FERMENTAÇÃO
ALCOÓLICA
Aplicado como combustível verde, em industrias
de alimentos, perfumes, cosméticos e como
insumo da industria química;
Combustível potencialmente global;
Alternativa muito procurada com a escassez do
petróleo;
Vias de obtenção
Destilação (↓ Brasil)
Sintética (hidrocarbonetos – grandes reservas
de petróleo)
Fermentação (Maior número de
matérias-primas naturais)
Preparo do substrato
Tratamento da matéria-prima
Extração dos açúcares fermentescíveis
Fermentação
Destilação
Separação do etanol
Do substrato fermentado
De impurezas do etanol
A produção de etanol
C6H12O6 2 H3C- CH2-OH + 2 CO2 + Energia Açucar Etanol Gás carbônico
Cana de açúcar, beterraba, sorgo, milho,
melaços, mel de abelha, e frutas
O etanol pode ser produzido a partir de
várias matérias - primas
Matérias Açucaradas
Grãos amiláceos, raízes e turbeculos
Matérias Amiláceos
Palha, madeira, resíduos agrícolas e sulfíticos
de fábrica de papel
Na biossíntese do etanol é empregado
linhagens selecionadas de
Saccharomyces
cerevisae.
• Crescimento vigoroso (t)
• Tolerância
ao etanol,
• Rendimento final
• adição de bactericidas e
antibióticos
A tolerância ao etanol varia
consideravelmente de
acordo com as linhagens de
leveduras.
O etanol é
inibidor à altas concentrações
, e a
tolerância das leveduras é um ponto crítico para uma
produção elevada deste metabólito primário.
De modo geral, o crescimento cessa quando a
produção atinge
5% de etanol (v/v),
e a taxa
de produção é reduzida a zero, na
F
ATORES QUE AFETAM A FERMENTAÇÃO
F
ATORES QUE AFETAM A FERMENTAÇÃO
Nutrição mineral e orgânica
Temperatura
Temperatura ótima de crescimento: 26 a
35 °C
↑ velocidade de fermentação,
favorecendo a contaminação bacteriana
pH
Entre 4,5 - 5,5
Inibidores da fermentação
F
ATORES QUE AFETAM A FERMENTAÇÃO
Concentração de açúcares
Concentração de inóculo
Contaminação bacteriana
Antissépticos
Antibióticos
PRODUÇÃO DE
CERVEJA
INTRODUÇÃO
• Bebidas fermentadas – 30 mil anos
• Cerveja – 8000 a.C. (Suméria, Babilônia, Egito)
• Germânicos (Europa) – Lúpulo
• Brasil – D. João VI
• 1888 – Brahma – RJ
• 1891 – Antarctica – SP
•9ª no Rankig de consumo (47,6 L/ano)
•5º produtor (8,5 milhões)
AMBEV (80% Mercado Nac.)
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
• Ministério da Agricultura (Registro, Padronização, Classificação,
Análise, etc.)
• Definição
CLASSIFICAÇÃO
• a) Tipo de Fermentação:
Baixa (Ale)
Alta (Lager)
• b) Teor de Extrato Primitivo
Fraca (7 – 11%)
Normal (11 – 12,5%)
Extra (12,5 – 14%)
Forte ( > 14%)
• c) Cor
• d) Teor Alcoólico
Clara
Escura
Sem Álcool ( < 0,5%)
Baixo Teor Alcoólico (0,5 – 2,0%)
Médio (2,0 – 4,5%)
MATÉRIAS PRIMAS
• Menores dificuldades tecnológicas
• Milho Ranço
• Trigo Microrganismos
1- MALTE
(Produzido na germinação das sementes de cevada)
CEVADA
• Germinar fácil e uniformemente
• Baixo teor de proteínas (9,5 – 11,5%)
• Cevada Alto teor de amido
MALTAGEM
• Alto conteúdo enzimático * Maltarias (Limpeza e seleção de grãos)
CEVADA MACERAÇÃO SECAGEM SECAGEM GERMINAÇÃO Água – 5 a 18°C Troca de 6 a 8h w= 42 – 48% 2 dias 15 – 21°C Odor e textura do grão 4 – 6 dias
Longos períodos/ baixa temperatura
1a et. 49-60°C w= 48 23% 2a et. 71°C w= 12% 3a et. 88-100°C w= 4-5% lager w= 2-3% ale
Umidade
45%
Estufas (interrompe a germinação )
Fornos com peneiras
2- ADJUNTOS OU GRITZ
• Carboidratos ao mosto
• Milho, arroz, cevada, trigo, sorgo (NÃO tem enzimas)
• Razões econômicas
• Cervejas leves e refrescantes, cor clara e brilho
• Aumentando a quantidade de adjunto:
• Mostos pobres
• Aumento da viscosidade
• Sabor de grãos
• Pouco corpo
• Espuma de má qualidade
• Amiláceos (grits de milho e arroz)
• Açucarados (xarope de cereais, sacarose, açúcar invertido)
•Camelo, mel ou extratos
3- LÚPULO
• Cannabinaceae
• Flores de lúpulo Macho (sem semente) Lager Fêmea Ale
• Aroma e amargor (resinas e óleos essenciais) • Ação antisséptica
4- ÁGUA
• Rica em CaSO4 Bourton-on-Trente
• Pobre em CaSO4 e Rica em CaCO3 Cervejas escuras adocicadas •Dublin, Munchen, London
• Cl-, SO
2-4, HCO-3 Dortmund
• Água mole (pouco Ca e Mg) Pilsen • REQUISITOS
• Potável, transparente, incolor, inodora, insípida • Fonte de alcalinidade de 50 ppm – pH = 7 a 9 • 50 ppm de Ca
LEVEDURAS E BACTÉRIAS
• Ascomicetos, Basidiomicetos, Deuteromicetos
• Produção de Pão, Cerveja e Vinho
• Saccharomyces cerevisiae e uvarum
• Alta fermentação (Ales) – Saccharomyces cerevisiae
• Baixa fermentação (Lager) – Saccharomyces uvarum
SELEÇÃO
• Cerveja de sabor e odor agradáveis
• Crescimento adequado (3 a 5x)
• Habilidade de flocular
CULTIVO PURO
• Livre de infecção
• Meio sólido/ óleo mineral
• Liofilização
LEVEDURAS SELVAGENS
• Hansenula, Kloeckera, Candida, Pichia, Torulopsis, Rhodotorula, Brettanomyces • Formação de película e turbidez
• Odor e sabor
LEVEDURAS CONTAMINANTES
• Lactobacillus, Pediococcus Diacetil • Bactérias lácticas
• Enterobacter e Citrobacter
• Controles: ácidos minerais pH = 2,5
PROCESSAMENTO
PRODUÇÃO DO MOSTO
PROCESSO FERMENTATIVO ACABAMENTO
PRODUÇÃO DO MOSTO
•
Moagem (esmagamento)
• Produção mínima de farinhas: mucilagens (15 a 30 dias)
• Mosturação (maceração)
• Transformação de matérias primas cervejeiras (água. Malte, lúpulo e adjunto) • Cocção – 40°C/ 2h: qndo. Não há adjunto
• Infusão de duas massa: Adjunto amiláceo
• Filtração
• 75°C: Viscosidade • Inativação de enzimas • Diminuição de bactérias
Fervura
• Estabilidade biológica e coloidal • pH < 5,5
• Inativação da alfa amilase • Adição do lúpulo
• Desenvolvimento da cor
• Resfriamento e aeração • 14 – 16° C alta • 6 – 12° C baixa
• Trocadores de calor/ ar estéril
PRODUÇÃO DO MOSTO
CLARIFICAÇÃO
• Sedimentação de leveduras e colóides • Filtração (Terra diatomácea) • Centrifugação • OBJETIVO•Inativar as enzimas, coagulação • Saturar com CO2
• Melhora odor e sabor • Concentrar
•Esterilização
• Baixas temperaturas 0°C/ 2 – 4 semanas
FERMENTAÇÃO
MATURAÇÃO
Fase Primária
Fase Secundária (6 a 9 dias)
CARBONATAÇÃO
Linha
Tanque
CERVEJA VERDE
•Maturação (15 a 60 dias)
•Filtração (velas, placas ou cartucho)
PASTEURIZAÇÃO
• Estabilidade biológica e resfriamento rapido • Trocadores de placa (Barris): 75°C/20 seg • Túnel de pasteurização (Garrafas): 60°C •Maior durabilidade (6 meses)
QUALIDADE DA CERVEJA
DEFEITOS DA CERVEJA
• TURBIDEZ • SEDIMENTO
• INSIPIDEZ: Carência de espuma e carbonatação •OXIDADO, VELHO
ENGARRAFAMENTO
• Tanques de pressão 0 - 1°C
• Tanques de 800l, Barris de 25 – 250l, Chope • Garrafa: Retornável e não retornável
TIPOS DE CERVEJA
PILSEN
• Cor dourada e brilhante • Corpo leve e macio
MÜNCHEN OU MUNIQUE
• Lager de cor escura e flavor de malte • Na Alemanha malte altamente tostado • 5% de álcool, paladar de malte, não doce e amargor leve
MARZENBIER
• Cerveja de Março/ Oktoberfest • Malte Viena, cor avermelhada
BOCK
• Levedura de baixa fermentação e longo período de maturação • > 6,7% de álcool
• Bebida quente na Alemanha
WEISSBIER OU WEIZENBIER
• Cerveja de trigo
• Aroma de cravo-da-Índia, baunilha • 5,0 a 5,6% de álcool
STOUT
• Cerveja escura de alta fermentação
Resumo das principais características das
fermentações típicas
Fermentação Microorganismo Via metabólica Produto Principal Uso Comercial Alcoólica Saccharomyces cerevisiae; Sarcina ventriculi; Zymomonas mobilis Glicólise, Glicólise, Entner-Doudoroff Etanol+CO2 Bebidas
Lática lactobacillaceas Glicólise,
Via Pentose-fosfatos Ácido lático, Ácido lático+etanol+C O2 Iogurte; Kefir, conservas Propiónica Propionibactérias Glicólise Ácido propiónico
Fórmica Enterobactérias (Photobacterium)
Glicólise Ácido acético, fórmico, málico, Lático, etanol, glicerina, CO2 e H2.
Produtos industriais
Butírica-butanólica Clostridios Glicólise Ácido butírico, butanol, acetona, isopropanol
Produtos industrias