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Coordenação-Geral de Tributação

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Coordenação-Geral de Tributação

     

Solução de Consulta

Solução de Consulta nº nº 5151 - - CositCosit

Data 5 de maio de 2016

Processo      

Interessado      

CNPJ/CPF      

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP

RECEITAS EXCEPCIONADAS DA NÃO CUMULATIVIDADE. CASUÍSTICA.

Prestação concomitante de diversas espécies de serviços. Necessidade de segregação individualizada das receitas sujeitas ao regime de apuração cumulativa das receitas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa. Análise da possibilidade de aplicação do regime de apuração cumulativa a diversas espécies de receitas elencadas pela consulente.

Dispositivos Legais: Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, art. 8º; Lei nº 10.833, de 2003, art. 10 e incisos e art. 15, inciso V; Lei nº 11.196, de 2005, art. 109; Decreto nº 83.284, de 1979, art. 3º.

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS

RECEITAS EXCEPCIONADAS DA NÃO CUMULATIVIDADE. CASUÍSTICA.

Prestação concomitante de diversas espécies de serviços. Necessidade de segregação individualizada das receitas sujeitas ao regime de apuração cumulativa das receitas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa. Análise da possibilidade de aplicação do regime de apuração cumulativa a diversas espécies de receitas elencadas pela consulente.

Dispositivos Legais: Lei nº 10.833, de 2003, art. 10 e incisos e art. 15,

inciso V; Lei nº 11.196, de 2005, art. 109; Decreto nº 83.284, de 1979, art. 3º.

Relatório

A pessoa jurídica em epígrafe, por seu representante legal, formula consulta relativa à interpretação da legislação tributária federal, informando que:

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i) a pessoa jurídica é sociedade de economia mista, com grande diversidade de atividades, devidamente registradas no seu Estatuto Social, embora o CNAE principal da empresa conte como 84.11.6.00 – Administração Pública em geral;

ii) as receitas objeto da consulta são provenientes de contratos de prestação de serviços e fornecimento de produtos, que entende serem facilmente identificados entre as receitas elencadas nos incisos do artigo 10 da Lei nº 10.833, de 2003;

2. Após elencar as receitas objeto da consulta (que serão apresentadas adiante), questiona se tais receitas podem ser submetidas ao regime de apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, apresentando argumentação em favor da aplicação de tal regime às receitas que menciona.

3. Preenchidos os requisitos de admissibilidade da consulta, a presente consulta pode ser conhecida e respondida.

Fundamentos

4. Trata-se de consulta sobre o enquadramento de receitas especificadas nas hipóteses de sujeição ao regime de apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

5. Inicialmente, salienta-se que o processo de consulta sobre a interpretação da legislação tributária não se presta a ratificar informações prestadas pela consulente, sendo as análises feitas com base nas afirmações apresentadas, reservando-se sempre à administração tributária o direito de, caso necessário e conveniente, averiguar no caso concreto a realidade dos fatos.

6. Nos termos do art. 8º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, c/c inciso V do art. 15 do mesmo diploma legal, as pessoas jurídicas e as receitas listadas sujeitam-se obrigatoriamente à legislação vigente anteriormente à instituição da não cumulatividade das contribuições, constante precipuamente da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, e cognominado regime de apuração cumulativa.

7. Neste ponto, cumpre esclarecer que, sendo a permanência de pessoas jurídicas e receitas no regime de apuração cumulativa das contribuições exceção à regra de migração para o regime de apuração não cumulativa, as normas que estabelecem tal exceção devem ser interpretadas excepcionalmente, ou seja, de restritiva, evitando-se interpretação extensiva ou analógica.

8. Outro aspecto a ser destacado é que, no caso de prestação conjunta de diversos serviços, sendo que as receitas decorrentes de alguns sujeitam-se ao regime de apuração cumulativa e as receitas decorrentes de outros sujeitam-se ao regime de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, tais receitas devem estar perfeitamente segregadas no contrato de prestação de serviços e nos documentos comerciais e fiscais correlatos, sob pena de impossibilidade prática de aplicação do regime de apuração cumulativa, notadamente nos casos em que a pessoa jurídica se sujeita como regra ao regime de apuração não cumulativa.

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9. Fixadas essas premissas, inicia-se a análise da possibilidade de submissão das receitas descritas pela consulente ao regime de apuração cumulativa.

10. Contrato descrito pela consulente:

a) “contrato ... que tem como objeto prestação de serviços de reportagem, redação, revisão de textos, diagramação eletrônica, fotografia e desenho gráfico, destinados à elaboração de Diário Oficial.”

11. No entendimento da consulente, a receita advinda da prestação dos serviços decorrentes do contrato apresentado pode ser submetida ao regime de apuração cumulativa de acordo com o inciso IX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, citando Solução de Consulta nº 405, de 31/08/2004 (a consulente não cita a Região Fiscal que a expediu, mas provavelmente se trata de solução de consulta publicada pela Disit7ªSRRF).

12. O inciso IX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, c/c inciso V do art. 15 da mesma Lei, estabelece que permanecem sujeitas ao regime de apuração cumulativa as seguintes receitas:

“IX - as receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)”

13. Verifica-se, preliminarmente, que no objeto do contrato descrito não consta a venda de jornais e periódicos. Portanto, não se aplica a primeira parte do inciso IX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003 à presente discussão.

14. Quanto à possibilidade de subsunção das receitas relatadas à segunda parte do do inciso IX do art. 10 da Lei nº 10.833, há que se verificar se a consulente se enquadra no conceito de empresa jornalística e se as receitas descritas encontram-se entre as contempladas pelo dispositivo interpretado.

15. O art. 3º do Decreto nº 83.284, de 13 de março de 1979, define o conceito de empresa jornalística :

“Art 3º Considera-se empresa jornalística, para os efeitos deste decreto, aquela que tenha como atividade a edição de jornal ou revista, ou a distribuição de noticiário, com funcionamento efetivo, idoneidade financeira e registro legal.

§ 1º Equipara-se à empresa jornalística a seção ou serviço de empresa de radiodifusão, televisão ou divulgação cinematográfica, ou de agências de publicidade ou de notícias, onde sejam exercidas as atividades previstas no artigo 2º.”

16. Sobre esse assunto, a RFB já de há muito se manifesta no sentido apresentado na Solução de Consulta Disit 10ªSRRF nº 210, de 30 de novembro de 2009:

“Ementa: Regime de Apuração. Edição de Jornais e Periódicos. Apenas as receitas decorrentes da venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas jornalísticas, entendidos como serviços de edição de jornal ou revista ou distribuição de noticiário, se enquadram na apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep comandada pelo inciso IX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003”.(grifou-se)

17. Ademais, por meio da Solução de Consulta mencionada pela consulente, afirmou-se: Solução de Consulta Disit07ªSRRF nº 405, de 31 de agosto de 2004, DOU de 21/10/2004 (nº 203, Seção 1, pág. 27):

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“Ementa: Regimes Cumulativo e Não-Cumulativo. Atividade Jornalística. Edição de Diário Oficial. Edição de Livros e Prestação de Serviços Gráficos. A atividade de edição de jornal oficial é jornalística. Mesmo sendo oficial, trata-se de jornal, pelo qual se disseminam na sociedade civil informações sobre atos ou fatos contemporâneos. O inciso IX do art. 10 da Lei 10.833/2003, com a redação dada pela Lei 10.865/2004, submete as receitas concernentes às atividades jornalísticas ao regime cumulativo. Na nova redação, a exclusão do regime da não-cumulatividade abarca não só as receitas com a prestação de serviços (anúncios, publicações pagas, propaganda), bem como com a venda dos próprios periódicos. Não é atividade jornalística a edição de livros e a prestação a terceiros, órgãos públicos ou particulares, de serviços gráficos. Quanto a tais receitas, a empresa pública submete-se ao regime da não-cumulatividade.” 18. Diante do exposto, apesar de a edição de jornal oficil poder se enquadrar no dispositivo em lume, considerando que, diante da documentação recebida, a consulente não se enquadra na definição de empresa jornalística e que as receitas descritas abrangem mais itens que aqueles contemplados no dispositivo legal em voga, conclui-se pela impossibilidade de aplicação do disposto no inciso IX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, às receitas descritas, que devem se sujeitar, como regra, ao regime de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

19. Contrato descrito pela consulente:

b) “contrato .... que tem como objeto prestação de serviços técnicos especializados na área de Tecnologia da Informação e Comunicação, compreendendo a disponibilização de equipes, equipamentos e transporte, consistentes no apoio ao desenvolvimento, a implantação, a manutenção e ao aperfeiçoamento dos Sistemas de Informação, serviços de organização e métodos dos Sistemas de Informação, administração de banco de dados, geoprocessamento, administração, desenvolvimento e operação de projetos de rede da Web .... , manutenção de equipamentos, instalação de redes, suporte de atendimento técnico e serviços de impressão”

20. No entendimento da consulente a receita advinda da prestação dos serviços decorrentes do contrato apresentado pode ser submetida ao regime de apuração cumulativa de acordo com o inciso XXV do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003.

21. O inciso XXV do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, c/c inciso V do art. 15 da mesma Lei estabelece que permanecem sujeitas ao regime de apuração cumulativa as seguintes receitas:

“XXV - as receitas auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares as páginas eletrônicas. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)”

22. Verifica-se que, salvo análise mais detalhada que se mostra impraticável diante dos documentos recebidos, que os serviços descritos pela consulente não se enquadram no dispositivo transcrito.

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Solução de Consulta Disit 10ªSRRF nº 240, de 7 de julho de 2010, DOU de 24/08/2010 (nº 162, Seção 1, pág. 19):

“Regimes de Apuração. Empresas de Serviços de Informática. Por força do disposto no inciso XXV do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, estão sujeitas ao regime de apuração cumulativa da contribuição para o PIS/Pasep as receitas auferidas por empresas de serviços de informática em decorrência das atividades de desenvolvimento de software e de seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como da prestação de serviços de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de softwares, compreendidas ainda como softwares as páginas eletrônicas.

Todavia, se tais serviços forem prestados como parte integrante do contrato de venda, licenciamento ou cessão de uso de softwares importados, estando seu valor incluído no preço cobrado pelo respectivo software, seu licenciamento ou sua cessão de uso, sem serem faturados isoladamente, então serão tributados pela sistemática não cumulativa, nos termos do parágrafo 2º do art. 10 da Lei nº 10.833, tratando-se de pessoa jurídica tributada pelo lucro real.

Não se encontrando, como coloca o próprio prestador, serviços adicionais de "processamento e armazenamento de dados em ambiente tecnológico de alta disponibilidade", tampouco de "manutenção de link de comunicação", dentre os serviços expressamente relacionados pelo inciso XXV do art.10 da Lei nº 10.833, de 2003, as receitas deles decorrentes estão sujeitas ao regime não-cumulativo de apuração, dado auferidas por pessoa jurídica tributada pelo lucro real.”(grifou-se)

Solução de Consulta Cosit nº 303, de 23 de outubro de 2014, DOU de 10/11/2014 (nº 217, Seção 1, pág. 41):

“EMENTA: REGIMES DE APURAÇÃO. EMPRESAS DE SERVIÇOS DE INFORMÁTICA. Por força do disposto no inciso XXV do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, estão sujeitas ao regime de apuração cumulativa da Cofins as receitas auferidas por empresas de serviços de informática em decorrência das atividades de desenvolvimento de software e de seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como da prestação de serviços de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de softwares, compreendidas ainda como softwares as páginas eletrônicas.

Para fazer jus à apuração cumulativa da Cofins é necessário que se comprove que a receita auferida advenha da prestação dos serviços acima listados, e que os mesmos tenham sido faturados de forma individualizada.

Não se encontrando os serviços de processamento de dados e congêneres dentre os serviços expressamente relacionados pelo inciso XXV do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, as receitas deles decorrentes estão sujeitas ao regime não cumulativo de apuração, dado auferidas por pessoa jurídica tributada pelo lucro real.”(grifou-se)

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c) “contrato .... que tem como objeto prestação de serviços de suporte técnico, pessoal e equipamentos para execução dos projetos concernentes a estudos de planejamento urbano, informações urbanas, regularização fundiária, desenvolvimento sócio econômico e revitalização do desenvolvimento urbano”

25. No entendimento da consulente a receita advinda da prestação dos serviços decorrentes do contrato apresentado pode ser submetida ao regime de apuração cumulativa de acordo com o inciso XX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003.

26. O inciso XX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, c/c inciso V do art. 15 da mesma Lei estabelece que permanecem sujeitas ao regime de apuração cumulativa as seguintes receitas:

“XX - as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil; (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014)”

27. Indiscutivelmente, resta claro que as receitas advindas do contrato citado não se enquadram na hipótese descrita no texto legal, sob pena de detupação do conceito de “obras de construção civil”.

28. Contrato descrito pela consulente:

d) “contrato ... que tem como objeto prestação de serviço de engenharia em próprios municipais, vias públicas e morros, obras , demolições, escavações, fundações, lastros, escoramentos, pinturas, revestimentos”

29. No entendimento da consulente a receita advinda da prestação dos serviços decorrentes do contrato apresentado pode ser submetida ao regime de apuração cumulativa de acordo com o supratranscrito inciso XX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003.

30. Acerca do tema, insta citar a Solução de Divergência Cosit nº 11, de 27 de agosto de 2014, Publicado(a) no DOU de 08/09/2014, seção 1, pág. 19, assim ementada:

“Para efeito de aplicação do disposto no inciso XX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, enquadram-se, no conceito de obras de construção civil, as obras e os serviços auxiliares e complementares, tais como aqueles exemplificados no Ato Declaratório Normativo Cosit nº 30, de 14 de outubro de 1999.”

31. O aludido Ato Declaratório Normativo Cosit nº 30, de 14 de outubro de 1999, estabelece:

“Declara, em caráter normativo, às Superintendências Regionais da Receita Federal, às Delegacias da Receita Federal de Julgamento e aos demais interessados que a vedação ao exercício da opção pelo SIMPLES, aplicável à atividade de construção de imóveis, abrange as obras e serviços auxiliares e complementares da construção civil, tais como:

I - a construção, demolição, reforma e ampliação de edificações; II - sondagens, fundações e escavações;

III - construção de estradas e logradouros públicos; IV - construção de pontes, viadutos e monumentos; V - terraplenagem e pavimentação;

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VI - pintura, carpintaria, instalações elétricas e hidráulicas, aplicação de tacos e azulejos, colocação de vidros e esquadrias; e

VII - quaisquer outras benfeitorias agregadas ao solo ou subsolo.”

32. Portanto, observadas as restrições feitas acima sobre a necessidade de discriminação individualizada, as receitas descritas pela consulente podem ser submetidas ao regime de apuração cumulativa, nos termos do inciso XX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003. 33. Contrato descrito pela consulente:

e) “contrato firmado .... em 17/6/2011 .... que tem como objeto fornecimento de massa asfáltica, produzida pela Usina de Asfalto (filial da consulente), para aplicação no programa de Pavimentação da contratante”

34. No entendimento da consulente a receita advinda da prestação dos serviços decorrentes do contrato apresentado pode ser submetida ao regime de apuração cumulativa de acordo com o inciso XI do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003 e, ainda, no art. 109 da Lei nº 11.196, de 2005.

35. O inciso XI do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, c/c inciso V do art. 15 da mesma Lei estabelece que permanecem sujeitas ao regime de apuração cumulativa as seguintes receitas:

“XI - as receitas relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003:

a) com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consórcios de bens móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central;

b) com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços;

c) de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, bem como os contratos posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em processo licitatório, até aquela data;”(grifou-se)

. Já o citado art. 109 da Lei nº 11.196, de 2005 determina :

“Art. 109. Para fins do disposto nas alíneas b e c do inciso XI do caput do art. 10 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, o reajuste de preços em função do custo de produção ou da variação de índice que reflita a variação ponderada dos custos dos insumos utilizados, nos termos do inciso II do § 1º do art. 27 da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995, não será considerado para fins da descaracterização do preço predeterminado.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se desde 1º de novembro de 2003.” 36. Verifica-se que o fato descrito não se enquadra na hipótese descrita no texto legal, pois que a data em que o contrato foi firmado é muito posterior à data determinada na norma jurídica.

37. Assim, tendo em conta o questionamento apresentado, verifica-se que a receita descrita não pode ser submetida ao regime de apuração cumulativa com base no inciso XI do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003.

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Conclusão

38. Diante do exposto, e tendo em consta apenas os questionamentos apresentados, responde-se à consulente que:

 a receita decorrente do contrato descrito pela consulente no item “a” não pode ser submetida ao regime de apuração cumulativa com base no disposto no inciso IX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003;

 a receita decorrente do contrato descrito pela consulente no item “b” não pode ser submetida ao regime de apuração cumulativa com base no disposto no inciso XXV do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003;

 a receita decorrente do contrato descrito pela consulente no item “c” não pode ser submetida ao regime de apuração cumulativa com base no disposto no inciso XX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003;

 a receita decorrente do contrato descrito pela consulente no item “d” pode ser submetida ao regime de apuração cumulativa com base no disposto no inciso XX do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003;

 a receita decorrente do contrato descrito pela consulente no item “e” não pode ser submetida ao regime de apuração cumulativa com base no disposto no inciso XI do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003;

À consideração superior.

(Assinado digitalmente)

RONI PETERSON BERNARDINO DE BRITO Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil

(Delegação de Competência - Portaria RFB nº 657, de 26/04/2016 – DOU 27/04/2016)

De acordo. Ao Coordenador-Geral da Cosit para aprovação. (assinado digitalmente)

OTHONIEL LUCAS DE SOUSA JUNIOR Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil Coordenador da Cotex

Ordem de Intimação

Aprovo a Solução de Consulta.

Publique-se e divulgue-se nos termos do art. 27 da IN RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013.

(9)

Dê-se ciência ao interessado.

(assinado digitalmente) FERNANDO MOMBELLI

Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil Coordenador-Geral da Cosit

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