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MANUAL DE TREINAMENTO

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Academic year: 2021

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AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES SUPERINTENDÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO – SUFIS

GERÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO – GEFIS

FISCALIZAÇÃO

DO VALE-PEDÁGIO

OBRIGATÓRIO

MANUAL DE

TREINAMENTO

(2)

ÍNDICE

1. Introdução ... 04 2. Fundamentação legal ... 05 2.1 – Regulamentação ... 05 2.1.1 – Histórico ... 05

3. Procedimentos gerais e administrativos... 07

3.1 – Atribuições do Agente de Fiscalização... 07

3.2 – Conduta e postura da ação fiscal... 07

4. Dos atributos da regulamentação... 08

4.1 – Dos princípios gerais... 08

4.2 – Considerações importantes... 09

4.3 – Do Embarcador ... 09

4.4 – Das Operadoras de Rodovias Pedagiadas ... 10

4.5 – Da habilitação de modelos e sistemas de Vale-pedágio... 11

4.6 – Do Regime Especial ... 11

4.7 – Das infrações e multas ... 12

5. Da fiscalização e procedimentos para aplicação de penalidades... 13

5.1 – Da Fiscalização ... 13

5.2 – Da Arrecadação ... 14

6. Instruções para o preenchimento do Auto de Infração... .15

6.1 – Formas de endereçamento ... .15

6.2 – Código de Endereçamento Postal - CEP ... .16

6.3 – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica ... .16

6.4 – Cadastro de Pessoa Física ... .17

6.5 – Fiscalização de ofício em Rodovia - Documentação...17

6.6 – Como identificar o infrator...17

6.7 – Não obrigatoriedade da antecipação do Vale-Pedágio...18

6.8 – Enquadramento do infrator... 19

6.9 – Preenchimento do Auto de Infração... 20

6.10 – Tipos de infração...21

6.11 – Fiscalização realizada nas dependências do embarcador... 22

(3)

8. Modelos de Documentos ... 27

8.1 – Auto de Infração... ... 27

8.2 – Manifesto de Carga ... 28

8.3 – Conhecimento de Transporte - CTRC... 29

8.4 – Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico – DACTE... 30

8.5 – Nota Fiscal... 31

8.6 – Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE... 32

8.7 – Modelos de Vale-Pedágio... 33

8.8 – Comprovante de Compra do Vale-Pedágio - DBTRANS... 35

8.9 – Comprovante de Carga do Cartão Pamcard Visa Vale-Pedágio...36

8.10 – Comprovante de Entrega do Vale-Pedágio - REPOM...37

8.11 – Modelo do Certificado de Regime Especial... 38

9. Recomendações aos Agentes Fiscalizadores... 39

9.1 – Documentos a Serem Analisados... 39

9.2 – Não Identificação do Responsável Pelo Pagamento do Frete...40

9.3 – Caso em que o Infrator é o Destinatário... 40

9.4 – Subcontratação do Transporte... 40

9.5 – Transporte de Carga Fracionada...41

9.6 – Transporte Internacional...41

9.7 – Casos de empresas portadoras de Dispositivos de Livre Passagem (Tipo TAG, “Sem Parar”, "Via Fácil”, Cartões Locais de Concessionária, etc)...42

9.8 – Transporte de Carga Própria... 42

9.9 – Identificação do Infrator... 43

10. Exercícios Propostos... 44

11. Gabarito comentado dos exercícios propostos... 49

Anexo I – Lei nº 10209, de 23 de março de 2001, alterada pela Lei nº 10.561, de 13 de novembro de 2002... 51

(4)

1.

INTRODUÇÃO

A AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES – ANTT, criada pela Lei nº 10.233, de 05 de junho de 2001, regulamentada pelo Decreto nº 4.130, de 13 de fevereiro de 2002, entidade integrante da Administração Federal indireta, tem como objetivo implementar políticas e regular ou supervisionar as atividades de prestação de serviços e de exploração da infra-estrutura de transportes exercidas por terceiros no âmbito de sua esfera de atuação e atribuições.

Constitui esfera de atuação da Agência, dentre outras, o transporte rodoviário de cargas e cabendo, como uma de suas atribuições, a fiscalização da prestação de serviços.

Ademais, a Medida Provisória nº 68, de 04 de setembro de 2002, convertida na Lei nº 10.561, de 13 de novembro de 2002, alterou o art. 6º da Lei nº 10.209 de 23 de março de 2001 transferindo para a ANTT, a competência para a adoção das medidas indispensáveis à implantação do Vale-Pedágio obrigatório, bem como a regulamentação, a coordenação e a fiscalização, o processamento e a aplicação das penalidades previstas em lei.

Visando orientar e padronizar as atividades de Fiscalização do Vale-Pedágio, foi elaborado pela Gerência de Fiscalização - GEFIS o presente Manual de Treinamento, com o objetivo de garantir a uniformidade dos procedimentos necessários à fiscalização da antecipação ao transportador do Vale-Pedágio obrigatório, para utilização efetiva em despesas de deslocamento de cargas por meio do transporte rodoviário nas rodovias brasileiras sob pedágio.

Esta versão do Manual de Treinamento para a Fiscalização do Vale-Pedágio Obrigatório substitui a versão anterior datada de março/2005.

(5)

2.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

• Medida Provisória nº 2.024, de 02 de maio de 2000, reeditada pela Medida Provisória nº 2.025 – 2, de 02 de junho de 2000 e Medida Provisória nº 2.107– 12, de 23 de fevereiro de 2001, que institui o Vale-Pedágio obrigatório, convertida na Lei a seguir citada.

• Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001.

• Decreto nº 3.525, de 26 de junho de 2000, que regulamenta a implementação do Vale-Pedágio obrigatório sobre o transporte rodoviário de carga.

• Lei nº 10.561, de 13 de novembro de 2002, que convalida a M.P. nº 68 de 04 de setembro de 2002, alterando a Lei nº 10.209.

2.1 REGULAMENTAÇÃO

2.1.1 Histórico

• Resolução ANTT nº 106, de 17 de outubro de 2002, que regulamenta a implantação do Vale-Pedágio obrigatório, disciplinando a sistemática de utilização e fiscalização, a aplicação de penalidades, a arrecadação de multas, os procedimentos para exercício de defesa e para a instância recursal (Revogada pela Resolução ANTT nº 673, de 04 de agosto de 2004).

• Resolução ANTT nº 107, de 17 de outubro de 2002, que habilita as empresas relacionadas ao fornecimento de Vale-Pedágio obrigatório.

• Resolução ANTT nº 149, de 07 de janeiro de 2003, que altera a Resolução ANTT nº 106.

• Resolução ANTT nº 150, de 07 de janeiro de 2003, que institui o Regime Especial.

Nota: Em relação ao Regime Especial, de acordo com a Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008, ficam vedadas novas concessões e renovações de Regime Especial para o Vale-Pedágio obrigatório e os Certificados de Regime Especial em vigência na data da publicação da Resolução ANTT nº 2885 (D.O.U. de 23 de setembro de 2008) serão aceitos até a data de sua validade.

• Resolução ANTT nº 208, de 14 de maio de 2003, estabelece que a legislação do Vale-Pedágio aplica-se a todo e qualquer veículo que esteja sendo utilizado em serviço contratado de transporte rodoviário de cargas, independente do enquadramento do veículo quanto ao tipo, tamanho, rodagem ou categoria.

• Resolução ANTT nº 241, de 03 de julho de 2003, que altera a Resolução ANTT nº 106.

• Resolução ANTT nº 251, de 16 de julho de 2003, que habilita, em âmbito nacional e sem caráter de exclusividade, a empresa REPOM S.A. ao fornecimento de Vale-Pedágio obrigatório.

(6)

• Resolução ANTT nº 442, de 17 de fevereiro de 2004, que aprova o regulamento disciplinando, no âmbito da ANTT, o processo administrativo para apuração de infrações e aplicação de penalidades decorrentes de condutas que infrinjam a legislação de transportes terrestres (Alterada pela Resolução ANTT nº 847, de 12 de janeiro de 2005).

• Resolução ANTT nº 673, de 04 de agosto de 2004, que dispõe sobre a regulamentação do Vale-Pedágio obrigatório e dá outras providências (Revogada pela Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008).

• Resolução ANTT nº 715, de 31 de agosto de 2004, que altera a Resolução ANTT nº 673 e dá outras providências (Revogada pela Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008).

• Resolução ANTT nº 847, de 12 de janeiro de 2005, que altera a Resolução ANTT nº 442.

• Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008, que estabelece as normas para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as infrações e suas respectivas penalidades.

• Resolução ANTT nº 3103, de 14 de abril de 2009, que aprova a adequação e o aprimoramento do modelo e sistema operacional da empresa DBTRANS S/A, em âmbito nacional e sem caráter de exclusividade.

(7)

3.

PROCEDIMENTOS GERAIS E ADMINISTRATIVOS

3.1 ATRIBUIÇÕES DO AGENTE DE FISCALIZAÇÃO

a) No exercício de suas atividades, deve pautar suas ações observando-se os princípios da legalidade, eficiência, impessoalidade, publicidade, moralidade, autenticidade, cordialidade e integridade.

b) Fiscalizar o cumprimento da legislação do Vale-Pedágio obrigatório. c) Examinar documentos fiscais e de despacho de mercadorias.

d) Lavrar Auto de Infração quando constatadas irregularidades. e) Realizar diligências processuais quando designado.

3.2 CONDUTA E POSTURA DA AÇÃO FISCAL

a) Atuar dentro dos princípios que norteiam os Códigos de Ética da ANTT e do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, dentre eles de que deve acatamento e observância às regras estabelecidas por aqueles Códigos e a todos os princípios éticos e morais estabelecidos pela tradição e bons costumes.

b) Conhecer a legislação básica exigida para o exercício da função, bem como se manter atualizado em relação à mesma.

c) Proceder de acordo com as determinações estabelecidas pelo seu superior hierárquico. d) Identificar-se como Agente de Fiscalização, exibindo sua carteira funcional.

e) Agir com educação, tratando a todos com cortesia e respeito.

f) Esclarecer e orientar os profissionais, empresas e pessoas que estiverem sendo fiscalizadas.

g) Cumprir as ordens recebidas, opondo-se por escrito quando entendê-las em desacordo com os dispositivos legais aplicáveis.

Nota 1: Cada equipe de campo será coordenada por um líder.

Nota 2: Durante a fiscalização deverá ser efetuada a contagem dos veículos fiscalizados para que no final sejam consolidados os dados estatísticos.

Nota 3: Ao final de cada fiscalização será efetuada uma reunião geral para consolidação dos dados e para solucionar as dúvidas que surgiram.

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4.

DOS ATRIBUTOS DA REGULAMENTAÇÃO

Os procedimentos relativos à regulamentação da implantação do Vale-Pedágio obrigatório disciplinando a sistemática de utilização, a fiscalização, a aplicação das penalidades, a arrecadação das multas, o processo legal e os procedimentos para exercício de defesa e para a instância recursal, foram objeto da Resolução ANTT nº 106, revogada pela Resolução ANTT nº 673, de 04 de agosto de 2004.

A ANTT consolidou todos os dispositivos regulamentadores do Vale-Pedágio em um só documento, por meio da Resolução ANTT nº 673.

Recentemente, a ANTT revogou a Resolução nº 673 e publicou a Resolução nº 2885, de 09 de setembro de 2008, que estabelece as normas para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as infrações e suas respectivas penalidades.

4.1 DOS PRINCÍPIOS GERAIS

O Vale-Pedágio, instituído pela Lei nº 10.209, de 2001, constitui-se como a forma do embarcador (ou equiparado) antecipar ao transportador, em modelo próprio, as despesas com o pedágio, no deslocamento de cargas por meio de transporte rodoviário, nas rodovias brasileiras concedidas à iniciativa privada.

Independentemente do valor do frete, o embarcador (ou equiparado) deve antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador, em modelo próprio, fazendo o registro no Documento de Embarque, com a indicação do seu valor e do código da transação efetuada.

Para efeito da Lei, considera-se embarcador o proprietário originário da carga, contratante do serviço de transporte rodoviário de carga.

Equipara-se, ainda, ao embarcador:

O contratante do serviço de transporte rodoviário de carga que não seja o proprietário originário da carga, e

A empresa transportadora que subcontratar serviço de transporte de carga prestado por Transportador Rodoviário de Cargas.

Em todo transporte rodoviário de carga, por conta de terceiros e mediante remuneração, por transportador inscrito no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga – RNTRC o embarcador (ou equiparado) será o responsável pela antecipação do Vale-Pedágio obrigatório, para cada veículo que vier a ser contratado para realizar o transporte.

Considera-se contratante do serviço de transporte rodoviário de carga o responsável pelo pagamento do frete, seja na origem ou no destino do percurso contratado.

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4.2 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

• O Vale-Pedágio somente poderá ser comercializado para utilização no exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas, por transportador inscrito no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga – RNTRC, independentemente de tipo, porte e categoria.

• O transportador rodoviário que transitar sem carga, devido à disposição contratual, ou seja, que possua contrato que imponha o retorno (ou ida) vazio, terá direito à antecipação do Vale-Pedágio em todo percurso contratado.

• Na realização de transporte com mais de um embarcador (ou equiparado), não há obrigatoriedade de antecipação do Vale-Pedágio.

• Não se aplicam as disposições do Vale-Pedágio obrigatório ao transporte rodoviário internacional de cargas realizado por empresas habilitadas ao transporte internacional e cuja viagem seja feita em veículo de sua frota autorizada.

4.3 DO EMBARCADOR (ou equiparado)

É responsabilidade do Embarcador adquirir e repassar antecipadamente o Vale-Pedágio obrigatório para o Transportador Rodoviário de Cargas, para cada veículo de carga que vier a ser contratado.

Compete ao Embarcador (art. 7º da Resolução ANTT nº 2885):

Adquirir o Vale-Pedágio obrigatório, independentemente do valor do frete;

Entregar ao Transportador Rodoviário de Cargas, no ato do embarque decorrente da contratação do serviço de transporte, o Vale-Pedágio obrigatório, correspondente ao tipo de veículo, no valor necessário à livre circulação entre sua origem e o destino;

Registrar no Documento Comprobatório de Embarque (Nota Fiscal, inclusive a Nota de Produtor Rural, Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga, Ordem de Embarque ou Manifesto de Carga) o valor do Vale-Pedágio obrigatório e o número de ordem do seu comprovante de compra ou anexar o comprovante de Quando o embarcador contrata uma empresa de transporte (ou um transportador autônomo), ele embarcador é o responsável pela antecipação, em modelo próprio, do Vale-Pedágio obrigatório ao transportador contratado. Caso a empresa transportadora subcontrate outro transportador, a empresa passa a ser a responsável pela antecipação, em modelo próprio, do Vale-Pedágio obrigatório ao contratado.

(10)

compra disponibilizado pela operadora de rodovia sob pedágio ou pela empresa fornecedora do Vale-Pedágio, com os respectivos valores.

4.4 DAS OPERADORAS DE RODOVIAS PEDAGIADAS

É obrigação da operadora de rodovia sob pedágio aceitar todos os modelos e sistemas operacionais do Vale-Pedágio, aprovados pela ANTT, das empresas fornecedoras do Vale-Pedágio obrigatório, habilitadas em âmbito nacional, utilizados por veículos de carga, correspondentes ao valor da tarifa de pedágio vigente na data de sua efetiva utilização.

Considera-se Operadora de Rodovia Pedagiada, a concessionária de serviço público, pessoa jurídica constituída especificamente para tal fim, titular do respectivo contrato de concessão de rodovia, a entidade da administração pública indireta, ou órgão da administração pública direta, responsável pela administração da praça de pedágio. Compete à Operadora de Rodovia Sob Pedágio (arts. 8º e 9º da Resolução ANTT nº 2885):

• Disponibilizar estatística dos Vale-Pedágios obrigatórios recebidos, na forma e prazo a ser definido pela ANTT;

• Aceitar todos modelos e sistemas de Vale-Pedágios de empresas habilitadas pela ANTT;

• Informar aos usuários os modelos de Vale-Pedágios obrigatórios aceitos;

• Comunicar à ANTT qualquer irregularidade que venha a ocorrer quando do uso do Vale-Pedágio obrigatório; e

ATENÇÃO

• Atualmente, as empresas VISA, DBTRANS e REPOM estão habilitadas pela ANTT ao fornecimento do Vale-Pedágio, ou seja, apenas estas empresas são reconhecidas oficialmente por fornecer o Vale-Pedágio que deverá ser aceito em todas as rodovias nacionais.

• Os dispositivos como por exemplo: TAG, Sem Parar, etc., ainda não são reconhecidos pela ANTT como modelos de Vale-Pedágio e não devem ser aceitos na fiscalização, exceto o modelo da empresa DBTRANS aprovado por meio da Resolução ANTT nº 3103/09 cujo exemplo consta no item 8.7 desse manual.

(11)

• Registrar, informando à ANTT, os modelos operacionais de fornecimento de Vale-Pedágio obrigatório que estejam à disposição dos usuários e eventuais restrições de uso.

4.5 DA HABILITAÇÃO DE MODELOS E SISTEMAS DE VALE-PEDÁGIO

Caberá à ANTT habilitar empresas para fornecimento do Vale-Pedágio obrigatório, em âmbito nacional. A empresa interessada deverá submeter à avaliação da ANTT o seu modelo operacional e sistemática de comercialização, com abrangência nacional, que atenda aos requisitos estabelecidos na Resolução ANTT nº 2885/08.

Por meio da Resolução ANTT nº 107/02, foram habilitadas ao fornecimento do Vale-Pedágio obrigatório, em âmbito nacional, as empresas DBTRANS LTDA. e VISA DO BRASIL EMPREENDIMENTOS LTDA. Pela Resolução ANTT nº 251/03, foi habilitada a empresa REPOM S.A.

Com a publicação da Resolução ANTT nº 3103/09, foi aprovado a adequação e o aprimoramento do modelo e sistema operacional da empresa DBTRANS S/A, em âmbito nacional e sem caráter de exclusividade.

4.6 DO REGIME ESPECIAL

• A inscrição no Regime Especial poderia ser requisitada por empresas transportadoras que dispunham de contrato de transporte com embarcadores e que se utilizavam exclusivamente de frota própria, esse Regime possibilitava ao embarcador a não antecipação do Vale-Pedágio, e permitia a comprovação posterior do pagamento do valor do pedágio.

• Para Regime Especial vigente, a empresa transportadora fica obrigada a fazer constar o número do respectivo processo de concessão no Documento Comprobatório de Embarque ou apresentar o Certificado de Regime Especial.

• Nos casos de Regime Especial ainda vigente, quando a empresa transportadora não possua frota suficiente e venha a subcontratar o serviço de transporte, ficará obrigada a antecipar o Vale-Pedágio ao transportador subcontratado.

• O Regime Especial que ainda estiver vigente não se aplica ao transportador rodoviário autônomo de cargas.

Nota 1: A Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008, determina que novas concessões e renovações de Regime Especial para o Vale-Pedágio obrigatório ficam vedadas e os Certificados de Regime Especial em vigência na data da publicação da Resolução supracitada (23/09/2008) serão aceitos até a data de sua validade.

Nota 2: No ato da fiscalização, quando o fiscal se deparar com uma situação relativa ao Regime Especial, deverá verificar a Relação de embarcadores/transportadores (fornecida em documento a parte deste Manual), confirmar se o embarcador e o transportador descritos no Documento Comprobatório de Embarque são

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correspondentes aos que constam na Relação mencionada acima e verificar se o Regime em questão encontra-se dentro do prazo de validade.

Nota 3: No caso de Regime Especial vencido, ou quando o embarcador e o transportador não estiverem correlacionados na Relação de embarcadores/transportadores que possuem Regime Especial, os mesmos não se enquadram nesta situação específica e devem ser fiscalizados normalmente.

4.7 DAS INFRAÇÕES E MULTAS

São considerados infratores aos dispositivos legais e, respectivamente, são consideradas infrações:

• O Embarcador, ou equiparado, que não observar as determinações contidas no art. 7º da Resolução ANTT nº 2885.

• A Operadora de Rodovia Pedagiada, que não observar as determinações contidas nos arts. 8º e 9º da Resolução ANTT nº 2885.

• Quem comercializar e/ou utilizar o Vale-Pedágio obrigatório em inobservância às disposições do art. 3º da Resolução ANTT nº 2885.

A infração aos dispositivos mencionados implicará na aplicação de multa, na forma abaixo:

• O Embarcador ou equiparado receberá multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinqüenta reais) por veículo, a cada viagem em que seja verificada a inobservância das determinações contidas no art. 7º da Resolução ANTT nº 2885.

• A Operadora de Rodovia Pedagiada receberá multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinqüenta reais) a cada dia que seja verificada a inobservância de cada determinação contida nos arts. 8º e 9º da Resolução ANTT nº 2885.

• A quem comercializar e/ou utilizar o Vale-Pedágio obrigatório em inobservância às disposições do art. 3º da Resolução ANTT nº 2885 receberá multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinqüenta reais), por ocorrência.

(13)

5.

DA FISCALIZAÇÃO E PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO

DE PENALIDADES

5.1 DA FISCALIZAÇÃO

A fiscalização poderá ocorrer nas dependências do embarcador ou nas rodovias sob pedágio.

Na eventualidade de denúncia, serão assegurados ao denunciante e ao denunciado o efetivo sigilo, nos termos da lei.

Constatada a não antecipação do Vale-Pedágio obrigatório, será lavrado Auto de Infração circunstanciado em 3 (três) vias.

A Unidade Fiscalizadora procederá imediatamente a notificação ao infrator, para no prazo de trinta dias contados da data do recebimento da mesma, apresentar defesa escrita instruída com os documentos concernentes, ou efetuar o pagamento do valor da multa.

Em quaisquer espécies de fiscalização, a notificação deverá conter:

• Identificação completa do notificado, incluindo CNPJ ou CPF;

• Nome e endereço do órgão fiscalizador;

• Finalidade da notificação, com os respectivos dados para que o infrator adote as providências caso deseje apresentar defesa escrita ou efetuar o pagamento do valor da multa, no prazo de 30 (trinta dias), contados da data de recebimento da notificação;

• A forma de recolhimento do valor da multa;

• A observação de que o notificado poderá apresentar defesa pessoalmente ou por representante, legalmente habilitado, e

• A informação da continuidade do processo, independentemente da manifestação do notificado.

Nos casos em que o infrator venha a apresentar defesa escrita, a mesma deverá ser dirigida à autoridade que interpôs a penalidade e consubstanciada na apresentação do recibo comprobatório da entrega do Vale-Pedágio, comprovação do registro no Documento Comprobatório de Embarque, ocorrência de falhas ou omissões na verificação da documentação ou eventuais nulidades, conforme o caso.

O julgamento das defesas e recursos, e o conseqüente processo administrativo, será regido pelas disposições contidas na Resolução ANTT nº 442, de 17 de fevereiro de 2004.

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5.2 DA ARRECADAÇÃO

As multas são devidas a partir da efetiva notificação para ciência da aplicação da penalidade e para o respectivo pagamento, devendo este ser efetuado no prazo de 30 (trinta) dias.

A falta de pagamento do valor da multa e, se for o caso, dos respectivos acréscimos, poderá acarretar a inclusão do devedor no CADIN, Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal, implicando ainda a inscrição do valor total na Dívida Ativa, ensejando a conseqüente execução judicial.

(15)

6.

INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO AUTO DE

INFRAÇÃO

O Auto de Infração foi definido pela Gerência de Fiscalização – GEFIS e atende às exigências determinadas pelo art.23 da Resolução ANTT nº 442, de 17 de fevereiro de 2004. Basicamente, compõe-se dos seguintes módulos:

IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR IDENTIFICAÇÃO DO INFRATOR IDENTIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE FISCALIZADORA

Todos os módulos apresentados têm a sua importância, no entanto, deverá ser dada ênfase ao perfeito e correto preenchimento das informações de identificação completa do notificado, incluindo CNPJ ou CPF, bem como o nome e endereço do órgão fiscalizador, sem as quais fica impossibilitada a NOTIFICAÇÃO ao infrator. Para identificar o notificado deve-se ressaltar o NOME da empresa, ENDEREÇO completo e a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ.

Como subsídio para o perfeito preenchimento desses elementos, apresentamos a seguir informações sobre Formas de Endereçamento, Código de Endereçamento Postal – CEP, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e Cadastro de Pessoa Física (CPF). Nota 1: Sempre que houver uma composição, contendo um Cavalo Trator com Reboque ou Semi-Reboque, o veículo que deve constar no Auto de Infração é o Cavalo Trator (esse é o entendimento porque se não houvesse Cavalo Trator não haveria transporte).

Nota 2: Quando o motorista se recusar a assinar o Auto de Infração, no local reservado para a assinatura deve constar “Recusou-se a assinar” e a 1ª via (branca) deverá ser entregue a ele.

Nota 3: No caso de autuação em veículo que consta Leasing, deve ser preenchido nos campos relativos à identificação do veículo o CNPJ do Leasing e anotar no campo observações para quem o veículo está arrendado (CPF/CNPJ).

Nota 4: Caso tenha que ser efetuado o cancelamento de algum Auto de Infração, deve-se anotar o motivo no campo obdeve-servação e o fiscal deve preencher deve-seus dados no referido Auto.

6.1 FORMAS DE ENDEREÇAMENTO

Os elementos básicos que compõem um endereço são:

• Tipo do Logradouro: Rua, Avenida, Praça, Bloco, Quadra, Travessa, Alameda, etc.

• Nome do Logradouro.

(16)

• Complemento (se houver).

• Nome do Bairro.

• Nome da Localidade (Cidade ou Município).

• Sigla da Unidade da Federação (Estado).

• Código de Endereçamento Postal – CEP.

6.2 CÓDIGO DE ENDEREÇAMENTO POSTAL – CEP

O Código de Endereçamento Postal – CEP, inicialmente com uma estrutura de cinco dígitos, foi criado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em maio de 1971. Em maio de 1992, sua estrutura foi alterada para os atuais oito dígitos e oficializada junto ao público em geral com a publicação de Guia Postal Brasileiro.

O CEP está estruturado segundo o sistema decimal, sendo composto de Região, Sub-região, Setor, Sub-setor, Divisor de Sub-setor e Identificadores de Distribuição, conforme demonstrado a seguir:

6.3 CADASTRO NACIONAL DE PESSOA JURÍDICA

O CNPJ é o cadastro administrado pela Receita Federal que registra as informações cadastrais das pessoas jurídicas (empresas) e de algumas entidades não caracterizadas como tais. O CNPJ substituiu o CGC – Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda.

O número de inscrição no CNPJ constitui-se de 14 dígitos com a seguinte formação: Por meio do número de inscrição no CNPJ é possível obter, mediante uma simples consulta no site da Receita Federal, informações da empresa como:

• Data de abertura da empresa.

• Nome empresarial.

• Nome de fantasia.

• Código e descrição da atividade econômica principal.

• Código e descrição da natureza jurídica.

• Endereço.

• Situação cadastral.

.

.

1

2

3

4

5

6

7

8

0

0

5

7

8

9

Sufixo ou Identificadores de Distribuição Dígito de União Divisor de Sub-setor Sub-setor Setor Sub-região Região

1

(17)

Desse modo, constata-se a importância do correto preenchimento do número de inscrição no CNPJ.

6.4 CADASTRO DE PESSOA FÍSICA

O Cadastro de Pessoa Física – CPF identifica o contribuinte pessoa física perante a Secretaria da Receita Federal. Segundo a lei, cada pessoa pode se inscrever somente uma única vez e, portanto, somente pode possuir um único número de inscrição. O número de inscrição no CPF é composto por 11 dígitos com a seguinte formação:

6.5 FISCALIZAÇÃO EM RODOVIA CONCEDIDA (SOB PEDÁGIO) 6.5.1 Documentação

Na fiscalização realizada diretamente junto ao Transportador Rodoviário de Cargas em rodovias concedidas, os seguintes documentos são necessários para o preenchimento do Auto de Infração:

• Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV.

• Documento de identificação do condutor do veículo.

Documento Comprobatório de Embarque (Nota Fiscal, inclusive a Nota do Produtor Rural, Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga, Ordem de Embarque ou Manifesto de Carga).

Nota 1: É importante destacar que a partir de 02/03/2009 entrou em operação o Conhecimento de Transporte Eletrônico. Na prática, este conhecimento tem um Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico – DACTE que deverá ser conferido pela fiscalização para obter as informações necessárias ao transporte fiscalizado.

6.6 COMO IDENTIFICAR O INFRATOR

O Vale-Pedágio obrigatório somente poderá ser comercializado para utilização no exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas, por conta de terceiros e mediante remuneração, por transportador inscrito no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga – RNTRC.

É de responsabilidade do Embarcador ou equiparado (contratante do serviço de transporte rodoviário de cargas, que não seja o proprietário originário da carga ou a empresa transportadora que subcontratar serviço de transporte rodoviário de carga) adquirir e repassar ao transportador rodoviário de carga, no ato do embarque, o Vale-Pedágio obrigatório, independentemente do frete, correspondente ao tipo de veículo, no valor necessário à livre circulação entre a sua origem e o destino, para cada veículo de carga, bem como registrar, no Documento Comprobatório de Embarque, o valor do

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Vale-Pedágio obrigatório e o número de ordem do seu comprovante de compra ou anexar o comprovante da compra disponibilizado pela operadora de rodovia sob pedágio ou pela empresa fornecedora do Vale-Pedágio.

EMBARCADOR é o proprietário da carga, contratante do serviço de transporte rodoviário de carga.

Considera-se contratante do serviço rodoviário de carga o responsável pelo pagamento do frete, seja na origem ou no destino do percurso contratado.

Equipara-se, ainda ao embarcador:

1) O contratante do serviço de transporte rodoviário de carga que não seja o proprietário originário da carga.

(Isto possibilita equiparar ao Embarcador, o Destinatário da Carga, quando o Destinatário é o responsável pelo custo de transporte - frete).

2) A empresa transportadora que subcontratar serviço de transporte de carga prestado por transportador rodoviário de cargas.

Dessa forma, a EMPRESA TRANSPORTADORA será equiparada ao embarcador e conseqüentemente obrigada a antecipar o Vale-Pedágio quando: subcontratar outra empresa de transporte ou transportador autônomo.

6.7 NÃO OBRIGATORIEDADE DE ANTECIPAÇÃO DO VALE-PEDÁGIO Não haverá obrigatoriedade de antecipação do Vale-Pedágio nas seguintes situações:

Veículo rodoviário de carga vazio (desde que não possua contrato que o obrigue a circular vazio no retorno ou ida ao ponto de carga/descarga).

• Na realização de transporte com mais de um embarcador ou equiparado (carga fracionada).

• No transporte rodoviário internacional de cargas realizado por empresas habilitadas ao transporte internacional e cuja viagem seja feita em veículo de sua frota autorizada (inclusive no caso de viagem ocasional).

• No transporte de carga própria, realizado por veículo ou frota própria. O vínculo entre o proprietário do veículo ou da frota com a carga deve estar claramente demonstrado.

• Os Certificados de empresas cadastradas no Regime Especial que estavam vigentes em 23/09/2008, data de publicação da Resolução ANTT nº 2885/2008, e serão aceitos até a data de sua validade (ver relação fornecida a parte deste manual).

(19)

6.8 ENQUADRAMENTO DO INFRATOR

 Aborda-se cortesmente o CONDUTOR DO VEÍCULO, identificando-se, e informando-lhe que está realizando fiscalização sobre o Adiantamento do Vale-Pedágio Obrigatório, que foi instituído por Lei Federal, solicitando do mesmo a seguinte documentação:

 Documento Comprobatório de Embarque;

 Documentação do Veículo;

 Documentação do Condutor do Veículo.

 Verifica-se a possibilidade de tratar-se de NÃO OBRIGATORIEDADE DE ANTECIPAÇÃO DO VALE-PEDÁGIO (ver item 6.7).

 Analisa-se o Documento Comprobatório de Embarque para verificação da existência de registro ou anexação de documento que comprove:

 A aquisição antecipada do Vale-Pedágio por meio de empresa habilitada pela ANTT;

 Registro de Regime Especial.

 Caso seja constatada a não antecipação do Vale-Pedágio e/ou a falta do registro dessa antecipação qualifica-se o responsável pela infração, que pode ser o embarcador ou equiparado (contratante do transportador, responsável pelo pagamento do frete, seja na origem ou no destino do percurso contratado), ou ainda, o transportador que subcontratar outro transportador.

 SITUAÇÃO 1: Embarcador contrata transportador:

Verifica-se no Documento de Embarque (Nota Fiscal, por exemplo) o responsável pelo pagamento do frete (remetente ou destinatário - anotado em campo específico do documento fiscal), ao qual será atribuída a responsabilidade pela infração.

 SITUAÇÃO 2: Transportador subcontrata outro transportador:

Verifica-se no Documento de Embarque (Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga, por exemplo) o nome do subcontratante do transportador, ao qual será atribuída a responsabilidade pela infração.

(20)

6.9 PREENCHIMENTO DO AUTO DE INFRAÇÃO

CAMPO DESCRIÇÃO COMO OBTER

01 a 05 Placa, UF (Unidade da Federação) e Município de registro do veículo.

Nome do proprietário e CNPJ/CPF do proprietário.

CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo

06 e 07 Nome do condutor e CPF do condutor. Carteira de Identidade ou CNH 08 a 13 Nome, Endereço, Município, UF, CEP e CNPJ/CPF do

Embarcador ou equiparado.

Documento Comprobatório de Embarque

14 Qualificação do Infrator Se Transportador, Embarcador ou Operadora de Rodovia 15 a 17 Rodovia/Km, data e hora Local da infração

18 Descrição (da infração) Não antecipar o Vale-Pedágio

19 Amparo Legal Indicar enquadramento na

Resolução (artigo e inciso)

20 e 21 Município e UF Local da infração

22 a 24 Documento de Embarque: Tipo, Número e data da emissão.

OBS: Quando existirem vários documentos, indicar pelo menos aquele que serviu de base para a qualificação do infrator.

Documento Comprobatório de Embarque

25 CNPJ do Emitente (do Documento de Embarque) Documento Comprobatório de Embarque

26 a 29 Origem e Destino da carga: Município e UF Documento Comprobatório de Embarque

30 Observações

31 Data e ciência do condutor ou do infrator Assinatura do condutor/infrator 32 a 36 Unidade Fiscalizadora: Nome, Endereço, Fone/fax,

Nome do Agente Fiscalizador, Matrícula do Agente

Identificação da empresa fiscalizadora

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6.10 TIPOS DE INFRAÇÃO

DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO INFRATOR ARTIGO INCISO

Não antecipar o Vale-Pedágio. Embarcador ou equiparado

7º I

Não registrar no Documento Comprobatório de Embarque a antecipação do Vale-Pedágio.

Embarcador ou equiparado

7º II

Não aceitar os modelos e sistemas operacionais aprovados pela ANTT em âmbito nacional ou utilizar os modelos operacionais de âmbito estadual, não registrados na ANTT.

Operadora 8º

Não disponibilizar estatística dos Vales-Pedágio recebidos. Operadora 9º I Não informar e divulgar os modelos disponibilizados de

Vale-Pedágio aos usuários.

Operadora 9º II Não comunicar irregularidades decorrentes do uso do

Vale-Pedágio à ANTT.

Operadora 9º III Não registrar ou informar à ANTT os modelos operacionais de

fornecimento de Vale-Pedágio obrigatório que estejam à disposição dos usuários e eventuais restrições de uso.

Operadora 9º IV

Não comercializar e/ou não utilizar o Vale-Pedágio obrigatório para o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas, por conta de terceiros e mediante remuneração, por transportador inscrito no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga – RNTRC. Embarcador ou equiparado, Empresa fornecedora 3º OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Nas fiscalizações realizadas nas rodovias sob pedágio, para as infrações decorrentes da não antecipação do Vale-Pedágio obrigatório cometidas pelo embarcador ou equiparado (contratante do transportador, responsável pelo pagamento do frete, seja na origem ou no destino do percurso contratado, ou ainda, o transportador que subcontratar outro transportador), como forma de comprovação da infração cometida, deve ser registrada no campo 18 – Descrição, do Auto de Infração, a seguinte observação:

O campo 19 não deve ser preenchido.

No campo 30 devem ser escritos os seguintes amparos legais, conforme o caso:

ou

NÃO ANTECIPOU O VALE-PEDÁGIO, CONFORME CONSTATADO

NO DOCUMENTO COMPROBATÓRIO DE EMBARQUE

.

Resolução ANTT nº 2885/08, art. 7º, inc. I

(22)

Nas demais infrações, no campo 18 – Descrição deve ser marcada a opção outro e anotar a descrição correspondente que consta no quadro do item 6.10. Convém salientar que deve sempre ser observada a forma de constatação da irregularidade.

Nota: Para utilizar os Autos de Infração já emitidos, deve-se anotar o amparo legal (conforme o caso) no campo 30 – Observações do Auto de Infração e não preencher no campo 19 o amparo legal da Resolução ANTT nº 673/04 que foi revogada.

6.11 FISCALIZAÇÃO REALIZADA NAS DEPENDÊNCIAS DO EMBARCADOR Nos casos de Fiscalização realizada nas dependências do embarcador, após a análise da documentação e constatada a infração, o Auto de Infração será lavrado preenchendo-se os módulos:

• IDENTIFICAÇÃO DO INFRATOR, conforme seja o caso.

• IDENTIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO – preencher os campos: Local da Infração: Dependências do infrator

Data/Hora:

Descrição: (Indicar a infração conforme constatado)

Observações: Fiscalização de ofício nas dependências do embarcador – Processo nº:

Data e Ciência do Infrator: obter a assinatura do responsável pela empresa fiscalizada.

• UNIDADE FISCALIZADORA

Nome, Endereço, Fone/Fax da Empresa Fiscalizadora Nome e Matrícula do Agente de Fiscalização

Local e data da Fiscalização

(23)

7.

PERGUNTAS E RESPOSTAS MAIS FREQÜENTES

A seguir, apresentamos uma seqüência de perguntas e respostas mais freqüentes quanto a legislação do Vale-Pedágio, que podem auxiliar no esclarecimento de dúvidas que ainda existam.

Pergunta 1: Caso o embarcador contrate uma empresa transportadora, quem é o responsável pela compra do Vale-Pedágio ?

Resposta: Se a transportadora operar com frota própria, a responsabilidade é do embarcador. Caso a transportadora subcontrate terceiros, a responsabilidade passa a ser sua..

Pergunta 2: O que deve ser feito se o embarcador ou equiparado recusar-se a antecipar o Vale-Pedágio?

Resposta: O embarcador ou equiparado estará sujeito à autuação pela fiscalização da ANTT ou órgão conveniado.

Pergunta 3: O pagamento do Vale-Pedágio pelo embarcador poderá ser feito diretamente ao transportador em dinheiro, ou juntamente com o frete?

Resposta: Não. A legislação veda essas possibilidades, só permitindo a antecipação do Vale-Pedágio por meio dos modelos habilitados pela ANTT. As empresas transportadoras que operem com frota própria e possuam o Regime Especial vigente, concedido pela ANTT, podem também pagar o pedágio em dinheiro e serem ressarcidas pelo embarcador conforme contrato previamente estabelecido entre eles.

Porém, a Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008, determina que novas concessões e renovações de Regime Especial para o Vale-Pedágio obrigatório ficam vedadas e que os Certificados de Regime Especial em vigência na data da publicação da Resolução supracitada (23/09/2008) serão aceitos até a data de sua validade.

Pergunta 4: Quais informações devem ser registradas no documento de embarque?

Resposta: Devem ser registrados no Documento Comprobatório de Embarque, o Valor do Vale-Pedágio entregue ao Transportador e o número de ordem do seu comprovante de compra ou ser anexado o comprovante da compra disponibilizado pela operadora de rodovia sob pedágio ou pela empresa fornecedora do Vale-Pedágio, com os respectivos valores.

Pergunta 5: O que é Documento Comprobatório de Embarque – D.C.E.?

Resposta: Entende-se por Documento Comprobatório de Embarque, o Documento de Transporte ou Documento Fiscal que contenha informações de transporte, dentre eles exemplificam-se, a Nota Fiscal, inclusive a Nota do Produtor Rural, o Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga, a Ordem de Embarque ou o Manifesto de Carga, ou seja, o documento que acompanhe a carga durante o trajeto.

(24)

Pergunta 6: Todas as Concessionárias têm que aceitar o Vale-Pedágio?

Resposta: Todas as Operadoras de rodovias sob pedágio do Brasil (Concessionárias) estão obrigadas a aceitar todos os modelos e sistemas operacionais aprovados pela ANTT, das empresas fornecedoras do Vale-Pedágio obrigatório habilitados em âmbito nacional. As Operadoras de rodovias sob pedágio poderão utilizar modelos operacionais de Vale-Pedágio obrigatório de âmbito estadual, registrados na ANTT. Considera-se como fornecedora de Vale-Pedágio obrigatório em âmbito estadual, a empresa que fornece modelos operacionais de Vale-Pedágio aceitos apenas em um Estado da Federação.

Pergunta 7: Poderão ser utilizados os dispositivos conhecidos como “tag”, “sem-parar”, “onda-livre” nas Concessionárias que dispõem de sistemas de livre passagem nas cabines de pedágio?

Resposta: Não, uma vez que os dispositivos como TAG, Sem Parar,etc., ainda não são reconhecidos pela ANTT como modelos de Vale-Pedágio (exceto o modelo da empresa DBTRANS aprovado por meio da Resolução ANTT nº 3103/09). Então, tais dispositivos não devem ser aceitos na fiscalização.

Pergunta 08: Existe alguma situação na qual o Vale-Pedágio não é obrigatório?

Resposta: Existe sim. Não é obrigatória a utilização do Vale-Pedágio nas seguintes situações:

 Veículo rodoviário de carga vazio (desde que não possua contrato que o obrigue a circular vazio no retorno ou ida ao ponto de embarque).

 Na realização de transporte com mais de um contratante.

 No transporte rodoviário internacional de cargas realizado por empresas habilitadas ao transporte internacional e cuja viagem seja feita em veículo de sua frota autorizada, ou seja, para veículo habilitado a cruzar ponto de fronteira.

 No transporte de carga própria, realizado por veículo ou frota própria. O vínculo entre o proprietário do veículo ou da frota com a carga deve

estar claramente demonstrado.

 Os certificados de empresas cadastradas no Regime Especial, que estavam vigentes em 23/09/2008, data de publicação da Resolução ANTT nº 2885/2008 e serão aceitos até a data de sua validade.

Pergunta 09: É permitido ao embarcador contratar uma empresa transportadora e dividir a responsabilidade pela aquisição do Vale-Pedágio com o remetente ou o destinatário?

Resposta: A antecipação do Vale-Pedágio é de competência do embarcador contratante do serviço de transporte. Se o contratante for o remetente, este será o responsável pela antecipação. Caso o contratante seja o destinatário, a responsabilidade pela antecipação será sua.

Pergunta 10: O valor do frete poderá ser reduzido, deduzindo-se do mesmo o valor do Vale-Pedágio?

Resposta: Não. Conforme o art. 2º da Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001, o valor do Vale-Pedágio não integra o valor do frete, deve ser antecipado ao Transportador e registrado no documento comprobatório de embarque, independente do valor do frete, que é determinado por acordo firmado entre as partes, informalmente ou por contrato de prestação de serviços.

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Pergunta 11: O Transportador que transita sem carga deve adquirir o Vale-Pedágio?

Resposta: Não. O Vale-Pedágio é obrigatório apenas quando é contratado o serviço de transporte de carga. Assim, se não há carga, não há contratação do serviço de transporte, não sendo obrigatória a antecipação do Vale-Pedágio. Exceto para o transportador rodoviário que transitar sem carga por disposição contratual, este terá direito à antecipação do Vale-Pedágio obrigatório e o contratante do transporte fica obrigado a antecipar o Vale-Pedágio em todo o percurso contratado.

Pergunta 12: O Vale-Pedágio comercializado pelas empresas VISA, DBTRANS e REPOM será aceito nas rodovias estaduais?

Resposta: Sim. Neste momento, as empresas VISA, DBTRANS e REPOM estão habilitadas pela ANTT, e o Vale-Pedágio das mesmas deverá ser aceito em todas as rodovias nacionais, sejam elas federais, estaduais, municipais ou distritais.

Pergunta 13: Como o Embarcador poderá antecipar o Vale-Pedágio se este não souber, com a devida antecedência o volume e destino das cargas que irá despachar?

Resposta: A antecipação do Vale-Pedágio representa apenas mais uma variável com a qual o Embarcador deve lidar, pois no dia-a-dia este já deve prever e antecipar outras variáveis essenciais para a realização de suas atividades, entre elas as provisões de carga e de capacidade de transporte, por exemplo.

Pergunta 14: Como o Embarcador deve proceder quando é o destinatário quem paga o frete?

Resposta: Existe uma relação comercial entre o embarcador e o destinatário da carga, firmada de comum acordo entre as partes, podendo ser alterada para prever o ressarcimento do Pedágio antecipado ao Transportador. Caso o Vale-pedágio não seja antecipado, considera-se como infrator o destinatário.

Pergunta 15: Empresa distribuidora de produtos faz o transporte utilizando veículos próprios e, em todas viagens, é fornecido ao motorista o numerário necessário para o pagamento dos pedágios. A empresa se enquadra na legislação do Vale-Pedágio?

Resposta: No transporte de carga própria em veículos de frota própria, não havendo a contratação do serviço de transporte, não é obrigatória a antecipação do Vale-Pedágio, desde que o vínculo entre a frota própria e a carga seja claramente demonstrado. Neste caso, o pedágio pode ser pago em dinheiro.

Pergunta 16: O que se entende por carga fracionada e como fica o procedimento para o fornecimento do Vale-Pedágio nessa situação?

Resposta: Carga fracionada é quando o mesmo veículo está carregado com cargas diversas, pertencentes a mais de um embarcador contratante do serviço de transporte. Neste caso, não existe a obrigatoriedade de antecipação do Vale-Pedágio.

No entanto, caso o contratante do serviço de transporte seja único, independente da quantidade de documentos de embarque, ele terá obrigação de fornecer antecipadamente o Vale-Pedágio.

(26)

Pergunta 17: Uma indústria tem suas entregas efetuadas por uma transportadora “cativa”, agindo como se fosse a própria frota de caminhões da indústria. Para tanto existe um contrato entre ambas. A quem compete o fornecimento do Vale-Pedágio?

Resposta: Por transportadora “cativa” entende-se que exista um contrato comercial firmado entre as partes, cabe ao embarcador a antecipação e o registro no documento de embarque do Vale-Pedágio. Neste caso havia também a possibilidade do Regime Especial, onde não existia a obrigatoriedade de antecipação do Vale-Pedágio. Porém, com a publicação da Resolução ANTT nº 2885/2008, em 23/09/2008, somente os certificados de empresas cadastradas no Regime Especial, que estavam vigentes até a data de publicação serão aceitos até a data de sua validade, casos em que a empresa transportadora fica obrigada a fazer constar o número do processo de concessão no Documento Comprobatório de Embarque. É importante destacar que nos casos onde a transportadora subcontrate o serviço de transporte, ela será obrigada a fornecer o Vale-Pedágio.

Pergunta 18: Uma empresa de transportes atuando em um Estado, usa um sistema de “livre passagem”, que registra automaticamente os valores de pedágio por onde passam seus veículos. Como conciliar essa situação à legislação em vigor do Vale-Pedágio ?

Resposta: Atualmente, as empresas VISA, DBTRANS e REPOM estão habilitadas pela ANTT ao fornecimento do Vale-Pedágio, ou seja, apenas estas empresas são reconhecidas oficialmente por fornecer o Vale-Pedágio que deverá ser aceito em todas as rodovias nacionais. Vale ressaltar que dispositivos como TAG, Sem Parar, etc., ainda não são reconhecidos pela ANTT como modelos de Vale-Pedágio e não devem ser aceitos na fiscalização, (exceto o modelo da empresa DBTRANS aprovado por meio da Resolução ANTT nº 3103/09).

(27)

8.

MODELOS DE DOCUMENTOS

(28)

8.2 - MANIFESTO DE CARGA

Nota: Provavelmente não analisaremos o manifesto de carga na fiscalização do Vale-Pedágio obrigatório, uma vez que somente constará manifesto em viagens que contenham mais de um conhecimento de carga, com mais de um embarcador ou destinatário, caso de carga fracionada. Nessa situação não há obrigatoriedade de antecipação do Vale-Pedágio.

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8.4 – DOCUMENTO AUXILIAR DO CONHECIMENTO DE

TRANSPORTE ELETRÔNICO – DACTE

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8.6 – DOCUMENTO AUXILIAR DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA –

DANFE

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8.7 – MODELOS DE VALE-PEDÁGIO

(34)

Nota: O Vale-Pedágio Auto Expresso é o modelo da empresa DBTRANS aprovado por meio da Resolução ANTT nº 3103/09.

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8.9 – COMPROVANTE DE CARGA DO CARTÃO PAMCARD VISA

VALE-PEDÁGIO

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(38)
(39)

9. RECOMENDAÇÕES AOS AGENTES FISCALIZADORES

9.1 DOCUMENTOS A SEREM ANALISADOS

Para verificar se a situação configura-se como uma infração ou não à legislação do Vale-Pedágio obrigatório, quando da abordagem ao motorista do veículo, devem ser solicitados os seguintes documentos:

• Documento Comprobatório de Embarque (Nota Fiscal, inclusive a Nota de Produtor Rural, o Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga, a Ordem de Embarque ou o Manifesto de Carga);

• CRLV – Certificado de Registro de Licenciamento do Veículo;

• Documento de identificação do motorista, com CPF (Carteira de Identidade ou Carteira Nacional de Habilitação).

Além desses documentos, também deverão ser solicitados:

• Recibo que comprova a transação de compra do Vale-Pedágio, emitido pela empresa fornecedora de Vale-Pedágio: VISA, DBTRANS ou REPOM.

Nota: No caso de Regime Especial, fornecido pela ANTT, somente os Certificados de Regime Especial em vigência na data da publicação da Resolução ANTT nº 2885 (D.O.U. de 23 de setembro de 2008) serão aceitos até a data de sua validade, uma vez que de acordo com a Resolução ANTT nº 2885/2008, ficam vedadas novas concessões e renovações de Regime Especial (ver relação fornecida a parte deste manual).

Caso não seja observado no Documento Comprobatório de Embarque:

Ou ainda, não seja feita a anexação ao Documento Comprobatório de Embarque:

Desde que, não se refira:

Fica constatada a infração à legislação do Vale-Pedágio.

• o registro do valor do Vale-Pedágio obrigatório entregue ao transportador rodoviário de carga, com o código da transação comprobatória da compra dos vales, ou,

• o número do respectivo processo de concessão do Regime Especial,

• do Recibo que comprova a transação de compra dos vales,

• ou do Certificado de Regime Especial do Vale-Pedágio, fornecido pela ANTT.

• ao transporte em veículo vazio,

• à realização de transporte com mais de um contratante (carga fracionada),

• ao transporte internacional rodoviário de carga, efetuado por empresas habilitadas e cuja viagem é efetuada em veículo de sua frota autorizada a cruzar ponto de fronteira (inclusive viagens ocasionais), ou

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9.2 NÃO IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELO PAGAMENTO DO FRETE Em alguns casos, observa-se que o campo Frete por Conta na Nota Fiscal não está devidamente preenchido (indicação do número 1 EMITENTE ou do número 2 DESTINATÁRIO). Caso constatado que não houve a antecipação do Vale-Pedágio, e não houve subcontratação do transporte, será responsabilizado pela infração o EMITENTE da Nota Fiscal.

Sendo assim, deve ser feita a seguinte observação (no campo 30 – OBSERVAÇÕES do Auto de Infração);

9.3 CASO EM QUE O INFRATOR É O DESTINATÁRIO O DESTINATÁRIO é o infrator quando:

• O frete é por sua conta,

• Não existe subcontratação, ou seja, o transportador indicado no campo próprio da Nota Fiscal é o mesmo proprietário do veículo, e

• Foi constatado no Documento Comprobatório de Embarque que não houve a antecipação doVale-Pedágio.

Essa informação vai permitir identificar o emitente do Documento Comprobatório de Embarque.

9.4 SUBCONTRATAÇÃO DO TRANSPORTE

A subcontratação acontece quando, o transportador indicado no campo próprio da Nota Fiscal, não é o mesmo proprietário do veículo utilizado no transporte da mercadoria. Isso significa que, o embarcador contratou um transportador, e esse transportador repassou o transporte para outro. Na maioria das vezes, isso ocorre quando uma Empresa transportadora subcontrata outra empresa ou um transportador autônomo. Nesses casos, normalmente surge um documento chamado CTRC – Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, mais conhecido como Conhecimento de Transporte (alguns caminhoneiros chamam esse documento de carta-frete).

Sendo assim, quando o nome do transportador indicado no campo próprio da Nota Fiscal for diferente do constante no documento do veículo (CRLV), normalmente está associado ao transporte o Conhecimento de Transporte. Devemos então solicitar ao motorista que nos apresente o Conhecimento de Transporte, para que possamos identificar o infrator, caso seja constatada a não antecipação do Vale-Pedágio.

Nota 1: O campo Redespacho-Frete no CTRC indica quando o transportador emitente do CTRC subcontratou outro transportador.

Nesse caso, deve ser indicado no Campo 25 o CNPJ do Emitente do Documento Comprobatório de Embarque e no Campo 30 – Observações do Auto de Infração, informar que o frete é por conta do destinatário.

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Nota 2: Algumas vezes, o Conhecimento de Transporte não é emitido (p.ex.: Transportador Autônomo). Nessa situação, a identificação do subcontratante é feita pelos dados indicados no campo transportador da Nota Fiscal.

9.5 TRANSPORTE DE CARGA FRACIONADA

O transporte de carga fracionada caracteriza-se pelo transporte com mais de um contratante, ou seja, quando nos deparamos com várias Notas Fiscais, e que haja mais de um embarcador pagando frete (por exemplo, uma Nota Fiscal com o frete por conta de um determinado remetente, e pelo menos uma outra Nota Fiscal com frete por conta de remetente ou destinatário diferente do primeiro).

Nessa situação não há obrigatoriedade de antecipação do Vale-Pedágio.

Vale ressaltar que, independente da quantidade de Notas Fiscais, se ficar caracterizado que o frete é por conta de um mesmo embarcador (remetente ou destinatário), ou seja, um só contratante, desde que não tenha havido subcontratação de transportador, o embarcador responsável pelo pagamento do frete é o responsável pela antecipação do Vale-Pedágio.

Na existência de várias Notas Fiscais de um mesmo embarcador, indicar o número de uma delas no campo apropriado, e colocar a seguinte observação (no campo 30 – OBSERVAÇÕES do Auto de Infração):

9.6 TRANSPORTE INTERNACIONAL

Entende-se por transporte internacional aquele em que a origem ocorre em um determinado país e o destino em outro.

Não se aplicam as disposições do Vale-Pedágio obrigatório ao transporte rodoviário internacional de cargas, realizado por empresas habilitadas e cuja viagem seja efetuada em veículo de sua frota autorizada a cruzar ponto de fronteira (inclusive viagens ocasionais).

Isso significa que, transporte internacional acontece quando o veículo transportador atravessa a fronteira, e esteja habilitado para isso. Deve ser solicitado o documento (licença ou fax de viagem ocasional) emitido pela ANTT que habilita o veículo a cruzar fronteiras.

Vale ressaltar que nos casos em que o embarcador responsável pelo pagamento do frete seja uma empresa com endereço fora do Brasil (observado na Nota Fiscal), a autuação fica impossibilitada em decorrência das dificuldades para notificar o autuado.

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9.7 CASOS DE EMPRESAS PORTADORAS DE DISPOSITIVOS DE LIVRE PASSAGEM (TAG, “Sem Parar”, “Via Fácil”, Cartões Locais de Concessionária, etc.) Atualmente, as empresas VISA, DBTRANS e REPOM estão habilitadas pela ANTT ao fornecimento do Vale-Pedágio, ou seja, apenas estas empresas são reconhecidas oficialmente por fornecer o Vale-Pedágio que deverá ser aceito em todas as rodovias nacionais.

Dispositivos como TAG, Sem Parar,etc., ainda não são reconhecidos pela ANTT como modelos de Vale-Pedágio e não devem ser aceitos na fiscalização (exceto o modelo da empresa DBTRANS aprovado por meio da Resolução ANTT nº 3103/09).

Vale ressaltar que a ANTT verifica e autoriza os modelos utilizados pelas empresas habilitadas ao fornecimento do Vale-pedágio. Atualmente a empresa DBTRANS possui como modelos o cartão, o cupom e o dispositivo eletrônico (aprovado por meio da Resolução ANTT nº 3103/09), as empresas VISA e REPOM possuem como modelo o cartão.

9.8 TRANSPORTE DE CARGA PRÓPRIA

Configura-se como transporte de carga própria, aquele em que o contratante do transporte é o proprietário da mercadoria transportada.

Assim, basta verificar se o responsável pelo pagamento do frete (indicado no documento comprobatório de embarque) é o mesmo proprietário do veículo utilizado no transporte (conforme CRLV – Certificado de Registro de Licenciamento do Veículo).

Vale ressaltar que no transporte de carga própria não há obrigatoriedade de antecipação do Vale-Pedágio.

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10. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Agentes envolvidos na operação de transporte em rodovias sob pedágio: A – Emitente da Nota Fiscal (Embarcador)

B – Transportadora

C – Transportadora Subcontratada D – Destinatário

Siglas:

CTRC – Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas TRIC – Transporte Rodoviário Internacional de Cargas

1) Quando da abordagem do veículo, verifica-se que na Nota Fiscal o emitente é o Zé das Couves, o transportador é a empresa Três Coquinhos e o veículo fiscalizado é da Três Coquinhos. O frete é por conta do emitente. Verifica-se que a Três Coquinhos preencheu o CTRC.

Caso fique constatado que não houve a antecipação do Vale-Pedágio obrigatório, quem deve ser autuado?

(a) – Emitente (b) – Transportador

(c) – Transportador Subcontratado (d) – Destinatário

2) Quando da abordagem do veículo, verifica-se que na Nota Fiscal o emitente é o Zé das Couves, o transportador é a empresa Três Coquinhos e o veículo fiscalizado é da Três Coquinhos. O destinatário é a empresa Zorro do Oeste e o frete é por conta do destinatário. Verifica-se que a Três Coquinhos preencheu o CTRC.

Caso fique constatado que não houve a antecipação do Vale-Pedágio obrigatório, quem deve ser autuado?

(a) – Emitente (b) – Transportador

(c) – Transportador Subcontratado (d) – Destinatário

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3) Quando da abordagem do veículo, verifica-se que na Nota Fiscal o emitente é o Zé das Couves, o transportador é a empresa Três Coquinhos e o veículo fiscalizado é da Três Coquinhos. No campo frete não está especificado se o mesmo é por conta do emitente ou do destinatário. Verifica-se que a Três Coquinhos preencheu o CTRC.

Caso fique constatado que não houve a antecipação do Vale-Pedágio obrigatório, quem deve ser autuado?

(a) – Emitente (b) – Transportador

(c) – Transportador Subcontratado (d) – Destinatário

4) Quando da abordagem do veículo, verifica-se que na Nota Fiscal o emitente é o Zé das Couves, o transportador é a empresa Três Coquinhos e o veículo fiscalizado é da Zorro do Oeste. No campo frete não está especificado se o mesmo é por conta do emitente ou do destinatário. Verifica-se que a Zorro do Oeste preencheu o CTRC o que caracteriza que ela foi subcontratada e não consta redespacho.

Caso fique constatado que não houve a antecipação do Vale-Pedágio obrigatório, quem deve ser autuado?

(a) – Emitente (b) – Transportador

(c) – Transportador Subcontratado (d) – Destinatário

5) Quando da abordagem do veículo, verifica-se que na Nota Fiscal o emitente é o Zé das Couves, o transportador é a empresa Três Coquinhos e o veículo fiscalizado é da Juca Bala. No campo frete não está especificado se o mesmo é por conta do emitente ou do destinatário. Verifica-se que a transportadora subcontratada Zorro do Oeste preencheu o CTRC e consta no redespacho a empresa Juca Bala.

Caso fique constatado que não houve a antecipação do Vale-Pedágio obrigatório, quem deve ser autuado?

(a) – Emitente

(b) – Transportador Três Coquinhos (c) – Transportador Zorro do Oeste (d) – Destinatário

6) Quando da abordagem do veículo, verifica-se que na Nota Fiscal o emitente é o Zé das Couves, o transportador é a empresa Três Coquinhos e o veículo fiscalizado é da transportadora Zorro do Oeste. O frete é por conta do emitente. O motorista apresentou um contrato de arrendamento que comprovou que o veículo está arrendado para a Três Coquinhos e quem preencheu o CTRC foi a Três Coquinhos.

Caso fique constatado que não houve a antecipação do Vale-Pedágio obrigatório, quem deve ser autuado?

Referências

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