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PERFIL NUTRICIONAL E SOCIOECONÔMICO DE PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL E MATERNIDADE VITAL BRAZIL

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NUTRIR GERAIS – Revista Digital de Nutrição – Ipatinga: Unileste-MG, V. 1 – N. 1 – Ago./Dez. 2007.

NO HOSPITAL E MATERNIDADE VITAL BRAZIL

NUTRITIONAL AND SOCIOECONOMIC PROFILE OF INTERNED PATIENTS AT VITAL BRAZIL HOSPITAL AND MATERNITY

DÉBORAH KRISTINA BRAGA

Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG E-mail: deborah_braga@yahoo.com.br

HIARA MIGUEL STANCIOLA SERRANO

Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG

E-mail: hiaranut@yahoo.com.br

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo identificar o perfil nutricional e socioeconômico de pacientes hospitalizados. Foram coletados dados de 50 pacientes, sendo 34 adultos e 16 idosos, 27 do sexo masculino e 23 do sexo feminino. Foi aplicado um questionário para Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) e um para traçar o perfil socioeconômico. As variáveis antropométricas avaliadas foram peso, altura, PCT, CMB e IMC. As análises mostraram que a média do IMC tanto no grupo dos adultos quanto nos idosos mantiveram dentro do padrão de normalidade, 23,5 Kg/m² e 25,8 Kg/m² respectivamente. Os valores de normalidade encontrados se aproximam dos encontrados na ANSG, onde a maioria dos avaliados (72%) foram classificados como bem nutridos. Segundo a avaliação da PCT foram classificados como eutróficos adultos de ambos os sexos e idosos do sexo feminino e apenas o sexo masculino apresentou obesidade. Quanto a CMB 58,82% dos adultos e 56,25% dos idosos foram classificados como eutróficos. Sobre o perfil socioeconômico, 66% apresentaram renda inferior a três salários mínimos. O tempo médio de internação dos pacientes foi de 5,64 dias. A avaliação do paciente hospitalizado deve ser realizada por uma variedade de métodos antropométricos para que o diagnóstico final seja compatível com a realidade.

Palavras-chave: estado nutricional, pacientes hospitalizados, avaliação nutricional subjetiva, nutrição.

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The purpose of this work is to identify the nutritional and socioeconomic profile of hospitalized patients. 50 patients were studied, of which 34 were adults, and 16 were elderly individuals, 27 male and 23 females. A questionnaire about the Global Subjective Nutritional Evaluation was used. The anthropometric variables were weight, height, PCT, CMB and BMI. The analysis shows that the average body mass index, both in the group of the adults and in the group of the elderly individuals, was within the normality standards, 23,5Kg/m2, and 25,8Kg/m2 respectively. The values of normality found are similar to those found on ANSG, in which most examinees (72%) were classified as well nourished. The PCT among adults of both sexes and elderly females was classified as eutrophic and for males was classified as obesity. About the CMB, 58,82% of the adults and 56,25% of the elderly individuals was classified as good nutrition. About the socioeconomic status, 66% had and income lower than 3 minimum wages. The patients were hospitalized for around 5,64 days. The hospitalized patients’ evaluation should be accomplished by a variety of anthropometric methods, so the final diagnosis is compatible with reality.

Key words: nutritional status, hospitalized patients, subjective nutritional evaluation, nutrition.

INTRODUÇÃO

A desnutrição protéico-energético (DPE) é um estado mórbido secundário a uma deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais, que pode ser detectado através de dados antropométricos, clínicos, bioquímicos, fisiológicos ou topográficos (WAITZBERG et al., 2004).

O estudo da prevalência da desnutrição no âmbito hospitalar é de grande relevância, já que vários trabalhos nos últimos 20 anos têm demonstrado as suas conseqüências para os pacientes hospitalizados (WAITZBERG et al., 2001).

Para analisar tal situação, é importante compreender os fatores causais da desnutrição no momento da admissão hospitalar. No entanto, é necessário conhecer a situação clínica do paciente, sua história sócio-econômica, bem como a condição de aquisição de um aporte protéico-calórico adequado. Se no momento do ingresso ao hospital e durante a internação, não for feita esta avaliação nutricional, o risco do paciente se desnutrir ao longo da hospitalização aumenta e os que já estavam desnutridos tendem a ter seu quadro clínico ainda mais agravado (WAITZBERG et al., 2004).

Após a admissão hospitalar, cerca de 70% dos pacientes inicialmente desnutridos, sofrem uma piora gradual no seu estado nutricional. Este número contribui para o aumento da morbidade e mortalidade, ocorrendo em até 65% desses pacientes. Este déficit nutricional acarreta o aumento da incidência de infecções hospitalares, cicatrização de feridas mais

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lentas, aumentando ainda mais o tempo de internação, além do aumento financeiro para o hospital (WHITE et al., 2005).

O aumento nas complicações e do tempo de permanência hospitalar está associado com a desnutrição. Quando diagnosticada durante a internação, a intervenção através da terapia nutricional pode mudar o prognóstico de alguns pacientes de maneira favorável (CORDEIRO e MOREIRA, 2003).

Foi realizado no Brasil, no ano de 1996, um estudo multicêntrico, o Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI), que avaliou os hospitais da rede pública do país, atingindo 12 estados mais o Distrito Federal, envolvendo 4000 pacientes internados. O estudo revelou que 48,1% dos pacientes internados apresentavam algum grau de desnutrição. Entre estes pacientes desnutridos, 12,6% eram desnutridos graves e 35,5% eram desnutridos moderados. A pesquisa comprovou que a desnutrição hospitalar é um grave problema no Brasil (WATZBERG et al., 2001).

Para determinar o estado nutricional de pacientes hospitalizados pode ser utilizada uma variedade de métodos. Não há, no entanto, um padrão que possa ser adotado como excelência para sua determinação. O método Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) proposta por DETSKY et al., (1987), é bastante utilizado devido sua precisão e aprimoramento já demonstrados. Esse é considerado subjetivo, eficiente, rápido e não dispendioso o que permite ser executado por qualquer profissional de saúde treinado. O diagnóstico emitido pela ANSG possui alta sensibilidade e especificidade correlacionada com outras mensurações, já descritas, do estado nutricional (MELLO et al., 2003).

A antropometria, medida das dimensões corpóreas (VANNUCCHI et al., 1996), é um método não-invasivo de baixo custo (ACUÑA e CRUZ, 2004), consiste em realizar uma medida ou um conjunto de medidas em um determinado indivíduo (ALMEIDA e RICCO, 1998). As medidas antropométricas mais utilizadas são o peso, altura, circunferências e pregas cutâneas. O peso e a altura são medidas realizadas com freqüência na avaliação nutricional, devido à facilidade e disponibilidade de equipamentos (VANNUCCHI et al., 1996).

O Índice de Massa Corporal (IMC) é bastante utilizado como indicador do estado nutricional por sua boa relação com a massa corporal e baixa correlação com a estatura. Em idosos, devem-se sugerir pontos de corte específicos para essa faixa etária (SANTOS e SICHIERI, 2005) já que o peso corporal aumenta com o avançar da idade e a altura tende a

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diminuir devido a problemas ósteo-articulares e achatamento dos espaços intervertebrais (CORDEIRO e MOREIRA, 2003).

A detecção prévia da desnutrição torna-se de grande importância para que seja implementada uma terapia nutricional adequada, a fim de manter ou recuperar o estado nutricional e evitar a instalação ou progressão da desnutrição e suas complicações (GARCIA

et al., 2004).

O presente trabalho teve por objetivo identificar o perfil nutricional e socioeconômico de pacientes internados no Hospital e Maternidade Vital Brazil, no período de dezembro de 2005 a janeiro de 2006.

METODOLOGIA

Tratou-se de uma pesquisa descritiva, transversal e observacional.

Foram coletados dados de 50 pacientes que se encontravam internados na Clínica Médica e Cirúrgica do Hospital e Maternidade Vital Brazil.

Foram aplicados questionários de forma aleatória, em pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos, que se encontravam com o tempo mínimo de internação de três dias, para avaliar seu estado nutricional através da antropometria e da Avaliação Nutricional Subjetiva Global, bem como suas condições socioeconômicas.

Na avaliação antropométrica foram avaliados o peso, altura e a prega cutânea tricipital. A aferição do peso foi por meio de balança da marca Filizola (com capacidade para 150 kg) e a estatura através do antropômetro acoplado à balança Filizola com capacidade para 1,90m, conforme Frisancho (1990).

A prega cutânea tricipital (PCT), a cincunferência do braço (CB) e a circunferência muscular do braço (CMB), foram avaliadas segundo os critérios estabelecidos por Gray e Gray (1980), Burr e Phillips (1984), Frisancho (1990) e Delarue et al., (1994). Utilizou-se adipômetro da marca SANNY para aferição da PCT e fita métrica flexível com precisão de 0,1 cm para a CB e CMB.

O IMC foi utilizado para classificar o estado nutricional do grupo em estudo e seguiu os pontos de corte para adultos proposto pela Organização Mundial de Saúde - OMS no ano de 1997 e para os idosos segundo a classificação de Lipschitz (1994).

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Para avaliar o estado nutricional foi utilizado a Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) proposto por Detsky et al., (1987).

Foram avaliadas informações sobre o estado socioeconômico através de questionário contendo perguntas com respostas de múltipla escolha sobre a renda familiar, ajuda de custo, escolaridade e estado civil.

A pesquisa foi realizada segundo a resolução n°. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Os participantes foram esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa, assim como seus benefícios, assinando um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, autorizando sua participação voluntária, estando assim seguro quanto à confidencialidade dos dados adquiridos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Entre os 50 pacientes analisados, 68% (n=34) eram adultos e 32% (n=16) idosos, sendo 54% (n=27) do sexo masculino.

A média de distribuição dos valores de idade, altura e peso podem ser vistos na Tabela 1. Os pacientes em estudo foram divididos em dois grupos devido à diferença de idade encontrada. Foram considerados adultos os pacientes abaixo de 65 anos e idosos os que ultrapassaram esta idade.

Tabela 1 – Distribuição dos valores de idade, altura e peso expressos em média, mínimo e máximo de pacientes internados no Hospital e Maternidade Vital Brazil.

VARIÁVEIS MÉDIA MÍNIMO MÁXIMO

Idade (anos) 52,7 19 83 Altura (m) 1,64 1,48 1,84 Peso (Kg) 65,7 30 91

A avaliação do estado nutricional através do IMC, segundo a classificação da OMS (1998) para os pacientes adultos, foi detectado o estado de eutrofia em 53% (n=34), sendo a média encontrada de 23,5 Kg/m² (Figura 1). Dentre os pacientes estudados 12% encontravam-se de baixo peso. Obencontravam-servou-encontravam-se um elevado índice pré-obesidade e obesidade grau II na população estudada.

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Cabral et al., (1998), em estudo sobre a avaliação do estado nutricional de pacientes internados, encontraram uma média de IMC na população de 22,0 Kg/m², também se situando dentro da faixa de eutrofia. Já o índice de baixo peso demonstrou uma prevalência de 31,9% nos homens e 25% nas mulheres. O percentual de obesidade encontrado foi de 8,7% e 10,9% nos homens e mulheres, respectivamente.

12% 53% 32% 3% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Baixo peso Eutrofia Pré-obesidade Obesidade grau II P e rc e n tu al d e p a c ien te s ad u lt o s

Figura 1 – Classificação do IMC de pacientes adultos internados no Hospital e Maternidade Vital Brazil.

Segundo a classificação de IMC de Lipschitz (1994) para idosos, 68,7% destes foram classificados como eutróficos, 12,5% apresentavam baixo peso e 18,6% obesidade. A média do IMC encontrada entre os idosos foi de 25,85 kg/m², valor este classificado dentro da faixa de normalidade e condizente com o estudo de Menezes e Marucci (2005) que avaliou o estado nutricional de idosos residentes em instituições geriátricas de Fortaleza/CE, encontrando a média do IMC de 23,0 kg/m². Santos e Sichieri (2005), num estudo avaliando idosos institucionalizados, observaram que 31% dos homens e 9% das mulheres apresentavam IMC dentro da normalidade, 65% dos homens e 41% das mulheres sobrepeso e 5% dos homens e 24% das mulheres obesidade.

Analisando os dados da Tabela 2, de acordo com os percentis sugeridos por Frisancho (1981) para adultos, 58,8% (n=20) dos pacientes apresentavam boa nutrição. Para os idosos,

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segundo a classificação de Delarue (1994) e os valores para percentis de acordo com Burr (1984), 56,2% (n= 9) apresentavam boa nutrição.

Tabela 2 – Distribuição dos adultos e idosos segundo CMB de pacientes internados no Hospital e Maternidade Vital Brazil.

CMB N BOA NUTRIÇÃO EUTROFIA DEPLEÇÃO MODERADA DEPELAÇÃO SEVERA Adultos 34 20 - 2 12 Idosos 16 9 7 - - Legenda: N – Número.

Entre o grupo dos adultos, a média para circunferência muscular do braço encontrada entre o sexo feminino situou dentro da faixa de normalidade, em torno do percentil 50, e entre o percentil 10 para o sexo masculino considerada como risco de depleção de massa magra. Já no grupo dos idosos, tanto o sexo feminino quanto o masculino foram classificados como eutróficos, pois estavam em torno do percentil 50.

Estudo realizado por Cabral et al., (1998) constatou valores de CMB de homens e mulheres internados em um hospital universitário em torno do percentil 50, quando analisados de acordo com a classificação de Frisancho (1981).

Foi verificado neste estudo (Tabela 4) que as medidas da PCT, para adultos de acordo com a classificação de Gray e Gray (1980) e valores para percentis de acordo com Frisancho (1981), diagnosticaram eutrofia em 61,8%, risco de depleção em 11,7% e depleção severa em 26,5%.

Tabela 4 – Distribuição dos adultos e idosos segundo PCT de pacientes internados no Hospital e Maternidade Vital Brazil.

PCT N DEPELAÇÃO

SEVERA

RISCO DE DEPLEÇÃO

DESNUTRIÇÃO EUTROFIA OBESIDADE

Adultos 34 9 4 - 21 -

Idosos 16 - - 3 7 6

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Para os idosos, segundo a classificação de Delarue (1994) e valores para percentis de acordo com Burr (1984), foi identificada a desnutrição em 18,8% dos pacientes, eutrofia em 43,7% e obesidade em 37,5%.

Avaliando o grupo dos adultos, a média encontrada tanto no sexo feminino quanto no masculino foram classificadas eutróficos, pois ambas estiveram no percentil 50 (Tabela 6).

Quando avaliado o grupo dos idosos, o sexo feminino se encontrava no percentil 75 sendo classificada como eutrofia. Já a masculina foi classificada como obesidade, pois se encontrava no percentil 95 (Tabela 6).

De acordo com Cabral et al., (1998), a PCT se manteve dentro da normalidade, percentil 50 padrão de Frisancho (1981), entre o grupo de homens e mulheres internados. Já Sena et al., (1999) encontraram 77,2% dos pacientes analisados apresentavam perda de gordura corpórea em grau moderado ou grave.

Tabela 5 - Distribuição da PCT em adultos e idosos por sexo segundo média, mínimo e máximo de pacientes internados no Hospital e Maternidade Vital Brazil.

PCT NÚMERO MÉDIA (mm) MÍNIMO (mm) MÁXIMO (mm)

Adultos Feminino 13 20,7 5 38 Masculino 21 8,6 2 18 Idosos Feminino 10 21,8 6 40 Masculino 6 13 4 32

Quanto à Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG), tanto o grupo dos adultos (76,5%), como o grupo dos idosos (62,5%) foram classificados como bem nutridos.

Na população adulta, 11,7% foram classificados como gravemente desnutridos e 11,7% como moderadamente desnutridos. Na população idosa 37,5% foram considerados moderadamente desnutridos.

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Estudo realizado por Cordeiro e Moreira (2003), onde foram avaliadas pacientes idosas recém-hospitalizadas através da ANSG, observou-se que 30% encontravam–se desnutridas graves.

Sena et al., (1999) encontraram 10,5% com desnutrição grave, 21% com desnutrição moderada e 68,5% de bem nutridos em seu estudo com 57 pacientes internados em enfermaria de gastroenterologia através a ANSG.

De acordo com Mello et al., (2003), em pesquisa sobre a desnutrição hospitalar cinco anos após o IBRANUTRI (WATZBERG et al., 2001), dos 154 pacientes adultos avaliados através da ANSG, 51,4% estavam desnutridos e 31,4% apresentavam-se gravemente desnutridos.

O tempo médio de internação dos pacientes foi de 5,64 dias, sendo que os pacientes que se encontravam eutróficos permaneceram um tempo médio de internação de 4,72 dias e os de baixo peso de 8,5 dias.

De acordo com o IBRANUTRI (WATZBERG et al., 2001) o tempo médio de internação foi de 6 dias para os pacientes eutróficos e de 13 dias para os pacientes desnutridos. O estudo pôde comprovar que à medida que aumenta o tempo de internação, aumenta também os riscos de desnutrição.

As informações sobre o estado socioeconômico estão descritas na Tabela 6 e pôde-se observar que 66% dos indivíduos apresentavam renda de 1 a 3 salários mínimos.

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Tabela 6 – Condições socioeconômicas dos pacientes internados no Hospital e Maternidade Vital Brazil.

VARIÁVEIS FREQÜÊNCIA PERCENTUAL

Renda familiar

Menos de 1 Salário Mínimo 9 18% Entre 1 e 3 Salários Mínimos 33 66% Até 5 Salários Mínimos 3 6% Mais de 5 Salários Mínimos 5 10%

Recebe ajuda de custo

Para compra de remédios 2 4%

Cesta básica 1 2% Outros 7 14% Não 40 80% Escolaridade Analfabeto 14 28% Primário 23 46% Fundamental 7 14% Ensino Médio 6 12% Estado Civil Solteiro 9 18% Casado 31 62% Viúvo 6 12% Divorciado 2 4% Amasiado 2 4% Total 50 100%

Campino (1986) analisando os aspectos socioeconômicos da desnutrição no Brasil, concluiu que a renda é o fator isoladamente mais importante na determinação do estado nutricional. Em seu estudo ele comprova que a ocorrência de desnutrição energético-protéica está associada de maneira mais forte à deficiência de natureza quantitativa do que a qualitativa, pois esta última está basicamente associada à deficiência de renda.

Em relação à ajuda de custo para a compra de remédios, cesta básica e outros, verificou-se que 80% da amostra não recebia nenhum tipo de ajuda.

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Sobre o grau de escolaridade, houve predomínio de 46% para o nível primário, seguido de 28% de analfabetos e nenhum dos entrevistados possuía o ensino superior. Destaca-se nesta amostra o baixo índice de escolaridade dos participantes.

CONCLUSÃO

A maioria dos pacientes apresentava-se eutrófica de acordo com a classificação do IMC, dado este que foi confirmado através da ANSG. As reservas musculares e de tecido adiposo também se encontraram preservadas em grande parte dos pacientes. Como a instituição avaliada é um hospital geral o tempo de permanência dos pacientes é pequeno, não apresentando grande influência sobre o estado nutricional dos pacientes.

A avaliação do paciente hospitalizado deve ser realizada por uma variedade de métodos antropométricos para que o diagnóstico final seja compatível com a realidade. O modelo a ser utilizado deve ser aquele que melhor atenda as necessidades do indivíduo e da instituição, na busca de atingir os objetivos propostos.

REFERÊNCIAS

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