Há mais de uma lesão grave, como definir qual é a culpada?
Devemos abordar todas ao mesmo tempo ou tentar estratificar?
O papel do USIC, OCT e FFR
Dr. Miguel A. N. Rati
Serviço de Hemodinâmica
Hospital Barra D’Or
Estudos suportando recomendação Classe III
Hannan JACC Int
2010*
Toma EHJ 2010**
Vlaar JACC 2011***
N
3521 5373 40.280 (metanálise)Escalonada x tardia
259 – 538 Não relacionada: 217 Relacionada: 1984Apenas lesão culpada: menor mortalidade
Mortalidade
hospitalar
Escalonada x tardia
0,9 % - 2,4 % p = 0,04ECAM aos 90 dias 12,5% - 5,6 %
p = 0,001
ICP multivascular maior mortalidade
Mortalidade 1 ano
Escalonada x tardia
1,3 % - 3,3 %p = 0,04Não relacionada aumenta mortalidade aos 90 dias
em 2,44 x
Estadiada – menor mortalidade
Conclusão
Apenas artéria culpada,demais em < 60 dias
ICP não relacionada aumenta mortalidade
ICP não relacionada apenas em procedimento
escalonado
* JACC Cardiovasc Interv. 2009;2(4):350-356 ** Eur Heart J. 2010;31(14):1701-1707 *** J Am Coll Cardiol. 2011;58(7):692-703
Pr
eventive
A
ngioplasty in
M
yocardial
I
nfarction Trial
PRAMI Trial
Seguimento de 6 semanas e a seguir anualmente
IAM SST
ATC c/sucesso da lesão culpada
Doença multivascular
Estenose > 50% em artéria não relacionada e passível de ICP
Randomização
600 pacientes
ICP preventiva
300 pacientes
ICP não preventiva
300 pacientes
Exclusão:
RM prévia
Choque cardiogênico
Lesão TCE > 50%
Oclusão crônica
Pr
eventive
A
ngioplasty in
M
yocardial
I
nfarction Trial
PRAMI Trial
• Estudo interrompido precocemente
– Janeiro de 2013 após 465 pacientes
• Recomendação do comitê de monitoramento e
segurança
ICP preventiva
ICP não preventiva
Numero de pacientes
234
231
Idade média (anos)
62
62
Fumantes (%)
50
45
Diabetes (%)
15
21
IAM pérvio ou AVC
12
10
Trivasculares (%)
39
33
Stents farmacológicos (%)
63
58
Inibidor 2b3a /
Bivalirudina (%)
79
78
Acesso radial (%)
80
84
Pr
eventive
A
ngioplasty in
M
yocardial
I
nfarction Trial
PRAMI Trial
ICP preventiva
ICP não preventiva
Dupla antiagregação
100%
100%
Estatina
95%
97%
Beta bloqueador
88%
92%
Inibidor enzima conversão / BRA
93%
91%
Pr
eventive
A
ngioplasty in
M
yocardial
I
nfarction Trial
PRAMI Trial
Pr
eventive
A
ngioplasty in
M
yocardial
I
nfarction Trial
PRAMI Trial
21
53
ICP preventiva
ICP não preventiva
Morte cardíaca, IAM não fatal ou angina refratária
Redução de risco de 65%
HR 0,35 (95% CI 0,21 – 0,58)
p < 0,001
Pr
eventive
A
ngioplasty in
M
yocardial
I
nfarction Trial
PRAMI Trial
11
27
ICP preventiva
ICP não preventiva
Morte cardíaca, IAM não fatal
Redução de risco de 65%
HR 0,36 (95% CI 0,18 – 0,73)
p = 0,004
Pr
eventive
A
ngioplasty in
M
yocardial
I
nfarction Trial
PRAMI Trial - Benefício Precoce
ICP preventiva
ICP não preventiva
Meses desde a randomização
Pr
o
p
o
rç
ão
d
e
p
ac
ie
n
te
s
se
m
ev
en
to
s
p
ri
mári
o
s
HR 0,35 (95% CI 0,21 a 0,58
Pr
eventive
A
ngioplasty in
M
yocardial
I
nfarction Trial
PRAMI Trial
16
46
ICP preventiva
ICP não preventiva
Nova revascularização
Redução de risco de 70%
95% CI 0,17 – 0,52)
p < 0,001
Pr
eventive
A
ngioplasty in
M
yocardial
I
nfarction Trial
PRAMI Trial
10
9
ICP preventiva
ICP não preventiva
Complicações
n = 234
n = 231
AVC - 2
Sagramento
c/transfusão
ou cirurgia - 7
Nefropatia c/
Diálise - 1
0
6
3
Estudos randomizados de revascularização completa em
pacientes multivasculares com IAM
PRAMI (n = 465) CvLPRIT (n = 297) DANAMI 3 PRIMULTI (n = 627) PRAGUE-13 (n = 214) EXPLORE* (n = 302) COMPLETE* (n = 3900) COMPARE ACUTE (n= 885) Critério > 50% > 70% ou > 50% em 2 incidências > 50% e FFR < 80% > 70% 100% - OTC > 70% ou > 50% com FFR < 80% > 50% Estratégia Imediato Imediato (64%) ou na admissão inicial Na admissão em dois tempos (mediana 2 dias) Escalonada em 3 – 40 dias Escalonada < 7 dias Escalonada em 72 h Imediato guiado por FFR End point primário Morte/IAM/ Isquemia Morte/IAM/I CC/Isquemia/ revasculariza ção Morte/IAM/I squemia/Rev ascularização Morte/IAM/ AVC Morte CV/IAM Mote CV/IAM Morte/IAM/Revasc ularização/AVC Resultados Redução de 23% para 9% Redução de 21% para 10% Redução de 22% para 13% 13,9% para 16% p = NS Sem diferença em FE, VDF VE pela RNM aos 4 meses n/a n/a Benefício
precoce Sim Sim Seguro adiar
Sem benefício
Sem
benefício n/a n/a Efeito nos
end points
duros
Estudos randomizados de revascularização completa em
pacientes multivasculares com IAM
Tratar todas as
lesões
Tratar todas
escalonadas
Tratar todas com
FFR
PRAMI (n = 465) CvLPRIT (n = 296) PRIMULTI (n = 627)
Pacientes/centro/ano 19 23 105
Critério > 50% > 70% ou > 50% em 2 incidências
> 50% e FFR < 0,8 ou estenose > 90%
Estratégia para lesão não
culpada Imediata
Imediata ou escalonada na
internação Escalonada na internação
End point primário Morte/IAM/Isquemia refratária
Morte/IAM/ICC/ Morte por isquemia/Revascularização
Morte/IAM/Morte por isquemia/Revascularização Power (80%) 20% reduzido para 14% 37% reduzido para 22% 18% reduzido para 13%
Resultado 23% reduzido para 9% 21% reduzido para 10% 22% reduzido para 13%
COMPARE ACUTE – resultados preliminares em 408 pacientes, 613 medidas de FFR
V Diretriz da SBC Sobre Tratamento do IAM com
Supradesnivelamento do Segmento ST
Classe Nível de
evidência
ICP primária deve ser limitada ao tratamento apenas do vaso culpado pelo IAM, com exceção de pacientes em choque cardiogênico ou com sinais de isquemia persistente após o tratamento do vaso culpado
II a
B
Pacientes portadores de doença multiarterial grave (estenose > 70%) devem ser submetidos à
revascularzação miocárdica adicional (percutânea ou cirúrgica), para abordagem das estenoses não tratadas no evento agudo
II a
B
Revascularização imediata de outras estenoses
coronárias não culpadas pelo evento índice durante a realização da ICP primária pode ser considerada em pacientes selelcionados
II b
B
A cirurgia de revascularização deve ser considerada em pacientes com isquemia miocárdica persistente na qual a ICP primária do vaso culpado não pode ser realizada ou foi insucesso
II a
C
5.2.1.6. Estratégias na abordagem na doença coronária múltipla Nas múltiplas casuísticas já
apresentadas ao longo dos últimos 25 anos, em média 50% dos pacientes infartados exibem
estenoses > 50% em outros vasos coronários, adicionais ao vaso alvo infartado.
A recomendação é da abordagem dedicada ao vaso alvo infartado. Somente se devem
efetivar procedimentos adicionais, com a revascularização de múltiplos vasos, diante da
instabilidade hemodinâmica persistente (choque cardiogênico) ou de evidências de isquemia
miocárdica não controlada (dor e alteração do ECG).
Consideramos razoável o tratamento de estenose grave de menor complexidade localizada no
mesmo sistema coronário relacionado ao vaso infartado a critério do operador e diante de
criteriosa avaliação da situação clínica e hemodinâmica do paciente, inclusive da carga de
contraste já recebida para efetivação da ICP primária do vaso culpado.
Por outro lado, é de concordância que esses pacientes, portadores de doença multivascular
coronária, exibam maior propensão a ocorrência de novos eventos coronários, no período de
1 ano, em oposição àqueles uniarteriais
.
As estenoses coronárias graves (>70%) não relacionadas diretamente ao procedimento índice
devem ser abordadas em um segundo tempo (procedimento estagiado). O método a ser
escolhido, seja percutâneo ou cirúrgico, deve ser deliberado com o devido esclarecimento e
consentimento do paciente.
Estenoses coronárias duvidosas devem ser aferidas por meio de prova funcional de imagem
ou do cálculo de reserva de fluxo fracionada intracoronário.
Novos ensaios dedicados estão em andamento, confrontando a estratégia de abordagem
imediata multiarterial vs. estagiada em pacientes infartados submetidos à ICP primária.
V Diretriz da SBC Sobre Tratamento do IAM com
Supradesnivelamento do Segmento ST
DR = 3,7 mm DLM = 1,9 mm
Lâmina elástica externa
Interface íntima-lúmen
AV = 16 mm2
AL = 4 mm2