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março/abril/maio/2016Carreira
Contrato JHE: Caesb
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Entrevista
Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal conta com apoio da JHE para manter seu Banco Geral de Custos Unitários. Fique por dentro do contrato.
A JHE está de parabéns
A JHE tem desenvolvido projetos para aprimorar cada vez mais a relação com seus recursos humanos. Conheça em detalhes os programas de estágio e de coaching da empresa.
As Normas ISO 9001 e ISO 14001 passaram por modificações recentes que prometem inovar na gestão das empresas. Confira entrevista com o engenheiro e consultor Marcelo dos Santos Marques, que traz informações sobre os impactos das mudanças no dia a dia das empresas e sobre como devem ser as adaptações.
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Em maio a JHE atinge a maioridade, completando 21 anos de serviços prestados. Entre os muitos motivos para comemorar,
inovação é uma das marcas da empresa.
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JHE news
JHE
em
foco
Banco Geral de Custos:
economicidade e eficiência
Os serviços técnicos especializados de engenharia muitas vezes vão além dos projetos, consultoria e geren-ciamento, podendo auxiliar as empresas em outras esferas. É o caso do contrato que desde 2014 a JHE Engenharia possui com a CAESB – Companhia de Sa-neamento Ambiental do Distrito Federal para manu-tenção e complementação do Banco Geral de Custos Unitários da empresa e pesquisa periódica de preços unitários de insumos.
Hoje a Caesb atende 2,59 milhões de pessoas com serviços de abastecimento de água e 2,45 milhões com serviços de esgotamento sanitário, o que corresponde,
respectivamente, a 98% e 82% da população regular-mente instalada no Distrito Federal. Para responder a essa demanda, é preciso muita responsabilidade na compra de produtos e serviços.
Como relata Gilberto Franklin Rodrigues de Sousa, coordenador do contrato pela JHE, este é um trabalho de extrema importância, pois serve de base para que a empresa realize suas obras com o menor custo e a maior qualidade, dando condições para ela prestar um serviço que atenda com eficácia a população. “Considerando que as composições de custos unitários e respectivas avaliações devem ser dinâmicas e reavaliadas cons-tantemente, face à atualização das correspondentes especificações técnicas e introdução no mercado de novos equipamentos, métodos executivos e novas tecno-logias, este é um trabalho do qual uma empresa que presta serviços públicos não pode prescindir.”
Metodologia do trabalho
Além de acompanhar as inovações do mercado, de maneira a fazer constar do Banco Geral as melhores tecnologias disponíveis dos serviços mais usuais na elaboração de orçamentos para uma empresa de saneamento, a JHE também segue de perto as alterações da legislação em vigor que podem impactar as compras da Caesb.
Para realizar o trabalho, a JHE pesquisa estudos técnicos e cotações de insumos, nos quais deverão ser observados todos os aspectos legais, os facilitadores e as dificuldades que possam influenciar na qualidade e rapidez na resposta às solicitações efetuadas, iden-tificando também as adversidades que possam ocorrer e consequentemente sugerir as devidas correções e/ou alterações. Nesse processo, é essencial o conhecimento técnico de uma equipe multidisciplinar.
“Para que a meta de universalização proposta dos serviços da contratante seja cumprida, é primordial que ela possa ter agilidade e qualidade em suas contratações de obras e serviços de engenharia. Para tanto, é fun-damental que a JHE mantenha a base de preços de insumos e serviços confiável e atualizada no sistema de gerenciamento de custos, preços e orçamentos da contratante”, finaliza Gilberto.
R
adar
A JHE Engenharia foi criada em maio de 1995. Especializada em serviços de engenharia e gerencia-mento de empreendigerencia-mentos, ao longo de seus 21 anos de existência a JHE participou de importantes momentos do desenvolvimento de São Paulo e do país, atuando em áreas diretamente ligadas ao bem
estar da população. Habitação social, saneamento, edificações escolares, meio ambiente e transporte são as prioridades da JHE, que, desde a fundação, busca inovar para oferecer serviços cada vez melhores a seus clientes. Foi assim quando, em 2005, a empresa utilizou
Tecnologia em saneamento
No âmbito do contrato que a JHE possui com a Sabesp para o gerenciamento de uma série de obras que visam interligar sistemas de distribuição para melhorar a oferta de água na Região Metropolitana de São Paulo, novas metodologias vêm sendo usadas com sucesso. Sistemas colaborativos com acesso via web e câmeras de monitoramento permitem, de maneira inovadora, o acompanhamento on line das obras. Os drones também estão sendo utilizados pela JHE, de maneira a produzir fotos e filmes aéreos. O uso dessas tecnologias tornou possível a criação de um vídeo time
lapse da construção de um novo reservatório metálico
de água no Grajaú, com capacidade para 15 milhões de litros. Nele é possível acompanhar o reservatório de grande porte sendo edificado em movimento
Programa de Inovação
e Comunicação
robôs com tecnologia alemã para detectar defeitos em canalizações no Projeto Tietê da Sabesp. E é assim hoje, quando a JHE segue apostando na inovação. Tanto em suas práticas internas de gestão quando na prestação de serviços para seus clientes, inovar é uma atividade contínua.
Confira abaixo dois exemplos que retratam essa ideia, homenagem e agradecimento da empresa e de seus diretores, João Alberto Viol e Hélio Azeredo, em seu aniversário aos grandes responsáveis por essas práticas ao longo da história: seus colaboradores.
Criado em 2015 com o objetivo de manter um processo de monitoramento das inovações nos diver-sos âmbitos em que a empresa pudesse alcançar êxito, o Grupo de Trabalho de Inovação e Comunicação, sob a tutela da Diretoria de Desenvolvimento, conta com dez pessoas de diferentes setores. A seleção se deu após a conclusão de Cursos Internos de Desenvolvimento Or-ganizacional e Avaliação de Potencial e Desempenho. Este grupo é de livre pensamento multidisciplinar e não tem hierarquia, o que favorece a criação e a implemen-tação de novas ideias. Os assuntos são propostos pelos participantes, sendo que alguns deles são analisados sob a ótica da série de Normas ABNT NBR 16500, que trata dos sistemas de gestão da pesquisa, do desen-volvimento e da inovação (PDI). “Manter um grupo multidisciplinar e horizontal com o objetivo de debater novas ideias é uma atitude motivadora no dia a dia da empresa e certamente vai contribuir com práticas inovadoras”, afirma João Alberto Viol, diretor da JHE.
JHE comemora 21 anos
acelerado e conferir as muitas inovações no método construtivo da obra. Acesse o vídeo produzido pela JHE: http://www.jhesistemas.com.br/obras_grajau/
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JHE news A JHE, orientada a inovar no negócio de
gerencia-mento e fiscalização, investe na formação de seus pro-fissionais através de programas estruturados de estágio e de coaching.
O programa de estágio tem como finalidade colocar em prática o conhecimento teórico adquirido durante os anos de faculdade e ajudar o estudante a se preparar para o esperado futuro profissional. Para estagiar na JHE o estudante precisa assumir um comportamento em-preendedor que demonstre motivação pelo aprendiza-do, vontade de conhecer os diversos setores da JHE, responsáveis pelo êxito em gerenciamento e fiscali-zação, ter senso de urgência e, com isso, otimizar o seu tempo de permanência na empresa, além, é claro, de demonstrar espírito de coo-peração.
Para a JHE o estágio de-ve complementar, na prá-tica, o maior
entendimen-Gestão
e carreira
Desenvolvimento Humano e Organizacional –
Gestão de vida e de carreira*
Wesley Felipe Silva Souza Contrato: Sabesp - Pesquisa de Preços.
Cursando Engenharia Elétrica na Universidade Nove de Julho
Talyta Felício Silva Contrato: Sabesp - Pesquisa de Preços.
Cursando Engenharia Civil na Universidade Anhembi Morumbi Thayná Amanda Pereira Silva Sede: Compliance. Cursando Direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie Coaching na JHE
O programa de coaching, conduzido por con-sultor especializado, promove suporte ao desen-volvimento gerencial com a utilização de técnicas, ferramentas e práticas específicas, para que sejam desenvolvidas competências comportamentais necessárias ao alcance da alta performance, no competitivo ambiente empresarial no qual a JHE atua. Alguns profissionais da JHE já concluíram o seu programa de coaching, outros estão em processo, e já há uma lista de profissionais indicados por gestores da JHE que iniciarão em breve o seu programa de coaching. Se-gundo Danila Lessa, Gerente Comercial da
JHE, “o processo de coaching trouxe a reflexão sobre a real potencialidade de um líder para com sua equipe. Este processo me levou a analisar se eu tinha um perfil ou até mesmo se queria ter um perfil para ser líder, de acordo com a realidade atual. Não foi um processo fácil, mas foi importante olhar para dentro de mim e reconhecer as fraquezas e as capacidades para desenvolver melhor uma lide-rança, fato que realmente ocorreu, trazendo mais segurança e preparo para gerir uma equipe”.
*Desenvolvimento Humano – JHE Engenharia to e assimilação de todo o conteúdo ministrado por professores em salas de aula, tendo o acompanhamento de área de Desenvolvimento Humano em parceria com os demais setores da empresa que executam a gestão e mentoria para o sucesso do programa de estágio. Atual-mente a JHE conta com três estagiários.
E
ntrevista
Novas versões para a ISO 9001 e a ISO 14001
A Norma ISO 9001, utilizada para implementação de sistemas de gestão da qualidade, e a Norma ISO 14001, de gestão ambiental, passaram por recentes revisões, tendo sido publicadas novas versões em 24/09/15 e em 15/09/15, respectivamente.
Certificadas com as duas normas, a JHE acompanha o assunto e está implantando as adaptações necessárias. Confira na entrevista abaixo com o engenheiro e consultor Marcelo dos Santos Marques as principais novidades e os impactos das mudanças no dia a dia da gestão de uma empresa.
Quais são, em linhas gerais, as principais mudanças da Norma ISO 9001?
MM: Havia uma necessidade de atualizar a ISO 9001 para refletir as práticas empresariais modernas, mudanças do ambiente de negó-cios e evolução tecnológica. Em linhas gerais, o resumo das princi-pais mudanças trazidas pelas revisões concentra-se na necessidade de formalizar um planejamento estratégico que considere o contexto inter-no e exterinter-no em que a empresa opera e avalie seus riscos e oportunidades com relação à gestão em todos os seus processos. Leva em conta também o ciclo de vida de materiais e insumos envolvidos no processo de produção ou prestação de serviço da empresa, no caso do meio ambiente.
Como essas mudanças impactam o dia a dia da empresa? É possível falar de mudanças
específicas para o setor de Engenharia?
MM: São mudanças necessárias, que vão afetar de forma mais intensa as pequenas empresas, porque as médias e grandes empresas normalmente já têm em sua cultura o pensamento baseado em risco, elaboram e revisam seus planejamentos considerando seu direcionamento estratégico, visando a sustentabilidade e perpetuação do negócio. A nova norma garante que a gestão de qualidade está agora totalmente integrada e alinhada às estratégias de negócios da organização. Usada como uma ferramenta de gestão de negócios, ela melhorará o desempenho e levará real valor à organização, incor-porando processos de melhoria de desempenho ao longo do tempo. As mudanças irão impactar de forma similar as empresas de todos os segmentos. Mas, na
minha visão, a análise de risco é um tema da nova norma que tem grande reflexo no setor da Engenharia. Onde os riscos nos diversos segmentos da Engenharia forem maiores, maior deve ser o planejamento, controle e monitoramento dos processos-chave da empresa. Como essas mudanças impactam o
dia a dia dos colaboradores?
MM: Os colaboradores da empresa devem agora ter um maior conhecimento dos 7 Princípios de Gestão da Qualidade. A Alta Direção deverá promover em suas organizações, agora mais intensamente, o uso da abordagem de processos e do pensamento baseado em risco. Percebe-se hoje um consenso mundial de que dire-torias já engajadas passarão com tranquilidade por essa revisão, porém
aqueles líderes pouco compro-metidos preci-sarão demons-trar mais parti-cipação e assu-mir “novas” res-ponsabilidades. A Alta Direção deverá assumir algumas
res-ponsabilidades que na versão 2008 foram sendo atri-buídas ao Representante da Direção. Cabe aos cola-boradores agora manter a Direção mais bem informada sobre riscos e oportunidades e sobre a percepção dos clientes e outras partes interessadas. A gestão do co-nhecimento e do capital intelectual da empresa passa a ser mais relevante agora. Também será mais importante que os colaboradores conheçam ferramentas clássicas da qualidade, como SWOT (análise de forças, opor-tunidades, fraquezas, ameaças), QFD (desdobramento da função-qualidade) e 5W2H. A partir de agora, a leitura da ISO 9001 em conjunto com a ISO 9000 será fundamental para uma melhor compreensão e im-plantação do SGQ.
Em sua opinião, as mudanças flexibilizam ou tornam a norma mais exigente?
MM: Entendo que entre as mudanças, houve as duas situações: flexibilizações e exigências novas. As versões anteriores da ISO 9001 possuíam requisitos específicos, exigindo um Representante da Direção, a elaboração de Manual da Qualidade e procedimentos docu-mentados. Na versão de 2008 são obrigatórios seis procedimentos documentados, por exemplo. Já na
“Um dos benefícios para as
empresas de serviços é a adequação da linguagem da norma para este setor. Antes, havia reclamações de usuários da norma, que era muito mais voltada para o setor
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JHE news
EXPEDIENTE:
Responsável pela elaboração, edição e redação: Diretoria
de Desenvolvimento
Conselho Editorial: Roberto Monastersky, Osiris Garofalo e João A. Viol Diretoria Executiva: João A. Viol e Helio A. Azeredo
Diagramação: Juca Zaramello
versão ISO 9001:2015, a exigência para elaboração dos seis procedimentos documentados e do Manual da Qualidade foi removida. Mas isso não quer dizer que a norma não exigirá informações documentadas. A organização precisará evidenciar informação documen-tada, por exemplo, de um programa de auditorias, do escopo do seu sistema de gestão da qualidade, da política da qualidade, de análises críticas conduzidas pela Alta Direção. Seguiu-se a tendência de maior informatização das empresas, porém, não é dispensada a necessidade de ter informações documentadas que sustentem os processos. O foco atual é proporcionar maior ênfase na obtenção de conformidade do produto, representado pelo famoso “Output matters!” (“O resultado é o que importa!”). A Abordagem de Processos vem sendo promovida pela ISO 9001 desde a versão 2000. Na versão 2015, mais exigências e requisitos explícitos foram acrescentados ao texto da norma. A mentalidade de risco foi incorpo-rada à abordagem de processos, tor-nando-a ainda mais robusta, de modo a melhorar a cultura preven-tiva das organi-zações.
Essa norma beneficia as empresas de serviços?
MM: Um dos benefícios para as empresas de serviços é a adequação da linguagem da norma para este setor. Antes, havia reclamações de usuários da norma que era muito mais voltada para o setor industrial. Agora, a norma vai requerer uma análise formal do contexto específico de cada organização: isso é muito mais abrangente no setor de serviços que na indústria ou comércio.
A norma amplia o entendimento dos feedbacks, que agora não viriam apenas dos clientes, mas de todas as partes interessadas. Como isso será operacionalizado?
MM: Agora a empresa deverá identificar o máximo de partes interessadas, sua influência negativa e positiva, para só depois planejar o seu SGQ. Vários canais de comunicação estão sugeridos na norma. No item 9.1.2, sobre Satisfação de Clientes, há uma nota indicando que, para operacionalizar o monitoramento da percep-ção do cliente, não haja somente a clássica pesquisa de satisfação do cliente, mas sim o uso de outras fontes de informação (reuniões com clientes, análises de participação no mercado, elogios, retroalimentação sobre produtos e serviços entregues etc.).
E com relação à Norma 14001, quais as principais adaptações que as empresas deverão fazer?
MM: As principais mudanças também estão ligadas à adequação do texto para a estrutura de alto nível, o Anexo SL. Na óptica do meio ambiente, as alterações mais representativas ficam por conta do aumento do alcance dos aspectos ambientais, que agora consideram a perspectiva do ciclo de vida. E a política ambiental agora necessita considerar o contexto da organização. Aumentou o foco em resultados. A ISO deixou mais claro como definir objetivos, como monitorar indicadores e principalmente como desenvolver planos de ação para atingi-los. Note que um processo de planejamento estratégico bem detalhado é cobrado desde o requisito 4 até o requisito 6, além da abordagem de processos também ser necessária na Gestão Ambiental.
Quais os próximos passos para as empresas se adaptarem às mudanças das duas normas?
MM: Haverá um período de transição de três anos, isso porque a revisão é profunda e exigirá uma mudança cultural. Os certificados ISO 9001:2008 e ISO 14001:2004 não serão mais válidos após o término do período de transição. Muito trabalho terá que ser feito não somente pelas empresas, mas também por organismos certificadores no que diz respeito à preparação dos auditores. É altamente recomendável que a organização comece por conhecer a estrutura de alto nível para todas as normas ISO de sistemas de gestão (conhecido como “anexo SL”). A nova ISO 9001 sim-plificou e facilitou a compreensão de muitos conceitos. Para um leitor iniciante, está mais fácil e compreensível do que nas versões anteriores. Os novos requisitos vão requerer uma postura preventiva e flexível das organi-zações em função dos seus contextos de negócios. Acredito que aquelas organizações que definitivamente decidirem melhorar a maturidade da sua gestão e atingir resultados mais consistentes vão ter uma grande oportunidade.
“Acredito que aquelas organizações que definitivamente decidirem melhorar a maturidade da sua gestão e atingir resultados mais consistentes vão ter uma grande oportunidade”