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Dinâmica migratória intraestadual no Estado do Rio de Janeiro: uma análise a partir dos resultados do Censo 2000

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Dinâmica migratória intraestadual no Estado do Rio de Janeiro:

uma análise a partir dos resultados do Censo 2000

Leila Regina Ervatti

Palavras-chave: migração mesorregional; Rio de Janeiro; perfil do migrante.

Resumo

Palco dos intensos deslocamentos populacionais ocorridos no país, o estado do Rio de Janeiro até a década de 70 exibia saldo migratório positivo, revelando ter este espaço grande capacidade de atrair população, juntamente com o estado de São Paulo. Na década de 80, influenciada pela crise econômica que o país atravessava, esta situação apresentou um comportamento inverso, demonstrando que o Rio estava perdendo capacidade de reter população em seu território, o que resultou num saldo migratório negativo.

A década de 90 sinaliza para a retomada do crescimento econômico no estado, com a realização de vários investimentos, principalmente em direção ao interior, dada a saturação do eixo Metropolitano. Esta reordenação da produção no espaço fluminense gerou uma redistribuição interna da população, o que provavelmente influenciou as correntes migratórias em direção ao estado do Rio.

Dentro desse contexto, esse artigo tem como objetivo analisar os movimentos migratórios ocorridos nas mesorregiões do estado no período 1995/2000, tanto no nível interestadual quanto intraestadual. Além dos fluxos, a análise engloba o perfil destes migrantes.

Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG –

Brasil, de 20- 24 de Setembro de 2004.

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Dinâmica migratória intraestadual no Estado do Rio de Janeiro:

uma análise a partir dos resultados do Censo 2000

Leila Regina Ervatti

Introdução

O Censo 2000 aponta através das taxas de crescimento dos municípios e de algumas regiões do estado, uma intensificação das migrações internas, isto é, entre municípios de uma mesma região e até mesmo entre regiões. São áreas que demonstraram forte atratividade migratória (mais intensamente as litorâneas), provavelmente por demanda de mão-de-obra impulsionadas pelo crescimento do setor de serviços, serviços domésticos e construção civil provocados pelo “boom” imobiliário e diversificação das atividades de lazer e turismo destas regiões, e áreas com baixo crescimento e até mesmo perdas populacionais, como as regiões Centro e Noroeste Fluminense. Esta afirmação de que a migração é o agente principal da dinâmica populacional observada no interior do Rio, baseia-se no fato de ser pouco provável que o crescimento vegetativo tenha produzido diferenciais tão marcantes na evolução demográfica destas regiões, haja visto o comportamento, sobretudo da fecundidade, no estado do Rio de Janeiro.

Este comportamento distingue áreas de alta atratividade migratória e áreas de expulsão de população, como pode-se observar através das taxas de crescimento das mesorregiões do estado do Rio (Mapa 1). A mesorregião das Baixadas, por exemplo, apresentou uma taxa de crescimento anual de 4,81% nos anos 90, quase 4 vezes a taxa do estado, enquanto que a meso Centro Fluminense apresentou a menor taxa de crescimento no mesmo período, ou seja, 0,69% aa.. Por outro lado, alguns estudos sinalizam para uma desconcentração das atividades industriais no estado, indicando uma interiorização do espaço produtivo. Simões (2003) mostra que o número de estabelecimentos industriais na Região Metropolitana do Rio diminuiu entre 1992 e 1999, enquanto que nas outras regiões de governo, com exceção da Serrana, este número cresceu. Este quadro vem sendo discutido por especialistas que afirmam estar havendo incentivos a investimentos em novos projetos no interior do estado, já que a Região Metropolitana está saturada física e economicamente, seguindo a tese de que as áreas metropolitanas vêm se transformando em economia de serviços, com a perda da centralidade da indústria na geração de empregos2.

Em reportagem intitulada “Rio perde habitantes e recursos para o interior”, trazida no Jornal do Brasil de 14/5/2001, Luiz Paulo Canale (Instituto Fecomércio) afirma que a cidade do Rio de Janeiro é responsável por 62% do Produto Interno Bruto total do estado, mas os investimentos

Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG –

Brasil, de 20- 24 de Setembro de 2004.

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programados já estão dispostos de modo menos concentrado: apenas 37% das aplicações previstas para os próximos anos ficariam em solo carioca.

Segundo o mesmo estudo, os investimentos públicos também têm sido direcionado mais fortemente para o interior. Em 1998, foram R$ 324 milhões contra R$ 238 milhões na capital. A média salarial em alguns setores das regiões interioranas também contribui para desiludir aqueles que acreditam que quanto mais perto do Rio, melhor a remuneração. A média salarial da indústria extrativa em 1998 era de 11,5 salários mínimos no interior contra 9,1 pagos na cidade do Rio. Nas instituições financeiras, a média no setor no Rio ficou em 12,9 inferior aos 13,6 do restante do estado.

Assim, baseando-se nas taxas de crescimento populacional nas mesorregiões e nos cenários que apontam para uma descentralização produtiva no estado do Rio, são analisados os fluxos migratórios ocorridos no âmbito das mesorregiões, inclusive considerando-se os movimentos interestaduais, porém com um enfoque maior nos movimentos intraestadual.

Taxa media geometrica de crescimento anual (%)

0,69 a 0,97 0,97 a 1,19 1,19 a 1,70 1,70 a 4,81 NOROESTE FLUMINENSE NORTE FLUMINENSE CENTRO FLUMINENSE SUL FLUMINENSE BAIXADAS METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO ESPIRITO SANTO MINAS GERAIS SAO PAULO

Mesorregioes do estado do Rio de Janeiro - 1991/2000

1,51

Taxa media geometrica de crescimento anual (%)

0,69 0,98

1,70

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FLUXOS MIGRATÓRIOS NAS MESORREGIÕES

Metropolitana do Rio de Janeiro3

Composta pela Região Metropolitana do Rio, que concentra 76% da população do estado, e pelas microrregiões de Vassouras, Serrana, Macacu-Caceribu e Itaguaí. Esta meso engloba regiões com níveis de desenvolvimento demográfico e sócioeconômico bem distintos e, sobretudo, está fortemente influenciada pelo comportamento da Região Metropolitana do Rio, o que pode conduzir a um certo viés nas estimativas obtidas.

Vale observar que a Baixada Fluminense faz parte da Região Metropolitana do estado, e contém parcela relevante da indústria estadual, especialmente do segmento químico e petroquímico em razão da refinaria de Duque de Caxias.

Sua dinâmica populacional pode ser avaliada pela taxa média de crescimento anual, da ordem de 1,19%, comparada às taxas de crescimento dos seus municípios, que variaram de -0,31 em Nilópolis a 3,78 em Mangaratiba (Anexo1). O comportamento das taxas de crescimento sugerem que os deslocamentos internos à meso foram intensos, já que alguns municípios expressaram um incremento populacional bem acima do registrado para a meso como um todo. De fato, entre 1995 e 2000 as migrações internas à meso metropolitana mobilizaram 348.516 pessoas (53,2% dos movimentos ocorridos neste período), o que pode explicar, em boa medida, o comportamento diferencial das taxas de crescimento dos municípios.

Esta região, como mostra a tabela 1, perde população no cômputo total entre entradas e saídas de pessoas. As trocas intraestadual motivaram um perda de aproximadamente 43 mil pessoas, o que gerou um indice de eficácia migratória de -0,333, classificando-a com uma área de média evasão migratória em relação às outras regiões do estado.

Os emigrantes se dirigiram majoritariamente para a mesorregião das Baixadas, onde se localiza a chamada região dos Lagos. Cerca de 40 mil pessoas residiam na mesorregião Metropolitana do Rio em 1995 e encontravam-se em 2000 residindo na região das Baixadas, enquanto que, no mesmo período, 9.136 pessoas saíram desta para a Metropolitana. As outras mesos também levaram vantagem em relação à Metropolitana, porém mobilizaram um contingente bem menor de pessoas.

As migrações interestaduais revelam um saldo positivo para a Metropolitana, o que, só é possível devido à imigração de nordestinos, provavelmente com destino à Região Metropolitana do Rio, já que os saldos da meso Metropolitana é negativo em relação à todas as outras Grandes regiões do país e também aos outros estados da região Sudeste. O índice de eficácia migratória relativo às trocas interestaduais coloca esta meso como uma área de rotatividade migratória, cujo peso das trocas entre a Metropolitana e a região Nordeste é primordial nessa análise e conclusão.

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Mesorregiões do Estado

do Rio de Janeiro, Unidades Imigrantes Emigrantes Saldos Índice de Eficácia

da Federação e Grandes Regiões migratórios Migratória

Total 306.977 309.705 -2.728 -0,004 Intraestaduais 43.510 86.860 -43.350 -0,333 Baixadas 9.136 40.170 -31.034 -0,629 Sul Fluminense 11.400 14.769 -3.369 -0,129 Norte Fluminense 10.186 13.762 -3.576 -0,149 Centro Fluminenese 7.165 11.520 -4.355 -0,233 Noroeste Fluminense 5.623 6.639 -1.016 -0,083 Interestaduais 263.466 222.845 40.622 0,084 Região Sudeste 76.028 96.985 -20.957 -0,121 Minas Gerais 31.907 40.552 -8.645 -0,119 Espírito Santo 12.366 21.440 -9.074 -0,268 São Paulo 31.755 34.994 -3.238 -0,049 Norte 13.347 14.201 -854 -0,031 Nordeste 146.781 74.287 72.494 0,328 Sul 14.362 18.471 -4.109 -0,125 Centro-oeste 12.948 18.901 -5.952 -0,187

Movimentos dentro da própria mesorregião 348516

Fonte: IBGE. Censo Demográfico de 2000

OBS: Deve-se ter cautela ao analisar as estimativas onde o volume é muito pequeno, devido ao erro amostral

Metropolitana do Rio de Janeiro

Tabela 1

Imigrantes, emigrantes, saldo líquido migratório e índice de eficácia migratória, segundo as Mesorregiões do Estado do Rio de Janeiro, as Unidades da Federação e as Grandes Regiões

Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro - 2000

Baixadas

A região das Baixadas abrange boa parte da Região dos Lagos, área de turismo litorâneo e atividades de lazer, onde o setor de serviços ocupa um papel de destaque na economia regional. Esta meso apresentou as maiores taxas médias anuais de crescimento populacional no estado na última década. Dos dez municípios que tiveram as maiores taxas de crescimento no estado, 6 pertenciam a meso das Baixadas. Neste período foram criados três novos municípios - Rio das Ostras, Iguaba Grande e Armação de Búzios - cujas taxas de crescimento superaram a média de 6% ao ano entre 1991 e 2000 (Anexo 1).

Outro fator importante a ser observado nesta região diz respeito aos benefícios que alguns de seus municípios como Rio das Ostras, Cabo Frio, Armação dos Búzios e Casimiro de Abreu, tiveram através dos royalties e participações especiais advindas da exploração, produção e distribuição do petróleo na Bacia de campos, o que certamente contribuiu para o desenvolvimento econômico e estrutural dessa região ( Ribeiro, 2002). Dos 10 municípios das Baixadas, quatro estavam entre aqueles que detinham os maiores royalties per capita no Brasil em 2001.

Esta meso revela-se como uma área de forte absorção migratória quando as trocas acontecem no âmbito intraestadual. Cerca de 82,4% dos imigrantes são provenientes do próprio estado do Rio, sobretudo, da mesorregião Metropolitana do Rio (76%) (Tabela 2).

O fato desta ser uma região de veraneio de vários moradores da Região Metropolitana e de seus arredores, certamente contribui para a formação deste fluxo. O crescimento do turismo, investimentos habitacionais, de infraestrutura, aeroportos, além da melhoria substancial das principais rodovias de acesso ligando a Metropolitana à Região dos Lagos certamente constituem fatores determinantes dessa corrente migratória.

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Outro fluxo importante para esta região são aqueles vindos do Norte Fluminense, onde se localiza a cidade de Macaé, que fica a poucos quilômetros desta região e onde está localizada a base operacional da Petrobrás. Uma das hipóteses para esta corrente, seriam os custos de moradia mais acessíveis nesta região, o que poderia estar provocando uma mobilidade pendular, ou seja, pessoas que teriam optado por morar nas região das Baixadas e trabalhar em Macaé.

As trocas com as outras mesos do estado se mostram um tanto tímidas, porém sempre mantendo um saldo positivo a favor da região das Baixadas.

Em relação às outras Unidades da Federação, o saldo também se mantém positivo, onde o maior fluxo observado é oriundo da própria região Sudeste, especialmente do estado de Minas Gerais. O segundo maior fluxo tem como origem a região Nordeste, que no período enviou 3.781 pessoas para a região.

No cômputo final, a mesorregião das Baixadas apresenta um saldo migratório positivo de 47.380 pessoas no período analisado, revelando uma taxa líquida de migração de 102,5‰ habitantes em 2000. Cabe ressaltar que esta região foi a que mais ganhou nas trocas populacionais, sobretudo intraestadual.

Este resultado leva a crer que o incremento populacional observado na década de 90 para esta região, e, em especial, para alguns de seus municípios, se deve sobretudo à imigração, já que o crescimento vegetativo, certamente, não é fator preponderante nas taxas de crescimento observadas.

Vale ressaltar que os movimentos ocorridos no âmbito da própria meso mobilizaram 9.626 pessoas, o equivalente a 11,8% daqueles envolvendo outras mesos ou Unidades da Federação.

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Mesorregiões do Estado

do Rio de Janeiro, Unidades Imigrantes Emigrantes Saldos Índice de Eficácia

da Federação e Grandes Regiões migratórios Migratória

Total 64.449 17.069 47.380 0,581 Intraestaduais 53.099 12.284 40.815 0,624 Metropolitana 40.170 9.136 31.034 0,629 Sul Fluminense 795 159 636 0,667 Norte Fluminense 8.991 2.043 6.948 0,630 Centro Fluminenese 1.422 481 941 0,494 Noroeste Fluminense 1.721 465 1.256 0,575 Interestaduais 11.350 4.785 6.565 0,407 Região Sudeste 5.856 2.318 3.537 0,433 Minas Gerais 2.717 1.252 1.465 0,369 Espírito Santo 1.462 489 973 0,499 São Paulo 1.676 578 1.099 0,487 Norte 463 234 230 0,329 Nordeste 3.781 1.118 2.663 0,544 Sul 429 380 49 0,061 Centro-oeste 822 735 87 0,056

Movimentos dentro da própria mesorregião 9626

Fonte: IBGE. Censo Demográfico de

OBS: Deve-se ter cautela ao analisar as estimativas onde o volume é muito pequeno, devido ao erro amostral

Baixadas

Tabela 2

Imigrantes, emigrantes, saldo líquido migratório e índice de eficácia migratória, segundo as Mesorregiões do Estado do Rio de Janeiro, as Unidades da Federação e as Grandes Regiões

Mesorregião Baixadas - 2000

Sul Fluminense

A mesorregião Sul Fluminense é formada pela região do Médio Vale do Paraíba e a Baía da Ilha Grande. São regiões distintas em termos de desenvolvimento econômico. O Vale do Paraíba é um marco na história da indústria no estado, com a presença da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda e mais recentemente a instalação da Volkswagen e a Peugeot-Citroën, e indústrias de metal e vidros em Porto Real. Junta-se a esta atividade aquelas ligadas ao turismo e lazer, especialmente no município de Itatiaia, que, segundo relatório do TCE, apresenta o maior PIB per capita do estado.

Já a região da Baía da Ilha Grande engloba dois municípios litorâneos: Angra dos Reis e Parati, onde predominam as atividades turísticas e de serviços, impulsionadas pelo crescimento do setor hoteleiro, mais especificamente de resorts construídos ao longo do seu litoral, além de inúmeros condomínios residenciais de luxo.

Esta meso apresentou saldo positivo tanto nas trocas intraestadual quanto nas interestaduais. Os deslocamentos internos ocorrem quase na sua totalidade entre o Sul Fluminense e a Metropolitana do Rio de Janeiro, já que as trocas com as outras mesos demonstram volumes bem pequenos. O índice de eficácia migratória indica ser esta uma área de rotatividade migratória. A meso Metropolitana do Rio contribuiu com a quase totalidade das imigrações (90%), com 14.769 pessoas de um total de 16.444 imigrantes interestaduais (Tabela 3).

As trocas com as outras mesos se deu de forma tímida, inclusive apresentando saldos negativos quando os deslocamentos envolveram as Baixadas, o Centro Fluminense e o Noroeste Fluminense.

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Os deslocamentos envolvendo outras Unidades da Federação favoreceram também a meso Sul Fluminense, porém o saldo foi bem menor do que aquele visto nos movimentos internos ao estado.

Observou-se perda de população para os estado de Minas Gerais e Espírito Santo, sendo o primeiro em maiores proporções, tanto no saldo quanto no volume das trocas. Com relação à São Paulo, o saldo foi favorável ao Sul Fluminense e os volumes dos fluxos foram intensos. O balanço final com a região Sudeste resultou em um saldo negativo, embora pequeno, revelando que as trocas sobretudo com Minas Gerais e São Paulo, devido à proximidade, se dão de forma intensa, porém equilibrada.

Entre as Grandes Regiões, o Nordeste se destacou quanto à imigração para o Sul Fluminense, com 5.286 pessoas, quase o mesmo volume que o estado de Minas Gerais (6.844). Levando-se em consideração a distância, este é um fato curioso, que merece uma análise mais detalhada. Cabe observar que a taxa média de crescimento anual na década para o Sul Fluminense foi 1,70%, o que pode ser considerado uma região com médio crescimento populacional. No entanto, alguns municípios como Porto Real, Itatiaia e Angra dos Reis apresentaram taxas de crescimento no período acima de 3% (Anexo 1). Observando-se o saldo migratório da meso (3.569), e os movimentos ocorridos entre municípios da própria meso (26.552), conclui-se que as migrações internas foram as que mais contribuíram para o alto incremento populacional observado em alguns municípios do Sul Fluminense.

Mesorregiões do Estado

do Rio de Janeiro, Unidades Imigrantes Emigrantes Saldos Índice de Eficácia

da Federação e Grandes Regiões migratórios Migratória

Total 41.124 37.555 3.569 0,045 Intraestaduais 16.444 14.177 2.267 0,074 Metropolitana 14.769 11.400 3.369 0,129 Baixadas 159 795 -636 -0,667 Norte Fluminense 576 533 043 0,039 Centro Fluminenese 784 1.011 -227 -0,126 Noroeste Fluminense 156 438 -282 -0,475 Interestaduais 24.680 23.378 1.302 0,027 Região Sudeste 16.817 17.429 -611 -0,018 Minas Gerais 6.844 8.406 -1.562 -0,102 Espírito Santo 1.299 1.476 -177 -0,064 São Paulo 8.675 7.546 1.128 0,070 Norte 587 442 145 0,141 Nordeste 5.286 2.105 3.181 0,430 Sul 1.199 2.029 -830 -0,257 Centro-oeste 792 1.373 -582 -0,269

Movimentos dentro da própria mesorregião 26552

Fonte: IBGE. Censo Demográfico de

OBS: Deve-se ter cautela ao analisar as estimativas onde o volume é muito pequeno, devido ao erro amostral

Sul Fluminense

Tabela 3

Imigrantes, emigrantes, saldo líquido migratório e índice de eficácia migratória, segundo as Mesorregiões do Estado do Rio de Janeiro, as Unidades da Federação e as Grandes Regiões

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Centro Fluminense

Esta região é caracterizada pela estagnação econômica e demográfica, que se reflete no baixo crescimento populacional na maioria de seus municípios. A taxa média de crescimento anual para o Centro Fluminense ficou em 0,69%, a menor entre as mesorregiões. Os 16 municípios que integram esta meso cresceram a taxas que variam de -1,38 em Macuco a 2,10 em Areal, único acima da média estadual que é de 1,3%. A maioria dos municípios crescem a ritmos lentos, em torno de 1% ao ano (Anexo 1). É formada, sobretudo, por áreas de produção agrícola, especialmente hortaliças, atividades ligadas a pecuária, indústria têxtil e um complexo de moda íntima em Nova Friburgo, além de atividades turísticas e de lazer.

As trocas intraestadual renderam um saldo positivo de aproximadamente 4 mil pessoas, que são em sua maioria provenientes da Metropolitana do Rio de Janeiro. As trocas com as outras mesorregiões indicaram saldo negativo quando realizadas com as Baixadas e o Norte Fluminense e positivo quando realizadas com o Sul Fluminense e Noroeste Fluminense (Tabela 4).

Os movimentos interestaduais revelam equilíbrio no balanço entre entradas e saídas, já que o saldo foi negativo, porém pequeno, indicando ser esta uma região de rotatividade migratória quando os fluxos se direcionam de ou para outras Unidades da Federação. Os volumes mais expressivos foram observados nas trocas com o estado de Minas Gerais e Espírito Santo, devido à curta distância entre estas UF’s e a meso Centro Fluminense.

A meso Metropolitana do Rio de Janeiro mais uma vez foi a grande responsável pelo saldo positivo observado no Centro Fluminense. O volume de pessoas que são provenientes daquela meso chegou a 11.520 pessoas.

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Mesorregiões do Estado

do Rio de Janeiro, Unidades Imigrantes Emigrantes Saldos Índice de Eficácia

da Federação e Grandes Regiões migratórios Migratória

Total 20.755 16.840 3.914 0,104 Intraestaduais 15.308 11.280 4.028 0,151 Metropolitana 11.520 7.165 4.355 0,233 Baixadas 481 1.422 -941 -0,494 Sul Fluminense 1.011 784 227 0,126 Norte Fluminenese 947 1.212 -265 -0,123 Noroeste Fluminense 1.349 697 652 0,319 Interestaduais 5.447 5.560 -114 -0,010 Região Sudeste 3.932 4.111 -179 -0,022 Minas Gerais 2.807 2.695 112 0,020 Espírito Santo 170 308 -138 -0,289 São Paulo 955 1.108 -153 -0,074 Norte 174 104 070 0,251 Nordeste 777 452 325 0,264 Sul 406 606 -199 -0,197 Centro-oeste 157 287 -130 -0,293

Movimentos dentro da própria mesorregião 9841 Fonte: IBGE. Censo Demográfico de 2000

OBS: Deve-se ter cautela ao analisar as estimativas onde o volume é muito pequeno, devido ao erro amostral associado. Centro Fluminense

Tabela 4

Imigrantes, emigrantes, saldo líquido migratório e índice de eficácia migratória, segundo as Mesorregiões do Estado do Rio de Janeiro, as Unidades da Federação e as Grandes Regiões

Mesorregião Centro Fluminense - 2000

Norte Fluminense

Esta região caracteriza-se pela mudança no perfil econômico e no recorte territorial decorrentes da passagem do predomínio da agroindústria do açúcar às atividades de exploração do petróleo. Este novo recorte territorial baseia-se na criação da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo e Gás e Limítrofes da Zona de Produção Principal da Bacia de Campos - OMPETRO, que agrega 4 municípios da mesorregião das Baixadas e 5 do Norte Fluminense (Piquet, 2003). Abrigando uma das maiores reservas conhecidas de petróleo do país, o Norte Fluminense apresentou um médio crescimento populacional na década de 90, com uma taxa de crescimento anual de 1,51%. Esta região caracteriza-se pela exploração e produção de petróleo na Bacia de Campos, sendo sua Base operacional localizada em Macaé, além da tradicional agroindústria açucareira.

Com relação ao crescimento populacional dos municípios, esta região caracteriza-se por apresentar municípios com altas taxas de crescimento, como Macaé, Carapebus e Quissamã (mais de 3% ao ano), e outros com baixo crescimento ou mesmo perda populacional, como o município de Cardoso Moreira (-0,18 ao ano) (Anexo 1). Segundo Piquet (2003:8):

“A definição brasileira de “município produtor de petróleo” introduz um elemento diferenciador entre os municípios do Norte Fluminense, o que leva á redefinição das alianças locais. São excluídos os municípios interioranos da antiga

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região do açúcar e novos, até mesmo ultrapassando os limites estaduais, são agregados”4.

Com um índice de eficácia migratória de 0,029 e um saldo positivo de 1.639 pessoas, esta região se coloca como uma área de rotatividade migratória (Tabela 5).

Os movimentos migratórios intraestadual resultaram em um saldo negativo para o Norte Fluminense. A meso das Baixadas foi a grande responsável por este resultado, já que os fluxos entre as duas regiões se dão de forma bastante desigual, ou seja, aqueles que moravam no Norte Fluminense em 1995 e em 2000 residiam nas Baixadas, somavam 8.991 pessoas; enquanto que os que saíram das Baixadas para morar no Norte Fluminense somavam 2.043 pessoas. Não fossem os imigrantes vindos da Metropolitana do Rio, a perda poderia ser ainda maior, pois os volumes dos fluxos observados entre as outras mesos e o Norte são pequenos e se dão de forma mais equilibrada. Cabe observar que mais de 80% dos movimentos migratórios intraestadual no Norte Fluminense envolvem as mesos Metropolitana do Rio e Baixadas.

Já os deslocamentos interestaduais renderam ao Norte Fluminense um saldo positivo de 4.307 pessoas. Grande parte dos fluxos de entrada são oriundos da região Nordeste (3.797 imigrantes) e Sudeste (4.983 pessoas). Com relação à primeira o saldo líquido é positivo, demonstrando que a imigração de nordestinos para esta meso segue o comportamento observado para o estado. Entretanto, os fluxos de saída se dão mais a curta distância, ou seja, em direção àquelas Unidades da Federação limítrofes ao Rio de Janeiro, o que faz com que as trocas sejam equilibradas com a região Sudeste.

Os deslocamentos ocorridos entre municípios dentro da própria mesorregião movimentaram 9.843 pessoas, o que pode ter influenciado nas altas taxas de crescimento observadas em alguns municípios, como Macaé, Carapebus e Quissamã, como visto anteriormente.

4Do Norte Fluminense não fazem parte da OMPETRO os municípios não-litorâneos de Cardoso Moreira, Conceição de Macabu e

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Mesorregiões do Estado

do Rio de Janeiro, Unidades Imigrantes Emigrantes Saldos Índice de Eficácia

da Federação e Grandes Regiões migratórios Migratória

Total 29.442 27.803 1.639 0,029 Intraestaduais 19.237 21.905 -2.668 -0,065 Metropolitana 13.762 10.186 3.576 0,149 Baixadas 2.043 8.991 -6.948 -0,630 Sul Fluminense 533 576 -043 -0,039 Centro Fluminense 1.212 947 265 0,123 Noroeste Fluminense 1.687 1.205 482 0,167 Interestaduais 10.205 5.898 4.307 0,267 Região Sudeste 4.983 4.493 490 0,052 Minas Gerais 1.460 940 520 0,217 Espírito Santo 1.865 2.284 -419 -0,101 São Paulo 1.658 1.270 389 0,133 Norte 519 121 398 0,622 Nordeste 3.797 741 3.056 0,673 Sul 436 207 229 0,356 Centro-oeste 470 336 134 0,166

Movimentos dentro da própria mesorregião 9843

Fonte: IBGE. Censo Demográfico de

OBS: Deve-se ter cautela ao analisar as estimativas onde o volume é muito pequeno, devido ao erro amostral

Norte Fluminense

Tabela 5

Imigrantes, emigrantes, saldo líquido migratório e índice de eficácia migratória, segundo as Mesorregiões do Estado do Rio de Janeiro, as Unidades da Federação e as Grandes Regiões

Mesorregião Norte Fluminense - 2000

Noroeste Fluminense

Esta meso tem na agropecuária sua principal atividade econômica, e é caracterizada pela estagnação econômica. Em período recente, uma das iniciativas voltadas para o desenvolvimento econômico da região tem sido a de incentivar a atração de unidades agroindustriais através da implantação do pólo de fruticultura irrigada (Natal, 2003).

Com uma taxa média de crescimento de 0,98% ao ano, o Noroeste Fluminense caracteriza-se como um área de baixa evasão migratória, apresentando um saldo negativo de 2.084 pessoas. A maioria de seus municípios crescem a ritmos lentos, sendo que dois deles, Cambuci e Italva apresentaram taxas de crescimento negativas (Anexo 1).

Entre as trocas intraestadual os volumes mais expressivos foram aqueles envolvendo o Noroeste e a Metropolitana, inclusive rendendo saldo positivo à primeira, embora estes volumes mostrem um certo equilíbrio (Tabela 6).

O Noroeste Fluminense perde nas trocas com as Baixadas, o Centro e o Norte Fluminense, e, em relação ao Sul Fluminense, o volume das migrações é inexpressivo.

Os movimentos interestaduais envolvendo as Unidades da Federação da região Sudeste são os mais expressivos, com o estado de Minas Gerais liderando o volume das trocas, revelando equilíbrio entre as entradas e saídas de migrantes. Com o Espírito Santo o saldo se mostra desfavorável para o Noroeste, com saída de 1.032 pessoas. As trocas com as outras Unidades da Federação envolvem volumes inexpressivos de pessoas.

Os movimentos entre municípios da própria meso mobilizaram 5.309 pessoas, um volume bem abaixo daqueles observados nos movimentos intra e interestaduais.

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Mesorregiões do Estado

do Rio de Janeiro, Unidades Imigrantes Emigrantes Saldos Índice de Eficácia

da Federação e Grandes Regiões migratórios Migratória

Total 14.044 16.128 -2.084 -0,069 Intraestaduais 9.444 10.536 -1.092 -0,055 Metropolitana 6.639 5.623 1.016 0,083 Baixadas 465 1.721 -1.256 -0,575 Sul Fluminense 438 156 282 0,475 Centro Fluminense 697 1.349 -652 -0,319 Norte Fluminense 1.205 1.687 -482 -0,167 Interestaduais 4.600 5.592 -992 -0,097 Região Sudeste 4.063 4.814 -751 -0,085 Minas Gerais 2.589 2.200 389 0,081 Espírito Santo 1.089 2.121 -1.032 -0,322 São Paulo 385 493 -108 -0,123 Norte 054 149 -095 -0,467 Nordeste 304 144 160 0,358 Sul 086 179 -093 -0,352 Centro-oeste 093 306 -213 -0,533

Movimentos dentro da própria mesorregião 5309

Fonte: IBGE. Censo Demográfico de 2000

OBS: Deve-se ter cautela ao analisar as estimativas onde o volume é muito pequeno, devido ao erro amostral

Noroeste Fluminense

Tabela 6

Imigrantes, emigrantes, saldo líquido migratório e índice de eficácia migratória, segundo as Mesorregiões do Estado do Rio de Janeiro, as Unidades da Federação e as Grandes Regiões

Mesorregião Noroeste Fluminense - 2000

PERFIL DEMOGRÁFICO E SÓCIOECONÔMICO DOS MIGRANTES NAS MESORREGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Este tópico analisa algumas características dos imigrantes e emigrantes, tal como o padrão etário – que permite inferir sobre possíveis motivos de migração, como define Jannuzzi (1998) – o sexo, a taxa de desemprego entre os migrantes, e ainda, entre aqueles ocupados, em qual grupo ocupacional estavam inseridos na época do Censo. A caracterização do migrante torna-se útil à medida que permite identificar naqueles fluxos analisados, o tipo de migrante que cada região atrai ou expulsa, sendo possível desse modo direcionar políticas mais adequadas para o desenvolvimento regional.

Conforme observado, os migrantes que se deslocam de ou para as mesorregiões do estado do Rio de Janeiro, apresentam diferenciais segundo a mesorregião de origem ou de destino. Logicamente que tratando-se do padrão etário é possível observar um comportamento mais ou menos uniforme, onde os jovens imigrantes do sexo feminino entre 20 a 29 anos, se destacam em todas as mesos, porém com mais ou menos intensidade. Essa concentração nos grupos etários mais jovens revela uma migração típica de busca por trabalho ou, em menor escala, por estudo, como afirma Jannuzzi (1998:19):

“...a elevada concentração de jovens entre os migrantes seria explicada pela maior sensibilidade dos mesmos com relação às ofertas de trabalho e de melhores empregos, assim como pela maior adaptabilidade a novas situações e maior desprendimento em deixar seu ambiente de origem.”

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Nesse contexto, a Metropolitana do Rio se sobressai, na medida em que perde população em todas as faixas etárias, com exceção dos jovens, que apresentaram saldo migratório positivo. Já os que optam por deixar essa meso, possuem um perfil de migração em família, onde os emigrantes se distribuíam uniformemente entre os 10 até os 39 anos.

O Noroeste apresenta um comportamento inverso ao da Metropolitana, ou seja, os emigrantes são nitidamente pessoas entre 20 a 29 anos, o que faz com que essa meso apresente saldo negativo nessa faixa etária. Esse fluxo caracteriza-se como sendo de pessoas em busca de emprego ou estudo, já que essa região não oferece atrativos que possa reter os jovens que anseiam por melhor qualidade de vida. No tocante àqueles que imigraram para o Noroeste no último qüinqüênio da década de 90, pode-se dizer que possuem um perfil de migração familiar.

As Baixadas, como pólo de atração migratória, revela-se como uma região que atrai uma migração típica familiar, onde o padrão etário dos imigrantes se distribui uniformemente entre as idades de 10 até 39 anos, embora as demais faixas etárias também contribuam de forma importante para a imigração nessa mesorregião. As taxas específicas de migração por grupos etários demonstram ganhos em todas as idades (Gráfico 1).

As demais mesos apresentam equilíbrio entre imigrantes e emigrantes quanto à distribuição por grupos etários, sempre com predominância de uma migração jovem (Gráfico 1).

Gráfico 1

Taxas específicas de migração líquida, por grupos de idade (por mil hab.) Mesorregiões do estado do Rio de Janeiro

-10,00 -5,00 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00

5 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos 80 anos e mais

Metropolitana Baixadas Sul Fluminense Centro Fluminense Norte Fluminense Noroeste Fluminense

Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2000.

O predomínio das mulheres entre os migrantes é um fato observado em praticamente todas as mesorregiões analisadas, porém há diferenciais com relação ao sexo importantes entre os que saem e os que chegam, com destaque para a mesorregião das Baixadas, que apresentou a menor razão de sexos, isto é para cada 100 mulheres, emigravam aproximadamente 84 homens, enquanto que os imigrantes apresentaram uma razão de sexos de 95,28%, ou seja, saem mais mulheres do que chegam.

A Metropolitana do Rio de Janeiro aponta para uma situação inversa à observada nas Baixadas, ou seja, chegam mais mulheres do que saem, com uma razão de sexos de 88,8% entre os

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imigrantes e 99,7% entre os emigrantes, revelando um equilíbrio em relação ao sexo, entre aqueles que deixam esta meso.

Os que deixaram o Sul e o Norte Fluminense também apresentaram um certo equilíbrio com relação ao sexo (102,35% e 102,87%). As demais mesorregiões demonstraram uma supremacia das mulheres quanto aos deslocamentos observados no qüinqüênio 1995/2000 (Tabela 7).

Mesorregiões do

estado do Rio de Janeiro Imigrantes Emigrantes Metropolitana do Rio de Janeiro 88,8 99,7

Baixadas 95,3 84,1

Sul Fluminense 95,1 102,4

Norte Fluminense 95,5 102,9

Centro Fluminense 93,6 90,8

Noroeste Fluminense 94,4 91,0

Fonte: IBGE. Censo Demográfico de Tabela 7

Razão de sexos dos migrantes Mesorregiões do Rio de Janeiro - 2000

Razão de sexos

O balanço entre entradas e saídas de pessoas, por classes de anos de estudo na meso Metropolitana do Rio de Janeiro aponta para uma perda de pessoas mais escolarizadas, com saldos líquidos negativos para as pessoas que tinham 8 anos ou mais de estudo e positivos nas faixas abaixo de 8 anos de estudo. Essa constatação sugere que a meso Metropolitana não estaria conseguindo reter indivíduos com níveis de escolaridade mais elevado, e, consequentemente, já que atrai, em sua maioria, pessoas oriundas da região Nordeste e de regiões menos desenvolvidas do estado do Rio, a possibilidade de expor saldos negativos para as faixas de anos de estudo mais elevadas aumenta.

O Sul Fluminense, também atrai, em maiores proporções, pessoas menos escolarizadas, e o saldo nas faixas de anos de estudo mais elevadas é negativo, porém pequeno. O Noroeste também mostra tendências a atrair pessoas com níveis mais baixos de escolarização e expulsa pessoas mais escolarizadas, porém a intensidade é bem menor.

O Centro e o Norte Fluminense mostram um comportamento onde é possível observar um certo ganho entre as pessoas mais escolarizadas, pois os saldos nas faixas de anos de estudo mais elevadas se apresentam maiores. Já o saldo migratório por anos de estudo nas Baixadas revelam que a maioria dos imigrantes tinham de 4 a 7 anos de estudo, já que o saldo nesta faixa se sobressai dos demais, contudo, é expressiva também a proporção de pessoas que tinham entre 8 a 14 anos de estudo (Tabela 8).

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Anos

de Metropolitana do Sul Centro Norte Noroeste

estudo Rio de Janeiro Baixadas Fluminense Fluminense Fluminense Fluminense

Total -2.728 47381 3570 3913 1639 -2083

Sem instrução e menos de 1 ano 7.936 5140 714 566 -259 -181

1 a 3 anos 10.188 7654 2003 114 -569 -414 4 a 7 anos 12.147 13483 1616 362 -499 -414 8 a 10 anos -3.693 8145 436 1031 1202 -317 11 a 14 anos -14.633 9189 -681 894 1145 -885 15 anos ou mais -14.585 3710 -436 906 588 165 Não determinados -88 60 -82 39 30 -38

Fonte: Censo Demográfico de 2000.

Saldo líquido migratório Saldos líquido migratório, segundo as classes de anos de estudo

Mesorregiões do estado do Rio de Janeiro - 2000 Tabela 8

Quanto à condição de ocupação dos migrantes, vale destacar que, o maior percentual de imigrantes inativos, no Censo 2000, encontrava-se no Noroeste do estado. Enquanto que entre aqueles que deixaram o Noroeste Fluminense para viver em outro local, exibiram o menor percentual de inativos à época do Censo 2000, além dos emigrantes dessa meso também apresentarem a menor taxa de desemprego dentre as mesorregiões analisadas.

Vale mencionar que a maior taxa de desemprego entre os imigrantes das mesos foi observada no Norte Fluminense, enquanto que entre os emigrantes, a maior foi entre os que saíram das Baixadas.

Note-se que as taxas de desemprego observadas para os migrantes situa-se bem acima daquelas observadas para o estado como um todo, para a Região Metropolitana, e para o interior do estado que, em 2001 encontravam-se em torno de 12,2%, 12,7% e 10,9%, respectivamente (Natal, 2003). O que corrobora com o indicativo da descentralização de investimentos no estado (Tabela 9).

Mesorregiões do estado

do Rio de Janeiro Imigrantes Emigrantes Metropolitana do Rio de Janeiro 17,7 19,0

Baixadas 18,3 20,6

Sul Fluminense 18,6 18,2

Norte Fluminense 19,5 17,0

Centro Fluminense 16,3 17,3

Noroeste Fluminense 18,5 13,9

Fonte: Censo Demográfico de

Taxas de desemprego dos imigrantes e emigrantes Mesorregiões do estado do Rio de Janeiro - 2000

Taxa de desemprego

Tabela 9

A inserção ocupacional dos migrantes ocupados no Censo 2000, revelou alguns destaques como a meso das Baixadas, que absorve cerca de 61% de seus imigrantes no setor de serviços e vendedores e na produção de bens e serviços industriais, percentual bem próximo àquele

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franca ascensão, onde o setor de serviços é bem representado pelo turismo, e a indústria certamente conta com um peso expressivo da construção civil, dado o crescimento do setor imobiliário observado na região.

A Metropolitana do Rio de Janeiro se destaca pela alta proporção de pessoas com melhor qualificação que acabam deixando essa meso, isto é, cerca de 24,5% de seus emigrantes encontravam-se inseridos em ocupações consideradas de média para alta qualificação no Censo 2000 (Profissionais das ciências e artes e Técnicos de nível médio). Na mesma situação se encontra o Sul Fluminense, onde essa proporção chegou a 21,8% dos emigrantes.

Ao contrário da Metropolitana, cerca de 20% dos imigrantes do Centro e do Norte estavam inseridos nestas mesmas ocupações no Censo 2000, revelando-se estas regiões, em boa medida, uma certa tendência em absorver mão-de-obra melhor qualificada (Tabela 10).

Grandes grupos

ocupacionais Imigrantes Emigrantes Imigrantes Emigrantes Imigrantes Emigrantes

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Autoridades públicas, dirigentes e gerentes 4,0 7,6 5,6 5,9 5,9 6,1

Profissionais das ciências e artes 7,0 13,9 7,7 7,3 8,9 12,0

Técnicos de nível médio 5,8 10,6 9,7 6,8 8,3 9,8

Trabalhadores de serviços administrativos 7,8 7,6 6,8 8,9 7,2 9,3

Trabalhadores dos serviços e vendedores 46,4 28,5 40,9 35,2 34,9 28,3 Trabalhadores agropecuários, florestais, de caça e pesca 1,3 5,7 2,6 4,6 2,9 6,2 Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 20,4 15,9 20,4 21,4 24,2 17,1

Trabalhadores de reparação e manutenção 1,7 2,1 2,8 2,4 3,1 2,2

Membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares 4,4 6,7 2,0 5,8 3,5 7,2

Ocupações mal especificadas 1,2 1,5 1,7 1,7 1,2 1,7

Fonte: IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Proporção de imigrantes e emigrantes, segundo os grandes grupos ocupacionais

Mesorregiões do estado do Rio de Janeiro - 2000 (continua Saldo líquido migratório

Tabela 10

Metropolitana Sul

Fluminense do Rio de Janeiro Baixadas

Grandes grupos

ocupacionais Imigrantes Emigrantes Imigrantes Emigrantes Imigrantes Emigrantes

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Autoridades públicas, dirigentes e gerentes 8,7 6,1 4,9 3,0 5,3 3,4

Profissionais das ciências e artes 10,8 9,6 9,2 6,6 8,2 4,6

Técnicos de nível médio 9,7 8,4 10,6 9,0 7,6 7,8

Trabalhadores de serviços administrativos 6,9 5,5 8,3 6,3 7,5 7,7 Trabalhadores dos serviços e vendedores 31,1 38,2 31,6 39,6 30,1 38,3 Trabalhadores agropecuários, florestais, de caça e pesca 8,7 9,3 4,9 3,7 12,3 10,4 Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 20,0 19,4 24,5 24,8 24,7 22,9

Trabalhadores de reparação e manutenção 2,5 1,4 2,7 4,5 1,6 2,2

Membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares 0,9 0,2 1,3 1,2 1,6 1,7

Ocupações mal especificadas 0,8 1,9 2,0 1,3 1,2 0,9

Fonte: IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Fluminense Fluminense Saldo líquido migratório

Tabela 10

Proporção de imigrantes e emigrantes, segundo os grandes grupos ocupacionais

Mesorregiões do estado do Rio de Janeiro - 2000 (conclusã Centro

Fluminense

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CONCLUSÃO

Os deslocamentos internos no Rio de Janeiro sinalizam que a provável retomada do desenvolvimento econômico se deu, sobretudo, em direção ao interior do estado, revelando, ao mesmo tempo, um processo de descentralização econômica, com forte presença do setor de serviços (Simões, 2002), responsável em grande parte, pela redistribuição interna da população. Do ponto de vista demográfico, verifica-se que a corrente migratória principal tem origem na mesorregião Metropolitana, que se revelou como uma área de baixa evasão migratória, seguindo no sentido das demais mesorregiões. Destacam-se dentre estas, as regiões litorâneas do estado, como a meso das Baixadas que obteve um saldo migratório de 47.380 pessoas, sobretudo oriundas da mesorregião Metropolitana, associada à migração relacionada ao lazer e amenidades. Os outros deslocamentos revelam mesorregiões de baixa evasão migratória, como o Noroeste do estado, outras como o Sul e o Norte demonstrando serem áreas de rotatividade migratória e o Centro Fluminense como uma região de baixa absorção migratória.

Vale ressaltar ainda, que este trabalho aponta para uma desconcentração da população com origem na metrópole e destino o interior do estado, tendo como principal fator propulsor destes deslocamentos a desconcentração das atividades econômicas, verificada através do aumento do PIB, sobretudo na meso das Baixadas Litorâneas, que surge como área atratividade populacional com um maior índice de modernização.

Os migrantes que saem da meso Metropolitana do Rio e que tem como destino, sobretudo, o interior do estado, apresentam uma idade mediana em torno de 30,42 anos, sem diferenciais entre sexos, o que pode ser um indicativo de migração associada ao grupo familiar. Situam-se num nível de escolaridade superior em relação àqueles que chegam, e 50% são inativos.

A mesorregião das Baixadas, que engloba toda uma região litorânea e altamente turística, ao que tudo indica, caracteriza-se por atrair pessoas com suas respectivas famílias, tendo a sua economia, certamente ancorada pelos setores do turismo e de serviços que, certamente, tende a crescer numa região onde observa-se uma dinâmica econômica ascendente.

As demais regiões expressam uma dinâmica migratória não tão intensa, porém importante, revelando que os fluxos de maior peso são aqueles que envolvem a Metropolitana do Rio de Janeiro, pelo calibre demográfico e econômico que esta meso representa no total do estado. O alto grau de urbanização do estado do Rio sugere que grande parte dos fluxos migratórios internos descritos neste trabalho sejam do tipo urbano/urbano, envolvendo vantagens relativas entre o ponto de origem e destino, sendo que os determinantes sócioeconômicos do lugar de destino são aqueles que oferecem uma maior probabilidade de melhorar a qualidade de vida de quem migra e de seus filhos, num curto prazo de tempo, como vem ocorrendo na América Latina (Ebanks, 1993).

Vale ressaltar que o estado do Rio de Janeiro continua atraindo população, sobretudo do Nordeste brasileiro, sendo que a porta de entrada é a Região Metropolitana, onde saturada economicamente e fisicamente, acaba por expulsar parte de sua população para o interior do estado. Desse modo, o saldo da meso Metropolitana do Rio de Janeiro apresenta-se negativo quando as trocas se dão em nível intraestadual, e positivo nas trocas interestaduais exclusivamente devido á migração oriunda do Nordeste.

Tomando-se como base os possíveis fatores de expulsão de uma área urbana, em relação à meso Metropolitana do Rio, pode associar-se como fatores de expulsão: níveis altos de desemprego ou empregos precários; incapacidade de absorver mão-de-obra melhor qualificada; alto custo habitacional; deterioração urbana e problemas ambientais; saturação do espaço físico e

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sócioeconômicas. Por outro lado, pode relacionar-se como fatores de atração da meso das Baixadas: melhoria das vias de acesso; região de veraneio; crescimento do turismo; investimentos habitacionais; investimentos em infraestrutura urbana; atração de investimentos através dos Royalties do petróleo distribuídos a diversos municípios pertencentes a essa meso.

No cômputo geral, as desigualdades sociais e econômicas permanecem entre aqueles que migram, haja visto sua inserção ocupacional, onde observa-se uma maior proporção inseridos em atividades consideradas de baixa qualificação. Outra evidência é a taxa de desemprego mais alta quando comparada com a taxa da população total do Rio de Janeiro.

Outro fato observado são os deslocamentos intensos entre municípios de uma mesma mesorregião, resultando em elevados crescimentos populacionais em alguns municípios e à estagnação demográfica e econômica em outros, o que acentua as desigualdades regionais, inclusive no interior do estado.

Desse modo, torna-se necessário que se invista em estudos mais abrangentes e específicos com relação aos deslocamentos populacionais, procurando, na medida do possível, descrever o migrante com base em suas características demográficas e sócioeconômicas, além de identificar a origem e destino dos fluxos, com o objetivo de melhor conhecer e compreender os determinantes sócioeconômicos da migração interna, no interior do estado do Rio de Janeiro, tanto no nível macrodemográfico (fatores de atração e de expulsão das áreas de origem e destino), quanto microdemográfico (decisão individual ou familiar de migrar).

Este estudo contemplou parte do que se poderia chamar de “novas configurações espaciais no estado do Rio de Janeiro”. Espera-se que os resultados obtidos sejam úteis, sobretudo, no planejamento regional, como base para o entendimento da dinâmica de redistribuição da população no âmbito do estado do Rio de Janeiro, além de pretender ser um incentivo para que outros estudos sejam realizados levando-se em consideração o estado do Rio de Janeiro como um todo, sem perder de vista suas especificidades regionais.

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Mesorregiões homogêneas Taxas de Mesorregiões homogêneas Taxas de

e municípios 1991 2000 crescimento e municípios 1991 2000 crescimento

Noroeste Fluminense 273.062 297.837 0,98 Sul Fluminense 803.752 933.983 1,70

Aperibé 6.312 8.018 2,72 Angra dos Reis 85.571 119.247 3,79

Bom Jesus do Itabapoana 29.873 33.655 1,35 Barra do Piraí 79.199 88.503 1,25

Cambuci 15.038 14.670 -0,28 Barra Mansa 163.450 170.753 0,49

Italva 12.764 12.621 -0,13 Itatiaia 16.073 24.739 4,96

Itaocara 22.933 23.003 0,03 Parati 23.928 29.544 2,39

Itaperuna 78.000 86.720 1,20 Pinheiral 14.701 19.481 3,21

Laje do Muriaé 7.464 7.909 0,65 Piraí 19.081 22.118 1,67

Miracema 25.091 27.064 0,85 Porto Real 7.746 12.095 5,12

Natividade 14.638 15.125 0,37 Quatis 8.766 10.730 2,29

Porciúncula 14.561 16.093 1,13 Resende 84.011 104.549 2,48

Santo Antônio de Pádua 33.288 38.692 1,70 Rio das Flores 6.451 7.625 1,89

São José de Ubá 5.973 6.413 0,80 Rio Claro 13.665 16.228 1,95

Varre-Sai 7.127 7.854 1,10 Valença 60.805 66.308 0,98

Norte Fluminense 611.576 698.962 1,51 Volta Redonda 220.305 242.063 1,06 Carapebus 6.769 8.666 2,81 Metropolitana do Rio de Janeiro 10.389.441 11.546.023 1,19

Campos dos Goytacazes 376.306 407.168 0,89 Belford Roxo 360.699 434.474 2,11

Cardoso Moreira 12.803 12.595 -0,18 Cachoeiras de Macacu 40.208 48.543 2,14

Conceição de Macabu 16.963 18.782 1,15 Duque de Caxias 667.821 775.456 1,69

Macaé 94.126 132.461 3,91 Engenheiro Paulo de Frontin 12.061 12.164 0,10

Quissamã 10.467 13.674 3,04 Guapimirim 28.076 37.952 3,44

São Fidélis 34.581 36.789 0,70 Itaboraí 142.151 187.479 3,15

São Francisco de Itabapoana 33.358 41.145 2,38 Itaguaí 63.394 82.003 2,93

São João da Barra 26.203 27.682 0,62 Japeri 65.783 83.278 2,68

Centro Fluminense 425.722 452.646 0,69 Magé 163.658 205.830 2,60

Areal 8.211 9.899 2,12 Mangaratiba 17.925 24.901 3,76

Bom Jardim 20.630 22.651 1,05 Maricá 46.545 76.737 5,77

Cantagalo 18.427 19.835 0,83 Mendes 16.598 17.289 0,46

Carmo 14.509 15.289 0,59 Mesquita 157.819 164.879 0,49

Comendador Levy Gasparian 7.076 7.924 1,28 Miguel Pereira 19.446 23.902 2,34

Cordeiro 16.745 18.601 1,19 Nilópolis 158.092 153.712 -0,31

Duas Barras 9.875 10.334 0,51 Niterói 436.155 459.451 0,59

Macuco 5.537 4.886 -1,39 Nova Iguaçu 614.580 755.720 2,35

Nova Friburgo 167.081 173.418 0,42 Paracambi 36.427 40.475 1,19

Paraíba do Sul 33.922 37.410 1,10 Paty do Alferes 21.095 24.931 1,89

São Sebastião do Alto 7.852 8.402 0,76 Petrópolis 255.468 286.537 1,30

Santa Maria Madalena 10.850 10.476 -0,39 Queimados 98.823 121.993 2,39

Sapucaia 15.429 17.157 1,20 Rio de Janeiro 5.480.768 5.857.904 0,75

Sumidouro 12.977 14.176 1,00 Rio Bonito 45.161 49.691 1,08

Trajano de Morais 10.640 10.212 -0,46 São Gonçalo 779.832 891.119 1,51

Três Rios 65.961 71.976 0,98 São João de Meriti 425.772 449.476 0,61

Baixadas 304.153 462.325 4,81 São José do Vale do Rio Preto 15.472 19.278 2,50

Araruama 59.024 82.803 3,87 Seropédica 49.663 65.260 3,11

Armação dos Búzios 10.532 18.204 6,33 Tanguá 20.591 26.057 2,68

Arraial do Cabo 19.866 23.877 2,08 Teresópolis 120.709 138.081 1,52

Cabo Frio 74.383 126.828 6,17 Vassouras 28.649 31.451 1,05

Casimiro de Abreu 15.622 22.152 3,99

Iguaba Grande 7.527 15.089 8,11

Rio das Ostras 18.223 36.419 8,07

São Pedro da Aldeia 42.947 63.227 4,43

Saquarema 37.888 52.461 3,72

Silva Jardim 18.141 21.265 1,80

Fonte: Censos Demográficos de 1991 e 2000.

Anexo 1

População residente e taxas médias geométricas de crescimento anual (%) Mesorregiões e municípios do estado do Rio de Janeiro - 1991/2000

(21)

BIBLIOGRAFIA

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Referências

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