APRIMORAMENTO PSÍQUICO – NUTRICIONAL DOS JOGADORES DO CLUBE ATLÉTICO GUAÇUANO
Introdução
O corpo humano dever ser suprido com energia para realizar suas muitas complexas funções. As necessidades de energia de uma pessoa aumentam com o exercício, o corpo deve fornecer energia adicional ou o exercício irá cessar. (Mahan e Stump, 2005).
A nutrição é um componente determinante na regulação dos processos metabólicos dos seres humanos. A nutrição dos jovens deve fornecer nutrientes também para o período de crescimento e desenvolvimento.
A biodisponibilidade dos macronutrientes e micronutrientes é o fator que intervém diretamente na fadiga muscular, recuperação e adaptação às cargas de treino, sendo particularmente importantes para os estoques de glicogênio muscular e hepático, além do triglicerídeo intramuscular e o balançonitrogenado (Lima, Lacerda, e Navarro, 2008).
De acordo com Mahan e Stump (2005), os atletas devem consumir a proporção perfeita de proteinas, carbidratos e gorduras em todas as refeições e lanches para controlar os sistemas hormonais e desta forma alcançar o seu máximo desempenho e o peso ideal. Essa proporção perfeita é de 40% de carboidratos, 30% de proteínas, e 30% de gordura a cada refeição ou lanche.
O termo ergogênico é derivado de duas palavras gregas: ergon (trabalho) e gennan (produzir). Portanto, um ergogênico normalmente se refere a alguma coisa que produz ou intensifica o trabalho. Os recursos ergogênicos podem ser definidos como qualquer substância, processo ou procedimento que pode aprimorar o desempenho através de uma melhor resposta de força, velocidade, tempo, resistência e recuperação do atleta.
Outros agentes ou recursos ergogênicos incluem: componentes nutricionais (carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, sais minerais, água e eletrólitos);
componentes fisiológicos (oxigênio, reforço por dopagem sanguínea, condicionamento e procedimentos de recuperação); componentes psicológicos (hipnose, sugestão e ensaio); e componentes mecânicos (mecânica corporal aprimorada, vestimenta, equipamentos e treinamento das habilidades).
Uma alimentação adequada é fundamental para que o atleta consiga atingir uma ótima performance esportiva. Se a alimentação é deficiente em um determinado nutriente que é utilizado fundamentalmente para a produção de energia durante o exercício, a performance será prejudicada, ou seja, se a dieta for equilibrada sendo composta por alimentos variados, você não estará sujeito a uma eficiência nutricional, que irá prejudicar a sua performance esportiva (Gomes, Lemos, Morais, e Barreto, 2007).
O treinamento desportivo deve ter caráter muito especifico com base no modelo do jogo, tendo como conceito básico a reunião das capacidades biomotoras envolvidas
no processo com o objetivo de proporcionar adaptações funcionais em um nível mais seletivo.
Pode-se dizer que o futebolista só poderá alcançar rendimentos expressivos dentro do jogo, com a inclusão dentro do processo de estruturação de exercícios direcionados a especificidade do futebol.
Sendo assim, um elevado nível de preparação técnica e tática das equipes exige aperfeiçoamento das capacidades de rendimento fisico dos atletas, variável muito importante para o sucesso competitivo desde que esse processo seja estruturado de maneira racional tendo como base as modernas concepções da teoria do treinamento.
No esporte, o estresse ocorre independentimente da idade, não importando o sexo, posição especifica que o atleta ocupa no campo de jogo ou nível competitivo.
Pode ser positivo, ao manter o atleta em um nível otimo de ativação, antes e durante a competição possibilitando-lhe assim, concentrar suas energias para que possa alcançar seus objetivos, ou negativo, quando as pressões externas do próprio indivíduo transformam-se em situações ameaçadoras ao seu bem-estar ou a sua auto estima (Barbosa e Cruz, 1997, citado por Azevedo 2008).
Para os autores Lipp e Malagris, citado por Azevedo (2008), o estresse é definido como uma reação do organismo com componentes fisicos e/ou psiquicos causado pelas alterações psicológicas que ocorrem quando a pessoa se confronta com uma situação que, de um modo ou de outro, a irrite, amedronte, excite confunda, ou mesmo que a faça imensamente feliz.
Do ponto de vista psicológico, o estresse é definido como a percepção que o indivíduo tem sobre o desequilibrio entre as demandas físicas ou psicológicas e os recursos que ele possui para enfrentá-las, numa atividade importante como é a competição desportiva para o atleta (Rohlfs et al., 2004, citado por Azevedo, 2008).
Para os autores, o estresse negativo é decorrente de situações que podem causar prejuizos ao organismo, podendo ser considerado agudo, ao instalar-se por pouco tempo, ou intenso e crônico, ao permanecer por um período maior e moderado.
Justificativa
A presente pesquisa tem o objetivo de efetuar o aprimoramento alimentar dos jogadores de futebol do Clube Atlético Guaçuano, sendo indispensáveis para o acondicionamento nutricional e psíquico. Fator este de extrema importância, pois o comportamento nutricional constitui no ótimo rendimento de suas reservas energéticas.
Neste contexto, adquire relevância ao trabalho multidisciplinar, incluindo a assistência de um nutricionista e um psicólogo, o que lhes permitem um auxilio para uma alimentação adequada e um bom suporte psíquico.
No que se refere ao fator nutricional, os consumos adequados de vitaminas e minerais são muito importantes para a manutenção das diversas funções metabólicas do organismo. A ingestão inadequada desses micronutrientes pode levar a estados de
carência nutricional, sendo assim diversas manifestações patológicas por elas produzidas, (Velasques_Melendez at AL., 1997, citado por Holanda, 2004).
Tanto para esportistas como para atletas, uma alimentação adequada é necessária para suprir a demanda energética requerida pelo exercício, pois ela fornece uma ingestão ideal de nutrientes importantes para o rendimento físico. Porém, muito mais do que o rendimento no esporte, o conhecimento sobre nutrição para prevenção de doenças é fundamental para ambas as populações (Nicastro, Datilo, Santos, Padilha, Zimberg, Crispin e Stulbach, 2007).
Objetivos
Objetivo Geral
Promover o aprimoramento psíquico nutricional dos jogadores de futebol do Clube Atlético Guaçuano, da cidade de Mogi Guaçu, SP.
Objetivos Específicos
Levantar dados dos jogadores do Clube Atlético Guaçuano quanto a idade, altura, peso, cidade de origem, período de vigência do contrato de trabalho, rotina de treinamento físico e rendimento em campo;
Avaliar qualitativamente e quantitativamente o cardápio nutricional disponibilizado aos atletas;
Confrontar cardápio nutricional vigente com necessidades calóricas dos jogadores segundo recomendações determinadas para estes profissionais, e inserir novo cardápio;
Abordar aspectos psíquico-emocionais que interferem no rendimento dos profissionais em campo;
Avaliar ao longo de seis meses as alterações físicas e psíquicas obtidas pós-inserção do novo cardápio e suporte psíquico.
Metodologia
Após assinatura do termo de livre consentimento em pesquisa (segundo resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde), vinte e nove jogadores de futebol, do Clube Atlético Guaçuano da cidade de Mogi Guaçu, SP compuseram o grupo I de pesquisa que inter-relaciona o aspecto nutricional e psíquico dos atletas com o rendimento em campo. Estes profissionais foram submetidos à análise dietética através do estudo do cardápio das refeições diariamente oferecidas. Estas informações foram analisadas e correlacionadas com os resultados dos jogos disputados pelo time.
A adequação da ingestão de alimentos dos atletas, em relação à energia e macronutrientes foram fundamentadas na Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de
Medicina de 2003, (RODRIGUES ET AL., 2003), que determina: Taxa calórica total: de 30 a 50 kcal/kg de peso; carboidratos: 5 a 10 kcal/kg de peso/ dia; e lipídeos 30%.
Todas as informações pesquisadas foram obtidas através das entrevistas e armazenadas em planilha de dados Microsoft Excel (versão 2003) e os resultados analisados segundo parâmetros da literatura cientifica relacionada.
Para obter a independência entre as proporções serão utilizados o teste de Qui- quadrado e o teste exato de Fisher. O nível de significância a ser adotado é de 5%. No segundo momento da pesquisa, outro grupo de jogadores pertencentes ao mesmo clube sofrerá interferência quanto ao aspecto nutricional e psíquico.
Após um acompanhamento de seis meses, serão coletadas novamente informações dietéticas e relacionadas aos jogos disputados. Os resultados obtidos serão analisados e comparados com o grupo I.
Cronograma
Cronograma Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 2010 2010 2010 2010 2010 2010 2010 2010 2010 Triagem dos
jogadores X X
Acompanhamento do cardápio e do
Serv. De Alim. X X
Tabulação dos
dados X X
Proposta
alimentar X
Nova coleta de
dados X
Referências Bibliográficas
AZEVEDO, Nairton Sakur de. O consumo alimentar e o estresse psicológico um estudo com atletas de alto rendimento da Seleção Pernambucana de Voleibol,
2005. Disponível em:
Acesso em 02/04/2010.
GOMES, A. R.; LEMOS A. L. S.; MORAESL. L., BARRETTO, E. M. F. Suplementação de trigliacerídeos de cadeia media em atividade de endurace. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 1, n. 1, p. 60-66, 2007.
HOLANDA, Lívia Batista. Análise de consumo alimentar de adolescentes residentes
na cidade de Campinas, SP. Disponível em:
<http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000341436>. Acesso em 30/03/10.
LIMA, F. A., LACERDA, L M.; NAVARRO F., Perfil alimentar e composição corporal de atletas da seleção paraibana feminina infanto juvenil de basquetebol. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v2, n7, p.29-36, 2008.
MAHAN, L. Katheleen; STUMP, Sylvia Escott. Krause – Alimentos, Nutrição &
Dietoterapia. 11ª Edição. São Paulo: Roca, 2005.
NICASTRO H.; DATTILO M.; SANTOST. R.; PADILHAH. V. G.; ZIMBERG I. Z.;
CRISPIN C. A, e STULBACH T. E. (2007). Aplicação da Escala de Conhecimento Nutricional em Atletas Profissionais e Amadores de Atletismo. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbme/v14n3/a09v14n3.pdf>. Acesso em 30/03/10.
TOLEDO, Norberto de. Futebol: as cargas concentradas de força e a dinâmica da alteração das capacidades biomotoras no macrociclo anual de treinamento.
Disponível em: <http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000215628>. Acesso em 30/03/10.