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BOLETIM TÁ NA REDE! EDITORIAL. Macrobrachium rosenbergii: UM GIGANTE AINDA ADORMECIDO. Volume 10, Número 1. Outubro de 2017.

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Texto

(1)

Desde que foi introduzido no Brasil, no final da década de 70, o camarão de água doce Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879), vem gerando polêmicas. De início pelo fato dos primeiros exemplares serem exóticos, oriundos do Havaí, e posteriormente, com as várias compa-rações de melhor benefício na produção desta espécie com os camarões marinhos.

As comparações não foram apenas na questão pro-porção cabeça-cauda, que se faz desfavorável ao M. rosen-bergii, mas se estenderam também ao maior tempo de culti-vo das fases de larvicultura e de engorda; às baixas produti-vidades; à desuniformidade no tamanho dos animais cultiva-dos; ao sistema de despesca com redes de arrasto; à textura e paladar de sua carne; dentre outros fatores.

A apresentação do M. rosenbergii ao mercado con-sumidor foi feita de forma errônea. A mídia, ao fazer uso do termo “camarão gigante da Malásia” criou uma falsa expec-tativa de um negócio de grande e rápido retorno financeiro, o que incentivou muitos produtores a cultivar essa espécie sem a devida orientação técnica, favorecendo o abate e a conser-vação dos camarões de forma inadequada, fato que ocasio-nou inúmeros prejuízos e frustrações para muito produtor.

O mesmo ocorreu com uma parcela considerável de consumidores, que foram levados a acreditar que ao comprar

essa espécie estariam adquirindo, tão somente, camarões de grande porte. A falta de orientação quanto as diferenças deste camarão em relação aos de água salgada, em termos de paladar e textu-ra da carne, bem como no que se refere ao seu preparo, levatextu-ram à rejeição do produto por parte do consumidor final, fazendo com que os produtores do M. rosenbergii encontrassem grande dificul-dade de comercialização de seus produtos, principalmente nas regiões litorâneas, onde é forte o consumo do camarão marinho.

No Brasil, a simples adoção do policultivo de peixes com camarões de água doce, a exemplo do que já vem ocorrendo em pequena escala, seria suficiente para reativar a criação co-mercial do M. rosenbergii, em virtude da coco-mercialização do camarão cobrir boa parte das despe-sas do cultivo dos peixes.

Apesar de não existirem sinais que apontem para uma efetiva retomada dos cultivos co-merciais do camarão gigante da Malásia, é grande o potencial da atividade para assumir o seu pa-pel no agronegócio sustentável, além da imensa quantidade de viveiros de água doce existentes no Brasil com potencial para o policultivo de peixes e camarões.

Texto adaptado por Larissa Joyce Lopes Nunes, discente do 10° Período do curso de Engenharia de Pesca, bolsista do PET PESCA UAST/UFRPE. Fonte: panoramadaaquicultura.com.br/paginas/ revistas/90/Macrobrachiumrosenbergii90.asp

Macrobrachium rosenbergii: UM “GIGANTE” AINDA

ADORMECIDO

Outubro de 2017 Volume 10, Número 1

Nesta edição: Macrobrachium rosenbergii: UM

“GIGANTE” AINDA ADORMECI-DO

Pág.1

RECIFES DE CORAIS E SUA IM-PORTÂNCIA NA VIDA MARINHA

Pág. 2

BIORREMEDIAÇÃO UTILIZAN-DO MICROALGAS OU CULTIVO DE MICROALGAS EM

EFLUEN-TES?

O QUE É O CONSELHO PASTO-RAL DOS PESCADORES?

Pág.3

O PET PESCA ESTÁ NA WORD-PRESS.COM Pág. 3 AQUICULTURA SUSTENTÁVEL: UTOPIA OU REALIDADE? Pág. 4 ENTRAVES NA AQUICULTURA Pág. 5 CURIOSIDADES ! Pág. 5

VOCÊ SABE O QUE É CAVIAR? Pág. 6

VOCÊ SABE O QUE É ARRI-BADA? Pág. 6 A IMPORTÂNCIA DO APROVEI-TAMENTO DO RESÍDUO DA INDÚSTRIA DO PESCADO Pág 8 DEIXAR AS CONCHAS NA PRAIA TAMBÉM É UMA

PRÁTI-CA DE CONSERVAÇÃO

Pág. 7

ATIVIDADES REALIZADAS PE-LO PET ENGENHARIA DE PESCA

EM 2017.1 Pág.9

Fonte: Autora

EDITORIAL

O boletim “Tá na Rede” é uma publicação periódica do PET PESCA da UAST. O principal objetivo desta publicação é a divulgação de notícias, resenhas, opiniões dos estudantes e profissionais da Engenharia de Pesca e áreas afins. Nesta edição, são respondidas algumas curiosidades sobre o que é o conselho pastoral dos pescadores, o que é caviar e o que é arribada. Também são veiculadas matérias sobre aquicultura e ecologia. Aproveitem a leitura e enviem as sugestões e matérias para que o boletim possa sempre melhorar.

Bons ventos!

(2)

O recife é formado por algumas espécies de corais (animais pertencentes ao grupo dos cnidários) capazes de secretar um exoesqueleto calcário, juntamente com algas calcárias que produzem finas lâminas de carbonato de cálcio, que vão se acumulando e calcificando a estrutura do recife.

Os recifes de corais constituem-se em importantes ecossistemas, altamente diversificados por abrigarem uma extraordinária variedade de plantas e animais, sendo considerados como o mais diverso habitat marinho do mundo e estão entre as principais comunidades bentônicas. Providenciam alimento, abrigo e proteção a cerca de um milhão de espécies marinhas, como peixes, moluscos e crustáceos.

Uma em cada quatro espécies marinhas vive nos recifes, incluindo 65% dos peixes. Constituem uma barreira natural contra a força das ondas evitan-do a erosão além de ser fonte de proteínas para a di-eta alimentar da população costeira: calcula-se que em um km2 de recife de coral se produzem cerca de

30 toneladas de marisco por ano.

A produtividade primária dos ambientes recifais é muito alta, podendo ser comparada somente à das regiões de manguezais. Isto se deve, sobretudo, às algas que fazem simbiose com os corais, as cha-madas zooxantelas.

RECIFES DE CORAIS E SUA IMPORTÂNCIA NA VIDA MARINHA

Fonte: oreinodosbichos.blogspot.com.br

Texto adaptado por Amanda Lécia de Lima Silva, discente do 8° período do curso de Engenharia de Pesca da UFRPE - UAST e bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET PESCA UAST. Fontes: gazetaonline.globo.com/ _conteudo/2013/06/cbn_vitoria/comentaristas/marco_bravo/1449250-a-importancia-dos-recifes-de-corais-para-a-vida mari-nha.html; educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/recifes-de-corais-1-barreira-atol-e-franja-sao-tipos-desse-ambiente-marinho

BIORREMEDIAÇÃO UTILIZANDO MICROALGAS OU CULTIVO DE

MICROALGAS EM EFLUENTES?

O assunto é o mesmo, mas dependendo de quem lê, teremos visões distintas: produção de microalgas em meio de cultura alternativo e de baixo custo vs tratamento de efluente utilizando microalgas como polimento. Ambos estão corretos, por que não os somar? A transversalidade disciplinar tem se tornado cada vez mais presente no nosso dia-a-dia, e a Engenharia de Pesca tem muito a oferecer nesse quesito. Um Engenheiro Ambiental/Sanitário pode enxergar as microalgas apenas como microrganismos capa-zes de biorremover efluentes, seja sólido ou líquido, com quantidades consideráveis de nitrogênio (N) e fósforo (P) nas mais diversas formas que podem ser encontrados na natureza. Já o Engenheiro de Pesca, observa nestes efluen-tes uma oportunidade de reduzir os custos do cultivo das microalgas, onde sua biomassa obtida pode ser empregada em diversas finalidades – desde a suplementação humana

até a produção de biodiesel. Na aquicultura sustentável, o cultivo de microalgas em efluentes da produção de peixes e camarões, se torna uma vertente almejada, é uma atividade lucrativa, com custo quase zero, sendo ecolo-gicamente correta. O produtor lucra, a natureza agradece e os ecossistemas sobrevivem. Mude seu conceito sobre os efluentes: X Água poluída Meio de cultura para microalgas.

Fonte: José Boas

Texto escrito por Carlos Yure Barbosa de Oliveira aluno do 8º período de Engenharia de Pesca e estagiário do Laboratório de Produção de Alimento Vivo – LAPAVI/UFRPE e Laboratório de Biotecnologia de Microalgas – LABIM/ UFRPE-UAST

(3)

O Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) é uma pastoral social ligada a Comissão Episcopal para servi-ço da caridade solidária, justiça e paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), onde foi iniciado em 1968, nas praias de Olinda (PE), pelo Frei Alfredo. Mais tarde, o trabalho se espalhou para Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. O CPP é composto por agentes pastorais junto aos pescadores e pescadoras artesanais na cons-trução de uma sociedade justa e solidária.

O princípio do CPP é promover o serviço pastoral aos pescadores e pescadoras, tendo como finalidade o protagonismo social e político, o fortalecimento e promoção das relações de igualdade de gênero, incentivo ao tra-balho coletivo e o zelo para que aconteçam gestões baseadas nos princípios democráticos das organizações da cate-goria.

O CPP tem uma missão de “Anunciar aos pescadores a força libertadora do evangelho revelado aos po-bres, respeitando sua cultura, para que, pela sua organização, transformem as estruturas geradoras de injustiças, tendo em vista a libertação integral e a construção de uma nova sociedade”. Essa pastoral se articula em três equi-pes regionais e equiequi-pes diocesanas (na Bahia: no litoral em Sobradinho e no Norte de Minas Gerais; no Norte do estado do Pará e com equipes diocesanas em Belém e em Santarém; no Ceará e no Nordeste: Alagoas, Pernambu-co: Paraíba e Rio Grande do Norte e retomando contato com regional Sul), que se propõem continuar e efetivar o trabalho da pastoral garantindo o protagonismo dos pescadores e das pescadoras artesanais do Brasil, e a conquista de seus direitos.

O QUE É O CONSELHO PASTORAL DOS PESCADORES?

Trazido por Aureni Pereira Coelho e Allysson Winick da Silva. Graduandos do 9° período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE/UAST e bolsistas do Programa de Educação Tutorial - PET PESCA UAST

Fonte: cppnorte.wordpress.com//

“Sabemos o quão importante são os

veí-culos de comunicação, e pensando nisso o

site do PET Engenharia de Pesca da

Uni-versidade Federal Rural de Pernambuco,

Unidade Acadêmica de Serra Talhada

está de cara nova, e você não pode deixar

de conferir” Acesse o nosso site e fique

por dentro de todas as novidades !!!

O PET PESCA ESTÁ NA WORDPRESS.COM

Contribuição: Aureni Pereira Coêlho e João Paulo Honorato da Silva, discentes do 9º Período do Curso de Enge-nharia de Pesca da UFRPE/UAST e bolsistas do Programa de Educação Tutorial - PET PESCA UAST.

(4)

Ao falarmos em sustentabilidade, muitos intuitivamente pensarão em produção aliando preservação e con-servação do meio ambiente, alguns ainda dirão que é a prática de atividades rentáveis de modo a conservar os recur-sos naturais para as próximas gerações. No entanto, sustentabilidade vai além de questões ambientais e econômicas, também devendo-se levar em consideração as questões sociais.

Em empreendimentos aquícolas tradicionais são geradas muitas externalidades positivas, dentre elas temos a geração de oportunidade de emprego e renda, a maior circulação financeira local (em hotéis, pousadas, restauran-tes, mercados e feiras), o desenvolvimento da cadeia produtiva e a promoção de oferta de alimentos no mercado interno e externo a preços mais justos e acessíveis.

Contudo, estes empreendimentos (cultivos intensivos, com altas taxas de renovação de água, grandes des-cargas de efluentes e utilização de espécies exóticas de alto nível trófico) provocam impactos ambientais e socioeco-nômicos negativos que ameaçam a fauna e flora silvestre, degradam a água e o solo, causam poluição visual, modi-ficam a cultura local, dificultam o acesso a áreas de pesca e fomentam a desigualdade social.

É neste contexto que surge a aquicultura sustentável (cultivos extensivos, com baixas densi-dades, utilizando espécies nativas de baixo nível trófico), visando minimizar as externalidades nega-tivas socioeconômicas e ambientais, promovendo produções lucrativas. Esses cultivos demandam menor taxa de renovação de água, menores áreas de produção, utilizam mão de obra familiar e com devido acompanhamento técnico evitam o desmata-mento de manguezais, minimizam a degradação do solo e preservam os rios e estuários, promovendo ainda, maior equidade na divisão de renda, geram empregos e melhoram a qualidade de vida. Vale ressaltar que sustentabilidade não é sinônimo de baixa produtividade. Hoje já são empregadas diver-sas tecnologias de sistemas fechados, cultivos “ambientalmente amigáveis” (sistema de recirculação de água, tecno-logia de biofloco, sistema multitrófico integrado,

dentre outros), que promovem altas produtividades respeitando o meio ambiente e diminuindo ou inter-nalizando os custos de produção.

Para atingir a aquicultura sustentável, é ne-cessário saber o objetivo almejado com esta nova tendência tecnológica para, só depois, empreender no processo de desenvolvimento da atividade. No Bra-sil, onde a aquicultura ainda não experimentou um real processo de desenvolvimento, é interessante que seja realizada uma análise detalhada de todos os mo-delos existentes objetivando escolher o caminho a qual melhor adaptaremos à nossa realidade.

AQUICULTURA SUSTENTÁVEL: UTOPIA OU REALIDADE?

Fonte: Pescaamadora.com.br

Fonte: sursum1.blogspot.com.br

Texto escrito por Dallyne Emanuelly Araújo e João Lucas Rocha graduandos em Ciências Econômicas e Enge-nharia de Pesca, 8º período e 10º Período, respectivamente.

(5)

ENTRAVES NA AQUICULTURA

A produção proveniente da aquicultura vem crescendo e ganhando importância econômica no Brasil e no mundo. O Brasil, apesar da enorme potencialidade que possui nesta atividade, ocupa o 12º lugar no ranking mundial de produção de pescado (FAO, 2014). Neste contexto, a tilápia (Oreochromis niloticus) é a espécie de peixe que se destaca na produção nacional, tendo em vista a viabilidade em virtude dos altos índices de produti-vidade e adaptação a condições de manejo em cativeiro, representando no ano de 2013, 35% na produção aquí-cola nacional (IBGE, 2013).

A região do sertão pernambucano vem se destacando na produção de tilápias em tanques rede, contribu-indo com 8% da produção no nordeste (VIDAL, 2016). É possível perceber a riqueza de recursos hídricos dis-ponível no estado e a falta de aproveitamento para produção aquícola. É notória entre os pequenos produtores, a falta de políticas públicas voltada ao incentivo na promoção da atividade, no que tange principalmente a parte burocrática da regularização do empreendimento.

Atualmente, no estado, o órgão responsável pela emissão de outorga do uso da água é a Agência Per-nambucana de Águas e Climas (APAC) que faz o serviço juntamente com a Agência Estadual do Meio Ambien-te (CPRH) para a emissão do licenciamento ambiental. Sem a licença, em muitos casos, toda cadeia produtiva é prejudicada e os pequenos produtores ficam impossibilitados muitas vezes ao acesso a créditos e a programas de apoio técnico por parte das instituições de fomento, fazendo com que o produto tenha perdas significativas no valor agregado por ser comercializado de forma clandestina.

Há questionamentos quanto à razoabilidade das normas impostas, mas pouco tem sido feito para refutá-las de forma política. Assim, é imperativo que a comunidade acadêmica debata o tema e posicione-se em defesa desta atividade, na prestação de serviços orientados por meio da extensão universitária para aqueles que buscam a segurança de seus pequenos empreendimentos para promoção legal de renda, emprego e qualidade nos seus produtos.

Texto escrito por: Raquel Alice da Silva, Economista pela UFPE, Analista do SEBRAE/PE e Emerson José S.

Oli-veira, aluno do 5º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE – UAST e bolsista do Programa de Educação

Tuto-rial PET-PESCA UAST

Fonte: http://sulfish.blogspot.com.br

VOCÊ SABIA?

CURIOSIDADES !

1.

Um atum é capaz de nadar 170 Km num só dia;

2.

O peixe mais rápido do mundo é o agulhão-vela. Ele alcança a incrí-vel incrí-velocidade de 115 Km por hora;

3.

O maior peixe de água doce é o Pirarucu. Um exemplar pode chegar a dois metros e pesar por volta de 200 Kg.

Contribuição: Aureni Pereira Coêlho e João Paulo Honorato da Silva, graduandos em Engenharia de Pesca, 8º período e 9º Período, respectivamente. Fonte: http://www.mundodospeixes.com.br/2014/05/14-curiosidades-interessantes-sobre -os.html

(6)

Caviar é uma iguaria composta por ovas (ovócitos maturos) de fêmeas de esturjão, o nome comum usado para designar as espécies de peixes da família Acipenseridae, e dos dois gêneros mais conheci-dos: Acipenser e Huso. O termo engloba mais de 20 espécies e as mais importantes são sterlet , kaluga e beluga. É

um produto de águas geladas do hemisfério norte, que desperta grande curiosidade das pessoas em degustá-lo de-vido ao seu elevado valor comercial. Após compreender como é o

processo para obtê-las, é possível entender porque é um ingredien-te tão caro e que poucas pessoas conseguem ingredien-ter acesso.

Para obtenção do caviar é necessário o cultivo dos estur-jões, já que a industrialização e a poluição contribuíram para a di-minuição dos estoques pesqueiros. De todos os processos da aqui-cultura, a extração do caviar é um dos mais complexos. As fêmeas são anestesiadas antes de serem abatidas e analisado o grau de de-senvolvimento ovariano de cada espécimen. Os esturjões tem seu desenvolvimento acompanhado diariamente, como o aumento de peso e tamanho do animal através de um chip subcutâneo. É reali-zada uma indução hormonal para que os ovócitos amadureçam e, em seguida, é realizado o sacrifício do animal: os ovários são sepa-rados para a preparação do caviar, depois serão peneisepa-rados, lavados e secos, e o peixe é comercializado separadamente.

Um país que vem se destacando na produção de caviar é o Uruguai, tendo a maior produção da América Latina. O cultivo de

esturjões é um investimento em longo prazo, cujo sucesso envolve um conjunto de técnicas de reprodução artifici-al. O valor? No Brasil, o caviar chega a R$ 10 mil o quilo.

Texto adaptado por Maria Mirele Nogueira Barbosa. Graduanda do 9° período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE/UAST e bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET PESCA UAST. Fontes: http:// www.aquaculturebrasil.com/2017/07/31/cultivo-de-esturjao-e-os-ovos-de-ouro/

Como as tropas aliadas, que há 50 anos invadiram as praias da França para derrotar os nazistas e dar um fim à Segunda Guerra Mundial, milhares de tartarugas olivares tomam de assalto quatro praias do mundo (três na América e uma na Índia). Elas estão retornando ao local onde nasceram, cerca de dez anos antes. É a misteriosa arribada. Enquanto milhares de fêmeas desovam, os machos concentram-se na orla aguardando o retorno. Assim que as fêmeas entram na água, são agarradas para uma exaustiva cópula, que pode durar até três horas. Os espermatozóides desta espécie são dotados de extraordinária vitalidade, conservando-se vivos dentro da fêmea durante meses. Eles fecundarão os óvulos da próxima arribada. As tartarugas olivares distribuem-se ao longo da faixa equatorial e também desovam na costa brasi-leira. Mas no Brasil não se observa o movimento coletivo conhecido como arribada, que ocorre na Costa Rica, Nicará-gua, México e Índia. No Brasil, elas chegam em pequenos grupos ou mesmo sozinhas.

A Lepidochelys olivacea é a menor das tartarugas marinhas. Atinge, no máximo, 70 centímetros. Segundo Guy Marcovaldi, doPrograma Brasileiro de Conservação das

Tartarugas Marinhas (organização que defende as tartarugas marinhas), seu ciclo de vida é semelhante ao do homem: o período reprodutivo vai dos 15 aos 50 anos e pode chegar aos 80 anos. Bem alimentada, faz uma desova por ano. A incubação demora de 45 a 60 dias.

VOCÊ SABE O QUE É CAVIAR?

Texto adaptado por Weverson Ailton da Silva, discente do 7º período de Engenharia de pesca e bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET PESCA UAST. Fontes: super.abril.com.br/ciencia/o-dia-d-das-tartarugas-a-arribada-para-a-reproducao/

VOCÊ SABE O QUE É ARRIBADA?

Fonte: www.materiaincognita.com.br/

(7)

Texto adaptado por Danielli Matias de Macedo Dantas, professora de Malacologia do curso de Engenharia de Pes-ca e Pedro Henrique Marins Magalhães, discente do 5° Período do curso de Engenharia de PesPes-ca e bolsista do PET PESCA UAST/UFRPE. Fontes:caoceanografiaufes.wordpress.com; conchasbrasil.org.br; camilapenha.blogsport.com.br

DEIXAR AS CONCHAS NA PRAIA TAMBÉM É UMA PRÁTICA DE

CONSERVAÇÃO

Dos mais diversos tamanhos e cores, as conchas são estruturas que protegem a maiorias dos animais do filo Mollusca e que, por sua beleza e tamanho encanto, sempre exerceram grande atração sobre o homem. A con-cha é uma estrutura formada por carbonato de cálcio, estrutura essa que serve de proteção para os animais que a possuem, sendo encontrados em ambientes terrestres, marinhos ou dulcícolas. Por possuir alta resistência, as con-chas eram utilizadas na pré-história para diversos fins, desde utensílios domiciliares até a construção de armas e adornos. É comum encontrar em feiras de artesanato objetos que são construídos por conchas, principalmente de conchas marinhas por terem uma maior diversidade de cores e tamanhos.

O artesanato a partir das conchas de moluscos muitas vezes é a única renda de muitos artesãos, porém, a noção sobre o uso sustentável e a sua importância no ambiente natural é pouco discutida. Outro impacto relevante é a coleta de conchas nas praias com maior incidência de turismo, fato que pela retirada demasiada, as conchas se tornaram o quarto item mais colecionado do mundo, ficando atrás apenas de selos, moedas e cédulas. Essas con-chas encontradas nas praias executam um papel importante no ecossistema realizando diversas funções como: estabilização e formações de praias (ver figura 1), substrato para outros indivíduos e locais de colonização ou proteção para vários organismos.

Dentre os animais que utilizam as conchas destacam-se os caranguejos ermitões ou pagurídeos, um tipo de crustáceo onde usam as conchas como forma de proteção de possíveis predadores já que não possuem uma carapaça tão rígida, sendo importante também para sua reprodução e ecologia (Figura 2). Além disso, a retirada prejudica os próprios moluscos que muitas vezes estão dentro das conchas mantendo a umidade necessária, espe-rando apenas uma onda para retornar ao seu verdadeiro ambiente.

Como consequência da coleta indiscriminada das conchas, alguns impactos podem ser mencionados: mudanças nos habitats, redução e descontrole na biodiversidade dos organismos da região, aumento da erosão das praias e mudanças na reciclagem de carbonato de cálcio. É incontrolável fazer com que pessoas retirem essas conchas do mar, mas, mesmo com dificuldades de conscientização, a forma mais viável de proteger a beleza na-tural e a ecologia de outros organismos é importante salientar e propagar as informações citadas visando sensibi-lizar às pessoas que mais retiram das praias, os banhistas. Vamos por em prática a preservação! A lembrança deve ser incentivada, por fotos e memórias. Esses registros sim são construtivos e fazem bem a nós mesmos e ao ambiente!

Figura 1: Presença de conchas na Praia do Paiva. FON TE: O autor (2017).

Figura 2: Caranguejo ermitão ou paguro abriga-do em concha de molusco gastropoda. FON TE:

(8)

A IMPORTÂNCIA DO APROVEITAMENTO DO RESÍDUO DA INDÚSTRIA

DO PESCADO

Os resíduos gerados pelo processamento do pescado variam de 8 a 72% do corpo total do animal, depen-dendo da espécie e do processamento a qual é submetida. É de responsabilidade da indústria beneficiadora o destino final dos resíduos e é do interesse de todos (indústria, governo e sociedade) que tal destinação cause menos impacto ambiental possível. Tendo em vista que os resíduos do processamento do filé da tilápia (Oreochromis niloticus) correspondem à 67% do seu peso total e do processamento do camarão (Litopenaeus vannamei) descabeçado corres-ponde aproximadamente a 50%, em 2015 foram geradas aproximadamente 147 mil toneladas de resíduos do proces-samento da tilápia e 35 mil toneladas do beneficiamento do camarão. Só foram citadas duas espécies e a quantidade de resíduos já assusta, não é mesmo? Os destinos legais e mais aderidos para estes resíduos são: aterros apropriados, incineração ou o reaproveitamento, sendo este ultimo o menos impactante, mais desafiador e prodigioso.

O aproveitamento dos resíduos, além de evitar a poluição no meio ambiente, que já é uma grande causa, gera renda dos mais variados níveis, que são determinados pela aplicabilidade do produto, quantidade de tecnologia e processos adotados para produzi-lo e demanda do mercado. Uma infinidade de produtos podem ser gerados a par-tir dos resíduos da indústria pesqueira, desde produtos artesanais, como acessórios e artigos de decoração feitos com escamas e/ou couro de peixes à produtos farmacêuticos como quitina, quitosana, colágeno, carbonato de cálcio, den-tre outros, gerados através de processos de alta tecnologia biomolecular. Porém, é notório que os maiores investi-mentos deste subsetor são para fabricação de produtos alimentícios para humanos (Hambúrgueres, empanados, nug-gets, etc., utilizando carne mecanicamente separa obtida de carcaças de peixes), insumos para animais (Farinhas e

óleos para rações, que podem ser adquiridos por diversos métodos utilizando carcaças) e para agropecuária (Silagem de pescado, também adquiridos por diversos métodos e utilizando carcaças ou animais inapropriados para o consu-mo humano).

No entanto, apesar das diversas possibilidades de produtos gerados a partir dos resíduos do beneficiamento do pescado, a rentabilidade da maioria dos processos ainda é um entrave. A implementação dos processos exige grandes investimentos em equipamentos, profissionais capacitados, certificações e licenciamentos e os produtos gerados com-petem com outros já estabelecidos no mercado. Todos os fatores citados nos encorajam ainda mais a pesquisar e de-senvolver processos mais simples e tecnológicos que visem o aproveitamento dos resíduos a fim de gerar maior susten-tabilidade para o setor.

Fonte: andina.com.pe e evanorte.com

Fonte: andina.com.pe e evanorte.com

Texto escrito por Ramires Eloise Queiroz, Engenheira de pesca. Biotecnologia e ecologia, Fontes: bibliote-ca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/84/ppm_2015_v43_br.pdf.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/94 SubPro-duto94.asp labenz.com.br/pages/line2

(9)

ALGUMAS ATIVIDADES REALIZADAS PELO PET ENGENHARIA DE

PESCA EM 2017.1

Semana de integração - O PET Engenharia de Pesca UFRPE/UAST, juntamente com o Diretório Acadêmico de Engenharia de Pesca Carlos Guerra (DAEP) e a coordenação de Engenharia de Pesca, viabilizou uma visita a

base de piscicultura do IPA.

I SIMPAq - O PET Engenharia de Pesca junto com professores, alunos e ex-alunos do curso o I Simpósio de Recursos Pesqueiros e Aquicultura na Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).

Trocando Saberes: “VIVENDO A ILHA DE DEUS”, “A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO PARA A VIDA ACADÊMICA E PROFISSIONAL DO ALUNO” e “PROJETO DE ILHAS OCEÂNICAS DO BRASIL”,

respectivamente.

Momentos de socialização entre os PET’s UFRPE/UAST: InterPET e I Arraial dos grupos PET’s da Unidade Aca-dêmica de Serra Talhada..

(10)

PET - PESCA - UAST

TIRAGEM: 200 CÓPIAS

Corpo editorial:

Allysson Winick da Silva

Amanda Lécia de Lima Silva

Aureni Pereira Côêlho

Carlos Yure Barbosa de Oliveira

Cianne Náthally de Siqueira Moura

Emerson José da Silva Oliveira

João Lucas Oliveira Rocha

João Paulo Honorato da Silva

Larissa Joyce Lopes Nunes

Pedro Henrique Marins Magalhães

Renata Akemi Shinozaki Mendes

Prof. Dr.ª Juliana Ferreira Santos

Eventual substituta da coordenadora do

curso de Eng. De Pesca:

Prof. Dr.ª Juliana Aderaldo Vidal

Tutora do PET– Pesca:

Prof.ª Dr.ª Renata Akemi Shinozaki Mendes

Dicas de livros

REVISTA BALAIO

CULTURAL - Ano I. Nº1.

Set/16– Diretório Central dos

Estudantes da UFRPE

Sugestões de site

petpescauast.wordpress.com

simpaq.wordpress.com

www.oceanario.pt

www.ufrpe.br/uast/newsite/

Eventos

XX CONBEP

8 á 11 Outubro de 2017

VIII SEMANA DE QUÍMICA DA UFRPE/UAST

16 a 20 de outubro de 2017

XVII JEPEX NA UFRPE/

UAST

30, 31 de outubro e 01 de

novembro de 2017

XIV FENACAM

15 à 18 de Novembro de 2017

ENEEP 2018

23 a 26 de maio de 2018

Apoio:

Professores, técnicos e alunos

que tiverem interesse de

es-crever algo para nosso

bole-tim é só enviar para o e-mail:

petpescauast@gmail.com

Expediente:

Autor corporativo:

Renata Akemi

Shino-zaki mendes - UFRPE/

UAST

Universidade Federal

Rural de Pernambuco.

Unidade

Acadêmica

de Serra Talhada

Avenida

Gregório

Ferraz Nogueira, S/N.

Bairro: José Tomé de

Souza Ramos.

CEP: 56909-535

Serra Talhada—PE

E-mail:

petpes-cauast@gmail.com

Sala do PET:

Bloco 03, 1° Andar

Periodicidade da

pu-blicação: Semestral

Referências

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