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Palavras-chave: Percepção Ambiental. Áreas verdes. funcionalidade.

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Academic year: 2021

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CONGRESSO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO – CONPEDUC 2017 Política e Educação: desafios contemporâneos

ISSN 2179-068X

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS PARQUES URBANOS DE RONDONÓPOLIS – MT

Raiany dos Santos Monteiro Universidade Federal de Mato Grosso Planejamento, Ambiente e Educação Ambiental- PLANEA

Mirian Terezinha Mundt Demamann Universidade Federal de Mato Grosso Planejamento, Ambiente e Educação Ambiental- PLANEA

Resumo

O estudo objetivou compreender a funcionalidade e a percepção da sociedade sobre os parques urbanos, para tal, foram realizadas entrevistas e visitas técnicas. Verificamos a funcionalidade de alguns Parques Urbanos em Rondonópolis. O Parque das Águas e o Parque Linear Arareau têm como principais atividades desenvolvidas caminhadas e corridas, além de vôlei e encontros de amigos. No Parque Rio Vermelho Vivo é desenvolvida atividades do CRAS. Outros parques como Lageadinho e Escondidinho tiveram suas obras suspensas, o que gerou nos moradores uma insatisfação, os espaços servem de depósitos de rejeitos, o que resulta em odores nos bairros próximos e também é caracterizado como “abrigo” para usuários de drogas.

Palavras-chave: Percepção Ambiental. Áreas verdes. funcionalidade. Introdução

Os parques urbanos constituem equipamentos públicos urbanos, disseminados pelo mundo a partir de iniciativas de implantação inglesas, francesas e americanas. Os parques devem ser geridos por órgãos públicos municipais e surgem pela demanda e necessidade de áreas verdes em áreas urbanas. (SCALISE, 2002 apud REZENDE, et al. 2012).

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Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Universitário de Rondonópolis

No final do século XVIII, na Inglaterra, o parque surge como um fato urbano relevante e tem seu pleno desenvolvimento no século seguinte, com ênfase maior na reformulação de Haussmann em Paris, e o Movimento dos Parques Americanos – o Park Moviment liderado por Frederick Law Olmsted e seus trabalhos em New York, Chicago e Boston. No século XIX surgiram os grandes jardins contemplativos, os parques de paisagem, os parkways, os parques de vizinhança americanos e os parques franceses formais e monumentais (SCALISE, 2002 apud SILVA; PASQUALETTO, 2013, p. 288).

No Brasil os parques urbanos começam a se difundir a partir da chegada da família real portuguesa que muda a estrutura e organização do país, seguindo tendências dos sistemas de parques ingleses e americanos (SCOCUGLIA, 2002 apud SILVA; PASQUALETTO, 2013). Segundo Macedo (2002, apud SILVA; PASQUALETTO, 2013) os primeiros parques urbanos brasileiros foram criados nas maiores cidades e em bairros elitizados para atender as populações mais ricas.

Visto a importância desses espaços para a sociedade, diversos estudos tem abordado a percepção dos usuários. Santos, et al. (2013) em seu estudo “PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS VISITANTES DOS PARQUES URBANOS DE TERESINA – PI” aborda a importância de compreender a percepção dos usuários de parques urbanos, visto que a utilização desses espaços é feita pela população e determina as condições destes ambientes. O modo pelo qual os parques são compreendidos diz muito sobre os impactos gerados pela visitação e as expectativas de melhorias, podendo ser tomados como pontos de partida para os órgãos públicos desenvolverem estratégias de manutenção que cumpram o papel social desses parques urbanos.

O artigo “O parque urbano brasileiro do século XXI” (2015) discorre sobre os processos de mudança das cidades e consequentemente dos parques urbanos, a autora Francine Gramacho Sakata afirma ser os parques urbanos uma solução dos governos para criação de espaços de preservação e lazer para a população.

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De acordo com Loboda e Angelis (2002 apud REZENDE, et al. 2012) A urbanização acarreta aspectos negativos para a qualidade de vida dos moradores, tendo as áreas verdes urbanas importante função na busca por melhorias dessa qualidade de vida.

O estudo contempla resultados obtidos no Programa de Institucional de bolsa de Iniciação Científica (PIBIC), fomentada pela Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT). A pesquisa tem como tema a Percepção Ambiental dos Parques Urbanos de Rondonópolis – MT, cuja maioria trata de obras inacabadas resultando em fragmentos públicos abandonados que são utilizados como áreas de depósitos de rejeitos sólidos. O objetivo do estudo é compreender a funcionalidade e como a comunidade percebe os parques urbanos na cidade.

Fundamentação teórica

A percepção ambiental possibilita a criação de vínculos afetivos entre indivíduos e o ambiente no qual este encontra-se inserido por intermédio das imagens como são percebidas e significadas, também pelas sensações, impressões e laços afetivos estabelecidos (PEREIRA; SIMONETTI, 2012). O estudo da percepção ambiental permite compreender as inter-relações entre homem e ambiente, a partir de suas expectativas, satisfações, insatisfações, valores e conduta, além de como cada indivíduo percebe e responde a situações ligadas ao ambiente (VIANA, et al. 2014).

Os estudos dessas relações permitem entender aspectos sobre a funcionalidade e percepção de parques urbanos que são espaços públicos de lazer, formado por elementos de caráter estético e agradável, visando atividades recreativas, de lazer e de conservação da natureza. Os parques urbanos tem papel consolidado e grande importância para saúde pública e mental, sendo atribuído a estes espaços a característica de poder aliviar e romper com a situação citadina de estresse (PEREIRA; SIMONETTI, 2012).

Nesse sentido Brouwne & Whitaker argumentam

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encontro das pessoas, contato com ar limpo e rompimento com a rotina de trabalho ocasionando, assim, uma melhoria na saúde física e mental destes. (1973 apud VIANA, et al. 2014, p. 4045).

As áreas verdes, independente do tamanho, podem ser denominadas parques municipais, jardins, praças, parques lineares. Esses espaços são importantes para a manutenção e preservação de parte da natural ou recomposta, além da manutenção dos aspectos estéticos, científicos, e contribuem para o contato direto da população e o ambiente, sendo utilizadas principalmente para exercícios físicos e caminhadas (PEREIRA; SIMONETTI, 2012).

Os parques urbanos como espaços públicos apresentam grandes benefícios para a população urbana e para o próprio ambiente. Porém a funcionalidade dos parques deve ser difundida entre a população, visto que é necessário um esforço grande para a criação e conservação desses espaços, pois a população precisa se apropriar deles para que os benefícios possam tornar-se possíveis. Se a população não se apropriar desses espaços, eles tendem a ser desprezados e perdem a funcionalidade, deixando de ser visitados (Pereira; Simonetti, 2012).

Metodologia

A abordagem metodológica empregada para analisar a Percepção Ambiental dos Parques Urbanos de Rondonópolis – MT foi de acordo com a dinâmica de uso e funcionalidade dos mesmos, numa perspectiva dialética e histórica. Trata-se de um estudo qualitativo, no qual foram realizadas entrevistas com os usuários e análise de noticiários regionais confirmando aspectos identificados nas entrevistas. Também foram realizadas visitas técnicas, registros fotográficos, levantamento teórico abordando questões históricas e conceituais sobre a temática abordada.

Resultados e discussões

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skate, patins, corridas, caminhadas, além de rodas de conversas entre amigos e familiares.

O Parque Rio Vermelho Vivo conta com um prédio no qual se desenvolve as atividades do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Além disso, há projetos voltados a socialização de crianças e consciência ambiental. Já o Parque Linear Arareau dispõe de academia pública, pista de passeio, quadras de areia, campo de futebol. As principais atividades desenvolvidas são caminhadas e corridas, além de vôlei e encontros de amigos.

Outros parques como Lageadinho e Escondidinho tiveram suas obras suspensas, o que gerou nos moradores uma insatisfação, segundo as descrições, os espaços servem de depósitos de rejeitos e propícios a proliferação de insetos e roedores, o que resulta em odores e possíveis focos de doenças. Cabe a uma parte da população a responsabilidade por não utilizar da consciência ambiental, ignorando os impactos que essas ações podem causar ao ambiente. E também é caracterizado como “abrigo” para usuários de drogas, visto que os prédios são obras inacabadas.

Os parques não finalizados demonstra a necessidade de um melhor planejamento e concretização por parte dos órgãos públicos responsáveis, principalmente pelo fato desses parques urbanos constituírem uma saída para manutenção de áreas verdes e de lazer, visto que a cidade cresce consideravelmente e a população por sua vez necessita desses espaços para socialização. A efetivação dos mesmos surge como processo compensatório, visto que há ocupações residenciais e comerciais de lugares impróprios como Áreas de Preservação Permanente (APP) na cidade que, por sua vez, resultam na diminuição de áreas verdes conservadas.

Considerações Finais

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problemas existentes em decorrência das obras inacabadas nos parques urbanos, resultando desaprovação por parte da população, principalmente para aqueles que moram nas proximidades desses locais.

Nesse sentido, faz-se necessário o desenvolvimento de projetos efetivos por parte dos governos, visto a importância das áreas verdes no município e a diminuição de riscos no local. Outro aspecto importante é a necessidade de mais estudos que levem à sensibilização da população quanto ao depósito de resíduos em locais inapropriados e no entorno dos parques, o que tem acarretado diversos fatores de risco como doenças, odores e comprometimento estético da paisagem.

Referências

PEREIRA, Larissa Ferreira. SIMONETTI, Susy Rodrigues. A percepção ambiental de frequentadores do Parque Ponte dos Bilhares em Manaus – AM. Anais do VII Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul. Turismo e paisagem: relação complexa, 2012.

REZENDE, Patrícia Soares et al. QUALIDADE AMBIENTAL EM PARQUES URBANOS: levantamento e análises de aspectos positivos e negativos do Parque Municipal Victório Siquierolli – Uberlândia – MG. OBSERVATORIUM: Revista Eletrônica de Geografia, v.4, n.10, p. 53-73, ago. 2012.

SAKATA, Francine Gramacho. O PARQUE URBANO BRASILEIRO DO SÉCULO XXI. Cidades Verdes, v.03, n.07, p. 17-27, 2015.

SANTOS, K. N. C. et al. PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS VISITANTES DOS PARQUES URBANOS DE TERESINA – PI. Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013.

SILVA, Janaína Barbossa, PASQUALETTO, Antônio. O CAMINHO DOS PARQUES URBANOS BRASILEIROS: DA ORIGEM AO SÉCULO XXI. Estudos, Goiânia, v. 40, n. 3, p. 287-298, jun./ago. 2013.

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