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1. Volume de Vendas do Comércio Varejista

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Academic year: 2021

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Nº 180 – Desempenho do Varejo Cearense em Janeiro de 2018

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Enfoque Econômico é uma publicação do IPECE que tem por objetivo fornecer informações de forma imediata sobre políticas econômicas, estudos e pesquisas de interesse da população cearense. Por esse instrumento informativo o IPECE espera contribuir para a disseminação, de forma objetiva, do conhecimento sobre temas relevantes para o desenvolvimento econômico do Estado do Ceará.

Varejo cearense inicia 2018 com o primeiro resultado positivo em três anos.

1. Volume de Vendas do Comércio Varejista

Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE, o comércio varejista comum cearense apresentou, em janeiro de 2018, uma queda de 0,5% em relação ao mês de dezembro de 2017 ajustada sazonalmente. Enquanto isso, o varejo nacional registrou variação positiva de 0,9% na mesma comparação. Por outro lado, ao se comparar com janeiro de 2017, o varejo estadual avançou 2,5% e o nacional, 3,2% (Gráfico 1). Vale destacar que com esse resultado, o varejo cearense apresentou um leve sinal de recuperação frente a duas quedas sucessivas observadas para o mesmo mês em anos anteriores, todavia, ainda não alcançando o patamar do volume de vendas observado em janeiro de 2016. Entretanto, o varejo nacional esboçou uma recuperação mais robusta já ultrapassando o volume de vendas observado em janeiro 2016.

Gráfico 1: Variação Mensal do Volume de Vendas do Comércio Varejista Comum – Brasil e Ceará – Janeiro/

2010-2018 (%)

Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: IPECE.

Ao se considerar um horizonte de tempo maior, ou seja, o acumulado em 12 meses, constata-se que o volume de vendas do varejo comum no Ceará ainda registrou recuo de 1,3%, bastante influenciado pelos resultados negativos observados nos primeiros meses do ano de 2017. Todavia, a partir de maio deste ano, o varejo comum estadual passou a apresentar os primeiros sinais de recuperação nas suas vendas. Enquanto isso, o Brasil cresceu, em 12 meses, 2,5%, resultado de uma média de diferença de variação mensal, entre o varejo comum nacional e o estadual, em torno de 4,0 pontos percentuais a partir de fevereiro de 2017 (Gráfico 2).

Gráfico 2: Variação Acumulada de 12 meses do Volume de Vendas do Comércio Varejista Comum – Ceará e

Brasil – Janeiro/2014 a Janeiro/2018 (%)

10,4 8,3 7,7 6,0 6,4 0,5 -10,6 -1,2 3,2 13,2 12,3 4,2 9,9 8,3 1,9 -10,2 -4,9 2,5 -15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0

jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18

Brasil Ceará -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 Brasil Ceará

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Nº 180 – Desempenho do Varejo Cearense em Janeiro de 2018

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Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: IPECE

O resultado apresentado para o varejo ampliado, que adiciona também os resultados das vendas das atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Materiais de construção, foi bem mais favorável em janeiro de 2018, frente ao começo do ano de 2017, tanto para o estado do Ceará (crescimento de 5,1%) quanto para o Brasil (crescimento de 6,5%). Diferente do ocorrido no varejo comum, as vendas do varejo ampliado cearense registradas em janeiro de 2018, já ultrapassaram o volume de vendas registrado em janeiro de 2016.

Gráfico 3: Variação Mensal do Volume de Vendas do Comércio Varejista Ampliado – Ceará e Brasil – Janeiro

2010-2018 (%)

Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: IPECE.

No acumulado de doze meses também foram observadas variações positivas de 4,6% para o Brasil e de 2,4% para o Ceará, respectivamente. O fenômeno de desempenho inferior ao nacional é verificado desde janeiro de 2016 cuja diferença média de variação mensal entre o varejo nacional e o local foi de 1,8 p.p. (Gráfico 4).

Gráfico 4: Variação Acumulada de 12 meses do Volume de Vendas do Comércio Varejista Ampliado – Ceará

e Brasil – Janeiro/2014 a Janeiro/2018 (%)

Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: IPECE.

2. Vendas no Comércio Varejista por Setor

O gráfico 5, abaixo, mostra a variação mensal do volume de vendas do comércio varejista em janeiro de 2018 para nove atividades que formam esse setor. As atividades que registraram os maiores avanços no varejo cearense foram: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+20,2%); Veículos, motocicletas, partes e peças (+18,9%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+6,2%); Móveis e eletrodomésticos (+4,8%); Tecidos, vestuário e calçados (+1,8%) e Artigos

10,2 11,3 8,2 7,0 4,7 -4,9 -14,1 -0,1 6,5 16,0 12,9 9,4 5,3 6,9 -0,4 -16,5 -0,9 5,1 -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0

jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18

Brasil Ceará -15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 Brasil Ceará

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farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+1,6%). Por outro lado, as vendas cearenses de Combustíveis e lubrificantes registraram uma queda significativa de 21,8%, bastante influenciada pela alta nos preços dos combustíveis seguida pelas vendas de Material de construção (-7,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,2%).

Gráfico 5: Variação Mensal do Volume de Vendas do Comércio Varejista por Atividades – Ceará e Brasil –

Janeiro 2018 (%)

Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: IPECE

3. Saldo de Empregos do Comércio

Mesmo com resultado positivo na maioria das atividades que formam o varejo cearense foi observado uma destruição de 2.374 postos de trabalho com carteira assinada no primeiro mês do ano de 2018 (Gráfico 6). Vale destacar que esse movimento de fechamento de vagas já é esperado para o setor nesse período, em função do aumento do número de contratações ocorrida no final do ano anterior. Para efeito de comparação, em janeiro de 2016, foram fechadas 3.642 vagas e em janeiro de 2017, 2.544 vagas.

Gráfico 6: Evolução mensal do saldo de empregos do comércio – Ceará – janeiro/2017 a janeiro/2018

Fonte: CAGED/MTE. Elaboração: IPECE.

-4,0 3,1 0,2 5,3 5,4 -7,3 4,2 18,2 7,3 -21,8 6,2 1,8 4,8 1,6 -4,2 20,2 18,9 -7,4 -25,0 -20,0 -15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 Combustíveis e lubrificantes Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo Tecidos, vestuário e calçados Móveis e eletrodomésticos Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos Livros, jornais, revistas e papelaria Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação Veículos, motocicletas, partes e peças Material de construção Brasil Ceará -2.544 -1.382 -1.456 -208 -1.109 266 286 668 585 561 3.102 1.585 -2.374 -3.000 -2.000 -1.000 0 1.000 2.000 3.000 4.000

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18

de v ag as

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4. Valor do ICMS Arrecadado no Comércio

O ICMS é um imposto arrecadado na venda e circulação de mercadorias, por isso sendo também usado como indicador da dinâmica das vendas e do aquecimento do mercado, no curto prazo. Em janeiro de 2018, a arrecadação do ICMS apresentou um leve crescimento de 2,35% na comparação com o mês imediatamente anterior. Já em relação a janeiro de 2017 foi registrado um crescimento nominal significativo de 10,41%. (Gráfico 6).

Gráfico 7: Evolução do Valor do ICMS do Comércio – Ceará – Janeiro/2017 a janeiro/2018 (Em R$ Milhões)

Fonte: SEFAZ/CE. Elaboração: IPECE.

5. Número de Consultas ao SPC

As consultas ao SPC são feitas quando um cliente deseja crédito no estabelecimento que ele deseja comprar. Assim, o número de consultas ao SPC indica a intenção de compra e venda na economia usando crédito. Na comparação com o mesmo mês de 2017, houve uma queda de -2,99% no total de consultas ao SPC-Fortaleza (Gráfico 8).

Gráfico 8: Evolução do Número de Consultas ao SPC – Fortaleza – Janeiro/2017 a Janeiro/2018 (Por Mil)

Fonte: SPC-CDL. Elaboração: IPECE.

358,9 286,0 287,1 308,7 287,7 339,0 337,9 354,6 365,4 359,5 387,6 387,2 396,3 0 100 200 300 400 500

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18

R $ M ilhõ e s 891,2 884,0 758,8 839,6 927,0 864,0 920,0 906,1 854,5 1.032,2 976,4 970,8 864,6 -100 50 200 350 500 650 800 950 1.100

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18

de c o ns ul ta s (M il)

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6. Fluxo de Inadimplência

A análise do fluxo de inadimplência permite inferir sobre a capacidade de consumo dos agentes. Um maior número de inadimplentes significa mais negativados ao requererem crédito para consumo e menor propensão a comprar. Vale destacar que ocorreu um aumento expressivo no número de novos negativados nos anos de 2015 e 2016. Todavia, em 2017, o número de novos negativados caiu em mais de 50% comparado a 2016, em função do forte movimento de exclusões da base de dados do SPC ocorrida em janeiro de 2017. No entanto, janeiro de 2018 inicia com um saldo de negativados bastante expressivo num total de 33,4 mil.

Gráfico 9: Evolução do Fluxo de Inadimplência ao SPC – Ceará – Janeiro/2017 a Janeiro/2018 (Por Mil)

Fonte: SPC-CDL. Elaboração: IPECE.

7. Consumo de Energia Elétrica no Comércio

Quando se está vendendo razoavelmente bem e quando se aumenta a expectativa de vendas, o estabelecimento fica mais tempo em funcionamento. Assim, o consumo de eletricidade no comércio funciona como um termômetro potencial da variação das vendas. O primeiro registro de 2018 foi 4,41% maior que o registrado em janeiro de 2017. Todavia, no acumulado de 12 meses ainda foi registrado uma queda de 2,10% (Gráfico 10).

Gráfico 10: Evolução do Consumo de Energia Elétrica do Comércio – Ceará – Janeiro/2017 a Janeiro/2018

(GWh)

Fonte: ENEL. Elaboração: IPECE.

-94 47 23 29 14 -14 8 92 16 29 33 -22 33 -150 -100 -50 0 50 100 150

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18

N º de Ina di mp le nt e s (m il) 183,4 178,9 178,5 184,1 188,7 192,2 184,9 187,7 190,2 193,7 201,4 196,1 191,5 160 170 180 190 200 210

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18

GW

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7. Considerações Finais

Os varejos comum e ampliado cearenses e nacionais estrearam o ano de 2018 com variações positivas se comparados com o começo de 2017. Analisando um período maior de tempo, o acumulado de doze meses, percebe-se ainda que o estado recupera-se numa velocidade inferior a do varejo nacional. Separando o indicador por atividades constata-se que as maiores altas no varejo cearense foram observadas nas vendas de Veículos, motocicletas, partes e peças, além de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação. O varejo local também apresentou variação mais expressiva em itens mais básicos da cesta de consumo, a exemplo de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cuja diferença chegou a ser de 3,1 pontos percentuais e de Tecidos, vestuário e calçados (+1,6 p.p.), ambos comparado ao nacional. O saldo de empregos para o período registrou uma baixa de 2.374 postos de trabalho, resultado já esperado para o período, mas inferior ao observado em janeiro de 2017. Contudo a arrecadação de ICMS no comércio apresentou crescimento nominal expressivo se descontada a inflação no período.

Governador do Estado do Ceará Camilo Sobreira de Santana

Vice-Governadora do Estado do Ceará Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretaria do Planejamento e Gestão – SEPLAG Francisco de Queiroz Maia Júnior – Secretário

Antônio Sérgio Montenegro Cavalcante – Secretário adjunto Júlio Cavalcante Neto – Secretário executivo

Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará – IPECE Diretor Geral

Flávio Ataliba Flexa Daltro Barreto Diretoria de Estudos Econômicos - DIEC Adriano Sarquis Bezerra de Menezes Diretoria de Estudos Sociais – DISOC João Mário de França

Diretoria de Estudos de Gestão Pública - DIGEP Cláudio André Gondim Nogueira

ENFOQUE ECONÔMICO - Nº 180 – Abril/2018 DIRETORIA RESPONSÁVEL:

Diretoria de Estudos Econômicos – DIEC Título:

Desempenho do Varejo Cearense em Janeiro de 2018 Elaboração:

Alexsandre Lira Cavalcante (Analista de Políticas Públicas - IPECE) Heitor Gabriel Silva Monteiro (Estagiário - IPECE)

Referências

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