciária.

O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que atuou como assessor especial do presi-dente Michel Temer, negou, em depoimento à Polícia Federal, ter recebido propina para atu-ar em favor de uma empresa do setor portuário na edição de um decreto presidencial.

A investigação sobre o decre-to tem como alvos Temer, Rocha Loures, além de Antônio Cel-so Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, executivos da Rodri-mar, empresa concessionária no porto de Santos. A suspeita é de que Temer recebeu propi-na pela edição do decreto que teria beneficiado a Rodrimar.

O ex-deputado prestou dois depoimentos à PF em

novem-bro do ano passado. No depoi-mento, Rocha Loures admitiu ter recebido parecer jurídico

com “apontamentos” do setor portuário à minuta do decreto que, segundo as investigações,

Loures prestou dois depoimentos à PF em novembro do ano passado

beneficiou a empresa Rodri-mar. Segundo ele, o documen-to foi elaborado por um escri-tório de advocacia e entregue em reunião com representan-tes do setor portuário, entre eles, Ricardo Mesquita.

Ele, porém, negou ter re-cebido dinheiro da empresa para atuar pelo decreto, e que “não agiu a pedido ou inter-mediando qualquer tratativa” de Temer nesta área. Ao longo do depoimento, o peemede-bista afirmou que mantinha relação somente profissional com o presidente e que Temer não sabia das reuniões que ele mantinha com representantes do setor portuário, inclusive com executivos da Rodrimar.

O

juiz Leonardo da

Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal Cri-minal de Niterói (RJ), suspendeu ontem a posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB) como ministra do Trabalho, em cerimônia que está marcada para hoje.

O magistrado concedeu a liminar em razão de uma ação popular movida após a divul-gação das denúncias contra a futura ministra condenada a pagar R$ 60 mil em dívidas trabalhistas por ex-motoris-tas que não tiveram suas car-teiras de trabalho assinadas. Em caso de descumpri-mento da liminar, a deputa-da poderá pagar multa de R$ 500 mil, conforme estipulado pelo juiz, que viu “fragrante desrespeito à Constituição Fe-deral no que se refere à mo-ralidade administrativa, (...) quando se pretende nomear para um cargo de tamanha magnitude, Ministro do Tra-balho, pessoa que já teria sido condenada em reclamações trabalhistas, condenações es-tas com trânsito em julgado”, registrou Leonardo Couceiro.

Um grupo de advogados tra-balhistas deu início no último fim de semana a uma série de ações populares na Justiça Fe-deral do Rio para suspender a nomeação da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho e impe-dir a posse marcada para hoje.

Os juristas fazem parte do Movimento dos Advogados Tra-balhistas Independentes (Miti). O advogado Carlos Alberto Pa-trício de Souza, que defende um dos motoristas que processaram Cristiane Brasil, integra o grupo. Na semana passada, o Sin-dicato dos Advogados do Rio

manifestou “indignação e re-púdio” à nomeação de Cristia-ne Brasil para o Ministério do Trabalho do governo. “Esta no-meação é um deboche contra milhões de trabalhadores bra-sileiros, que têm seus direitos trabalhistas, hoje, ameaçados por uma reforma que Cristiane

Brasil ajudou a aprovar. Mas o pior de tudo é a nomeação para ministra do Trabalho de uma cidadã que não observou os direitos trabalhistas mais elementares de dois de seus empregados, sendo pessoal-mente processada na Justiça do Trabalho”, diz trecho da nota.

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POLITICA

São Luís, terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Lula só é de extrema

esquerda num país que foi

parar na extrema direita

Do comediante Gregório Duvivier na Folha. Para ele, Lula tá no extremo centro, reparando a posição que a mídia tem coloca o petista, no extremo oposto de Jair Bolsonaro, este sim, um extremista de direita.

Disputa por

lideranças do PSDB

BASTIDORES

bastidores@oimparcial.com.br Raimundo Borges

Presidente estadual do PSDB, senador Roberto Rocha, e governador em exercício, Carlos

Brandão, travam batalha por destino de lideranças tucanas visando às eleições de 2018

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Mesmo fora do cargo,

posto pelo vereador Ed-van Brandão, presidente do Legislativo Municipal, Zé Vieira não esmorece. O seu advogado Gilson Alves Barros, segundo o blog Gilberto Leda, já está com uma represen-tação criminal pronta contra Edvan, acusa-do de querer provocar imbróglio no município. Os Florêncio, que

come-çaram em Bacabal trans-portando passageiros em ônibus interestaduais (em-presa Florêncio), agora chegaram à prefeitura. On-tem, vice-prefeito Florên-cio Neto (PHS), filho do de-putado licenciado Carlos Florêncio, foi empossado no lugar do prefeito Zé Viei-ra, afastado pela Câmara de Vereadores.

Responsável: Paulo de Tarso Jr. E-mail: paulojr.jornalismo@gmail.com

HUMBERTO COUTINHO

Multidão comparece à missa de sétimo dia

PAULO DE TARSO JR.

D

esde a entrada do senador Roberto Rocha no PSDB, em outubro do ano pas-sado, o ninho tucano no Maranhão não foi mais o mesmo. Por divergências ideológicas entre Rocha e o então presidente estadu-al da legenda, o vice-governador Carlos Brandão, o racha interno ficou explícito. O racha, na verda-de, ganhou contornos de crise e escolha da direção do PSDB ma-ranhense ficou nas mãos do Di-retório Nacional, que decidiu em dar poder a Roberto Rocha. Agora, a expectativa fica a respeito dos rumos da legenda no estado, que corre sério risco de perder força e algumas de suas principais lide-ranças. E uma nova disputa en-tre Rocha e Brandão já começou. A crise interna no ninho dos tucanos fez com que Carlos Bran-dão deixasse a legenda por acre-ditar no projeto do governador Flávio Dino (PCdoB). Brandão, inclusive, já acertou sua ida ao PRB, comandado hoje pelo depu-tado federal Cléber Verde. O de-talhe é que o vice-governador não pretende ir sozinho e, certamen-te, não irá. O secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Neto Evangelista, é um dos que segui-rão Brandão para o novo partido. Essa indefinição de quem sai é o que agita os bastidores do PSDB. O presidente da legenda no Ma-ranhão, senador Roberto Rocha, já tem consciência de que per-derá alguns dos 30 prefeitos que o partido possui atualmente no estado. Tanto que ele já trabalha para suprir eventuais perdas.

“Não deixarei o PSDB desfalca-do se prefeitos forem deixandesfalca-do o partido. Por isso, afirmo que para cada prefeito que sair do parti-do, vou filiar outro”, disse Rocha. O discurso de Rocha é o de pro-curar alternativas para não enfra-quecer seu partido e atrapalhar no desempenho do PSDB nas eleições deste ano. Tanto que, nos últimos dias, o senador esteve em vários compromissos com prefeitos tu-canos e de outras legendas.

Na maioria desses compromis-sos, aproveitou para apresentar emendas que beneficiarão diver-sos municípios. Na última

sexta-Cerca de cinco mil pessoas compareceram, no domingo (7), ao santuário de São Francisco, a 50km de Caxias, onde foi ce-lebrada a Missa de Sétimo Dia em homenagem ao presidente da Assembleia Legislativa, de-putado Humberto Coutinho, falecido no dia 1º de janeiro de 2017. A missa celebrada pelo padre Jean contou, também, com a presença da viúva, Dra. Cleide Coutinho, os filhos Ge-orge e Geórgia, nora, irmãos, sobrinhos, netos e milhares de amigos do ex-presidente.

A multidão lotou o Santuário que também recebeu as presen-ças do governador em exercício Carlos Brandão (PSDB); do de-putado federal Rubens Júnior (PCdoB); dos deputados esta-duais Alexandre Almeida (PSD), César Pires (PEN), Rafael Leitoa (PDT) e Ricardo Rios (SD); dos secretários de Estado Antônio Nunes (Governo), Marcio Jerry (Comunicação e Articulação Po-lítica), Adelmo Soares (Agricul-tura Familiar); e dos diretores da

Missa de sétimo dia de Humberto Coutinho foi celebrada no santuário de São Francisco

Assembleia Legislativa Carlos Alberto Ferreira, Vinicius Ma-chado, Felipe Ribeiro, Rubens Pereira, Patrícia Marushka,

Coro-nel Pimentel, o tenente coroCoro-nel Marcelo Jinkings, entre outros.

A missa emocionou a todos os presentes. O padre Jean fez

uma revelação ao informar que o piso daquele santuário foi uma doação do Dr. Humberto, que nunca divulgou esta ação.

Não deixarei o PSDB

desfalcado se prefeitos forem

deixando o partido. Por

isso, afirmo que para cada

prefeito que sair do partido,

vou filiar outro

Roberto Rocha, presidente do PSDB

Maranhão

feira (5), por exemplo, participou de um evento para tratar de uma emenda que garante aumento de 15% da receita oriunda da explora-ção e transporte de minérios e de atividades relacionadas a cargas e descargas em portos. Ao todo, 23 municípios serão beneficiados.

Debandada

Enquanto Rocha garante tra-zer um prefeito para cada um que abandonar o PSDB, Carlos Bran-dão mostra confiança em liderar essa debandada do ninho tuca-no e uma filiação em massa tuca-no PRB. Tanto que a expectativa é de que pelo menos 80% dos pre-feitos tucanos deixem o partido e sigam Brandão.

Desde o último dia 2 de ja-neiro até hoje, Brandão assu-miu o governo do estado devido a ausência de Flávio Dino. E o governador em exercício apro-veitou bem essa semana para vistoriar obras e, acima de tudo, conversar com lideranças de vá-rias partes do estado. Na prática, uniu o útil ao agradável.

E Brandão garantiu, inclusi-ve, sua filiação no PRB logo após o carnaval. “Vamos nos filiar em fevereiro. Por enquanto, a gente está conversando com os prefei-tos, com as lideranças políticas do PSDB e a finalidade disso é ouvi-los. Mas o que temos ou-vido em massa é que todos vão nos acompanhar para esse novo projeto de filiação ao PRB. Pre-feitos, secretários, vice-prePre-feitos, vereadores. Vai ser uma filiação em massa. Vai ser um grande mo-mento depois do Carnaval”, expli-cou o governador em exercício.

Vale lembrar que, logo após ter confirmado sua saída do PSDB, Carlos Brandão promoveu um encontro com lideranças do PSDB. Na época, a reunião foi tratada como um ato de lealdade a Brandão, que abriu as portas do PRB aos seus aliados. “Nos-so grupo seguirá unido, para o bem do Maranhão. Seguiremos nosso caminho no PRB, onde te-remos as condições necessárias para continuar trabalhando por um estado cada dia mais justo e solidário”, escreveu Brandão em suas redes sociais na época.

A gente está conversando

com os prefeitos, com as

lideranças políticas do PSDB

e a finalidade disso é

ouvi-los. Mas o que temos ouvido

em massa é que todos vão

nos acompanhar para esse

novo projeto de filiação ao

PRB. Prefeitos, secretários,

vice-prefeitos, vereadores

Carlos Brandão,

governador em exercício

Perseguição togada

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, partido que tem o deputado Weverton Rocha como líder na Câ-mara, criticou a “caçada judicial” contra o ex-presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva. Lupi diz que a partir do mo-mento em que a balança que simboliza a Justiça pende – independente do lado –, “quem está em jogo, de fato, é a democracia e a possibilidade de um irreparável erro".

Falta chão

O grupo Sarney, que tem Roseana como candidata ao governo em outubro, queira ou não, está vendo o chão fo-far em sua longa estrutura de poder. Com sua base parti-dária em avançado processo de erosão, ela simplesmente não terá as ferramentas necessárias para a retomada da sustentação política que sempre teve ao seu lado.

Fuga de aliados

De saída, Roseana perdeu tradicionais partidos alia-dos, que lastreariam sua campanha, para o concorrente Flávio Dino. São partidos de peso político que somam tempo de TV na campanha deste ano, muito mais que nas eleições passadas. Agora, com dinheiro contado na campanha e sem financiamento empresarial, Roseana perdeu o DEM, PP, PRB, PTB e PT.

Cenário desanimador

Será a primeira vez que ela será candidata na oposição, também a segunda vez sem a máquina pública na mão, a primeira vez em que nem ela, nem o pai, nem Ricardo Mu-rad têm mandato eletivo. A outra vez que Roseana estava sem o governo, em 2006, perdeu para Jackson Lago, do PDT.

Batendo na moleira

Janeiro começou meio esquentado no Maranhão. De-pois de receber inúmeras críticas do ex-presidente José Sarney e de suas mídias próprias e agregadas, o gover-nador Flávio Dino usou o canal que mais gosta para de-bater política. Pelo Twitter, Dino disse que as cobranças dos Sarney a seu governo sobre pobreza no Maranhão deveriam ser motivo de reflexão deles mesmos.

O Grupo Sarney não gostou nem um pouco de ver Flá-vio Dino aparecer, há duas semanas, num levantamento do portal G1, do grupo Globo, como o gestor brasileiro que cumpriu 92% das promessas de campanha, colocando-o, portanto, no topo do ranking. Imediatamente, pipocaram críticas e interpretações contrárias ao que mostrou o levan-tamento do Maranhão, sobre as promessas de todos os go-vernadores em 2014 e prefeitos de capitais.

Dino reagiu, ironizando, que Sarney só agora descobriu, depois de 62 anos, que há pobreza Maranhão, depois de ter sido deputado federal, governador, presidente da Repúbli-ca, presidente do Senado por três vezes (na verdade foram quatro). “E agora ele cobra que eu resolva suas omissões em apenas três anos. Oposição irresponsável”, rebateu.

Isso é apenas um “aperitivo” do que vem por aí no de-correr de 2018, quando os Sarney, os Lobão e os Murad vão tentar voltar ao comando do Maranhão. Dino chama isso de “décadas de coronelismo que jamais criou as condições para a nossa educação se desenvolver”. Mais adiante diz que eles sempre governaram para poucos. “Para os que têm so-brenome Sarney/Murad/Lobão”.

Mordida cara

Passear com o cão sem coleira dá multa no Maranhão. Flávio Dino sancionou a lei aprovada pela Assembleia Le-gislativa, determinando multa de R$ 600 ao proprietário que andar com o bicho solto em locais de grande fluxo de pessoas. Se o cachorro atacar alguém, a multa será triplica-da. A coleira deverá ser do tipo enforcador com mordaça.

Por nossa conta

Gastos da União com auxílio-moradia disparam em cinco anos e bancariam 18 milhões de benefícios do Bolsa Família. Daria para a construção de 70 mil casas populares ao custo de R$ 50 mil cada. De 2010 a 2017, a União liberou R$ 3,5 bi-lhões para tais auxílios do Judiciário, Executivo, Legislativo.

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NUNA NETO

Nesta data, O Imparcial trouxe como manchete: 1.832 vagas para 8 concursos no MA. A expectativa de novos certames no estado abre uma grande expectativa para os concursos que devem sair neste ano, como do Detran, Procon, Polícia Militar, Aged, Sema, Segep e Funac. As seleções devem contemplar candidatos de todos os níveis de formação. Confira!! Amarante (RN). www.oimparcial.com.br

Ano XC Nº 34.864 SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2017 CAPITAL E INTERIOR R$ 2.00

A expectativa de novos certames no estado abre uma grande expectativa para os concursos que devem sair neste ano, como do Detran, Procon, Polícia Militar, Aged, Sema, Segep e Funac. As seleções devem contemplar

candidatos de todos os níveis de formação. Confira!!

POLÍTICA Glauco Legatti, ex-gerente da Abreu e Lima, é indiciado pela PF LAVA-JATO

NOSSOS TELEFONES: GERAL: 3212-2000 COMERCIAL: 3212-2030 CLASSIFICADOS: 3212-2020 CAA - CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE: 3212-2012 REDAÇÃO: 3212-2010

1.832 vagas para

8 concursos no MA

Conta de telefone vai ficar mais cara neste mês, confirma a Anatel

FGTS

Entenda como as novas regras afetarão sua vida

NEGÓCIOS

Decisão do STF determi-nou que as empresas de telefonia fixa e móvel re-colham o ICMS sobre o valor da assinatura básica mensal.

NEGÓCIOS

Mudanças no Sertão Maranhense

Governo do Estado anunciou, no último sábado, em passagem pelo município de Coli-nas, um pacote de ações e investimentos que beneficiará a população da região em di-ferentes áreas como saúde, educação, infraestrutra e saneamento.

VIDA

São Luís tem a primeira partida de futebol americano da história

BOLA OVAL

Trupe animando a criançada na tarde de domingo

Férias ACONTECEU Controle dos gastos públicos será prioridade Em entrevista a O Imparcial, o novo presidente da TCE, Caldas Furtado, fala

das metas e objetivos em sua gestão. POLÍTICA Morre o ex-presidente do Irã Akbar Hashemi VIDA IMPAR Atlas Histórico - Brasil 500 anos

tem nova versão publicada Auditores de Controle do município são convocados AGENCIA BRASIL Pastor Valdemiro é esfaqueado no pescoço dentro da sua igreja

O religioso sofreu um atenta-do no último sábaatenta-do na Igreja Mundial do Poder de Deus, em São Paulo. Ele foi esfaque-ado duas vezes no pescoço.

ACONTECEU

Os Sharks SLZ venceram o Remo Lions por 52 a 0 em partida realizada no Sesi do Araçagi ontem. Alguns maranhenses foram convidados para jogar nos EUA.

ESPORTES VIDA ORCENIL JUNIOR

KARLOS GEROMY /O IMP/DAPRESS

9 de janeiro de 2017

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São Luís, terça-feira, 9 de janeiro de 2018

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Humberto Coutinho e o bom combate

O centenário da Faculdade de Direito

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da

história

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Como perder

R$ 18 milhões?

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ROBSON PAZ

RADIALISTA, JORNALISTA. SECRETÁRIO ADJUNTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E DIRETOR-GERAL DA NOVA 1290 TIMBIRA AM

RAPHAEL CORDEIRO

CONSULTOR DE INVESTIMENTOS, COORDENADOR DO CURSO DE EAD EM FINANÇAS PESSOAIS DA

UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) E ESCRITOR

A antiga Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil, construída em 30 de junho de 1893, por exemplo, foi responsável por mudar o modo de vida do bairro do Anil. Ocupou uma área de 9.991m², sendo edificada em pedra, cal e alvenaria de tijolo. E como era comum acontecer no entorno das fábricas, uma vila operária prosperou na região e com isso diversos serviços foram sen-do instalasen-dos nas proximidades sen-do pátio fabril. Como boa parte das fábricas da época, a Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil não resistiu aos entraves e pediu falência em 1961. Abandonada por muito tempo, foi somente um sécu-lo depois do lançamento de sua pedra fundamental que o sécu-local foi recupera-do e deu espaço ao Centro Integrarecupera-do Rio Anil (Cintra). Arecupera-dotou-se para o novo centro a mesma cor azul da antiga Fábrica, segundo a lembrança dos velhos moradores do bairro. (Foto: Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil_ 1986)

A Faculdade de Direito do Maranhão com-pleta cem anos de criação dia 28 de abril do ano corrente, computando-se o tempo da sua sucessora, a Faculdade de Direito de São Luís, posteriormente incorporada a Uni-versidade Federal, em 1966, como Depar-tamento Acadêmico. A efeméride reveste-se de elevado significado por testemunhar a materialização, ao longo de dez décadas, de projeto de capital importância para a política e a cultura do Estado.

Associam-se às comemorações entida-des representativas de nossa sociedade: os Conselhos Federal e Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil; o Tribunal de Jus-tiça do Maranhão; a Universidade Federal do Maranhão; a Academia Maranhense de Letras Jurídicas; o Centro de Estudos Cons-titucionais e de Gestão Pública; a Univer-sidade Estadual do Maranhão; a Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão; o Instituto de Educação, Ciência e Tecnolo-gia do Maranhão-IEMA, o Instituto Histó-rico e Geográfico do Maranhão; a Escola de Formação de Governantes; o Centro Ig-nácio Rangel, a Academia Maranhense de Letras. Esta última instituição completará cento e dez anos. Criada em 1908, fruto do idealismo do mesmo grupo que concebeu a Faculdade de Direito e a Seccional da Or-dem dos Advogados em 1932.

Quando me indagam sobre o traço fun-damental da Faculdade de Direito, não re-luto em responder: o compromisso maior,

JOÃO BATISTA

ERICEIRA

PROFESSOR UNIVERSITÁRIO E SÓCIO MAJORITÁRIO DE JOÃO BATISTA ERICEIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS

desde a gênese é, além da realização da jus-tiça, com as letras, a prosa, a poesia, as ar-tes. E nada mais natural, pois o Direito é, por excelência, um produto cultural. Arga-massado na velha Roma, passou pela penín-sula Ibérica até aportar na nossa São Luís. Na manhã de 28 de abril de 1918, segundo a ata lavrada por Domingos Perdigão, por iniciativa de Alfredo Assis Castro, Antônio Lopes da Cunha, José de Almeida Nunes e Manoel Fran Paxeco, e dele próprio, resol-veu fundar-se a Faculdade de Direito.

O ato foi presidido por Henrique de Couto, Secretário de Interior do Estado, que depois veio a dirigi-la de 1922 a 1934, dela afastan-do-se para exercer o mandato de deputado federal pelo Maranhão. Antes, exerceu vários cargos da Magistratura. Consta da ata que a iniciativa foi de Domingos Castro Perdigão, pai de Fernando Perdigão, que depois seria seu diretor. Ele recebeu merecida homena-gem, por sugestão minha, o Fórum Univer-sitário, em 1996, recebeu o seu nome.

Na primeira atividade do Fórum, con-videi para a palestra inaugural o escritor Josué Montello, amigo pessoal de Fernan-do Perdigão, que na ocasião contou vários casos ligados a vida do jurista. Cumpre rei-terar, na ata fundacional da Faculdade há a preocupação com “o renome de Atenas”, o nome e a tradição que o Maranhão já con-quistara no cenário brasileiro.

A Faculdade de Direito do Maranhão nas-ceu, portanto, sob o signo do projeto atenien-se. O vezo acadêmico está na sua semente, como consta do discurso em memória de Viana Vaz, o primeiro diretor, proferido pelo sucessor Henrique Couto, na noite de 6 de fevereiro de 1922. Verbis: “quando um gru-po de intelectuais, rompendo a apatia do meio, e suplantando o desdém de muitos, cogitou de fundar a Academia de Direito do

Maranhão, foi logo apontando o nome do Dr. Vaz para diretor, como uma das condi-ções de viabilizar o tentamen”.

O projeto fora encampado pelo Gover-no do Estado, e em seguida aprovado pelo Conselho de Ensino Superior em 1924. Os seus dirigentes integravam a liderança po-lítica e cultural do Estado. Suas colações de grau realizavam-se na Assembléia Legislati-va, e tinham enorme repercussão, tal como o evento comemorativo da fundação dos cursos jurídicos no Brasil, celebrado com o cinqüentenário da vida literária de Ruy Bar-bosa. A solenidade ocorrida no Teatro São Luís (hoje, Arthur Azevedo), com a partici-pação da Academia Maranhense de Letras, contou com o brilho oratório de Clodomir Cardoso, representando o corpo docente; de Alfredo de Assis, pela Academia; e do poeta Inácio Xavier de Carvalho, recitan-do ode de sua autoria sobre as festividades. O prédio da Rua do Sol, adquirido em 1923 dos herdeiros do poeta Inácio Xavier de Car-valho, com recursos da Associação Comercial e do Governo do Estado, depois seria identifi-cado fisicamente com a História da Faculdade de Direito do Maranhão, que este ano cele-braremos, desenvolvendo múltiplas ativida-des como: seminários, mostras fotográficas, outorga de medalhas, publicação de livros.

A Seccional da OAB, por seu presidente Thiago Diaz, tem se empenhado na reali-zação desse objetivo, afinal, muitos dos seus presidentes, só para lembrar alguns, foram professores, alunos, e diretores da Faculdade de Direito: João Hermógenes Matos, Newton Belo, Antenor Bogéa, José Ribamar Cunha Oliveira.

O ano é curto para os preitos de grati-dão que nós maranhenses tributaremos aos nossos maiores, que nos legaram tão caras tradições, muitas delas na área do Direito. Manhã de terça-feira, 2 de janeiro.

Tris-teza, lágrimas e perplexidade povoavam semblantes de crianças, jovens, adultos e idosos, que se reuniam nas portas das casas para ver passar o cortejo do maior líder político da região dos Cocais e um dos mais importantes da história recen-te do Maranhão. Sentimento manifesta-do também por tomanifesta-dos que participaram do velório, no ginásio da Facema e no ce-mitério Olaria, no município de Caxias.

Comportamento que dá a dimensão da estatura política do vereador, ex-prefeito, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa e ex-governador interino do Maranhão, Humberto Couti-nho. Amor e admiração dos caxienses que aumentaram a partir dos mandatos como prefeito do município. Foram oito anos de crescimento jamais experimentado pela cidade, entre 2004 e 2012. “Tive a sorte e o prazer de ser prefeito e ser adotado

pelo Flávio (Dino) como deputado (fede-ral) e fiz um excelente governo em Caxias”, disse com simplicidade Humberto, num dos últimos discursos feitos, no Palácio Henrique de La Rocque, no ano passado.

Mas, Humberto foi além e alcançou o respeito dos maranhenses ao participar decisivamente do processo de mudan-ça em curso no estado. Primeiro, quan-do abraçou a candidatura vitoriosa quan-do ex-governador Jackson Lago, em 2006. Ano em que apoiou Flávio Dino em sua estreia exitosa na política como candi-dato a deputado federal.

Depois, quando a exemplo do ex-vice-presidente da República empre-sário José Alencar, que apoiou a candi-datura do ex-presidente Lula, conferiu apoio importante na construção das candidaturas de Flávio Dino ao gover-no do Estado, em 2010 e 2014.

Humberto Coutinho foi o primeiro e dos poucos prefeitos a manifestarem apoio publicamente e trabalhar pela can-didatura comunista. Apoio revestido de elevado simbolismo. Entre as muitas ra-zões por se tratar de um líder político de um dos principais colégios eleitorais do Estado, médico, de família tradicional e com grande poder econômico com atu-ação em vários segmentos, como

pecuá-ria, construção civil, comunicação, edu-cação, saúde.

Em tese, seria mais cômodo render-se ao status quo em vez de defender um projeto político, cujo vértice é a defesa da justiça social e o combate às desigualda-des existentes no Estado. Humberto optou pelo caminho teoricamente mais difícil.

Vencida a batalha eleitoral de 2014, ele foi um dos pilares da governabilidade dos três primeiros anos de gestão Flávio Dino, no Legislativo estadual.

Aos 71 anos, Humberto Coutinho esta-va no ápice da carreira política. Em 2015, foi eleito presidente da Casa do Povo com os votos de 40 dos 42 deputados estadu-ais e, dois anos depois, reeleito por una-nimidade. Em 2016, exerceu o cargo de governador do Estado.

Político leal, cordial, conciliador e visionário, Humberto conduziu com competência e habilidade a Assem-bleia Legislativa.

Na luta contra o câncer, Humberto Coutinho deixou também exemplo de luta e superação. Praticou aquilo que o mais ilustre caxiense, o poeta Gonçalves Dias descreveu na Canção do Tamoio. “A vida é combate que os fracos abate, que os fortes, os bravos só pode exaltar”.

Humberto Coutinho lutou o bom combate! Pesquisas

indi-cam que 70% dos apostadores que ganharam fortunas em prêmios de lote-rias perderam tudo em poucos anos. Na maioria dos casos, as pessoas caem na mesma cilada, acreditam que o dinheiro vai durar para sempre e que todos os seus dese-jos e de seus fami-liares poderão ser conquistados. Para

o dinheiro durar para sempre, há apenas uma saída: gas-tar apenas o rendimento real, acima da inflação.

Na Mega-Sena da Virada houve 17 vencedores — e cada um deles ficou com R$ 18 milhões. Muito dinhei-ro, não é? Porém, há enormes chances de nove deles não terem mais nada dentro de alguns anos. O vencedor po-deria aplicar tudo em títulos do Tesouro IPCA+(NTN-B) e receber líquido, trimestralmente, em sua conta, pou-co mais de R$ 120 mil. Isso é muito, se for para bancar apenas os gastos correntes, como supermercado, ma-nutenção da casa, combustível, restaurantes etc. Porém, se colocarmos na conta compra de bens, viagens extra-vagantes e mimos caros, o dinheiro começará a sumir.

Quanto custaria comprar um carro e um apartamen-to para cada integrante da família? Com esse montante de dinheiro, será que se contentariam em possuir apar-tamentos de R$ 400 mil e carros de R$ 50 mil? Se o cida-dão comprar um baita apartamento, uma casa na praia e dois carros de alto padrão, poderão ir R$ 8 milhões dos R$ 10 milhões, que gerarão despesas próximas de R$ 15 mil mensais. E, nesse caso, sobrarão apenas R$ 10 milhões para os investimentos, que vão gerar R$ 35 mil mensais de renda. Considerando que o ganhador poderá fazer maus investimentos por não entender do assunto e aceitar sugestões de outros maus entendedores, pron-to! Estará condenado a ser mais um que passará para a estatística dos 70% que perdem tudo em poucos anos.

O que fazer então para que o dinheiro não suma? Simples: ter o recurso investido em coisas sólidas e gas-tar apenas o rendimento. Minha sugestão é que a fa-mília defina um orçamento para compra de bens e de-pois aplique parte do dinheiro em investimentos que paguem os rendimentos em conta-corrente. Um des-ses últimos ganhadores, por exemplo, poderia destinar 20% para compra de bens e doações e aplicar o restante. Se comprar títulos públicos e fundos imobiliários com R$ 15 milhões, terá rendimentos depositados na con-ta, mensalmente, equivalentes a R$ 60 mil, corrigidos periodicamente pela inflação. Além disso, os outros R$ 5 milhões continuariam crescendo indefinidamente.

Parece fácil. Mas por que as pessoas não conseguem executar um plano assim? As duas principais razões são: 1) falta de conhecimento financeiro, não apenas da pessoa, mas também de pessoas que supostamente a assessoram; e 2) a emoção incentiva a viver por impulso, investindo em furadas e comprando brinquedos que implicam des-pesas. O maior segredo é segurar os impulsos, tentando viver de forma não tão diferente do que se vivia antes de o apostador ganhar o prêmio, e buscar ajuda de um pro-fissional fora da família — um consultor independente e ético que, de fato, entenda de investimentos.

Nos últimos anos, a profissão de planejador financeiro e consultor de investimento independente ganhou bas-tante espaço e se tornou viável a contratação de profissio-nais qualificados e independentes. Na Comissão de Valo-res Mobiliários (CVM), é possível verificar os consultoValo-res credenciados para atuar profissionalmente: http://siste-mas.cvm.gov.br. No site da Apimec, é possível consultar os analistas de investimentos registrados (http://www. apimec.com.br) e, no site da Planejar, há uma lista dos planejadores financeiros certificados: https://www.pla-nejar.org.br/certificacao/planejador-financeiro/busca/.

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NEGÓCIOS

São Luís, terça-feira, 9 de janeiro de 2018

www.oimparcial.com.br

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R$ 100

MILHÕES

serão investidos pela MRV Engenharia no

Maranhão em 2018

De acordo com a Caixa Eco-nômica, para solicitar essa linha de crédito, o interessa-do deve atender às seguin-tes condições:

n Não possuir financiamento habitacional ativo nas condi-ções do Sistema Financeiro da Habitação (SFH);

n Não ser proprietário, ces-sionário, arrendatário ou pro-mitente comprador de imóvel residencial urbano concluí-do ou em construção situaconcluí-do no município onde exerce sua ocupação principal, nos mu-nicípios limítrofes e na região metropolitana ou no atual mu-nicípio de residência; n Ter mínimo de 3 anos de tra-balho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes, conse-cutivos ou não;

n Contar com contrato de tra-balho ativo sob regime do FGTS ou saldo em Conta Vinculada do Fundo, na data de conces-são do financiamento, corres-pondente a, no mínimo, 10% do valor do imóvel.

Condições para

financiamento com

a linha pró-cotista

Responsável: Viviane Passos E-mail: viviannepassos@gmail.com

Reabertura de crédito

pode

alavancar venda de imóveis

Pró-cotista, linha de crédito mais barato a imóvel usado, volta a financiar 70% do valor da unidade. Para ter acesso, é necessário ter

contribuído ao FGTS por mais de três anos, consecutivos ou não, na mesma empresa ou em empresas diferentes

Tivemos alguns clientes que, além da redução da

margem de financiamento, também foram afetados

pelo aumento nas exigências burocráticas

Gustavo Matos, corretor

O

mercado

imobiliá-rio espera em 2018 concentrar investi-mentos e resulta-dos de forma a sinalizar a saída da recessão que para o setor ainda não se con-cretizou. O desempenho da Construção Civil tem forte influência dos investimentos do governo federal por meio da Caixa Econômica com a oferta de crédito para os no-vos empreendimentos. Os mutuários também depen-dem do que rege as regras da Caixa, especialmente no que se refere aos recursos do FGTS.

No ano passado, a Caixa Econômica Federal (CEF) re-duziu os limites de financia-mento para imóveis novos de 90% para 80% e usados, de 70% para 50%. A medi-da atingiu empréstimos com recursos do Fundo de Ga-rantia do Tempo de Serviço (FGTS), do programa Minha Casa, Minha Vida e linhas Pró-Cotista e CCFGTS, e do Sistema Brasileiro de Pou-pança e Empréstimos (SBPE). A Caixa, que é responsá-vel por 70% do crédito imo-biliário no país, passando por grave escassez de recur-sos, suspendeu a linha pró-cotista no primeiro semes-tre de 2017 e reduziu o teto para usados em agosto e em setembro.

Porém, como anunciado no ano anterior, a Caixa re-tomou no início de janeiro a linha de empréstimo imo-biliário pró-cotista e elevou de 50% para 70% a cota do financiamento de imóveis usados. A linha pró-cotista FGTS financia unidades de até R$ 950 mil e cobra juros de até 8,66% ao ano. Para a modalidade, este ano, o banco disponibilizará R$ 4 bilhões para emprestar aos cotistas, menos que os R$ 6,1 bilhões contratados na linha em 2017.

A linha pró-cotista é a que cobra os menores juros para trabalhadores com carteira assinada que não se enqua-dram nas regras do progra-ma Minha Casa, Minha Vida. Além da Caixa, o Banco do Brasil é o único que oferece à pró-cotista.

A linha de crédito mais barata é a oferecida para quem se enquadra no pro-grama Minha Casa, Minha Vida, que financia imóveis de até R$ 225 mil.

O restabelecimento do teto para financiamento de imóveis usados de 50% para 70% do valor da uni-dade, contudo, é uma es-perança de novo fôlego no mercado imobiliário já que os mutuários passaram a ter dificuldade em financiar a compra de imóveis usados por causa da condição de entrada de metade do valor.

FOT

OS: KARLOS GEROMY/OIMP/D.A

PRESS

Influência no financiamento

A Construção Civil foi um dos setores que não conseguiu sair da recessão em 2017, e conta com a capitalização da Caixa Econômica Federal para o aumento da oferta de crédito para os novos empre-endimentos. Para isso, seria necessária uma operação de socorro à Caixa com recursos do FGTS, para que banco possa operar, e por consequência estimular a construção civil e o mercado imobiliário.

Em 2017, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sofreu perdas de 40,9% entre janeiro e outubro, enquanto o Minha Casa Mi-nha Vida, principal programa dedicado à baixa renda, diminuiu 61,4%. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), entre novembro de 2016 e outubro de 2017, foram aplicados R$ 45,6 bilhões na compra e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança, o que repre-senta uma retração de 0,9% ante os 12 meses precedentes. Em no-vembro, os financiamentos totalizaram R$ 31,5 bilhões, queda de 14,7% ante outubro, e os empréstimos alcançaram 13,5 mil unida-des, 14,6% menos que no mês anterior.

Dessa forma, o setor reconhece que as medidas do governo com cortes de recursos, seguramente atingem os negócios imobiliários.

O mercado em recuperação nos últimos meses, apesar da retração na construção civil, incentivou as empresas a rever seus planos para 2018 e a voltarem a investir. A MRV Engenharia está otimista em rela-ção às perspectivas do setor de construrela-ção no Maranhão 2018, apesar do cenário macroeconômico atual, que ainda oferece grandes desafios.

Segundo Alessandro Almeida, diretor comercial de vendas da MRV, até o final do ano de 2018, a MRV investirá mais de R$ 100 milhões para o lançamento de 1.271 unidades habitacionais em São Luís com Valor Geral de Vendas (VGV) potencial de R$ 202 milhões. Com esse investimento a empresa projeta chegar em 2018 com um aumento de mais de 10% na sua força de trabalho na localidade.

De acordo com os resultados operacionais de 2017, as vendas con-tratadas da MRV no Maranhão alcançaram a marca de R$ 40,8 milhões nos primeiros nove meses do ano, esse resultado reforça ainda mais a importância do estado na operação da construtora. Alessandro afirma que o momento atual está propício para a compra de terrenos e a em-presa conta com um land bank muito robusto no estado. O executivo ressalta que o mercado de imóveis econômicos ainda é muito carente e o funding dos clientes da MRV é o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) com financiamento das faixas 1,5, 2 e 3 do programa habitacional do governo Federal, o Minha Casa, Minha Vida, cujas re-gras mantém condições excepcionais para o financiamento do primeiro imóvel, com juros abaixo da inflação. O Minha Casa, Minha Vida está sendo uma injeção de adrenalina para a empresa que já tem hoje um a cada 200 brasileiros morando em um imóvel construído pela MRV.

Influência do governo

Empresas mantêm otimismo

Queda das taxas de juros e aumento na margem de financiamento podem aquecer mercado imobiliário

A pessoa vai dispor de um menor valor

para dar como sinal, tendo que levantar

apenas 30% do valor do imóvel, em vez

dos 50% de entrada que para elas se

tornou inviável

Bento Mendes, proprietário da BMendes Imóveis

No período de redução no percentual de financiamento imobiliário da Caixa, outros bancos passaram a ser alterna-tivas aos compradores. Embo-ra as taxas de juros sejam mais altas, as instituições estão ofe-recendo o prazo de 360 meses para pagamento.

“Quando a Caixa passou a operar com redução na mar-gem de financiamento, dimi-nuíram as operações de venda. Em contrapartida, os outros bancos como Santander, Bra-desco e Banco do Brasil pas-saram a ser mais requisitados pelas condições oferecidas”, informa o corretor da Ivo Lira Imóveis, Gustavo Matos.

Segundo o corretor, com o retorno do financiamento de 70% do imóvel usado pela Cai-xa, a expectativa é que o cená-rio melhore e o mercado volte a aquecer, embora a ainda per-sista a preocupação com a bu-rocracia do banco estatal.

“Tivemos alguns clientes que, além da redução da margem de financiamento, também foram afetados pelo aumento nas exi-gências burocráticas. Então, es-sas pessoas adiaram a compra na expectativa de diminuição das exigências e reaquecimen-to do mercado”, afirma Mareaquecimen-tos.

Com a mudança na linha de crédito, Juliana que ficou me-ses tentando comprar uma casa usada, no ano passado preci-sou procurar outra instituição financeira para efetivar a ne-gociação do imóvel.

“Tive que recorrer a outro banco que foi o Banco do

Bra-sil. A demora também em ana-lisar o processo foi uma coi-sa que atrapalhou bastante. Quando eles [a Caixa] reduzi-ram o limite de financiamento de 70% para 50%, ainda não tinha resposta para a proposta que foi feita em nome do meu marido e eu”, Juliana Correa, enfermeira de 29 anos.

A melhoria na venda de imó-veis usados também gera boas expectativa na comercialização de empreendimentos novos. Se-gundo os operadores do setor, há pessoas que estão aguardando a retomada nas linhas de

crédi-to para poder enfim comprar o desejado imóvel.

“Muitas pessoas vendem um imóvel usado para comprar um novo, então isso influencia e mo-vimenta a cadeia imobiliária. A pessoa vai dispor de um me-nor valor para dar como sinal, tendo que levantar apenas 30% do valor do imóvel, em vez dos 50% de entrada que para elas se tornou inviável. Então, espera-mos uma melhoria no setor em

2018 com a volta dessas linhas de crédito de forma ampla”, ava-lia Bento Mendes, proprietário da BMendes Imóveis.

Para o presidente da Asso-ciação dos Dirigentes de Em-presas do Mercado Imobiliário do Estado do MA (Ademi-MA), Cláudio Calzavara, em vez da li-nha pró-cotista, os recursos do FGTS são mais necessários para os empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida, nas menores faixas, que são os imóveis mais vendidos na região Nordeste.

Segundo a entidade, com a poupança custando menos de 6% ao ano para os bancos, eles não precisariam do FGTS para atender ao público foco que compram imóveis de valo-res mais elevados. Para o pre-sidente da Ademi, o perfil de comprador no Maranhão é para imóveis do programa Minha Casa Minha Vida, que corres-ponde ao padrão dos empre-endimentos formados por tér-reo e mais três andares, que se encontram em bairros como Cohatrac, Turu e Anil.

“A questão é que a Caixa não tem dinheiro para finan-ciar imóveis no Sistema Brasi-leiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Essa gama de incentivo à venda de imóveis caros con-diz mais com a realidade do sul e sudeste do país. No momen-to, ao meu ver, é desperdiçar recursos do FGTS necessários para o Minha Casa Minha Vida, pois enquanto se vende um imó-vel na Ponta D'Areia, se vende 100 no Cohatrac”, alega Cláu-dio Calzavara.

R$ 950

MIL

Valor do teto para financiamento de imóveis

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