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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DE ARAPIRACA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA JAQUELANE JANUARIO DA SILVA LEITE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DE ARAPIRACA

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA

JAQUELANE JANUARIO DA SILVA LEITE

CONCEPÇÕES DE MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL POR PROFESSORES DE ESCOLAS DAS REDES PÚBLICA E PRIVADA DE ENSINO DA

CIDADE DE ARAPIRACA-AL

ARAPIRACA 2019

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JAQUELANE JANUARIO DA SILVA LEITE

CONCEPÇÕES DE MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL POR PROFESSORES DE ESCOLAS DAS REDES PÚBLICA E PRIVADA DE ENSINO DA

CIDADE DE ARAPIRACA-AL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Biológicas - Licenciatura, da Universidade Federal de Alagoas – UFAL,

Campus de Arapiraca, como requisito parcial para

a obtenção do grau de Licenciado em Ciências Biológicas.

Orientadora: Prof.ª Dra. Maria Aliete Bezerra Lima Machado.

ARAPIRACA 2019

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que me deu o dom da vida e ampara-me todos os dias com o seu infinito amor;

À minha família, em especial à minha a avó paterna, Francisca, e minha tia, Mª Quiteria que não mediram esforços para me ajudar em todos os momentos da minha vida; Ao meu marido, Leandro, que jamais me negou incentivo e apoio para vencer essa etapa da vida acadêmica;

À Universidade Federal de Alagoas por ter me proporcionado essa graduação;

À Prof.ª Dr.ª Maria Aliete Bezerra Lima Machado, minha orientadora, pela paciência e pelos ensinamentos depositados no desenvolvimento desse trabalho e por toda disponibilidade em ajudar;

A todos os professores do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Alagoas-Campus de Arapiraca;

À banca avaliadora pelas contribuições realizadas;

Enfim, sou grata a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste trabalho.

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“Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou”.

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RESUMO

A Educação Ambiental constrói conhecimentos, valores sociais e habilidades para que a sociedade possa entender como interagir com o ambiente de modo harmonioso. Ela também é apontada como uma resposta de combate aos problemas ambientais causados pelo homem. A instituição escolar apresenta-se como um importante meio propagador desses ensinamentos, assim, o presente estudo objetivou analisar as concepções dos professores do ensino fundamental II, de duas escolas da rede pública e duas escolas da rede privada de ensino, situadas na cidade de Arapiraca–AL. O estudo caracterizou-se como sendo de caráter quantitativo, baseado nos dados obtidos por meio de um questionário, contendo nove perguntas estruturadas, referentes ao Meio Ambiente e Educação Ambiental. No questionário constava também dados de identificação dos participantes, como idade, disciplina ministrada, nível acadêmico e tempo de atuação no magistério. Participaram da pesquisa quarenta e dois educadores, atuantes no ensino fundamental II das quatro escolas, denominadas de Escolas A e B, as da rede particular e Escolas C e D, as da rede pública, elas foram assim intituladas por questão de anonimato. De acordo com as concepções gerais dos docentes detectou-se que os professores apresentaram dificuldades para lidar com a temática Educação Ambiental no cotidiano escolar. Foi constatado que as idades dos docentes variavam entre 20 e 50 anos, assim como o tempo de atuação desses profissionais no magistério que oscilou de um até mais de 20 anos. E todos os docentes declararam possuir graduação e alguns declararam ainda ter pós-graduação. Porém, mesmo tendo cursado o nível superior, uma porcentagem dos docentes afirmou não estarem aptos a trabalhar a Educação Ambiental em suas salas. Diante dos resultados obtidos foi possível observar que as escolas participantes do estudo possuíam a Educação Ambiental inserida nos seus currículos, mas a falta de capacitação adequada fazia com que os docentes não trabalhassem de forma interdisciplinar o conteúdo.

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ABSTRACT

Environmental Education builds knowledge, social values and skills that society can understand how to interact with the environment in a harmonious way. It is also pointed out as an answer to combat the environmental problems caused by men. Schools constitute an important instrument to propagate this knowledge, therefore, the present study aimed to analyze the conceptions of elementary school teachers, in two public schools and two private schools, located in the city of Arapiraca, Alagoas. It is a quantitative study, based on the data obtained through a questionnaire, containing nine structured questions related to the Environment and Environmental Education. The questionnaire also included identification data of the participants, as age, subjects ministered, level academic and the time of these professionals working in the teaching. Forty-two educators attending the primary school of the four schools, named Schools A and B, of the private network and Schools C and D, of the public network, took part in the study. The schools were renamed in order to preserve their identities. According to the general conceptions of the teachers, it was detected that the teachers presented difficulties to deal with the theme Environmental Education in the daily school life. The age of the teachers ranged between 20 and 50 years, as well as the time of these professionals working in the teaching that ranged from one to more than 20 years. All the teachers declared themselves as graduated and some declared themselves as specialists. However, even though they had finished the superior level, a percentage of teachers declared not able to work the subject Environmental Education during their classes. According to the results obtained, it was possible to observe that the schools participating in the study had Environmental Education inserted in their school program, but the lack of appropriate training caused teachers not to work in an interdisciplinary way.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Idade dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, da cidade de Arapiraca-AL.

24

Gráfico 2 - Idade dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, da cidade de Arapiraca-AL

24

Gráfico 3- Nível acadêmico dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, na cidade de Arapiraca-AL.

25

Gráfico 4- Nível acadêmico dos professores do ensino fundamental II das Escolas

C e D, na cidade de Arapiraca-AL. 26

Gráfico 5- Tempo de atuação dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, da cidade de Arapiraca-AL.

27 Gráfico 6- Tempo de atuação dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, da cidade de Arapiraca-AL.

27

Gráfico 7- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, a respeito de se considerarem preparados para atuar como educadores ambientais. 28

Gráfico 8- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, a respeito de se considerarem aptos para atuar como educadores ambientais.

Gráfico 9- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, a respeito de terem tido alguma disciplina durante a graduação que tratasse da Educação Ambiental.

Gráfico 10- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, a respeito de terem tido alguma disciplina durante a graduação que tratasse da Educação ambiental.

Gráfico 11- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, a respeito do desenvolvimento de atividades relacionadas à Educação Ambiental em suas aulas.

Gráfico 12- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, a respeito do desenvolvimento de atividades envolvendo Educação Ambiental em suas aulas.

Gráfico 13- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, a respeito de como eles consideram que deveria ser abordada a Educação Ambiental em âmbito escolar.

Gráfico 14- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, a respeito de como eles consideram que deveria ser abordada a Educação Ambiental em âmbito escolar.

29 30 30 32 32 34 34

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Gráfico 15- Repostas dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, a respeito da escola lhes dá incentivo para realização de aulas com base na Educação Ambiental.

Gráfico 16- Repostas dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, a respeito da escola lhes dá incentivo para realização de aulas com base na Educação Ambiental.

Gráfico 17- Respostas dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, sobre a importância de se trabalhar com a Educação Ambiental na sala de aula.

Gráfico 18- Respostas dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, sobre a importância de se trabalhar com a Educação Ambiental na sala de aula.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Professores do ensino fundamental II das Escolas A e B que participaram da

pesquisa. 23

Tabela 2 -Professores do ensino Fundamental II das Escolas C e D que participaram da pesquisa. 23

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 11

2 REVISÃO DE LITERATURA 12

2.1 Educação Ambiental: histórico e conceitos 12

2.2 Educação Ambiental no Brasil: breve histórico e sua inserção no currículo escolar 15

2.3 Educação Ambiental no ensino fundamental II, em escolas das redes públicas e privadas 17

2.4 Educação Ambiental na concepção dos professores do ensino fundamental II 18

3 MATERIAL E MÉTODOS 20

3.1 Local e Período da Pesquisa 20

3.2 Público da pesquisa 20

3.3 Abordagem Metodológica e Coleta dos Dados 21

3.4 Procedimentos Utilizados para Análise dos Dados 22

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 23

5 CONCLUSÃO 39

REFERÊNCIAS 40

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1 INTRODUÇÃO

Diante das agressões ambientais que foram intensificadas no cotidiano da sociedade, desde o avanço industrial, tornou-se imprescindível uma nova consciência crítica que considerasse não só ganhos econômicos, mas também os danos causados pela ação antrópica em exagero. Com o passar do tempo, movimentos a favor da preservação ambiental ganharam força, fazendo com que a temática da Educação Ambiental fosse mundialmente difundida. De acordo com Ramos (2001), perante a problemática que afeta o ecossistema, a expressão Educação Ambiental, deixou de ser um ideário apenas político e passou a ocupar lugar de destaque no cenário pedagógico, sendo inserida no contexto educacional.

Segundo os artigos 2°, 9° e 10° da Lei n° 9.795/99, a Educação Ambiental deve estar presente de forma contínua e permanente em todos os níveis e modalidades de ensino, devendo ser desenvolvida nos currículos escolares das instituições públicas e privadas de forma interdisciplinar, vetando assim a criação de uma disciplina específica (BRASIL, 1999).

Nesse contexto, as concepções dos professores a respeito do Meio Ambiente e da Educação Ambiental tem alto poder significativo, pois é a partir delas que os educandos vão adquirir informações e ensinamentos.

Dessa forma, faz-se necessário verificar as concepções dos docentes que atuam nos diversos níveis de ensino, acerca das temáticas do Meio Ambiente e Educação Ambiental. Partindo da hipótese de que os professores estavam preparados para lidar com estas temáticas em sala de aula, o presente estudo teve como objetivo analisar as concepções dos professores do ensino fundamental II, em quatro escolas, sendo duas delas da rede pública e as outras duas da rede privada, todas elas localizadas na cidade de Arapiraca, município do agreste alagoano.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Educação Ambiental: histórico e conceitos

De um lado, a comemoração pelos adventos da explosão industrial, do outro, as preocupações com os desastres ambientais e com o aumento da poluição que ameaçava a manutenção da qualidade de vida, sendo que esses últimos trouxeram inquietações no seio da sociedade e tornaram-se fatores suficientes para que as décadas de 50 e 60 fossem palco de protestos e manifestações. Movimentos levantando a bandeira ecológica ganharam força, era então iniciada ali uma consciência crítica que buscava novos princípios (RAMOS, 2001; ARAÚJO, 2007). De acordo com Ramos (2001), esses movimentos contaram com uma reorganização da sociedade e da produção econômica, onde optariam por uma melhor distribuição da riqueza e uma diferente forma de satisfação das necessidades materiais e culturais, conjuntamente com uma nova sensibilidade em relação à natureza.

Fomentando ainda mais as preocupações em torno da manutenção da qualidade de vida da população, a bióloga norte-americana Rachel Carson, lança em 1962 sua obra literária intitulada de Primavera Silenciosa. Este livro foi um marco do movimento ambientalista naquela época, trazendo um alerta aos efeitos deletérios do uso de pesticidas (BONZI, 2013).

Foi essa conjuntura que favoreceu a criação e a divulgação do relatório do Clube de Roma. Onde ainda, de acordo com Ramos (2001), tratava-se de um documento que apontava e chamava atenção para a característica mundial da problemática ambiental e na forma acelerada da sua evolução, caso não fossem tomadas atitudes urgentes para frear aquela situação. A partir desse momento, os assuntos ambientais passaram a fazer parte da agenda dos Chefes de Estado de muitos países e assim surgiram os eventos e conferências internacionais, advindos com o intuito de buscar estratégias de ação frente aos problemas sofridos pelo ecossistema.

Ainda impulsionada pela repercussão internacional do Relatório do Clube de Roma, a ONU (Organização das Nações Unidas) decidiu organizar a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, conhecida também como Conferência de Estocolmo, realizada em 1972 na Suécia. O evento foi palco de conflitos entre as concepções dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento. Ali foi sentido de forma muito clara a diferença no desenvolvimento industrial e econômico dos países participantes, fato pelo qual eles não poderiam ter percepções iguais, pois tinham interesses diferentes em relação aos assuntos discutidos. Ainda naquela ocasião foi elaborada a Declaração sobre o Meio

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Ambiente Humano, visando a atenção dos governos em relação à adoção de políticas ambientais, surgindo também a preocupação com a necessidade de educar e conscientizar as pessoas, quanto às questões ambientais. E assim ocorreu o primeiro pronunciamento oficial sobre a necessidade da Educação Ambiental em esfera global (RAMOS, 2001).

Para Currie (2006 apud POLLI; SIGNORINI, 2012), a Educação Ambiental devia ser entendida como uma ciência que proporcione metodologias e abordagens diferentes, podendo ser colocada em prática em todas as áreas de conhecimento humano.

A UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) em parceria com o Programa de Meio Ambiente da ONU (PNUMA) promoveram três conferências internacionais voltadas para a Educação Ambiental. A primeira foi realizada no ano de 1975, em Belgrado. Na Conferência de Belgrado foi escrito um importante documento intitulado de Carta de Belgrado. Essa escritura interpretou como sendo de fundamental importância a participação da sociedade na tomada de medidas que servissem de apoio a um desenvolvimento econômico sem consequências danosas á comunidade, não reduzindo de modo algum a qualidade de vida em âmbito geral, sugerindo uma nova consciência crítica mundial progressista, oriunda da reformulação dos mecanismos e sistemas educacionais (ARAÚJO, 2007).

A segunda conferência foi efetivada em 1977 na Geórgia, localizada na antiga e extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), onde nos dias atuais é localizado o território Russo. Essa recebeu o nome de Conferencia Intergovernamental de Tbilisi, nessa ocasião houve a definição de princípios, objetivos e estratégias para Educação Ambiental (RAMOS 2001). Tannous e Garcia (2008) afirmaram que a Declaração da Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental de Tbilisi estabeleceu como função da Educação Ambiental a criação de uma nova compreensão dos problemas ambientais e o incentivo de uma mudança positiva de comportamentos nesse sentido. Os objetivos da Educação Ambiental determinam consciência, conhecimento, conduta, habilidade e cooperação.

A terceira e última conferência cumpriu-se em Moscou (URSS), no ano de 1987. No Congresso Internacional sobre Educação e Formação Ambiental, nesse ficou claro que a Educação Ambiental deveria gerar uma mudança comportamental, preocupando-se com a promoção da conscientização, transmissão de informações, desenvolvimento de hábitos e habilidades, promoção de valores, estabelecimento de critérios e padrões, e orientações para a resolução de problemas e tomada de decisões (RAMOS, 2001).

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Ainda, de acordo com Ramos (2001), cinco anos depois, foi realizada a Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro em 1992, que ficou conhecida como Eco-92 e tinha a meta de estabelecer acordos, estratégias globais e internacionais, reiterando as recomendações de Tbilisi. Um importante instrumento que marcou esse evento foi a criação da Agenda 21. A reunião ficou também marcada pela falta de compromisso com a problemática ambiental por parte dos Chefes de Estado dos países desenvolvidos.

Conforme Araújo (2007) e Tannous e Garcia (2008), após a Eco-92 aconteceram outras reuniões com foco na Educação Ambiental e no Meio Ambiente, tais como: o Congresso Mundial para Educação e Comunicação sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Canadá (1992); o I Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental: uma estratégia para o futuro, no México (1992), II Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental: em busca das marcas de Tbilisi, também no México (1997); III Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental: povos e caminhos para o desenvolvimento sustentável, na Venezuela (2000); IV Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental: um mundo melhor é possível, em Cuba (2003); V Congresso Iberoamericano de Educação Ambiental, no Brasil (2006); Congresso Sulamericano continuidade Eco/92, na Argentina (1993); Conferência Mundial do Clima, na Alemanha (1995); Conferência Habitat II, na Turquia (1996); II Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental, no México (1997); Conferência sobre Educação Ambiental, em Nova Delhi (1997).

Araújo (2007) ainda citou que outro evento importante para Educação Ambiental foi a Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Conscientização Pública para a Sustentabilidade, realizado em Thessaloniki, na Grécia (1997), onde foi firmada a Declaração de Thessaloniki, que dentre outras indicações foi responsável por várias recomendações para o cumprimento de planos e ações estabelecidos nas três conferências realizadas pela UNESCO em parceria com o PNUMA e no Congresso Mundial para Educação e Comunicação sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de Toronto, em 1992.

Ao longo de todos esses acontecimentos foi possível perceber que a Educação Ambiental deixou de ser um tema discutido apenas nas reuniões e conferências internacionais, passando a ser entendido como um assunto indispensável que deveria ser incorporado também no currículo escolar. Ramos (2001, p. 206) acrescentou, resumidamente, que a educação tem um papel central na estruturação de um mundo “socialmente justo e ecologicamente equilibrado”, circunstância essencial para continuação da espécie humana e para a preservação da vida no planeta.

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2.2 Educação Ambiental no Brasil: breve histórico e sua inserção no currículo escolar

Em consequência dos acontecimentos e orientações estabelecidas em Estocolmo, a respeito dos cuidados com o ecossistema, Tonnous e Garcia (2008) apontaram que o Brasil decretou na década de 80, leis relevantes no que diz respeito ao Meio Ambiente. Um exemplo disso foi a Lei nº. 6.938/81, que aborda dentre outros aspectos a existência de penalidades por ato danoso ao Meio Ambiente (BRASIL, 1981). As disposições legais à proteção ambiental desde então passaram a ter mais alento, resultando anos mais tarde em um capítulo que tratava exclusivamente do tema ambiental, ofertado na Constituição Federal do ano de 1988. Segundo o art. 225 da Constituição Federal:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988, p. 102).

Isso significa dizer que a sociedade brasileira e até mesmo os imigrantes que optaram por viver nesse território tem o direito de usufruir do Meio Ambiente nacional, assim como possuem o dever de zelar, cuidar e proteger o mesmo. Ainda a respeito desse capítulo existente na Constituição Federal de 88, Lopes (1996 apud TONNOUS; GARCIA, 2008) citou que foi disposta a possibilidade dos estados e municípios assumirem posição mais independente na formulação de políticas que viessem atender os seus domínios, visto que cada localidade possui sua própria identidade, dando início a elaboração de políticas e programas que melhor atendessem as necessidades de cada região.

Segundo Santos e Gardolinski (2016), a partir de então o Brasil passou a fundar órgãos incumbidos de colocar em prática as determinações a respeito da Educação Ambiental contidas na Constituição Federal de 1988. Esses autores ainda citaram que em 1992, foi criado o Ministério do Meio Ambiente, responsabilizado por promover o acolhimento dos princípios e estratégias que levassem a proteção e a recuperação do meio natural, bem como seu uso sustentável, além de trabalhar na efetivação de políticas públicas que impactassem de modo geral a sociedade.

Em 1997, o Ministério da Educação elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), um documento que compunha uma nova proposta curricular, onde o meio ambiente

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ficou estabelecido como um tema transversal que deveria estar presente nos currículos básicos do ensino fundamental (BOTON et al, 2010). As políticas de ação nesse sentido ganharam mais força em 27 de abril de 1999, com a criação da Lei nº 9.795/99. O inciso I do artigo 3º desta lei proclama que cabe ao poder público: “[...] definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promovendo a educação ambiental em todos os níveis de ensino e no engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente” (BRASIL, 1999, p.15). Dessa forma, a lei destaca a importância do envolvimento social escolar na perspectiva de mudanças que visem melhoria aos cuidados prestados ao ecossistema.

Complementado isso e ainda destacando a relevância social da Educação Ambiental em âmbito escolar, a Política Nacional de Educação Ambiental sob a Lei nº 9.795 de 27 de Abril de 1999, também diz o seguinte em seus 2 primeiros artigos:

Art. 1º Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art. 2º A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal (BRASIL, 1999, p. 15).

Dessa forma a Educação Ambiental é posta como componente fundamental na formação de uma nova consciência crítica na sociedade, derrubando conceitos antigos de destruição, assimilados pelo falso pensamento de que a natureza é um bem totalmente renovável e infindável, sendo assim a inserção do tema nos currículos escolares é algo imprescindível. Nessa perspectiva, Polli e Signorini (2012) viram a Educação Ambiental como um instrumento legítimo e indispensável para que houvesse efetiva mudança nas ações da sociedade atual.

No ano de 2002, de acordo com Santos e Gardolinski (2016), o decreto n.º 4.281, estabeleceu a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), fixando sua composição e competências. Resultado da parceria entre os Ministérios da Educação e do Meio Ambiente, foi realizada em 2003, a I Conferência Nacional Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente que, dentre muitas atividades resultou na criação do programa Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas sustentáveis. Essa iniciativa só veio a fortalecer os objetivos da Educação Ambiental nas escolas, trazendo questões socioambientais em uma realidade próxima e participativa.

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2.3 Educação Ambiental no ensino fundamental II, em escolas das redes públicas e privadas

A Educação Ambiental passou a ser cada vez mais difundida como uma forma de barrar os problemas socioambientais da sociedade contemporânea. Para Polli e Signorini (2012) a Educação Ambiental propõe-se a tocar todos os indivíduos por meio de uma técnica educacional interativa que busque trazer para a pessoa que recebe tais ensinamentos, uma nova consciência crítica a respeito dos problemas ambientais. Em complemento a isso Correia (2014) disse que é uma incumbência da escola desenvolver nos alunos concepções críticas e éticas acerca dos assuntos ambientais, para que esses indivíduos possam ser envolvidos na discussão e resolução dos problemas aos quais possam ser expostos. Nesse contexto a escola apresenta-se com um local ideal para difundir os referidos conhecimentos.

Em consonância com o exposto, os PCNs determinam que a escola tem o dever de trabalhar a temática ambiental no decorrer de todo o ensino fundamental. Como pode ser visto a seguir:

Considerando a importância da temática ambiental, a escola deverá, ao longo das oito séries do ensino fundamental, oferecer meios efetivos para cada aluno compreender os fatos naturais e humanos referentes a essa temática, desenvolver suas potencialidades e adotar posturas pessoais e comportamentos sociais que lhe permitam viver numa relação construtiva consigo mesmo e com seu meio, colaborando para que a sociedade seja ambientalmente sustentável e socialmente justa; protegendo, preservando todas as manifestações de vida no planeta; e garantindo as condições para que ela prospere em toda a sua força, abundância e diversidade (BRASIL, 1997, p. 197).

Assim, o aluno ao final do ensino fundamental II poderá envolver-se na discussão e resolução de problemas ambientais presentes no seu entorno, já que ele adquiriu ao longo de todo ensino fundamental, conhecimento, valores sociais e habilidades necessárias que lhe possibilitará ser um cidadão consciente e preocupado com toda dinâmica ambiental. Correia (2014) apontou a Educação Ambiental como forma de gerir o contato humano com o ecossistema, acarretando em uma educação de consumo sustentável, onde o Meio Ambiente é apresentado como local para vivência em harmonia.

A Lei 9.795/99, no seu artigo 9º diz que:

Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando: I - educação básica: a) educação infantil; b) ensino fundamental e c) ensino médio; II - educação superior; III - educação especial; IV - educação profissional; V - educação de jovens e adultos (BRASIL, 1999, p.18).

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Portanto a lei estabelece que Educação Ambiental deve estar presente em todos os segmentos e níveis da educação formal, tanto em escolas da rede pública, como na rede privada de ensino. Além disso, o Art. 10 da mesma lei determina que a prática educativa seja desenvolvida de maneira integrada, contínua e permanente no cotidiano escolar. Polli e Signorini (2012) mencionaram que todas as disciplinas escolares podem utilizar conteúdos ambientais como instrumentos didáticos, para contextualizar os assuntos ministrados.

Demizu (2013), Tavares (2013), Bizerril e Farias (2001) e Santos et al. (2017) defendem a interdisciplinaridade para tratar de assuntos ambientais, pois é uma forma de acabar com a visão fragmentada do conteúdo ou até mesmo por ser considerada um meio mais participativo e permanente de tratar a temática com o alunado. Além disso, Bizerril e Farias (2001) destacaram que os PCNs, quando falam em relação à transversalidade presume um tratamento participativo entre todas as áreas disciplinares com a finalidade de obter êxito no ensinamento de valores para o alunado.

2.4 Educação Ambiental na concepção dos professores do ensino fundamental II

Os problemas ambientais são desafios constantes enfrentados pela população. Numa tentativa de minimizar tais problemas, surgiu a Educação Ambiental, com o papel de conscientizar pessoas no intuito de mediar de forma ética os efeitos da ação humana sobre o Meio Ambiente e já aos professores foi dada a responsabilidade de educar os indivíduos para que eles possam entender do que se trata a Educação Ambiental. Para Polli e Signorini (2012) os professores deveriam criar uma técnica de ensino eficaz que colabore com a conscientização do aluno, possibilitando a construção de comportamentos éticos para com o ambiente em que habita.

Vendo a importância que o docente tem na propagação desses conhecimentos, faz-se relevante observar a concepção desses profissionais em relação à Educação Ambiental para que seja entendido como está sendo tratado o ensino desse tema nas escolas. O trabalho de Bizerril e Farias (2001) mostrou que os professores acham importante a temática ambiental, mas o tema ainda está distante de ser abordado de forma interdisciplinar, a falta de preparo para lidar com a temática é apontada como sendo o principal fator desencadeante dessa realidade. Os docentes ainda falaram que devido a isso, os alunos recebiam uma preparação inadequada, e que não apresentavam a mínima condição de desempenhar os princípios estabelecidos pela Educação Ambiental. E também de acordo com os profissionais

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participantes, as escolas particulares apresentam vantagens na promoção da Educação Ambiental, já que essas instituições têm melhores condições de promover aulas de campo, o que facilitaria a aprendizagem e o entendimento dos alunos.

Lourencio et al. (2016) e Santos et al. (2017) também ao realizar suas pesquisas, obtiveram resultados parecidos, onde a temática é vista como importante pelos professores, mas a falta de capacitação novamente é apontada como o principal obstáculo na incorporação da Educação Ambiental de forma interdisciplinar, no ambiente escolar.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Local e Período da Pesquisa

Quatro escolas fizeram parte desta pesquisa, sendo duas delas pertencentes à rede pública e as outras duas pertencentes à rede privada de ensino, localizadas nos bairros: Centro, Alto do Cruzeiro e Brasília, todas elas situadas na cidade de Arapiraca- AL. As mesmas foram escolhidas por localizarem-se em bairros populosos e por possuírem um alunado oriundo também de bairros no entorno. Por questão de anonimato e preservação da identidade dos instituições de ensino, elas foram denominadas nesse trabalho como Escolas A e B, as públicas, e Escolas C e D, as particulares. As visitas ocorreram nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2018.

A Escola A era uma instituição voltada aos ensinos fundamentais I e II. O número de professores que compunham o quadro de docentes do fundamental II era de 13 docentes. O fundamental II funcionava no período matutino.

A Escola B era uma instituição voltada ao ensino fundamental II. Havia no quadro 21 docentes. O fundamental II funcionava nos períodos matutino e vespertino.

A Escola C era uma instituição voltada aos três níveis de ensino (fundamental I, fundamental II e ensino médio). Na ocasião da pesquisa o número de professores que compunham o quadro de funcionários do fundamental II era de 12 docentes. O fundamental II funcionava apenas no período matutino.

A Escola D também era uma instituição voltada aos três níveis de ensino. No período da pesquisa a escola contava com 12 professores no fundamental II que funcionava no período matutino.

3.2 Público da Pesquisa

O público alvo desta pesquisa foram os professores atuantes no ensino fundamental II, nas Escolas A, B, C e D, nos horários matutino e vespertino.

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3.3 Abordagem Metodológica e Coleta dos Dados

A pesquisa realizada foi do tipo quantitativa, Kirschbaum (2013), afirmou que pesquisas quantitativas tem seu interesse de pesquisa centrado no estabelecimento de leis causais. O estudo foi efetuado com base nos dados coletados através de pesquisa de campo, mediante a aplicação de questionários, que foram analisados e, após traduzidos, foram apontados em tabelas e gráficos.

A princípio, foi pedida a permissão à direção das escolas para a realização deste trabalho, nesse ato era informado que se tratava de uma pesquisa de conclusão de curso. Ao receber a permissão da escola, foi feito o contato com os professores, onde após uma breve apresentação, foi informado que seus nomes seriam preservados no anonimato, para que não houvesse nenhum tipo de constrangimento a eles. A pesquisa realizou-se com a entrega de um questionário contendo nove perguntas fechadas (Apêndice A), referentes ao Meio Ambiente e Educação Ambiental. No questionário ainda constavam os dados de identificação dos participantes, como nome, idade, disciplina ministrada, nível acadêmico e tempo de atuação no magistério.

Foi entregue pelo pesquisador um questionário a cada docente, no horário do intervalo, para que eles respondessem e entregassem até o término daquele momento, nesses momentos houve algumas negativas em responder ao questionário. Na Escola A, 9 dos 13 professores responderam ao questionário. Na Escola B, 16 dos 21 docentes responderam . Na Escola C, 11 dos 12 professores responderam. E por fim, na Escola D, 6 dos 12 docentes responderam ao questionário. No total, era para serem respondidos 58 questionários, mas frente à negativa de alguns professores, foram respondidos a quantia de 42 questionários, sendo 25 deles provenientes das escolas públicas e 17 oriundos das escolas particulares.

Além do questionário, foi também perguntado à direção das escolas se existia alguma atuação por parte da Secretaria Municipal de Educação, que auxiliasse ou incentivasse a escola a desenvolver ações referentes ao tema já citado.

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3.4 Procedimentos Utilizados para Análise dos Dados

Os dados foram tabulados no programa BrOffice, analisados e interpretados através de gráficos e tabelas. Ainda em relação ao questionário, foram consideradas perguntas abertas como, a idade, a disciplina ministrada, nível acadêmico e o tempo de atuação do profissional participante, assim como, foi levado em consideração as respostas das perguntas fechadas selecionadas pelos mesmos, já que essas eram baseadas em suas concepções acerca de temas como Meio Ambiente e Educação Ambiental, e as demais observações foram fruto de percepções ao decorrer da pesquisa de campo. Os resultados das verificações foram analisados de acordo com as redes de ensino pertinentes a cada instituição, ou seja, primeiramente foram analisadas as respostas dos docentes das duas escolas da rede particular de ensino e depois foram analisadas as respostas dos professores das duas escolas da rede pública de ensino. E após essa primeira análise, foi feita uma outra análise, tratando-se agora de um exame comparativo entre as respostas dos professores das redes de ensino particular e pública.

(24)

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os 25 professores das escolas públicas que responderam ao questionário, foram identificados pelas disciplinas que ministravam, conforme a tabela 1. Da mesma forma, foram identificadas as disciplinas que os 17 docentes das escolas particulares ministravam (Tabela 2).

Tabela 1- Professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, que participaram da pesquisa.

Docentes por disciplina ministrada Quantidade de participantes

Professores de Português 6

Professores de Matemática 5

Professores de Ciências 3

Professores de História 1

Professores de Geografia 2

Professores de Ensino Religioso 2

Professores de Inglês 3

Professores de Artes 1

Professores de Ed. Física 2

Total 25

Fonte: A autora (2019).

Tabela 2- Professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, que participaram da pesquisa.

Docentes por disciplina ministrada Quantidade de participantes

Professores de Português 3 Professores de Matemática 4 Professores de Ciências 1 Professores de História 2 Professores de Geografia 2 Professores de Filosofia 1 Professores de Inglês 2 Professores de Artes 1

Professores de Ed. Física 1

Total 17

Fonte: A autora (2019).

Nas Escolas A, B, C e D houve recusas em responder ao questionário e muitas dessas não aceitações deram-se pela justificativa da não pertinência do assunto da pesquisa com os assuntos da disciplina ministrada por tais docentes em âmbito escolar. Isso demonstrou uma possível falta de conhecimento a respeito da temática, uma vez que os PCNs mostram o Meio Ambiente como um tema transversal que deve estar presente de maneira articulada aos

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assuntos curriculares das diferentes disciplinas, pois são assuntos que permeiam todas as áreas do conhecimento. Mas, mesmo havendo docentes que não quiseram responder, houve a participação de professores de todas as disciplinas ministradas no ensino fundamental II.

Quanto à idade dos entrevistados nas Escolas A e B, observou-se que a maioria dos docentes 58,82% tinham idades entre 31 e 40 anos, seguindo por 19,41% que disseram ter idades entre 41 e 50 anos, 15,89% afirmaram ter idades entre 20 e 30 anos e 5,88% tinham idade superior aos 50 anos.

Gráfico 1 - Idade dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, da cidade de Arapiraca- AL.

Fonte: A autora (2019).

Já os professores das Escolas C e D, 41,18% responderam ter idades entre 31 e 40 anos, seguida por 35,29 %, com idade entre 41 e 50 anos e 23,53%, com idade entre 20 e 30 anos, de acordo com o gráfico 1. Não houve nenhum professor com idade acima de 50 anos, como pode ser observado no gráfico 2.

Gráfico 2- Idade dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, da cidade de Arapiraca- AL. Fonte: A autora (2019). 15.89% 58.82% 19,41% 5.88% De 20 até 30 anos De 31 até 40 anos De 41 até 50 anos Superior a 50 anos 23.53% 41.18% 35.29% De 20 até 30 anos De 31 até 40 anos De 41 anos até 50 anos

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Foi possível observar que a maior parte dos docentes afirmou ter idades entre 20 a 40 anos, e por este fato, possivelmente estariam abertos a adquirirem conhecimentos acerca da temática Educação Ambiental, para posteriormente inseri-la em suas salas de aula, pois professores com idades mais avançadas poderiam não ter o mesmo interesse, já que o cansaço natural decorrente da idade vinculado a uma jornada de trabalho exaustiva faria com que esses docentes estivessem almejando sair da sala de aula, através da aposentadoria. Porque é notório que a jornada de trabalho de professores do ensino fundamental é exaustiva, pelo fato de ministrarem suas disciplinas em muitas turmas, turmas com muitos discentes, às vezes nos três horários e em mais de uma escola.

Resultado parecido foi observado no estudo de Costa, Pereira e Nepomuceno (2018), realizado em escolas da rede pública de ensino, onde os professores afirmaram possuir idades entre 21-40 anos. Já a pesquisa de Tavares (2013), também realizada em uma escola pública, mostrou que os entrevistados possuíam faixa etária entre 20 a 53 anos.

Conforme o gráfico 3 e 4, foi possível observar o nível acadêmico dos entrevistados. No gráfico 3, que representa as respostas dos professores das Escolas A e B, 52% tinham nível superior e outros 48% possuíam também pós-graduação.

Gráfico 3- Nível acadêmico dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, na cidade de Arapiraca-AL.

Fonte: A autora (2019).

Nas Escolas C e D, 70,59% dos professores possuíam curso superior, representando mais da metade dos entrevistados, seguido de 29,41% que além da graduação, também possuíam pós-graduação. Conforme o gráfico 4.

52% 48%

Graduação Pós-graduação

(27)

Gráfico 4- Nível acadêmico dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, na cidade de Arapiraca-AL.

Fonte: A autora (2019).

Em relação à instrução profissional dos participantes, foi constatado um dado importante, ou seja, todos eles afirmaram possuir formação superior, o que possibilitou entender que esses professores supostamente são profissionais qualificados para atuar no campo educacional. Sobre isso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/96) em seu artigo 62 (Lei BR nº 9.394, 1996) determina que o profissional para atuar na educação básica, deve ter sua formação obtida em instituições de nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena. Neste sentido, os professores de todas as escolas investigadas encontram-se rigorosamente dentro do que determina a lei.

No que se referiu ao tempo de atuação, os dados para um melhor entendimento foram separados em: 1 ano até 5 anos, superior a 5 anos até 10 anos, superior a 10 anos até 20 anos e superior a 20 anos, conforme demonstrado no gráfico 5, correspondente as Escolas A e B, e no gráfico 6, que é equivalente as Escolas C e D.

70.59% 29.41%

Graduação Pós-graduação

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Gráfico 5 – Tempo de atuação dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, da cidade de Arapiraca-AL.

Fonte: A autora (2019).

Gráfico 6 – Tempo de atuação dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, da cidade de Arapiraca-AL.

Fonte: A autora (2019).

Quanto ao tempo de atuação no magistério, a maioria atuava entre 10 a 20 anos, seguido de 5 a 10 anos. O que mostrou que os docentes passaram a maior parte de sua vida profissional atuando no magistério e devido a isso eles possuíam um alto grau de familiaridade com o ambiente da sala de aula. Em relação a isso, Tardif e Raymond (2000), afirmaram que a experiência da prática da profissão em uma carreira, é fundamental na aquisição da estruturação da teoria adquirida, ou seja, a melhor forma de aprender a trabalhar é trabalhando.

No que diz respeito ao questionário, a questão de número um procurou verificar o entendimento dos professores sobre a Educação Ambiental. A totalidade de entrevistados respondeu que a Educação Ambiental referia-se a conscientização sobre a preservação do ecossistema. As demais opções não foram escolhidas.

20%

36% 40%

4%

De 1 até 5 anos

Superior a 5 anos até 10 anos Superior a 10 anos até 20 anos Superior a 20 anos 23.54% 29.41% 35.29% 11.76% De 1 até 5 anos Superior a 5 anos até 10 anos

Superior a 10 anos até 20 anos Superior a 20 anos

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A resposta escolhida por todos os participantes enfatizou que a Educação Ambiental vai além do ensinar sobre Meio Ambiente, ela trata de conscientizar, de buscar uma nova consciência crítica e ética a respeito do ecossistema, e ainda apontou que possivelmente os docentes possuíam algum conhecimento acerca da questão ambiental. Sobre isso Correia (2014), declarou que além de promover aquisição de conhecimento, a Educação Ambiental deve desenvolver nos membros das comunidades um sentido crítico para o exercício de uma cidadania responsável.

Na questão dois, os docentes foram questionados quanto a sua preparação para atuar com o conteúdo ambiental em suas aulas. As respostas selecionadas podem ser observadas nos gráficos 7 e 8. No gráfico 7, os docentes das Escolas A e B afirmaram em sua maioria não estarem preparados.

Gráfico 7- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, a respeito de se considerarem preparados para atuar como educadores ambientais.

Fonte: A autora (2019).

No gráfico 8, os professores das Escolas C e D, também em sua maioria responderam não estarem aptos para tal finalidade.

36%

64% Estou apto

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Gráfico 8- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, a respeito de se considerarem aptos para atuar como educadores ambientais.

Fonte: A autora (2019).

A maioria dos entrevistados, responderam não se sentirem preparados para trabalhar com assuntos de Educação Ambiental em suas aulas. Resultado semelhante foi encontrado no trabalho de Chaves e Farias (2005), onde 77,8% dos entrevistados responderam não estarem preparados para trabalhar com o tema. Isso pode ser uma consequência da falta de abordagem deste conteúdo no decorrer das graduações. Trabalhos como os de Bizerril e Farias (2001) e Lourencio et al. (2016) também mostraram que os professores não tiveram uma capacitação adequada para lidar com os assuntos ambientais.

É de comum conhecimento que os ensinamentos que o futuro professor recebe na sua formação são indispensáveis para que o mesmo desempenhe sua profissão com mais precisão, a falta de abordagem de algum desses ensinamentos trás reflexos negativos na transmissão de importantes ensinamentos em sala de aula, de forma correlata a não abordagem de assuntos ambientais na formação de futuros licenciados faz com que sejam formados profissionais desconhecedores da realidade que os cerca e consequentemente esses professores não serão capazes de propagar os referidos ensinamentos ao seu alunado, já que também não tiveram acesso a ele. A respeito disso Demizu (2013) afirmou que o Meio Ambiente é um tema transversal e a Educação Ambiental deve estar presente em todos os espaços que educam o cidadão. Assim, é possível entender que a Educação Ambiental deve estar inserida nos cursos de graduação, bem como na educação básica.

Na questão três, os professores foram indagados se tiveram contato com a temática da Educação Ambiental durante sua graduação. As respostas podem ser observadas nos gráficos 9 e 10. No gráfico 9, que é correspondente às Escolas A e B, 72% os docentes afirmaram que não tiveram disciplina que abordasse o assunto durante a graduação, e apenas 28% declararam

23.53% 76.47%

Estou apto Não estou apto

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que tiveram disciplina com o tema na sua formação acadêmica. Esta última porcentagem foi representada principalmente por professores de ciências e geografia.

Gráfico 9- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, a respeito de terem tido alguma disciplina durante a graduação que tratasse da Educação Ambiental.

Fonte: A autora (2019).

De modo similar 76,47 %, dos participantes das Escolas C e D, responderam não terem tido matéria que tratasse desse conteúdo durante sua graduação, e novamente a minoria 23,53 % que foi representada especialmente por docentes de ciências e geografia, afirmaram ter tido disciplina com o tema. Como pode ser visto no gráfico 10.

Gráfico 10- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, a respeito de terem tido alguma disciplina durante a graduação que tratasse da Educação Ambiental. Fonte: A autora (2019). 28% 72% Na minha graduação tinha disciplina abordando o assunto Não tinha nenhuma disciplina abordando o conteúdo 23.53% 76.47% Na minha graduação tinha disciplina abordando o tema Não tinha nenhuma disciplina abordando o assunto.

(32)

As respostas atribuídas a este item confirmou a suposição levantada na questão anterior, a respeito da falta de abordagem da temática ambiental no decorrer da graduação dos docentes, e ainda revelou um cenário que não deveria ocorrer, pois assuntos como esses deveriam estar também presentes na matriz curricular desses cursos de formação superior, para que também servisse de base teórica e norteadora para os futuros licenciados, uma vez que a Educação Ambiental é um tema transversal e deve ser tratada de forma interdisciplinar no cotidiano da sala de aula. De acordo com Brasil (1999), o artigo 11, da Lei nº 9.795, fala que a dimensão ambiental deve estar presente nos currículos de formação de docentes, em todos os níveis e em todas as disciplinas.

Desse modo, esse desconhecimento da temática ambiental nos cursos de licenciatura é algo alarmante e deveria ser reparado o quanto antes, já que as teorias recebidas durante a formação dos docentes são pilares que lhes possibilitarão a base necessária para propagar conhecimentos com mais destreza em sala de aula. Vale salientar que a porcentagem de docentes, das escolas particulares, que afirmaram estarem aptos a trabalhar a Educação Ambiental em suas aulas, foi igual à porcentagem dos que afirmaram ter visto a temática na sua graduação.

Em relação aos participantes das escolas públicas, houve uma porcentagem maior dos que estavam aptos a trabalhar o tema, em relação aos que afirmaram ter recebido informações sobre a Educação Ambiental em sua graduação. Fato intrigante que leva a um questionamento, se é na graduação que se forma o profissional para atuar em sala de aula, então de onde teria vindo o conhecimento que fez com que uma porcentagem maior afirmasse estar aptos a trabalhar a temática?

Na questão quatro, foi indagado se os docentes trabalhavam com a Educação Ambiental em sala de aula. As respostas podem ser acompanhadas nos gráficos 11 e 12. No gráfico 11 (Escolas A e B), 76% responderam que desenvolviam atividades nesse sentido e outros 24% afirmaram não desenvolverem qualquer exercício com essa finalidade.

(33)

Gráfico 11- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, a respeito do desenvolvimento de atividades relacionadas à Educação Ambiental em suas aulas.

Fonte: A autora (2019).

No gráfico 12, a maior parte dos entrevistados, representada por 64,71% responderam positivamente ao questionamento e 35,29% retrucaram que não desenvolveram atividades nesse sentido (Escolas C e D).

Gráfico 12 - Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, a respeito do desenvolvimento de atividades envolvendo Educação Ambiental em suas aulas.

Fonte: A autora (2019).

Mesmo tendo alegado em questões anteriores a falta de preparo e aptidão para desenvolver a Educação Ambiental em sala de aula, a maioria dos entrevistados das Escolas A, B, C e D nesta questão revelaram desenvolver atividades nesse sentido. Tal afirmação é vista como uma contradição, levando-se em consideração as respostas anteriores, porém o desenvolvimento de atividades com base na Educação Ambiental é importante para que o aluno seja familiarizado com o conteúdo, despertando desse modo sua curiosidade e interesse. Diante disso, Polli e Signorini (2012) apontaram ser dever do educador construir uma prática

76% 24% Desenvolveram Não desenvolveram 64.71% 35.29% Desenvolveram Não desenvolveram

(34)

de ensino eficaz e com base na realidade, contribuindo para conscientização desse educando perante ao ambiente no qual está inserido.

Na questão cinco, foi perguntado aos professores que responderam de forma negativa a questão anterior, qual o motivo de não terem desenvolvido em sala de aula atividades relacionadas com a Educação Ambiental. Todos eles responderam que o tema não tinha associação com a disciplina ministrada.

Essa questão ainda é um reflexo das respostas negativas da questão anterior. Nas respostas selecionadas pelos participantes, foi possível observar concepções que deveriam ser inexistentes se o professor tivesse conhecimento de que esse conteúdo ambiental pode e deve estar presente em concordância com os assuntos da disciplina ministrada por ele. Sem o conhecimento e entendimento necessários, os professores tendem a ter percepções como essas e por muitas vezes acabam por negligenciar a temática ambiental em suas aulas.

Esse resultado contrapõe o que diz o artigo 2º da Lei 9.795, onde consta que a Educação Ambiental é um elemento fundamental e permanente da educação nacional e deve se fazer presente de modo articulado, em todos os níveis e modalidades do sistema educativo. De acordo com Bizerril e Farias (2001) os PCNs também presumem um tratamento participativo entre todas as áreas disciplinares com a finalidade de obter bons resultados na prescrição de conhecimentos, habilidades e valores para os discentes.

Na questão seis, foi interrogado aos professores se a escola desenvolvia algum projeto de Educação Ambiental. Todos os participantes responderam positivamente a indagação. O resultado obtido nesta questão demonstrou que a Educação Ambiental vem sendo cada vez mais expandida pelas instituições de ensino, já que a escola deve ser também um local onde os alunos possam ser educados a desenvolver uma responsabilidade social que lhes possibilite viver e pensar de modo ético e social com todo o seu entorno. Correia (2014) afirmou que cabe à escola desenvolver nos alunos atitudes críticas e éticas sobre determinados assuntos, para que participem efetivamente na discussão e na resolução de problemas ambientais com os quais possam ser confrontados. De forma semelhante Polli e Signorini (2012), trataram o ambiente escolar como um local que propicia o ato de educar para o pleno exercício da cidadania, assim cabe à equipe escolar construir um projeto político pedagógico amparando o planejamento e considerando a Educação Ambiental na sua conjuntura.

Na questão sete, foi indagado sobre qual seria a forma mais pertinente de tratar a Educação Ambiental em âmbito escolar. Os resultados desse questionamento podem ser acompanhados nos gráficos 13 e 14. No gráfico 13, que corresponde às respostas dos professores das Escolas A e B, 84% acreditavam que a temática deveria ser abordada de

(35)

forma interdisciplinar no dia a dia escolar, já 16% achavam que deveria ser realizado um evento, uma vez no ano, para abordar o assunto. Não houve opção pelos demais itens.

Gráfico 13- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, a respeito de como eles consideram que deveria ser abordada a Educação Ambiental em âmbito escolar.

Fonte: A autora (2019).

No gráfico 14, estão às respostas dos docentes das Escolas C e D, onde 76,47% acreditavam que o conteúdo deve ser disseminado de forma interdisciplinar e 17,65% entendiam que seria necessária uma disciplina extra para tratar assuntos com esses, e outros 5,88% consideraram que um evento uma vez por ano, seria o suficiente para disseminar o conteúdo para toda comunidade escolar. Nenhum participante afirmou que deveria ser abordado apenas nas aulas de ciências.

Gráfico 14- Resposta dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, a respeito de como eles consideram que deveria ser abordada a Educação Ambiental em âmbito escolar.

Fonte: A autora (2019).

Ainda que uma maior porcentagem dos participantes tenha optado pela alternativa que contém seus fundamentos baseados na lei, outros educadores ainda veem a Educação

16%

84%

Por meio de um evento realizado uma vez por ano

De forma interdisciplinar

5.88%

17.65%

76.47%

Por meio de um evento realizado uma vez por ano

Disciplina extra

(36)

Ambiental como algo distante do cotidiano escolar, isso pode ter ocorrido pela falta de conhecimento dos mesmos a respeito da relevância que a temática possui. Demizu (2013) falou que a Educação Ambiental enquanto prática educativa não deve resumir-se apenas a algumas datas comemorativas, como o dia da água, por exemplo, mas também devem ser desenvolvidas atividades de longa duração por parte da comunidade escolar. E essas atividades é quem vão de fato causar alguma correção de rota no comportamento do indivíduo, despertando a sua cidadania e responsabilidade. Levando em consideração o artigo 10, § 1º, da Lei nº 9.795, a Educação Ambiental deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente que não deve ser efetivada como disciplina específica no currículo de ensino. Desse modo a segunda e a quarta alternativa não deveriam ter sido escolhidas, pois se contrapõem à lei vigente. Demizu (2013) afirmou ainda que a interdisciplinaridade é o melhor modo de abordar essa temática, pois para ela a Educação Ambiental deveria ocorrer no ambiente escolar de maneira extensiva, de modo participativo e permanente, a fim de sensibilizar a maior parte do alunado para uma compreensão crítica a favor da problemática ambiental.

Na questão oito foi perguntado aos professores se a instituição de ensino lhes dava incentivo na realização de aulas baseadas com a Educação Ambiental. O gráfico 15, trás as respostas dos professores das Escolas A e B, já o gráfico 16, mostra as respostas dos docentes das Escolas C e D. No gráfico 15, 64% responderam que a escola incentiva práticas de Educação Ambiental em suas aulas, e 36% disseram não receber nenhum tipo de incentivo.

Gráfico 15- Repostas dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, a respeito da escola lhes dá incentivo para realização de aulas com base na Educação Ambiental.

Fonte: A autora (2019).

64% 36%

Incentiva Não incentiva

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Um percentual de 70,59% dos entrevistados afirmaram ter recebido apoio da escola para realizar aulas com base na Educação Ambiental e 29,41% responderam não ter recebido apoio ou incentivo por parte da instituição educacional (Gráfico 16).

Gráfico 16- Repostas dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, a respeito da escola lhes dá incentivo para realização de aulas com base na Educação Ambiental.

Fonte: A autora (2019).

A maior porcentagem das respostas adquiridas demonstrou que as escolas vinham dando o suporte necessário para que os docentes desenvolvessem a Educação Ambiental em suas aulas. Demizu (2013) disse que a Educação Ambiental na escola deve ter como objetivo a sensibilização e a conscientização, buscando principalmente a sensibilização do professor que é o principal agente promotor na formação dos indivíduos.

Na questão nove foi indagada qual a importância de trabalhar com a Educação Ambiental em sala de aula. As respostas a este questionamento podem ser observadas nos gráficos 17 e 18. O gráfico 17, aponta as respostas dos docentes das Escolas A e B, onde 92% acreditavam que a conscientização é o primeiro passo a ser dado para que haja cuidados com ecossistema, enquanto 8% presumiram que tudo o que está no ambiente é renovável e infindável. Nenhum professor optou pelos demais itens.

70.59% 29.41%

Incentiva Não incentiva

(38)

Gráfico 17-Respostas dos professores do ensino fundamental II das Escolas A e B, sobre a importância de se trabalhar com a Educação Ambiental na sala de aula.

Fonte: A autora (2019).

O gráfico 18, trás as respostas dos professores das Escolas C e D, onde 88,24% acreditaram que a conscientização é necessária para que haja cuidados com o Meio Ambiente, e 11,76% acharam que tudo o que está no ambiente é renovável e deve ser usado sem maiores preocupações. Nenhum dos participantes optou pelas demais alternativas.

Gráfico 18- Respostas dos professores do ensino fundamental II das Escolas C e D, sobre a importância de se trabalhar com a Educação Ambiental na sala de aula.

Fonte: A autora (2019)

Ainda que um maior número dos entrevistados tenha optado pela opção que tratava da conscientização como agente transformador nos cuidados com o Meio Ambiente. É possível observar também que a opção que tratava do ecossistema como um bem totalmente renovável e infindável foi selecionada e ainda que tenha ocorrido em menor porcentagem, mostra um pensamento que não deveriam ter. Nessas respostas, mais uma vez ficou evidenciado a falta

92% 8%

Conscientizar é o primeiro pilar a respeito dos cuidados com o Meio Ambiente

O Meio Ambiente é um bem totalmente renovável e infindável que está a disposição do uso humano

88.24% 11.76%

Concientizar é o primeiro pilar a respeito dos cuidados com o Meio Ambiente

O Meio Ambiente é um bem totalmente renovável e infindável que está a disposição do uso humano

(39)

de conhecimento da temática ambiental por parte dos participantes desse estudo. Semelhante ao resultado encontrado no trabalho de Santos et al. (2017), onde foi possível observar que os educadores apresentavam dificuldade e falta de informação específica em relação a Educação Ambiental.

Além do questionário, foi perguntado à direção de cada uma das escolas participantes do estudo se existia alguma atuação por parte da Secretaria Municipal de Educação, que auxiliasse ou incentivasse a escola a desenvolver ações referentes à Educação Ambiental. A Escola A, respondeu não haver incentivo e/ou auxílio da Secretaria Municipal de Educação, nas ações ocorridas naquela instituição de ensino. As escolas B, C e D, responderam que a Secretaria Municipal de Educação incentiva e/ou auxilia as ações desenvolvidas na escola.

De modo geral ao analisar as respostas dadas pelos professores das Escolas A, B, C e D, foi possível perceber que não houve grandes divergências nas respostas dos docentes das escolas particulares (A e B) em relação aos docentes das escolas públicas (C e D).

(40)

5 CONCLUSÃO

A partir dos dados adquiridos pode-se concluir que:

 Todas as escolas participantes tinham a Educação Ambiental em seus currículos e desenvolviam algum projeto a respeito da temática;

 A maioria dos docentes do ensino fundamental II apresentou concepções errôneas a respeito da Educação Ambiental, e por inúmeras vezes suas percepções contrapunham-se às leis correspondentes à temática, assim como aos PCNs;

 Todos os docentes possuíam nível superior, havia também pós-graduados, muitos eram jovens e a maioria era bastante experiente em sala de aula, porém não tinham conhecimento adequado para trabalhar a temática ambiental em suas aulas;

 É necessário uma melhor capacitação para professores durante as suas graduações, onde a Educação Ambiental esteja de fato inserida ou até mesmo o investimento em capacitação continuada para os docentes que já se encontram atuando.

(41)

REFERÊNCIAS

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Referências

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