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BOAS PRÁTICAS NA ELABORAÇÃO DE COSMÉTICOS

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BOAS PRÁTICAS NA

ELABORAÇÃO DE

COSMÉTICOS

FLÁVIA ALMADA DO CARMO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA

(2)

DEFINIÇÃO

“Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e

Perfumes,

são

preparações

constituídas

por

substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas

diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar,

unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e

membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo

exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar

sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou

protegê-los ou mantê-los em bom estado.”

(3)

DEFINIÇÃO

Produtos de Higiene Pessoal:

Shampoo, creme dental, desodorante, sabonete, etc..

Cosméticos:

Produtos para o cuidado da pele e cosméticos decorativos –

maquiagens.

Perfumes:

Colônias, deo-colônias, loções pós barba, águas de

colônia, etc..

(4)

LEGISLAÇÃO

Portaria SVS/MS Nº 348, de 18/8/97:

• Manual de boas práticas de fabricação para produtos cosméticos;

• Verificação do cumprimento das boas práticas de fabricação e controle de

estabelecimentos da indústria de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.

Resolução Nº 211, de 14/7/2005 (Atualiza a RDC Nº 79, de 28/8/2000):

• Definição e classificação de produtos de higiene pessoal, cosméticos e

perfumes ;

• Regulamento técnico sobre rotulagem específica para produtos de higiene

(5)

CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS

(RDC nº 79/2000 - Revogada)

CATEGORIAS:

1. Produto de Higiene;

2. Cosmético;

3. Perfume;

4. Produto de Uso Infantil.

GRAU DE RISCO:

Grau 1 - Produtos com risco mínimo.

Grau 2 - Produtos com risco potencial.

(6)

CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS

(RDC nº 211/05)

Grau 1: se caracterizam por possuírem propriedades básicas ou

elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e

não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar

e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do

produto. Ex: Água de colônia, batom sem finalidade fotoprotetora,

desodorante colônia, demaquilante...

Grau 2: possuem indicações específicas, cujas características

exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como

informações e cuidados, modo e restrições de uso. Ex:

Antitranspirante, bronzeador, colônia infantil, protetor solar,

repelente de insetos...

(7)

Por se tratar de produtos que são aplicados diretamente na pele, o

mercado de cosméticos é regulamentado por órgãos responsáveis

pela saúde pública, como o FDA – Food and Drugs Administration,

EUA e a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no

Brasil.

A produção de cosméticos pode ser feita por empresas com

autorização de funcionamento fornecido pelo Ministério da Saúde

através da ANVISA, mediante comprovação de requisitos técnicos e

administrativos específicos.

(8)

EMPRESAS PRODUTORAS DE COSMÉTICOS

NO BRASIL

(9)

CURIOSIDADES

O povo brasileiro é considerado um dos mais vaidosos do mundo:

• sexto lugar no ranking de faturamento da indústria mundial de cosméticos;

• quarto lugar no ranking dos maiores mercados do mundo no segmento de

perfumes;

• terceiro lugar no mercado mundial no segmento de produtos infantis, para

cabelo e desodorante;

• sexto lugar no consumo de produtos masculinos;

• oitavo lugar no consumo de produtos para higiene oral;

• nono lugar em relação aos produtos para banho e cremes e loções para a

pele; e

• décimo lugar em relação às maquiagens.

(10)

ESCOLHA DO PRODUTO COSMÉTICO

Vai depender principalmente de dois fatores:

QUALIDADE dependente de vários parâmetros, que se iniciam

na escolha dos constituintes (matérias-primas) e prosseguem com os

cuidados na fabricação e no controle do produto acabado Boas

Práticas de Fabricação (BPF);

EFICÁCIA dependente da formulação. Esta deve ser a mais

adequada às finalidades de atuação, com avaliação dos efeitos reais,

medidos e comparados em ensaios de eficácia.

(11)

QUALIDADES REQUERIDAS POR UM

PRODUTO COSMÉTICO

Respeitar a integridade da pele;

Manter o pH fisiológico ou permitir um retorno rápido ao normal;

Ser bem tolerado e possuir inocuidade toxicológica e microbiana

perfeitas para quem o utiliza;

Ter uma textura agradável; e

Ser de fácil aplicação.

(12)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

A fabricação de produtos cosméticos segue a filosofia da indústria

farmacêutica e a aplicação das Boas Práticas de Fabricação (BPF).

BPF: é a parte da Garantia da Qualidade que assegura que os

produtos são consistentemente produzidos e controlados, com

padrões de qualidade apropriados para o uso pretendido e

requerido pelo registro.

São regras que devem ser seguidas e aplicadas em todas as etapas da fabricação para que se possa obter produtos de qualidade.

(13)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

O cumprimento das BPF visa a obtenção de produtos de qualidade

e a diminuição de riscos inerentes a qualquer produção

farmacêutica, os quais não podem ser detectados somente pela

realização de ensaios nos produtos terminados, como:

Mistura acidental: uso acidental de um material errado (embalagem, matéria-prima, granel) em um processo de fabricação específico.

Contaminação cruzada: incorporação acidental de matéria-prima estranha em um determinado processo.

Contaminação: entrada acidental de sujidades e microrganismos em um determinado processo de fabricação, como pêlos, fiapos, insetos, bactérias, dentre outros.

(14)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Qualidade é tudo aquilo que o consumidor espera do produto,

sendo esta qualidade incorporada desde o desenvolvimento do

produto até sua distribuição.

Pode-se obter qualidade nos produtos fazendo-se da maneira certa

da primeira vez, para evitar reclamações e problemas com o

consumidor, aplicando-se as BPF.

(15)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

As BPF determinam que:

Os processos de fabricação devem ser claramente definidos e sistematicamente revisados. Devem ser capazes de fabricar medicamentos dentro dos padrões de qualidade exigidos, atendendo às respectivas especificações;

Sejam realizadas as qualificações e validações necessárias;

Sejam fornecidos todos os recursos necessários (pessoal, instalações,

equipamentos, materiais, rótulos, procedimentos e instruções,

armazenamento e transporte adequados);

As instruções e os procedimentos devem ser escritos em linguagem clara, inequívoca e serem aplicáveis de forma específica às instalações utilizadas;

Os funcionários devem ser treinados para desempenhar corretamente os procedimentos;

(16)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

As BPF determinam que:

Devem ser feitos registros (manualmente e/ou por meio de instrumentos de registro) durante a produção para mostrar as etapas seguidas e que a quantidade e a qualidade do produto obtido estejam em conformidade com o esperado. Os desvios significativos devem ser registrados e investigados; Os registros (de fabricação e distribuição) que possibilitam rastreamento do lote sejam arquivados de maneira organizada e de fácil acesso;

O armazenamento e distribuição dos produtos sejam adequados e minimizem riscos a sua qualidade;

Esteja implantado um sistema capaz de recolher qualquer lote, após sua comercialização ou distribuição; e

As reclamações sobre produtos comercializados devem ser examinadas, registradas e as causas dos desvios da qualidade, investigadas e documentadas. Deve-se prevenir reincidências.

(17)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

As BPF determinam a necessidade de um programa de qualificação

e validação

As Boas Práticas de Produção determinam que as operações de

produção devem seguir Procedimentos Operacionais Padrão (POP)

escritos, claramente definidos, aprovados e em conformidade com o

registro aprovado, com o objetivo de obter produtos que estejam

dentro dos padrões de qualidade exigidos.

(18)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Portaria nº 348, de 18 de agosto de 1997:

“Determinar a todos estabelecimentos produtores de produtos de

higiene pessoal, cosméticos e perfumes, o cumprimento das

diretrizes estabelecidas no regulamento técnico - Manual de Boas

Práticas de Fabricação para produtos de higiene pessoal,

cosméticos e perfumes.”

Anexo I

(19)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Portaria nº 348, de 18 de agosto de 1997:

“Instituir como regulamento técnico de inspeção para os órgãos de

vigilância sanitária do SUS o roteiro de inspeção para indústria de

produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.”

Anexo II

(20)

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E CONTROLE

PARA PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E

PERFUMES (Portaria nº 348, de 18 de agosto de 1997):

• Trata-se de um guia para fabricação de produtos de higiene pessoal,

cosméticos e perfumes no sentido de organizar e seguir a produção dos mesmos de forma segura para que os fatores humanos, técnicos e administrativos que influem sobre a qualidade dos produtos estejam efetivamente sob controle.

• Os problemas devem ser reduzidos, eliminados e o mais importante:

antecipados. Apesar de limitar-se a formalização do referido aspecto para a fabricação, esse guia inspira-se num conceito de Qualidade Total.

(21)

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E CONTROLE

PARA PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E

PERFUMES (Portaria nº 348, de 18 de agosto de 1997):

• Propõe às empresas uma metodologia a ser seguida para formalizar seu

sistema de garantia da qualidade;

• Estabelece uma série de roteiros para as diferentes etapas do processo de

fabricação;

• Descreve atividades que guiam a garantia da qualidade.

(22)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

SISTEMA PARA O GERENCIAMENTO DA QUALIDADE:

Estrutura Organizacional e Responsabilidades: A estrutura

organizacional deve estar claramente definida, de forma a

compreender a organização e o funcionamento da empresa. Cada

empregado deve conhecer sua responsabilidade e ter um lugar

definido na estrutura.

Procedimentos: definidos pela empresa, em função da natureza de

sua produção e da sua estrutura organizacional. Devem descrever

detalhadamente operações, precauções e medidas a serem

aplicadas nas diferentes atividades produtivas.

(23)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

SISTEMA PARA O GERENCIAMENTO DA QUALIDADE:

Processos: devem ser verificados documentalmente/validados

antes da colocação do produto no mercado.

Recursos disponíveis: possuir pessoal com conhecimentos,

experiência, competência e motivação. A iluminação, temperatura,

umidade e ventilação devem ser adequadas e não devem afetar a

qualidade do produto. Os equipamentos devem estar dispostos de

maneira que o movimento de materiais e pessoas não constituam

um risco para a qualidade. Deve-se efetuar manutenção e

verificação documentada/validação periódica dos equipamentos e

máquinas a fim de que estes realmente sirvam aos propósitos a que

estão destinados.

(24)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

FABRICAÇÃO:

Garantir a segurança do uso do produto;

Evitar contaminação;

As empresas poderão efetuar as operações em sua própria fábrica

(25)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Fabricação na própria empresa:

Água:

Garantir que a qualidade desta assegure a conformidade do produto acabado;

Passível de proceder-se a sistemas de desinfecção, conforme procedimentos bem definidos;

As tubulações devem ser constituídas de forma a evitar corrosão, riscos de contaminação e estancamento;

Devem ser identificadas as tubulações de água quente, fria, demineralizada e a vapor.

A qualidade química e microbiológica deve ser monitorada regularmente de acordo com procedimentos escritos e qualquer anomalia deve ser seguida de uma ação corretiva.

(26)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Fabricação na própria empresa:

Recebimento de Materiais:

Segue procedimentos estabelecidos;

Os registros devem conter informações que permitam a identificação do produto: nome comercial na nota fiscal e nos recipientes; código de controle da empresa; data de recebimento; nome do fornecedor e número do lote; quantidade total e número de recipientes recebidos;

Devem ser estabelecidos procedimentos internos sobre a identificação, transporte de matérias-primas e material de embalagem;

A amostragem deve ser feita por pessoal competente, assegurando que esta seja representativa do lote enviado.

(27)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Fabricação na própria empresa:

Estocagem:

Os materiais, assim como o produto acabado, devem ser guardados em condições apropriadas à sua natureza, de forma a garantir uma identificação eficiente do lote, como também uma correta rotação;

Deve existir um sistema que evite o uso de material rejeitado, bem como do material que não tenha sido analisado.

(28)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Fabricação na própria empresa:

Processamento:

Pesagem de matérias-primas:

Devem ser pesadas em recipientes limpos, balanças aferidas/validadas conforme o peso ou diretamente na cuba de elaboração;

Devem ser tomadas as devidas precauções para evitar a contaminação cruzada e guardar todos os recipientes de matéria-prima para evitar qualquer risco de alteração das mesmas.

(29)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Fabricação na própria empresa:

Processamento:

Elaboração:

As instruções devem estar disponíveis no começo do processo;

Os equipamentos devem estar limpos e em boas condições de operação; Não devem existir elementos pertencentes a processos anteriores;

Cada produto a ser fabricado deve ser identificado (nome, número) de maneira que em cada etapa do processo, cada operador possa encontrar a referência para continuar os controles necessários;

É essencial a existência de uma única fórmula com um modo operativo para uma quantidade e equipamento específico associados a mesma;

Deve-se dispor de uma lista de matérias-primas utilizadas com número de lote e quantidade pesada e o método de operação detalhado: seqüências de adição, temperatura, velocidades de agitação, tempos, processo de transferência.

(30)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Fabricação na própria empresa:

Operações de Enchimento/Embalagem:

Identificar os materiais de embalagem e o granel; Analisar a limpeza correta dos equipamentos;

Deve se assegurar que as instruções de embalagem, amostragem e controles estejam disponíveis antes do começo da operação.

Os produtos a serem embalados devem estar corretamente/identificados de forma clara e precisa.

(31)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Fabricação na própria empresa:

Distribuição:

Devem existir procedimentos para a distribuição de maneira a assegurar que a qualidade do produto não seja alterada.

Antes de colocar o produto no mercado, deve-se assegurar que cumpre os padrões previamente fixados.

(32)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Fabricação com Terceiros:

Seja qual for o contrato, para uma fabricação total ou parcial, enchimento e embalagem parcial ou total, todas as operações devem ser claramente

definidas para obter o produto de qualidade conforme o padrão;

Por isso, entre ambas as partes deve ser feito um contrato em que se definam as responsabilidades de cada uma.

(33)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Liberação do Produto Acabado:

Antes de ser colocado no mercado, o produto fabricado pela própria empresa ou por terceiros deve ser aprovado pela Garantia da Qualidade; Esta aprovação deve ser feita mediante um processo claramente definido e documentado.

(34)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

REQUERIMENTOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE:

A garantia da qualidade durante a fabricação, envolve quase todas as operações da empresa.

Fabricação:

Participar da implementação respeitando procedimentos e instruções estabelecidas por departamentos competentes;

Incentivar o pessoal de fabricação a reportar irregularidades e incidentes de não conformidade;

Analisar os desvios de qualidade acompanhados de ações corretivas, melhoria e monitoramento.

(35)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

REQUERIMENTOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE:

Compras e Abastecimento:

Uma das atividades essenciais no Sistema da Qualidade consiste em manejar recursos que vêm de fora da empresa fundamentais para fabricação, como por exemplo, compra de matérias-primas e componentes, aprovação do terceirista e de fornecedores, entre outros.

(36)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

REQUERIMENTOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE:

Controle e Manutenção de Equipamentos e Locais:

Os equipamentos não devem apresentar riscos de contaminação nem danos para os produtos e nem para os trabalhadores;

(37)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

REQUERIMENTOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE:

Elaboração e Manutenção dos Processos:

O departamento responsável pelo desenvolvimento do produto, fórmula e embalagem, fornecerá um processo que leve em consideração as normas de BPF e controle;

Os processos devem ser bem definidos e testados;

Deve ser formalizado um processo de acordo com a natureza do produto, tamanho e estrutura da empresa;

Finalmente, deve-se verificar a documentação/validação e confirmar que o produto acabado corresponde aos padrões definidos;

O processo de verificação da documentação/validação deverá ser atualizado à luz de novas condições de operação.

(38)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

REQUERIMENTOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE:

Higiene Industrial:

Um produto cosmético não pode afetar a saúde do consumidor, não deve sofrer deterioração por nenhum motivo;

Um dos fatores que leva a deterioração é a presença ou multiplicação de microorganismos. Para evitar esta condição é essencial respeitar boas práticas de higiene.

(39)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

REQUERIMENTOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE:

Operações de Controle de Qualidade:

Entende-se como o conjunto de operações que são seguidas para monitorar a qualidade durante o processo de fabricação;

Estas operações dividem-se em dois grupos:

Controle das matérias primas no início do processo de fabricação e controle final dos produtos acabados.

(40)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

REQUERIMENTOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE:

Capacitação:

A empresa deve contar com pessoal com conhecimento, experiência, competência e motivação suficientes;

Os cursos de treinamento podem ser realizados pela própria empresa ou por empresas externas especializadas.

(41)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

REQUERIMENTOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE:

Documentação:

Os documentos são indispensáveis para evitar erros provenientes da comunicação verbal. A documentação deve ser revisada regularmente. Na empresa deve existir um inventário atualizado da documentação existente; Tipos de documentação que a empresa deve possuir:

Procedimentos;

Regras de fabricação; Especificações;

(42)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

REQUERIMENTOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE:

Monitoramento e Uso dos Resultados:

Para a Garantia da Qualidade é muito importante o uso dos resultados obtidos na verificação da qualidade;

Isto permitirá uma análise de possíveis desvios identificando a sua causa e a conseqüente decisão de uma ação corretiva;

(43)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

REQUERIMENTOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE:

Auditoria da Qualidade:

Deve ser efetuada de forma independente e detalhada, regularmente ou a pedido, por pessoas especialmente designadas e competentes.

Pode acontecer, seja na empresa, em um fornecedor ou em um terceirista. Deve abranger o Sistema da Qualidade em geral.

O objetivo é assegurar a conformidade com o Regulamento Técnico de BPF e Controle e definir ações corretivas a serem empreendidas.

Deve ser dado seguimento ao processo da auditoria para certificar-se de que as ações corretivas foram seguidas.

(44)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

PESSOAL:

Uso de vestimentas de trabalho limpas e adequadas; Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI);

Portadores de doenças transmissíveis ou com feridas expostas devem ser afastados da zona de fabricação.

(45)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Controle da matéria-prima e do produto acabado:

Só terá verdadeiro sentido de garantia quando forem integrados aos cuidados na fabricação.

Exame das características organolépticas: odor, cor, sabor (!),

toque, aspecto e consistência.

Métodos físico-químicos: medidas de densidade, viscosidade,

índice de refração, absorção dos ultravioleta, reações à cor, índices

de acidez, de saponificação, de peróxido...

(Guia de Controle de Qualidade de Produtos

Cosméticos / ANVISA – 2008)

(46)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Controle da matéria-prima e do produto acabado:

Ensaios Microbiológicos (Resolução 481/99: Parâmetros de Controle Microbiológico para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes).

Determinação qualitativa e quantitativa.

Ensaios de Estabilidade (Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos, 2004).

(47)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Controle da matéria-prima e do produto acabado:

Ensaios de Segurança (Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos / ANVISA – 2003):

• Testes de irritação ocular: aplicação do produto na região ocular;

• Teste de irritação cutânea, dito “primário”: aplicação do produto sobre a

pele escarificada, sob uma bandagem oclusiva, para verificar o grau de irritação após 48 horas;

• Teste de irritação cutânea por aplicações repetidas: aplicação do produto

todos os dias, durante 6 semanas, nas condições de utilização e verificação do comportamento da pele;

• Teste de sensibilização: aplicação do produto todos os dias, durante 3

semanas (período de indução), interrupção das aplicações durante 15 dias (período de repouso – produção de anticorpos), uma só aplicação do produto (aplicação desencadeante). Se tiver ocorrido sensibilização, a reação alérgica se desencadeia. O experimentador sente rubor e coceira;

• Teste de fotossensibilização: submete-se o experimentador com o produto

(48)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Controle da matéria-prima e do produto acabado:

Ensaios de Eficácia:

• Testes “em consumidores”: através de questionários realizados com

consumidores;

• Testes “clínicos”: efetuados com menor número de indivíduos;

Testes in vitro: realizados em células, tecidos isolados ou reconstituídos ou

em materiais inertes;

• Medidas instrumentais: podem ser realizadas no Homem, com o uso de

(49)

FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

A elaboração de produtos cosméticos deve seguir a legislação

vigente (ANVISA), bem como os pareceres da Câmara Técnica de

Cosméticos (CATEC).

Referências

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