UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA JULIA MACHADO PEREIRA
ANÁLISE CLÍNICA E TOMOGRÁFICA DA RELAÇÃO ENTRE O FENÓTIPO GENGIVAL E ESPESSURA DA TÁBUA ÓSSEA VESTIBULAR – ESTUDO PILOTO
Palhoça 2018
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JULIA MACHADO PEREIRA
ANÁLISE CLÍNICA E TOMOGRÁFICA DA RELAÇÃO ENTRE O FENÓTIPO GENGIVAL E ESPESSURA DA TÁBUA ÓSSEA VESTIBULAR – ESTUDO PILOTO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito para a obtenção do título de Cirurgiã-Dentista
Orientador: Prof. Guenther Schuldt Filho, Dr.
Palhoça 2018
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que contribuíram de alguma maneira para a realização do meu trabalho de conclusão de curso e pelo apoio para poder chegar ao fim desses quatro anos e meio do curso de Odontologia.
Agradeço ao meus pais, Benilde Rodrigues Machado Pereira e Ivânio Alves Pereira, por todo o apoio, amor e carinho e por sempre acreditarem em mim. Eu amo muito vocês e tenho muito orgulho de ser filha de vocês.
Ao meu orientador, Professor Guenther Schuldt Filho, por compartilhar comigo sua competência, sabedoria e destreza. Agradeço por todas as vezes que você esteve ali para me ajudar, e acima de tudo, por ter se tornado um grande amigo.
A professora Daniela Figueiredo Rossi, por ter me ajudado em todos os momentos que eu precisei, principalmente durante a análise estatística do meu trabalho.
A professora Daniela Peressoni Vieira Schuldt e minha amiga Nicole Buss dos Santos, pela colaboração e ajuda na formatação de meu trabalho, muito obrigada.
Ao professor Ricardo de Souza Magini, pelo conhecimento e por ter tirado um tempo na agenda corrida para vir e me ajudar na confecção desta pesquisa. Obrigada.
Aos meus colegas de turma por terem feito parte de uma experiência incrível e realização de um sonho. Me lembrarei com muito carinho de cada um de vocês e sentirei falta da convivência diária.
A minha dupla, Eduarda Blasi Magini, por ter sido minha parceira durante esses 4 anos e meio, e nunca ter me deixado na mão. Obrigada por compartilhar seus conhecimentos comigo sempre que possível.
As minhas amigas, Gabriella Amorim Dutra, Isabella Peixoto Luna e Marcella Bragaglia pelo apoio e companhia, e por todas as vindas à faculdade nos dias livres para confecção de nossos projetos.
Ao meu amor, Henrique Tarnowsky Da Silva, que foi meu companheiro ao longo desses anos, obrigada por todo apoio e paciência.
A minha madrinha, Clenice Rodrigues Machado, a qual considero uma segunda mãe. Agradeço por estar presente em todos os momentos da minha vida, sempre me guiando para um caminho iluminado e abençoado.
Ao meu anjo da guarda, Clóvis Rodrigues Machado, que com certeza está aqui presente de alguma maneira. Sinto sua presença durante essa jornada, pois você sempre esteve presente
RESUMO
Objetivo: Analisar a relação entre a espessura da tábua vestibular óssea e o fenótipo gengival da região anterior da maxila após avaliação clínica e tomográfica.
Métodos: Foram analisados 66 dentes clinicamente e em tomografias computadorizadas de feixe cônico. Os dados obtidos a partir das tomografias corresponderam à espessura da margem gengival, espessura da tábua óssea vestibular em duas regiões: 2 e 4 mm apical à crista óssea (EO2 e EO4, respectivamente) e distância da junção cemento esmalte à crista óssea. Clinicamente, os dados obtidos corresponderam à transparência da sonda no sulco gengival e formato do dente. Os dados foram agrupados e relacionados com o posicionamento do dente na arcada.
Resultados: Tomograficamente, as mensurações demonstraram que tanto a distância da junção cemento esmalte à crista óssea como a espessura gengival apresentaram valores menores em caninos quando comparados com incisivos centrais. Com relação à espessura óssea, os valores encontrados foram similares para todos os dentes. Apenas cinco dentes (7,57%) possuíam espessura óssea > 1,00 mm em EO2. Em EO4 , apenas 3 (4,54%) dentes possuíam espessura óssea > 1,00 mm. Foi observado que a espessura óssea em EO2 era maior em relação a EO4 para alguns grupos (13, 12, 11 e 22) (p <0,05). No presente estudo, foi verificado que a não visibilidade da sonda está relacionada com espessura óssea ≥ 0,96mm, ou seja, fenótipo ósseo espesso. Com relação à espessura gengival e transparência da sonda, nossa pesquisa mostrou que a não visibilidade da sonda está relacionada com valores ≥ 1,04 mm. Nove dos onze pacientes apresentaram formato de dente triangular, e apenas dois apresentaram formato quadrado.
Conclusão: Neste estudo piloto não foi possível identificar de maneira precisa e confiável uma relação entre a transparência da sonda e a espessura óssea. No entanto, a visibilidade da sonda periodontal se associou à medições de espessura gengival e de tábua óssea vestibular mais finas, porém sem significância estatística. No presente estudo, houve significância estatística entre os valores de espessura da tábua vestibular óssea, nas medições de 2mm e 4 mm apicais à crista óssea. Associando valores maiores de espessura na região de 2 mm e valores menores de espessura em 4 mm apicais à crista óssea.
Palavras-chave: Gengiva, osso e ossos, fenótipo, tomografia computadorizada de
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