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Utilização do Ambiente virtual de aprendizagem TelEduc para a aprendizagem de línguas estrangeiras Girlene Medeiros (2013)

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Utilização do Ambiente virtual de aprendizagem TelEduc para a aprendizagem de línguas estrangeiras

Girlene Medeiros (2013)

Questionamentos que devem ser enfrentados

1. Como você descreveria esse ambiente ou ferramenta? Ele é voltado para o ensino/aprendizagem de qual língua?

O TelEduc é um Learning Management System (LMS), que conforme a definição de Maia (2011) “é uma plataforma que facilita a criação de um ambiente educacional baseado na Web, cujo objetivo é possibilitar a criação de ambientes nos quais haja um aprendizado real”.

De acordo com Maia e Mattar (2007) existem variações para a denominação Learning Management System (LMS), como: Course Management System (CMS), Learning Content Management System (LCMS), Managed Learning Environment (MLE), Learning Suport System (LSS), Learning Platform (LP) ou mesmo Learning Information Management System (LIMS). Ainda de acordo com Maia e Mattar (2007) em português, utilizam-se as denominações Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), plataformas virtuais ou ambientes virtuais.

Por ser uma plataforma que conta com ferramentas diversificadas, que possibilitam desde o armazenamento dos conteúdos à interação dos participantes, o TelEduc é adequado como suporte ao ensino e aprendizagem de segunda língua.

2. Quem o/a criou?

De acordo com Paiva (2010) o TelEduc foi desenvolvido no Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED) da Universidade Estadual de Campinas.

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3. A que tipo de público ele/a se destina? Que tipo de público efetivamente se beneficia dele/a?

Para Maia (2011) essa ferramenta deverá possibilitar a administração, o apoio pedagógico, a geração e a distribuição de conteúdo aos alunos, bem como uma interação entre todos os envolvidos no processo (alunos, professores, monitores, coordenação, suporte, entre outros), ou seja, a utilização de um LMS, como o TelEduc, beneficia todos os agentes do processo educativo.

4. Há alguma ideologia sendo veiculada intencionalmente que possa ser denunciada pela interface do ambiente/da ferramenta pura e simplesmente?

A ideologia vinculada na interface do ambiente TelEduc, identificada por mim, é a de que o aluno pode gerenciar a própria aprendizagem, se auto-organizando, o professor, nesse ambiente, não está no centro do processo de aprendizagem.

5. Qual é a sua função social (para quê o ambiente/a ferramenta foi criado/a)? Para atender a algum propósito específico? A que interesse(s) ele/a serve?

Para Filatro (2008) esses novos espaços virtuais são ambientes nos quais se dá a interação entre conteúdos, ferramentas e pessoas. Na página virtual do TelEduc

(http://www.teleduc.org.br/) afirmam que o TelEduc “foi concebido tendo como alvo o

processo de formação de professores para informática educativa, baseado na metodologia de formação contextualizada”.

6. Quais são os recursos interacionais que o ambiente/a ferramenta proporciona a seus usuários?

Na página virtual do TelEduc (http://www.teleduc.org.br/) é ressaltada a importância da interação na utilização desse AVA: “A intensa comunicação entre os participantes do curso e ampla visibilidade dos trabalhos desenvolvidos também são

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pontos importantes, por isso foi desenvolvido um amplo conjunto de ferramentas de comunicação como o Correio Eletrônico, Grupos de Discussão, Mural, Portfólio, Diário de Bordo, Bate-Papo etc., além de ferramentas de consulta às informações geradas em um curso como a ferramenta Intermap, Acessos, etc.”

7. Como cada um desses recursos viabiliza a função social do ambiente/da ferramenta?

Para Souza (2006) as listas de discussão ou grupos de discussão, no caso do TelEduc, constituem-se uma boa opção para promover a colaboração entre os participantes, especialmente, por apresentarem mais facilidades aos usuários. Para que a interação entre os participantes seja mantida nesse AVA estão disponíveis ferramentas como Bate-papo, denominado Chat em outros ambientes, e o e-mail. De acordo com Souza (2006) a troca de mensagens por sistemas de chat é também denominada de comunicação sincrônica, já que ocorre em tempo real, enquanto o e-mail é denominado comunicação assíncrona, já que, normalmente, existem intervalos entre as mensagens.

8. Considerando o fim a que se propõe, o ambiente/a ferramenta pode ser considerado eficiente?

Segundo Paiva (2010) o que determina a orientação epistemológica de um curso não é o AVA, mas o design de cada curso. Sendo assim, podem coexistir cursos no TelEduc onde o que prevalece é o armazenamento de conteúdos, como cursos onde o foco é uma aprendizagem colaborativa e contextualizada.

9. Em qual estágio do desenvolvimento da web (1.0 ou 2.0) o ambiente/a ferramenta está?

De acordo com Maia e Mattar (2007) a ideia de Web 2.0 é de que vários aplicativos que rodam em nossos computadores como editores de texto e planilhas,

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fiquem disponíveis na Web, sendo assim, o TelEduc pode ser considerado um ambiente 1.0 que pode agregar recursos e ferramentas da Web 2.0.

10. O ambiente/a ferramenta concorre para o desenvolvimento do letramento digital de seus usuários? De que forma?

Souza (2006) afirma que ambientes virtuais de aprendizagem podem favorecer a aprendizagem, constituindo-se como “excelentes espaços de aprendizagem, onde a socialização, o contexto e as interações permitem a construção significativa de referenciais particulares”, dessa forma, proporciona o contato com ferramentas, textos e suportes digitais diferenciados e estimula a busca pelo conhecimento disponível na Web.

11. Qual é a visão de língua dos criadores do ambiente ou dos usuários da ferramenta? Em outras palavras, qual conceito de língua eles têm?

A visão de língua vai depender do planejamento do curso a ser realizado, já que o TelEduc é apenas o ambiente de criação de cursos na Web.

12. Qual é a abordagem de ensino de língua que subjaz os recursos interacionais proporcionados pelo ambiente/pela ferramenta?

De acordo com Ewin and Miller (2002) na visão transformadora de ensino a comunicação é bidirecional, interativa e dinâmica, com ênfase na construção do conhecimento e não a recepção de informações. A interação possibilitada pelas ferramentas interativas do TelEduc favorecem essa visão transformadora de ensino, contrapondo-se à visão tradicional, onde, segundo Ewin and Miller (2002), a informática educativa é apenas um meio de comunicação de suporte transmissão do conhecimento.

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13. Considerando autonomia como a capacidade de se responsabilizar pela própria aprendizagem, o ambiente/a ferramenta facilita o desenvolvimento de autonomia por parte de seus usuários? Justifique sua resposta.

Segundo Palloff e Pratt (2004) os alunos virtuais pensam criticamente e reconhecem que o professor atua como facilitador do processo de aprendizagem on-line e que, eles próprios, são os responsáveis pelo sucesso na aquisição do conhecimento nessa modalidade. Sendo assim, o TelEduc pode auxiliar o aluno no gerenciamento de suas tarefas, de forma que o mesmo passa a ser o responsável por determinar o que e quando fazer. O TelEduc possui algumas ferramentas que facilitam a visualização das tarefas a serem realizadas, como a Agenda, onde o professor pode acrescentar os principais pontos da aula, e a opção de destacar, que aparece dois ícones amarelos (mãozinha e asterisco) direcionando o aluno para facilitar o acesso às tarefas propostas. Além disso, esse AVA, através das ferramentas interativas, proporciona a troca de conhecimentos e informações com outros participantes, socializando dúvidas e interesses.

14. Quais sugestões você teria a fazer aos construtores desse ambiente ou aos usuários dessa ferramenta para melhorar a navegabilidade, a visualização, a usabilidade e/ou a qualidade do conteúdo postado? Justifique sua resposta.

Sugiro a possibilidade de adaptar a plataforma do TelEduc para que fosse possível construir vários blocos de conteúdo, como no Moodle, dispensando a necessidade de realizar matrícula em cada disciplina (no caso de um curso extenso). A inclusão de um recurso que possibilitasse a visualização de participantes on-line (alunos, professores ou tutores) poderia facilitar e intensificar a interação entre os participantes. Da forma atual a ferramenta bate-papo é utilizada apenas quando há um chat agendado, porque não há como visualizar quem está on-line para iniciar uma conversa de forma espontânea.

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15. De que maneira a teoria da complexidade para o ensino e aprendizagem de línguas como L2 pode ser utilizada para avaliar o ambiente (ou ferramenta) escolhido/a?

Paiva in Braga (2007) enfatiza que das interações podem surgir experiências positivas e negativas, caracterizando o processo de aquisição de línguas como complexo, dinâmico e não linear, que apresenta características diversificadas e redundantes como um sistema complexo adaptativo. O TelEduc apresenta recursos que possibilitam o gerenciamento das interações entre os participantes, assim como a mediação do professor ou tutor para direcionar a aprendizagem, de forma que o foco não se perca, considerando as colocações dos alunos e fomentando a troca de conhecimentos e informações.

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Referências

BRAGA, J. C. F. Comunidades autônomas de aprendizagem on-line na perspectiva da complexidade. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de Minas Gerais. 2007. 207p.

EWIN, J. MILLER, D. A framework for evaluating computer supported collaborative learning. Educational Technology & Society, v. 5. n. 1. 2002. Available at:

http://www.ifets.info/journals/5_1/ewing.html. Acesso em 20 de fevereiro de 2013.

FILATRO, Andrea. Design Instrucional na prática. São Paulo: Pearson Educacion do Brasil, 2008.

MAIA, C. MATTAR, J. ABC da EaD. A educação a distância hoje. 1ª Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

MAIA, Marta de Campos. Ferramentas da Web 2.0 associadas aos LMS no ensino presencial. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (orgs.). Educação a distância: O estado da arte, volume 2. 2ª Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. Capítulo 12, p. 93 – 101.

PAIVA, V. L. M. O. Ambientes virtuais de aprendizagem: implicações epistemológicas. Educação em Revista, v. vol.26, n. 30 p. 353-370, 2010a. Disponível

em:http://www.scielo.br/pdf/edur/v26n3/v26n3a18.pdf. Acessado em fevereiro de 2013.

PALLOFF, R. PRAT, K. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line. Tradução Vinícius Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2004.

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SOUZA, Renato Rocha. Aprendizagem colaborativa em comunidades virtuais: o caso das listas de discussão. In: COSCARELLI, Carla Viana (org.). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3ª Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. P. 95 – 109.

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