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COMUNICADO TÉCNICO IBRACON Nº XX/2012. Relatórios de sustentabilidade emitidos por auditores independentes INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

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COMUNICADO TÉCNICO IBRACON Nº XX/2012

Relatórios de sustentabilidade emitidos por auditores independentes

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

Nos últimos anos tem havido evolução dos conceitos econômicos, sociais e ambientais para fins de divulgação de informações sobre sustentabilidade e responsabilidade social. Além disso, pelo próprio desenvolvimento do mercado de capitais e das boas práticas de governança corporativa, várias entidades têm se posicionado no sentido de agregar à divulgação das suas demonstrações contábeis, informações de natureza ambiental e social enfatizando programas, ações e iniciativas internas com vistas a preservar o meio ambiente e proporcionar maior justiça social. Este Comunicado Técnico (CT) tem por finalidade de alinhar as normas e procedimentos a serem adotados pelos auditores, bem como uniformizar os modelos de relatórios a serem emitidos.

Antecedentes

O conceito de sustentabilidade nasceu na década de 80 com críticas da Organização das Nações Unidas - ONU sobre o comportamento predatório de desenvolvimento econômico adotado pelos países desenvolvidos que se mostravam incapazes em manter o progresso em todo o planeta e de, no longo prazo, partilhá-lo com os países em desenvolvimento. Nascia, assim, o conceito de desenvolvimento sustentável ou sustentabilidade. A idéia se popularizou nas conferências do Rio de Janeiro, a Eco Rio 92, e de Johanesburgo em 2002. Desde então, o debate sobre desenvolvimento sustentável está presente na sociedade civil, governos, empresas, organismos internacionais, ONGs, entre outros.

O Banco Mundial e o International Finance Corporation (IFC), em pesquisas, constataram que é cada vez maior a preocupação das empresas multinacionais com questões relacionadas à responsabilidade social corporativa. As negociações internacionais também avançam nesse sentido. Convenções como a da "Biodiversidade, a do Clima e da emissão de gás carbônico" - o Protocolo de Kyoto - são uma realidade para a União Européia, Canadá e a maioria das nações emergentes, como Brasil, China e Índia.

Características dos relatórios de sustentabilidade

Os relatórios de sustentabilidade envolvem diversos objetos suscetíveis à análise, bem como diversos padrões e uma extensa variedade de abordagem a serem consideradas para fins de reporte.

Um dos critérios de avaliação mais conhecidos e aplicáveis aos relatórios de sustentabilidade é o GRI – Global Reporting Initiative, cuja principal proposta é desenvolver e disseminar globalmente diretrizes para a elaboração de relatórios de sustentabilidade (Sustainability Reporting Guidelines), para uso voluntário por organizações que queiram relatar as dimensões econômicas, sociais e ambientais de suas atividades, produtos e serviços. O GRI é reconhecido como uma base geralmente aceita para preparação dos relatórios de sustentabilidade, porém, podem existir outros critérios de avaliação, como por exemplo, o Código de Conduta Global (OCDE), Balanço Social Ibase, etc.

As diretrizes do GRI descrevem que os relatórios de sustentabilidade como uma prática de mensuração e divulgação do ambiente organizacional, impactos econômicos e sociais de forma que tais informações sejam apresentadas para usuários internos e externos para demonstrar a o desempenho organizacional em direção às suas metas de desenvolvimento sustentável. As diretrizes também descrevem que um dos objetivos de um desenvolvimento sustentável é

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atender as necessidades do presente sem comprometer a habilidade que as gerações futuras terão para atingir as suas próprias necessidades.

Baseado nestas descrições, o alcance de um relatório de sustentabilidade pode ser bem amplo, pois, pode variar significativamente em relação à adequação do objeto, terminologia e nível de detalhes.

Na preparação das informações que tratem de sustentabilidade não existe um único instrumento ou estrutura conceitual (framework) que regule a preparação dessas informações ou que possa ser considerada a “melhor” alternativa para as entidades. Na prática observa-se que as entidades têm utilizado a estrutura conceitual (framework) que melhor atende suas necessidades, considerando o seu nível de maturidade à frente dos temas relacionados.

Propósito dos relatórios de sustentabilidade

Os relatórios de sustentabilidade são preparados pelas empresas por razões diversas. Em alguns casos, os relatórios de sustentabilidade são preparados em determinados países para satisfazer requerimentos regulatórios e em outras situações tais relatórios são apresentados de forma voluntária para proporcionar informações para determinados usuários previstos.

Natureza e tipo de informações apresentadas nos relatórios de sustentabilidade

Os relatórios de sustentabilidade possuem as seguintes características, as quais diferem de uma demonstração contábil ou outras informações financeiras históricas e que afetam a forma pela qual os trabalhos de asseguração são executados:

 Os relatórios de sustentabilidade são geralmente direcionados para um grupo mais amplo e heterogêneo de usuários do que os usuários previstos de demonstrações contábeis.

 Os relatórios de sustentabilidade geralmente incluem informações qualitativas.

 Informações qualitativas em relatórios de sustentabilidade (ex. divulgações de políticas e gerenciamento) são geralmente relevantes para uma ampla gama de usuários. A

determinação da relevância para o propósito de proporcionar asseguração em tais informações requer um entendimento das necessidades de informações dos usuários e a aplicação de julgamento profissional.

 As informações quantitativas divulgadas em relatórios de sustentabilidade geralmente não sãos mensurada em unidade monetária, mas em diversas unidades aplicáveis para cada indicador e que são mutuamente independentes. Por exemplo, indicadores de desempenho relacionados à emissão de dióxido de carbono não podem ser agregados com informações sobre recursos humanos.

 As informações quantitativas divulgadas em relatórios de sustentabilidade são usualmente derivadas de sistemas de informações não integrados com os sistemas contábeis das entidades.

 Em determinadas situações pode não existir sistemas de controles internos efetivos sobre as informações incluídas nos relatórios de sustentabilidade. Em alguns casos, os sistemas de informação são menos desenvolvidos do que aqueles existentes para a geração de

informações financeiras e, consequentemente, a informação fornecida pode não ser tão confiável no que se refere à sua integridade e precisão.

 As informações relevantes para os relatórios de sustentabilidade podem ser obtidas de outras áreas ou entidades sobre as quais a entidade que reporta possui diferentes níveis de

influência, como por exemplo, informações referentes a empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e de fornecedores.

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O IAASB International Framework for Assurance Engagements reconhece que os objetos de um trabalho de asseguração podem tomar várias formas, como por exemplo:

 Desempenho e condições financeiras, como por exemplo, informações financeiras históricas e prospectivas.

 Desempenho e condições não financeiras, como por exemplo, informações relacionadas à eficácia e efetividade das ações.

 Características físicas, como a capacidade de produção, por exemplo.  Sistemas e processos da entidade.

 Ações relacionadas à governança corporativa, conformidade com lei e regulamentos e práticas relacionadas a recursos humanos.

As avaliações quanto ao desenho e efetividade operacional dos controles internos relacionados às informações não financeiras incluídas nos relatórios de sustentabilidade são executadas somente na extensão necessária para o auditor independente obter evidência apropriada e suficiente para suportar a sua conclusão sobre tais informações não financeiras.

Envolvimento dos auditores independentes com os relatórios de sustentabilidade A asseguração em relatórios de sustentabilidade pode ser fornecida por outros auditores independentes que não são necessariamente os responsáveis pela auditoria das demonstrações financeiras da entidade.

Além disso, a evolução constante no nível de divulgação apresentado nos relatórios de sustentabilidade, a falta de obrigação quanto à sua divulgação, bem como de critérios para preparação de tais relatórios faz com que a natureza e a extensão do envolvimento dos auditores independentes variem significantemente. Muitas vezes as organizações podem determinar o alcance e o nível de asseguração, assim como o tipo de relatório a ser emitido.

Conforme descrito no capítulo seguinte, o Ibracon entende que os trabalhos de asseguração sobre os relatórios de sustentabilidade devem ser feitos de acordo com a NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade- CFC e com a ISAE 3000 - International Standard on Assurance Engagements, emitida pelo International Auditing and Assurance Standards Board.- IASB, ambas para trabalhos de asseguração que não sejam de auditoria ou de revisão de informações financeiras históricas.

SOBRE A NBC TO 3000 – TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO DIFERENTE DE AUDITORIA E REVISÃO

O objetivo da NBC TO 3000 é estabelecer princípios básicos e procedimentos essenciais, além de fornecer orientação aos auditores independentes, para a realização de trabalhos de asseguração (também conhecidos como trabalhos de “Assurance”) que não sejam de auditoria ou revisão de informações financeiras históricas. Ainda, de acordo com a NBC TO 3000, o auditor independente deve seguir o disposto nesta Norma, além de outras normas pertinentes, conforme aplicável, durante a realização de trabalho de asseguração, que não se constitua em auditoria nem em revisão limitada de informações financeiras históricas de que tratam as normas brasileiras e internacionais de auditoria ou de revisão. O auditor independente deve avaliar a adequação do objeto. Um objeto adequado tem as seguintes características:

(a) é identificável e passível de avaliação ou mensuração uniforme baseada em critérios identificados;

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(b) as informações sobre esse objeto podem ser submetidas aos procedimentos que proporcionem evidência suficiente e que permitam conclusão apropriada, quer se trate de Asseguração Razoável ou de Asseguração Limitada.

De acordo com o parágrafo 18 da NBC TO 3000, o auditor independente também deve identificar as características do objeto que são particularmente relevantes para os usuários previstos e que devem, ainda, estar descritas no relatório de asseguração. Conforme indicado no parágrafo 8 da NBC TO 3000, o auditor independente não pode aceitar trabalho de asseguração a menos que seu conhecimento preliminar das circunstâncias do trabalho indique que o objeto é apropriado. Entretanto, caso o auditor independente, após a aceitação do trabalho, chegue à conclusão de que o objeto não é apropriado, ele deve emitir uma conclusão com ressalvas ou adversa ou deve se abster de apresentar uma conclusão. Em alguns casos, ele avalia se deve retirar-se do trabalho.

Restrições profissionais

O auditor independente deve observar os requisitos do Código de Ética Profissional do Contabilista, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e as normas de independência profissional aplicáveis para trabalhos de asseguração, descritas na Parte B da NBC TO 3000.

ENTENDIMENTO DO IBRACON

A seguir são incluídas determinadas definições importantes sobre a natureza e estrutura dos trabalhos de asseguração. Baseado nessas definições, conforme descrito abaixo, o Ibracon entende que esses trabalhos devem ser conduzidos de acordo com a NBC TO 3000.

Estrutura para trabalhos de asseguração

O quadro abaixo resume a estrutura conceitual de trabalhos de asseguração, que são compreendidos pelas NBC TAs, NBC TRs, NBC TOs e NBC TSC, todas elas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Neste contexto, é importante diferenciar informações históricas, como por exemplo, as demonstrações contábeis ou financeiras de uma entidade e informações não históricas, como por exemplo, a estrutura de controle interno.

Em ambas as situações, históricas ou não históricas, podem-se efetuar trabalhos de asseguração, todavia, as normas do CFC estão estruturadas para atender os objetivos de:

(a) Auditoria (asseguração razoável) de informações históricas, por meio das NBC TAs (normas técnicas de auditoria);

(b) Revisão (asseguração limitada) de informações históricas, por meio das NBC TRs (normas técnicas de revisão); e

(c) Trabalhos de asseguração que não sejam de auditoria ou de revisão de informações históricas, por meio das NBC TO (normas técnicas para trabalhos de asseguração).

Tipo do trabalho Auditoria de

informações

Revisão de

informações

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financeiras históricas financeiras históricas asseguração Descrição Demonstrações financeiras

preparadas para fins gerais (NBC TA 200 até 699) e demonstrações financeiras para propósitos especiais (NBC TA 800) e quadros isolados das demonstrações financeiras e de elementos, contas ou itens específicos das demonstrações financeiras (NBC TA 805). Revisão de Informações Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade. (NBC TR 2410) e trabalhos de revisão de demonstrações contábeis (NBC TR 2400), quando este não é o auditor da entidade. Trabalhos de asseguração (“assurance”) que não sejam de auditoria ou revisão de informações financeiras históricas, que não estão sujeitas a normas específicas. Pronunciamentos relacionados à execução dos trabalhos NBC TAs 200 até 699 e a orientações na NBC TA 800 sobre adaptações específicas NBC TR 2400 e NBC TR 2410 NBC TO 3000 Pronunciamentos relacionados ao relatório do auditor NBC TAs 700, 705, 706 e 710, além de orientações na NBC TA 800 sobre adaptações específicas NBC TR 2400 e NBC TR 2410 NBC TO 3000

RELATÓRIOS DOS AUDITORES INDEPENDENTES PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

A NBC TO 3000 não exige que relatórios de trabalhos de asseguração tenham formato-padrão. Em vez disso, identifica, no parágrafo 49 da referida norma, os elementos básicos que o relatório de asseguração deve incluir. O auditor independente e a administração devem concordar sobre qual o tipo de relatório de asseguração será emitido, se o relatório na “forma curta” ou na “forma longa”.. Os relatórios em “forma curta” costumam incluir apenas os elementos básicos, enquanto em “forma longa” podem descrever em detalhe os termos do trabalho, os critérios utilizados, as constatações em relação a aspectos particulares do trabalho e, em alguns casos, as recomendações, assim como os elementos básicos. Quaisquer constatações e recomendações do auditor independente devem ser claramente separadas da sua conclusão

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sobre as informações relativas ao objeto, e sua redação deve deixar claro que não existe intenção em afetar a sua conclusão.

ORIENTAÇÕES AOS AUDITORES INDEPENDENTES

O auditor independente, na qualidade de contratado para emitir relatório sobre informações de sustentabilidade deve atentar para os seguintes requisitos:

(a) Todo relatório sobre sustentabilidade deverá ser emitido com base na NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão;

(b) A emissão de relatórios do tipo “Procedimentos Previamente Acordados (PPA)” para temas de sustentabilidade não atende aos requerimentos técnicos e nem tampouco à demanda do mercado que requer uma asseguração (assurance) sobre as informações relacionadas com esses temas. Vale ressaltar que de acordo com a estrutura conceitual da IFAC - International Federation of Accountants, que foi implementada no Brasil, os trabalhos de Procedimentos Previamente Acordados (NBC TSC 4400) compreendem trabalhos correlatos, mas não estão enquadrados na estrutura de trabalhos de Asseguração;

(c) As informações sobre sustentabilidade, via de regra, apresentam aspectos quantitativos e qualitativos. Em relação às informações quantitativas é esperado que o auditor independente seja capaz de comprová-las. Quanto às qualitativas nem sempre podem ser atestadas pelo auditor independente, pois muitas vezes são subjetivas. (d) O assunto em questão é de grande amplitude e apresenta como característica, a

subjetividade no contexto de definições e de resultados. Assim, os conceitos de relevância do trabalho de asseguração, na extensão dos trabalhos desenvolvidos, devem ser abordados com maior atenção;

(e) Os trabalhos desenvolvidos pelas firmas de auditoria sobre sustentabilidade geralmente contam com a participação relevante de especialistas dessas firmas de auditoria. A documentação deve capacitar a reexecuçao dos procedimentos e o entendimento sobre a adequação e a definição de amostras para os testes executados, bem como o necessário controle de qualidade sobre o trabalho efetuado.

(f) O relatório de asseguração a ser emitido pelo auditor independente deverá divulgar a estrutura conceitual (“framework”) e os critérios utilizados na preparação das informações pela entidade, conforme descrito no item “Principais estruturas conceituais”.

(g) Deve-se atentar para o nível de asseguração a ser fornecido a tais informações: a razoável (emissão de relatório na forma positiva) e a limitada (emissão de relatório na forma negativa). Exemplos de relatórios para asseguração razoável e asseguração limitada são apresentados nos Anexos I e II deste CT.;

(h) Em razão da falta de uniformidade na preparação de informações relacionadas com o tema tratado neste CT e por serem caracterizadas por uma grande quantidade de seções, geralmente elaboradas por pessoas ou departamentos diferentes, tem sido

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comum a menção de opiniões e afirmações subjetivas a respeito do assunto. Assim sendo, nessas situações, o auditor independente deverá atentar para os aspectos que não fizeram parte do alcance de seus trabalhos, de forma a não associar o seu nome a tais aspectos.

DISTINÇÃO ENTRE OS TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL E

OS TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO LIMITADA

A NBC TO 3000 utiliza os termos “trabalho de Asseguração Razoável” e “trabalho de Asseguração Limitada” para diferenciar dois tipos de trabalho de asseguração que o auditor independente pode realizar. O objetivo de trabalho de Asseguração Razoável é reduzir o risco do trabalho a um nível aceitavelmente baixo, considerando as circunstâncias do trabalho, para que possa servir de base para que o auditor independente emita sua conclusão na forma positiva. O objetivo de trabalho de Asseguração Limitada é reduzir o risco do trabalho a um nível aceitável nas circunstâncias, porém em um nível maior de risco do que em trabalho de Asseguração Razoável, para dar suporte à conclusão do auditor independente na forma negativa, ou seja, o auditor independente conclui que não tem conhecimento de nenhuma modificação relevante que deva ser feita nas informações sujeitas à Asseguração Limitada.

Em trabalhos de Asseguração Razoável, a conclusão deve ser emitida na forma positiva. Exemplo: “Em nossa opinião, os controles internos são eficazes, em todos os seus aspectos relevantes, de acordo com os critérios XYZ” ou: “Em nossa opinião, a afirmação da parte responsável de que os controles internos são eficazes, em todos os seus aspectos relevantes, de acordo com os critérios XYZ, é adequada”.

Em trabalhos de Asseguração Limitada, a conclusão deve ser emitida na forma negativa. Exemplo: “Com base em nosso trabalho, descrito neste relatório, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que os controles internos não são eficazes, em todos os seus aspectos relevantes, de acordo com os critérios XYZ”, ou “Com base em nosso trabalho, descrito neste relatório, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que a afirmação do responsável de que os controles internos são eficazes, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os critérios XYZ” não é adequada.

ESTRUTURA SUGERIDA PARA O RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO

CONFORME PREVISTO NA NBC TO 3000

Os relatórios de asseguração são emitidos utilizando como referência os elementos básicos relacionados na NBC TO 3000 – Trabalho de asseguração diferente de auditoria e revisão, uma vez que a presente norma não exige que relatórios de asseguração tenham formato-padrão. O objetivo desta norma é estabelecer princípios básicos e procedimentos essenciais, além de fornecer orientação aos auditores independentes, para a realização de trabalhos de asseguração (também conhecidos pelos profissionais da área como trabalhos de “Assurance”) que não sejam de auditoria ou revisão de informações financeiras históricas, que estão sujeitos a normas específicas

Demonstramos abaixo resumidamente os elementos básicos citados na referida norma: (a) Título

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(b) Destinatário

(c) Identificação do objeto e descrição das informações sobre esse objeto, quando apropriado, o que inclui, por exemplo:

(i) data-base ou período a que a avaliação ou a mensuração do objeto se refere; (ii) se for o caso, nome da entidade, ou parte dela, à qual o objeto se refere; e

(iii) explicação das características do objeto ou das informações sobre esse objeto que os usuários previstos devem tomar conhecimento.

(d) Identificação dos critérios:

(i) a fonte dos critérios e se eles decorrem ou relacionam-se a leis ou regulamentos ou foram emitidos por órgãos especializados ou reconhecidos, de acordo com processo correto e transparente, ou seja, se são critérios estabelecidos no contexto do objeto (e, caso contrário, descrever por que são considerados adequados);

(ii) os métodos de mensuração utilizados sempre que os critérios permitam optar entre vários métodos;

(iii) quaisquer interpretações significativas realizadas para a aplicação dos critérios, de acordo com as circunstâncias do trabalho; e

(iv) se houve qualquer mudança nos métodos de mensuração utilizados. (e) referência explícita no relatório de asseguração.

(f) Quando os critérios utilizados para avaliar ou medir o objeto são disponibilizados somente aos usuários previstos específicos ou são relevantes apenas para uma finalidade específica, deve-se incluir declaração restringindo o uso do relatório de asseguração a esses usuários ou para essa finalidade.

(g) Declaração identificando a parte responsável e descrevendo as responsabilidades desta e do auditor independente serve para informar aos usuários previstos que a parte responsável assumiu a responsabilidade pelo objeto.

(h) Declaração de que o trabalho foi realizado de acordo com a presente norma. Se houver outra norma aplicável, pode ser necessário fazer referência direta a ela no relatório de asseguração.

Resumo do trabalho realizado

(j) Conclusão do auditor independente. A data do relatório de asseguração.

(l) O nome da firma e do auditor independente responsável técnico, os números de seus respectivos registros profissionais e o local de emissão do relatório, normalmente a cidade em que fica o escritório do auditor independente responsável pelo trabalho, para informar aos

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usuários previstos sobre quem é a pessoa e a firma que assume a responsabilidade pelo trabalho.

MODELO SUGERIDO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO (RAZOÁVEL E

LIMITADA)

Com a finalidade de auxiliar os auditores independentes na elaboração de relatório nas situações previstas nesta norma, os seguintes modelos sugeridos estão apresentados nos Anexos I e II.

DATA DE VIGÊNCIA

O presente CT aplica-se a trabalhos que se encerrarem a partir de 1º de janeiro de 2012.

São Paulo, xx de xxxx de 2012.

Eduardo Augusto Rocha Pocetti

Idésioda

Coelho

Júnior

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COMUNICADO TÉCNICO Nº__ Anexo I

Relatório de Asseguração Razoável dos Auditores Independentes

Ao

Conselho de Administração, Aos Acionistas da Cia ABC

Cidade - estado Introdução

Fomos contratados com o objetivo de aplicar procedimentos de asseguração razoável sobre o Relatório Anual (especificar o nome do relatório) 20X1 da Cia ABC, relativo ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X1, elaborado sob a responsabilidade da Cia ABC. Nossa responsabilidade é a de emitir um Relatório de Asseguração Razoável sobre esse Relatório de Anual.

Procedimentos aplicados

Os procedimentos de asseguração razoável foram realizados de acordo com a Norma NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade- CFC e com a ISAE 3000 - International Standard on Assurance Engagements, emitida pelo International Auditing and Assurance Standards Board.- IASB, ambas para trabalhos de asseguração que não sejam de auditoria ou de revisão de informações financeiras históricas.

Os procedimentos de asseguração razoável compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância, coerência, o volume de informações quantitativas e qualitativas e os sistemas operacionais e de controles internos que serviram de base para a elaboração do Relatório Anual 20X1 da Cia ABC; (b) o entendimento da metodologia de cálculos e dos procedimentos para a consolidação dos indicadores através de entrevistas com os gestores responsáveis pela elaboração das informações; (c) confronto, em base de amostragem, das informações quantitativas e qualitativas com os indicadores divulgados no Relatório Anual 20X1 da Cia ABC; e (d) confronto dos indicadores de natureza financeira com as demonstrações contábeis e/ou registros contábeis. Os trabalhos de asseguração compreenderam, também, a análise de aderência às diretrizes da Global Reporting Inititative (GRI-G3.1) para relatórios com Nível de Aplicação X.

Critérios de elaboração das informações

As informações do Relatório Anual 20X1 da Cia ABC foram elaboradas de acordo com as diretrizes para relatórios de sustentabilidade da GRI-G3.1.

Alcance e limitações

Nosso trabalho teve como objetivo a aplicação de procedimentos de asseguração razoável sobre as informações de sustentabilidade divulgadas no Relatório Anual 20X1 da Cia ABC, nos itens de perfil (informações que fornecem o contexto geral para a compreensão do desempenho

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organizacional, incluindo sua estratégia, perfil e governança), na forma de gestão e nos indicadores de desempenho em sustentabilidade da Cia ABC, não incluindo a avaliação da adequação das suas políticas, práticas e desempenho em sustentabilidade.

Os procedimentos aplicados não representam um exame de acordo com as normas de auditoria das demonstrações contábeis. Adicionalmente, nosso relatório não proporciona nenhum tipo de asseguração sobre o alcance de informações futuras (como por exemplo: metas, expectativas, estratégias e projeções) e informações descritivas que são sujeitas a avaliação subjetiva.

Nível de Aplicação GRI – G3.1

Seguindo as orientações das diretrizes GRI-G3, a Cia ABC declara um Nível de Aplicação A+ em seu Relatório Anual 20X1, relativo às informações de sustentabilidade para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X1.

A Cia ABC reportou os itens de perfil, os indicadores de desempenho, indicadores essenciais e os indicadores adicionais relevantes para a Organização e os indicadores do Suplemento Setorial (se houver) , como por exemplo, o Suplemento Setorial de Energia Elétrica (Electric Utility Sector Supplement)[adaptar conforme apropriado]. Dessa forma, os procedimentos aplicados foram considerados suficientes para nos certificarmos que o nível de aplicação declarado pela Cia ABC está em conformidade com as orientações das diretrizes GRI-G3.1.

Conclusão

Em nossa opinião, as informações de sustentabilidade divulgadas no Relatório Anual 20X1, relativo ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X1, estão apresentadas adequadamente, em todos os seus aspectos relevantes, de acordo com as orientações das diretrizes GRI-G3.1 e com os registros e arquivos que serviram de base para a sua preparação.

Cidade, xx de xxxxx de 20X2. XXXXXX Auditores Independentes CRC XXX CRC XXX Sócio

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COMUNICADO TÉCNICO Nº__ Anexo II

Relatório de Asseguração Limitada dos Auditores Independentes

Ao

Conselho de Administração, Aos Acionistas da Cia ABC

Cidade - estado Introdução

Fomos contratados com o objetivo de aplicar procedimentos de asseguração limitada sobre o Relatório Anual 20X1 da Cia ABC, relativo ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X1, elaborado sob a responsabilidade da Cia ABC. Nossa responsabilidade é a de emitir um Relatório de Asseguração Limitada sobre esse Relatório de Anual.

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Os procedimentos de asseguração limitada foram realizados de acordo com a Norma NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade- CFC e com a ISAE 3000 - International Standard on Assurance Engagements, emitida pelo International Auditing and Assurance Standards Board- IASB, ambas para trabalhos de asseguração que não sejam de auditoria ou de revisão de informações financeiras históricas.

Os procedimentos de asseguração limitada compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância, coerência, o volume de informações quantitativas e qualitativas e os sistemas operacionais e de controles internos que serviram de base para a elaboração do Relatório Anual 20X1 da Cia ABC; (b) o entendimento da metodologia de cálculos e dos procedimentos para a consolidação dos indicadores através de entrevistas com os gestores responsáveis pela elaboração das informações; (c) confronto, em base de amostragem, das informações quantitativas e qualitativas com os indicadores divulgados no Relatório Anual 20X1 da Cia ABC; e (d) confronto dos indicadores de natureza financeira com as demonstrações contábeis e/ou registros contábeis. Os trabalhos de asseguração compreenderam, também, a análise de aderência às diretrizes da Global Reporting Inititative (GRI-G3.1) para relatórios com Nível de Aplicação X.

Critérios de elaboração das informações

As informações do Relatório Anual 20X1 da Cia ABC foram elaboradas de acordo com as diretrizes para relatórios de sustentabilidade da Global Reporting Initiative (GRI G3.1).

Alcance e limitações

Nosso trabalho teve como objetivo a aplicação de procedimentos de asseguração limitada sobre as informações de sustentabilidade divulgadas no Relatório Anual 20X1 da Cia ABC, nos itens de perfil (informações que fornecem o contexto geral para a compreensão do desempenho organizacional, incluindo sua estratégia, perfil e governança), na forma de gestão e nos indicadores de desempenho em sustentabilidade da Cia ABC, não incluindo a avaliação da adequação das suas políticas, práticas e desempenho em sustentabilidade.

Os procedimentos aplicados não representam um exame de acordo com as normas de auditoria das demonstrações contábeis. Adicionalmente, nosso relatório não proporciona nenhum tipo de asseguração sobre o alcance de informações futuras (como por exemplo: metas, expectativas, estratégias e projeções) e informações descritivas que são sujeitas a avaliação subjetiva.

Nível de Aplicação GRI – G3.1

Seguindo as orientações das diretrizes GRI-G3.1, a Cia ABC declara um Nível de Aplicação X+ em seu Relatório Anual 20X1, relativo às informações de sustentabilidade para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X1.

A Cia ABC reportou os itens de perfil, os indicadores de desempenho, indicadores essenciais e os indicadores adicionais relevantes para a Organização e os indicadores do Suplemento Setorial (se houver), como, por exemplo, o Suplemento Setorial de Energia Elétrica (Electric Utility Sector Supplement). Dessa forma, os procedimentos aplicados foram considerados suficientes para nos certificarmos que o nível de aplicação declarado pela Cia ABC está em conformidade com as orientações das diretrizes GRI-G3.1.

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Conclusão

Com base em nosso trabalho, descrito neste relatório, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as informações de sustentabilidade divulgadas no Relatório Anual 20X1 da Cia ABC, relativo ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X1, não estão apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, de acordo com as diretrizes GRI-G3.1 e com os registros e arquivos que serviram de base para a sua preparação.

Cidade, xx de xxxxx de 20X2. XXXXXX Auditores Independentes CRC XXX CRC XXX Sócio

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