• Nenhum resultado encontrado

J. Bras. Nefrol. vol.33 número2

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "J. Bras. Nefrol. vol.33 número2"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

X

XXXXXXXXXX

|

X

XXXXXXXXXX

225

DIRETRIZES BRASILEIRAS DE PRÁTICACLÍNICA PARA O DISTÚRBIO MINERAL E ÓSSEO NA DOENÇARENALCRÔNICA|CAPÍTULO 8

Biópsia óssea na DRC

Bone biopsy in chronic kidney disease

Autores:

Fellype Carvalho Barreto

Leandro Júnior Lucca

1 A biópsia óssea com dupla marcação

pela tetraciclina é o único método ca-paz de diagnosticar o tipo histológico da doença óssea na doença renal crô-nica (DRC) (Evidência).

2 Em pacientes com DRC estágio III a V D,

a biópsia óssea deve ser considerada principalmente nas seguintes condi-ções: fraturas atraumáticas, dor óssea persistente, hipofosfatemia e/ou hiper-calcemia não explicadas, suspeita de intoxicação alumínica, antes da para-tireoidectomia e antes de terapia com bisfosfonatos (Opinião).

R

ACIONAL

Recentemente, o Kidney Disease

Impro-ving Global Outcomes (KDIGO) reuniu as alterações do metabolismo mineral, da estrutura óssea e da calcificação ex-traesquelética sob a denominação de dis-túrbio mineral e ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC). Dessa forma, o termo osteodistrofia renal (OR) passou a designar exclusivamente as alterações de morfologia óssea presentes em pacientes

com DRC.1 A biópsia óssea com dupla

marcação pela tetraciclina, seguida de análise histomorfométrica, é o

padrão--ouro para o diagnóstico da OR.1,2 A

biópsia óssea fornece informações sobre a remodelação, mineralização e volume ósseos, o que ajuda na avaliação da qua-lidade óssea assim como na fisiopatolo-gia subjacente. Todavia, por se tratar de um método invasivo, de alto custo e que requer centros especializados para sua realização, a biópsia óssea não é reco-mendada como parte da avaliação de

ro-tina na DRC.3 No entanto, em algumas

situações clínicas específicas, a realização

da biópsia óssea deve ser considerada em pacientes com DRC estágio III a V D: fraturas atraumáticas, dor óssea persis-tente, hipofosfatemia e/ou hipercalcemia não explicadas, suspeita de intoxicação alumínica, antes da paratireoidectomia e

antes de terapia com bisfosfonatos.4

A marcação prévia do tecido ósseo pela tetraciclina se faz necessária nos pacientes que serão submetidos à bióp-sia. A dose utilizada de cloridrato de te-traciclina é de 20 mg/kg/dia por 3 dias consecutivos, em dois períodos distintos, separados por um intervalo de 10 dias, quando a droga é descontinuada. A bi-ópsia óssea deve ser realizada até 5 dias após o segundo período de tomada da tetraciclina. A biópsia óssea transilíaca realizada com trefina fornece amostra de osso ilíaco composto por uma área interna intacta de osso trabecular deli-mitado por duas corticais. O fragmento ósseo deve ser conservado em solução de álcool etílico a 70%, em frasco de vidro protegido da luz. As complicações rela-cionadas à biópsia óssea são raras. As mais frequentes são: dor, hematoma e infecção local e, raramente, neuropatia. De acordo com um estudo multicêntrico, a incidência global de complicação após biópsia óssea transilíaca foi de 0,7%.5

R

EFERÊNCIAS

1. Moe S, Drueke T, Cunningham J et al. Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Definition, evalua-tion, and classification of renal osteodys-trophy: a position statement from Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Kidney Int 2006; 69:1945-53. 2. Malluche HH, Langub MC,

(2)

J Bras Nefrol 2011;33(2):189-247

226

Biópsia óssea na doença renal crônica

3. Martin KJ, Olgaard K, Coburn JW et al. Diagnosis, assessment, and treatment of bone turnover abnor-malities in renal osteodystrophy. Am J Kidney Dis 2004; 43:558-65.

4. Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). CKD-MDB Work group. Clinical practice

guideline for the diagnosis, evaluation, prevention, and treatment of chronic kidney disease and bone disorder (CKD-MDB). Kidney Int Suppl 2009;113:S1-S30. 5. Rao SD, Matkovic V, Duncan H. Transiliac bone

Referências

Documentos relacionados

Epidemiology and Outcome of Acute Kidney Injury According to Pediatric Risk, Injury, Failure, Loss, End-Stage Renal Disease and Kidney Disease: Improving Global Outcomes Criteria

O teste à desferroxamina deverá ser realizado con- forme indicação médica, em pacientes com DRC está- gio V D que apresentem pelo menos uma das seguin- tes situações

A presença de fatores de risco tradicionais, como diabetes, hipertensão, dislipidemia, ida- de avançada e sedentarismo, tem rela- ção com o aparecimento e progressão da

Hyperparathyroidism in patients with chronic renal failure: subtotal parathy- roidectomy or total parathyroidectomy with autotrans- plantation. Experience with

A indicação de biópsia óssea pós-TxR deve ser fei- ta na vigência de fraturas atraumáticas, suspeita de defeito de mineralização e na possibilidade do uso de bisfosfonatos

1.1 Os níveis séricos de cálcio (Ca), fósforo (P), fosfatase alcalina (FA), paratormônio-intacto (PTH), pH e bicarbonato sérico (HCO 3 ) ou re- serva alcalina (CO 2 total) devem

Practice (ERBP) position statement on the Kidney Disease Im- proving Global Outcomes (KDIGO) Clinical Practice Guideli- nes on Acute Kidney Injury: Part 1: definitions, conservative

Because of the RCTs recently conducted with ESAs in patients with CKD the interna- tional institution KDIGO (Kidney Disease: Improving Global Outcomes) decided to set up