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Operação Segura em Caminhões Betoneira NR12. Santana do Livramento, 28 de Julho de 2020

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Operação Segura em Caminhões Betoneira –

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1. Normas Regulamentadoras

 NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS

 NR 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

 NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO  Legislação de Trânsito: Habilitação de motorista C, D ou E

2. Definição

O Caminhão Betoneira ou Autobetoneira Hidráulica são equipamentos de grande porte utilizados para a mistura e homogeneização de concretos diversos e de argamassas em geral. Basicamente, são veículos com uma espécie de balão de aço acoplado em sua traseira, no seu interior, há “pás” no formato de espiras helicoidais que servem para misturar os componentes do concreto (facas de mistura).

São montadas sobre caminhões pesados – geralmente com portes acima de 26Ton, e com motorização acima de 250 CV – e acionadas por um trem de força hidrostático, composto por: bomba hidráulica hidrostática, motor hidráulico e redutor de velocidade pesado, do tipo planetário. Possuem capacidades de 6 a 12m³, sendo mais comumente utilizadas as de 7 e 8m³.

Estes equipamentos além de promoverem a mistura e homogeneização dos concretos, são ainda responsáveis pelo transporte e descarga destes, junto às obras consumidoras, promovendo logística da central até o cliente final.

O acionamento da betoneira e atraves de um sistema hidraulico onde a bomba hidraulica está acoplada à transmissão do motor do caminhão (tomada de força), pressuriza o óleo hidráulico que é direcionado pelas válvulas de controle para os atuadores que giram o tambor no sentido horario e anti-horario, para os sistemas de carregamento e descarga de concreto respectivamente.

2.1. Motorista de caminhão betoneira

Dirige caminhão betoneira para entrega de concreto em obras e comanda rotação do tambor de mistura, de acordo com programação estabelecida.

As atividades do motorista de caminhão betoneira são: - Efetuar limpeza do equipamento;

- Efetuar medições dos materiais necessários para produção de argamassa e concreto; - Produzir a argamassa e concreto.

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3. Tipos de Betoneira

As betoneiras são geralmente classificadas em função de sua mobilidade e forma construtiva, ou seja, de acordo com a aplicação e sua configuração:

3.1. Betoneira fixa – equipamentos mecânicos, estáticos, equipados com motor elétrico de

indução (trifásico ou monofásico). A transmissão de movimento se dá por meio de um conjunto: polia motora x polia movida x correia. Há ainda um sistema de giro do tambor de mistura (ou balão), com a aplicação de um sistema pinhão x cremalheira. São utilizados para mistura e homogenização de concreto (convencionais) em obras de pequeno porte, geralmente em obras domésticas. Sua capacidade gira em torno de 0,6 m³, e ficam fixos nestas obras.

3.2. Betoneira semi-fixa – equipamentos mecânicos, similares aos modelos anteriores

(estáticos), porém equipados com motor Otto de dois tempos e com a instalação de um par de truques com rodas, facilitando seu transporte dentro da obra. A transmissão é identica ao modelo anterior, diferindo apenas o tipo de motorização. Utilizadas geralmente em obras de pequeno e médio porte, acabam ficando alocadas no canteiro, mas podendo ser movimentada. Sua capacidade pode ser levemente maior que a primeira, girando em torno de 1,3 m³.

3.3. Autobetoneira – equipamentos mecânicos, montados sobre caminhões (pesados ou

super-pesados), também chamado de caminhão betoneira. A mesma é montada sobre o chassi do caminhão, e é acionado por meio de um sistema hidráulico, que por sua vez, é acionado pelo motor diesel do caminhão. Estes equipamentos possuem capacidades de 6 a 12 m³, sendo mais comumente utilizadas as de 7 e 8 m³. São utilizados tanto para a mistura quanto o transporte do concreto da central de concreto à obra, de longas a médias distâncias.

3.4. Mini-betoneira – equipamentos idênticos às autobetoneiras, contudo utilizados somente

para mistura e transporte de concreto em curta distância, dentro das obras. Sua capacidade é bem menor que as autobetoneiras, em torno de 4,5 m³.

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4. Sistema de mistura

Tanto para os equipamentos móveis quanto os montados sobre caminhões, podem variar conforme o tipo, sendo os mais comuns 3 (três) tipos:

4.1. Sistemas pivotantes – São sistemas onde o tambor de mistura (ou balão) gira em torno de

um eixo, e este tem instalado uma (ou mais de uma) palheta, chamadas “pás de mistura”. Estas têm a função de “cortar a massa" a ser misturada, e jogando-as continuamente ao centro. Este tipo é o mais comumente empregado nas betoneiras fixas e semi-fixas, de pequeno porte.

4.2. Sistemas rotativos – São sistemas onde o tambor de mistura (ou balão) gira sobre roletes

de apoio, acionados por uma unidade de transmissão de potência. Os sistemas do tipo rotativos provocam o turbilhonamento da mistura, com o uso de espiras helicoidais (ou helicóides, ou facas), comumente chamadas de “facas”, elevando e jogando o material. Este tipo é o mais comumente empregado nas autobetoneiras hidráulicas.

4.3. Sistemas planetários – São sistemas onde tambor de mistura (ou balão) gira em torno de

um eixo (similar ao sistema pivotante), contudo o eixo auxiliar não é fixo, e sim há instalado uma pá misturadora móvel (sistema – satélite e planetária). A mistura se dá de forma circular, como em uma batedeira industrial. São muito utilizados em centrais misturadoras para usinas de pré-moldados.

5. Sistema de descarregamento

Existem basicamente 2 (dois) tipos de autobetoneiras hidráulicas de concreto: as autobetoneiras de descarregamento traseiro e betoneira de descarregamento frontal, ambas montadas sobre caminhões e acionadas hidraulicamente.

As autobetoneiras de descarregamento traseiro, as mais comumente conhecidas no mercado, são utilizadas para produção e transporte de concreto, com média/alta capacidade de carregamento em volume, até 12 m³.

Já as do descarregamento frontal, as autobetoneiras pesadas, são utilizadas para produção e transporte de concreto, com alta capacidade de carregamento em volume, acima de 12 m³. Sua aplicação ainda é restrita e tímida no mercado de concreteiras, principalmente no que se diz ao trânsito nos grandes centros metropolitanos, ficando restrita aos canteiros de obras, grande porte, quais exigem a necessidade de percorrer distâncias elevadas para descarga, como: barragens e obras rodoviárias de grande porte.

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6. Componentes

Figura 6.1 - Principais componentes de uma autobetoneira.

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6.1. Sistema de acionamento (trem de força)

O sistema de acionamento das autobetoneiras de concreto é o principal sistema responsável pela transmissão de força e potência da betoneira. Este conferirá a potência e o torque necessário pra acionar o balão da betoneira, promovendo o giro deste, para

carregamento, mistura, transporte e descarregamento.

A união do sistema hidráulico e sistema de acionamento mecânico, comumente se da o nome de “trem de força”. O sistema de acionamento (trem de força), como um todo, é

composto basicamente por: a) Bomba hidráulica;

b) Motor hidráulico (pistões axiais);

c) Redutor planetário (multiplicar potencia e torque da bomba hidráulica, apoiar o balão);

d) Comando de acionamento (mecânico ou eletromecânico); e) Tomada de força (PTO);

f) Reservatório de óleo hidráulico; g) Filtro de óleo hidráulico; h) Trocador de calor;

i) Medidor de Slump hidrostático; j) Fluído hidráulico;

k) Acessórios diversos, tais como: válvulas, tubos, mangueiras e etc.

7. Segurança do Trabalho

7.1. Riscos ao operador de caminhão betoneira

Riscos químicos: Inalação e contato da poeira com a pele (doenças respiratórias e

doenças dermatológicas)

Riscos físicos: Ruído (lesão auditiva)

Riscos ergonômicos: Postura inadequada, levantamento e transporte manual de cargas

Riscos mecânicos e acidentes: Cortes, contusões, perfurações, quedas de materiais

sobre membros

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7.2. Acidentes de trabalho

Para o caso de ocorrência de acidente leve ou grave na operação do caminhão betoneira, existem protocolos a serem seguidos.

7.2.1. Acidente leve

1) Comunicar imediatamente ao Téc. em Segurança do Trabalho/Encarregado; 2) Comunicar ao SESMT e ao Presidente da CIPA, quando houver;

3) Encaminhar ao Hospital ou posto de saúde, se necessário; 4) Comunicar ao setor de segurança/pessoal para emissão de CAT; 5) Realizar análise do acidente pela CIPA/SESMT.

7.2.2. Acidente grave Providências primárias

1) Comunicar imediatamente ao Técnico em Segurança do Trabalho e/ou encarregado da obra.

2) Encaminhar ao hospital, verificar telefone e endereço da unidade mais próxima, contido no Plano de Segurança da Obra;

3) Comunicar ao setor de segurança/setor pessoal para emissão da CAT; 4) Comunicar ao Presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, quando houver;

Providências secundárias

5) Comunicar a Policia Civil em caso de acidente fatal (Tel: 190); 6) Comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego;

7) Avisar a direção da empresa;

8) Realizar Análise de Acidentes juntamente com membros da CIPA, quando houver; 9) Avisar a família do acidentado;

10) Enviar a CAT – Comunicação Acidente do Trabalho para o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) até o 1º dia útil após o acidente.

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7.3. Equipamentos de proteção individual (EPI)

Durante a operação de uma autobetoneira, o motorista e operador deve utilizar os seguintes equipamentos:

- Capacete de Segurança com jugular; - Óculos de segurança com proteção lateral; - Uniforme da empresa;

- Luva de raspa/vaqueta; - Botina de segurança;

- Protetor Auricular (plug ou concha).

Cuidado ao verificar a quantidade de concreto pelo alto da betoneira, a mesma devera ter guarda corpo e o colaborador devera utilizar cinto de segurança tipo paraquedista atracado em ponto firme e resistente.

7.4. Equipamentos de proteção coletiva (EPC)

Nas operações com caminhão betoneira, a área a ser trabalhada devera estar isolada e sinalizada cobrindo o raio de ação por cones e ou bandeirolas.

Cuidado no descarregamento de concreto pela bica, pois a risco de projeção de partículas de concreto, é obrigatório o uso de óculos de segurança.

8. Boas praticas de operação

A condução de um caminhão betoneira, só deve ser feita por motoristas experientes e treinados para isso, pois esse tipo de equipamento apresenta algumas particularidades como:

Cargas extremamente pesadas – o peso específico médio do concreto (do tipo

comum) é de 2,8 kg/m³. Numa autobetoneira de capacidade de 8 m³ (mais utilizada no mercado), temos como peso de carga uma média de 22,4 Ton. O peso do conjunto montado, do equipamento betoneira, temos para este modelo com esta capacidade, uma média de 8,5 Ton. Totalizando peso de carga + peso de

equipamento, tem então um total de 30,9 Ton.

Centro de gravidade vertical excessivamente alto – devido o sobrequadro de a

betoneira estar apoiado sobre o chassi do caminhão, e devido ao tamanho do balão, propriamente dito, temos um centro de gravidade que se apresenta muito elevado, bem acima da linha do caminhão. Este centro de gravidade tende a se deslocar na diagonal do centro do balão, conforme carga, e conforme rotação do balão.

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9  Carga dinâmica – isso gera excentricidade na distribuição do peso lateral, e também

altera a posição do centro de gravidade longitudinal, com no tráfego em rampas. Em declives a parcela de carga no eixo dianteiro tende a aumentar, e em aclives tende a diminuir, e tanto num caso quanto no outro, em função da inclinação da rampa, do volume e do slump do concreto a ser transportado poderá ocorrer dificuldade de dirigibilidade e diminuição na eficiência dos freios.

A avaliação do trajeto e o volume de carga a ser transportado devem ser feitas com todo o critério e preservação da segurança e integridade, tanto do operador quanto dos cidadãos transeuntes. As velocidades máximas das vias, assim como as determinadas pelo código de transito da cidade, devem ser respeitadas com todo critério e rigorosidade. Contudo, estudos e avaliações realizadas por empresas do setor, demonstram que as autobetoneiras em via seca não devem ultrapassar a velocidade de 85 km/h, e em vias úmidas, não devem ultrapassar 60 km/h.

Outro fator de suma importância na operação é a preservação do

equipamento, não somente com a execução da manutenção preventiva, que parte da área de manutenção, mas sim a manutenção do equipamento no ato de

operação. A limpeza constante das partes que tem contato com o concreto (calhas, balão, moega de carga, etc.), assim como a aspersão de óleos biodegradáveis protetores nestas peças.

As etapas envolvidas na operação de betoneiras podem ser enumeradas como:  Carregamento;  Transporte;  Mistura;  Descarregamento;  Lavagem do equipamento. 8.1. Carregamento

Essa fase da operação é a de maior solicitação dinâmica, portanto o tambor de mistura (ou balão) NUNCA deve girar com rotação maior que 16 RPM.

Os agregados devem ser adicionados no tambor de mistura (ou balão) através do funil de enchimento.

CUIDADO: Nesta fase muitas partes estarão em movimento, tais como flanges,

eixo cardan e tambor. Muita atenção ao se aproximar, manipular comandos e subir na escada ou plataforma. Evite roupas largas, cabelos compridos, gravatas e também deixar objetos em posição de contato com a máquina.

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10 Regular o giro do tambor de mistura (ou balão) para aproximadamente de 4 a 5 RPM, mesmo quando vazio.

Travar a bica de descarga, utilizando a trava apropriada.

Conduzir o veículo evitando-se trancos e solavancos, principalmente em terrenos acidentados.

Essas medidas visam evitar a formação de imperfeições na pista de rolamento e roletes de apoio, deformações permanentes no chassi, tanto do veículo como da betoneira, quebra de componentes por vibração ou fadiga, desalinhamentos causados por deformações e outros.

ATENÇÃO: Não trafegar com o tanque de água pressurizado! Nunca trafegar

com o tambor de mistura (ou balão) parado, mesmo que vazio.

8.3. Mistura

A mistura do concreto ocorre a partir do carregamento, no transporte e, finalmente, no local da obra, onde suas características (consistência / slump) são conferidas.

Na obra pode ser utilizada a velocidade máxima de giro do tambor de mistura (ou balão) (16 RPM), acionados pelo comando respectivamente no sentido de carga e máxima aceleração.

ATENÇÃO: O giro do tambor de mistura (ou balão) NUNCA deve ultrapassar a

rotação máxima de 16 RPM.

Para visualização do concreto no interior do tambor de mistura (ou balão) o acesso é pela escada lateral, que permite uma ampla visão com segurança.

8.4. Descarregamento

Acionar a alavanca de comando da bomba no sentido de descarga. Direcionar o concreto para o local de aplicação através da bica de descarga giratória. A posição desejada pode ser fixada através do freio com manípulo.

Se necessário, utilizar a calha sobressalente para aplicações em pontos mais afastados.

ATENÇÃO: A inversão de giro do tambor de mistura (ou balão), ou seja, ao

passar do sentido de carga para o de descarga, deve ser feita de maneira suave e a rotação do motor diesel do veículo deve estar em marcha lenta, para que não haja trancos no sistema hidráulico e de transmissão, que podem

comprometer a vida útil do conjunto.

8.5. Limpeza do equipamento

 Lavar com água SEMPRE que houver um descarregamento;

 Usar o ponto de lavagem superior para limpeza do funil de enchimento, calhas e bicas de descarga, após cada descarregamento;

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11  Lavar internamente a betoneira após cada descarregamento, através da utilização de

100 a 200 litros de água no interior do tambor de mistura (ou balão), que servirá para limpeza interna durante o retorno do veículo para o carregamento seguinte – Travar o tambor de mistura (ou balão);

 Ao término diário, completar o tambor de mistura (ou balão) com água suficiente, e deve ser colocado em funcionamento por 5 - 10 minutos na velocidade máxima na posição de rotação “Mistura”.

 Não utilizar produtos ácidos para a limpeza da betoneira, pois causa início do processo de corrosão no equipamento.

 O grupo de carga e descarga deverá ser totalmente limpo a cada ciclo de operação. Lavar o funil de carga, a calha de descarga (V) e demais componentes superiores

utilizando-se do ponto de água superior. A parte inferior da calha de descarga (V), a bica giratória e demais componentes inferiores deverão ser lavados utilizando-se do ponto de água inferior.

 Restos de cimento e agregados secos aderidos nas superfícies do equipamento, tendem a aumentar, pois facilitam a adesão de mais material. Além de prejudicar o fator

estético do equipamento, é peso adicional. Quando fixo na região interna do tambor de mistura (ou balão) gera desbalanceamento. Em outros pontos pode comprometer o funcionamento de mecanismos e articulações, trava as porcas e parafusos e retém umidade que contribui para uma corrosão precoce.

 Essa água poderá ser utilizada no traço do carregamento seguinte;

Recomendações gerais de segurança

1. O equipamento betoneira fora construído conforme tecnologia de ponta e é segura para o trabalho, não obstante, algum problema pode acontecer se a máquina for operada

indevidamente por pessoas sem a habilidade necessária ou se não for usada para o propósito planejado.

2. Qualquer pessoa envolvida na desmontagem e montagem, ligação, operação, e manutenção (inspeção, manutenção corretiva, manutenção preventiva, conserto) deverão ler e entender as instruções operacionais completas, especialmente os “Regulamentos de Segurança”.

3. Autobetoneira é a máquina utilizada para transportar e misturar concreto, argamassa ou material de fluído semelhante, que não seja perigoso e/ou prejudicial ao ambiente. A betoneira não está planejada para qualquer outra utilização. O fabricante não é responsável por qualquer dano disso resultante – o risco será apenas do usuário!

4. O uso indicado deste equipamento também inclui que a desmontagem e remontagem, ligação, operação, e condições de manutenção especificadas pelo fabricante devem ser observadas.

5. A máquina deve somente ser operada, e receber manutenção serviços autorizados e/ou pessoas treinadas. Possíveis riscos devem ser especialmente observados e avaliados, assim como medidas de mitigação e contenção.

6. A responsabilidade na desmontagem e montagem, início de operação e manutenção devem ser claramente observadas com responsabilidade para evitar problemas com a segurança.

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12 7. Observe sempre as instruções mostradas nas “Instruções Operacionais” durante todo o trabalho relacionado à montagem, desmontagem, início, operação, ajuste e manutenção. 8. É proibido qualquer método de trabalho que possa afetar as normas de segurança. 9. O operador também deve ter a certeza de que as pessoas não autorizadas não podem trabalhar com a máquina, e que ninguém pode permanecer na área de trabalho da autobetoneira.

10. Ninguém deve ficar sobre o corpo da betoneira como, por exemplo, na escada, vigília inferior, ou semelhante, durante a locomoção.

11. Nunca toque no tambor de mistura (ou balão) quando este estiver em movimento (girando).

12. Opere as autobetoneiras somente em rodovias/estradas/ruas ou áreas onde possa dirigir com segurança e tenha capacidade para suportar o peso.

13. Cuidado com o centro de gravidade da autobetoneira, quando este estiver carregado principalmente em piso inclinado, em subidas/descidas e em curvas.

14. Dependendo da velocidade, a carga poderá se deslocar lateralmente nas curvas ocasionando um capotamento. Recomenda-se observação constante e criteriosidade na condução, com respeito total ao limite de velocidade.

15. Mantenha distância dos barrancos, pois o peso do veículo poderá causar deslizamentos. 16. Quando da utilização de caminhão betoneira assegurar que, antes de sua operação, o mesmo esteja brecado e com suas rodas travadas/calçadas, implantadas medidas adicionais no caso de pisos inclinados ou irregulares.

17. As operações das autobetoneiras são diferentes das realizadas em outros veículos logísticos de carga. Como transportam concreto, que é perecível, com peso específico alto, os principais cuidados são com a dirigibilidade do veículo, principalmente nas curvas, pois o centro de gravidade da carga é alto e ela está sempre em movimento jogando peso lado a lado. 18. Dê preferencia por pisos firmes e nivelados.

19. Utilizar cinto de segurança.

20. Verificar periodicamente o estado das lâminas internas (facas), observando-se o desgaste e limpeza das mesmas; não pode haver contaminação da carga anterior, pois cada pedido tem uma especificação fornecida pelo engenheiro responsável da obra.

21. O balão do caminhão-betoneira não pode possuir incrustações de concreto endurecido. caso isso aconteça, todo o processo de mistura fica prejudicado.

22. A movimentação da betoneira se dá através de duas pequenas alavancas, que controlam o sentido de giro do tambor (balão) e a velocidade deste giro, ou seja, sentido horário para carregar o caminhão e homogeneizar a mistura e anti-horário para descarregar o concreto. 23. Além do sistema de rotação, são necessárias também chapas helicoidais, dispostas internamente no tambor, de modo a auxiliar na mistura dos materiais e na descarga do concreto.

24. Outras partes que compõem este equipamento são o funil de carga e as calhas ou bicas de descarga, por onde o concreto desliza para ser descarregado em carrinhos de mão, bombas, nas próprias formas, etc.

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13 26. Ao lavar o concreto incrustado no funil e na calha, o trabalhador precisa verificar a

necessidade de utilização de cinturão de segurança tipo paraquedista, dependendo de onde suba para fazer a limpeza.

27. Usar calços nas rodas do caminhão para evitar que se movimente durante a operação. 28. Somente os motoristas da Empresa de Concretagem é que poderão dirigir e executar manobras com os caminhões betoneiras na obra.

29. Ao encontrar o local a ser concretado estacione o veiculo em local seguro utilize calço nos pneus e aguarde as instruções da liderança da obra, isole o caminhão com cones e ligue o pisca alerta.

30. Na movimentação do caminhão betoneira na obra é fundamental o auxilio de um colaborador, principalmente na manobras de ré. O caminhão tem vários pontos cegos. 31. Nas operações noturnas o ambiente de trabalho devera conter iluminação artificial. 32. Antes de começar as operações com o veículo, preste atenção no lay out do ambiente, pisos com muita lama e barro são propensos a atolamentos.

33. Ao transitar na obra não se esqueça do farol baixo e de utilizar o cinto de segurança. 34. Respeite os limites de velocidade da obra.

35. Leia o manual de manutenção e operação do equipamento utilizado.

9. Manutenção

9.1. Limpeza

Limpeza interna: a Liebherr recomenda que é preciso adicionar água a cada

descarregamento de concreto. Essa água precisa ser agitada durante o percurso de retorno do veículo para a central de concreto. Esse procedimento é importante para evitar que resíduos grudem nas superfícies internas da betoneira.

Limpeza externa: sempre lavar o equipamento a fim de evitar que o concreto grude nas

superfícies. Essa lavagem dever ser feita com água ou detergentes que não agridam a pintura da betoneira e do caminhão. No caso de resíduos secos, já aderidos à betoneira, o procedimento deve ser de aplicação de solução ácida com pano no local.

A falta de limpeza interna do tambor ocasiona placas e pedras de concreto aderidas à superfície. Essas pedras reduzem a eficiência do tambor como misturador e atrapalham a produtividade, já que o tambor passa a levar carga morta.

Atenção para a limpeza, principalmente para manter a qualidade das hélices de agitação, pois um tambor com concreto aderido à superfície interna do tambor ou hélice desgastada prejudica diretamente na agitação da mistura.

9.1.1. Caminhão

A limpeza dos caminhões é necessária para possibilitar boa inspeção visual, detectar vazamentos, trincas, parafusos e conexões soltas.

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14 E ideal lavar os caminhões frequentemente, utilizando esponja bem molhada em solução com água e sabão. A lavagem deve começar de cima para baixo,

espremendo a esponja para livrá-la da poeira e evitar arranhões na pintura.

A lavagem dos caminhões nunca deve ser feita ao sol, nem quando a carroceria estiver quente.

As guarnições de borracha e palhetas do limpador do para-brisa devem ser limpas somente com água e sabão neutro, porque os solventes, benzina e álcool são prejudiciais à borracha.

9.1.2. Betoneira

O procedimento para lavagem de betoneiras é voltado, principalmente, para a limpeza do tambor, evitando a formação de incrustações de cimento perto das aletas. Freitas, da Odebrecht, aconselha a lavagem interna do tambor diariamente, para evitar que o concreto se acumule, fique sedimentado e se concentre em um único ponto dentro do tambor. Isso pode fazê-lo perder balanceamento e sobrecarregar o redutor.

A lavagem dos caminhões nunca deve ser feita ao sol, nem quando a carroceria estiver quente.

Para realizar a limpeza do tambor, recomenda-se que seja carregado um pouco de pedra junto com água para melhor desagregar o concreto dentro do tambor. Ao terminar a lavagem, deve ser invertida a rotação do tambor e descarregada a água.

Além da lavagem do tambor do caminhão betoneira, é preciso limpar o concreto impregnado em toda parte do equipamento, seja na calha de transporte de material ou no chassi. Para isso, o equipamento deve ser deslocado até uma rampa de lavagem, onde é feita a remoção de todos os detritos, diariamente.

Os resíduos sólidos e líquidos gerados pelas betoneiras e autobetoneiras são classificados como perigosos pelas agências ambientais, portanto devem receber tratamento adequado. Boa parte desses resíduos é gerada pela lavagem do tambor, e uma das alternativas é o reúso desse material. Por isso, a lavagem do tambor deve ser feita com o concreto ainda em seu estado fresco, de modo a permitir a recuperação dos agregados naturais para reutilização.

Após a lavagem, o equipamento deve ser lubrificado.

9.2. Pontos de lubrificação

Após a lavagem, os seguintes pontos devem ser lubrificados:

9.2.1. Eixo cardan da tomada de força (PTO)

É necessário que este seja engraxado em três pontos – nas duas juntas e luva corrediça (alguns modelos de juntas universais têm bicos graxeiros em cada rolamento, totalizando desta forma 4 (quatro) bicos por junta).

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15 Os rolos podem se apresentam em pares (um ou dois pares), montados numa mesa do cavalete traseiro.

9.2.3. Eixo de sustentação e giro da bica giratória

O eixo de sustentação e giro da bica giratória é um eixo maciço, em aço, montado em um mancal de bronze, e este contém um bico graxeiro.

9.2.4. Eixo do elevador da bica giratória

O eixo do elevador, também chamado de “macaquinho de elevação” contém um fuso de perfil quadrado e uma porca, de mesmo perfil.

9.2.5. Pista de rolamento

A pista de rolamento trabalha apoiada nos rolos de apoio, promovendo uma ação de rolamento no ato de giro do balão.

9.2.6. Redutor de velocidade

O redutor de velocidade da autobetoneira necessita de especial atenção quanto à periodicidade de reposição e troca de óleo do seu carter, assim como da correta tarefa de manutenção-lubrificação.

9.2.7. Fluído e filtro hidráulico

As impurezas e contaminações no fluído do sistema hidráulico podem causar muitos problemas no futuro, como riscamento das áreas de pressão, riscamento dos colos dos rolamentos riscamento das placas de arraste, entre outros problemas.

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Figura 9.2 – Detalhe dos pontos de lubrificação da Autobetoneira

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9.3. Checklist diário

 Alarme sonoro de ré acoplado ao sistema de câmbio em funcionamento  2 (dois) retrovisores em bom estado.

 Pneus em bom estado, inclusive o estepe.  Faixas refletivas na traseira e nas laterais.

 Carteira Nacional de Habilitação categoria C para veículo até 6 (seis) toneladas, D ou E.

 Crachá do motorista com nome, foto, função e período de realização do curso de direção defensiva. Extintor de incêndio dentro da validade.

 Uso de uniforme e calçado de segurança pelo motorista.  Uso de capacete pelo motorista fora da cabine.

 Luzes de freio.  Luzes de setas.  Luzes de ré.

 Luzes de pisca-pisca.  Luz dos faróis: baixa e alta.

 Sistema de freio funcionando em bom estado.  Embreagem em bom estado.

 Para-brisa sem película de óleo.

 Limpador de para-brisa em bom estado.

 Pedais em bom estado, possuindo borracha antiderrapante.  Trava na canaleta de descarga do concreto.

 Transportar na cabine até 3 pessoas, incluindo o motorista.  Dirigir com os faróis acessos.

 Não dirigir após ingerir bebidas alcoólicas ou sob o efeito das mesmas.  Lavar o tambor de concreto em local apropriado.

 Não permitir queda de concreto na vias públicas durante o percurso.  Evidência de Curso Direção Defensiva do motorista.

 Existência de 4 cones com altura mínima de 50 cm.  Existência de macaco e triângulo.

 Evidência de Relatórios de Manutenções Preventivas e Corretivas quinzenais presentes no caminhão betoneira.

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Betoneira hidráulica

Engraxar eixo cardan Engraxar roletes de apoio Engraxar pista de rolamento Engraxar fuso de articulação Engraxar suporte giratório Engraxar redutor trasmital

Verificar folgas nos rolamentos do rolete Retorquear fixação do redutor

Retorquear fixção do tambor ao redutor Retorquear fixação do tanque de água Retorquear estrutura ao chassis

Retorquear fixação das bases (roletes e redutor) Óleo hidráulico do sistema - troca a cada 200h ou 3.000km

Filtro do óleo hidráulico - troca a cada 200h ou 3.000km Óleo lubrificante do redutor - troca a cada 200h ou 3.000km

Inspecionar/limpar Radiador de óleo

Inspecionar funcionamento do Ventilador do radiador Inspecionar funcionamento do sensor termostático

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