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Anna Helena Altenfelder

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Academic year: 2021

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Agenda Contemporânea da Educação

Integral

Anna Helena Altenfelder

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Uma Educação Integral de fato pressupõem-se sempre contemporânea, pois busca garantir o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens em sua integralidade, propiciando múltiplas oportunidades de aprendizagem por meio da ampliação de tempo e do acesso a cultura, arte, esporte, ciência e tecnologia.

• Promove processos de aprendizagem que considera a multidimensionalidade dos sujeitos de forma integrada • Reconhece que os conhecimentos desenvolvidos pela

escola, embora constituam uma parte importante do patrimônio cultural, não esgotam o conjunto de saberes necessários para uma participação atuante na sociedade; • Entende que a variedade de oportunidades de

aprendizagem está na diversidade dos espaços e na ampliação de tempos, em articulação do Estado com organizações da sociedade civil (OSCs), com a comunidade e a família, para construir um território educador. Não há educação integral sem participação social.

De que Educação Integral

estamos falando?

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Para além do tempo integral

Dimensões para um debate atual

As aprendizagens importam

Entende-se que os processos de aprendizagem

mobilizam as dimensões física, afetiva, cognitiva, ética, estética e política.

O território importa

Para além da dimensão físico-espacial, o território inclui um conjunto amplo de relações e representações sociais sobre ele; seus limites são definidos pelas pessoas e grupos sociais a partir de tais relações e representações

A equidade importa

Situação em que todos os alunos, independentemente de sua situação de origem, atingem níveis adequados de resultados. Ou seja, alunos de todas as condições

socioeconômicas, raças ou etnias, sexos, entre outras características que definem grupos sociais, acessam o que a sociedade definiu como necessário ser aprendido de modo que tenham garantida sua dignidade,

autoestima e trajetória escolar menos turbulenta, diminuindo assim a correlação entre desigualdade escolar e social.

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O território importa

Pesquisas revelam a existência de uma correlação entre a variação dos níveis de vulnerabilidade social do território onde se localiza a escola e as oportunidades educacionais oferecidas aos estudantes.

Maior vulnerabilidade social Menos oportunidades educacionais

Fonte: Pesquisa “Educação em territórios de alta vulnerabilidade social na metrópole”, 2011 - Cenpec

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O território importa

Como o território vulnerável tende a restringir as oportunidades educacionais oferecidas pelas escolas nele situadas:

▪ Escassez de serviços privados e baixa cobertura de

equipamentos públicos que visam garantir direitos sociais.

▪ Menor oferta de matrícula na educação infantil, reduzindo as possibilidades de acesso das crianças a uma importante condição para o sucesso escolar.

▪ Como padrão, as escolas de meios vulneráveis tendem a

apresentar um corpo discente fortemente homogêneo no que diz respeito aos baixos recursos culturais familiares.

Fonte: Pesquisa “Educação em territórios de alta vulnerabilidade social na metrópole”, 2011 - Cenpec

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O território e as

políticas públicas

▪ Fortes desigualdades marcam os territórios vulneráveis e suas escolas, o que demanda políticas específicas ou focalizadas para assegurar o direito a uma educação de qualidade.

▪ A garantia do direito universal é dificilmente alcançada por políticas universalistas em sociedades com acentuadas

desigualdades, por realizar distribuição idêntica de recursos e esforços a grupos, territórios e regiões que, de partida, estão em patamares diferentes.

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▪ Os avanços nas áreas social, econômica, educacional ou cultural nos territórios são resultado de políticas que levam em conta a história, os valores e as características sociais, políticas,

econômicas e ambientais de cada lugar.

▪ As políticas educacionais nos territórios precisam articular as esferas da proteção social, da saúde, da segurança e da cultura; além de envolver efetivamente a comunidade, lideranças e

profissionais locais na construção e implementação.

O território e as

políticas públicas

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As políticas e a escola

Políticas e medidas educacionais dirigidas especificamente para os territórios envolvem:

▪ Colaboração entre redes estadual e municipal de ensino;

▪ Desenvolvimento de políticas intersetoriais;

▪ Organização de processos de gestão compartilhada e colaborativa entre escolas localizadas em áreas próximas;

▪ Criação de identidade para esse grupos colaborativos de escolas, bem como para cada escola em particular;

▪ Ampliação do conhecimento sobre a comunidade do entorno da escola e de sua participação na vida escolar;

▪ Desenvolvimento de processos de reorganização curricular e de ampliação dos contextos de aprendizagem.

O protagonismo na concepção dessas políticas e medidas deve ser assumido por atores envolvidos diretamente com as escolas

presentes nos territórios: os educadores comprometidos com a

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As políticas e a escola

A equipe escolar que olha, escuta e vive a cidade como territórios potencialmente educativos, tem a responsabilidade de proporcionar aos alunos experiências pedagógicas ricas e multiculturais, que

possam:

▪ Promover a diversidade;

▪ Discutir a sustentabilidade e a ética;

▪ Aprimorar olhares sobre o entorno e as pessoas e vislumbrar possibilidades de intervenção e de vida mais humana e

equânime.

A cidade não só se apresenta como objeto e conteúdo de

conhecimento para a escola e educadores, mas também como instrumento de aprendizagem dessas experiências inovadoras e multiculturais.

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A Educação Integral

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A Educação Integral

e o desafio da equidade

Número e percentual de matrículas de período integral na rede estadual de Pernambuco - 2007 e 2014

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A Educação Integral

e o desafio da equidade

Pesquisa Políticas para o Ensino Médio e desigualdade

escolares e sociais, realizada pelo CENPEC, em parceria

com a Fundação Tide Setubal, em 2017 analisou as políticas de Ensino Médio em tempo integral, parcial e noturno em nos estados do CE, GO, SP e PE.

Os dados indicam que existe uma seleção social nos tipos de oferta, que termina por criar uma dupla rede, de acordo com a origem social dos alunos:

• jovens de nível socioeconômico mais baixo e com menores recursos culturais rentáveis na escola tenderiam a se dirigir para as de tempo parcial e noturnas;

• aqueles com nível socioeconômico mais alto e com maiores recursos culturais tenderiam a se dirigir para as escolas de tempo integral.

Se, por um lado, a educação em período integral aumentou a proficiência de quem foi exposto a ela, por outro, sabe-se que alunos de condições socioeconômicas menos favorecidas tiveram menos acesso a ela.

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A Educação Integral

e o desafio da equidade

Como a escola reage a políticas que trazemmedidas dessa natureza? Há uma oferta reduzida

em escolas de maior qualidade. Quais as consequências esperadas desse tipo de oferta? Progressiva alteração sociodemográfica da composição

discente e docente (em função dos processos diferenciados de contratação).

Busca pelas escolas de tempo parcial de refazer sua identidade, alterando práticas curriculares e sua inserção na comunidade vizinha.

Maior demanda de vagas nessas escolas por jovens e famílias com mais conhecimento sobre o sistema escolar e maiores aspirações educacionais.

Paulatina seleção oficiosa pela escola de alunos que

supostamente não se adaptam às escolas de tempo integral.

Auto exclusão de alunos que não se sentem adaptados a essas escolas.

Progressiva alteração sociodemográfica das escolas de tempo parcial próximas às de tempo

integral, que se tornam mais homogêneas em sua composição social – passam a recrutar

alunos de menor nível socioeconômico. Reações e percepções das escolas

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Benefícios de uma política devem ser cotejados com seus custos econômicos e valores, sejam eles o da igualdade de oportunidades ou da equidade:

• Por que não progressivamente aumentar a carga-horária de todas as escolas?

• Por que não progressivamente dar a todas as escolas as mesmas condições de trabalho dos educadores das escolas de tempo integral?

A Educação Integral

e o desafio da equidade

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Diálogo e engajamento das equipes

• Encontros de formação para professores e gestores escolares; • Seminários para a divulgação e

discussão, com as escolas da rede, do documento.

Dimensões necessárias para uma política de Educação Integral, segundo a experiência do CENPEC no apoio às secretarias de educação

Participação

• Criações de Grupos de trabalho: ✓ nos territórios;

✓ nas Secretarias – envolvendo coordenadores, supervisores, técnicos e diretores;

✓ com professores; ✓ Com alunos.

Formação de Professores

• Sobre Educação Integral

• Sobre a BNCC e o desenvolvimento de competências e habilidades

Caminhos para o aprimoramento

das políticas de Educação Integral

Intersetorialidade

• Envolvimento de representantes das políticas

públicas de Garantia de Direitos, Assistência, Saúde, Educação, Meio Ambiente e Cultura.

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Experiências exitosas de articulação

entre escola e a comunidade

COM A PALAVRA: OS JOVENS!

“(...) eu fico impressionado e literalmente emocionado com o posicionamento do pessoal

que esteve pensando para os próprios alunos, não só no próprio pensamento daquilo que eles

queriam, mas também para os alunos. (...)”

(Lucas)

“O que eu gostei mais foi quando o professor pediu para a gente tirar foto e

botou no mural da escola.”

(Maria)

“É interessante essa questão de mudança na escola, mudança de mentalidade, porque um grupo se reuniu para fazer uma atividade e nisso a relação e o compartilhar

de experiências dentro do grupo, isso faz com que as pessoas se soltem mais e, apesar de ser uma coisa tão amiúde, uma coisa tão simples. mudou de mentalidade”.

(Gabriel)

“Foi uma mudança muito grande, porque eu mesmo pensava assim. Quando eu vim para dança e o teatro, eu pensei assim: ‘vou ficar nisso aqui para quê? Isso não significa nada para mim’. Mas eu estava errada

porque significou muito para mim e foi muito bom e agradeço muito ter esse projeto lá, esse projeto diferente que ajudou muitas pessoas.”

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Educação | Cultura | Ação Comunitária

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Referências

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