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RELATÓRIO REFERENTE AOS ANOS LECTIVOS E DE CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA DA UCP DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

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RELATÓRIO

REFERENTE

AOS

ANOS

LECTIVOS

2009.2010 E 2010.2011

DE CONCRETIZAÇÃO DO

PROCESSO DE BOLONHA DA UCP DE CIÊNCIAS DA

EDUCAÇÃO



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

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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS

1. Enquadramento legal

Como é amplamente reconhecido, a implementação nacional do processo de Bolonha produziu profundas alterações nas actuais ofertas formativas do ensino superior. Estas alterações verificaram-se quer ao nível da organização dos planos curriculares quer ao nível da definição de novas estratégias e abordagens metodológicas de ensino e aprendizagem.

No decurso da implementação do processo de Bolonha, o Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) desenvolveu desde 2005 uma profunda reflexão e análise da sua prática de ensino e formação, envolvendo alunos, docentes, coordenações de cursos, órgãos científicos e pedagógicos, com vista a uma real mudança do seu paradigma educativo.

Das alterações legislativas relativas ao ensino superior universitário e politécnico no quadro europeu de implementação do processo de Bolonha destacam-se:

. Decreto-Lei n.º 42/2005 de 22 de Fevereiro, que estabelece os princípios reguladores dos instrumentos para a criação do Espaço Europeu de Ensino Superior;

. Alteração à Lei n.º 49/2005 (Lei de Bases do Sistema Educativo), que determina a organização de um sistema de ensino baseado na ideia de desenvolvimento de competências, na adopção de um modelo de ensino superior assente em três ciclos, e na adopção de um sistema europeu de créditos curriculares (ECTS) baseado no trabalho dos alunos;

. Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março e o Despacho n.º 7287-A (2ª série) do MCTES, que aprovam respectivamente o regime jurídico dos graus e diplomas do ensino superior e as normas de organização de processos referentes ao registo de adequação de ciclos de estudos e alterações dos ciclos de estudo;

. Decreto-Lei n.º 64/2006 de 21 de Março que regulamenta as provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do ensino superior dos maiores de 23 anos;

. Lei n.º 38/2007 de 16 de Agosto, que estabelece o regime jurídico de avaliação da qualidade do ensino superior;

. Decreto-Lei n.º 43/2007 de 22 de Fevereiro, que aprova o regime jurídico da habilitação profissional para a docência na educação pré-escolar e nos ensinos básicos e secundários, do qual emana um novo modelo de organização curricular para os cursos de formação de educadores/professores;

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. Lei n.º 62/2007 de 10 de Setembro, que estabelece o regime jurídico das instituições de ensino superior;

. Decreto-Lei n.º 369/2007 de 5 de Novembro, que cria a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior;

. Portaria n.º 30/2008 de 10 de Janeiro do MCTES, que regula o modelo de suplemento ao diploma;

. Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho, que altera o Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março;

. Despacho publicado em Diário da República, 2.ª série — N.º 205 — 22 de Outubro de

2009 Regulamento dos Processos de Acreditação;

. Decreto-Lei nº 206 / 2009 de 31 Agosto, que regulamenta a atribuição do título de especialista.

2. Concretização dos objectivos de Bolonha em 2009- 2010 e

2010-2011

Nos pontos seguintes, descrevemos um conjunto de mudanças que foram operadas ao nível organizacional que são consequência directa da implementação do processo de Bolonha no ISEC.

O Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho prevê, no art.º 66-A, a elaboração de um relatório público de concretização do processo de Bolonha por cada instituição de Ensino Superior. O relatório, que deve integrar o contributo dos estudantes e docentes, visa analisar o progresso das mudanças realizadas na instituição e em cada curso, e deve incluir informação sobre as mudanças operadas, designadamente em matéria pedagógica, no sentido de uma formação orientada para o desenvolvimento das competências dos estudantes, organizada com base no sistema europeu de transferência e acumulação de créditos (ECTS) e onde as componentes de trabalho experimental ou de projecto, entre outras, e a aquisição de competências transversais devem desempenhar um papel decisivo.

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Cursos da UCP de Ciências da Educação que foram objecto de

adequação ou de concepção tendo como referência o processo de

Bolonha

Licenciatura em Educação Básica

Licenciatura em Intervenção Comunitária

Mestrado em Educação Pré-Escolar

Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico

Mestrado em Ensino do 1º e do 2o Ciclo do Ensino Básico

Mestrado em Necessidades Educativas Especiais

Mestrado em Intervenção precoce

Mestrado em Ciências da Educação – Supervisão Pedagógica

Mestrado em Ciências da Educação – Administração Educacional

Definição curricular dos cursos

O processo de Bolonha introduz a inovação de se considerar explicitamente o desenvolvimento de competências do aluno. A mudança que se pretende, para um ensino baseado no desenvolvimento de competências, supõe que se explicitem as competências que se visam desenvolver e o conhecimento necessário ao seu exercício, bem como a forma como contribuem para assegurar os chamados descritores de Dublin definidos para os vários ciclos de estudos.

Com base nesta mudança de abordagem, do ensino para a aprendizagem, dos programas para os objectivos de aprendizagem, foram criados os novos cursos de mestrado tendo sido definidos previamente os objectivos de cada curso no que se refere à aquisição e ao desenvolvimento das competências, capacidades e atitudes reconhecidas como necessárias, relevantes e actuais, para o nível da formação e para as áreas de conhecimento em que se inserem, à luz das saídas profissionais que se anteviam. Para estes cursos foi explicitada a relação entre as diversas unidades curriculares e as competências que se pretende desenvolver, bem como a relação entre essas competências e as actividades formativas e componentes de avaliação previstas. Para este efeito, foi adoptado um modelo próprio de Ficha de Unidade Curricular que obriga à explicitação dos objectivos e resultados esperados (visando competências gerais e específicas), das metodologias de ensino-aprendizagem (tipificando as horas de contacto), e dos métodos de avaliação.

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Atribuição de créditos em função da carga de trabalho dos alunos

A implementação do processo de Bolonha pressupõe um novo paradigma educativo, centrado no desenvolvimento de competências do aluno, reforçando a auto aprendizagem e o desenvolvimento autónomo do discente e promovendo a mobilidade ao nível do espaço europeu. O sistema europeu de transferência de Créditos (ECTS) é um dos principais instrumentos para a operacionalização destes objectivos. A legislação que regula a organização dos currículos resultantes da implementação do processo de Bolonha impõe que esta organização tenha como base o número de horas de trabalho do estudante medidas através de créditos ECTS. Neste contexto, o número de horas de trabalho do estudante a considerar inclui todas as formas de trabalho previstas, designadamente as horas de contacto em sala de aula, as horas dedicadas a estágios, projectos, trabalhos no terreno, estudo autónomo e avaliação.

No decurso da preparação da implementação do processo de Bolonha, o ISEC desenvolveu uma profunda reflexão interna e análise da sua prática de ensino e formação, envolvendo alunos, docentes, coordenações de cursos, órgãos científicos e pedagógicos, com vista à implementação do sistema de créditos ECTS. Simultaneamente, e concorrendo em paralelo com o trabalho desenvolvido nesta área foi criada uma estrutura no ISEC com a finalidade de coordenar os contactos com Instituições estrangeiras – no âmbito da adesão aos programas Erasmus e Sócrates.

Com base nos parâmetros internamente definidos, o trabalho de um ano curricular corresponde a 1590 horas, distribuídas por 38 semanas. O ISEC adoptou um regime semestral para o funcionamento dos cursos, na sequência daquela que tem sido a prática recente no Instituto. No regime semestral, os semestres têm a duração de 19 semanas, das quais quinze são lectivas e quatro são utilizadas para avaliações.

Em resultado do conjunto de procedimentos descritos, foi elaborado um documento interno visando a uniformização de critérios para atribuição de ECTS às diferentes licenciaturas, mestrados e restantes ofertas formativas nas várias Unidades do ISEC. A tabela abaixo – parte integrante do mencionado documento – pretende resumir os critérios gerais deste Instituto para a atribuição de créditos. Assim, por exemplo, uma unidade curricular definida para 60 horas de contacto, com 4 horas semanais das quais 2 são teóricas e 2 são teórico-práticas, e às quais se adicionam 3 horas de orientação tutorial, deverá ter 5,5 ECTS. Contudo, e como se pode constatar, há um diferencial entre os créditos assentes em critérios gerais expressos na tabela e o total de créditos previstos designadamente pelo art. nº 5 do Decreto-Lei nº 42/2005 de 22 de Fevereiro. Tal diferencial é reservado à atribuição de ECTS para o volume de trabalho acrescido pela especificidade de uma determinada Unidade Curricular ou área científica.

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contacto consoante as competências que se pretendam desenvolver, sendo que foi decidido atribuir um valor mínimo obrigatório de 5% das horas de contacto a tutorias, para todas as unidades curriculares.

Critérios Gerais para a atribuição de valores mínimos de ECTS no ISEC

1 Hora/Tipo Semanal Créditos Horas de trabalho

Teórica (T) 1 1+0,5(a)

Teórico-Prática (TP) 1 1+0,5(a)

Prática e Laboratorial (PL) 1 1

Trabalho de Campo (TC) 0,5 1

Seminário (S) 0,5 1

Estágio (E) 1 1+1(a)

Orientação Tutorial (OT) 0,5 1

Trabalho de Projecto 1 1+1(a)

Outro (Estudo, avaliação, pesquisa, apresentações) 0,5 1

a) As UC’s que contemplem horas desta natureza conduzirão a uma atribuição de ECTS tal que integram as horas de contacto acrescidas de volume de trabalho autónomo por parte do discente.

3.

Alterações a nível pedagógico

No período a que se refere este relatório, são de registar a sustentação das mudanças operadas no ISEC com a transição decorrente da implementação do processo de Bolonha, que descrevemos de seguida.

Modelo de ficha de unidade curricular

Para que se assegure que os diplomados detêm efectivamente as competências e conhecimentos pretendidos, é necessário que os métodos de ensino-aprendizagem e de avaliação estejam permanentemente de acordo com esses objectivos de aprendizagem. O modelo único de ficha de unidade curricular adoptado no ISEC é um elemento central neste processo, na medida em que deve servir para explicitar, ao nível de cada unidade curricular, os objectivos e resultados esperados para os estudantes, no final de cada período de formação, bem como os métodos e actividades formativas consideradas necessárias para obtenção ou desenvolvimento das competências previstas. Deve igualmente permitir aos docentes a clarificação dos métodos pedagógicos e fornecer aos estudantes o guião necessário para a sua actividade formativa. Este procedimento tem vindo a ser seguido desde 2007.

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Normas de frequência e de avaliação

Na convicção de que a criação de condições de trabalho continuado, ao longo de cada período formativo, favorece a aprendizagem, as normas de frequência e avaliação em vigor no ISEC foram revistas, de modo a reforçar a avaliação (contínua) distribuída. Pretendeu-se com as alterações introduzidas aumentar o número de momentos de avaliação no decorrer do semestre, mas também diversificar as suas modalidades e instrumentos, como forma de atribuir maior importância ao trabalho realizado fora da sala de aula. As alterações introduzidas consolidaram as concepções e as metodologias originárias do processo de Bolonha.

Atribuição de créditos ECTS

Como anteriormente exposto, a atribuição de créditos ECTS às unidades curriculares foi feita inicialmente a partir da experiência docente e verificada com base em informação recolhida junto dos estudantes, relativa ao volume de trabalho realmente exigido. A partir das respostas obtidas aos inquéritos pedagógicos (semestrais), é possível aferir regularmente os ECTS efectivamente associados a cada unidade curricular, permitindo uma decisão fundamentada em caso de eventuais ajustes do seu valor.

As principais mudanças introduzidas com a transição para o modelo de Bolonha e que têm vindo a ser consolidadas, designadamente ao longo de 2010/2011, são as seguintes:

• Introdução de orientações tutoriais individuais e colectivas como instrumentos pedagógicos obrigatórios em todas as unidades curriculares;

• Reforço de metodologias de ensino que promovem os métodos de participação activa na sala de aula, através da exposição de ideias e opiniões, de modo a estimular a capacidade de raciocínio e expressão oral;

• Recurso à figura de Seminários desenvolvidos por convidados especialistas para a apresentação/desenvolvimento de temas constantes do Programa curricular de diversas UC;

• Exploração mais intensa de exemplos em sala de aula para desenvolvimento da capacidade de aplicação dos conhecimentos adquiridos a contextos profissionais, designadamente à resolução de problemas em situações reais;

• Utilização e aprofundamento de estudos de caso reais;

• Maior recurso a trabalhos de pesquisa individuais ou de grupo; Este aspecto foi particularmente acentuado nas Unidades Curriculares do mestrado.

• Utilização de instrumentos metodológicos e tecnológicos de pesquisa, análise e integração de conhecimentos;

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• Introdução do trabalho experimental/laboratorial em diversas unidades curriculares; • Introdução de disciplinas de projecto, com apresentação e discussão final em sala de aula;

• Desdobramento de turmas de modo a assegurar uma dimensão adequada, em termos do número de alunos;

• Introdução da plataforma Moodle como forma de contacto privilegiado com os alunos.

Nos pontos seguintes, descrevemos outras mudanças que foram operadas, quer ao nível pedagógico quer ao nível organizacional, que são consequência directa da implementação do processo de Bolonha no ISEC.

Aquisição de competências transversais

O ISEC entendeu ser um instrumento fundamental do seu projecto educativo, ao nível dos cursos de 1º ciclo, expor os seus estudantes à problemática da ética e deontologia profissional, num contexto de uma certa crise de valores que se verifica na nossa sociedade. Assim, foi decisão do ISEC criar em todos os cursos de 1º ciclo uma disciplina de Ética e Deontologia, com o objectivo de dar a conhecer os princípios da Ética e as normas deontológicas que presidem às diversas actividades em causa, e levar os estudantes a compreender as razões da importância dos valores subjacentes às regras deontológicas que são a identidade e a legitimidade das diversas profissões, mas também a desenvolver a capacidade de análise e crítica das situações que se prefiguram no horizonte das suas actividades.

Ao nível dos cursos de 2º ciclo foi introduzida uma área disciplinar de Métodos e

Técnicas de Investigação, que é leccionada em todos os cursos de Mestrado, e que visa

desenvolver competências e habilitar os alunos no domínio de ferramentas próprias para o desenvolvimento de trabalho de pesquisa e de investigação, bem como para a comunicação/apresentação de resultados.

.

4. Sustentações em termos organizacionais

A aferição qualitativa do curso é assegurada através do Gabinete de Avaliação e Garantia da Qualidade do ISEC, tendo como principal objectivo a consolidação de uma cultura interna de auto-avaliação, e cujos instrumentos (modelos de inquérito) estão testados desde o ano lectivo 2007/2008 e têm sido alvo de aplicação plena desde 2008/2009. Assim, sustentando a mudança organizacional que se tinha operado já em períodos anteriores, implementou-se no corrente ano a política de avaliação e garantia de

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qualidade do ISEC.

A criação do Gabinete de Avaliação e Garantia da Qualidade teve como pano de fundo as normas europeias aprovadas pelos ministros europeus do ensino superior na reunião de Bergen (Maio 2005) e inscritas no documento “Standards and Guidelines for

Quality Assurance in the European Higher Education Area”, bem como o actual Regime

Jurídico de Avaliação do Ensino Superior.

É no contexto de um Sistema de Garantia de Qualidade que se pretende não só avaliar a qualidade, detectando pontos fortes e fragilidades no desempenho da missão que está cometida ao ISEC, mas também alcançar níveis de excelência, identificar as melhorias a introduzir nas práticas da instituição e das suas Unidades Orgânicas, fazer funcionar os necessários mecanismos de regulação e contribuir para tornar mais visíveis os resultados do seu exercício.

Cabe ao Gabinete de Avaliação e Garantia de Qualidade do ISEC definir procedimentos de avaliação e de regulação comuns às diferentes Unidades Científico-Pedagógicas e promover a construção de instrumentos de recolha de informação compatíveis e passíveis de tratamento comum.

A política de Garantia da Qualidade:

1.Tem como finalidade contribuir para que o ISEC, num processo contínuo de aperfeiçoamento institucional, atinja e mantenha os mais elevados níveis no desempenho da sua missão, seja mais transparente no seu modo de funcionamento e dê maior visibilidade aos resultados alcançados.

2. Promove a participação activa de todos os elementos da comunidade académica e da sociedade no processo de auto-análise e institui momentos de consciencialização e de debate sobre o que é e o que será o ISEC, sobre os seus pontos fortes e fracos, na perspectiva de uma permanente actualização da missão institucional.

Auto-avaliação e avaliação externa

O ISEC é responsável pela criação, suporte logístico, funcionamento e aperfeiçoamento contínuo do seu sistema de Garantia da Qualidade (GQ). O sistema de Garantia da Qualidade do ISEC é perspectivado como um ciclo contínuo de momentos de exame da forma como a instituição, no seu conjunto, e cada Unidade Científico-Pedagógica, cada serviço, cada docente e cada funcionário, em particular, assegura, no respectivo nível de competência a excelência do desempenho institucional.

Os processos de avaliação e de regulação a adoptar no âmbito do sistema de Garantia da Qualidade inscrevem-se nos procedimentos normais de gestão dos colectivos institucionais, aos diferentes níveis, sem constituírem uma sobrecarga processual e são orientados para superar os pontos fracos detectados e para o fortalecimento das áreas de excelência, visando uma melhoria global. Os resultados dos processos de avaliação

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devem ter uma divulgação pública adequada, contribuindo para um melhor conhecimento externo da instituição, das suas potencialidades e realizações. Na auto-avaliação institucional e dos cursos devem ser ouvidos actores exteriores ao ISEC, em especial, profissionais e especialistas de diferentes sectores de actividade, antigos alunos, empregadores, utentes dos serviços prestados e parceiros. Só assim se poderá conhecer a imagem externa do ISEC, o impacto social da sua acção, a eficácia externa das suas políticas e a pertinência social das suas formações.

O processo de GQ só é plenamente eficaz se for objecto da reflexão e da decisão colectiva e se a avaliação, nos diferentes níveis em que ela é realizada, assentar em referentes previamente discutidos. No processo de avaliação participam todos aqueles que estão directamente envolvidos nas actividades do ISEC: docentes, investigadores, estudantes e funcionários. A participação destes actores na definição e execução da política de Garantia da Qualidade é reconhecida como um direito e também como um dever. Também participam, ao nível da consulta, os que usufruem da acção do ISEC, nomeadamente, elementos dos meios profissionais, comunidade científica, antigos alunos, empregadores, utentes de serviços e parceiros institucionais.

A avaliação externa complementa o processo interno de auto-avaliação, acrescentando-lhe a mais-valia do julgamento da comunidade académica nacional e internacional.

5. APOIO À PROMOÇÃO DO SUCESSO ESCOLAR

O ISEC implementou algumas medidas de apoio à promoção do sucesso escolar dos estudantes, especialmente nos cursos de 1º ciclo, que descrevemos de seguida:

. Incentivar os alunos a optar pelo regime de avaliação contínua; . Aumento do número de trabalhos práticos no processo de avaliação;

. Implementação de inquéritos aos alunos e docentes de avaliação do funcionamento das unidades curriculares;

. Aconselhamento na escolha de métodos de estudo; . Incentivo à autonomia;

. Organização de visitas de estudo;

. Valorização, prevista nas normas de frequência e avaliação, da componente de assiduidade/participação;

. Progressiva implementação de prémios de mérito académico aos estudantes que obtenham melhor aproveitamento escolar, prevista nos novos estatutos do ISEC;

. Aumento do número de protocolos com instituições profissionais da área dos cursos, e outras, para efeitos de estágios, quando é o caso;

. Envolver os alunos em iniciativas abertas à comunidade promovidas pelos coordenadores/docentes no âmbito dos cursos em que se inserem;

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. Introdução de horas de acompanhamento/aconselhamento por docentes e pelas coordenações, para fomentar o estudo regular das matérias e esclarecimentos de dúvidas; . Correcção dos testes escritos como momentos de aprendizagem;

. Organização de conferências e encontros no ISEC, e em instituições ou entidades parceiras, entre alunos, docentes, e profissionais da área;

. Disponibilização de rede internet sem fios em todo o campus do ISEC;

. Implementação de base de dados que permite cruzar as referências bibliográficas indicadas na ficha de unidade curricular com os livros existentes na Biblioteca do ISEC; . Criação e consulta em linha das fichas de unidade curricular de todos os cursos no ISEC; . Estabelecimento de novas parcerias com empresas e Associações nacionais com vista à divulgação/difusão de trabalhos dos alunos; a título de exemplo, destaca-se o protocolo estabelecido com a Design é Preciso que permitiu a realização de inúmeros trabalhos e cuja principal vantagem se consubstancia na possibilidade de implementação dos projectos e sua ulterior gestão.

O ISEC tem implementado com sucesso, e com maior incidência desde 2009/2010, uma plataforma de e-learning (Moodle), de uso fácil e intuitivo. Esta plataforma oferece um conjunto de recursos pedagógicos muito importantes e facilitadores do contacto, que se pretende permanente, entre docentes e alunos. Para este efeito, e desde então, são realizadas todos os anos acções de formação para docentes e alunos no sentido de os tornar utilizadores autónomos e eficazes do Moodle.

Em 2010/2011 continuou à semelhança do que tem sido recorrente nos anos lectivos anteriores um forte aumento do uso deste recurso educacional. Em muitas das Unidades Curriculares das Licenciaturas e Mestrados em funcionamento, a documentação suporte das aulas, a bibliografia, as propostas de trabalhos, etc., foram colocados antecipadamente na plataforma. Este recurso foi também usado pelos alunos como via de acesso aos docentes, quer em tempo real (em horário pré-definido) quer em regime de acesso remoto, possibilitando, troca de informações, esclarecimento de dúvidas, acompanhamento tutorial, etc. Neste último ano, incluiu-se como recurso a plataforma de preenchimento de sumários online e de lançamento de classificações finais.

6. Creditação de Competências Académicas e Profissionais

As novas competências atribuídas às instituições de ensino superior à luz do pacote legislativo português inerente à implementação do processo de Bolonha coloca-lhes um desafio que é efectivamente novo, uma vez que toda a prática anterior, em matéria de equivalências, se orientou por uma estreita comparação linear de conteúdos programáticos, não havendo uma prática consolidada de creditação de competências

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designadamente as adquiridas pela via de experiência profissional.

Por um lado o reconhecimento, creditação e validação de competências adquiridas por via formal pretende substituir o anterior sistema de equivalências no ensino superior. Por outro lado, o reconhecimento, creditação e validação de competências adquiridas por vias não formais de aprendizagem passa a ser uma realidade com a implementação da Declaração de Bolonha.

Relativamente à validação e creditação da formação e experiência prévia do indivíduo a Declaração de Bolonha parte de dois princípios de referência:

Significado de um grau ou diploma – Um grau ou diploma de ensino superior exprime um

conjunto de conhecimentos, competências e capacidades tendo como função essencial dar a conhecer à sociedade que o seu detentor possui, no mínimo, todos eles;

Diversidade de processos de aquisição – Os conhecimentos, competências e capacidades

valem por si, independentemente da forma como são adquiridos.

Assim, no ensino superior, o processo da validação e creditação da formação e experiência anterior do indivíduo é uma obrigação traduzida na ideia de que a educação e a formação têm um carácter permanente, estendendo-se por todo o percurso de vida de cada um.

Por via da legislação inerente à implementação do Processo de Bolonha, as instituições de ensino superior passaram a ter, para além da capacidade de conferir graus e diplomas, a capacidade para reconhecer conhecimentos e competências adquiridas na vida pessoal e profissional dos cidadãos, validando-os e creditando-as para efeitos de prosseguimento de estudos, visando a obtenção de novos graus e diplomas.

Com base nos pressupostos explanados no Regulamento de Creditação de Competências Académicas e Profissionais, publicado no ISEC em 2010 / 2011, foram analisados no seio do Conselho Científico do Departamento, vários processos de alunos que solicitaram a creditação de competências, o que contribui para um retorno de novo à

Escola, promovendo o incremento de qualificações e/ou a requalificação numa polulação

disitnta da população “tradicional” dos estudantes do ensino superior.

7. APOIO

AO

DESENVOLVIMENTO

DE

COMPETÊNCIAS

EXTRACURRICULARES

Com o objectivo de permitir o desenvolvimento de competências extracurriculares, foram criadas e apoiadas diversas iniciativas, das quais se destacam:

. Incentivo e apoio logístico à organização de actividades de iniciativa dos alunos;

. Realização de jornadas no âmbito de cada curso, designadamente durante a semana académica (semana da festa do ISEC);

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. Estímulo à frequência de programas de internacionalização do ensino (programa Erasmus);

. Incentivo à participação dos alunos em conferências, encontros e palestras; . Participação de alunos do ISEC nas maiores feiras de emprego do país; . Promoção de visitas de estudo.

Em 2010/2011 o ISEC esteve presente, à semelhança dos anos anteriores em Feiras e Eventos nacionais onde foram divulgadas as suas ofertas formativas. Estivemos ainda presentes em várias feiras de formação e emprego realizadas ao nível das autarquias e de escolas do ensino secundário. Estas actividades de difusão/divulgação dos cursos do ISEC contam anualmente com a participação de alunos (e de ex-alunos) que procuram contribuir com o seu testemunho na promoção da nossa oferta formativa. Tais iniciativas permitem o desenvolvimento de várias competências (trabalho em equipa, projecto, liderança, etc.), e devem actuar como factores de motivação adicional dos alunos.

8. ESTÍMULO À INSERÇÃO NA VIDA ACTIVA E À MOBILIDADE

Para estimular a inserção na vida activa dos seus diplomados e alunos, o ISEC dispõe de um Gabinete de Inserção Profissional para atendimento e aconselhamento dos interessados. Para além da actividade regular do gabinete, são de realçar as seguintes medidas:

. Incentivo à prossecução de estudos de pós-graduação de natureza profissionalizante;

. Aconselhamento dos estudantes na preparação dos respectivos curricula vitae; . Estabelecimento de protocolos com empresas do sector de actividade da área dos cursos do ISEC, para efeitos de estágios, projectos, e teses.

. Propor a implementação de inquéritos de empregabilidade, para cada curso do ISEC, a realizar pelo Gabinete de Inserção Profissional;

O ISEC prosseguiu a sua política de estímulo à mobilidade de estudantes e professores do ISEC nomeadamente através da aplicação da Carta Universitária

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9. CONCLUSÃO

O presente relatório tem por objectivo a divulgação, nos termos do Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho, das alterações efectuadas no ISEC em geral e na UCP de Ciências da Educação em particular, no período 2009 a 2011 resultantes da implementação do processo de Bolonha.

Os indicadores apresentados, bem como a evolução global verificada no ISEC, permitem verificar que, no que se refere à adequação formal às normas e princípios preconizados na Declaração de Bolonha, o ano lectivo de 2007/2008 pode já ser classificado como um ano de funcionamento pleno da declaração de Bolonha em todas as Unidades Científico-Pedagógicas. Em 2006/2008 ficou concluído o processo de submissão à DGES de todos os processos de adequação de cursos de licenciatura anteriormente existentes na instituição, tendo ainda sido criados um conjunto significativo de novos cursos de Licenciatura (1º ciclo) e Mestrado (2º ciclo). Em 2009/ 2010 mantivemos esses desenvolvimentos com a criação de novas ofertas formativas adaptadas ao Processo de Bolonha e consolidaram-se novas práticas metodológicas de ensino-aprendizagem. Estes aspectos em muito contribuíram para fortificar o projecto educativo da instituição e a adequação plena das suas áreas de formação ao modelo de formação sequencial preconizada pela Declaração de Bolonha.

Resumidamente podemos dizer que a transição para o modelo de Bolonha no período 2006-2009 permitiu introduzir um conjunto de alterações significativas e positivas, mas tem colocado algumas dificuldades.

Alguns pontos fortes:

. Adequação de toda a oferta de cursos à organização de Bolonha; . Adopção total do sistema europeu de créditos curriculares ECTS;

. Objectivos dos cursos definidos em função das competências a adquirir pelos alunos; . Implementação do suplemento ao diploma;

. Maior interacção entre o ISEC e as organizações do seu meio envolvente; . Possibilidade do reconhecimento de competências académicas e profissionais; . Maior mobilidade de estudantes.

Alguns pontos fracos:

. Dificuldade de adaptação do novo modelo de organização aos estudantes-trabalhadores; . Dificuldade de interiorização, por parte de muitos alunos, da necessidade de maior autonomia no trabalho;

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A definição clara dos objectivos para cada ciclo de estudos e de cada unidade curricular, na perspectiva das competências a adquirir, bem como a adequação dos processos de ensino/aprendizagem, transição de um sistema de ensino baseado na transmissão de conhecimentos para um processo baseado no desenvolvimento de competências, são tarefas muito complexas e que exigem reflexão constante. No ISEC continuaremos empenhados em melhorar diariamente a qualidade do processo ensino e de aprendizagem.

Referências

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