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Academic year: 2021

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Técnico em eletrônica Quarto módulo

2019/1

Aula 3

Tubo de raios catódicos

Filipe Andrade La-Gatta filipe.lagatta@ifsudestemg.edu.br

IF Sudeste MG/JF

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Funcionamento básico

Baseado na emissão de raios com energia por um catodo, dentro de um tubo a vácuo, que incide em material que brilha ao receber esta radiação.

Por ser baseado em um tubo, onde o catodo gera raios, ficou conhecido como “Tubo de raios catódicos” (TRC, ou simplesmente “tubo”, CRT cathode ray tube). O catodo é uma estrutura carregada negativamente que a partir de certo nível de energia, começa a emitir elétrons.

Os elétrons emitidos são o raio catódico.

Por terem carga negativa, buscam o menor caminho até um referencial positivo. O referencial positivo é atribuído à superfície da tela.

A superfície da tela é impregnada por material que ao receber elétrons, responde emitindo luz visível.

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Tubo de raios catódicos Funcionamento básico

Figura:Tubo com componentes básicos.

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Pela construção mostrada, o feixe de elétrons que sai do catodo somente incidiria no centro da tela fosforescente.

Portanto, faz-se necessário um sistema que controle a direção do feixe. Primeira alternativa seria variar o ângulo com o qual o feixe é gerado, porém demanda um controle muito fino, e um sistema mecânico muito preciso, o que era inviável a anos atrás.

Modelo de controle adotado: utilizar campos eletromagnéticos para interferir na trajetória do feixe de elétrons.

É gerado um sistema cartesiano de campos que permite direcionar o feixe para qualquer parte da tela fosforescente.

Método clássico de gerar um campo elétrico: capacitor de placas paralelas. Método adotado no TRC: um sistema de duas bobinas, dispostas em 90o, que

geram um campo magnético que é capaz de defletar a trajetória do feixe tanto na horizontal quanto na vertical.

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Tubo de raios catódicos Funcionamento básico

É válido lembrar que esse sistema descrito, um único feixe, aplica-se no caso de imagens exibidas em televisões “preto e branco”.

Para a criação do feixe de elétrons um filamento aquece o catodo.

Os elétrons que se desprendem do catodo, buscam então o ânodo que é formado ao redor da tela fosforescente.

Este ânodo é formado por uma camada condutora que reveste os lados do tubo, o Aquadag, que funciona como um capacitor (2 nF), com tensão positiva por dentro do tubo - 9 a 15 kV para TV’s P&B, e 18 a 24,5 kV para TV’s a cores - e aterrado na parte externa.

Para facilitar a dispersão dos feixes e reforçar a liberação dos elétrons existe logo após o catodo, uma estrutura chamada de canhão de elétrons, feito em material com capacidade de fornecer elétrons ao feixe, visto como o primeiro ânodo. Mas antes deste reforço é posicionada uma grade de controle, que determinará com qual intensidade esse feixe se propagará no tubo.

Além de toda esta estrutura, existem também componentes do tubo responsáveis por garantir que o feixe seja tão fino quanto necessário, o que garantirá o foco da imagem resultante formada na tela.

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Tubo de raios catódicos Funcionamento básico

Todo este sistema de controle serve para uma função: formar um número específico de linhas na tela, que no caso do Brasil (PAL-M), tem 525 linhas e 60 quadros por segundo.

Lembrando que a cada dois quadros, forma-se uma imagem.

Assim, como visto anteriormente, ao receber a primeira imagem, o TRC começa a escrever na linha 1, 3, 5, ..., até a 525, e a segunda sequência começa da linha 2, 4, 6, ... até a linha 524.

Convenciona-se chamar cada sequência de campo ímpar e campo par. No intervalo entre o preenchimento de uma linha e a próxima há o retorno ou retraço horizontal, e no intervalo entre um campo e o próximo há o retorno ou retraço vertical do feixe de elétrons, que deve obrigatoriamente fazer estes retornos estando desligado.

O comando para os retornos, deve ser a partir de pulsos de sincronismo, que devem ser enviados junto da informação de imagem, para garantir que todos os televisores, de qualquer tamanho e tipo, formem corretamente a imagem.

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Por uma análise simples: serão transmitidas 30 imagens por segundo (cada uma será exibida em um campo ímpar e um campo par) cada imagem com 525 linhas. Resultado: 30 × 525 = 15.750 retornos horizontais por segundo (15.750 Hz). Como cada imagem gasta dois retornos verticais (campo ímpar e campo par), tem-se 60 retornos verticais por segundo (60 Hz).

E todos estes formam os pulsos de sincronismo.

Do conjunto de informações de imagem, mais o conjunto de pulso, forma-se o sinal de vídeo composto.

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Tubo de raios catódicos Funcionamento básico

Há aqui mais um detalhe importante: a linha não é preenchida de forma contínua. Cada uma das 525 linhas é dividia horizontalmente em pequenas porções.

Cada menor porção desta linha na imagem é denominada pixel.

Para que haja uma boa definição da imagem, é necessário que cada linha seja dividida em pelo menos 500 partes.

Portanto, considerando a escrita de 15.750 linhas por segundo, e que cada linha tem 500 pontos:

500 × 15.750 = 7.875.000 pixels por segundo.

Ou seja, para a transmissão de imagem em forma de vídeo no padrão PAL-M, necessita-se acionar o catodo do tubo de raios catódicos com pelo menos 7.875 MHz.

Daí percebe-se que o sistema que controla os retornos horizontal e vertical, e o acionamento do feixe de elétrons é feito em alta frequência, para determinados controles.

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Analise dos tempos de retornos, e observações pertinentes:

Período gasto no retorno/linha horizontal: T = 1/f = 1/15.750 = 63, 49 µs (Conhecido como 1H, ou tempo para a varredura de uma linha)

Período gasto no campo vertical: T = 1/f = 1/60 = 16, 7 ms Porém, é fisicamente impossível que o retorno vertical seja instantâneo. Em função disto, são perdidas por campo, aproximadamente 20 linhas, ou seja, sobram efetivamente para serem exibidas aproximadamente 483 linhas.

Esta sobra é importante, pois no lugar destas linhas serem transmitidas, as emissoras suprimem a informação de imagem, e enviam informações extras, como legendas (closed caption), áudio original (SAP), entre outros.

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Tubo de raios catódicos Captação da imagem

Captação da imagem

Nos primeiros modelos de câmeras, que funcionavam de forma reversa ao TRC, o catodo era um filamento impregnado com partículas de prata revestida de óxido de césio, elemento que emite elétrons ao ser iluminado.

Problema: césio é radioativo.

Gerações futuras usaram óxido de chumbo, trissulfeto de alumínio (permite ajustar intensidade do feixe de acordo com a tensão aplicada), e nos últimos modelos uma mistura de seleneto de zinco (ZnSe) com telureto de zinco (ZnTe) e telureto de cádmio (CdTe), que apresenta elevada sensibilidade com grande resolução. Atualmente com o crescente uso de materiais semicondutores, desenvolveu-se o CCD (Charge Coupled Device) que se constitui basicamente de uma estrutura semelhante ao de uma memória, portanto com dimensões reduzidas, com linhas em material semicondutor, e cada linha dividida em porções de material semicondutor dopado para apresentar sensibilidade à luz. Um sistema eletrônico então lê a informação em cada ponto do CCD e forma assim a imagem

sequencialmente.

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Obrigado.

Encontrou algum erro ou dúvida nas transparências? Entre em contato: filipe.lagatta@ifsudestemg.edu.br

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