Material de Estudo para Recuperação 6° ano
Historia do dinheiro no Brasil
Já imaginou como seria a vida sem usar o dinheiro? Estranho, não? Pois há muitos e muitos séculos atrás ele não existia, mas, como sempre existiu a necessidade de comprar, as pessoas da época tiveram que dar um jeitinho e resolver o problema.
A primeira solução foi fazer trocas, então, se uma pessoa tinha colhido muitas frutas, mas
precisava de cortes de tecido para fazer roupas, partia à procura de quem estivesse interessado nas frutas, mas também tivesse tecido para fazer a troca, por exemplo. Esse é um sistema de comércio é chamado também de escambo. Atualmente ainda encontramos pessoas que se utilizam dessa prática, inclusive há sessões específicas nos classificados dos jornais para anúncios de trocas, mas é claro que em escala muito menor do que antigamente.
A questão é que nem sempre esse sistema dava certo, pois muitas vezes era difícil ter a noção do real valor da mercadoria a ser trocada. Assim, cada civilização arrumou uma forma de dar valor às
mercadorias baseado em elementos que tinham algum significado importante para aquele povo: na China, passaram a usar bambu como moeda de troca; no Egito usavam argolas, na Arábia usavam fios! Nossa! Cada coisa mais esquisita, não é mesmo?
Com a descoberta dos metais – ouro, prata e cobre - ficou comprovado que utilizá-los como moeda de troca era a melhor forma de se estabelecer um sistema monetário. Inicialmente eram usados em formato de linguetas ou barras, mas ao longo do tempo foram ganho formas e inscrições.
Foi durante a Idade Média que surgiu o papel-moeda: os comerciantes dessa época começaram guardar seus valores com os ourives (pessoas que fazem e vendem objetos de ouro e prata) e recebiam um recibo comprovando que tinham recebido aquela quantia e esse papel valia dinheiro, é claro...
No fim do Século XVII surge o primeiro banco, na Inglaterra. O procedimento era o mesmo: as pessoas levavam seus valores – ouro, prata, jóia – para o banco e recebiam um recibo que garantia a entrega. Esse sistema vigorou por muitos séculos e foi copiado por outros países. Chegou um momento que o volumo de transações era grande e também começou a facilitar falsificações. Para controlar isso foi necessário que cada país criasse um órgão responsável por controlar essas transações. No Brasil esse órgão chama-se Banco Central.
2.1- Outras formas de dinheiro
O cheque é uma forma alternativa de utilizar o dinheiro: a pessoa deposita uma determinada quantia no banco e emite cheques relativos a pequenas partes do valor depositado, não precisando, necessariamente usar todo o valor de uma só vez. É muito útil utilizar cheques quando o valor a ser pago por algum bem é muito alto.
Já o cartão de crédito também é uma forma de utilização do dinheiro, só que, diferente do cheque. Com o cartão de crédito você utiliza um valor que na verdade você não tem ou não quer utilizar naquele
momento e o banco lhe dá crédito para comprar e pagar posteriormente, com prazo determinado pelo banco.
2.2 - O dinheiro no Brasil.
O Padrão Real foi à moeda do Império Brasileiro, durando até 1949.
O Cruzeiro foi criado dia 5 de Outubro de 1942, mas só passou a valer como unidade
monetária a partir da meia-noite do dia 31 de Outubro de 1942. Ele substituiu o padrão Mil-Réis, que causava problemas por ter divisão milesimal. Outro objetivo dessa mudança foi unificar o meio circulante, já que na época existiam 56 tipos diferentes de cédulas, sendo 35 do tesouro nacional, 14 do Banco do Brasil e 7 da extinta Caixa de Estabilização. Foram usadas aproximadamente 8 notas do padrão Mil-Réis, carimbadas para o novo valor. 1$000 = Cr$ 1,00
Cruzeiro Novo foi implantado no dia 13 de fevereiro de 1967. O Cruzeiro, padrão monetário
desde 1942, perdia três zeros e se transformava em Cruzeiro Novo. O Cruzeiro Novo foi o único padrão monetário que não teve cédulas próprias. Banco Central reaproveitou cédulas do Cruzeiro, carimbando-as para o Cruzeiro Novo. O carimbo utilizado era formado por 2 círculos concêntricos, com o valor expresso no centro e as palavras BANCO CENTRAIS e CENTAVOS ou CRUZEIROS NOVOS no espaço entre os círculos. Cr$ 1.000 = NCr$ 1,00
O Cruzeiro substituiu o Cruzeiro Novo em 15 de Maio de 1970, sendo que um Cruzeiro valia um
O Cruzado é proveniente do Plano Cruzado, implantado pelo governo Sarney. O Plano tinha
como objetivo combater a inflação e aumentar o poder aquisitivo da população. A partir do dia 28 de Fevereiro de 1986, mil cruzeiros passaram a valer um cruzado.Para implantar o Cruzado o governo aproveitou as cédulas de 10 mil, 50 mil e 100 mil cruzeiros, carimbando-as para o novo padrão. O Carimbo era circular com as palavras "Banco Central do Brasil" e "Cruzado", com o valor no centro. Cr$ 1.000 = Cz$ 1,00
Cruzado Novo entrou em circulação no dia 15 de janeiro de 1989, na segunda reforma monetária
do presidente José Sarney. A nova moeda substituía o Cruzado, sendo que um Cruzado Novo valia 1000 Cruzados. Foram aproveitadas as cédulas de mil, 5 mil e 10 mil Cruzados, que receberam um carimbo para o novo padrão monetário. O carimbo adotado era um triangulo com as palavras "cruza do novo" em duas linhas próximas à base do triângulo. Cz$ 1.000,00 = NCz$ 1,00
O Cruzeiro foi reintroduzido como padrão monetário em substituição ao "Cruzado Novo", como parte do
O Cruzeiro Real foi implantado no 1o de Agosto de 1993, substituindo o Cruzeiro, por
excesso de zeros. Foram aproveitadas as notas de 50 mil, 100 mil e 500 mil Cruzeiros, devidamente carimbadas para o novo padrão. Cr$ 1.000,00 = CR$ 1,00
O Real foi lançado em 01/07/1994 pelo Plano Real no governo Itamar Franco, com o objetivo de criar uma moeda forte e acabar com a inflação. Primeiramente foi estabelecido um índice paralelo para efeito de transição, a Unidade Real de Valor (URV). A Conversão de Cruzeiros Reais para Reais foi feita mediante a divisão do valor em Cruzeiros Reais pelo valor da URV de CR$2.750,00. CR$ 2.750,00 = R$ 1,00
2.3 - Curiosidades
Na Roma antiga, os soldados eram pagos através de uma quantia de sal, chamada de salarium, daí tem origem o termo salário que utilizamos hoje.
Exercícios para casa: assista ao vídeo disponível neste link: < http://www.smartkids.com.br/desenhos-animados/historia-do-dinheiro.html
3 –
(Fluxo de Caixa)
Um dos cuidados que todo empreendedor deve ter é separar o seu dinheiro e contas particulares, como proprietário do negócio (pessoa física) do dinheiro do seu empreendimento ou empresa (pessoa jurídica).
Para saber como andam as receitas e despesas, atuais e futuras, você deve valer-se de um tipo de controle chamado fluxo de caixa.
De forma simples, podemos dizer que fluxo de caixa é um instrumento que o empresário usa para acompanhar a situação financeira da sua empresa. Para fazer o seu, basta criar um relatório com
informações sobre toda a movimentação de dinheiro gasto ou recebido pela sua empresa em um determinado período de tempo.
4- (Capital de Giro)
Para que o seu empreendimento funcione 100%, você vai precisar pagar diversas despesas mensais, chamados de custos fixos, como contas de água, luz, telefone, salários de funcionários, matéria-prima e manutenção de equipamentos.
O importante é lembrar que você deverá pagar todas essas despesas mesmo que a sua empresa não fature nada ou não fature o suficiente naquele mês. Por isso, é necessário ter sempre um capital de giro.
5- (Investimento Inicial).
Nessa fase, o mais importante é não contar com a sorte. Invista seu tempo para pesquisar, estudar, elaborar seu plano de negócios e, principalmente, seja realista: você vai precisar colocar na ponta do lápis o valor exato que pode investir e quanto dinheiro ainda terá de gastar no futuro.
O investimento inicial reúne os gastos com a montagem da empresa, como instalações, estoques, reformas, móveis, veículos e qualquer outro item necessário para colocar seu negócio para funcionar. Estabeleça um período de tempo para recuperar o investimento inicial, pois é depois desse prazo que você realmente terá lucro. Como isso pode levar algum tempo, você deve saber exatamente quanto vai gastar com os custos e as despesas do produto ou serviço que pretende oferecer.
Com o seu plano de negócios em mãos, você pode procurar sócio ou investidores para conseguir esse investimento inicial. Exemplo: se a sua empresa vale no plano de negócios R$ 100 mil, você vai precisar negociar com seus investidores pelo menos 20% desse valor, ou seja, R$ 20 mil. É sempre importante ter esse valor de referência para começar a negociação.