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Os jogos panamericanos nas aulas de educação física do CEPAE/UFG

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Os jogos panamericanos nas aulas de educação física do CEPAE/UFG

Régis henrique dos Reis Silva145 lusirene costa Bezerra Duckur146 RESUMO: este trabalho tem com objetivo apresentar uma estratégia de ensino relacionado ao eixo Temáti-co Esportes (Eventos Esportivos), mais especificamente, os Jogos Panamericanos elaborada e desenvolvida pelos professores de educação Física das três séries do ensino médio do centro de ensino Pesquisa aplicada à Educação da Universidade Federal de Goiás (CEPAE/UFG). Esta estratégia de ensino teve a finalidade de discutir o sentido e significado dos Jogos Panamericanos - RIO/2007, transformando a realização deste even-to em um espaço pedagógico de vivências, com levantameneven-to de dados e análises de caráter crítico-reflexivo, propiciando um melhor entendimento sobre sua manifestação no contexto social, político, econômico e cul-tural. avaliamos que embora tenhamos enfrentado vários obstáculos, como, o tempo pedagógico reduzido; as diferenças de concepções apresentadas pelos professores envolvidos no processo; e certa resistência de alguns alunos, concluímos que as sistematizações apresentadas por eles deram conta de formular uma visão mais ampliada sobre os jogos Panamericanos.

Introdução

Este trabalho tem com objetivo apresentar uma Estratégia de Ensino relacionado ao Eixo Temático Esportes (Eventos Esportivos), mais especificamente, os Jogos Panamericanos elaborada e desenvolvida pelos professores de Educação Física das três séries do Ensino Médio do Centro de Ensino Pesquisa Aplicada à Edu-cação da Universidade Federal de Goiás (CEPAE/UFG).

O CEPAE/UFG, localiza-se no Campus II (Samambaia), na Rodovia Goiânia-Neropólis, Km 12, Caixa Postal 131, Goiânia/GO, Cep: 74001-970.

O CEPAE/UFG, identificado como Colégio de Aplicação, possui corpo docente formado por professo-res doutoprofesso-res, mestprofesso-res e pesquisadoprofesso-res envolvidos com o ensino nos níveis fundamental, médio e superior. Em linhas gerais esta instituição apresenta propostas inovadoras no currículo escolar e destina-se a educar alunos da Educação Básica, contribuir efetivamente no processo de formação de futuros professores, desenvolver pesquisas científicas, implementar novas práticas pedagógicas, criar/implantar e avaliar novos currículos e também capacitar docentes, na perspectiva da formação continuada.

O Colégio de Aplicação foi criado pelo Decreto Lei nº. 9053, de 12/03/1966 e suas atividades inicia-ram em março de 1968, no prédio da Faculdade de Educação da UFG (FE/UFG). No plano da Reforma Uni-versitária ocorrida em 1968, o Colégio de Aplicação foi agregado à FE/UFG constituindo-se então em órgão suplementar. (CEPAE/UFG, 2006)

No início de suas atividades o Colégio de Aplicação tinha os seguintes objetivos, a saber: Constituir-se em laboratório experimental de técnicas e processos didáticos, com intuito de aprimorar as metodologias de ensino; Constituir-se em escola experimental para novos cursos previstos na legislação vigente, bem como para cursos com currículos, métodos e períodos escolares próprios, ajustando-se estes, para fins de validade, às exigências legais; Servir como campo de estágio supervisionado para a Licenciatura e para as habilitações do

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curso de Pedagogia; O corpo docente do então, Colégio de Aplicação/FE/UFG era constituído por professores da carreira de 1º e 2º graus, existindo professores da Faculdade de Educação que também atuavam neste nível de ensino. A partir de 1980, resultado de uma reivindicação de greve, os professores de 1º e 2º graus foram reclassificados para a carreira do magistério superior, por já estarem desempenhando esta função.(CEPAE/ UFG, 2006)

Em 1982 foi criado o Departamento de Estudos Aplicados à Educação da FE/UFG, composto pelos membros do Colégio de Aplicação, que funcionou até março de 1994, quando foi então criado o CEPAE/UFG, por meio da portaria nº. 0063, do Magnífico Reitor. (CEPAE/UFG, 2006)

Assim sendo, o CEPAE/UFG foi criado com a finalidade de realização do ensino, da pesquisa e da extensão, como instrumentos de participação na formação de novos educadores nas diversas áreas do conheci-mento, com intuito, de atender os diversos cursos de Licenciatura da UFG.

A idéia de criação do CEPAE/UFG foi resultante de intensas discussões no interior dessa Universidade, especificamente nos Seminários de Licenciatura e em debates e estudos que visavam à formação de uma polí-tica acadêmica para as Licenciaturas, em especial, no Fórum de Licenciatura, instituído em 1992. A definição desta política foi avançando em suas metas e propostas e à medida que os projetos foram sendo pensados, construídos e fortificados pode-se testemunhar a consolidação do papel fundamental do CEPAE, no processo de reflexão, reformulação e fortalecimento das Licenciaturas da UFG. (CEPAE/UFG, 2006)

A organização pedagógica do CEPAE/UFG se configura por Áreas e Subáreas de conhecimento, quais sejam: Área de Ciências da Natureza e Matemática (composta pelas subáreas de Biologia, Física, Matemática e Química), Área de Ciências Humanas e Filosofia (composta pelas subáreas de Filosofia, Geografia, História e Sociologia), Área de Comunicação (composta pelas subáreas de Educação Artística, Educação Física, Língua Estrangeira e Língua Portuguesa).

A subárea de Educação Física, do CEPAE/UFG é formada por cinco professores efetivos (todos mes-tres), dois técnicos desportivos (que assumem função docente, sendo um deles mestre e o outro especialista) e uma professora substituta (especialista). Atualmente temos dois professores afastados, uma prestando serviço na Secretaria Estadual de Educação do Estado de Goiás e outro em processo de doutoramento na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Os professores da Subárea de Educação Física assumem aulas em todas as turmas do Ensino Funda-mental e Médio, sendo duas turmas por série, formadas por 30 alunos cada uma delas, perfazendo um total de 700 alunos. Em 2007, essa subárea tem sob sua responsabilidade um total de 71 horas aulas semanais.

A subárea de Educação Física para realização de suas aulas dispõe de materiais comuns a todos os professores da escola e também materiais que ficam sob a gerência da subárea como: dois aparelhos de som; uma sala de almoxarifado com material didático-pedagógico, como bolas de futsal, basquete, vôlei e etc; uma quadra coberta; uma quadra descoberta; uma sala de expressão corporal (dança/ginástica) com espelho e ainda usa como ambiente para aulas, o pátio cimentado e coberto; uma parte do estacionamento que é asfaltada e sem cobertura; além das dependências da Faculdade de Educação Física da UFG (FEF/UFG), que em algumas situações podem ser utilizadas, como p.ex, para as atividades aquáticas. Os equipamentos disponíveis, em ge-ral, estão em bom estado de conservação, e em específico, as instalações disponíveis para as aulas de Educação Física são insuficientes e carecem de reparos, quanto ao material didático-pedagógico, ainda é insuficiente, como por ex, materiais para as aulas de ginástica.

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O planejamento da Educação Física é realizado em reuniões da Subárea, mas em virtude, da demanda excessiva de atividades administrativas imputadas pela administração da escola e da UFG, até o momento os planejamentos têm sido realizados individualmente e coletivamente quando possível.

Diante dessas questões foi que, a partir, do primeiro semestre de 2007, os docentes da subárea, que atu-am no ensino médio e na primeira fase vem reunindo semanalmente (em separado), com intuito de discutirem sobre a elaboração e o desenvolvimento do planejamento das aulas nessas fases escolar.

Os princípios que têm norteado o trabalho dos professores da Subárea de Educação Física do CEPAE/ UFG, são: 1) a importância da Educação Física, enquanto, uma disciplina curricular, que contribui para a for-mação integral do aluno, em uma perspectiva, crítica, emancipatória e autônoma; 2) o fato da Educação Física do CEPAE/UFG, ter como objeto central de estudo a cultura corporal, compreendida como linguagem e tam-bém a compreensão do corpo, como “corpo-sujeito”, histórico que vivencia o processo de hominização; 3) a coerência do planejamento da Subárea Educação Física com o Projeto Político Pedagógico do CEPAE/UFG e com o eixo epistemológico de formação dos alunos do curso de Educação Física da UFG; 4) a compreensão do desenvolvimento humano como processo (fundamentados na zona de desenvolvimento proximal de Vigotsky e nos ciclos de desenvolvimento do coletivo de autores); e 5) o conhecimento, enquanto, elemento que permite compreender e transformar a vida (fundamentados na pedagogia histórico-crítica e/ou pedagogias progressis-tas, que possibilitam a articulação - Educação e Sociedade).

Desta forma, o desenvolvimento dos conteúdos curriculares busca contextualizar criticamente, as re-lações entre a dança, a ginástica, as lutas, os jogos populares, as atividades aquáticas e os esportes (futsal, voleibol, handebol, basquetebol e atletismo) e a sociedade, sob uma perspectiva, em que aqueles se constituem histórico e culturalmente, em nossa sociedade, como, manifestações da cultura corporal. Dito de outra forma, de que modo essas manifestações corporais dialogam com o contexto social, refletindo sobre as possibilidades de superação dos modelos existentes.

Pois, ao tomar como referência à pedagogia Histórico-critica, a escola – e como não poderia deixar de ser a Educação Física como disciplina curricular - desempenha um papel que vai além da constatação, ou da assimilação pela reprodução, é necessário que ao aluno seja disponibilizado o conhecimento produzido e sistematizado historicamente pelo homem, oportunizando a compreensão da conjuntura em que está inserido para nela intervir. Como nos coloca Freitas (2003),

A formação do aluno, portanto, deve prepará-lo para entender seu tempo e engajá-lo na resolução des-sas contradições, de forma que sua superação signifique avanço para as classes menos privilegiadas e um acú-mulo gradual e permanente de forças para a superação da própria sociedade capitalista. A contradição básica a ser superada é a que faz dos homens os próprios exploradores dos homens (p.56).

Esta contradição básica apontada por Freitas (2003), também, é vivenciada nas manifestações corpo-rais, assim sendo, faz-se necessário que o trato com o conhecimento possibilite a constatação, interpretação, compreensão e explicitação dessa contradição no campo das manifestações corporais.

Fundamentação teórica e objetivos

A justificativa deste trabalho, em um primeiro momento, se dá por acreditarmos nos princípios que têm norteado o trabalho dos professores/as da Subárea de Educação Física e em segundo momento, por de-fendermos que executa quem planeja147, dito de outra forma, o professor deve ser responsável pela pesquisa

147 Para saber mais sobre este princípio ver: MUÑOZ PALAFOX, G. H. intervenção e conhecimento: a importância

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de sua própria prática e assim sendo, deve aproveitar espaços como este do II Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino (II EDIPE) para debater sobre sua prática pedagógica, com a intenção, de socializar suas ex-periências com os demais companheiros de profissão. Constatando os limites e as possibilidades da sua prática profissional nesta primeira década do século XXI.

A presente estratégia de ensino foi desenvolvida com os alunos das três séries, do ensino médio, que correspondem ao quarto ciclo, de acordo com o Coletivo de Autores (1992),

É o ciclo de aprofundamento da sistematização do conhecimento. Nele o aluno adquire uma relação especial com o objeto, que lhe permite refletir sobre ele. A apreensão das característi-cas especiais dos objetos é inacessível a partir de pseudoconceitos próprios do senso comum. O aluno começa a perceber, compreender e explicar que há propriedades comuns e regulares nos objetos. Ele dá um salto qualitativo quando estabelece as regularidades dos objetos. É nesse ciclo que aluno lida com a regularidade científica, podendo a partir dele adquirir algu-mas condições objetivas para ser produtor de conhecimento científico quando submetido à atividade de pesquisa” (p.35).

Nesse sentido, compreendemos que neste período de desenvolvimento, o aluno, se oportunizado pelo trabalho pedagógico desenvolvido com o professor será capaz de ampliar suas referências conceituais sobre os diferentes saberes escolares advindos do estudo da realidade social, pois sua racionalidade provavelmente estará em condições de compreender e assimilar criticamente a teoria científica e filosófica, de tal forma que a mesma possa ser materializada em discursos “teórico-práticos” (conhecimento técnico-científico, argumenta-ção social para elaboraargumenta-ção de normas reguladoras de ações sociais nos mundos do lazer e do trabalho, consti-tuídas democrática e solidariamente, sem preconceitos de gênero, sexualidade, raça, etnia e geração).

Apesar de diversas dificuldades, a Subárea vem procurando avançar em suas ações, refletindo criti-camente a função da Educação Física, enquanto componente curricular, procurando re-elaborar a proposta pedagógica da Subárea, bem como implementar estratégias de ensino numa perspectiva emancipatória de educação.

A construção desta estratégia teve como base e orientação o Plano Básico de Ensino (PBE/EF–NE-PECC/UFU-ESEBA/UFU) o qual vem sendo colocado em prática por meio de uma estratégia de intervenção educativa e de formação continuada, denominada Planejamento Coletivo do Trabalho Pedagógico (PCTP/EF).

O PBE/EF–NEPECC/UFU-ESEBA/UFU, enquanto proposta curricular, encontra-se estruturado em ei-xos temáticos, orientados por zona de desenvolvimento potencial, cujo fundamento político-pedagógico, tem como referencial uma teoria da Aprendizagem Sócio-Crítica, associada ao estudo do Multiculturalismo Crítico.

Assim sendo, há similitudes no eixo temático Esporte, Indivíduo e Sociedade do PBE/EF–NEPECC/ UFU-ESEBA/UFU e nas discussões e ações pedagógicas dos professores, que compõe a Subárea de Educação Física do CEPAE/UFG, por isso, foi possível basearmos e nos orientarmos na estratégia de ensino intitulada “A COPA DO MUNDO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA” elaborado pelos professores da ESEBA/NE-PECC/UFU para então construirmos e desenvolvermos a nossa estratégia de ensino dos Jogos Panamericanos.

Esta estratégia de ensino teve a finalidade de discutir o sentido e significado dos Jogos Panamericanos - RIO/2007, transformando a realização deste evento em um espaço pedagógico de vivências, com levantamento de dados e análises de caráter crítico-reflexivo, propiciando um melhor entendimento sobre sua manifestação no contexto social, político, econômico e cultural.

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O processo do pensamento para a produção de sentido e significado sobre os Jogos Panamericanos acompanhou a seguinte estrutura: a identificação da visão geral do saber escolar em questão visto pelo coleti-vo dos alunos, ainda que de forma difusa e fragmentada – síncrese, com vista à identificação e interpretação crítica dos componentes constitutivos desse fenômeno – análise, e, finalmente, a partir desses componentes identificados, a abrangência do todo objetivando a descrição de uma nova e ampliada visão da realidade –

sín-tese, utilizando em todos os momentos os princípios básicos do método dialético, visando assim à construção

do real (realidade interpretada pelo pensamento).

Para tal, incorporamos atividades de ensino que antecederam o início dos Jogos Panamericanos - Rio 2007, propiciando assim uma identificação geral dos componentes que constituem este fenômeno com a re-alização do prognóstico do resultado dos atletas brasileiros, roteiro de levantamento de dados e dos aspectos ontológicos dos Jogos.

No CEPAE/UFG os esportes e mais especificamente, os eventos esportivos são partes integrantes dos conteúdos de ensino da Educação Física e vem sendo tematizados em caráter teórico-prático com a finalidade de contribuir no desenvolvimento de uma consciência crítica do aluno em relação a estes temas da cultura humana.

Cientes da necessidade de produzir conhecimento neste campo educativo consideramos que o esporte, mediante as práticas corporais, fornece um importante espaço para a aprendizagem social, para o trabalho co-letivo, para a criatividade, por meio da produção de uma leitura de mundo e realidade, que deve ser explorado no contexto escolar em benefício do aluno.

Nesse sentido, a Educação Física não procura somente introduzir o aluno no mundo técnico – instru-mental do esporte, mas principalmente, colocá-lo em contato com o conhecimento da cultura corporal (valores, ideologias e os mais variados interesses daqueles que diretamente e/ou indiretamente estão envolvidos com esta prática social) para que ele elabore uma visão crítica e ampliada da temática favorecendo sua utilização autônoma e prazerosa.

Diante disso, estabelecemos como objetivo geral desta estratégia, que os alunos compreendam de forma crítica a representação social, valores, objetivos, ideologia e estrutura organizativa dos Jogos Pana-mericanos - RIO 2007. Em outras palavras, nós objetivamos trabalhar esse evento esportivo dentro de um contexto pedagógico onde os alunos e professores, a partir de uma visão geral, difusa e fragmentada, pudes-sem identificar e interpretar criticamente sobre sua importância, trocando informações e opiniões, analisando coletivamente os interesses relacionados com sua realização, seus valores e ideologias de forma autônoma e responsável, propiciando assim, a descrição de uma nova e ampliada visão de realidade presente nos Jogos Panamericanos - RIO 2007.

Mais especificamente, objetivamos:

1. Diagnosticar o conhecimento e a visão geral que os alunos têm sobre o tema: Jogos Panameri-canos.

2. Organizar espaços coletivos, tanto nas aulas de Educação Física, quanto na escola, para que os alunos pudessem identificar, interpretar e analisar criticamente as partes constitutivas dos Jogos Panamericanos para confrontar e ampliar seu conhecimento diagnosticado inicialmente. 3. Construir um espaço discursivo (Mini-aulas) sobre os Jogos Panamericanos, no intuito, de

debater com os alunos os aspectos ontológicos e elementos constitutivos deste evento.

Metodologia e resultados

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Quadro 01: Seqüenciador de aulas e avanço programático da estratégia de ensino: Os Jogos Panameri-canos nas aulas de Educação Física do CEPAE/UFG.

OBJETIVOS AULAS AVANÇO PROGRAMÁTICO

OBJETIVO GERAL:

 Estudar os Jogos Panamerica-nos.

TOTAL: 24 aulas

PREPARAÇÃO DOS PROFESSORES:

 Realizamos estudos sobre os Jogos Panamericanos, associando ao ciclo de desenvolvimento dos alunos da disciplina.

 Elaboramos em reuniões de planejamento, as aulas, bem como providenciamos as sistematizações necessárias daquilo que fora discutido e encaminhado nas aulas.

Observação:

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Diagnosticar o conhecimento e a visão geral que os alunos têm sobre o tema: Jogos Pana-mericanos.

PARCIAL: 10 aulas

PRIMEIRO MOMENTO: Síncrese

DIAGNÓSTICO: Os professores organizaram duas atividades para diagnosticar e identificar o que os alunos conheciam sobre os Jogos Panamericanos (a forma de materialização foi escrita). (Anexo 2 - Roteiro 1 e 2)

1ª Atividade do DIAGNÓSTICO:

Questionário diagnóstico sobre o que os alunos conheciam so-bre os Jogos Panamericanos. O que sei soso-bre os Jogos Paname-ricanos? (Anexo 2 - Roteiro 1)

PROGNÓSTICO: Quantas medalhas o Brasil ganhará nos Jo-gos Panamericanos-Rio 2007?

Os professores organizaram um cronograma para realização de um prognóstico sobre o número de medalhas que a delegação Brasileira ganharia nos Jogos Panamericanos-Rio 2007. Os alunos de todo o Ensino Médio receberam um texto infor-mativo seguido do prognóstico a ser respondido e divulgado o resultado na turma antes do início dos Jogos Panamericanos-Rio 2007. (Anexo 1)

Observação:

Algumas aulas foram destinadas para vivência da modalidade esportiva escolhida pelas turmas, nestas aulas, aproveitávamos para discutirmos (ensinarmos) sobre o mundo instrumental des-ta modalidade.

2ª Atividade do DIAGNÓSTICO:

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 Organizar espaços coletivos nas aulas de Educação Físi-ca, para que os alunos pos-sam identificar, interpretar e analisar criticamente as partes constitutivas dos Jogos Pa-namericanos para confrontar e ampliar seu conhecimento diagnosticado inicialmente.

08 aulas

SEGUNDO MOMENTO: Análise 1ª Atividade:

Organizar as atividades para estudo e vivência da modalidade esportiva escolhida pela série, tendo como referência à síntese (realizada pelos professores) das respostas do diagnóstico, rea-lizado na primeira atividade, em cada série.

Nesse sentido os professores em cada série seguiram os seguin-tes procedimentos:

1. Socializamos a síntese do diagnóstico da primeira atividade para todas as turmas;

2. Planejamos as atividades de estudo e aprofundamento da modalidade esportiva escolhida pela turma.

Observações:

1) Algumas aulas forma destinadas para organização dos grupos de acordo com o conteúdo a ser estudado (anexo 2 - roteiro 3), bem como para orientações das mini-aulas.

2) Os grupos foram formados por 5 ou 6 alunos e cada grupo recebeu uma apostila com os textos relacionados no anexo 3.

 Construir um espaço discursi-vo (mini-aulas) sobre os Jogos Panamericanos, no intuito, de debater com os alunos os as-pectos ontológicos e elemen-tos constitutivos deste evento.

06 aulas

TERCEIRO MOMENTO: Síntese

Realização das mini-aulas foram organizados espaços coletivos para os alunos identificarem, interpretarem e analisarem criti-camente as questões problematizadoras presentes na pesquisa realizadas por eles. (Anexo 2-Roteiro 2)

Simultaneamente foram desencadeadas as seguintes atividades:  Realização e avaliação das mini-aulas, conforme Anexo 2 -

Roteiro 3.

 Nesse sentido, os professores definiram quais os conhe-cimentos, que necessitavam ser ampliados e confrontados com os dos alunos:

 Conhecimentos necessários:

1. Valores associados aos Jogos Panamericanos; 2. Ideologia presente neste evento;

3. Objetivos dos Jogos Panamericanos; 4. Sua estrutura organizativa;

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Principais dificuldades e contigências do processo de implementação da estratégia

Contingências Soluções

Primeiro Momento: A principal dificuldade enfrentada por

nós foi com relação ao tempo pedagógico, apenas uma hora aula por semana. Conforme foi estabelecido pela reforma curricular do ensino médio, o currículo nesta fase do ensino é dividido em núcleo básico e núcleo flexível, a diferença bá-sica entre os dois além dos horários das aulas (matutino para o núcleo básico e vespertino para núcleo flexível) é quanto a obrigatoriedade dos alunos cumprirem a carga horária, dito de outra forma, no núcleo básico todos os alunos da sua res-pectiva série cumpre a carga horária de acordo com o que foi pré-estabelecido pelo currículo, neste caso, a Educação Física dispõe de uma hora aula por semana nas três séries do ensino médio, já no núcleo flexível o aluno é quem escolhe quais as disciplinas que ele irá cursar e assim sendo inte-gralizar seu currículo. Portanto, o aluno no núcleo flexível pode integralizar seu currículo sem fazer nenhuma disciplina ofertada pela subárea de Educação Física, p. ex, ou até mes-mo fazer todas as disciplinas de uma determinada área do conhecimento, p. ex, da área de humanas ou biológicas. En-fim, a nossa maior dificuldade no ensino médio e mais preci-samente, na condução deste trabalho foi o fato de uma hora aula semanal, trazer sérias dificuldades para a organização de um trabalho pedagógico que vise a apropriação do saber sistematizado (que é a centralidade da escola), pois o tempo pedagógico disponível para o desenvolvimento do trabalho é insuficiente.

Imediatamente: Esta questão infelizmente não foi

pos-sível solucioná-la imediatamente, mas de toda forma te-mos trabalhado no sentido de proporte-mos alterações no currículo escolar do ensino médio, visando a superação dos problemas enfrentados por nós. Uma possibilidade colocada foi a realização das aulas de Educação Físi-ca em um mesmo semestre (duas aulas consecutivas), assim sendo, trabalharíamos com aquelas turmas em um semestre e no outro não, mas esta proposta foi des-considerada, pois implicaria em re-arranjos administra-tivos e um afastamento dos professores de Educação Física em momentos como conselhos de classe, reuni-ões de pais e outras atividades, no semestre em que os alunos não tivessem aulas de Educação Física, o que no nosso entendimento, comprometeria a avaliação final do desempenho acadêmico dos alunos, no momento do Conselho de Classe final.

Segundo Momento: Dificuldade no processo de

planeja-mento coletivo, em virtude das diferenças de concepções de mundo, sociedade, educação apresentada pelos professores envolvidos no processo.

Imediatamente: Adesão da estratégia por parte da

professora, cujas concepções destoava do grupo e prin-cipalmente da proposta pedagógica da subárea.

Terceiro Momento: As atividades extras, que ocorreram nos

dias das aulas de Educação Física, interferiram diretamente no desenvolvimento do nosso planejamento.

Imediatamente: Foi necessário solicitar aulas de

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Considerações Finais

A experiência de trabalhar os Jogos Panamericanos como eixo norteador de um projeto de ensino, foi

interessante, pois tratamos da temática esporte articulada com um evento de repercussão mundial, que ocorria no Brasil, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro. Esses fatores contribuíram para que o projeto se tornasse mais significativo para os alunos, uma vez que esse assunto era diariamente divulgado pela mídia, de onde, inclusive, buscávamos elementos para identificar as relações que se estabeleciam no decorrer do proces-so de organização e execução do evento, bem como a preparação dos atletas.

Ao trabalharmos o esporte tomando como ponto de partida um evento esportivo, ampliaram-se as pos-sibilidades de compreensão dos alunos, a respeito deste elemento da cultura corporal, pois pudemos identificar durante o desenvolvimento da estratégia, bem como nas mini-aulas ministradas pelos alunos e posteriormente debatida com a turma, que os alunos identificaram as diferentes facetas do esporte, e principalmente, que este se materializa de diversos modos, de acordo com os interesses de quem o conduz.

Por fim, avaliamos que embora tenhamos enfrentado vários obstáculos, como, o tempo pedagógico disponível para desenvolvimento da estratégia; as diferenças de concepções de mundo, sociedade, educação apresentada pelos professores envolvidos no processo; e certa resistência de alguns alunos em permanecerem na sala de aula comum as outras disciplinas, concluímos que as sistematizações apresentadas pelos alunos deram conta de formular uma visão mais ampliada sobre o esporte, e mais precisamente, acerca dos Jogos Panamericanos.

Referências Bibliográficas

COLETIVO DE AUTORES. metodologia do ensino da educação física. São Paulo SP: Ed. Cortez, 1992.

cenTRo De enSino e PeSqUiSa aPlicaDa À eDUcaÇão Da UFG. Disponível em: <http://www. cepae.ufg.br>. acesso em: 27 de abr. 2006.

FREITAS, L. C. de. ciclos, seriação e avaliação: confronto de lógicas. São Paulo: Moderna, 2003.

MUÑOZ PALAFOX, G. H. intervenção e conhecimento: a importância do Planejamento de currículo e da

Formação continuada para a Transformação da Prática Pedagógica. Tese de Doutorado. São Paulo:

PUC-SP, 2001.

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