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(1)

AMIANTO NOS EDIFÍCIOS AMIANTO NOS EDIFÍCIOS Avaliação da Exposição

Seminário Prevenção de riscos de exposição a materiais contendo amianto

Maria do Carmo Proença

Avaliação da Exposição

(2)

Amianto: propriedades, aplicações e riscos para a saúde Localização nos edifícios

Legislação aplicável – profissionais em riscos

Tópicos

Avaliação do risco em função do tipo de aplicação, estado de conservação e acessibilidade do MCA Metodologia de análise: materiais e ar ambiente.

(3)

Amianto é o termo genérico para designar um grupo de seis silicatos naturais, de magnésio e/ou ferro, que apresentam formas fibrosas.

crocidolite

crisótilo amosite

(4)

CRISÓTILO

Amianto branco

AMOSITE

Amianto castanho

CROCIDOLITE

Amianto azul

AMIANTO

Serpentinas Anfíbolas

Estes três tipos de amianto, branco, castanho e azul, estão aplicados em numerosos edifícios, mas encontram-se muitas vezes misturados com outros materiais, motivo pelo qual pode ser difícil reconhecê-los.

(5)

CRISÓTILO (serpentinas)

As formações rochosas de serpentina estão presentes em cerca de 40 países, contudo o Canadá, a África do Sul e o Zimbabue têm 90% das reservas Mundiais

AMIANTO

AMOSITE, CROCIDOLITE (anfíbolas)

As variedades de anfíbola têm uma distribuição geográfica

(6)

AMIANTO e ASBESTOS

“Incorruptível e Indestrutível“

“Incorruptível e Indestrutível“

(7)

• Resistência:

A altas Temperaturas Aos produtos Químicos À putrefação

À corrosão

Amosite

Propriedades

À corrosão

• Elasticidade

• Resistência mecânica Crocidolite

(8)

“Mineral Mágico”

ou

AMIANTO

ou

“Ouro Branco”

(9)

Até onde foi utilizado… no passado

(10)

• Isolamento térmico, acústico;

• Fios e tecidos de amianto (é o amianto que torna os têxteis

resistentes e incombustíveis);

• Fibrocimento (utilizado no fabrico de chapas, telhas e

Aplicações

tubos);

• Produtos de Fricção (usados em travões e discos de embraiagem para automóveis);

• Materiais de revestimento.

(11)

Antes de ser conhecida a sua toxicidade, o amianto foi amplamente utilizado como isolamento de canalizações e projetado em tetos e paredes.

Só passado muito tempo…

AMIANTO

…20 a 40 anos (após a primeiro contacto /exposição) ficou claro que o amianto pode causar sérios danos para a saúde das pessoas expostas, essencialmente a nível dos

(12)

ASBESTOSE - É irreversível e tem tendência a progredir mesmo que o trabalhador seja retirado da exposição ao amianto; O fumo do tabaco agrava a evolução da doença.

CANCRO DO PULMÃO

O aumento do risco depende do grau de exposição e

Membranas Pleurais Espaço

Pleural Costelas

AMIANTO – Efeitos na saúde

O aumento do risco depende do grau de exposição e é muito maior para fumadores.

MESOTELIOMA

Cancro que afeta a pleura ou o peritoneu.

A ocorrência do mesotelioma não é afetada pelo tabaco.

A crocidolite é mais suscetível de provocar mesotelioma.

Mesotelioma

Pulmão

Diafragma

(13)

Quando é que existe risco para a saúde?

O risco

existe sempre existe sempre

que seja inalado ar

contaminado com

(14)

Dose a que o indivíduo está exposto Tempo de exposição

Dimensão da fibra - o risco é maior para fibras longas e

Risco para a saúde

finas

Tipo de fibra – das anfíbolas, a crocidolite é a mais

perigosa; as anfíbolas são mais perigosas que o crisótilo.

(15)

Proibição da Crocidolite

A comercialização da

crocidolite (tipo de amianto mais perigoso) encontra-se proibida, em Portugal, desde

1987, através do Decreto Lei nº 28/87 de 14 de janeiro.

(16)

Proibição do Amianto

A partir de 1 de Janeiro de 2005

Diretiva 2003/18/CE

do Parlamento Europeu e do Conselho de 27 de Março de 2003

transposta para a ordem jurídica interna através do Decreto Lei nº 266/2007 de 24 de Julho

(Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social)

(17)

Deixou de ser problema?

(18)

Omnipresença do amianto

Comboios

Edifícios públicos (escolas, piscinas, teatros...) teatros...)

Casas (interior) Casas

(exterior)

Automóveis

Fonte: “Sciences et Avenir”, nº 580, Jun. 1995

(19)

Devido à utilização que o amianto teve no passado…

existem milhões de metros cúbicos de existem milhões de metros cúbicos de

materiais com amianto aplicados nos edifícios existentes.

(20)

Isolamento/revestimento tectos e paredes

Forros do poço do elevador

Chapa/placa de cobertura

Tubagens Isolamento/juntas

Mosaicos, isolamento na estrutura metálica dos edifícios, portas, instalações elétricas, sistemas de aquecimento, tubagens de água e saneamento, etc,.

(21)

Isolamento/revestimento tectos e paredes

Forros do poço do elevador

Chapa/placa de cobertura

É necessário inspecionar os edifícios e identificar os locais suspeitos

Tubagens

(22)

Procedimento em caso de suspeita de MCA

Esta confirmação pode ser efetuada através da consulta das fichas dos materiais ou de registos em planta.

Se existir suspeita será obrigatório proceder à sua confirmação.

Caso não existam estes registos, terá de proceder-se à análise laboratorial do material suspeito para confirmação.

Na impossibilidade de se confirmar a presença de amianto, terá de assumir-se, para efeitos de qualquer manuseamento, que o material contem amianto sendo, por isso, obrigatória a adoção de todas as medidas previstas no Decreto-Lei nº 266/2007 de 24/7.

(23)

Análise laboratorial de MCA suspeito

Humedecer o local de onde vai ser retirada a amostra;

Utilizar máscara de proteção (FFP3), descartável;

Retirar uma pequena porção (3 a 4 cm) da amostra a identificar e colocar

Humedecer o local de onde vai ser retirada a amostra;

Utilizar máscara de proteção (FFP3), descartável;

Retirar uma pequena porção (3 a 4 cm) da amostra a identificar e colocar

Cuidados mínimos a observar na recolha de amostras

Retirar uma pequena porção (3 a 4 cm) da amostra a identificar e colocar em embalagem hermética (ex: saco de plástico duplo, com fecho), devidamente identificada;

Proceder à reparação do local de onde foi retirada a amostra com um

Retirar uma pequena porção (3 a 4 cm) da amostra a identificar e colocar em embalagem hermética (ex: saco de plástico duplo, com fecho), devidamente identificada;

Proceder à reparação do local de onde foi retirada a amostra com um

(24)

Microscopia de Luz Polarizada

Análise laboratorial de MCA suspeito

(25)

CRISÓTILO

Microscopia de Luz Polarizada

AMOSITE

(26)

Após confirmação da existência de MCA no edifício proceder à

Sinalização dos MCA

Avaliação de Risco

(27)

Sinalização dos MCA em Edifícios

A identificação dos

MCA deverá ficar visível apenas em áreas

técnicas ou outras que não estejam acessíveis a utentes, devendo ser colocada sinalização de

É imprescindível que existam os registos da

localização de MCA, por ex:

nas plantas dos edifícios, devendo estas ser

obrigatoriamente consultadas previamente a qualquer

colocada sinalização de acordo com o modelo constante no Anexo III do Decreto-Lei

nº101/2005 de 23/6.

previamente a qualquer trabalho de demolição, restauro ou manutenção.

Deste modo será assegurada a proteção dos trabalhadores,

(28)

Observação visual cuidada:

friável / não friável acessível / confinado

degradado / não degradado

Avaliação do Risco

complementada com…

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar

(29)

Após confirmação de MCA, a atuação será distinta, se:

Não Friável

Vs

Friável

Risco reduzido Risco elevado

(30)

Acessível Confinado

Material friável

Verificação de acessibilidade:

Risco elevado

Necessidade de intervenção rápida.

Risco moderado

Se a manutenção for adequada e não for sujeito a agressões

(31)

Degradado Não degradado

Material friável

Verificação do estado de manutenção/conservação:

Risco elevado Risco moderado

(32)

Material friável

Estado de manutenção do confinamento:

Degradado

Risco elevado

(33)

Não degradado Degradado

Material não friável

Verificação de conservação:

(34)

Material friável, não confinado

RISCO MUITO ELEVADO

Material não friável, não degradado

RISCO MUITO REDUZIDO

(35)

Degradado

Material com amianto

Acessível Confinado

Não Friável Friável

Não degradado

Edifícios com MCA

Remoção adequada

Encapsulamento Remoção adequada

Encapsulamento

(36)

Método OMS

“Determinação da concentração de fibras em suspensão no ar”

Microscopia ótica de contraste de fase

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar – amostragem e análise laboratorial

Microscopia ótica de contraste de fase (Método do filtro membrana)

Também recomendado para avaliação da exposição profissional pelo Decreto Lei nº 266/2007 de 24/7

(37)

Bomba de amostragem, que permite aspirar o ar e fazê-lo passar pela matriz de amostragem; o caudal de amostragem habitual é de 2 L/min.

Equipamento

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar – amostragem do ar

Coletor, dispositivo no qual é colocada a matriz de amostragem (porta-filtro) e que é ligado à bomba por intermédio de um tubo flexível.

(38)

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar – amostragem do ar

Equipamento

Coletor Matriz

Bomba

(39)

Tampão

Base do porta-filtro Suporte(s) do filtro 2

1. Tampa ou cobertura, ambos com um tampão para fechar.

2.Suporte do filtro. Um ou dois discos de celulose (dependendo do modelo de porta-filtro) de 25 mm de diâmetro de modo a garantir a distribuição uniforme

Equipamento – Coletor e matriz de amostragem

Suporte(s) do filtro 2 Filtro de membrana

Protetor ou corpo extensor 3

modo a garantir a distribuição uniforme da toma de ar durante o período de amostragem

3. Protetor ou corpo extensor.

Elemento condutor da eletricidade de uma longitude entre 1,5 e 3,0 vezes o diâmetro efetivo do filtro, que se une a

(40)

Ambiental/ Estática:

Amostra colhida com o equipamento em local fixo.

Tipos de amostragem:

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar – amostragem do ar

Pessoal:

Amostra colhida com o equipamento colocado no trabalhador, para avaliação da exposição profissional.

(41)

Avaliação da contaminação ambiental

A avaliação da eficácia das técnicas de controlo e

Objetivos

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar – amostragem estática

proteção coletiva durante a trabalhos de intervenção com MCA

A verificação da limpeza após remoção de MCA para garantia de que o local pode ser reocupado

(42)

Objetivo:

Avaliar a exposição profissional dos trabalhadores (DL 266/2007) que realizem intervenções em MCA, por exemplo:

Trabalhadores de remoção/ conservação,

Trabalhadores de Construção Civil: pedreiros, canalizadores,

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar – amostragem pessoal

Trabalhadores de Construção Civil: pedreiros, canalizadores, eletricistas, carpinteiros, …

Técnicos de manutenção que se desloquem às áreas técnicas;

Outros trabalhadores que tenham de aceder a vãos de telhados, ao interior de painéis e a outras áreas interiores semelhantes.

(43)

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar – n.º de amostras

O número mínimo de amostras é calculado tomando por base a área coberta pelo MCA - Norma ISO 16000-7 (2007). P. ex.:

Amostragem ambiental/ estática:

Superfície (m2)

Volume do local (m3)

Número mínimo de amostras

<50 150 2

<50 150 2

500 1500 6

1000 3000 9

10000 30000 20

(44)

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar – volume de ar amostrado

Nas circunstâncias habituais de verificação da contaminação do ar, o volume mínimo de ar amostrado é de 480 L.

Assim, considerando o caudal de 2 L/min, são recolhidas amostras com duração mínima de 4 horas.

Amostragem ambiental/ estática:

duração mínima de 4 horas.

Amostragem pessoal:

O volume de ar a amostrar é dependente das tarefas que estão a ser acompanhadas, nomeadamente da sua duração e da libertação de fibras esperada.

(45)

Assegurar as condições de armazenamento e transporte das amostras ao laboratório

Para prevenir contaminações devem-se armazenar e transportar os filtros nos próprios coletores fechados hermeticamente, devendo ser abertos apenas no laboratório.

O transporte deverá ser efetuado num contentor rígido, com material

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar – Conclusão da amostragem

O transporte deverá ser efetuado num contentor rígido, com material amortecedor suficiente e de forma a que os filtros fiquem orientados para cima sem tombar.

Validação das amostras

(46)

Contagem de fibras

Microscopia óptica de contraste de fase

Procedimento fiável para determinar as concentrações de fibras em suspensão no ar

Permite obter resultados comparáveis quando realizado por diferentes analistas

diferentes analistas

Baseia-se nos princípios físicos de difração da luz

(47)

Contagem de fibras

Microscopia óptica de contraste de fase

Sistema óptico especial que transforma diferenças de fase dos raios luminosos em diferenças de intensidade.

As diferenças de fase para as quais o olho não é sensível, tornam-se visíveis, pois são traduzidas em diferenças de intensidade luminosa, facilmente percetível

facilmente percetível

(48)

Contagem de fibras

Microscopia ótica de contraste de fase

Preparação da amostra

(49)

MOCF – Contagem de fibras respiráveis

Fibras respiráveis são todas as partículas com:

comprimento superior a 5 µm;

diâmetro inferior a 3 µm;

relação comprimento/diâmetro superior a 3.

Ao microscópio são contadas

(50)

(1986) - (Asbestos Fibre Regular Counting Arrangement), organizado pelo

“Institute of Occupacional Medicine” de Edimburgo;

Programas de Avaliação Externa da Qualidade

PICC – FA (1998) – (Programa Interlaboratórios de Control de Calidad de Fibras de Amianto), organizado pelo “Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo”, de Baracaldo (Viscaya).

(51)

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar _ Valores de referência

0,1 fibra/cm3 Valor Limite de Exposição profissional

0,1 fibra/cm3 Valor Limite de Exposição profissional

Risco elevado Exposição Profissional

profissional

(Dec.Lei nº 266/2007 de 24/7)

profissional

(Dec.Lei nº 266/2007 de 24/7) Risco elevado

(52)
(53)
(54)

Avaliação da concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar _ Valores de referência

0,01 fibra /cm3 Valor indicador de área limpa

▲▲▲

(Organização Mundial de Saúde)

0,01 fibra /cm3 Valor indicador de área limpa

▲▲▲

(Organização Mundial de Saúde) Exposição ambiental

▲▲▲

▲▲(Organização Mundial de Saúde)

▲▲

(Organização Mundial de Saúde) Risco reduzido

(55)

Alarme atual

(56)

Proibição do amianto

Notícias nos meios de comunicação social.

Aumento generalizado da preocupação das populações

(57)

População em geral

Escolas :

• Pais

• Pais

• Professores

(58)

Material não friável

Fibrocimento – 10 a 20% de amianto na sua composição

FIBROCIMENTO

Aglutinante muito forte

Risco reduzido se o mesmo não se encontrar degradado ou acessível a agressão direta

(59)

3 4 5

amostras (102)

Escolas Outros

Determinação de concentração de fibras respiráveis no ar

Monitorização fibrocimento

Locais com MCA - Fibrocimento

0 1 2 3

90-94 95-99 00-04 05-09 10-13

nº amostras (10 Locais com MCA - Fibrocimento

2%

<=0,01

>0,01

(60)

Considera-se importante a concretização do

levantamento de todos os edifícios que

contenham amianto, a fim de se poderem

identificar as verdadeiras situações de risco, uma

identificar as verdadeiras situações de risco, uma

vez que têm sido as coberturas de fibrocimento a

merecer a intervenção mais significativa.

(61)

Muito Obrigada pela Atenção

carmo.proenca@insa.min-saude.pt

Referências

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