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J. bras. psiquiatr. vol.57 número3

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Academic year: 2018

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Manual de Psicopatologia

Elie Cheniaux. 3ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

RESENHA DE LIVRO

Um livro sobre Psicopatologia escrito por autor brasileiro chega à terceira edição! Este “fenômeno editorial” na área da Psiquiatria merece reflexão. Realmente, a obra de Elie Cheniaux é muito original, por diversas razões. Em primeiro lugar é excelente compêndio de Psicopatologia Fenomenológica. Este ramo da Psicopatologia andava meio posto de lado e, o que é pior, desconsiderado pelas novas gerações de psiquiatras, psicólogos e demais profissionais de saúde mental. Passou-se a idéia que se tratava de conhecimento ultrapassado, que não teria mais utilidade nas novas correntes da Psiquiatria. Ledo e falaz engano! Não se pode conhecer a ciência psiquiátrica e praticá-la de medo científico se não se tiver bom conhecimento de Psicopatologia. Não importa se linha adotada é a biológica, a social ou a psicanalítica: o desconhecimento de Psicopatologia leva à teoria sem funda-mentação técnico-científica precisa e prática completamente divorciada da realidade mé-dico-psicológica. Mas o livro em questão não trata apenas deste aspecto da Psicopatologia. De maneira inteiramente original – o que o torna imprescindível para psiquiatras, psicólo-gos de orientação neurobiológica e psicanalistas –, a obra aborda a correlação entre Neu-rociências e Psicopatologia, bem como aproxima a fenomenologia do psiquismo anormal da Psicanálise. Não conhecemos trabalho nacional que o faça de maneira tão percuciente. Assim, estudantes de medicina, residentes e pós-graduandos em Psiquiatra, médicos, psi-cólogos e profissionais de saúde mental em geral não podem deixar de ter este livro em sua biblioteca, ressaltando-se que terceira edição de livro médico no Brasil já é, por si, uma recomendação. Em relação às edições anteriores, além de algumas correções de texto, o trabalho traz notável achega, pois aborda a questão da nomenclatura em Psicopatologia. Espanto dos estudantes de Medicina, tão afeitos ao rigor da terminologia médica, e confu-são para os que estão se especializando na patologia mental, Elie Cheniaux faz excelente revisão do tema, que prestará auxílio para minimizar os mal-entendidos e para, quem sabe, chegar-se algum dia à uniformidade útil para os iniciantes.

Miguel Chalub

Referências

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