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Centro Universitário Franciscano Curso de Fisioterapia Disciplina de Biofísica Prof: Valnir de Paula RADIAÇÕES IONIZANTES.

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RADIAÇÕES IONIZANTES

Centro Universitário Franciscano

Curso de Fisioterapia

Disciplina de Biofísica

Prof: Valnir de Paula

(2)

 Histórico das radiações ionizantes

2

Roteiro

 Conceitos e Interação das Radiações Ionizantes

com a matéria

 Interação das Radiações Ionizantes com o meio

biológico.

(3)

1ª Parte:

Histórico das

(4)

1895:

Wilhem Conrad Röentgen descobre os Raios X enquanto fazia experimentos com raios catódicos.

1º Aparelho de RX 1ª Radiografia

(5)

1896: Antoine Henri Becquerel constatou que um sal de urânio

produzia manchas numa chapa fotográfica, mesmo no escuro e embrulhado em papel negro.

Essa descoberta foi chamada de radioati-vidade e os elementos que apresentam essa propriedade foram chamados de elementos radioativos. Radioatividade,

Registro obtido por Becquerel em chapa fotográfica de radiações emitidas naturalmente →

(6)

1898: Descoberta do Rádio e Polônio

 Pierre e a sua mulher, Marie Curie, estudando os componentes do minério de urânio,

encontram fontes radiativas muito mais fortes que o próprio elemento.

 Desse modo, descobriram novos elementos químicos, como o Rádio , o Tório e o Polônio foi assim batizado em homenagem à Marie Curie, por ser polonesa.

(7)

A Braquiterapia*

 Na sua tese de doutoramento em 1904, Madame Curie descreveu um experimento biológico em que ela colocava uma cápsula

contendo rádio no braço do seu esposo e deixava-a por várias

horas. Ela disse que era produzido uma ferida que levava um mês para sarar.

 Esta ferida não era uma "queimadura" superficial; a

avaria era muito mais profunda. A possibilidade de usar rádio para destruir o câncer foi reconhecida quase que imediatamente.

* Tratamento de radioterapia em que o material radioativo fica em contato com o tecido que está sendo tratado.

(8)

1º de março de 1896: o jornal português O Século publicou, em primeira página, extenso artigo intitulado: “A Photographia

Atravez dos Corpos Opacos”.

(9)

Uso “terapêutico” dos raios X

• À época do descobrimentos dos Raios X, a eletroterapia era utilizada como tratamento da dor.

• Pouco depois da descoberta dos raios X, um eletroterapeuta americano iniciou pesquisas, irradiando uma mulher com câncer de mama.

• Os raios X também passaram a ser utilizados em lesões de pele. • Algumas clínicas francesas e americanas passaram a utilizar os raios X para depilação.

(10)

“Radium faz menina cega enxergar. Expressivos

resultados são obtidos com o novo metal e os raios-X.”

Exageros sensacionalistas da época

(11)

Exageros sensacionalistas da época

“Radium e raios-X usados para o embelezamento.”

“ Os homens serão beneficiados com as novas descobertas”

(12)

“Os raios-x transformam um negro em branco. Imagine um

etíope transformado em um caucasiano.”

Exageros sensacionalistas da época

(13)

 Entre os problemas informados associados com Radiografias estavam: vermelhidão, entorpecimento, depilação, infecção, descamação, e dor severa.

 Possíveis causas (hipóteses): ozônio gerado por máquinas estáticas, calor excessivo e umidade, superexposição a

eletricidade, e “alergia de Radiografia”

(14)

Assento roentgenológico” (1898),

Oferecia ao profissional e ao paciente uma condição confortável para o exame fluoroscópico e uma ausência completa de

proteção.

(15)
(16)

Raios-X nas ruas

(17)

"Meninas do rádio"

escrevem um capítulo

trágico na história de

uma pequena cidade.

Elas pintavam mostradores de

relógio com rádio, umedecendo o pincel na boca.

(18)

Mihran Kassabian (1870-1910) notou e fotografou as suas mãos durante necroses progressivas e amputações consecutivas,

esperando que os dados coletados pudessem ser úteis para a ciência após sua morte.

(19)

Evolução temporal das principais descobertas

• 1895 - Descoberta dos raios X (W.C. Roentgen) • 1895 - Primeiro registro radiográfico.

• 1896 - Descoberta da radioatividade (H. Becquerel)

• 1898 - Descoberta do rádio e do polônio (Pierre e marie Curie) • 1898 – Descoberta das partículas α e β (Rutherford)

• 1898 - Descoberta dos raios γ (Paul Villard)

• 1902 - Suspeita da indução de doenças de pele: eritema. • 1912 - Descoberta dos raios cósmicos (Hess)

(20)

O conhecimento e o domínio do núcleo atômico possibilitou ao homem a fabricação da bomba atômica.

Os efeitos maléficos da radiação são estudados até hoje, com a população e suas gerações, vítimas das bombas.

(21)

2ª Parte:

A Interação da Radiação

com a Matéria

A interação das radiações com a matéria consiste na

transferência de energia da radiação para o meio

(22)

Tipos de Radiações

(23)

Radiações corpusculares

PARTÍCULA ALFA: 2 prótons e 2 Nêutrons (Núcleo do Hélio) Carga +, Alta Ionização

PARTÍCULA BETA: é um elétron nuclear (+ ou -)

OBS: Como possuem carga elétrica, estas partículas podem ser desviadas por campos magnéticos.

(24)

Radiações eletromagnéticas

 Não possuem massa nem carga elétrica.

 Não são desviadas por campos magnéticos

 Possuem alto poder de penetração na matéria

(25)

Radiações Ionizantes do Espectro Eletromagnético

(26)

Ionização

Quando um feixe de radiação de alta energia atinge a matéria, os elétrons podem ser removidos do átomo, resultando elétrons

livres de alta energia e íons positivos. Quando ocorrem quebras de ligações químicas, resultam na formação de radicais livres. A radiação portanto chama-se ionizante quanto possui energia maior que a energia de ligação do elétron no átomo.

(27)

Radiações Ionizantes

Portanto, as radiações são denominadas de ionizantes

quando produzem íons, radicais e elétrons livres na

matéria que sofreu a interação.

Sob o ponto de vista dos sentidos humanos, as

radiações ionizantes são:

(28)

GRAY (Gy)  Unidade de Dose Absorvida

1Gy = 1 J/kg

Dose absorvida

 É uma grandeza que mede a energia total absorvida por unidade de massa (E/m).

Unidade de medida das radiações

(29)

3ª Parte:

Interação das Radiações

Ionizantes com as Células

(30)

Os Radicais Livres

 Quando a radiação ioniza os átomos das células, formam-se radicais livres, que são entidades químicas, altamente reativas em decorrência da presença de átomos cuja última camada não apresenta o número de elétrons que conferiria estabilidade à estrutura.

Exemplos:

superóxido (O

2-

),

peróxido de hidrogênio (H

2

O

2

),

radicais hidroxila (OH

-

).

(31)

Radicais livres (cont.)

Grande parte dos radicais livres são produzidos pelas células,

durante o processo de combustão do oxigênio, utilizado para

converter os nutrientes dos

(32)

Fatores externos (além dos fatores metabólicos), que podem contribuir para o aumento da formação dessas moléculas: - Poluição ambiental - Radiações Ionizantes - Tabagismo - Alcoolismo - Resíduos de pesticidas - Estresse

- Consumo excessivo de gorduras

Radicais livres (cont.)

(33)

A Radiólise da Água

 Como a água representa o maior conteúdo de nosso corpo, os efeitos da radiação nesse meio são muito importantes.

 Quando a radiação interage com uma molécula de água, um elétron é ejetado, resultando uma molécula ionizada de água (H2O+ ).

 A molécula de água ionizada pode reagir com a outra molécula de água, formando um radical hidroxila.

(34)

Danos ao DNA pela Radiação

 A radiólise da água pode ocorrer no citoplasma da célula, de forma que os radicais livres produzidos causem reações em cascata, atingindo o DNA.

34

 Como o DNA forma o cromossomo, este pode sofrer alterações, como

aberrações cromossômicas.  Isto interfere na

reprodução celular, o que pode gerar uma neoplasia.

(35)
(36)

 Através de experiências com populações celulares em divisão, verificou-se que as células são mais sensíveis à radiação quando estão em mitose, ou seja, durante a reprodução celular.

36

Sensibilidade das Células à Radiação

 Isto significa que as células que se reproduzem mais (como a células sanguíneas) são mais sensíveis aos efeitos da radiação.

 Os neurônios e células ósseas e

musculares são mais resistentes por se reproduzirem menos.

(37)

A diferenciação celular

(38)

Lei de Bergonnié e Tribondeau

A radiossensibilidade dos tecidos às radiações ionizantes foi descrita por J. Bergonnié e L. Tribondeau, cujo princípio que rege a radiossensibilidade tecidual diz o seguinte:

A sensibilidade das células à irradiação é diretamente

proporcional à sua capacidade reprodutiva e inversamente proporcional ao seu grau de diferenciação.

(39)

Referências

ALPEN, E. D. Radiation Biophysics. 2.ed. San Diego: Academic Press, 1998.

HALL, E. J.. Radiobiology for the Radiologist. 5.ed. New York: Williams & Wilkins, 2000.

TUBIANA, M., BERTIN, M. Radiobiologia e Radioproteção. Edições 70 , 1990. 103 p.

SIQUEIRA V.. Síndrome de Down: Translocação Robertsoniana. Saúde e Ambiente. Universidade Unigranrio

Referências

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